Educação Integral na construção da proposta sócio-pedagógica
Grupo
SMS
Educação Integral
Reflexão sobre os princípios da ação socioeducativa e
os conceitos de educação integral
As ações socioeducacionais na
perspectiva da educação
integral: relação com a escola,
comunidade e seus impactos.
Maria Julia Azevedo - Maju
Consultora para projetos socioeducacionais
Uma mapa da Educação integral
ECA
Criança e
adolescente
Sujeito de
direito
Grupo
SMS
Participação
Relações comunitárias
e familiares
Pertencimento
Proteção
integral
Convocação das
diversas políticas
Garantir a
inteireza
Educação
integral
intersetorialidade
socioeducativo
Território e
Comunidade de
aprendizagem
Criança e
Adolescente
Grupo
ECA
Criança e
adolescente
O Estatuto da Criança e do Adolescente coloca as
crianças e adolescentes no centro das políticas
públicas, pois afirma sua condição de sujeito de
direitos, a indivisibilidade desses direitos e a
prioridade absoluta no atendimento de suas
necessidades.
SMS
Sujeito de
direito
Participação
Relações comunitárias
e familiares
Grupo
SMS
Pertencimento
As crianças e adolescentes podem sentir que têm lugar legítimo no
mundo de hoje, enraizado no mundo de ontem e com perspectiva de
um amanhã, ou seja, que possam ser felizes.
Tal condição implica que os adultos de hoje, embora tenham
vivenciado sua infância e juventude na condição de objeto de tutela
dos adultos, precisam relacionar-se com as crianças e adolescentes
reconhecendo e valorizando seus interesses, opiniões, dificuldades e
habilidades, de forma que a relação adulto-criança não se restrinja à
referência do adulto, mas seja sustentada por sua escuta,
discernimento, argumentação e experiência.
Proteção
integral
Grupo
SMS
Convocação das
diversas políticas
Garantir a
inteireza
Os direitos são indivisíveis, nomeados
e não hierarquizados.
A integralidade da proteção supõe que
seja assegurado um conjunto de
direitos: o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.
Proteção
integral
Grupo
Convocação das
diversas políticas
SMS
É necessário, pois que as diferentes políticas
Garantir a
inteireza
sociais estejam alinhadas em torno de propósitos
comuns, uma vez que, na ótica da garantia de
direitos, não há hierarquia entre elas.
A orientação legal convoca o conjunto das
políticas públicas a convergirem suas ações para
a garantia de direitos das crianças e
adolescentes.
Assim, a centralidade se desloca da
especificidade de cada política setorial para
garantir prioridade para a infância e juventude.
Educação
integral
Grupo
SMS
Ação estratégica para garantir proteção e desenvolvimento
integral às crianças e aos adolescentes que vivem na
contemporaneidade marcada por intensas transformações:
-no acesso e na produção de conhecimentos,
-nas relações sociais entre diferentes gerações e culturas,
-nas formas de comunicação,
-na maior exposição aos efeitos das mudanças em nível local,
regional e internacional.
Educação
integral
Família
Comunidade
Conselho
tutelar
Ação
das ONGs
Não é possível mais pensar
na escola enquanto o único
espaço de aprendizagem
Escola
Posto de
saúde
Comunidade
Família
A conexão horizontal entre
os diversos atores é que
produz Educação Integral
Escola
Educação Integral
das crianças,
adolescentes e
jovens
Conselho
tutelar
Posto de
saúde
Ação
das ONGs
Grupo
Educação
integral
SMS
A educação integral vista na perspectiva da cidadania
das crianças e adolescentes implica reconhecer que a
educação é oportunidade para o aprendizado da:
- convivência democrática,
horizontalidade
- reconhecimento das diferenças
- exercício da igualdade.
Cada pessoa tem direito à
igualdade, sempre que a
diferença inferioriza e tem direito
à diferença toda vez que a
igualdade homogeneíza, para dar
conta da complexidade do mundo
contemporâneo.
