RESUMO
PINTO, LUIS FERNANDO BATISTA. “Análise multivariada das medidas
morfométricas de equinos da raça Mangalarga Marchador”.
Objetivo deste trabalho foi avaliar as relações existentes entre as medidas
morfométricas de potros, em diferentes idades, e nos animais adultos da raça
Mangalarga Marchador, utilizando técnicas de análise multivariada. Foi desenvolvido
na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, utilizando dados de animais oriundos
de diversos criatórios de regiões circunvizinhas ao campus universitário, de agosto de
2000 a junho de 2003. As medidas foram feitas na semana do nascimento dos potros,
em um grupo de 55 potros e 41 potras; aos seis meses de idade, em um grupo de 35
potros e 37 potras; e aos doze meses de idade, em um grupo de 19 potras e 31 potras.
Foram mensurados ainda, os progenitores dos potros e potras, os quais em conjunto com
outros animais adultos foram um grupo de 26 garanhões e 57 éguas. Foram efetuadas 25
mensurações lineares, envolvendo altura, comprimento, largura e perímetros, além de
11 mensurações de ângulos. Foram estimados os valores médios, desvios-padrão e
coeficiente de variações de Pearson. A análise de componentes principais, a análise
fatorial e a análise discriminante foram às metodologias de análise multivariada
utilizadas. Os valores médios possibilitaram estabelecer os padrões morfológicos das
medidas lineares e angulares, em animais recém-nascidos, com seis e com doze meses
de idade, e também dos animais adultos. Potra recém nascidas, com menos de 88,5 ou
mais de 97,4 cm de altura na cernelha, potras com seis meses de idade, com menos de
116 ou mais de 127 cm de altura na cernelha, potras, com doze meses de idade, com
menos de 126 ou mais de 138 cm de altura na cernelha, potras recém-nascidas, com
menos de 91,7 ou mais de 98 cm de altura na cernelha, potros com seis meses de idade,
com menos de 120 ou mais de 129cm de altura na cernelha, potros com doze meses de
idade, com menos de 131 ou mais de 140 cm de altura na cernelha podem não alcançar
a altura adequada para registro definitivo. Considerando a altura na cernelha, os animais
mais altos geralmente apresentam maiores medidas lineares, pois esta medida
apresentou elevada correlação positiva com praticamente todas as outras medidas nas
diferentes idades estudadas. As medidas angulares geralmente apresentam poucas
correlações significativas entre si quando comparadas com as medidas lineares. Existem
poucas correlações significativas entre medidas lineares e angulares. A análise de
componentes principais conseguiu maiores reduções no número de medidas lineares do
que no número de medidas angulares. A análise fatorial propiciou a observação
conjunta de diversas medidas, permitindo a identificação de relações entre medidas
morfométricas que podem estar associadas ao desempenho dos equinos. Existem
diferenças entre os sexos quando observamos medidas lineares e angulares, esta
diferença é mais evidente para medidas lineares do que para as angulares. O
crescimento dos potros está sobre uma grande influência de fatores ambientais após o
desmame, o que ficou claro pelos maiores erros de classificação, ocorridos na análise
discriminantes depois dos quatro meses de idade
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