DESIDRATAÇÃO E DISFAGIA APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL Autores: MARINA SANTOS TUPI BARREIRA SCHETTINO, LAELIA CRISTINA CASEIRO VICENTE, NAYARA APARECIDA VASCONCELOS PEREIRA CARVALHO, AMÉLIA AUGUSTA DE LIMA FRICHE, Descritores: Desidratação; Acidente Vascular Cerebral; Transtorno de deglutição. Introdução: A disfagia orofaríngea caracteriza-se como um distúrbio na dinâmica da deglutição, com prevalência de 19 a 81% em indivíduos pós Acidente Vascular Cerebral (AVC)1. É considerada uma das principais comorbidades relacionadas ao AVC e está associada ao aumento das taxas de morbidade e mortalidade nesta população2. Devido ao risco de broncoaspiração, é comum que pacientes com disfagia sejam expostos a restrições alimentares e na ingestão de líquidos, modificações na consistência e/ou ao uso de via alternativa de alimentação até que estejam aptos a receber a dieta por via oral3,4. Apesar dos benefícios, o impacto destas estratégias terapêuticas no estado de hidratação ainda é controverso5-8. A incapacidade de ingestão eficaz de líquidos e alimentos e o comprometimento das funções motoras são alterações frequentemente encontradas em indivíduos pós AVC e podem ser consideradas como condições de risco para a desidratação 1,3. O nitrogênio uréico sanguíneo (BUN) e a creatinina sérica (Cr) são considerados valiosos parâmetros laboratoriais para a avaliação da função renal de forma independente, enquanto que uma alta proporção da relação BUN/Cr tem sido um indicador útil no diagnóstico da redução do estado de hidratação19. Outras técnicas e biomarcadores também são utilizados, porém não há consenso na literatura quanto ao padrão ouro de avaliação19-22. A desidratação está associada com a piora na evolução clínica do paciente pós AVC, incluindo aumento da morbidade e mortalidade, entretanto, a correlação potencial entre AVC, desidratação e disfagia ainda é pouco discutida na literatura 23. Uma melhor compreensão desta correlação poderá contribuir no planejamento de condutas, que visem à prevenção de complicações relacionadas ao AVC e o aperfeiçoamento das estratégias no processo de reabilitação do paciente, durante a internação hospitalar. Objetivo: verificar a associação entre desidratação e disfagia orofaríngea em pacientes internados devido ao diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral. Métodos: trata-se de estudo observacional analítico de delineamento coorte. Os critérios de inclusão dos participantes estabelecidos para a pesquisa foram: apresentar idade superior a 18 anos; estar internado devido diagnóstico médico de AVC do tipo isquêmico, na fase aguda da doença, confirmado por exames de imagem (Tomografia Computadorizada - TCC e/ou Ressonância Magnética - RNM); não apresentar história pregressa de AVC ou outras doenças com comprometimento neurológico e/ou submetidos à cirurgia de cabeça e pescoço, disfagia e distúrbio de linguagem e/ou fala prévios à internação e não estar em intubação orotraqueal, traqueostomizado ou comatoso. Devido às diferenças na prevalência e nos mecanismos fisiopatológicos, não foram incluídos no estudo os pacientes com AVC do tipo hemorrágico2. Foram excluídos da pesquisa os sujeitos que não realizaram todas as avaliações (neurológica, fonoaudiológica e do estado de hidratação) durante a internação. Para o cálculo amostral utilizou-se a técnica de amostragem probabilística realizada com base na prevalência de