Boaventura dos Santos
Educação
integral
Grupo
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A educação integral deve propiciar as condições de
atenção integral e, para tanto, precisa ser conjugada
com a proteção social, o que pressupõe políticas
integradas (intersetoriais, transversalizadas) que
considerem, além da educação, outras demandas dos
sujeitos, articuladas entre os campos da educação, do
desenvolvimento social, da saúde, do esporte, da
inclusão digital e da cultura.
socioeducativo
Grupo
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- Entrelaçam a proteção social às características das
práticas educacionais e culturais
- Campo de aprendizagem voltado para o
desenvolvimento de capacidades substantivas e valores
éticos, estéticos e políticos a fim de promover o acesso
e processamento de informações, a convivência em
grupo e a participação na vida pública
- Tem como característica primordial o exercício da
convivência social. Associam conhecimento acadêmico,
reconhecimento das tradições e inclusão social.
socioeducativo
Grupo
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O campo socioeducativo em seu desafio de educar para
e na convivência democrática combina elementos na
seguinte equação pedagógica:
- Sujeitos aprendentes e ensinantes
- Espaços múltiplos
- Tempos determinados pela necessidade dos sujeitos
- Objetos de conhecimento que estão no mundo
Essa equação se concretiza por meio de projetos que
lançam no futuro a concretização de um produto que
realiza e comunica o aprendizado de todos.
intersetorialidade
Grupo
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A garantia de desenvolvimento integral constitui uma meta
em torno da qual se articulam programas e ações de todas as
políticas criando e aperfeiçoando oportunidades e condições
de desenvolvimento para todas as crianças ao longo do
tempo.
A educação integral convida à participação de muitos agentes
educativos que põem em circulação diferentes saberes e
modos de produção de conhecimento.
Convoca a valorização dos saberes não-formalizados, dos
conhecimentos adquiridos pela experiência de vida, pela
troca entre as gerações, tanto quanto os conhecimentos
formalizados pelas ciências e disseminados nos espaços
escolares.
Grupo
intersetorialidade
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Princípios da intersetorialidade
Descentralização
- Convergência
C1
C2
- Gradualidade
Meta 3
Meta 2
Meta 1
C5
C4
C3
intersetorialidade
Grupo
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Os processos de descentralização e de gestão intersetorial têm sido
cada vez mais associados ao conceito de território que, segundo a
pesquisadora Dirce Koga (2003), permite uma nova abordagem do
planejamento de políticas:
Pensar a política pública a partir do território exige também
exercício de revisita à história, ao cotidiano, ao universo
cultural da população que vive nesse território, se o
considerarmos para além do espaço físico, isto é, como toda a
gama de relações estabelecidas entre seus moradores, que de
fato o constroem e reconstroem. Partir do local não significa
uma negação das questões universais ou de uma perspectiva
mais totalizante sobre a realidade. Costumava dizer Milton
Santos, ‘o homem não vê o universo a partir do universo, o
homem vê o universo desde um lugar’.
Território e
Comunidade de
aprendizagem
-
Grupo
SMS
Ao ter no território o foco da ação, os agentes públicos
tendem a formular políticas com base no efetivo
conhecimento da realidade e não sob a orientação exclusiva
de concepções teóricas generalizantes.
-
Cada território apresenta incontáveis potenciais educativos
que são muitas vezes invisíveis às pessoas.
-
Na perspectiva do desenvolvimento integral de crianças e
adolescentes, é fundamental mobilizar e articular redes
sociais e investir na organização e disseminação de
informação, assim como na produção de sentido de
pertencimento nos territórios.
Território e
Comunidade de
aprendizagem
-
Grupo
SMS
Quando o sentimento de pertencimento gerado pela relação
de aprendizagens entre diversas gerações resulta numa ação
coletiva, temos uma “comunidade de aprendizagem”, tal
como definiu a educadora equatoriana Rosa María Torres
(2003):
Uma comunidade de aprendizagem é uma comunidade
humana organizada que constrói um projeto educativo e
cultura própria, para educar a si própria, suas crianças,
jovens e adultos, graças a um esforço endógeno, cooperativo
e solidário, baseado em um diagnóstico não apenas de suas
carências, mas de suas forças para superar essas carências.
Território e
Comunidade de
aprendizagem
Grupo
SMS
A cartografia é uma metodologia para conhecer o território. A
intenção do conjunto de atividades que compõem o exercício
cartográfico é:
-
contribuir para aprofundar conhecimentos sobre o território
em que as crianças vivem, se relacionam, se movem,
aprendem;
-
(re)conhecer e ativar as potencialidades educativas
imanentes nesse território e nas pessoas que atuam com as
crianças e adolescentes
-
juntar forças, por meio de uma atuação sinérgica que resulte
na produção de melhores condições de vida e educação para
toda a comunidade.
