Palestrante: Luiz Eduardo Greco
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INTRODUÇÃO:
COMUNICAÇÃO NÃO É INFORMAÇÃO
De modo geral, a diferença fundamental entre informação e
comunicação reside na resposta do interlocutor (feedback).
Enquanto que a informação não precisa de feedback, a comunicação
para poder seguir se estabelecendo, precisa dele.
Podemos dizer que informação é o simples repasse de um conhecimento.
Concretizando mais as definições podemos dizer que a comunicação procura modificar comportamentos, atitudes, representações, conhecimentos dos interlocutores ou mover as outras pessoas a fazer algo que não fariam espontaneamente. Disso deriva a
Influência.
Comunicar é transferir informação de uma pessoa a outra levando em conta o fator confiança e influência.
O delicado equilíbrio e síntese que fazemos no dia a dia
transparece nas diversas situações pedagógicas em que nos
envolvemos.
Os alunos e colegas percebem como somos, como reagimos
diante das diferenças de opiniões e dos conflitos de valores. O que
expressamos em cada momento como pessoa é tão importante
quanto o conteúdo explícito das nossas aulas.
A postura diante do mundo e dos outros é importante como
facilitadora ou complicadora dos relacionamentos que se
estabelecem com os que querem aprender conosco.
Se gostamos de aprender, facilitamos o desejo de que os outros
aprendam. Se mostramos uma visão confiante e equilibrada da vida,
facilitamos nos outros a forma de lidar com seus problemas,
mostramos que é possível avançar no meio das dificuldades.
Alguns educadores confundem visão crítica com pessimismo
estrutural; eles só transmitem aos alunos visões negativistas e
desanimadoras da realidade. Esse substrato pessimista interfere
profundamente na visão dos alunos.
Da mesma forma, educadores com credibilidade e uma visão
construtiva da vida contribuem muito para que os alunos se
sintam motivados a continuar, a aprender e a aceitarem-se
melhor.
CONSTRUINDO CONFIANÇA E INFLUENCIANDO
Seis princípios para o ensino:
1 - O princípio da dedicação;
O EDUCADOR
2 - O princípio da motivação;
O importante, como educadores é acreditarmos no potencial
de aprendizagem pessoal, na capacidade de evoluir, de integrar sempre novas experiências e dimensões do cotidiano, ao mesmo tempo
que compreendemos e aceitamos nossos limites, nosso jeito de ser e
nossa história pessoal.
Ao educar, tornamos visíveis nossos valores, atitudes, ideias e emoções.
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3 - O princípio da definição;
4 - O princípio da iluminação (como o ensino deve impactar o aluno);
5 - O princípio do fundamento (de onde vem a informação e a
instrução);
6 - O princípio da intervenção (o alfabetizador como Educador).
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1 - O PRINCÍPIO DA DEDICAÇÃO
•O Educador precisa compreendê-los e isso requer estudo;
•O Educador precisa aplicá-los a si mesmo e isso requer uma autoavaliação constante;
•O Educador precisa ensiná-los de forma vivenciada e isso requer
honestidade.
-AUTORREALIZAÇÃO: Trabalho que se torne uma das principais
dimensões de expressão da vida do aprendiz. Comprometimento;
-ESTIMA: Reconhecimento da identidade pessoal, valorização por
tarefas realizadas, reconhecimento de habilidades, delegação de
funções com autonomia;
-SOCIAIS: Convívio fora do ambiente de ensino, o educador visto
como pessoa. Trabalho e laser em grupo;
-SEGURANÇA: Confiabilidade do educador, consistência no
conteúdo, desenvolvimento de disciplina;
-FISIOLÓGICAS: Condições humanas dignas, responsabilidade social
e cidadania.
3 – O PRINCÍPIO DA DEFINIÇÃO
A confiança se torna uma ação quando comunicamos aos
outros seu valor e seu potencial tão claramente, que eles (alunos)
sejam inspirados a vê-los neles mesmos.
2 – O PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
Motivação é o conjunto de fatores que canalizam e sustentam o
comportamento de um indivíduo.
A motivação de um aprendiz reflete-se na quantidade de tempo e
na atenção dedicada as suas atividades. É papel do educador estimular,
incentivar e provocar a superação de necessidades interiores do
indivíduo.
4 – O PRINCÍPIO DA ILUMINAÇÃO
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Agregar valor é verdadeiramente a essência de capacitar os
outros.
Conduzir pessoas a capacidade de tirar suas próprias
conclusões é o alvo maior do educador, com base não só na
informação, mas elevar o raciocínio ao pensamento criativo.
Quanto maior o pensamento criativo, maior a influência exercida.
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6 – O PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO
Educar é influenciar. Influenciar é modelar e conduzir as
pessoas de modo a incentivá-las a descobrir seus potenciais. Não é
manipular ou controlar.
O papel do Educador é transmitir confiança para poder
influenciar as pessoas de modo que elas sejam estimuladas a
desenvolver seus potenciais, mostrando-lhes o caminho não como
um mapa mostra uma rodovia, mas como uma bússola, que dá a
orientação e permite ser interpretada, dando a opção ao indivíduo de
qual caminho deve seguir.
5 – O PRINCÍPIO DO FUNDAMENTO
O fundamento é o que o educador é, ou seja, a base onde o
aprendiz tem o exemplo. O caráter, aliado a capacidade de realizar
tarefas somado a qualidade de relacionamento, são pontos estruturais
na solidez do fundamento do educador.
O aprendiz confia primeiro no que o educador é, para depois
confiar na informação que ele transmite.
O fundamento é o termômetro da influência que o educador
exerce.
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