disfagia orofaríngea em pacientes com AVC descrita na literatura de 40%, nível de significância de 5% e poder do teste de 90%. Dessa forma, a amostra total foi estimada em 60 pacientes. Os pacientes foram submetidos às avaliações neurológica, fonoaudiológica e do estado de hidratação e os dados sociodemográficos e clínicos foram coletados por meio de entrevista e análise do prontuário clínico. Utilizou-se a escala Oxfordshire Community Stroke Project24 para classificação do Acidente Vascular Cerebral e para a avaliação da sua gravidade o protocolo National Institute of Health Stroke Scale25,26. O impacto funcional foi mensurado por meio do Índice de Barthel modificado27,28 e da Escala de Rankin modificada29,30. Para avaliação clínica do padrão de deglutição utilizou-se a escala Gugging Swallowing Screen31 e a partir dos achados clínicos, a ingestão oral foi classificada conforme o protocolo Functional Oral Intake Scale32. A avaliação fonoaudiológica foi realizada à beira do leito, em até 24 horas após solicitação do neurologista, por duas fonoaudiólogas devidamente capacitadas quanto à padronização da execução dos procedimentos e com mais de sete anos de experiência. Com o objetivo de avaliar a concordância entre as avaliadoras, utilizou-se a análise de concordância por meio da estatística Kappa, resultando em valor 0,76, confiabilidade considerada excelente33. O estado de hidratação foi avaliado por meio de exames laboratoriais, com coleta de sangue e verificação da relação BUN/creatinina, que foram realizados na admissão hospitalar e após sete dias ou no momento da alta hospitalar, caso essa ocorresse anteriormente. A curva ROC foi realizada com o objetivo de definir o melhor ponto de corte para classificar a desidratação dos pacientes (Figura 1). Nesse estudo a relação BUN/creatinina >25:1 foi considerada indicativa de desidratação13,34. Figura1: Curva ROC para definição do ponto de corte para desidratação. Após a realização das avaliações, os pacientes foram divididos em dois grupos, para análises posteriores. O primeiro, composto por pacientes que não apresentavam sintomas de disfagia, classificados como ausência de disfagia. O segundo grupo foi constituído por pacientes que apresentaram alterações na avaliação, classificados como presença de disfagia. Inicialmente foi realizada análise descritiva das variáveis relacionadas aos dados sóciodemográficos e clínicos. Para apresentar as variáveis quantitativas, foram utilizadas medidas descritivas de tendência central e dispersão, enquanto que para as variáveis categóricas, frequências absolutas e relativas. Verificou-se a homogeneidade dos grupos, presença e ausência de disfagia, por meio do teste Qui-quadrado e, quando necessário, pelo teste Exato de Fisher. Para as variáveis categóricas e quantitativas foi realizado o teste de Mann-Whitey. Para verificar os fatores que exercem influência sobre a desidratação foram realizadas regressões logísticas univariadas. Em seguida, foi realizada análise multivariada, por meio de regressão logística múltipla, na qual foram selecionadas todas as variáveis com nível de significância de 25%. Nessa etapa utilizou-se o método Backward e foi adotado um nível de significância de 5%. Todas as análises foram realizadas utilizando-se o software R versão 3.0.3. Resultados: dos 60 pacientes pós AVC, avaliados durante a internação hospitalar, 19 foram excluídos do estudo, devido a não realização