Grupo
Território e
Comunidade de
aprendizagem
-
SMS
O mapa dos ativos considera como parte integrante da realidade as
potencialidades presentes no território. Alguns potenciais:
-
os talentos, capacidades e habilidades dos moradores locais de todas
as idades;
-
as organizações não-governamentais (clubes, igrejas, grupos
comunitários, associações etc.);
-
as instituições governamentais (escolas, bibliotecas, parques, postos
de saúde etc.);
-
a economia local e as formas como as pessoas compartilham, trocam,
fazem escambo, compram, vendem – e produzem relações.
John McKnight (2002)
Grupo
SMS
Ninguém escapa da educação. Em casa, na
rua, na igreja ou na escola, de um modo ou
de muitos, todos nós envolvemos pedaços da
vida com ela: para aprender, para ensinar,
para aprender e ensinar. Para saber, para
fazer, para ser ou para conviver, todos os
dias misturamos a vida com a educação.
Carlos Rodrigues Brandão
Criança e
Adolescente
Grupo
SMS
Um dos aspectos que compõem a complexidade constituinte
do direito à educação é as correlações de causalidade ainda
não inteiramente conhecidas.
-
Quais são os fatores que contribuem para a aprendizagem
das crianças e adolescentes?
-
O que precisamos aprender para impactar positivamente a
aprendizagem dos meninos e meninas?
-
Quais são as implicações da educação integral para a
melhoria da qualidade da aprendizagem e para a
permanência dos alunos na escola?
-
Para que educação integral?
Criança e
Adolescente
-
Grupo
SMS
Como os profissionais potencializam as instâncias já existentes no
território colocando a criança e o adolescente no foco das ações?
-
Como o foco na criança e no adolescente pode informar ao mesmo
tempo as possibilidades e limites de cada política setorial?
-
Como a educação integral pode ampliar as relações e sentidos de
pertencimento das crianças e adolescentes na comunidade e na
cidade?
-
Como os interesses das crianças podem ser agregados às
oportunidades de aprendizagem ofertadas pelas diferentes políticas
setoriais?
Por as crianças no centro implica produzir novas perguntas e novas
respostas – para elas e para nós.
Educação Integral na construção da proposta sócio-pedagógica
Grupo
SMS
Educação Integral
Reflexão sobre os princípios da ação socioeducativa e
os conceitos de educação integral
Proteção integral
Equação pedagógica
Maria Julia Azevedo - Maju
Consultora para projetos socioeducacionais
Integralidade
Grupo
SMS
A concepção de integralidade apresentada aqui se expressa na composição e na
dinâmica da equação pedagógica (Gouveia, 2006) que é composta por quatro
elementos:
-
os sujeitos aprendentes e ensinantes ocupam lugares dinâmicos: o educador é o
adulto que tem a responsabilidade pelo percurso educativo e se coloca à
disposição da invenção de situações de aprendizagem que levam em
consideração quem são, onde vivem, o que sabem e o que desejam os aprendizes
com os quais vai empreender a aventura do conhecimento;
-
os objetos de conhecimento estão no mundo, definem-se num arranjo que coloca
em relação os interesses, as necessidades e as possibilidades dos diversos
sujeitos envolvidos. O acesso e a apropriação desses objetos pelos envolvidos se
dão por meio de projetos que viabilizam um produto que realiza e comunica o
aprendizado de todos, pois aprender é conhecer e intervir no seu meio. (Cidade
Escola Aprendiz, 2007);
Grupo
Integralidade
SMS
A concepção de integralidade apresentada aqui se expressa na composição e na
dinâmica da equação pedagógica (Gouveia, 2006) que é composta por quatro
elementos:
-
os espaços são os lugares disponíveis e potencializadores da aprendizagem.
Lugares onde se encontram os objetos de conhecimento seja no âmbito da cidade
ou no campo. Locais que são ocupados pelos sujeitos, produzindo uma
ambiência educativa;
-
os tempos: são definidos a partir dos sujeitos e objetos de conhecimento
envolvidos na aprendizagem.
-
A integralidade a qual nos referimos é resultado da composição destes
elementos.
Azevedo, Maria Julia; Ferreira, Stela da Silva; Nilson, Lucia Helena.
Uma proposta de educação integral. Caderno Gestão Intersetorial
no Território. COLEÇÃO MAIS EDUCAÇÃO. SECAD – MEC. 2008.
