Trabalho realizado por
Alexandra Adão - nº 2
Beatriz C. Valente - nº 4
Maria Teresa Oliveira - nº 17
Objectivos do trabalho
• Mostrar que o sonho está na base de todas as
grandes realizações do homem.
• Reconhecer a importância do sonho na vida
do homem.
• Clarificar que a arte é impressão e expressão.
Razão da escolha do poema
O género poético foi-nos aconselhado pela
professora. Escolhemos este poema porque
gostámos muito dele, assim como do
aproveitamento musical que Manuel Freire fez.
Considerámos que o título “Pedra Filosofal”
nos remetia para a disciplina de Filosofia e
todas gostamos de “sonhar”.
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se
agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o
sonho
é vinho, é espuma, é
fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem
sonham,
que o sonho comanda a
vida,
que sempre que um homem
sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma
criança.
Tema do Trabalho
Como diz Gedeão “o sonho comanda a
vida” e quando um homem sonha, o mundo
“pula e avança como bola colorida entre as
mãos de uma criança” . O sonho dá sentido
e esperança às nossas vidas e faz-nos
acreditar num mundo melhor.
O sonho é a mola do progresso
e da evolução do ser humano
ao longo dos séculos
Pedra Filosofal remete para a alquimia.
Este título associa o sonho humano
à magia dos alquimistas
O sonho é tão frequente,
concreto e definido na vida
como diversas outras coisas
Os sonhos estão relacionados
com algo grandioso e
envolvidos pela ideia da esperança constante
É o sonho que leva
ao progresso humano em diversas áreas
António Gedeão
Biografia de António Gedeão
António Gedeão, pseudónimo de Rómulo de
Carvalho, foi poeta, professor e historiador da
ciência portuguesa. Licenciou-se em Ciências
Físico-Químicas, exercendo depois a actividade
de docente. Foi importante na divulgação de
temas científicos, colaborando em revistas da
especialidade e organizando obras no campo da
história das ciências e das instituições.
Em 1956 revelou-se como poeta com a obra
Movimento Perpétuo. Escreveu também Teatro do
Mundo (1958), Máquina de Fogo (1961), Poema
para Galileu (1964), Linhas de Força (1967) e
ainda Poemas Póstumos (1983) e Novos Poemas
Póstumos (1990).
Na sua poesia, reunida também em Poesias
Completas (1964), as fontes de inspiração são
heterogéneas e equilibradas de modo original pelo
homem que, com um rigor científico, nos
comunica o sofrimento alheio, ou a constatação da
solidão humana, muitas vezes com surpreendente
ironia. Alguns dos seus textos poéticos foram
aproveitados para músicas como é o caso de
Pedra Filosofal.
Na data do seu nonagésimo aniversário,
António Gedeão foi alvo de uma homenagem
nacional, tendo sido condecorado com a Grã-Cruz
da Ordem de Santiago de Espada.
Lisboa
1906 - 1997
“Nunca deixes de acreditar no sonho,
e nunca deixes de sonhar em acreditar.
É isso que nos dá esperança
e nos mantém vivos.”
Perguntas
• Consideram que o sonho é importante na
vida do Homem?
• Concordam com Gedeão quando ele diz
“que o sonho comanda a vida”?
• Gostam de sonhar? Porquê?
• "Não há nada como o sonho para criar o
futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã."
(Victor Hugo). O que acham que esta
afirmação quer dizer?
Conclusão
O sonho faz parte da vida e está na base
da arte, da ciência, da filosofia, das
ideologias políticas e do sentido da vida de
cada homem.
Quem nunca sonhou? Quem não gosta de
sonhar?... Mas o mais importante é que é o
próprio sonho que faz o Mundo avançar…
O poema mostra que a arte é impressão
e expressão.
Impressão porque o autor apresenta
imagens, figuras, paisagens.
Expressão porque todo o mundo interior
do artista se projecta no poema
convertendo-se numa realidade repleta de
beleza e harmonia.
António Gedeão distancia-se da experiencia
imediata e procura dominá-la. No poema,
ele integra as suas diferentes capacidades
de um modo especial, marcado pela
profundidade, pela sensibilidade, pela
riqueza de emoções e pela originalidade
na criação de novas formas.
O poema dá-nos uma realidade
transfigurada, distanciada do carácter
vulgar das coisas e do dia-a-dia.
É certo que o poema pode ser questionado,
o que nos obriga a problematizar a
experiência estética inerente à leitura e
interpretação desta obra de arte (poema).
A sensibilidade estética do espectador
depende da sua cultura, da sua
aprendizagem e dos seus interesses, mas
vai amadurecendo e vai-se tornando mais
rica através das nossas experiências, da
educação e da cultura.
O sentido estético deve ser cultivado, para
podermos apreciar a arte em toda a sua
profundidade.
Bibliografia
• Marta Paiva e outros - “Contextos Filosofia 10.º Ano”, Porto Editora
• Elisa Costa Pinto e outros - “Plural Português 10.º Ano”, Lisboa Editora
• http://www.astormentas.com/biografia.
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de%c3%a3o
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Pedra Filosofal