da avaliação do estado de hidratação no sétimo dia de internação ou no momento da alta hospitalar. Foram considerados elegíveis para o estudo e incluídos na análise final 41 pacientes. Destes, 21 (51,2%) foram do sexo feminino e 20 (48,8%) do sexo masculino. A média de idade foi de 63,17 anos. A presença de disfagia orofaríngea foi observada em 36,6% da amostra. A prevalência de desidratação foi de 19,6%, no momento da admissão hospitalar e também no sétimo dia de internação, entretanto, verificou-se que 62,5% dos pacientes que apresentaram desidratação no sétimo dia foram classificados como hidratados na admissão hospitalar. Para selecionar as variáveis significativas para explicar a desidratação dos pacientes na admissão hospitalar realizou-se a análise univariada. As variáveis sexo, presença de diabetes, nota na Escala de Rankin e nota no Índice de Barthel foram associadas à desidratação (valor-p≤0,25) na admissão e, portanto, foram incluídas na análise multivariada. Após o ajuste da regressão logística múltipla com todas as variáveis selecionadas, verificou-se que somente sexo e nota no Índice de Barthel foram significativas para explicar a desidratação dos pacientes nesse momento. Esses resultados indicam que a chance de um paciente do sexo masculino estar desidratado na admissão foi 0,07 [0,01; 0,80] vezes a chance do paciente do sexo feminino e a cada unidade que se aumenta na nota da escala de Barthel, a chance de desidratação na admissão diminui 0,97 [0,95; 1,00] vezes. Em relação ao estado de hidratação no sétimo dia de internação, foram selecionadas para a análise multivariada as variáveis: presença de disfagia, nota no NIHSS e nota na Escala de Rankin (valor-p≤0,25). No modelo final permaneceu associada à desidratação somente a presença de disfagia (O.R = 5,20; valor-p =0,168). Os pacientes pós AVC com disfagia orofaríngea apresentaram aumento dos valores da relação BUN/Cr no 7º dia de internação. Observou-se que a chance do paciente com disfagia apresentar desidratação, durante a internação hospitalar, foi 8,0 [1,36; 47,16] vezes a chance do paciente sem a presença de disfagia.). Após levantamento da literatura científica, observou-se que este é o primeiro estudo longitudinal brasileiro que utiliza a análise da relação BUN/Cr para avaliação da presença de desidratação em pacientes pós AVC e correlaciona esta análise com a disfagia. Conclusão: o aumento do risco de desidratação durante a internação hospitalar está associado à gravidade do Acidente Vascular Cerebral e à presença de disfagia orofaríngea. Os resultados reforçam a importância da avaliação do padrão de deglutição e do monitoramento do estado de hidratação durante a internação hospitalar e a necessidade de participação multiprofissional nesse processo. Tabela 1:Distribuição dos pacientes pós AVC quanto às características demográficas e clínicas Variáveis Sexo Classificação OCSP HP Diabetes HP Tabagismo HP HAS HP Etilismo HP ICC Nota FOIS(1) N % Feminino 21 51,20% Masculino 20 48,80% LACI 17 41,50% TACI 9 22,00% PACI 11 26,80% POCI 4 9,80% Não 27 65,90% Sim 14 34,10% Não 29 70,70% Sim (atual) 8 19,50% Sim (passado) 4 9,80% Não 7 17,10% Sim 34 82,90% Não 34 82,90% Sim (atual) 6 14,60% Sim (passado) 1 2,40% Não 35 85,40% Sim 6 14,60% 1. 1 2,40% 2. 0 0,00% 3. 2 4,90% 4. 3 7,30% 5. 6 14,60% 6. 5 12,20% Nota FOIS(7) Disfagia Desidratação (1) Desidratação (7) 7. 24 58,50% 1. 1 2. 0 2,40% 0,00% 3. 0 0,00% 4. 