1 Método Pilates no aumento da flexibilidade Yara Oliveira de Souza1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia2 Pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapias manuais – Faculdade Ávila Resumo O presente artigo tem por objetivo observar os aspectos de importância no Método Pilates para o aumento da flexibilidade em praticantes do Metodo, por meio de uma revisão bibliografica. O Pilates foi criado por Joseph H. Pilates é um sistema de condicionamento físico que trabalha de forma global o corpo, trabalhando não só o corpo como a mente também. Poucos são os exercícios que causam desgaste articular no Método Pilates devido o baixo impacto. O método tem se tornado cada vez mais popular e com mais adeptos a cada dia por seus benefícios, pode ser praticado por indivíduos com as mais diversas patologias, como para indivíduos dentro de sua “normalidade” e indivíduos sedentários que desejam ter ganhos de força e flexibilidade, por exemplo, antes de começar outra atividade física, bem como atletas profissionais ou amadores que queiram prevenir e/ou reabilitar suas lesões e aprimorar seu desempenho. Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados SCIELO, BIREME e GOOGLE ACADEMICO utilizando como termos de procura as palavras Pilates e Flexibilidade, bem como pesquisas em livros. Embora as pesquisas em relação ao Pilates ainda estejam ganhando maior ênfase no contexto das pesquisas cientificas, chegou-se a conclusão que o Método é de grande importância na prevenção e reabilitação das mais diversas patologias por estabelecer o equilíbrio corporal de forma global, sendo assim, atua de forma eficaz nas causas da diminuição de flexibilidade. Palavras-chave: Pilates; Aumento; Flexibilidade. 1. Introdução A flexibilidade é essencial para o nosso corpo, para que possamos fazer de forma adequada as atividade da vida diaria. A falta de flexibilidade (alongamento muscular) pode ser uma das causas, dos desvios posturais presentes em individuos, bem como tambem pode ser causa de tendinites, bursites e lesões de cartilagem, alem do aumento de risco de leões como estiramento muscular. O presente artigo tem por objetivo demonstrar a relevancia do Método Pilates como uma otima forma de ganho de flexibilidade uma vez que no Método Pilates há pouco desgaste articular e muscular. Os princípios propostos por Joseph Pilates devem ser seguidos para que se tenha melhor proveito de seus benefícios. Pilates é um sistema de exercícios para fortalecer, alongar o corpo, melhorar o tonus e postura (BREIBART, 2005). 2. Flexibilidade A flexibilidade é baseada nas considerações fisiológicas, anatômicas e biomecânicas (DUTTON, 2010). 1 Pós-graduando em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapias manuais – Faculdade Ávila Orientadora – Mestranda em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde – Universidade do Museu Social Argentino 2 2 Segundo Kisner e Colby (2005), flexibilidade é a habilidade de mover uma única articulação ou uma serie de articulações de maneira suave por meio da amplitude de movimento irrestrita e sem dor. A flexibilidade é a capacidade de alongamento das estruturas que compõem os tecidos moles (músculos, tendão, tecido conjuntivo) através da amplitude de movimento articular disponível (ANDREWNS, HARRELSON e WILK, 2000 citado por TREVISOL E SILVA, 2009). Segundo Hall (2009), flexibilidade articular é um termo utilizado para descrever a amplitude de movimento possivel em cada um dos planos de movimento da articulação. A flexibilidade pode ser dividida em estática – onde a articulação move-se através de uma amplitude de movimento passiva, e dinâmica – onde a amplitude de movimento é ativa, dependendo de força muscular e da liberdade do membro para se mover (FRONTERA, DAWSON e SLOVIC, 2001 citado por TREVISOL E SILVA, 2009). Embora, com frequência, se compare o grau de flexibilidade entre pessoas, na realidade, a flexibilidade é específica para cara cada articulação. Isso significa que ter uma flexibilidade extrema em uma articulação não garante o mesmo grau de flexibilidade em todas as articulações do corpo (HALL, 2009). Segundo James ET AL (2000), se está sendo submetido a um alongamento terapêutico durante a reabilitação pós-lesão ou durante um programa de rotina de flexibilidade, o tecido conjuntivo é o foco físico mais importante dos exercícios de amplitude de movimento. 2.1. Fatores que influenciam na flexibilidade Segundo Hall (2009), alguns fatores influenciam na diminuição da flexibilidade: Formatos das superfícies que se articulam e os músculos ou tecido adiposo que se interpõe nas articulações podem limitar o movimento ao extremo de uma ADM; Frouxidão e/ou extensibilidade relativa dos tecidos colágenos e dos músculos que cruzam a articulação; Ligamentos e músculos tensos e com extensibilidade limitada são os principais fatores que restringem de uma articulação a amplitude de movimento; O conteúdo hídrico dos discos cartilaginosos presentes em algumas articulações também exerce influencia na mobilidade dessas ariculações. 2.2. Flexibilidade e risco de lesões Haall (2009), descreve que pesquisas mostram que o risco de lesão é maior devido a algumas alterações: Quando a flexibilidade articula é extremamente baixa; Quando a flexibilidade articular é extremamente alta; Quando a um desequilíbrio significativo entre os lados dominante e nãodominante do corpo. 2.3. Contra-indicações para o alongamento Segundo Kisner e Colby (2005): Quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular; Após uma fratura recente; Quando houver evidencia de um processo inflamatório ou infeccioso agudo ao redor; Dor aguda; 3 Hematoma ou outra indicação de trauma de tecidos; Quando já existe hipermobilidade e etc. 3. Mobilidade O termo mobilidade pode ser descrito com base em dois parâmetros diferentes, porém, inter-relacionados. Geralmente é definida como a habilidade das estruturas ou dos segmentos de corpo de se moverem ou serem movidos de modo a permitir a presença de movimentos amplos para as atividades funcionais... Mobilidade, quando relacionada com amplitude de movimento funcional, está associada à integridade articular, assim como à flexibilidade ou extensibilidade dos tecidos moles que cruzam ou cercam as articulações – qualidades necessárias para que ocorram movimentos corporais irrestritos e sem dor durante as atividades funcionais da vida diária. A amplitude de movimento necessária para desempenhar tais atividades não corresponde necessariamente à amplitude movimento completa ou “normal” (KISNER E COLBY, 2005) 3.1. Hipomobilidade Segundo Dutton (2010), se o movimento de uma articulação é menor do que aquele considerado normal, ou quando comparado com a mesma articulação na extremidade oposta, ele é considerado hipomovel. 3.2. Velocidade do alongamento Kisner e Colby (2005), falam que para assegurar o relaxamento muscular ideal e prevenir lesões dos tecidos restritos, a velocidade do alongamento de ser lenta. Descrevem também que um alongamento aplicado devagar tem menos probabilidade de facilitar o reflexo de estiramento e aumentar a tensão no músculo que está sendo alongado. 4. Tipos de alongamento 4.1 – Alongamento passivo O alongamento passivo envolve o uso de força gravitacional, da força aplicada por outro segmento corporal ou da força aplicada por outra pessoa para mover o segmento corporal até o limite da amplitude de movimento (HALL, 2009). 4.2 – Alongamento ativo O alongamento ativo é produzido pela contração dos músculos antagonistas (aqueles localizados no lado da articulação oposta aos músculos, tendões e ligamentos a serem alongados) (HALL, 2009). 4.3 – Alongamento estático Kisner e Colby (2005) relatam como alongamento estático o termo mais comum utilizado para descrever um método por meio do qual os tecidos moles são alongados um pouco além do ponto de resistência do tecido, e então mantidos na posição alongada por um longo tempo com uma força de alongamento. 4.4 – Alongamento balístico Em seu livro James ET AL (2000), fala que o alongamento balístico consiste de movimentos vigorosos e repetitivos que alongam um grupo muscular. O alongamento balístico não tem sido aconselhado, pois poderiam ser aplicadas forças em um músculo 4 que ultrapassam sua extensibilidade ou que ativam os fusos musculares, o que resultaria em micro traumatismos das fibras musculares. 4.5 – Alongamento dinâmico Dutton (2010), descreve que o alongamento dinâmico envolve alongamento por meio de contração muscular para aumentar ou diminuir o ângulo articular cruzado pelo músculo, alongando a unidade miotendínea à medida que a amplitude de movimento final é obtida... O alongamento dinâmico não inclui movimentos balísticos de amplitude final, mas sim movimentos controlados dentro da amplitude de movimento normal. 5. Método Pilates O método Pilates de condicionamento físico é um sistema único de exercícios de alongamento e fortalecimento desenvolvido a cerca de 90 noventa anos, por Joseph H. Pilates. Ele fortalece e tonifica os músculos, melhora a postura, dá flexibilidade e equilíbrio, une corpo e mente e resulta em um corpo mais delineado (BROOKE, 2008). 5.1- O Criador do Método Segundo Abrami e Browne (2003), citado por Mayer e Lopes (2011), o criador do Método Pilates, foi Joseph Humbertus Pilates, nascido em 1880 na Alemanha. Durante a sua infância sempre teve uma saúde frágil e dedicou‐se a melhora da sua condição física, praticando vários esportes. Foi um autodidata que aprofundou seus conhecimentos em anatomia, fisiologia e medicina tradicional chinesa desenvolvendo seu método com amplas influências da yoga, artes marciais e estudo do movimento dos animais. Durante a primeira Guerra Mundial trabalhando como enfermeiro, tentava ajudar os feridos e mutilados a fazer exercícios utilizando as molas das camas, cordas e roldanas. Aos poucos desenvolveu toda uma metodologia de exercícios que podem ser utilizados tanto no condicionamento de atletas e bailarinos visando performance do movimento, como para a prevenção e tratamento de pessoas no que diz respeito ao sistema musculoesquelético (OLIVEIRA ET AL). Joseph Pilates faleceu aos 87 anos com insuficiência respiratória, em consequência do incêndio em seu estúdio (ABRAMI e BROWNE 2003, citado por MAYER e LOPES 2011). Joseph Humbertus Pilates Fonte: <http://ciclopilates.blogspot.com.br/2009/09/joseph-hubertus-pilates.html> 5 5.2 – Princípios do Pilates Visando o movimento consciente sem fadiga e dor, o método baseia-se em seis princípios: a respiração, o controle, a concentração, o movimento harmônico ou fluidez de movimento, o centro de força e a precisão (SACCO ET al, 2005; BERTOLLA et al, 2007; MENDONÇA; SILVA, sd; NETTO et al, 2008; CRAIG, 2004; LANGE et al, 2000; PIRES; SÁ, 2005, citados por COMUNELLO, 2011). 5.2.1 – Centro ou Power House Joseph Pilates chamou o princípio do centramento de “powerhouse” ou “centro de força”. Constitui-se pelos músculos abdominais (reto abdominal, oblíquo interno e externo, transverso do abdome), glúteos e paravertebrais lombares, que são responsáveis pela estabilização estática e dinâmica do corpo (CURI, 2009; SILVA; MANNRICH, 2009; RODRIGUES, 2006, citados por COMUNELLO, 2011). Este centro de força forma uma estrutura de suporte, responsável pela sustentação da coluna e órgãos internos, estabilização do tronco, manutenção da postura correta, com menor gasto energético aos movimentos (PIRES; SÁ, 2005; MARIN, 2009, citados por COMUNELLO, 2011) e diminuição do risco de lesões (GÓMEZ; GARCÍA, 2009, citados por COMUNELLO, 2011). Durante os exercícios, a expiração é associada à contração do diafragma, do transverso abdominal, do multífido e dos músculos do assoalho pélvico (PIRES; SÁ, 2005, citados por COMUNELLO, 2011). Assim, a musculatura abdominal é intensamente trabalhada (JAGO et al, 2006; SILVA; MANNRICH, 2009, citados por COMUNELLO, 2011). Centro, Core ou Power House Fonte: Apostila do Curso de Formação no Método Pilates – Bio Cursos 6 Musculatura do Centro Fonte: Apostila do Curso de Formação no Método Pilates – Bio Cursos 5.2.2 – Controle No Método Pilates, a mente deve controlar cada movimento, pois o controle na execução de cada movimento alcança a harmonia e aprimora a coordenação motora, evitando contrações musculares inadequadas ou indesejáveis (RODRIGUES, 2006; MARIN, 2009; PIRES; SÁ, 2005, citados por COMUNELLO, 2011). Não devem ser realizados movimentos rápidos e bruscos, pois é desta maneira que o método consegue reduzir o risco de lesões (GÓMEZ; GARCÍA, 2009; CURI, 2009, citados por COMUNELLO, 2011). A flexibilidade é necessária para o movimento eficiente (DUTTON, 2010). 5.2.3 – Fluidez Os movimentos realizados durante a execução de cada exercício devem respeitar a fluidez, a leveza e a harmonia, sendo realizados de forma controlada e contínua, absorvendo os impactos do corpo. Ao contrário, movimentos truncados, pesados, que criam choques no solo, levam ao desperdício de energia, além de tornar os tecidos propensos ao desgaste e lesões (RODRIGUES, 2006; PIRES; SÁ, 2005; GÓMEZ; GARCÍA, 2009; MARIN, 2009; MIRANDA; MORAIS, 2009, citados por COMUNELLO, 2011). 5.2.4 – Precisão A precisão está diretamente ligada ao controle. Concentrando-se em cada etapa do movimento e conhecendo o corpo, é possível desenvolver o controle necessário para se obter a precisão de cada movimento (RODRIGUES, 2006; MARIN, 2009, citados por COMUNELLO, 2011). A precisão é de fundamental importância na qualidade do movimento e no realinhamento postural do corpo (GÓMEZ; GARCÍA, 2009; PIRES; SÁ, 2005; PANELLI; DE MARCO, 2006, citados por COMUNELLO, 2011). Para que isso aconteça, deve-se utilizar de poucas repetições de cada exercício (PANELLI; DE MARCO, 2006, citados por COMUNELLO, 2011). 5.2.5 – Respiração No Método Pilates todos os exercícios são associados à respiração. Joseph Pilates enfatizava a respiração como o fator primordial, a inspiração ocorre para preparar-se 7 para o movimento e a expiração ocorre enquanto o executa (MARIN, 2009; RODRIGUES, 2006; CRAIG, 2004; GALLAGHER; KRYZANOWSKA, 2000; PIRES; SÁ, 2005, citados por COMUNELLO, 2011). Segundo Camarão (2004), citado por Comumello (2011), antes de qualquer benefício alcançado com o uso do método, a pessoa necessita aprender a respirar corretamente. O padrão respiratório do método é considerado uma terapia porque busca diminuir o seu ritmo e aumentar a sua profundidade (COMUNELLO, 2011). 5.2.6 – Concentração Segundo o princípio da concentração, durante todo o exercício, a atenção é voltada para cada parte do corpo, para que o movimento seja desenvolvido com a maior eficiência possível. Assim, ocorre a conscientização corporal e o aprendizado motor, que é o grande objetivo da técnica (PIRES; SÁ, 2005; MARIN, 2009; RODRIGUES, 2006; GÓMEZ; GARCÍA, 2009; CURI 2009, citados por COMUNELLO, 2011). 5.3 – Onde se pratica o Pilates Os exercícios da técnica Pilates são realizados em aparelhos desenvolvidos pelo próprio Joseph ou em solo (conhecidos como MAT) (RODRIGUES, 2006; PIRES; SÁ, 2005; NETTO et al, 2008, citados por COMUNELLO 2011). O método Pilates tem seus próprios aparelhos, criados por seu inventor Joseph Pilates. Os principais são: Reformer: O Reformer foi o primeiro equipamento construído por Pilates. Em forma de cama, é composto por um carrinho deslizante, molas e cordas (PIRES; SÁ, 2005, citados por COMUNELLO, 2011). É o mais completo dos aparelhos, oferece diversas alternativas de trabalhos para membros superiores e inferiores (GALLAGHER; KRYZANOWSKA, 2004, citados por COMUNELLO, 2011). Reformer Fonte< http://kilorias.virgula.uol.com.br/2013/03/voce-conhece-todos-os-aparelhos-depilates/> Chair ou Cadeira: A cadeira é um aparelho com duasmolas de mesma intensidade, pedal antiderrapante e três pares de parafusos em escalas (alavancas) que favorecem o controle de carga (COMUNELLO, 2011). 