A Biblioteca Aquilino Ribeiro surge da reconstrução do edifício escolar “Conde de Ferreira”, que devido ao seu estado de degradação e à necessidade de se instalarem alunos num edifício de tipologia e funcionalidade mais actual, a mesma deixou as suas principais funções em 17/04/1979. O edifício Conde de Ferreira, ora integrado na moderna construção da nova Biblioteca, constitui uma referência para as populações locais pois, para além de diversas gerações aí terem recebido a sua instrução básica/primária, nele decorriam os exames da 4ª classe, de todos os alunos do concelho, ficando assim na memória de inúmeras outras gerações. Por tudo isto, a sua preservação impôs-se, tendo esta edilidade concebido para esse espaço referencial a Biblioteca Municipal. A Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro foi inaugurada em 13 de Julho de 2013 pelos familiares do escritor: D. Maria Alexandra Rodrigues de Oliveira Ribeiro Machado; Mariana de Oliveira Ribeiro Machado; Mónica de Oliveira Ribeiro Machado Pedroso de Lima; Aquilino de Oliveira Ribeiro Machado; Sofia de Oliveira Ribeiro Machado, presidindo então a este Município António Pereira Júnior. Ao denominar-se este novo espaço cultural por Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro, pretende-se homenagear desta forma o grande escritor, Aquilino Ribeiro, beirão de nascimento, que criou laços com o concelho de Paredes de Coura ao casar com a filha do Dr. Bernardino Machado e, de entre os seus múltiplos escritos, legou-nos o seu romance, “A Casa Grande de Romarigães”, onde descreve os usos e costumes do povo de Coura, os paladares apurados e os sabores mais delicados do Alto Minho. Aquilino foi sobretudo um estilista e, por isso, a sua linguagem vernácula é arejada, frequentemente condimentada nos diálogos com expressões entre o grotesco e o satírico. Apesar de ter optado por uma literatura de tradição, buscou ao longo da sua vida uma renovação contínua de temas e processos, tornando-se difícil estruturar a temática da sua vastíssima obra. A génese desta Biblioteca acontece com a inauguração da Biblioteca Municipal de Paredes de Coura, a 11 de dezembro de 1985 pelo então diretor das Bibliotecas Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian, Dr. Davide Mourão Ferreira, num edifício implantado no coração da vila, no Largo Visconde de Moselos. Desde então e até 2000, esteve integrada da rede de Bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian, sendo designada pela biblioteca pública nº 179. Após a extinção dos serviços de apoio a leitura desta Fundação, os desígnios desta biblioteca passaram a ser exclusivamente da responsabilidade do Município, dependendo deste a aquisição de todos os fundos que, até então, eram da responsabilidade do SBAL (Serviço de Bibliotecas e apoio a Leitura) da F. C, Gulbenkian. Ao longo de pouco mais de duas décadas e meia de existência, este espaço cultural sofreu algumas alterações, quer em termos de modernização do espaço físico, quer mesmo na introdução de novas tecnologias. Até a data da inauguração da nova B. Aquilino Ribeiro, a Biblioteca Municipal contava com 12.000 títulos em cerca de 22.000 volumes, sendo 5% destes fundos multimédia e audiovisuais e os restantes bibliográficos. O anterior espaço resumia-se a uma pequena sala de leitura de adultos, uma sala de leitura infanto-juvenil com espaço destinado a animação, um pequeno auditório com 55 lugares sentados e um espaço multimédia com 4 pontos de acesso Internet. Obviamente que este novo espaço cultural, apresenta excelentes condições de acolhimento e apoio aos utilizadores, bem como um maior leque de fundos bibliográficos, periódicos e diários, Indubitavelmente maior, é o espaço audiovisual e multimédia que, conta também com um vasto número de novas aquisições áudio e videográficas. A actual Biblioteca reforça desta forma a sua missão na promoção da educação, da cultura, da informação e do lazer, de um modo gratuito e universal. Tem como seus objectivos fundamentais: Proporcionar o livre acesso à cultura e à informação a todos os munícipes. Criar condições para o prazer da criação literária, científica e artística e para o estímulo do espírito crítico-reflexivo do indivíduo. Permitir o acesso a vários suportes de informação impressos, audiovisuais, multimédia e electrónicos. Adquirir, organizar e disponibilizar coleções Conservar, valorizar, divulgar e promover o património cultural da região. Criar, estimular e fomentar o gosto pela leitura em todas as idades.