3 7,30% 5. 6 14,60% 6. 6 14,60% 7. 25 61,00% Não 26 63,40% Sim 15 36,60% Não 33 80,50% Sim 8 19,50% Não 33 80,50% Sim 8 19,50% Tabela 2: Descrição dos pacientes pós AVC quanto à idade e notas nas escalas NHISS, Rankin e Barthel Desvio Variáveis Média Mediana Padrão Idade 63,17 13,15 1ºQ = 52,0; 2ºQ = 63,0; 3ºQ = 74,0 Nota no NIHSS 7,24 6,42 1ºQ = 3,0; 2ºQ = 5,0; 3ºQ = 9,0 Nota na Escala de Rankin 3,03 1,58 1ºQ = 2,0; 2ºQ = 3,0; 3ºQ = 4,0 Nota na Escala de Barthel 63,29 38,85 1ºQ = 35,0; 2ºQ = 85,0; 3ºQ = 100,0 Legenda: NHISS (National Institute of Health Stroke Scale), Q (quartil). Tabela 3: Características dos pacientes, com presença e ausência de disfagia, quanto ao sexo e características clínicas Presença de Disfagia Variáveis Sexo Escala OCSP Não Sim Valor-p O.R. I.C - 95% 1 - Feminino 13 61,9% 8 38,1% Masculino 13 65,0% 7 35,0% 0,88 [0,25; 3,12] POCI 3 75,0% 1 25,0% 1 - LACI 11 64,7% 6 35,3% 0,75 [0,16; 11,22] PACI 7 63,6% 4 36,4% 0,75 [0,15; 13,17] TACI 5 55,6% 4 44,4% 1,00 [0,20; 18,72] 0,837¹ 0,966² HP Diabetes HP HAS HP Etilismo HP Tabagismo HP ICC Não 20 74,1% 7 25,9% Sim 6 42,9% 8 57,1% Não 6 85,7% 1 14,3% Sim 20 58,8% 14 41,2% Não 22 68,8% 12 37,5% Sim 4 57,1% 3 42,9% Não 20 69,0% 9 31,0% Sim 6 50,0% 6 50,0% Não 22 62,9% 13 37,1% Sim 4 66,7% 2 33,3% Não 21 63,6% 12 36,4% Desidratação (1) 1 - 3,81 [1,00; 14,91] 1 - 2,00 [0,46; 20,46] 1 - 1,02 [0,30; 6,65] 1 - 2,22 [0,56; 8,82] 1 - 0,63 [0,17; 5,00] 1 - 1,05 [0,21; 5,19] 0,049¹ 0,232² 0,693² 0,251¹ 1,000² 1,000² Sim 5 62,5% 3 37,5% 2 ¹ Teste Qui-Quadrado ; Teste Exato de Fisher. Legenda:N (Número de pacientes), OCSP (Oxfordshire Community Stroke Project); HP (História pregressa); HAS (Hipertensão arterial sistêmica); ICC (Insuficiência cardíaca crônica); 1 (Admissão), LACI (lacunares), TACI (Circulação anterior total), PACI (Circulação anterior parcial), POCI (Circulação posterior), OR (Odds Ratio). Tabela 4:Resultado da regressão logística uni e multivariada testando a associação entre as variáveis selecionadas e a desidratação na admissão hospitalar Desidratação (1) Variáveis Sexo Escala OCSP Não Completo1 Univariado Sim Final2 OR. I.C - 95% OR. I.C - 95% OR. I.C - 95% Feminino 14 67% 7 33% 1 - 1 - 1 Masculino 19 95% 1 5% 0,11 [0,01; 0,96] 0,04 [0; 0,66] 0,07 [0,01; 0,80] CP 4 100% 0 0% 1 - - - - - Laci 13 77% 4 24% 1,14 [0,13; 67,29] - - - - Paci HP diabetes HP HAS HP Etilismo HP Tabagismo HP ICC Disfagia Idade 8 73% 3 27% 1,33 [0,16; 88,75] - - - - Taci 8 89% 1 11% 0,44 Não 24 89% 3 11% 1 [0,05; 47,52] - - - - - 1 - - - Sim 9 64% 5 36% 4,44 [0,88; 22,54] 3,52 [0,22; 55,80] - - Não 7 100,00% 0 0,00% 1 - - - - - Sim 26 76,50% 8 23,50% 2,07 [0,25; 93,33] - - - - Não 26 76,50% 8 23,50% 1 - - - - - Sim 7 100,00% 0 0,00% 0,23 [0,01; 4,03] - - - - Não 22 76% 7 24% 1 - - - - - Sim 11 92% 1 8% 0,29 [0,03; 2,62] - - - - Não 28 80% 7 20% 1 - - - - - Sim 5 83% 1 17% 0,8 [0,08; 7,99] - - - - Não 21 81% 5 19% 1 - - - - - Sim 12 80% 3 20% 1,05 [0,21; 5,19] - - - - (1ºQ; 3ºQ) 62 [51; 73] 61,5 [52; 76] [2,5; 10,5] 1 [0,95; 1,06] - - - - NIHSS (1ºQ; 3ºQ) 5 [3; 9] 5,5 1,01 [0,89; 1,14] Escala de Rankin (1ºQ; 3ºQ) 3 [2; 4] 4 [3,5; 4,5] 1,46 [0,81; 2,66] 0,39 [0,08; 1,98] Escala de Barthel (1ºQ; 3ºQ) 90 [40; 100] 37,5 [2,5; 55] 0,98 [0,96; 1,00] 0,94 [0,87; 1,02] 0,97 [0,95; 1,00] 1.R2 = 40,3, Valor-p=0,905 (Teste de Hosmer-Lemeshow) 2. R2 = 49,55, Valor-p=0,556 (Teste de Hosmer-Lemeshow) Legenda:OCSP (Oxfordshire Community Stroke Project); HP (História pregressa); HAS (Hipertensão arterial sistêmica); ICC (Insuficiência cardíaca crônica); NHISS (National Institute of Health Stroke Scale), OR (Odds Ratio), I.C (Intervalo de confiança). Tabela 5: Resultado da regressão logística uni e multivariada testando a associação entre as variáveis selecionadas e a desidratação na admissão hospitalar no sétimo dia de internação Desidratação (7) Variáveis Sexo Escala OCSP HP DM HP HAS HP Etilismo HP Tabagismo HP ICC Disfagia Idade Não Completo1 Univariado Sim Final2 OR. I.C - 95% OR. I.C - 95% OR. I.C - 95% Feminino 16 76% 5 24% 1 - - - - - Masculino 17 85% 3 15% 0,56 [0,12; 2,76] - - - - CP 4 100% 0 0% 1 - - - - - Laci 13 77% 4 24% 1,14 [0,13; 67,29] - - - - Paci 10 91% 1 9% 0,36 [0,04; 37,98] - - - - Taci 6 67% 3 33% 1,71 [0,20; 118,61] - - - - Não 23 85% 4 15% 1 - - - - - Sim 10 71% 4 29% 2,3 [0,48; 11,08] - - - - Não 7 100,00% 0 0,00% 1 - - - - - Sim 26 76,50% 8 23,50% 2,07 [0,25; 93,33] - - - - Não 28 82,40% 6 17,60% 1 - - - - - Sim 5 71,40% 2 28,60% 1,87 [0,29; 12,01] - - - - Não 23 79% 6 21% 1 - - - - - Sim 10 83% 2 17% 0,77 [0,13; 4,47] - - - - Não 28 80% 7 20% 1 - - - - - Sim 5 83% 1 17% 0,8 [0,08; 7,99] - - - - Não 24 92% 2 8% 1 - 1 - 1 - Sim 9 60% 6 40% 8 [1,36; 47,17] 5,2 [0,5; 54,18] 8 [1,36; 47,16] (1ºQ; 3ºQ) 61 [51; 74] 63 [57,5; 76,5] 1,02 [0,96; 1,08] - - - - NIHSS (1ºQ; 3ºQ) 5 [3; 9] 9,5 [3; 20,5] 1,13 [1,00; 1,26] 1,05 [0,88; 1,25] Escala de Rankin 1ºQ; 3ºQ) 3 [2; 4] 4,5 [3; 5] 1,66 [0,91; 3,05] 0,98 [0,41; 2,39] Escala de Barthel (1ºQ; 3ºQ) 90 [35; 100] 47,5 [17,5; 97,5] 0,99 [0,97; 1,01] 1. R2 = 51,1%, Valor-p=0,562 (Teste de Hosmer-Lemeshow) 2. R2 = 23,9%, Valor-p=0,528 (Teste de Hosmer-Lemeshow) Legenda:OCSP (Oxfordshire Community Stroke Project); HP (História pregressa); HAS (Hipertensão arterial sistêmica); ICC (Insuficiência cardíaca crônica); NHISS (National Institute of Health Stroke Scale), OR (Odds Ratio), I.C (Intervalo de confiança). - Valor – p < 0,001 Valor – p < 0,001 Valor – p = 0,013 Figura 2:Comparação dos grupos, presença e ausência de disfagia, quanto às notas nas escalas NHISS, Rankin e Barthel. Figura 3: Comparação dos pacientes com desidratação, na admissão e após sete dias distribuídos nos grupos, presença e ausência de disfagia REFERÊNCIAS 1- Mann G, Hankey GJ, Cameron D. Swallowing disorders following acute stroke: prevalence and diagnostic accuracy. Cerebrovasc Dis. 2000:10(5):380-6. 2- Martino R, Foley N, Bhogal S, Diamant N, Speechley M, Teasel lR. Dysphagia after stroke: incidence, diagnosis and pulmonary complications. Stroke. 2005;36:2756–63. 3- Logemann JA. Oropharyngeal dysphagia and nutritional management. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2007;10(5):611-4. 4- Perry L, Love CP. Screening for dysphagia and aspiration in acute stroke: a systematic review. Dysphagia. 2001;16:7-18. 5- McGrail A, Kelchner LN. Adequate oral fluid intake in hospitalized stroke patients: Does viscosity matter? Rehabil Nurs. 2012;37(5):252-7. 6- Oh H, Seo W. Alterations in fluid, electrolytes and other serum chemistry values and their relations with enteral tube feeding in acute brain infarction patients J Clin Nurs. 2007;16(2):298-307. 7- Whelan K. Inadequate fluid intakes in dysphagic acute stroke. Clin Nutr. 2001;20(5):423-8. 8- Finestone HM, Foley NC, Woodbur MG, Greene-Finestone L. Quantifying fluid intake in dysphagic stroke patients: A preliminary comparison of oral and nonoral strategies. Arch Phys Med Rehabil. 2001;82(12):1744-6. 9- Thomas DR, Cote TR, Lawhorne L, Levenson SA, Rubenstein LZ, Smith DA, et al. Understanding clinical dehydration and its treatment. J Am Med Dir Assoc. 2008:9(5):292-301. 10- Akimoto T, Ito C, Kato M, Ogura M, Muto S, Kusano E. Reduced hydration status characterized by disproportionate elevation of blood urea nitrogen to serum creatinine among the patients with cerebral infarction. Med Hypotheses. 2011;77(4):601-4. 11- Crary MA, Humphrey JL, Carnaby-Mann G, Sambandam R, Miller L, Silliman S. Dysphagia, nutrition, and hydration in ischemic stroke patients at admission and discharge from acute care. Dysphagia. 2013;28(1):69-76. 12- Rodriguez GJ, Cordina SM, Vazquez G, Suri MF, Kirmani JF, Ezzeddine MA,et al. The hydration influence on the risk of stroke (THIRST) study. Neurocrit Care. 2009;10(2):187-94. 13- Akimoto T, Ito C, Kato M, Ogura M, Muto S, Kusano E. Reduced hydration status characterized by disproportionate elevation of blood urea nitrogen to serum creatinine among the patients with cerebral infarction. Med Hypotheses. 2011;77(4):601-4. 14- Bamford J, Sandercock P, Dennis M, Burn J, Warlow C.Classification and natural history of clinically identifiable subtypes of cerebral infarction. Lancet. 1991;337(8756):1521-6. 15- Goldstein LB, Samsa GP. Reliability of the National Institutes of Health Stroke Scale. Extension to non-neurologists in the context of a clinical trial. Stroke. 1997;28(2):307-10. 16- Lyden P, Raman R, Liu L, Grotta J, Broderick J, Olson S, et al. NIHSS Training and Certification Using a New Digital Video Disk Is Reliable. Stroke. 2005;36:2446-9. 17- Mahoney FI, Barthel DW. Functional evaluation: the Barthel Index. Md State Med J. 1965;14:61-5. 18- Brasil. Ministério da Saúde, Gabinete do Ministro. Portaria nº 665, de 12 de abril de 2012. Dispõe sobre os critérios de habilitação dos estabelecimentos hospitalares como Centro de Atendimento de Urgência aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), institui o respectivo incentivo financeiro e aprova a Linha de Cuidados em AVC: Diário Oficial da União; 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/PRT0665_12_04_20 12.html. 19- Van Swieten JC, Koudstaal PJ, Visser MC, Schouten HJ, van Gijn J. Interobserver agreement for the assessment of handicap in stroke patients. Stroke. 1988;19(5):604-7. 20- Brasil. Ministério da Saúde, Gabinete do Ministro. Portaria nº 665, de 12 de abril de 2012. Dispõe sobre os critérios de habilitação dos estabelecimentos hospitalares como Centro de Atendimento de Urgência aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), institui o respectivo incentivo financeiro e aprova a Linha de Cuidados em AVC: Diário Oficial da União; 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/PRT0665_12_04_20 12.html. 21- Trapl M, Enderle P, Nowotny M, Teuschl Y, Matz K, Dachenhausen A, et al. Dysphagia bedside screening for acute stroke patients: the Gugging Swallowing Screen. Stroke. 2007;38(11):2948-52. 22-Crary MA, Mann GD, Groher ME. Initial psychometric assessment of a functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients. Arch Phys Med Rehabil. 2005;86(8):1516-20. 23-Fleiss JL, Levin B, Paik MC. Statistical methods for rates and proportions. New York: Wiley;1981. 24-Churchill M, Grimm S, Reding M. Risks of Diuretic Usage following Stroke.Neurorehabil Neural Repair. 2004;18(3):161-5.