AUTOR: (e-mail: [email protected]) fone: (81) 8735-9120 Jefferson Luiz – 1º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, com formações na área de Atendimento PréHospitalar, Enfermagem, Biossegurança, Eletrotécnica, Instrutor pela Academia Integrada de Defesa Social de Pernambuco (ACIDES), Instrutor do Programa de Ensino e Pesquisa em Emergências, Acidentes e Violências (PEPEAV) – FENSG – UPE, Consultor Técnico do GRUPO TREINANDOS e integrando atualmente o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar). BIOSSEGURANÇA EM MANEQUINS DE (RCP) Como avaliar se vale a pena ou não investir, liberar aplicação de técnicas específicas, haja visto que muitos riscos só poderão ser percebidos a longo prazo, como é o caso das doenças oportunistas? Biossegurança - RCP As estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que revelam a ocorrência anual de 160 milhões de doenças profissionais, 250 milhões de acidentes de trabalho e 330 mil óbitos, baseiam-se somente em doenças não transmissíveis. Biossegurança - RCP Na Atualidade o conhecimento e correta aplicação das normas de biossegurança assumem uma grande importância, em virtude do recrudescimento de doenças consideradas erradicadas ou controladas, o aparecimento de novos patógenos, a resistência bacteriana aos antibióticos e o aumento de patologias envolvendo imunodeficiência humana. Biossegurança - RCP RISCOS SÉRIOS À SAÚDE: Durante treinamentos e implementações da RCP com modelos de manequins: Nas atividades de Salvamento Aquático; Para profissionais de saúde; Nos cursos e especializações de Atendimento Pré-Hospitalar e afins. Biossegurança - RCP INFECTOLOGIA: O C S I R = AIDS; A I C N Ê Hepatite B; IG L Herpes; NEG Meningite Meningocócica; Gripe; Tuberculose; Pneumonia e Infecções respiratórias diversas. Biossegurança - RCP Apesar de muito temido, o vírus HIV, que seria o grande vilão, perde sua atividade quando exposto a temperatura ambiente em poucos minutos, com vários desinfetantes, cujos são de baixo custo e bem tolerados pelos instrutores e instruendos envolvidos na RCP. Deve-se considerar que toda a situação que envolva contato com fluídos, existe um potencial risco de contaminação e transmissão de doenças associadas para todos os envolvidos na equipe de treinamento. Biossegurança - RCP DADOS IMPORTANTES: •Não existem relatos de infecção de tuberculose e/ou aids durante RCP com boca a boca; •A saliva do paciente com hepatite não é infectante; •Há um maior risco por herpes simples (Neisseria meningitidis) através da saliva ou aerossóis, porém a transmissão durante RCP é rara; •O risco de contaminação com tuberculose é possível, se a exposição for prolongada; Biossegurança - RCP Ainda não se sabe ao certo, o grau de resistência de vários vírus e bactérias comumente encontrados em sítios de secreções orais, bem como, ainda não há evidências de que durante a massagem cardíaca, pode-se produzir aerossóis nos manequins, o que pontencializaria o risco de contaminação. Biossegurança - RCP Possíveis focos contaminação: de Superfícies; Cavidades; Bolsas que simulam os pulmões; Traquéia sanfonada; Demais componentes internos. LIMPEZA E DESINFECÇÃO REGULAR!!!! ESSA É A IDÉIA!!! DESINFECÇÃO • Os componentes e mecanismos internos dos manequins invariavelmente promovem fonte de contaminação quando não há a desmontagem e limpeza dos mesmos a cada aula ou treinamento. • A contaminação durante os treinamentos pode ocorrer através de fluídos da cavidade oral e pelas mãos se os manequins com todos os seus componentes não forem limpos adequadamente a cada uso. Biossegurança - RCP CONDUTAS EM EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO As maiores fontes de contaminação são o contato mão-boca, mão-olho, os cortes e feridas superficiais na pele exposta e a perfuração cutânea. •Usar luvas, protetor facial ou óculos durante a desinfecção e limpeza; •Não usar pias para lavagem das mãos ou para qualquer outras atividades de higiene pessoal; •Lavar superfícies e mecanismos com detergente neutro; •Usar soluções desinfetantes que não sejam tóxicas; •Cuidado ao manusear as bolsas dos pulmões para não produzir aerrossóis; •Descontaminar superfícies e componentes internos com agentes e desinfetantes eficazes. Biossegurança - RCP Durante a limpeza dos manequins podemos usar vários desinfetantes, porém é prudente não lançar mão de soluções a base de iodo que podem manchar ou danificar os produtos em plástico; Também não devemos utilizar soluções como glutaraldeído ou formaldeído, pois deixam odor, resíduos e níveis de toxicidade os quais podem fazer mal a saúde de todos os envolvidos nos treinamentos com RCP. Biossegurança - RCP INDICAÇÃO DE DESINFETANTES • ÁLCOOL A 70%; • HIPOCLORITO DE SÓDIO; • ÁCIDO PERACÉTICO; + • PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO. Biossegurança - RCP ÁLCOOL ETÍLICO NA CONCENTRAÇÃO 70% O uso do álcool a 70% vem sendo utilizado na área da saúde a muitos anos, devido ao seu alto poder de desinfecção. Nome do Processo: Atividade bactericida e virucida. (Desinfecção).; • A desinfecção com álcool a 70% é feita da seguinte forma: - friccionar com álcool a 70 % a superfície do artigo no mesmo