APOSTILA VESTIBULAR APOSTILA VESTIBULAR VOLUME COMPLETO VESTIBULAR - VOLUME IV VESTIBULAR - VOLUME III VESTIBULAR - VOLUME II VESTIBULAR - VOLUME I VERSÃO IMPRESSA E DIGITAL COMPRE AQUI www.pconcursos.com SIMULADOS DE VESTIBULAR Questão 1 (UFPE) Observe: "Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio! Morte ao burguês de giolhos, cheirando religião e que não crê em [Deus!" - Fragmento de um dos mais conhecidos poemas de ......................................... O texto caracteriza a .................................... da ....................................... O item que completa corretamente as lacunas deixadas acima é: a) Oswald de Andrade - raiva - Igreja; b) Mário de Andrade - agressividade - 1a fase modernista; c) Manuel Bandeira - irreverência - 2a fase modernista; d) Menotti del Picchia - revolta - sociedade; e) Murilo Rubião - ironia - 1a fase modernista. www.pconcursos.com Questão 2 (UFPE) O único item que NEGA a poesia de Drummond é. a) "Tenho apenas duas mãos / e o sentimento do mundo"; b) "O presente é tão grande, não nos afastemos. / Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas"; c) Cordeirinha linda, / como folga o povo / porque vossa vinda / lhe dá lume novo!" d) "O amor bate na porta, / O amor bate na aorta, fui abrir e me constipei". e) "Eta vida besta, meu Deus". www.pconcursos.com Questão 3 (UFPE) Leia com atenção: Eu não dei por esta mudança, / tão simples, tão certa, tão fácil: / - Em que espelho ficou perdida a minha face?" (Cecília Meireles) Os versos comprovam características marcantes da poesia de Cecília, como. a) Amargura, revolta, sinestesia; b) Tom interrogativo, agressividade, ironia; c) Niilismo, negativismo, medo da morte; d) Sentimento de transitoriedade, fugacidade do tempo, aliteração; e) Inconformismo, simplicidade, repetição. www.pconcursos.com Questão 4 (UFPE) Observe: "João era fabulista? Fabuloso? Fábula? Sertão místico disparando no exílio da linguagem comum? (...) Tinha pastos, buritis plantados no apartamento? no peito?". Fragmento de um poema que Drummond escreveu para: a) Cruz e Sousa; b) Graciliano Ramos; c) Guimarães Rosa; d) Menotti del Picchia; e) Murilo Rubião. www.pconcursos.com Questão 5 (UFPE) A alternativa em que a personagem e o que dela se afirma não dizem respeito à obra de Graciliano Ramos é: a) FABIANO - "é uma criação ficcional que representa o sertanejo... sofrido, sem nada, vítima da seca e das autoridades constituídas; b) MADALENA - Personagem que simboliza o desejo de justiça social; c) BALEIA - ao sonhar com um mundo cheio de preás, ou surge? o desejo nordestino de ver sua região coberta de fartura; d) PAULO HONÓRIO - encama o tipo do patriarca rural "ultrapassado", que luta por um capitalismo primitivo; e) CAPITU - personagem - símbolo da dissimulação, a respeito da qual o narrador afirma que tem "olhos de cigana... dissimulada..." www.pconcursos.com Questão 6 (UFPE) A Literatura defendida por Galeano é aquela que se envolve com as questões sociais. Considere corretas as proposições que apresentam fragmentos ilustrativos deste tipo de literatura. a) "Ontem plena liberdade, A vontade por poder... Hoje.. cúmulo de maldade,< Nem são livres p'ra morrer..." (Castro Alves) b) "Esta de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhante copa, um dia, já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olímpio, a um novo deus servia." (Alberto de Oliveira) c) "Trabalhar nós trabalhamos Porém pra comprar as pérolas Do pescocinho da moça Do deputado Fulano." (Mário de Andrade) d) "De seu calmo esconderijo, o ouro, vem, dócil e ingênuo, torna-se pó, folha, barra, prestígio, poder, engenho... É tão claro! - e turva tudo: honra, amor e pensamento." (Cecília Meireles) e) "Indefiníveis músicas supremas, Harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume..." (Cruz e Sousa) www.pconcursos.com Questão 7 (UNICAP) Sobre Mário de Andrade julgue as afirmativas: a) Foi mais agitador que poeta. Promoveu inúmeras revoltas e insurreições com suas propostas de destruição da burguesia. b) Não chegou a participar efetivamente da Semana de Arte, mas foi um de seus maiores incentivadores. c) Por ser essencialmente poeta, nunca produziu romances, contos ou ensaios. d) Há uma gota de sangue em cada poema e Paulicéia desvairada são livros de poesia que representam fases distintas em sua produção poética. O primeiro, influenciado ainda pelo Parnasianismo; o segundo, concretização das idéias modernistas. e) Em Macunaíma, cria o anti-herói que sintetiza o povo brasileiro. Macunaíma nasce índio e negro. Com o banho na "água encantada", vira "branco louro e de olhos azuizinhos". www.pconcursos.com Questão 8 (UNICAP) Sobre Manuel Bandeira julgue as afirmações abaixo: a) Sua poesia tem o encanto do cotidiano poetizado. As coisas mais simples, mais corriqueiras ganham poeticidade e beleza em seus versos. b) Os grandes temas de sua poesia estão ligados à infância, à morte, à solidão, à família, à terra natal. c) Autodefine-se como "provinciano que nunca soube escolher bem uma gravata; pernambucano a quem repugna a faca do Pernambuco; poeta ruim na arte da prosa; arquiteto falhado; tísico profissional". d) Nunca se deixou influenciar pela estética parnasiana, tendo sido o mais típico dos poetas modernos com a sua agressividade. e) Alguns de seus romances continuam fazendo sucesso junto ao público que lhe é fiel. Exemplos disso são: Evocação do Recife, Irene no céu, Vou-me embora pra Pasárgada. Questão 9 (FUVEST) O ÚLTIMO POEMA Assim eu quereria o meu último poema que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase em perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação. (Manuel Bandeira, Libertinagem) Neste texto, ao indicar as qualidades que deseja para o "Último Poema", o poeta retorna dois temas centrais de sua poesia. Um deles é a valorização da simplicidade; o outro é. a) A verificação da inutilidade da poesia diante da morte. b) A coincidência da morte com o máximo de intensidade vital. c) A capacidade, própria da poesia, de eliminar a dor. d) A autodestruição da poesia em um meio hostil à arte. e) A aspiração a um poesia pura e lapidar, afastada da vida. Questão 10 (UFMG) A poesia modernista, sobretudo a da primeira fase (1922-1928). a) Utiliza-se de vocabulário sempre vago e ambíguo que apreenda estados de espírito subjetivos e indefiníveis. b) Faz uma síntese dos pressupostos poéticos que norteavam a linguagem parnasianasimbolista. c) Incentiva a pesquisa formal com base nas conquistas parnasianas, a ela anteriores. d) Enriquece e dinamiza a linguagem, inspirando-se na sintaxe clássica. e) Confere ao nível coloquial da fala brasileira a categoria de valor literário. Questão 11 (FATEC-SP) 3 de Maio "Aprendi com meu filho de dez anos Que a poesia é a descoberta Das coisas que eu nunca vi." (Oswald de Andrade) As cinco alternativas apresentam afirmações extraídas do Manifesto da Poesia Pau-Brasil; Assinale a que está relacionada com o poema "3 de Maio". a) "Só não se inventou uma máquina de fazer versos - já havia o poeta parnasiano." b) "...contra a morbidez romântica - pelo equilíbrio geômetro e pelo acabamento técnico." c) "nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com os olhos livres." d) "A poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas..." e) "Temos a base dupla e presente - a floresta e a escola." Questão 12 (FATEC-SP) Movimentos I - Pau-Brasil Objetivos 1 - resposta ao conservadorismo manifestado pelo movimento da Anta. II - Verde-Amarelo 2 - revalorização do primitivo, através de uma arte que redescobrisse o Brasil. III - Antropofagia 3 - proposição de uma estrutura nacionalista. A associação correta é: a) I - 2 ; II - 3; III - 1. b) I - 3; II - 2; III - 1. c) I - 1; II - 2; III - 3. d) I - 3; II - 1; III - 2. e) N.D.R. Questão 13 (UFPA) Oswald de Andrade, para sistematizar os princípios da corrente Pau-Brasil, do nosso Modernismo. a) Aproveitou-se exclusivamente das idéias dadaístas. b) Aproveitou-se de aspectos para os quais Pero Vaz de Caminha chama a atenção em sua Carta sobre o descobrimento do Brasil. c) Aproveitou-se das sugestões temáticas que se depreendem das sátiras de Gregório de Matos Guerra. d) Valeu-se de princípios da tradição poética parnasiana. e) Aproveitou a sugestão romântica de libertar a imaginação e fantasia. Questão 14 (UNICAP) Leia com atenção o seguinte texto: Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. OURO PRETO (Manuel Bandeira) Ouro branco! Ouro preto! Ouro pobre! De cada Ribeirão trepidante e de cada recosto De montanha o metal rolou na cascalhada Para o fausto d'EI-Rei, para a glória do imposto Que resta do esplendor de outrora? Quase nada: Pedras... templos que são fantasmas ao sol-posto. Esta Agência postal era a Casa de Entrada... Este escombro foi um solar... Cinza e desgosto! O bandeira decaiu - é funcionário. Último sabedor da crônica estupenda, Chico Diogo escarnece o último visionário. E avulta apenas, quando a noite de mansinho Vem, na pedra-sabão lavrada como renda, - Sombra descomunal, a mão do Aleijadinho! a) Por tratar de episódios relacionados com a inconfidência Mineira, decorridos nos Setecentos, o soneto de Manuel Bandeira é árcade. b) No último verso do primeiro quarteto, o eu-poemático alude ao "fausto d'EI-Rei." De acordo com outras referências do texto - por exemplo, casa de Entrada -, o rei citado no poema é Dom Pedro II, do Brasil. c) No soneto de Manuel Bandeira, sente-se uma tensão criada a partir da seguinte oposição: o esplendor de outrora, resta de Ouro Preto quase nada... d) Lido o poema sob outra ótica, podemos dizer que Manuel Bandeira presentifica em seu texto o grande conflito do homem ante a implacabilidade do tempo, que tudo destrói. e) A síntese que emerge da oposição criada pelo poema é a crença na perenidade da arte: o ouro apodreceu, os templos e as casas tornaram-se fantasmas... mas a obra talhada por Antônio Francisco Lisboa avulta, descomunal, presente... Questão 15 (UFPE) Questão referente ao texto. Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. "A arte é uma mentira. Mas uma mentira que nos ajuda a compreender a verdade". (Pablo Picasso) O poema é um fingidor. Finge tão complemente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente". (Fernando Pessoa) a) a obra de arte, quando tocada pela magia do artista, serve para expressar a visão que este possui da realidade; b) a tarefa do artista - ao criar uma ficção - não é de falar a verdade, mas de expressar., de comunicar, pela linguagem, a sua concepção de mundo; c) através dos recursos da linguagem figurada (conotação) - típicos da linguagem literária o escritor capta aspectos da realidade; d) literatura é a ficção que se expressa, que se formaliza, através da palavra, reproduzindo de maneira fiel a realidade social; e) a arte aguça no homem a curiosidade intelectual, permitindo-lhe estimular a sensibilidade. Questão 16 (UFPE) Leia com atenção: Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. "O senhor não vê? O que não é Deus, é estado do Demônio. Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de existir para haver - a gente sabendo que ele não existe, aí é que ele toma conta de tudo. O inferno é um sem fim que não pode se ver. Mas se a gente quer céu é porque quer um fim. Mas um fim com depois dele a gente sabendo tudo." (Guimarães Rosa, em "Grande Sertão - Veredas") a) O fragmento é um monólogo que aborda a existência de Deus, no modo de falar de um sertanejo. b) O coloquialismo, presente no texto, é uma das características da prosa modernista, apenas na sua 1a fase. c) Guimarães Rosa cria um regionalismo diferente do Romance Regional da geração de 30. É o chamado super regionalismo que trabalha com subversão total do código lingüístico. d) Entre as principais obras de Guimarães Rosa destacam-se "Grande Sertão - Veredas"., "Sagarana", "Corpo de Baile" e "Amar, Verbo Intransitivo", todas abordando temas do sertão do Nordeste e da Amazônia. e) Enquanto o regionalismo da geração de 30 descreve o homem circunscrito a uma realidade regional brutal e desumanizante, o super-regionalismo de Guimarães Rosa aprofunda a análise psicológica, filosófica e existencial do ser humano. Questão 17 (UFPE) Leia com atenção: Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. "Na paisagem do rio difícil é saber onde começa o rio; onde a lama começa no rio onde a terra começa na lama; onde o homem, onde a pele começa na lama onde começa o homem naquele homem" (João Cabral de Melo Neto, em "O Cão sem Plumas") a) Seu autor é pernambucano, estreou com "Pedra do Sono" (1942), e é um dos poetas mais divulgados da geração modernista de 1945. b) Por ter se afastado logo cedo da terra natal, em virtude de sua carreira diplomática, o poeta esqueceu Pernambuco, sendo este um dos raros poemas em que ele se refere a sua terra. c) Este poema, sendo modernista, tem pontos de contato com o Romantismo pela valorização de temas regionais, pelo culto à natureza vista de forma idealizada, pelo sentimentalismo exacerbado. d) Como poeta é meticuloso em relação à forma da poesia, que deixa de ser entendida como inspiração para ser transformada numa lenta e sofrida pesquisa de expressão. e) O tema do cosmos pernambucano (o rio com seus detritos e sua população ribeirinha e miserável) é retomado na sua obra mais conhecida, "Morte e Vida Severina". Questão 18 (UFPE) Lendo o texto, podemos dizer que: Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. "Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se repulsam mutuamente. A política é a arte de gerir o estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas ou tradições respeitáveis. A politicalha é a indústria de o explorar a benefício de interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou conjunto das funções do organismo nacional, é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si mesma. A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada." (Rui Barbosa, em "Antropologia") a) o autor aborda valores diferentes da mesma palavra modificada por um sufixo de significado pejorativo; b) politicalha é identificada como uma atividade menor; c) politicalha e política têm em comum a preocupação com o bem público; d) parasitas inexoráveis estão presentes nos dois tipos de atividades; e) enquanto a política se baseia em princípios éticos, a politicalha é casuística, baseando-se em clientelismo. Questão 19 (UFPE) Lendo o texto, podemos dizer que: Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. "Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se repulsam mutuamente. A política é a arte de gerir o estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas ou tradições respeitáveis. A politicalha é a indústria de o explorar a benefício de interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou conjunto das funções do organismo nacional, é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si mesma. A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada." (Rui Barbosa, em "Antropologia") a) é um texto antigo, sem interesse, pois se distancia bastante da realidade atual; b) é um parágrafo bem construído com base em antítese e confronto; c) sendo o autor um jurista famoso, elaborou um texto informativo em linguagem técnica, em jargão jurídico; d) o texto mostra que a atividade política sempre foi exercida de forma degradante; e) para o autor, toda atividade política é deturpada pela politicalha. Questão 20 (UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. a) O Modernismo Brasileiro começou com a Semana de Arte Moderna em São Paulo b) O Modernismo no Brasil se caracteriza por um esforço de reflexão e de penetração na realidade brasileira c) O Modernismo brasileiro rompe com os códigos literários existentes no começo de século d) De acordo com os modernistas, a estética deveria se adaptar as exigências da vida moderna e) Manuel Bandeira e Oswald de Andrade se servem freqüentemente do coloquial e da ironia em seus poemas Questão 21 (UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. a) Com "Macunaíma", Mário de Andrade recria, de certo modo, o brasileiro típico, tal qual o descreve Paulo Prado b) O drama "O café" de Mário de Andrade é a mais importante obra do teatro moderno brasileiro c) A poesia de Mário de Andrade é típica da expressão convencional e clássica do Modernismo d) Por sua temática, o teatro de Oswald de Andrade se encontra bastante afastado da realidade brasileira de nossos dias e) Do ponto de vista formal, os romances de Oswald de Andrade se enquadram na linha do romance tradicional de até então Questão 22 (UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. a) A poesia de Manuel Bandeira é marcada por traços biográficos do autor b) "I Juca-Pirama" é uma das obras mais marcantes de Menotti del Picchia c) Em "Evocação do Recife" Mário de Andrade descreve a paisagem de nossa cidade, quando de sua viagem através do Brasil d) Embora doente, Manuel Bandeira soube afastar de sua poesia os temas tristes e) "Bandeira foi um dos mais felizes incorporadores de motivos e temas prosaicos à literatura Brasileira". Questão 23 (UFPE) TEXTO "Poema Tirado de uma Notícia de Jornal" João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. " (Manuel Bandeira) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. Quais são os elementos formais do TEXTO, que o afastam da tradição poética do Romantismo? a) Total liberdade de versos, com o abandono da pontuação tradicional. b) Ausência de rima ou métrica. c) Incorporação da linguagem cotidiana e do uso coloquial da linguagem. d) Tema lírico onde o eu do poeta revela seus sentimentos. e) Presença de vocabulário requintado e sintaxe rebuscada. Questão 24 (UFPE) TEXTO "Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes a culpa foi desta vida agreste, que me deu alma agreste". (Graciliano Ramos, em "São Bernardo") Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. Sobre a obra a que pertence o fragmento (Texto). a) No fragmento, a narração é feita em 1a pessoa, porque seu narrador é o personagem Paulo Honório. b) O livro "São Bernardo" narra a vida de personagem Paulo Honório e seu casamento com Madalena. Narra "a construção de um capitalista" com a exploração do homem pelo homem, do que discorda Madalena, sua mulher. c) O sentimento de posse era tão obsessivo, em Paulo Honório, que se interpunha na sua vida conjugal, levando a sua esposa ao suicídio. d) Paulo Honório tornou-se dono da fazenda São Bernardo, como uma espécie de vingança contra a vida que vivera, na miséria e sem afeto. e) Por ser calcado na língua oral, a linguagem do livro afasta-se da norma culta, o que pode ser observado no texto. Questão 25 (UFPE) TEXTO "Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes a culpa foi desta vida agreste, que me deu alma agreste". (Graciliano Ramos, em "São Bernardo") Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. Dados sobre o autor do TEXTO, o alagoano Graciliano Ramos. a) Autor do romance "Vidas Secas" que retrata as vítimas da seca na década de 30, no Nordeste brasileiro. O romance aponta para a desumanização do homem que se degrada pelas condições econômicas desfavoráveis. b) Estreou com o romance "Caetés" no ano de 33, quando já tinha 41 anos de idade (pois nascera em 1892). c) Além de romancista, Graciliano Ramos também foi poeta, pertencendo ao movimento Regionalista de 1945. d) Preso como subversivo, no governo Vargas, escreveu o livro autobiográfico "Memórias do Cárcere", relato de sua vida nas diversas prisões. e) Em sua obra, é marcante a influência do Romantismo, na escolha e tratamento dos temas, como também da primeira fase do Modernismo, na rebeldia contra os cânones clássicos da literatura. Questão 26 (UFPE) Questão versando sobre as características da 2a fase do Modernismo brasileiro, com base no poema: O bonde abre a viagem No banco ninguém Estou só, estou sem Depois sobe um homem No banco sentou Companheiro vou O bonde está cheio De novo porém Não sou mais ninguém (Mário de Andrade) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. a) Preocupação filosófica. b) Apologia da máquina e da técnica. c) Revigoramento da herança parnasiana pelo rigor formal. d) Sátira aos costumes burgueses. e) Abordagem de temas UNIVERSAIS, como a solidão humana em meio à multidão. Questão 27 (UFPE) TEXTO 1. Na várzea extensa do Capibaribe, em pleno mês de agosto. 2. Reuniram-se em congresso todos os ventos do mundo. 3. Aquela planície clara feita de luz aberta na luz e na amplidão cingida. 4. Onde o grande céu se encurva sobre verdes e verdes, sobre lentos telhados. (Joaquim Cardoso) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. Este poema (TEXTO) é do pernambucano Joaquim Cardoso, um dos componentes da geração de 45. a) O poema é uma extensa descrição da planície do Capibaribe, com uso da denotação. b) É uma descrição denotativa onde não se encontram recursos poéticos por se tratar de poesia moderna. c) O verso 1 é o único que usa denotação. d) No poema, o verso 2 é o único narrativo, o que identificado através do verbo de ação "reuniram". e) Os versos 3 e 4 são descrições conotativas, com ênfase no uso de adjetivos. Questão 28 (FESP) Questão sobre José Lins do Rego e sua obra. Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. a) Em Menino de Engenho, lê-se: "Coitado do Santa Fé! Já o conheci de fogo morto... "Isto significa que o narrador conheceu o engenho Santa Fé desativado. b) Na obra O moleque Ricardo, José Lins narra a saga de um moleque que foge do engenho e, na capital paraibana, toma parte ativa em movimentos revolucionários. c) O autor de Fogo Morto deixou, em suas obras o registro vivo da decadência dos engenhos e, com ela, a própria decadência dos "coronéis do açúcar". d) Em Fogo Morto, a expressão "o Santa Fé acendia sua folhada" tem o mesmo sentido da frase "Já o conheci (o Santa Fé) de fogo morto", em Menino de Engenho. e) O Capitão Vitorino é segundo a crítica, uma personagem quixotesca (ingênua, sonhadora). A seu respeito, diz o narrador de Fogo Morto: "Com Vitorino... não haveria ladrões, fiscais de feira roubando o povo. Tudo andaria na correta, na decência". Questão 29 (UNB) Julgue os itens acerca da literatura brasileira, no século XX. a) A prosa de 30 e 40 caracterizou-se por um enfoque crítico das relações sociais. b) Tendo sucedido as manifestações revolucionárias da Semana de Arte Moderna o romance de 30 e 40 aprofundou tendências como a defesa de uma língua brasileira. c) Na prosa de 30 e 40, identificam-se obras de temática regionalista e obras de sondagem psicológica. d) O romance regionalista de 30 a 40 alcançou, em algumas obras, sua plena maturidade, transcendendo o ocasional e o local, para explorar a tensão entre o homem e a realidade que o cerca. e) Em São Bernardo, Graciliano Ramos retrata o drama do personagem Paulo Honório, que, na ânsia de superar as adversidades, absorve a violência do contexto social. Questão 30 (UFPE) O modernismo no Brasil subverteu as normas literárias e durou várias décadas. Assinale as afirmativas verdadeiras e as falsas. a) Foi iniciada com a Semana da Arte Moderna em 1922, englobando várias artes: literatura, música, pintura e escultura. O pólo principal desta fase foi São Paulo, na época já um florescente parque industrial. b) Embora adotando inovações, prendeu-se à concepção tradicional da literatura, esquecendo a história da atualidade e fixando-se em valores do passado. c) Em sua primeira fase, foi marcado pela desintegração da linguagem tradicional com a busca de expressão nacional e a adoção das conquistas de vanguarda. d) Ainda na 1a fase, teve em Oswald de Andrade, escritor e poeta paulista, um dos autores mais marcantes. Seu texto foi dos mais inovadores e corrosivos da estética modernista. e) Na segunda fase do movimento, surgiram grandes poetas, mas destaca-se especialmente o chamado "Romance de 30" ou "Romance Regional". Questão 31 (UFPE) Sobre Graciliano Ramos. Assinale as afirmativas verdadeiras e as falsas. a) "Metido no porão do navio, misturado aos criminosos na Correção, conduzido ao presídio da ilha, tendo a cabeça raspada, tornando farrapo humano pela miséria física, assistindo aos espetáculos mais sórdidos, Graciliano Ramos retrata com a impressionante nitidez, não apenas os quadros, uma fase de existência do nosso país.". O livro resultou da experiência de Graciliano descrita por Nelson Sodré foi Memórias do Cárcere. b) Este livro é um impressionante texto autobiográfico com as condições dramáticas de sua prisão durante o Estado Novo, no primeiro governo Vargas. c) Angústia é a continuação de Memórias do Cárcere, e relata sua saída da prisão, tendo sido escrito num tom de libelo contra a ditadura. d) O procedimento constante de Graciliano em seu texto é interrelacionar sociedade e psicologia de forma tão contínua que é difícil apontar em toda a sua obra situações puramente psicológicas com cenas meramente sociais. Realiza uma síntese sem similar na Literatura Brasileira. e) As frases finais de Vidas Secas, obra prima de Graciliano, reafirmam sua grandeza que reside em dois elementos: Esmeralda construção formal e visão realista do universo sertanejo. "Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o sertão continuaria mandar gente para lá. O sertão continuaria mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos como Fabiano, Sinhá Vitória e os dois meninos." Questão 32 (FESP) TEXTO "A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pêlo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam cobertas de moscas. As chagas e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida." Graciliano Ramos Assinale a alternativa errada. a) Quando Graciliano Ramos começou a publicar Vidas Secas em capítulos, "Baleia" foi o primeiro deles. Era, então, um conto. b) Graciliano Ramos mostra a opressão que o meio natural e as estruturas sociais exercem sobre o homem. c) O portentoso quadro da seca e do sertão empobrece o fluxo dos pensamentos. d) Em Graciliano Ramos, a luta pela sobrevivência parece ser o grande ponto de contato entre todos os personagens. e) Os sentimentos, as emoções e as idéias interpretados pelo narrador, uma vez que os personagens são quase "mudos". Questão 33 (FESP) As características fundamentais da linguagem de Jorge Amado são: a) a descrição pormenorizada de ambientes e humor; b) o uso de termos técnicos e eruditos; c) a oralidade, o humor e o lirismo; d) o lirismo, o humor e o uso indiscriminado do calão; e) a oralidade e o uso de termos eruditos. Questão 34 (FESP) Questão referente ao Modernismo. Assinale as afirmativas verdadeiras e as falsas. a) A geração de 22 modernismo brasileiro caracterizou-se sobretudo, pelo romance regionalista. b) O drama das secas, a crise dos engenhos, o cangaço, a luta pela terra, o coronelismo, são termas abordados na ficção de Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Jorge Amado e Rachel de Queiroz. c) Os choques ideológicos e o conseqüente questionamento das tradicionais oligarquias formam um campo propício ao desenvolvimento de um romance caracterizado pela denúncia social. d) Os romancistas de 30 caracterizavam-se por adotarem uma visão crítica das relações sociais. e) Embora apegado ao modelo do século passado, o regionalismo do modernismo dele difere na linguagem que passa a ser crítica e seca. Questão 35 (FESP) Questão referente a Rachel de Queiroz e à sua obra. Assinale as afirmativas verdadeiras e as falsas. a) O romance regionalista de 30 ganha novo impulso com Rachel de Queiroz. b) O Quinze documenta a bruta realidade da seca, da fome e da migração no sertão cearense. c) É do romance, O Quinze, a passagem: "O sertanejo é, antes de tudo, um forte." d) Nos romances da Rachel de Queiroz, o diálogo é vivo e dinâmico. e) O Quinze narra a história do retirante Chico Bento e desenvolve o tema do amor impossível entre Vicente e Conceição. Questão 36 (FESP) Questão referente a Érico Veríssimo. Assinale as afirmativas verdadeiras e as falsas. a) O Tempo e o Vento narra a saga de uma família e de uma cidade do Rio Grande do Sul. b) "O Continente", uma das partes da trilogia, faz sobressair o personagem Ana Terra, símbolo da mulher gaúcha. c) Em "O Continente" também, Érico Veríssimo traça um grandioso painel do homem e da paisagem do Rio Grande do Sul. d) Em o Tempo e o Vento, a narração é feita através do foco narrativo em terceira pessoa, onisciente. e) Em O Tempo e o Vento, o palco para o desenrolar dos fatos e das situações é a região do ciclo do cangaço. Questão 37 (FESP) Questão referente ao romance de Grande Sertão: veredas. Assinale as afirmativas verdadeiras e as falsas. a) O romance Sertão: veredas é considerado como a obra-prima de Guimarães Rosa. b) No romance Grande Sertão: veredas, o narrador desenvolve o raciocínio de que o demo existe dentro do homem. É uma criação da fantasia do ser humano. c) Percebe-se que a linguagem de Guimarães Rosa mistura-se à pesquisa erudita, aos arcaísmos, à exploração sonora, sintática e semântica do português. d) É correto afirmar que Guimarães Rosa transmite ao nosso regionalismo valores universais e linguagem recriada poeticamente. e) Diadorim, em Grande Sertão: veredas, relata as preocupações metafísicas que sempre marcaram a sua vida. Dentre elas, destaca-se a existência ou não do diabo. Questão 38 (UCSAL) I. Antônio Balduíno, moleque de morro, criado na mendicância, torna-se sucessivamente lutador de boxe, lavrador, artista de circo e líder grevista. II. O coronel Horácio da Silveira e a família Badaró, plantadores de cacau, lutam pela posse das metas do Sequeiro Grande. III. Pedro Bala é o líder de um grupo de meninos que vivem de pequenos furtos e malandragens. As obras do escritor Jorge Amado, consumidas em I, II e III intitulam-se, respectivamente: a) Mar Morto - Capitães da Areia - Jubiabá b) Seara Vermelha - Mar Morto - Jubiabá c) Seara Vermelha - O País do Carnaval - Capitães da Areia d) Jubiabá - Terras do Sem-Fim - Capitães da Areia e) O Pais do Carnaval - Jubiabá - Terras do Sem-Fim Questão 39 (PUC-PR) Sobre Quase Memória, de Carlos Heitor Cony, assinale a afirmação verdadeira: a) É uma narrativa moderna, porque mistura o real com o imaginário e termina em aberto, sem resolver o enigma central: quem enviou o misterioso pacote? b) Os episódios do passado são relatados com amargura pelo filho, não só porque terminaram de maneira infeliz, como porque deixaram marcas de frustração no narrador. c) Os episódios do passado são recordados pelo filho para resgatar e redimensionar a importância de seu pai na história do jornalismo brasi-leiro. d) O advérbio quase, presente no título e no subtítulo, é usado para indicar a mistura de discursos narrativos: a biografia, o romance, a autobiografia e o relato fantástico. e) A dificuldade encontrada pelo narrador em definir a forma de seu texto romance ou biogra- Questão 40 (PUC-PR) No poema de Adélia Prado, transcrito a seguir, podem ser encontradas características poéticas da obra Bagagem. Assinale, porém, a alternativa que NÃO contém características comumente encontradas nessa obra: Para comer depois Na minha cidade, nos domingos de tarde, as pessoas se põem na sombra com facas e laranjas. Tomam a fresca e riem do rapaz de bicicleta, a campainha desatada, o aro enfeitado de laranjas: 'Eh bobagem!' Daqui a muito progresso tecno-ilógico, quando for impossível detectar o domingo pelo sumo das laranjas no ar e bicicletas, em meu país de memória e sentimento, basta fechar os olhos: é Domingo, é domingo, é domingo. a) Verifica-se a crítica explícita ao progresso da tecnologia e, conseqüentemente, sua recusa. b) A vida tranqüila da pequena cidade é associada à sensação de bem-estar e felicidade. c) O sentimento