Sujeitos
-
Aprendentes
Ensinantes
Grupo
SMS
Dimensão cognitiva
Grupo
SMS
-
Notícias atuais informam que práticas escolares e não-escolares têm privilegiado uma
determinada dimensão humana em detrimento da outra. Especialmente no sistema público
escolar o foco está na dimensão cognitivo/racional. Essa escolha, muitas vezes, entra em
conflito com a estruturação das dimensões afetivo e social dos sujeitos aprendizes, reduzindo
a expectativa de aprendizagem à assimilação dos conteúdos disciplinares.
-
A racionalidade com sentido instrumental, voltada para fins imediatos e produtivos, e não para
a reflexão ampla e crítica da realidade obstrui diretamente a formação política de cidadãos
ativos, propositivos, que uma sociedade democrática requer para sua efetivação com tal.
-
A ênfase na transmissão de conteúdos, ou seja, da dimensão cognitiva, e já codificada pelas
diferentes áreas do conhecimento científico expressa apenas a intenção de ensino, mas não o
modo como se aprende. Isto porque, quando considerados em sua integralidade, as
dimensões sociais e afetivas são igualmente presentes no processo de aprendizagem. Como
nos lembra o educador Paulo Freire, sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que
me insere na busca, não aprendo nem ensino.
-
E como complementa Aguiar:
O respeito à curiosidade implica o reconhecimento de ser este o bem mais valioso que se
pode desejar dentro do processo ensino - aprendizagem. E, na vida futura, no processo de
busca e construção do conhecimento. (AGUIAR, 2009, p. 19)
Dimensão afetiva
Grupo
SMS
-
A dimensão subjetivo/afetiva dos sujeitos da educação integral diz respeito aos sentimentos e
emoções, interesses, desejos e valores, que orientam sua ação na vida privada e pública. Uma
vez que essa subjetividade se produz num campo relacional, é uma dimensão coletiva, que
acolhe a singularidade de cada sujeito.
-
Conforme sublinha a psicóloga social Bader Sawaia, Como os afetos são gerados nos
encontros, o caminho da recuperação da afetividade não está na força interior e no autoesforço e sim na coletividade, nas relações face-a-face que singularizam as relações sociais
dominantes definindo como cada um é afetado no encontro com o outro. (SAWAIA, 2003, p.
59).
-
As propostas metodológicas que se pretendem humanizadoras e emancipatórias, mas não
consideram a dimensão afetiva em seu planejamento e avaliação, possuem limitações no
alcance na perspectiva da educação integral. Por isso, é fundamental reconhecer todos (e
cada sujeito) no tempo presente como portadores de desejos de liberdade e felicidade e,
portanto, capazes de expandir sua imaginação e criatividade na interação com os outros.
-
[...] A arte é um recurso fundamental para se atingir esse objetivo, pois, conforme diz
Vygotsky, ela é a “técnica das emoções”. Além de motivar a exposição das emoções, ela
favorece a sensibilidade coletiva, a arte não é fechada em si mesma. Ela precisa ser
compartilhada. A criação só se completa na recepção. (SAWAIA, 2003, p. 62-63)
Dimensão social
Grupo
SMS
-
A dimensão social diz respeito ao campo de relações, interações e valores já herdados― e
que são reproduzidos ―, assim como aqueles que podem ser modificados nos processos
educativos ― e que produzem novas relações, interações. Consequentemente, trata-se de
uma dimensão que nos permite afirmar que a educação integral sempre se dá num contexto,
reproduzindo e produzindo novas realidades.
-
Partindo da premissa de que é possível criar novos modos de se relacionar, a dimensão social
dos sujeitos evoca também no que se refere ao reconhecimento público de todos e cada um
dos sujeitos envolvidos na educação integral. A linguagem dos direitos sociais nos dá o
contorno, a medida coletiva que define lugares socialmente reconhecidos. Esses lugares,
modos de pertencer e ser reconhecido são, por sua natureza histórica e humana, mutáveis e
em constante construção.
Dimensão social
Grupo
SMS
-
A potência dos direitos tem a ver também com a importância da forma como o mundo social é
nomeado, descrito, configurado: quando nomeamos, quando dizemos “isto é um direito”,
reconfiguramos e redescrevemos a sociedade, figuramos as coisas de um jeito diferente de
antes, fazemos existirem coisas que antes não existiam, damos relevância a fatos e
circunstâncias que antes pareciam insignificantes. As coisas que não têm nome são como se
não existissem. Talvez este seja o maior sofrimento dos que vivem situações que não podem
ser nomeadas, descritas, figuradas como algo que faz parte da realidade do “mundo comum”.
