Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). ELABORAÇÃO DE PERDAS NO ENVELHECIMENTO - LUTO, SUICÍDIO E MORTE Maria Cristina Reis Amendoeira1 Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro – SBPRJ Instituto de Psiquiatria IPUB da UFRJ Resumo Discutimos os aspectos subjetivos do envelhecimento e sua importância na compreensão e tratamento do idoso assim como as dificuldades em sua abordagem por meio de exemplos clínicos. A solidão, o isolamento social e sentimentos de não ter razão para manter-se vivo correlacionam-se com o suicídio na velhice. A morte e o ato de morrer como verdadeiros tabus nas sociedades contemporâneas. Espera-se compreender melhor o impacto da experiência da passagem do tempo e proximidade da morte na construção da subjetividade. Palavras-chave. Envelhecimento, luto na velhice, finitude. O velho é o homem que sofreu uma série de transformações físicas, psicológicas e afetivas no tempo. Então, com o avançar da idade há uma necessidade de administrar os lutos da perda de um corpo jovem, da diminuição das resistências 1 Psicanalista, coordenadora, juntamente com Miriam Fainguelernt, do Grupo de Estudos Psicanálise e Envelhecimento da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro- SBPRJ; Médica do Instituto de Psiquiatria - IPUB/UFRJ. Participei desde a implantação do serviço para pessoas com Doença de Alzheimer e outros transtornos mentais na velhice, por 10 anos, do primeiro Centro-dia público para pessoas demenciadas no Brasil, na UFRJ na assistência, pesquisa, supervisão e formação de recursos humanos. Doutora em Psiquiatria pela UFRJ, com a pesquisa interdisciplinar “A expressão artística e a esquizofrenia – o caso de Adelina Gomes por meio das imagens”. [email protected] Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). físicas, da perda da posição social de prestígio, da posição familiar ativa e a perda do trabalho. Freqüentemente surgem sentimentos de esterilidade e problemas na produção e criatividade, pois é um período em que não há mais como manter a ilusão da eternidade. O velho torna-se cada vez mais consciente de suas limitações agravando-se os sintomas de ansiedade e de insegurança, sendo maiores a possibilidade de se formar lutos patológicos. As personalidades narcísicas sofrem uma deterioração com a idade (Kernberg, 1998), pois experienciam um fracasso do seu mundo de relações, incluindo a desvalorização inconsciente de seu próprio passado, e do que os outros possuem. Assim, essas pessoas não têm à sua disposição as gratificações normais que vêm das memórias de experiências passadas e de outros a quem amam. E, dessa forma, o narcisismo patológico leva ao crescente isolamento social e a uma sensação interna de vazio. Em muitos casos, o círculo vicioso de desvalorização é intransponível. A solidão, o isolamento social e sentimentos de não ter razão para manter-se vivo correlacionam-se com o suicídio. Esta forte relação entre idade e comportamento suicida (Durkheim, 1996), com o processo de industrialização e urbanização marcadas pelo individualismo e isolamento social da atualidade, manteve invariável o envelhecimento na curva etária de suicídios (Levcovitz, 1997). Ao enumerar as perdas no envelhecimento podemos destacar a crise da identidade provocada pela falta de um papel social, seguida da perda de sua autoestima, as mudanças de papéis na família, no trabalho e na sociedade. Com o aumento de seu tempo de vida ele deverá se adequar a outros papéis. Hoje, ao se aposentar, as pessoas ainda tem muitos anos de vida e, portanto, elas devem estar preparadas para não acabarem isoladas, deprimidas, sem rumo na vida. Enfim, perdas diversas, que vão da condição econômica ao poder de decisão, à perda de parentes e amigos, da independência e autonomia. A rede social reduz-se em função de suas possibilidades de deslocar-se, das distâncias, vida agitada, falta de tempo, circunstâncias financeiras e a realidade da violência nas ruas. Soma-se a consciência da própria idade, a instalação de uma doença, a conseqüente dependência dos outros e a ansiedade que isso desperta. Enfim, o fato de não poder evitar a própria morte e dar-se conta de não ser mais capaz de Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). alcançar as metas traçadas. O envelhecimento, portanto, além das alterações no corpo, e sociais, traz uma série de mudanças psicológicas, necessitando a se adaptar a novos papéis; modificar os planos para o futuro; necessidade de elaborar as perdas orgânicas, afetivas e sociais. As reminiscências sobre o passado podem servir não apenas para afastar a depressão, evitar o isolamento e preservar uma sensação de continuidade com o seu passado, mas também para lembrar-lhe de um tempo em que se sentiam dignas, cheias de vida e competentes. Mantém, assim, a integridade do indivíduo e leva-o a tender a uma maior interioridade. Os modelos identificatórios de desqualificação e de marginalização com relação ao velho e ao envelhecer no Brasil, deixa suas marcas na auto-imagem. Predomina a imagem social dominada pelo conceito de inutilidade, diminuindo mais ainda a possibilidade de interação social. Há o preconceito e discriminação no processo de envelhecimento: as pessoas que envelhecem acabam considerando-se doentes, senis, deprimidas, rígidas, assexuadas, fora de moda. Há uma recusa de modelos de outras idades e os mais jovens tendem a lidar com o velho como diferente, sem direitos iguais e, não se permitem identificar-se com ele. É como se a velhice não lhes pertencesse, tornando-se algo distante, que não lhes diz respeito o que acaba prejudicando o enfrentamento do seu próprio envelhecimento. A presença de mitos e estereótipos prejudicam a aproximação ao universo psíquico do idoso. A idéia de que o envelhecimento é um processo que percorre toda nossa vida e não algo específico de uma faixa etária – ou seja, é pertinente a todas as idades, auxilia-nos na compreensão e tratamento dos transtornos envolvidos. Por muito tempo questionou-se a Psicanálise, em sua eficácia, ao lidar com estas questões (Freud, 1905). O impacto do envelhecimento depende da intensidade do sofrimento psíquico, dos recursos internos e externos de cada um, e, conforme os recursos, estaremos mais ou menos disponíveis, tanto intelectualmente quanto afetivamente, para realizar mudanças em nossas vidas. Em alguns casos estaremos totalmente incapacitados para mudanças. O tratamento psicanalítico pode ser indicado se a capacidade de insight é mantida e o idoso pode assimilar novas representações de objeto na sua estrutura psíquica. Poderá experimentar um novo sentido de identidade, Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). reatar contato com fontes internas de vitalidade e com partes de si mesmo esquecidas ou negligenciadas, que exercem influências no dia-a-dia – pois, a resolução do conflito intrapsíquico é contínua. Estas partes esquecidas são revividas e o passado pode processar seu luto. A experiência pessoal de envelhecimento em Freud, abordada aqui por meio de cartas e textos, somada â experiência pessoal e intelectual de alguns autores contemporâneos e comunicações de pacientes de idade avançada que acompanho nestes últimos anos servem de exemplo da possibilidade de elaboração de conflitos na velhice. Freud, em relação ao seu corpo, â sua imagem corporal, sofreu o que se costuma chamar nos estudos sobre o envelhecimento: de reações de desprezo na autoavaliação. Em carta a Lou Andréas Salomé (1985), de 10 de maio de 1925, portanto já sofrendo com a doença que o dizimou: “Pessoalmente, nada me traz prazer intensamente, uma carapaça de insensibilidade me envolve lentamente, coisa que constato sem dela me queixar. Trata-se também de uma evolução natural, uma forma de começar a se tornar inorgânico. Creio que é isso que chamam de placidez da idade. E deve, certamente, ligar-se a um desvio decisivo nas relações entre as duas pulsões cuja existência postulei. A mudança que a acompanha talvez não seja muito notável, tudo continua tão interessante quanto era antes, mas falta certa ressonância; eu, que não sou músico, imagino que seja a mesma diferença entre usar ou não o pedal”. Mais tarde, em setembro de 1939 (aos 83 anos): “Tudo fica esmaecido” (Mijolla, 1985). E é o que, sem conhecer o pensamento de Freud e, em outras palavras, confidencia-me uma paciente, aos 86 anos: mantendo o humor (resquícios de sua alegria de viver), confirma a sabedoria da natureza ao referir-se ao enfraquecimento Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). de sua memória, à lentificação de seus movimentos, que definiu como “fugir de si mesma, perder-se”. Então, desta forma, não sentiria com imenso pesar a proximidade da morte. Ela, agora, não vive “as paixões com tanta intensidade, tudo fica ralo”, esmaecido como percebe a própria vida. Norberto Bobbio, filósofo, aos 87 anos, fala de si mesmo e de como experienciou intelectualmente seu envelhecimento. Este pensador italiano, ateu e sem medo da morte, segundo suas próprias palavras, acredita que é um dever moral do homem ter consciência do limite da vida. E, quando procura situar na contemporaneidade as questões discutidas por Cícero ao desmistificar a morte e fazer uma apologia da sabedoria da idade (Bobbio, 1996): “Se o mundo do futuro se abre para a imaginação, mas não nos pertence mais, o mundo do passado é aquele no qual, recorrendo a nossas lembranças, podemos buscar refúgio dentro de nós mesmos, debruçar-nos sobre nós mesmos e nele reconstruir nossa identidade. O velho vive de lembranças e em função das lembranças, mas sua memória torna-se cada vez mais fraca. O tempo da memória segue um caminho inverso ao do tempo real: quanto mais vivas as lembranças que vêm à tona de nossas recordações, mais remoto é o tempo em que os fatos ocorreram. Cumpre-nos saber, porém, que o resíduo, ou o que logramos desencavar desse poço sem fundo, é apenas uma ínfima parcela da história de nossa vida. Nada de parar. Devemos continuar a escavar! Cada vulto, gesto, palavra ou canção que parecia perdido para sempre, uma vez reencontrado, nos ajuda a sobreviver”. Freud, em seus Pensamentos para os tempos de guerra e morte (1915), nos fala das fantasias de invulnerabilidade, atendendo ao desejo de imortalidade e, da tendência do homem em afastar a morte do pensamento, afetando a vida. Como a paciente, em consultório, que aos 86 anos, pergunta-se o que faz ali. E responde a si mesma: “aqui eu falo da morte sem ter receio de incomodar meus filhos, aos outros. Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). Deve ser chato pra você ficar escutando isto, também, esta coisa de velho”. Ao se dar conta que a morte está mais próxima e de que não gostaria de morrer, traz lembranças, revive situações de intensa alegria e nesses momentos, dribla a morte como num jogo de xadrez, assim, como Freud (1915) nos fala: “O fato é para nós absolutamente impossível representar nossa própria morte, e todas as vezes que o tentamos, apercebemo-nos de que a ela assistimos como expectadores”. É o medo da morte que nos fala Hanna Segal (1982), em suas notas a respeito da análise de um homem de 72 anos - que apresentou um quadro de depressão, paranóia e hipocondria ao envelhecer. Num período de 18 meses, numa análise que ela considerou incompleta, porém os seus problemas prioritários foram trabalhados e o capacitou a retomar sua vida e adquirir um sentimento de estabilidade e maturidade nunca antes experimentado. No final do tratamento, a retaliação e perseguição foram substituídos pela tristeza e lamento por algo que já podia apreciar. O processo de luto permitiu enfrentar a morte de uma forma mais amadurecida e capacitou-o a aproveitar o que ainda era possível, restabelecendo os bons objetos internos. O medo inconsciente da morte aumenta com a idade e pode ser um fator de crise na velhice. Mas é Freud, que aos 78 anos, em carta aberta a Romain Rolland, grande e admirado escritor, descreve um distúrbio da memória que ocorrera em sua vida, em 1904 (portanto aos 46 anos). As reflexões que compartilha conosco, a respeito de seu pai, significam uma verdadeira elaboração de conflitos em relação à figura paterna que ganhariam significado aos quase 80 anos de Freud. Em artigo anterior, “O tema dos três cofres” (1913) e nesse, “Um distúrbio da memória na Acrópole” (1936), creio que Freud aborda o tema ressaltando a profunda angústia que a perspectiva de decadência e morte provoca. Como destaca Jarast (1996): “O artigo de 36, na carta aberta a Romain Rolland, Freud faz referência a uma antiga inquietação que lhe provocou o sentimento de piedade filial, por um homem, seu