sentido esperando a secagem. Repetir o procedimento por três vezes.. Biossegurança - RCP MECANISMO DE AÇÃO DO ÁLCOOL A 70% • Álcool a 70% possui concentração ótima para atividade bactericida, pois a desnaturação das proteínas do microrganismo (atua na membrana plasmática ou parede celular bacteriana, inibindo sua síntese e provocando sua destruição) faz-se mais rapidamente na presença da água, porque a água facilita a entrada do álcool para dentro do microrganismo, o álcool a 70% também é viruscida. Biossegurança - RCP DESVANTAGENS DO ÁLCOOL A 70% • Provoca dilatação e enrijecimento de borrachas e plásticos, opacifica acrílico, danifica lentes e materiais com verniz e é altamente inflamável. • É irritante de mucosa, ou seja, deve-se tomar cuidado ao utilizá-lo. Caso entre em contato com a boca e os olhos, lavar com água e se o problema persistir procurar um médico. Biossegurança - RCP DIFERENÇA ENTRE O ÁLCOOL A 70% ETÍLICO E ISOPROPÍLICO •O álcool etílico é um excelente agente viruscida, já o isopropílico não é ativo contra vírus hidrofílicos (ex. echovírus, coxsackevírus). Em geral o isopropílico é considerado mais eficaz contra bactérias e o etílico é mais potente contra vírus. Os dois podem ser usados tanto para pele como para superfícies, o que devemos observar é se o produto tem registro na Anvisa, se está acompanhado do laudo de fabricação e que tenha responsável farmacêutico para a sua avaliação, aquisição e manipulação. O álcool isopropílico, normalmente vem misturado a outro produto (ex. clorohexedine) e, portanto, pode ter uma concentração diferente. Assim sendo é necessário verificar junto ao fabricante, a concentração e indicação de uso para o produto. Biossegurança - RCP HIPOCLORITO DE SÓDIO A 1% Hipoclorito de Sódio a 1% corresponde a 10.000 ppm (concentração de cloro livre). Como desvantagem, apresenta cheiro forte, é corrosivo, é instável e necessita de limpeza prévia do material para que sua ação não seja prejudicada pelo resíduo orgânico. Como vantagem, é barato e tem ação rápida. É indicado para desinfecção de superfícies em unidade de hemodiálise, banco de sangue e qualquer superfície contaminada. Deixando agir por 10 minutos. Recomenda-se não utilizar em metais e mármore, pela ação corrosiva. Biossegurança - RCP ÁCIDO PERACÉTICO - LEGISLAÇÃO Portaria n.º 122/93 - ANVISA inclui o princípio ativo na Portaria nº15/88, para uso esterilizante, desinfetante hospitalar para superfícies fixas e para artigos semi-críticos e desinfetante para a indústria alimentícia. VANTAGENS • Age mesmo na presença de matéria orgânica; • Não forma resíduos tóxicos; • Possui odor menos forte que o gluta. Biossegurança - RCP ÁCIDO PERACÉTICO ASSOCIADO A PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO O alto poder biocida da combinação do ácido peracético com o peróxido de hidrogênio o converte em um produto altamente eficiente na eliminação de microorganismos, vírus, bactérias e fungos. Reage com as proteínas da parede celular dos microorganismos, penetra no interior das células e ataca o sistema enzimático deles. A ação é rápida e não há microorganismos conhecidos resistentes à combinação de alto poder biocida. Biossegurança - RCP ÁCIDO PERACÉTICO CARACTERÍSTICAS GERAIS •Alta atividade como biocida e sanitizante; •De fácil manejo e conforto operativo; •De fácil diluição; •Não espumífero; •Não corrosivo; •Não gera vapores tóxicos; •Grande eficácia contra todo tipo de microorganismos (incluindo esporulantes e vírus); •É biodegradável; •Não gera subprodutos tóxicos. Biossegurança - RCP AGRADECIMENTOS Cristiane Rapparini - Coordenação Municipal de DST e Aids do Rio de Janeiro Elisa Cazue Sudo - Coordenação Nacional de DST e Aids/MS Valdiléa Gonçalves Veloso dos Santos - Coordenação Nacional de DST e Aids/MS Marlus Buril – Médico Cardiologista do Hospital das Clínicas de Pernambuco REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: COORDENAÇÃO NACIONAL DE DST/AIDS – MINISTÉRIO DA SAÚDE Pedro Chequer COORDENAÇÃO NACIONAL DE DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS/GT-HEPATITES VIRAIS – MINISTÉRIO DA SAÚDE Edwin A . S. Castillo AUTORIA: Jefferson Luiz – 1º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, com formações na área de Atendimento Pré-Hospitalar, Enfermagem, Biossegurança, Eletrotécnica, Instrutor pela Academia Integrada de Defesa Social de Pernambuco (ACIDES), Instrutor do Programa de Ensino e Pesquisa em Emergências, Acidentes e Violências (PEPEAV) – FENSG – UPE, Instrutor da UFPE no Curso de Primeiros Socorros, Consultor Técnico do Grupo TREINANDOS e integrando atualmente o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar). AUTOR: (e-mail: [email protected]) fone: (81) 8735-9120 Jefferson Luiz – 1º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, com formações na área de Atendimento PréHospitalar, Enfermagem, Biossegurança, Eletrotécnica, Instrutor pela Academia Integrada de Defesa Social de Pernambuco (ACIDES), Instrutor do Programa de Ensino e Pesquisa em Emergências, Acidentes e Violências (PEPEAV) – FENSG – UPE, Consultor Técnico do GRUPO TREINANDOS e integrando atualmente o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar).