NEUROPATIAS PERIFÉRICAS
ESCOLA DE MEDICINA
UCPEL
Prof. Antonio J. V. Pinho
Padrões
• Mononeuropatias: Grupo das lesões
isoladas de nervos periféricos. Podem ser:
- única: lesão de um único nervo.
- múltipla: lesões múltiplas isoladas.
• Polineuropatias: Grupo em que as lesões
manifestam distúrbios bilaterais simétricos
das funções motoras e sensitivas.
Fisiopatologia
• As lesões nos nervos podem ser por:
- Degeneração axonal (NEUROPATIA
AXONAL ou NEURONAL)
- Desmielinização paranodal ou segmentar
(NEUROPATIA DESMIELINIZANTE)
Neuropatias Axonais
• Velocidade de condução normal ou
levemente diminuída.
• Com denervação dos músculos envolvidos.
Neuropatias Desmielinizantes
• Velocidade de condução acentuadamente
reduzida ou abolida.
• Sem sinais de denervação muscular.
Sinais e Sintomas
• Motricidade: Fraqueza muscular, atrofia
muscular, reflexos tendinosos diminuídos.
• Sensibilidades: Subjetivo: dores,
formigamento, dormências; Objetivo:
Hipoestesia total, hiperpatia.
• S. N. Autônomo: Pele vermelha, seca, lisa,
brilhante e fria.
Causas
• Difteria, Lepra, Herpes Zoster, Mixedema,
Infecções, Diabete, Uremia, Amiloidose,
Hepatopatias, Leucemia, Carcinomas e
malignidade, Mieloma Múltiplo, Linfomas
e Hodgin, Drogas, Deficiência nutricional,
Alcoolismo, Intoxicações exógenas, Artrite
Reumatóide, Hereditariedade, Sarcoidose,
Poliarterite Nodosa, etc...
POLINEUROPATIAS
• Formas:
- Leve: com dor, dormência, formigamento, sem
paresia ou hipoestesia ou hiporeflexia.
- Moderada: somam-se a paresia, a hipoestesia
(em bota e em luva), hiporreflexia.
- Severa: somam-se a plegia, a anestesia, a
arreflexia, a pele vermelha, lisa, brilhante e seca,
impotência, bexiga atônica (retém), hipotensão ort.
Tratamento
• Remover a causa determinante.
• Terapia física: fisioterapia, proteger contra
queimaduras e traumatismos
• Terapia sintomática: analgésicos, carbamazepina,
fenitoina e drogas tricíclicas antidepressivas.
• Hipotensão ortostática: meias elásticas, a
fludocortisona, a midrodrina.
• Bexiga atônica: Cloreto de betanecol.
Síndrome De Guillain-Barré
• É uma polirradiculoneuropatia motora.
• Acompanhada de doença infecciosa, vacinas ou
procedimentos cirúrgicos.
• Manifesta-se por fraqueza progressiva, simétrica,
ascendente podendo atingir a respiração e a
deglutição.
• Líquor com aumento de proteína.
• Usar: plasmafarese, Imuglobulina, hospitalização,
medidas de suporte.
Polineuropatias Hereditárias
•
•
•
•
Doença de Charcot-Marie-Tooth.
Doença de Dejerine-Sottas.
Ataxia de Friederich.
Doença de Refsum
Doença de Charcot-Marie-Tooth
• Deformidade no pé ou distúrbio da marcha na
•
•
•
•
infância ou na puberdade.
Mais tarde polineuropatia iniciando nos MIS.
Pode surgir tremor.
HMSN tipo I desmielinizante. HMSN ipo II
axonal.
Diferençar da: Atrofia Muscular Espinhal
Progressiva Distal.
Doença de Dejerine-Sottas
• Manifesta uma Polineuropatia sensitivomotora. (HMNS tipo III).
• A forma mais comum é a autossômica
recessiva, que começa na infância.
Ataxia de Friedreich
• Inicia na infância ou puberdade.Ataca
cerebelo, coluna lateral e posterior, gânglios
espinhais, fibras sensitivas, etc.
• Mostra ataxia e demais sinais cerebelares,
• Fraqueza nas pernas e Babinski,
• Perda das sensibilidades e reflexos
diminuídos,
Doença de Refsun
• Distúrbio do metabolismo do ácido fitânico.
• Mostra degeneração pigmentar da retina
com polineuripatia sensitivo-motora e sinais
cerebelares. (HMSN tipo IV).
• Pode ter disfunção da audição,
cardiomiopatia e alterações cutâneas.
Polineuropatias dos distúrbios
sistêmicos e metabólicos
•
•
•
•
•
•
•
Da diabete.
Da uremia.
Do alcoolismo.
Da deficiência nutricional.
Do Mieloma Múltiplo.
Da macroglobulinemia.
Da amiloidose.
Polineuropatia da diabete
• A polineuropatia sensorial é a mais
frequente.
• Pode mostrar: polineuropatia mista,
neuropatia motora assimétrica, radiculopatia
tóraco-abdominal, neuropatia autonômica e
lesões isoladas de nervos.
• Tratamento: controle da diabete e da dor.
Polineuropatias Das Doenças
Inflamatórias
•
•
•
•
•
•
•
Da lepra.
Da AIDS.
Dos soro-positivos ao HIV.
Da Doença de Lyme.
Da sarcoidose.
Da Poliarterite.
Da artrite reumatóide.
Outras Polineuropatias
• Associadas à doenças críticas.
• Tóxicas (pesticidas, etc).
• Das doenças malignas.
Mononeuropatias
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Túnel do carpo.
Do interósseo Anterior e Oronador Redondo.
Do Ulnar.
Do radial.
Do femural
Do ciático.
Do Peroneal Comum.
Do canal do Tarso.
Facial.
Síndrome Do Túnel Do Carpo
•
•
•
•
Causa traumática, a maioria das vezes.
Provocada pelo retináculo dos flexores.
Compressão do nervo mediano.
manifesta dor na mão, depois antebraço,
dificuldade da fechar a mão, hipoestesia na
face interna da mão.
• Tratamento cirúrgico
Síndrome do Interósseo Anterior
ou do Pronador Redondo
• Por lesão entre as duas cabeças do M.
Pronador Redondo.
• Fraqueza desse músculo e do flexor longo
do polegar e flexor profundo dos dedos para
o segundo e terceiro dedos, sem dor.
• Tratamento cirúrgico: descompressão.
Lesão Do Nervo Ulnar
• Ocorre no epicôndilo medial.
• Perda sensitiva do 5 e metade do 4 dedo, borda
medial da mão e antebraço.
• Fraqueza nos músculos flexor profundo dos dedos
e flexor ulnar do carpo, abdutor e flexor do dedo
mínimo, oponente do dedo mínimo, todos os
interósseos, terceiro e quarto lumbricais, o adutor
do polegar e o flexor curto do polegar (mão em
garra).
• Tratamento cirúrgico.
Lesão Do Nervo Radial
• Por muletas ou pendente nas costas das cadeiras e
deitar sobre o braço, no cotovelo, no antebraço e
no punho.
• Perda sensitiva nas costas da mão, entre o polegar
e o indicador, somente.
• Perdas motoras depende da altura da lesão. Em
axila perde a extensão do antebraço, do punho e
das falanges proximais e polegar.
• Tratamento: geralmente cirúrgico.
Lesão Do Nervo Femural
• Ocorre no diabete, por pressão do ligamento
inguinal, hematomas, neoplasias e
aneurismas retro-peritoniais.
• Perda sensitiva da face ântero-mediana da
coxa e em pequena faixa até o calcanhar.
• Fraqueza e atrofia do M. quadríceps da
coxa, perda do reflexo patelar.
Meralgia Parestésica
• Lesão do Nervo Cutâneo Femural Lateral.
• Em obesos, diabéticos ou na gestação.
• Manifesta dor, parestesias, hipoestesia ao
longo da face externa da coxa, unilateral e
melhora quando o paciente senta.
• Tratamento cirúrgico: descompressão do
nervo na altura do ligamento inguinal.
Lesão do Nervo Ciático
• Por injeções profundas, traumas. Incomum
a lesão completa.
• Perda da extensão da coxa, da flexão do
joelho e de todos os movimentos do pé e do
calcanhar.
• Perda das sensibilidades abaixo do joelho.
• Reflexo aquiliano perdido.
Lesão do Nervo Fibular Comum
• Lesão na cabeça e colo da fíbula.
• Perda da dorso-flexão e eversão do pé, que
resulta da queda do pé.
• Perda sensitiva no dorso do pé e face lateral
da perna.
Síndrome do Canal Tarsal
• O canal tarsal é na altura no maléolo
medial, onde passa o N tibial posterior
(ramo do anterior).
• Manifesta dor, parestesias, hipoestesia na
parte inferior do pé, deixando de fora o
calcanhar. Pouca fraqueza muscular.
• Tratamento cirúrgico: descompressão.
Lesão Do Facial
• Ocorre no HIV, sarcoidose, Doença de
Lyme. Mais freqüente é a de Bell.
• Mostra paralisia dos músculos da hemiface
ipsilateral ao nervo lesado, com desvio da
boca para o outro lado, perda das rugas da
testa ipsilateral e fenda palpebral aberta.
• Tratamento: antinflamatórios e fisioterapia.
Plexopatia
• Neuropatia do plexo braquial.
• Síndrome da Costela cervical.
• Neuropatia do Plexo lombo-sacro.
Neuropatia Do Plexo Braquial
• Ocorre por neoplasias, traumas, anomalias.
• A forma idiopática ataca C5 e C6, com
perdas motoras, sensitivas e reflexas.
- Pode haver atrofias.
- Causa desconhecida.
- Tratamento sintomático.
Síndrome da costela cervical
• Comprime C8 e T1 ou tronco inferior.
• Provocado por costela em C7 ou processo
•
•
•
•
transverso longo.
Dor no trajeto do nervo ulnar.
Atrofia dos músculos intrínsecos da mão e
eminência tenar.
Pulso radial diminuído ou obliterado ao respirar
fundo e virar a cabeça.
Tratamento cirúrgico.
Lesão Do Plexo Lombo-sacro
• Ocorre no diabete, câncer, hemorragias e
traumatismos ou de forma idiopática.
• Causa dor, fraqueza, alterações motoras,
sensitivas e reflexas.
• Depende da parte do plexo afetado.
Download

Aula de neuropatias periféricas