é uma forma de apreensão da rea-lidade. d) A linguagem poética é construída a partir de imagens sinestésicas, apreendidas na realidade. e) Os poemas, sem forma regular, valem-se do ritmo e da sonoridade expressivas como formas de manifestação estética. Questão 41 (PUC-PR) Identifique a alternativa incorreta a respeito da dinâmica da vida e da morte em Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto: a) O protagonista introduz a dinâmica da vida e da morte já em sua apresentação, quando se identifica como um entre muitos Severinos vivendo na expectativa de uma "morte severina". b) A eliminação de pequenos agricultores serve à morte; por outro lado, serve à vida daqueles que passam a ocupar o espaço deixado pelo morto. c) São mencionadas diversas alternativas de morte, como a "morte morrida", a "morte matada", a velhice precoce e o suicídio, mas o texto se encerra com a reafirmação da vida. d) Enquanto "auto de Natal", Morte e vida severina dialoga com a história de Jesus Cristo, porém o nascimento narrado não é o de Jesus, mas sim o do filho de "Seu José, mestre carpina". e) Tendo sido escrito nos anos 50, o texto tem valor literário, mas a maior parte das situações que inspiraram ao poeta as representações da morte e da vida nele reunidas já não corresponde à realidade do Nordeste brasileiro. Questão 42 (PUC-PR) Sobre a obra Bagagem, de Adélia Prado, afirma-se: I - Está construída sobre alguns pressupostos bem definidos: a alta consciência do fazer poético, a obsessão pela ordem e clareza, a tendência para a composição de versos populares, a diluição de formas, sons e cores, com acentuada inclinação para a fantasia. II - O livro Bagagem contém poemas curtos, os temas são extraídos da vida cotidiana da poeta, a escrita evita metáforas e imagens ambíguas, apresenta contínua sinestesia e faz referência a outros textos poéticos e à dificuldade de escrever poemas. III - Convivem, em Bagagem, poemas líricos de expressão pessoal com textos de inspiração bíblica, além de paródias e paráfrases de poetas como Carlos Drummond de Andrade, Castro Alves, Fernando Pessoa, Manuel Bandeira e Camões. a) São verdadeiras I, II e III. b) São verdadeiras apenas I e III. c) É verdadeira apenas I. d) É verdadeira apenas II. e) É verdadeira apenas III. Questão 43 (PUC-PR) Observe o seguinte fragmento de Corpo Fechado, conto de Sagarana, de João Guimarães Rosa, e assinale a alternativa que melhor descreve os usos da língua para efeitos estéticos e expressivos: O arraial era o mais monótono possível. Logo na chegada, ansioso por conversa à beira do fogo, desafios com viola, batuques e cavalhadas, procurei, procurei, e quebrei a foice. As noites, principalmente, impressionavam. Casas no escuro, rua deserta. Raro, o patuleio de um cavalo no cascavelho. O responso pluralíssimo dos sapos. Um só latido, mágico, feito por muitos cachorros remotos. Grilos finfininhos e bezerros fonfonando. E pronto. (p. 258, 11 ed.) a) Os períodos com orações subordinadas e com sonoridade repetitiva e enfática são criados para reproduzir a intensidade da busca do narrador por diversão. b) A descrição fragmentada e o excesso de pon-tuação sinalizam o desassossego do arraial com ruídos inesperados e impressionantes. c) A monotonia da vida do arraial e a força da natureza são expressas pela enumeração de vários tipos de animais, pelos neologismos descritivos, por adjetivos expressivos (pluralíssimo, mágico), pela onomatopéia. d) Os grilos, bezerros, cavalos, sapos estão no texto para demonstrar a intimidade do narrador com a vida rural e a atenção do autor Guimarães Rosa para com todos os habitantes do sertão. e) A repetição da sonoridade grave e pesada (vogais fechadas, nasais, sons de -s e -f, palavras longas) procura reproduzir o silêncio noturno e a falta de diversões no arraial. Questão 44 (PUC-RJ) Texto A mulher que passa 5 Meu Deus, eu quero a mulher que passa. Seu dorso frio é um campo de lírios Tem sete cores nos seus cabelos Sete esperanças na boca fresca! Oh! Como és linda, mulher que passas Que me sacias e suplicias Dentro das noites, dentro dos dias! 10 15 Teus sentimentos são poesia Teus sofrimentos, melancolia. Teus pêlos leves são relva boa Fresca e macia. Teus belos braços são cisnes mansos Longe das vozes da ventania. Meu Deus, eu quero a mulher que passa! Como te adoro, mulher que passas Que vens e passas, que me sacias Dentro das noites, dentro dos dias! 20 Por que me faltas, se te procuro? Por que me odeias quando te juro Que te perdia se me encontravas E me encontrava se te perdias? 25 30 Por que não voltas, mulher que passas? Por que não enches a minha vida? Por que não voltas, mulher querida Sempre perdida, nunca encontrada? Por que não voltas à minha vida Para o que sofro não ser desgraça? Meu Deus, eu quero a mulher que passa! Eu quero-a agora, sem mais demora A minha amada mulher que passa! No santo nome do teu martírio 35 Do teu martírio que nunca cessa Meu Deus, eu quero, quero depressa A minha amada mulher que passa! Que fica e passa, que pacifica Que é tanto pura como devassa Que bóia leve como a cortiça E tem raízes como a fumaça. Vinicius de Moraes. Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, pp.88-89. A figura da mulher como musa, fonte de inspiração do poeta, é um traço de permanência na literatura brasileira. Seguem-se abaixo trechos de poemas escritos por diferentes autores, em distintos períodos literários, sobre o sentimento que a musa inspiradora provoca no poeta. Aponte a única opção cuja imagem da mulher se distancia por completo da observada no texto 2. a) "Anjo no nome, Angélica na cara! / Isso é ser flor, e Anjo juntamente: / Ser Angélica flor, e Anjo florente, / Em quem, senão em vós, se uniformara " (Gregório de Matos). b) "Ai Nise amada! se este meu tormento, / Se estes meus sentidíssimos gemidos / Lá no teu peito, lá nos teus ouvidos / Achar pudessem brando acolhimento" (Cláudio Manuel da Costa). c) "Se uma lágrima as pálpebras me inunda, / Se um suspiro nos seios treme ainda / É pela virgem que sonhei...que nunca / Aos lábios me encostou a face linda!" (Álvares de Azevedo). d) "A primeira vez que vi Teresa / Achei que ela tinha pernas estúpidas / Achei também que a cara parecia uma perna" (Manuel Bandeira). e) "E à noite, ai! como em mal sofreado anseio, / Por ela, a ainda velada, a misteriosa / Mulher, que nem conheço, aflito chamo!" (Alberto de Oliveira). Questão 45 (PUC-RJ) Texto A mulher que passa 5 Meu Deus, eu quero a mulher que passa. Seu dorso frio é um campo de lírios Tem sete cores nos seus cabelos Sete esperanças na boca fresca! Oh! Como és linda, mulher que passas Que me sacias e suplicias Dentro das noites, dentro dos dias! 10 15 Teus sentimentos são poesia Teus sofrimentos, melancolia. Teus pêlos leves são relva boa Fresca e macia. Teus belos braços são cisnes mansos Longe das vozes da ventania. Meu Deus, eu quero a mulher que passa! Como te adoro, mulher que passas Que vens e passas, que me sacias Dentro das noites, dentro dos dias! 20 Por que me faltas, se te procuro? Por que me odeias quando te juro Que te perdia se me encontravas E me encontrava se te perdias? 25 30 Por que não voltas, mulher que passas? Por que não enches a minha vida? Por que não voltas, mulher querida Sempre perdida, nunca encontrada? Por que não voltas à minha vida Para o que sofro não ser desgraça? Meu Deus, eu quero a mulher que passa! Eu quero-a agora, sem mais demora A minha amada mulher que passa! No santo nome do teu martírio 35 Do teu martírio que nunca cessa Meu Deus, eu quero, quero depressa A minha amada mulher que passa! Que fica e passa, que pacifica Que é tanto pura como devassa Que bóia leve como a cortiça E tem raízes como a fumaça. Vinicius de Moraes. Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, pp.88-89. Com relação ao poema de Vinicius de Moraes, podemos afirmar que: a) o uso da antítese, presente no poema, constitui uma marca da tradição do barroco. b) a referência a uma natureza bucólica acentua a valorização do pastoralismo neoclássico. c) a utilização da rima e da métrica regular aproxima o poema da preocupação formal do parnasianismo. d) o eu lírico busca uma visão mística e objetiva do sentimento amoroso, típica da estética simbolista. e) a incorporação das conquistas modernistas da fase heróica acentua no texto o humor e a ironia. Questão 46 (PUC-RS) "As forças que trabalham a terra atacam-na na contextura íntima e na superfície, sem intervalos na ação demolidora, substituindo-se, com intercadência invariável, nas duas estações únicas da região." "Adstrita às influências que mutuam, em graus variáveis, três elementos étnicos, a gênesis das raças mestiças do Brasil é um problema que por muito tempo ainda desafiará o esforço dos melhores espíritos." "O caso é original e verídico. Evitando as vantagens de uma arrancada noturna, os sertanejos chegavam com o dia e anunciavam-se de longe. Despertavam os adversários para a luta." Os trechos pertencem à obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, sobre a qual é correto afirmar que a) apresenta uma visão otimista da Guerra de Canudos. b) salienta a importância da integração do imigrante à vida brasileira. c) conta a história do herói Antônio Conselheiro até o dia de sua rendição. d) desfigura a posição marginal do sertão nordestino. e) se constitui em marco decisivo para o engajamento social da literatura brasileira. Questão 47 (PUC-RS) A ____________ dos escritores da primeira fase do Modernismo no Brasil, tais como ___________, determinou uma mudança que ____________ a propulsão de estilos pessoais. a) irreverência Oswald de Andrade permitiu b) agressividade Mario de Andrade impediu c) consciência Carlos Drummond de Andrade possibilitou d) consistência Oswald de Andrade neutralizou e) coloquialidade Manuel Bandeira restringiu Questão 48 (PUC-RS) INSTRUÇÃO: Para responder à questão , considerar as afirmativas que seguem, sobre a prosa modernista. I. Na sua primeira fase, evita qualquer aproximação com a poesia. II. Na sua segunda fase, rejeita as manifestações de vanguarda. III. Tem em Macunaíma a sua grande expressão satírica. IV. Revela a multiplicidade de retratos sociais do Brasil. Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa a) I b) II c) I e II d) II e IV e) III e IV Questão 49 (PUC-RS) INSTRUÇÃO: Para responder à questão, ler o texto que segue. Bem-Aventurados "Bem-aventurados os pintores escorrendo luz Que se expressam em verde Azul Ocre Cinza Zarcão! Bem-aventurados os músicos... E os bailarinos E os mímicos E os matemáticos Cada qual na sua expressão Só o poeta é que tem de lidar com a ingrata linguagem alheia... A impura linguagem dos homens!" O poema associa-se ao Modernismo a) pela tendência ao cromatismo das imagens. b) pela rigidez métrica e lingüística. c) pelo lirismo expresso em absoluta simplicidade. d) pela idealização da linguagem literária. e) pela rejeição às outras formas artísticas. Questão 50 (UFRN) Pneumotórax Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: - Diga trinta e três. - Trinta e três... trinta e três... trinta e três... - Respire. ..................................................................... - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. - Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. É correto afirmar: a) A imprecisão do vocabulário, no último verso, revela resquícios da estética simbolista. b) O tema é tratado com ironia, traço marcante do estilo de época a que o texto pertence. c) Os versos metrificados e brancos enfatizam a irreverência com que é focalizado o tema. d) A desesperança do eu-lírico assemelha-se ao pessimismo típico do mal-do-século. Questão 51 (UFRN) Pneumotórax Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: - Diga trinta e três. - Trinta e três... trinta e três... trinta e três... - Respire. ..................................................................... - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. - Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. O discurso direto a) corresponde ao trecho lírico do poema. b) desestrutura a forma de Pneumotórax. c) descaracteriza a estrutura narrativa do poema. d) relaciona-se com a situação exposta na 1ª estrofe. Questão 52 (UFRN) Pneumotórax Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: - Diga trinta e três. - Trinta e três... trinta e três... trinta e três... - Respire. ..................................................................... - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. - Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. O pontilhado: a) sugere ações praticadas em silêncio. b) impede a continuidade do diálogo. c) reduz a expressividade dramática. d) desfaz a unidade semântica da estrofe. Questão 53 (UFRN) Paulo Honório, o narrador de São Bernardo, é figura representativa do capitalismo no Brasil. Marque a opção que melhor exemplifica essa afirmativa: a) "- Não fale assim, menina. E a instrução, a sua pessoa, isso não vale nada? Quer que lhe diga? Se chegarmos a acordo, quem faz um negócio supimpa sou eu." b) "A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que me deram lucro." c) "Arrependi-me de haver arriscado quarenta: não valia, era um roubo. Padilha escorregou a quarenta e cinco. Firmei-me nos quarenta." d) "Além de tudo, vestido de seda para a Rosa, sapatos e lençóis para a Margarida. Sem me consultar. (...) Um abuso, um roubo, positivamente um roubo." Questão 54 (UFPE) O Modernismo foi iniciado em São Paulo com a Semana de Arte Moderna em 1922. Dois de seus principais autores, Oswald e Mário, tinham o mesmo sobrenome, embora não fossem irmãos. Sobre esses dois autores, relacione a 2a coluna de acordo com a 1a : 1ª COLUNA 2ª COLUNA (1) Mário de Andrade ( ) Visão renovadora, linguagem carregada de ironia com poemaspiadas e poemasrelâmpagos; (2) Oswald de Andrade ( ) Paulicéia Desvairada, seu primeiro livro modernista, apesar de imagens retóricas, é escrito em versos livres; ( ) Em Macunaíma conseguiu concretizar anseios naciona- listas; ( ) Em seus diversos livros, tem a preocupação de "abrasileirar" as tendências vanguardistas e a língua portuguesa; ( ) Na poesia, transpõe para a literatura a linguagem do cinema e da propaganda. Na prosa, usa o mesmo estilo fragmentário, como se pode ver em Memórias Sentimentais de João Miramar. A ordem correta é: a) 1, 2, 2, 2, 1 b) 2, 1, 1, 2, 1 c) 2, 2, 2, 1, 1 d) 2, 1, 1, 1, 2 e) 1, 2, 1, 2, 1 Questão 55 (UFPE) DESCOBERTA DA LITERATURA No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/ cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./ E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/ para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./ Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/ ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/ com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./ Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/ em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/ e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/ a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/ que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/ e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/ receava que confundissem/ o de perto com o distante,/ o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/ e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/ ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./ (...) João Cabral de Melo Neto Assinale a única alternativa correta, sobre o autor do texto: a) Pernambucano, da Zona da Mata, participou da Semana de Arte Moderna, tendo pertencido à primeira fase deste movimento; b) Os críticos literários julgam que o poeta, com suas posições radicais, atrasou o florescimento de uma poética da realidade brasileira; c) Para o poeta em questão, a poesia é a busca da palavra objetiva e exata como uma fórmula matemática para representar o mundo; d) Sua linguagem não se adapta à aridez do mundo do sertão, cantando apenas a exuberância da Zona da Mata de seu estado natal; e) Tendo obsessão pela forma, na sua poesia a métrica e a rima são perfeitas, com imagens que lembram os poetas parnasianos; Questão 56 (UFPE) Os autores nordestinos levaram para a literatura e para o teatro a realidade de sua região. Sobre esses autores: 1)José Lins do Rego, escritor alagoano, escreveu Os Sertões e logo após lançou São Bernardo, obra em que denuncia a situação injusta nas plantações de cana da Zona da Mata; 2)Ariano Suassuna, teatrólogo, tem como obra-prima O Auto da Compadecida, onde dramatiza situações do cotidiano do sertão, colocando em cena elementos religiosos; 3)Ascenso Ferreira, poeta, é autor de Catimbó, e em sua obra busca reproduzir a linguagem popular; 4)Raquel de Queiroz, que estreou com O Quinze, continua escrevendo romances regionais, sendo um dos mais recentes Memorial de Ana Moura; Estão corretas: a) 2, 3, 4 apenas b) 1, 2, 3, 4, c) 1, 2, 4 apenas d) 1, 3 apenas e) 2, 3 apenas Questão 57 (UFPE) "A obra de José Lins do Rego é profundamente triste. É uma epopéia da tristeza, da tristeza de sua terra e da sua gente, da tristeza do Brasil." (Oto Maria Carpeaux) Sobre a obra do autor acima referido, assinale a alternativa incorreta: a) Está dividida em ciclos: da cana-de-açúcar; do cangaço e do misticismo; b) Nas obras do ciclo da cana-de-açúcar predomina o memorialismo sobre a ficção; c) O romance Fogo Morto é sua obra-prima, e foi escrito em 1943; d) Menino de Engenho é o livro de estréia e o mais famoso. Nele o autor demonstra a visão de mundo do senhor de engenho e sua decadência física e psíquica, em linguagem espontânea e repetitiva; e) Em Doidinho José Lins descreve o ambiente urbano e aprofunda-se nas características psicológicas dos personagens, perdidos na cidade grande; Questão 58 (UFPA) De Carlos Drummond de Andrade se diz que, além de poeta de inspiração incontestável, é um artífice da palavra. Esse dom e o cuidado com a palavra poética manifestam-se em vários momentos de sua criação. "A procura da poesia" é um rico exemplar dessa profissão de fé do nosso "poeta maior". Nos versos transcritos nas alternativas abaixo, assinale o único que não aponta diretamente para o "fazer poético", segundo a visão drummondiana. a) "Teu iate de marfim, teu sapato de diamante," b) "O canto não é a natureza" c) "Não faças poesia com o corpo," d) "Penetra surdamente no reino das palavras." e) "Não cantes tua cidade, deixa-a em paz" Questão 59 (UFPA) O que você considera mais expressivo em "Banho de cheiro", de Eneida de Morais? a) os dramas pessoais dos personagens b) o impecável tratamento dado a um tema amazônico em literatura produzida na região c) a estrutura do texto, do ponto de vista da narrativa d) as categorias espácio-temporais, como elementos determinantes da trama narrativa e) a reconstituição do ambiente (interior) e, conseqüente, valorização da cor local Questão 60 (PUC-PR) Sobre Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto, é incorreto afirmar: a) Trata-se de um poema dramático que tem como subtítulo "Auto de Natal pernambucano". b) O contraste entre vida e morte ganha contornos paradoxais quando, chegando ao Recife, Severino, em vez de se encantar com o rio que "não seca, vai toda vida", pensa em suicidarse em suas águas. c) No poema, o único espaço social em que ricos e pobres se igualam é o cemitério. d) O nascimento de uma criança, no final do poema, relativiza a idéia de que, no Nordeste, a morte sempre se sobrepõe à vida. e) Escrito na década de 50, o poema tem sido adaptado freqüentemente para o teatro e a televisão, o que contribuiu grandemente para sua popularização. Questão 61 (PUC-PR) Identifique os enunciados corretos: I - São Bernardo, de Graciliano Ramos, é um romance realista narrado em primeira pessoa e, assim como Dom Casmurro, de Machado de Assis, tematiza a crise conjugal gerada pelos ciúmes do protagonista. II - Angústia, de Graciliano Ramos, narra as desventuras de um homem que se tornou criminoso. III - José Lins do Rego é autor das narrativas dos chamados "ciclo da cana-de-açúcar" e "ciclo do cacau". IV - Menino de engenho, de José Lins do Rego, narra o cotidiano de um órfão na fazenda de seu avô. a) Todas as alternativas estão corretas. b) Estão corretas apenas I, II e III. c) Estão corretas apenas I, II e IV. d) Estão corretas apenas I, III e IV. e) Estão corretas apenas II, III e IV. Questão 62 (PUC-RS) "Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros; Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas." (...) A expressão sublinhada no texto - minha terra natal - revela um traço marcante da expressão literária do ___________, que é _____________. a) Modernismo / o regionalismo b) Modernismo / a idealização c) Romantismo / religiosidade d) Modernismo / o subjetivismo e) Romantismo / o ufanismo Questão 63 (PUC-RS) TEXTO A (...) "Minha vida tem desgostos, Que só eu sei compreender ... Quando me lembro da terra Parece que vou morrer ..." (...) "Terra minha, que te adoro, Quando é que eu te torno a ver? Leva-me deste desterro; Basta já de padecer." TEXTO B (...) "Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho do Porfiro, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas." (...) As duas estrofes do texto A, extraídas da obra _____________, de ______________, expressam uma cantiga entoada por portugueses, inquilinos de João Romão. Nelas, observa-se um sentimento ___________em relação a Portugal. a) Cemitério dos vivos / Lima Barreto / saudosista b) Casa de pensão / Aluísio Azevedo / pessimista c) O Cortiço / Aluísio Azevedo / saudosista d) Urupês / Monteiro Lobato / Ufanista e) O mulato / Aluísio Azevedo / pessimista Questão 64 (PUC-RS) TEXTO A (...) "Minha vida tem desgostos, Que só eu sei compreender ... Quando me lembro da terra Parece que vou morrer ..." (...) "Terra minha, que te adoro, Quando é que eu te torno a ver? Leva-me deste desterro; Basta já de padecer." TEXTO B (...) "Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho do Porfiro, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas." (...) Extraído do mesmo romance, o texto B representa uma dimensão fundamental da formação da nação brasileira, que é a) o sincretismo entre tipos humanos em contraste. b) a nostalgia vivida pelos desterrados. c) a presença da música crioula em oposição ao fado. d) o trágico fim dos que se ausentam de sua terra natal. e) a descoberta da cultura mestiça entre estrangeiros. Questão 65 (PUC-RS) "Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O Urucuia vem dos montões oestes. Mas, hoje, que na beira dele, tudo dá – fazendões de fazendas, almargem de vargens de bom render, as vazantes; as culturas que vão de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há." Pelo registro inusitado da linguagem ________ - que é uma variante da língua portuguesa , pela descrição _________ e pela temática relativa a senhores fazendeiros e a ___________ , é possível afirmar que se trata de um trecho da obra de João Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas. a) caboclo–sertaneja / do sertão / jagunços b) nordestina / da mata / colonos c) acadêmica / da / jagunços d) nordestina / do sertão / retirante Questão 66 (PUC-RS) "Por fim os próprios prisioneiros que chegavam, e eram, no fim de tantos meses de guerra, os primeiros que apareciam. Notou-se apenas, sem que se explicasse a singularidade, que entre eles não surgia um único homem feito. Os vencidos, varonilmente ladeados de escoltas, eram fragílimos: meia dúzia de mulheres tendo ao colo crianças engelhadas como fetos, seguidas dos filhos maiores, de seis a dez anos. Passaram pelo arraial, entre compactas alas de curiosos em que se apertavam fardas de todas as armas e de todas as patentes. Um espetáculo triste. [...] Eram como animais raros num divertimento de feira." Trata-se de trecho de ____________, obra de Euclides da Cunha, autor que descobre o Brasil através _________, utilizando uma linguagem ___________. a) Os Sertões / da Revolução de 30 / simples b) São Bernardo / da Revolução de 30 / cotidiana c) Vidas Secas / do Tenentismo / pomposa d) Os Sertões / da Campanha de Canudos / erudita e) Vidas Secas / da Campanha de Canudos / artística Questão 67 (PUC-RS) Contemporâneos de Euclides da Cunha, ____________ e ____________ também souberam descortinar facetas do Brasil. O primeiro discute a questão da ___________; o segundo critica ___________. a) Graça Aranha / Lima Barreto / imigração / a política b) Augusto dos Anjos / Graça Aranha / política / o racismo c) Graciliano Ramos / Lima Barreto / seca / o messianismo d) Jorge Amado / Guimarães Rosa / terra / a miséria e) Graça aranha / Graciliano Ramos / terra / a ganância Questão 68 (PUC-RS) "Porque a verdade nua manda dizer que entre raças de variado matiz, formadoras da nacionalidade e metidas entre o estrangeiro recente e o aborígene de tabuinha no beiço, uma existe a vegetar de cócoras, incapaz de evolução, impenetrável ao progresso. Feia e sorna, nada a põe de pé. Quando Pedro I lança aos ecos o seu grito histórico e o país desperta estrovinhado à crise duma mudança de dono, o caboclo ergue-se, espia e acocora-se de novo. Pelo 13 de Maio, mal esvoaça o florido decreto da Princesa e o negro exausto larga um uf! O cabo da enxada, o caboclo olha, coça a cabeça, ’magina e deixa que do velho mundo venha quem nele pegue de novo. A 15 de Novembro, troca-se um trono vitalício pela cadeira quadrienal. O país bestifica-se ante o inopinado da mudança. O caboclo não dá pela coisa. Vem Floriano; estouram as granadas de Custódio [...] O caboclo continua de cócoras, a modorrar..." O trecho pertence a_____________, reconhecido por sua atuação no âmbito literário, _________ e ________. a) Simões Lopes Neto / regionalista / rural b) Monteiro Lobato / jornalístico / político c) Raul Bopp / científico / jornalístico d) Mário de Andrade / folclórico / popular e) Graça Aranha / econômico / jurídico Questão 69 (PUC-RS) "Porque a verdade nua manda dizer que entre raças de variado matiz, formadoras da nacionalidade e metidas entre o estrangeiro recente e o aborígene de tabuinha no beiço, uma existe a vegetar de cócoras, incapaz de evolução, impenetrável ao progresso. Feia e sorna, nada a põe de pé. Quando Pedro I lança aos ecos o seu grito histórico e o país desperta estrovinhado à crise duma mudança de dono, o caboclo ergue-se, espia e acocora-se de novo. Pelo 13 de Maio, mal esvoaça o florido decreto da Princesa e o negro exausto larga um uf! O cabo da enxada, o caboclo olha, coça a cabeça, ’magina e deixa que do velho mundo venha quem nele pegue de novo. A 15 de Novembro, troca-se um trono vitalício pela cadeira quadrienal. O país bestifica-se ante o inopinado da mudança. O caboclo não dá pela coisa. Vem Floriano; estouram as granadas de Custódio [...] O caboclo continua de cócoras, a modorrar..." Para responder à questão , analisar as afirmativas que seguem sobre o trecho anterior. I. É parte de Urupês, texto que dá título à obra. II. Avalia momentos históricos significativos para o país. III. Neutraliza-se o caráter ficcional pela referência a fatos históricos. IV. Enaltece a consciência histórica de um dos tipos brasileiros. Pela análise das afirmativas conclui-se que está correta a alternativa a) I b) II c) I e II d) II e IV e) III e IV Questão 70 (PUC-RS) Para responder à questão , analisar as afirmativas que seguem, sobre o Modernismo no Brasil. I. Os movimentos de vanguarda europeus não chegaram a influenciar os artistas brasileiros. II. Mário de Andrade centrou sua produção no projeto teórico do movimento. III. O Modernismo brasileiro se impôs a partir da Semana de Arte Moderna. IV. Revistas e manifestos divulgavam idéias modernistas. Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa a) I b) II c) I e II d) II e IV e) III e IV Questão 71 (PUC-RS) Cruzeiro "Primeiro farol de minha terra Tão alto que parece construído no céu Cruz imperfeita Que marcas o calor das florestas E os discursos de 22 câmaras de deputados Silêncio sobre o mar do Equador Perto de Alfa e de Beta Perdão dos analfabetos que contam casos Acaso" Um dos motivos pelos quais o poema se identifica com a proposta modernista é a) a utilização da paródia. b) a rigorosa metrificação c) a valorização da objetividade. d) a expressão através da musicalidade. e) o emprego do verso livre. Questão 72 (PUC-RS) Cruzeiro "Primeiro farol de minha terra Tão alto que parece construído no céu Cruz imperfeita Que marcas o calor das florestas E os discursos de 22 câmaras de deputados Silêncio sobre o mar do Equador Perto de Alfa e de Beta Perdão dos analfabetos que contam casos Acaso" Para responder à questão, analisar as afirmativas que seguem, sobre o poema "O Cruzeiro". Nele, o poeta I. atribui ao Cruzeiro do Sul a tarefa de guiar o Brasil. II. localiza o Cruzeiro do Sul em relação a elementos aparentemente paradoxais. III. não define a identidade de seu interlocutor. IV. ressalta a perfeição da forma poética. Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa a) I b) II c) I e II d) II e IV e) III e IV Questão 73 (PUC-RS) A segunda fase do Modernismo brasileiro a) rompe com os limites entre prosa e poesia. b) valoriza o fluxo da consciência nos textos em prosa. c) dá maior destaque à poesia em detrimento da prosa. d) inclina-se para o experimentalismo da linguagem. e) apresenta uma prosa cuja temática predominante é o Brasil. Questão 74 (PUC-RS) "Numa noite de escuro, Antônio Silvino atacou o Pilar. Não houve resistência nenhuma. A guarda da cadeia correra aos primeiros tiros, e os poucos soldados do destacamento ganharam o mato às primeiras notícias do assalto. Os cangaceiros soltaram os presos, cortaram os fios do telégrafo da estrada de ferro e foram à casa do prefeito Napoleão para arrasá-lo. [...] Depois, o capitão Antônio Silvino baixou para a casa de comércio, abriu as portas largas, e mandou que todos entrassem. Ia dar tudo que era do comendador aos pobres. Foi uma festa. Peças de fazenda, carretéis de linha, chapéus, mantas de carne, sacos de farinha, latas de querosene, fogos do ar, candeeiros, tudo distribuído como por encanto." O texto é de José Lins do Rego, da obra ____________, em que o autor alia duas das suas vertentes temáticas: o cangaço e ___________ – questões até então não exploradas pela literatura brasileira. a) Menino de Engenho / a reforma agrária b) Fogo Morto / o ciclo da cana-de-açúcar c) O Quinze / a seca d) A Bagaceira / a miséria e) Mémorias do Cárcere / o confinamento político Questão 75 (PUC-RS) "Numa noite de escuro, Antônio Silvino atacou o Pilar. Não houve resistência nenhuma. A guarda da cadeia correra aos primeiros tiros, e os poucos soldados do destacamento ganharam o mato às primeiras notícias do assalto. Os cangaceiros soltaram os presos, cortaram os fios do telégrafo da estrada de ferro e foram à casa do prefeito Napoleão para arrasá-lo. [...] Depois, o capitão Antônio Silvino baixou para a casa de comércio, abriu as portas largas, e mandou que todos entrassem. Ia dar tudo que era do comendador aos pobres. Foi uma festa. Peças de fazenda, carretéis de linha, chapéus, mantas de carne, sacos de farinha, latas de querosene, fogos do ar, candeeiros, tudo distribuído como por encanto." Sobre o texto, é correto afirmar que o autor _________ uma realidade brasileira, ________ a ação dos cangaceiros. a) valoriza / idealizando b) neutraliza / criticando c) registra / enaltecendo d) ficcionaliza / relatando e) critica / rejeitando Questão 76 (PUC-RS) José Lins do Rego é um dos autores associados ao chamado Romance de 30. Trata-se de obras que apresentam fatos _________, revelando estruturas predominantemente ____________, que contrastam com a linguagem próxima ao código ________ urbano. a) verossímeis / agrárias / culto b) inverossímeis / interioranas / popular c) cotidianos / capitalistas / grupal d) verídicos / burguesas / lusitano e) históricos / campesinas / litorâneo Questão 77 (UFPA) O poema "Ode ao Burguês" a) expressa a cultura nacional brasileira a partir de um elogio de seu principal elemento originador, o burguês. Por esta razão o poema é considerado uma obra da primeira fase do Modernismo brasileiro. b) é um canto entusiástico de exaltação ao ódio ao burguês que se caracteriza pela linha satírico-agressiva e pelo espírito irônico e destruidor do movimento modernista brasileiro, na sua primeira fase. c) nasceu de um momento em que Mário de Andrade se sentiu inspirado a escrever sobre a exacerbação do nacional com uma sintaxe tradicional parnasiana. d) faz parte da primeira obra de Mário de Andrade "Há uma gota de sangue em cada poema" em que mostra o autor ainda influenciado pelas escolas literárias anteriores à Semana de Arte Moderna de 22. e) é um poema que segue a tradição parnasiana apesar de estar ligado ao período denominado Modernismo. Questão 78 (UFPA) "(Nasce) a concepção da poesia como objeto concreto, inclusive visual, dependendo estritamente da disposição da palavra na página em relação funcional com o espaço branco(...), o efeito da palavra justaposta, a expressividade do termo essencial, em composições breves e densas, baseadas, não raro, no jogo de palavras, nas alterações de sentido ligadas às alterações sonoras(...) no verso elíptico em que os vocábulos se destacam pela força própria, quase como objetos sólidos." (CANDIDO,Antônio . CASTELLO, J. Aderaldo da . Presença Literatura Brasileira III. DIFEL.São Paulo-Rio de Janeiro.1979). O trecho acima apresenta traços característicos de muitos poemas dos seguintes autores: a) Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias. b) Olavo Bilac e Rui Barbosa. c) Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa. d) Max Martins e João Cabral de Melo Neto. e) Gregório de Matos Guerra e Pe. Antônio Vieira. Questão 79 (UFPE) Observe: 1) "De repente, um bé agudo e longo. Era uma cabra ruiva, nambi, de focinho quase preto". Raquel de Queirós 2)"É mais fácil passar o ouvido nas nuvens e sentir passar as estrelas, do que prendê-la à terra..." Cecília Meireles Sobre essas escritoras brasileiras, de gêneros diferentes, responda, numerando abaixo: () Utilizou a seca nordestina e o êxodo rural como temática literária. () É a primeira voz poética feminina a encontrar repercussão maior na literatura brasileira com a publicação de Espectros (1919). () Valoriza a intuição e a emoção como formas de apreender e interpretar o mundo, num lirismo delicado e reflexivo. () Com seu romance de estréia, de tema social forte para a época, ela impôs-se com uma linguagem rica em regionalismos. A ordem correta é: a) 1,1,2 e 2 b) 1,2,2 e 1 c) 1,2,1 e 2 d) 2,1,1 e 2 e) 2,1,2 e 1 Questão 80 (UFPE) Meu Deus, por que me abandonaste Se sabias que eu não era Deus Se sabias que eu era fraco. Carlos Drummond de Andrade Com relação a esses versos do poeta, sempre contemporâneo, qual a única afirmação INCORRETA? a) O texto, buscando uma explicação para o "ser e estar no mundo", aborda o mistério da essência humana e a espiritualidade. b) Em versos livres, o poeta retoma, endossando, uma passagem do Evangelho, pronunciada em situação de desespero. c) Como recursos poéticos, além da alusão citada, o poeta usa a repetição, a aliteração e a apóstrofe. d) Os versos acima enfatizam a preocupação do poeta com os temas sociais. e) Com uma forma despojada e sintética, Drummond aborda nesses versos, a partir do individual, um tema universal: o desamparo e a solidão inerente à condição humana. Questão 81 (UFPE) Entre os poetas do século XX no Brasil, dentro das diversas tendências do Modernismo, temos: 1) Mário de Andrade 2) Manuel Bandeira 3) João Cabral de Melo Neto Leia as informações abaixo e numere de acordo com a ordem acima. () Participou da Semana de Arte Moderna, apenas enviando um poema, Os Sapos, ridicularizando os parnasianos. Sua poesia enquadra-se na vertente mais clássica do Modernismo, como se pode ver em seu livro Estrela da Manhã (1936). () Da geração de 45, sua poesia é considerada pós-modernista. Autor de O Cão Sem Plumas e Educação pela Pedra, ele fez a poesia deixar de ser inspiração apenas, para se transformar em pesquisa de expressão. () Iniciador do Modernismo no Brasil, organizou a Semana de Arte Moderna em 1922. Artista plural, autor de Ode ao Burguês, foi a figura central da geração de 1922. A seqüência correta é: a) 2,3 e 1 b) 3, 2 e 1 c) 1,2 e 3 d) 2,1 e 3 e) 3,1 e 2 Questão 82 (UFPE) "Por romper uma série de cânones, o Modernismo recebeu o nome de vanguarda (o que está à frente do tempo)." Sobre o Modernismo, podemos afirmar que: a) foi um movimento renovador apenas na sua forma, não apresentando proposta de adesão da literatura à discussão dos problemas brasileiros. b) rompeu com o modelo de linguagem que seguia a norma padrão portuguesa, mas não recriou o falar brasileiro. c) não foi uma arte engajada com a história contemporânea. d) foi uma cópia do Futurismo Italiano, de Marinetti. e) rompeu as barreiras entre a prosa e a poesia, valorizando o prosaico e o humor e criticando duramente o academicismo. Questão 83 (PUC-MG) O título da obra Brás, Bexiga e Barrafunda Notícias de São Paulo, de Alcântara Machado, só NÃO se relaciona: a) ao vínculo paulista com a cultura italiana. b) ao espaço da narrativa. c) à imparcialidade com que as histórias são narradas. d) a acontecimentos cotidianos que a obra relata. e) ao estilo jornalístico que perpassa os contos. Questão 84 (PUC-MG) O que determina a vida do protagonista Policarpo Quaresma, da obra de Lima Barreto, é: a) o excessivo valor ao material. b) o gosto pelo trabalho. c) a aversão à vilania. d) o apego à religião. e) a postura ufanista. Questão 85 (PUC-MG) Sobre a obra "Triste fim de Policarpo Quaresma", é INCORRETO afirmar que: a) mantém em seqüência o plano ideológico romântico, tratado humoristicamente. b) reflete a tendência da época pré-modernista de inconformismo e renovação. c) expõe um cenário urbano, com tipos peculiares do cotidiano. d) indica ruptura no plano estético, pois apresenta linguagem inovadora. e) retrata a postura do autor de observador da realidade. Questão 86 (PUC-MG) O título da obra de Lima Barreto, Triste fim de Policarpo Quaresma, antecipa ao leitor sobre o protagonista: a) a indiferença com que passou a lidar com a pátria. b) o fim de vida em um hospício no qual o enclausuraram. c) a sua morte terrível motivada pela loucura. d) o seu final dramático determinado pela sua trajetória de vida. e) a sua trajetória de vida reveladora de um destino trágico. Questão 87 (PUC-MG) Assinale o aspecto que se refere à obra "Triste fim de Policarpo Quaresma". a) linguagem rebuscada. b) criticidade. c) distanciamento da realidade. d) determinismo. e) visão idealizada do mundo. Questão 88 (PUC-MG) São aposições entre as personagens "vaca" e "rapaz" do conto "Seqüência", de Guimarães Rosa, EXCETO: a) vaca: esperta X rapaz: acomodado b) vaca: guia X rapaz: guiado c) vaca: aventura voluntária X rapaz: aventura involuntária d) vaca: consciente dos motivos de sua viagem X rapaz: inconsciente dos motivos de sua viagem e) vaca: norteada X rapaz: desnorteado Questão 89 (PUC-MG) Todas as passagens em destaque comprovam a metáfora existente no adjunto adverbial de lugar que consta do título "A menina de lá", EXCETO: a) "Aquilo, quem entendia? Nem os outros prodígios, que vieram se seguindo. O que ela queria, que falava, súbito acontecia." b) "que não era preciso encomendar, nem explicar, pois havia de sair bem assim, do jeito, cor-de-rosa com verdes funebrilhos, por era, tinha de ser! pelo milagre, o de sua filhinha em glória, Santa Nhinhinha." c) "Mas veio, vagarosa, abraçou a Mãe e a beijou, quentinha. A Mãe, que a olhava com estarrecida fé, sarou-se então, num minuto. Souberam que ela tinha também outros modos." d) "Aí, Tiantônia tomou coragem, carecia de contar: que, naquele dia, do arco-íris da chuva, do passarinho, Nhinhinha tinha falado despropositado desatino, por isso com ela ralhara. O que fora: que queria um caixãozinho cor-de-rosa, com enfeites verdes brilhantes..." e) "Em geral, porém, Nhinhinha, com seus nem quatro anos, não incomodava ninguém, e não se fazia notada, a não ser pela perfeita calma, imobilidade e silêncios." Questão 90 (PUC-MG) "A mansão, estranha, fugindo, atrás de serras e serras, sempre, e à beira da mata de algum rio, que proíbe o imaginar. Ou talvez não tenha sido numa fazenda, nem no indescoberto rumo, nem tão longe? Não é possível saber-se, nunca mais." trecho em destaque, do conto "Nenhum, nenhuma", sugere que o narrador-protagonista: a) prende-se a fantasias. b) tenta clarear lembranças dispersas. c) vive dominado pela certeza. d) é convicto de suas idéias. e) teme a realidade e o futuro. Questão 91 (UFCE) FIDELIDADE 01Altas horas já são. O aracati passou. 02Já vai rumo ao sertão. E em mim ficou 03a lembrança sutil de seus desvelos 04afagando-me os olhos e os cabelos. 05Os cabelos que em vão envelheceram 06ou, pobres folhas ao vento, se perderam. 07Mas, nas idades todas, fui fiel 08a esse mar belíssimo e revel 09que vejo em devoção 10qual destino, estigma ou canção. 11E refaço mil vezes minha viagem, 12marinheiro que fui sem marinhagem, 13sendo, a cada instante, 14do mar de Mucuripe um tripulante. (BENEVIDES, Artur Eduardo. Noturnos de Mucuripe epoemas de êxtase e abismo. Fortaleza: UFC, 1992.) lirismo do poema evidencia-se no(a) a) racionalidade das idéias. b) rebuscamento da forma. c) exteriorização do mundo interior. d) prolixidade dos versos. e) temática regionalista. Questão 92 (UFCE) FIDELIDADE 01Altas horas já são. O aracati passou. 02Já vai rumo ao sertão. E em mim ficou 03a lembrança sutil de seus desvelos 04afagando-me os olhos e os cabelos. 05Os cabelos que em vão envelheceram 06ou, pobres folhas ao vento, se perderam. 07Mas, nas idades todas, fui fiel 08a esse mar belíssimo e revel 09que vejo em devoção 10qual destino, estigma ou canção. 11E refaço mil vezes minha viagem, 12marinheiro que fui sem marinhagem, 13sendo, a cada instante, 14do mar de Mucuripe um tripulante. (BENEVIDES, Artur Eduardo. Noturnos de Mucuripe epoemas de êxtase e abismo. Fortaleza: UFC, 1992.) "E refaço mil vezes minha viagem" (verso b). Esse verso sugere que: a) o poeta, fiel ao mar, viaja nele através de suas canções. b) a energia criadora do poeta é limitada. c) no presente, o poeta desiste de seus sonhos. d) a viagem do poeta tem roteiro pré-estabelecido. e) para o poeta, viajar é tarefa cansativa e monótona. Questão 93 (UFCE) FIDELIDADE 01Altas horas já são. O aracati passou. 