(TELLES, 2003, p. 68)
-
A condição de sujeito de direitos usufruída pelas crianças e adolescentes com a aprovação do
Estatuto da Criança e do Adolescente implica que os adultos de hoje, embora tenham
vivenciado sua infância e juventude na condição de objeto de tutela dos adultos, precisam
relacionar-se com as crianças e adolescentes reconhecendo e valorizando seus interesses,
opiniões, dificuldades e habilidades. Desse modo, a De maneira que a relação entre adultos e
crianças não se restrinja à referência do adulto, mas seja sustentada numa nova ética,
pautada na escuta, discernimento, argumentação e experiência.
-
Parece que o verbo não está colocado na forma adequada à frase, ou precisamos modificar o
“Desse modo” do início.
Consequências
Grupo
SMS
Em face desse desafio, destacamos nesta última sessão do texto o modo como essa
concepção ganha materialidade nas escolhas estratégicas adotadas pelo Programa.
1. Colocar as crianças e adolescentes no centro das políticas públicas [e do
Programa], significa alinhar o Programa às concepções presentes no ECA e
Convenções Internacionais que afirmam:
– sua condição sujeito de direitos,
– a indivisibilidade desses direitos e
– a prioridade absoluta no atendimento de suas necessidades.
2. Orientar-se pelos princípios do Plano Nacional de Convivência Familiar e
Comunitária, desmistificando a idealização de uma dada estrutura familiar como
sendo a “natural”, abrindo-se caminho para o reconhecimento da diversidade das
organizações familiares no contexto histórico, social e cultural. Assim, passa ser
enfatizada a capacidade da família que, numa diversidade de arranjos, exerce a
função de proteção e socialização de suas crianças e adolescentes.
Consequências
Grupo
SMS
3. Compartilhar responsabilidades com diversos agentes educativos (professores,
familiares, vizinhos, educadores, gestores públicos) que estão no cotidiano de
crianças. A construção de co-responsabilidades só é possível quando são
definidas conjuntamente. Não construímos mecanismos de co-responsabilidade
quando fazemos pelo outro ou para o outro. É preciso fazer com o outro. Se assim
for, poderemos ter resultados que serão valorizados e considerados por todos os
envolvidos, trazendo maior legitimidade para a proposta do Programa.
4. Expandir as possibilidades de aprender significa ampliar o campo relacional para
incluir visões cada vez mais ampliadas da realidade e do mundo em que vivem
todos os sujeitos da educação integral; multiplicar suas experimentações
estéticas e exercício da sensibilidade e afetividades; abrir canais de escuta e
participação ativa na decisão dos conteúdos a serem aprendidos, considerando a
curiosidade pelo aprender o recurso mais valioso no processo ensinoaprendizagem.
Consequências
Grupo
SMS
5. Educadores de todas as instituições envolvidas em projetos e programas de
educação integral são fundamentais para que as diferentes atividades incluam um
olhar que tenha como perspectiva o desenvolvimento integral.
6. Os procedimentos metodológicos, segundo esta visão da integralidade dos
sujeitos, precisam abordar simultaneamente as dimensões cognitivas, afetivas e
sociais.Ter uma lista de atividades na qual cada uma eleja como foco uma das
dimensões abordadas neste texto não é suficiente.
7. Configurar resultados coletivos que podem ser celebrados por todos e, ao mesmo
tempo, expressem a consistência do trabalho que já realizam.
Objetos do conhecimento
-
-
-
Grupo
SMS
O verdadeiro objeto da ciência é criar funções, o verdadeiro objeto da arte é criar
agregados sensíveis e o objeto da filosofia, criar conceitos. A partir daí, se nos
damos essas grandes rubricas, por mais sumárias que sejam - função, agregado,
conceito -, podemos formular a questão dos ecos e das ressonâncias entre elas.
(Gilles Deleuze)
Cultura como fonte para escolha dos objetos a conhecer, o que requer reconhecer
tudo aquilo que cria e, portanto, transforma mentalidades (jeitos de pensar) e
hábitos (jeitos de fazer). Destaca-se aqui a concepção da cultura como cultivo,
composto de quatro processos para sua efetivação:
A semente: identidade, patrimônios, sonho, proposta, idealizações
O terreno: informação, métodos e instrumentos adequados
O manejo: produção, relacionamento, continuidade
A colheita: timing, sustentabilidade, inovação
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