8 Chair Fonte< http://kilorias.virgula.uol.com.br/2013/03/voce-conhece-todos-os-aparelhos-depilates/> Cadillac: O Cadillac possuiduas barras de ferro fixas a um colchão, barra de trapézio, duas barras móveis, uma vertical e outra horizontal, e é utilizado para os exercícios aéreos. Cadillac Fonte< http://kilorias.virgula.uol.com.br/2013/03/voce-conhece-todos-os-aparelhos-depilates/> 9 Ladder Barrel ou Barril Grande: O Ladder Barrel é o único aparelho que não possui molas e é muito utilizado para trabalhos abdominais, paravertebrais e para alongamento (GALLAGHER; KRYZANOWSKA, 2004; BARRA; ARAÚJO, 2007, citados por COMUNELLO, 2011). Barrel Fonte< http://kilorias.virgula.uol.com.br/2013/03/voce-conhece-todos-os-aparelhos-depilates/> 6. Pilates e o Ganho de Flexibilidade De acordo com Kolyniak, Cavalcante e Aoki (2004), citado por Trevissol e Silva (2009) os exercícios do método Pilates trabalham o corpo todo, desenvolvendo força muscular e flexibilidade, melhorando as relações musculares, agonista e antagonista. 7. Metodologia Foi realizada uma revisão bibliografica atraves de pesquisa eletronica utilizando a base de dados Scielo, Google Academico e Bireme, utilizando como termos para busca de artigos as palavras: Pilates e Flexibilidade, bem como pesquisa em livros. Os criterios de inclusão foram artigos publicados entre janeiro de 2000 e janeiro de 2013. 8. Resultados e Discussão O objetivo principal deste estudo foi investigar os efeitos do Metodo Pilates no ganho de flexibilidade, tentando mostrar que esta técnica pode ser útil para o que foi proposto como objetivo do artigo. Para efeitos do presente estudo, foram selecionados uma gama de artigos relacionados ao assunto. Trevisol e Silva (2009) a partir de seu estudo observou ser possível verificar alterações na flexibilidade aguda da musculatura isquiotibial, através de testes de amplitude de movimento, pré e pós aula do método Pilates. Foi observado incremento significativo na flexibilidade isquiotibial nos sujeitos que participaram deste estudo. No estudo de Amorin et al (2010) a partir de suas análises, os resultados apresentados demonstraram que o treinamento de Pilates aumentou níveis de força muscular e flexibilidade em dançarinos. 10 Freitas et al (2007), em seu estudo indica que a prática do método Pilates, por um tempo superior a seis meses, retarda significativamente essa perda de flexibilidade que ocorre com o decorrer da idade. A melhora da flexibilidade dos músculos paravertebrais e posteriores da coxa mostraram-se bastante significativo, no artigo de Miranda e Morais (2009). Em seu artigo, feito com pacientes portadores de paralisia cerebral, Vargas ET al (2011), observou melhora na amplitude de movimento. O método Pilates mostrou-se uma ferramenta terapêutica eficaz no acréscimo da flexibilidade de atletas altamente propensos à diminuição dessa condição, tanto pela modalidade esportiva que praticam, quanto pelo ciclo vital em que se encontram. É, então, uma importante alternativa na prevenção e na recuperação de lesões desencadeadas pela diminuição do comprimento muscular, Bertola ET al (2007), em seu artigo sobre o aumento de flexibilidade em atletas juvenis de fustal. O alongamento de baixar velocidade afeta as propriedades viscoelasticas do tecido conjuntivo, tornando-o mais complacente segundo Kisner e Colby (2005). No método Pilates a forma de alongamento sempre é de forma lenta e precisa. 9. Conclusão Para se obeter ganhos de flexibilidade deve-ser praticar atividades fisicas e praticar o alongamento. O Pilates por ser uma atividade fisica onde trabalha-se muito o alongamento muscular, mostra-se uma otima forma de obter-mos ganhos de flexibilidade. Como conclusão, os dados presentes neste artigo confirmaram que o Metodo Pilates pode melhorar significativamente flexibilidade, afetando positivamente o desempenho desde pessoas com as mais diversas patologias, as ditas normais e ate de atletas, bem como evitando lesões que podem decorrer de encurtamento muscular. Faz-se necessario maior número de pesquisas sobre o Metodo Pilates, nas mais diversas areas da reabilitação e com maiores número de amostras. Referências AMORIN, Tânia Patricia; SOUSA, Filipa Manuel; SANTOS, José Augusto Rodrigues dos. Influência de um programa de treino Pilates na força muscular e flexibilidade de bailarinos. Motriz, Rio Claro, v.17 n.4, p.660-666, out./dez. 2011 APARICIO, Esperanza; PÉRES, Javier. O autêntico método Pilates: A Arte do Controle [tradução Magda Lopes] – São Paulo. 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