02Já vai rumo ao sertão. E em mim ficou 03a lembrança sutil de seus desvelos 04afagando-me os olhos e os cabelos. 05Os cabelos que em vão envelheceram 06ou, pobres folhas ao vento, se perderam. 07Mas, nas idades todas, fui fiel 08a esse mar belíssimo e revel 09que vejo em devoção 10qual destino, estigma ou canção. 11E refaço mil vezes minha viagem, 12marinheiro que fui sem marinhagem, 13sendo, a cada instante, 14do mar de Mucuripe um tripulante. (BENEVIDES, Artur Eduardo. Noturnos de Mucuripe epoemas de êxtase e abismo. Fortaleza: UFC, 1992.) No texto Fidelidade, o poeta se utiliza de: I - rima; II -número fixo de sílabas; III -divisão em estrofes. Marque a alternativa correta: a) só I é verdadeiro. b) só II é verdadeiro. c) I e II são verdadeiros. d) I e III são verdadeiros. e) II e III são verdadeiros. Questão 94 (UFRRJ) TEXTO Os Sertões Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram, os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. Forremo-nos à tarefa de descrever os seus últimos momentos. Nem poderíamos fazê-lo. Esta página, imaginamo-la sempre profundamente emocionante e trágica; mas cerramo-la vacilante e sem brilhos. Vimos como quem vinga uma montanha altíssima. No alto, a par de uma perspectiva maior, a vertigem… Ademais não desafiaria a incredulidade do futuro a narrativa de pormenores em que se amostrassem mulheres precipitando-se nas fogueiras dos próprios lares, abraçadas aos filhos pequeninos?… E de que modo comentaríamos, com a só fragilidade da palavra humana, o fato singular de não aparecerem mais, desde a manhã de 3, os prisioneiros válidos colhidos na véspera, e entre eles aquele Antônio Beatinho que se nos entregara, confiante - e a quem devemos preciosos esclarecimentos sobre esta fase obscura da nossa História? Caiu o arraial a 5. No dia 6 acabaram de o destruir desmanchando-lhe as casas, 5200, cuidadosamente contadas. (In: CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo. Cultrix / INL, 1975.p.393. 2a ed.) Vocabulário Forrar-se - esquivar-se; livrar-se.Vingar - atingir; galgar; alcançar a. A descrição final da batalha de Canudos tornou-se "vacilante e sem brilhos" (l. 8) em razão a) do equilíbrio entre as forças conflitantes. b) da fuga em massa de frágeis prisioneiros. c) da crueza e determinação demonstradas pelos atos das mães de Canudos. d) do cansaço dos soldados após a subida de uma montanha íngreme, antes do assalto final. e) da condescendência dos soldados do governo. Questão 95 (UFRRJ) TEXTO Os Sertões Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram, os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. Forremo-nos à tarefa de descrever os seus últimos momentos. Nem poderíamos fazê-lo. Esta página, imaginamo-la sempre profundamente emocionante e trágica; mas cerramo-la vacilante e sem brilhos. Vimos como quem vinga uma montanha altíssima. No alto, a par de uma perspectiva maior, a vertigem… Ademais não desafiaria a incredulidade do futuro a narrativa de pormenores em que se amostrassem mulheres precipitando-se nas fogueiras dos próprios lares, abraçadas aos filhos pequeninos?… E de que modo comentaríamos, com a só fragilidade da palavra humana, o fato singular de não aparecerem mais, desde a manhã de 3, os prisioneiros válidos colhidos na véspera, e entre eles aquele Antônio Beatinho que se nos entregara, confiante - e a quem devemos preciosos esclarecimentos sobre esta fase obscura da nossa História? Caiu o arraial a 5. No dia 6 acabaram de o destruir desmanchando-lhe as casas, 5200, cuidadosamente contadas. (In: CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo. Cultrix / INL, 1975.p.393. 2a ed.) Vocabulário Forrar-se - esquivar-se; livrar-se.Vingar - atingir; galgar; alcançar a. O quinto parágrafo do texto apresenta como idéia central a) o poder político exercido por Antônio Conselheiro. b) a impossibilidade de publicação das cenas da rendição de Canudos. c) o esclarecimento confiante de Antônio Beatinho sobre esta fase obscura da História. d) a exacerbação do poder constituído contra uma população simplória e heróica. e) a dúvida assumida por Antônio Conselheiro quanto à elucidação desta fase obscura da História. Questão 96 (UFRRJ) TEXTO FAVELÁRIO NACIONAL Desfavelado 01 Me tiraram do meu morro 02 me tiraram do meu cômodo 03 me tiraram do meu ar 04 me botaram neste quarto 05 multiplicado por mil 06 quartos de casas iguais. 07 Me fizeram tudo isso 08 para meu bem. E meu bem 09 ficou lá no chão queimado 10 onde eu tinha o sentimento 11 de viver como queria 12 no lugar onde queria 13 não onde querem que eu viva 14 aporrinhado devendo 15 prestação mais prestação 16 da casa que não comprei 17 mas compraram para mim. 18 Me firmo, triste e chateado 19 Desfavelado. Indagação 01 Antes que me urbanizem a régua, compasso, 02 computador, cogito, pergunto, reclamo: 03 Por que não urbanizam antes 04 a cidade? 05 Era tão bom que houvesse uma cidade 06 na cidade lá embaixo. ANDRADE, Carlos Drummond de. Corpo. Rio de Janeiro, Record, 1985.p.118-119; 120-121. . Entre as características da obra de Carlos Drummond de Andrade, aquela que pode ser detectada no TEXTO é a) a nostalgia do passado. b) a participação sociopolítica. c) a reflexão sobre a poesia. d) o erotismo poético. e) a reflexão autobiográfica. Questão 97 (UFRRJ) TEXTO FAVELÁRIO NACIONAL Desfavelado 01 Me tiraram do meu morro 02 me tiraram do meu cômodo 03 me tiraram do meu ar 04 me botaram neste quarto 05 multiplicado por mil 06 quartos de casas iguais. 07 Me fizeram tudo isso 08 para meu bem. E meu bem 09 ficou lá no chão queimado 10 onde eu tinha o sentimento 11 de viver como queria 12 no lugar onde queria 13 não onde querem que eu viva 14 aporrinhado devendo 15 prestação mais prestação 16 da casa que não comprei 17 mas compraram para mim. 18 Me firmo, triste e chateado 19 Desfavelado. Indagação 01 Antes que me urbanizem a régua, compasso, 02 computador, cogito, pergunto, reclamo: 03 Por que não urbanizam antes 04 a cidade? 05 Era tão bom que houvesse uma cidade 06 na cidade lá embaixo. ANDRADE, Carlos Drummond de. Corpo. Rio de Janeiro, Record, 1985.p.118-119; 120-121. . Embora Drummond tenha-se consagrado no cenário da literatura nacional a partir da segunda fase modernista, sua poesia apresenta vários aspectos defendidos pela geração de 22. Entre esses aspectos, pode-se identificar no TEXTO a a) exaltação da pátria. b) releitura de estilos anteriores. c) livre associação de idéias. d) utilização do humor. e) incorporação do presente. Questão 98 (UFRRJ) "O primeiro grande poeta que se afirmou depois das estréias modernistas foi Carlos Drummond de Andrade. Definindo-lhe lucidamente o caráter, disse Otto Maria Carpeux da sua obra que ‘expressão duma alma muito pessoal, é poesia objetiva.’ Pareceme que alma muito pessoal significa, no caso, a aguda percepção de um intervalo entre as convenções e a realidade: aquele hiato entre o parecer e o ser dos homens e dos fatos que acaba virando matéria privilegiada do humor, traço constante na poesia de Drummond". BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. S. Paulo, Cultrix, 1989. p.494 Segundo Bosi, em relação ao humor de Drummond pode-se afirmar que é um riso a) que assinala uma ruptura com a geração que o antecede. b) escarnecedor, semelhante ao de Gregório de Matos. c) irônico, distanciado e lúdico, atividade da razão. d) tímido, sem qualquer reflexão, fruto da inspiração poética. e) característico da primeira geração modernista, da qual fazia parte. Questão 99 (UFRRJ) Esparadrapo Há palavras que parecem exatamente o que querem dizer. "Esparadrapo", por exemplo. Quem quebrou a cara fica mesmo com cara de esparadrapo. No entanto, há outras, aliás de nobre sentido, que parecem estar insinuando outra coisa. Por exemplo, "incunábulo* ". QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. Rio de Janeiro, Globo. 1987. p. 83. *Incunábulo: [do lat. Incunabulu; berço]. Adj. 1- Diz-se do livro impresso até o ano de 1500./ S.m. 2 – Começo, origem. Mário Quintana teria, para alguns historiadores de literatura brasileira, encontrado fórmulas felizes de humor, sem ter saído do clima neo- simbolista que condicionara sua formação. A respeito do poeta pode-se afirmar que a) pertenceu a mesma geração de Drummond. b) pertenceu ao primeiro momento do modernismo. c) ao lado de Cruz e Souza, representa a expressão máxima do nosso simbolismo. d) sua poesia caracteriza-se por um extremo rigor parnasiano. e) é um legítimo representante da poesia paulista. Questão 100 (UFSCAR) Tu amarás outras mulheres E tu me esquecerás! É tão cruel, mas é a vida. E no entretanto Alguma coisa em ti pertence-me! Em mim alguma coisa és tu. O lado espiritual do nosso amor Nos marcou para sempre. Oh, vem em pensamento nos meus braços! Que eu te afeiçoe e acaricie... (Manuel Bandeira: A Vigília de Hero. In: O Ritmo Dissoluto. Poesia Completa e Prosa. 2a. ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, l967, p. 224.) No poema A Vigília de Hero, Manuel Bandeira vale-se da lenda, que faz parte da mitologia grega, sobre o amor entre a jovem sacerdotisa Hero, que vivia na Europa, e o moço Leandro, que vivia na Ásia e que todas as noites atravessava a nado o estreito de mar que os separava, para encontrar-se com a sua amada. Esse poema está em O Ritmo Dissoluto, um dos livros mais representativos de estilo modernista de Manuel Bandeira. Conhecendo as características próprias desse estilo, pode-se afirmar que a característica marcante da poesia modernista que se pode comprovar no trecho transcrito é: a) a forma de diálogo da composição do poema. b) a evocação da lenda clássica de Hero e Leandro. c) a idealização do amor. d) a angústia derivada da tensão entre espiritualização e sexualidade. e) o uso do verso livre. www.pconcursos.com Gabarito: 1-b 2-c 3-d 4-c 5-e 6-vfvvf 7-fffvv 8-vvvff 9-a 10-e 11-c 12-a 13-b 14-ffvvv 15-vvvfv 16-vfvfv 17-vffvv 18-vfffv 19-fvfff 20-vvvvv 21-vffff 22-vfffv 23vvvff 24-vvvvf 25-vvfvf 26-vfffv 27-ffvvv 28-vfvfv 29-vfvvv 30-vfvvv 31vvfvv 32-c 33-c 34-fvvvv 35-vvfvv 36-vvvvf 37-vvvvf 38-d 39-d 40-a 41-e 42-e 43-c 44-d 45-a 46-e 47-a 48-e 49-c 50-b 51-d 52-a 53-c 54-d 55-c 56-a 57-b 58-a 59-b 60-c 61-c 62-a 63-d 64-d 65-a 66-d 67-a 68-b 69-c 70-e 71-e 72-c 73-e 74-b 75-d 76-a 77-b 78-d 79-d 80-d 81-a 82-e 83-c 84-e 85-a 86-d 87-b 88-a 89-e 90-b 91-c 92-a 93-a 94-c 95-d 96-b 97-e 98-c 99-a 100-e