pai, que ele, neste artigo, refere-se, Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). em francês – MOM PAUVRE VIEU PÈRE - que nem sequer teria interesse por tal viagem. Considerou que o reavivamento desta lembrança foi devido ao seu próprio envelhecimento e à necessidade de elaborar antigas emoções. Naquela viagem, tinha se sentido profundamente angustiado e preocupado por fantasias de morte.” Na clínica, como a paciente que, aos 70 anos, recorre à cirurgia plástica e intensos exercícios, reconhecendo uma dificuldade em ver-se envelhecida e pretendendo distanciar-se ao máximo da imagem que o espelho denuncia. Ou, ao darse conta, lentamente, através de palavras que se tornam inaccessíveis, do esmaecimento das paixões, do desinteresse pelos acontecimentos ao seu redor. Esses dramas clínicos envolvem psicanalistas e pacientes: “Os dramas clínicos de pessoas em processo de envelhecimento envolvem o psicanalista com o sofrimento ante malestares íntimos por perdas ilusórias e reais sucedidas de toda uma existência. É na ficção, é na clínica, na sessão analítica na qual um sujeito luta para manter vivos seus desejos em um entorno em que os limites da vida se tornam dolorosamente presentes e que por momentos se tenta desmentir, negar ou resignar-se passivamente (Ferman, 2007). Nossa paciente de 86 anos, quanto à sexualidade ou quando fala do esmaecimento da memória e das paixões: “Não sinto falta, sinto assim, uma espécie de saudade do orgasmo. Lá, era como renascer”; “A gente aprende a pensar no dia a dia para não pensar na morte pois está na idade”.“Estou uma chata de galocha”. Ficar velha é “Comer e des-comer”.“Enfim, estou viva. Não estou reclamando, estou constatando... Sem reclamar, estou Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). reclamando... [com humor]. É, estou uma velha ranzinza...”.“Eu era tão alegre que rodopiava, rindo, cantando, meu pai dizia, quieta, menina que agitação é essa? Era alegria de viver”.O velho vai abrandando... Mas, se fosse o contrário, imagina... O pavor de morrer, de largar esta vida... Deus é sábio, já nos prepara... a pessoa vai esquecendo aquela alegria toda, vai-se a memória. Enfim, chegar numa idade avançada como estou e, veja, não fica resolvido, os problemas: o porquê da existência. Os animais, não têm consciência da existência Mas, o homem, é complicado. Nada é resolvido”. Norbert Elias, ao falar da estigmatização da morte e do ato de morrer como verdadeiros tabus em nossa sociedade, recorre a Freud e acaba nos lembrando de uma contradição básica de nossa época: a distância emocional entre as pessoas tornou-se maior, embora a necessidade do outro e de seu afeto permaneça intensa e urgente. Em seu livro, A solidão dos moribundos (1982) reconhece: “Experiências e fantasias da primeira infância também desempenham papel considerável na maneira como as pessoas enfrentaram o conhecimento de sua morte com serenidade, outras com um medo intenso e constante, muitas vezes sem expressá-lo até mesmo sem capacidade de expressá-lo. Talvez estejam conscientes deles dele apenas como do medo de voar ou de espaços. Uma maneira familiar de tornar suportáveis as angústias infantis sem ter que enfrentá-las é imaginar-se imortal.” Para finalizar estes fragmentos de uma possível reflexão com os aspectos mais positivos do envelhecimento, volto a uma carta de Freud a Ernst e Lucie Freud (Schur, 1972): Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). “A agitação destes últimos tempos foi grande; não sabia que, quanto mais velhos nos tornamos, mais coisas temos que fazer. A idéia de uma velhice tranqüila me parece tão lendária quanto a de uma mocidade feliz”. (Carta de 20 de dezembro de 1921). E, a mesma constatação, hoje, no consultório, é o que respondeu Freud a Marie Bonaparte, em 22 de outubro de 1925, cinco meses antes daquela outra carta, idéias também desenvolvidas em” Sobre a transitoriedade” (Freud, 1916, Schur, 1972):“Porque se entristecer? É a vida. É precisamente sua natureza eternamente fugaz que constitui a beleza da vida”. Referências bibliográficas DURKHEIM, E. O Suicídio – Estudo sociológico. Lisboa-Portugal, Editorial Presença, 1996. FREUD, S. (1905). Sobre a psicoterapia. E.S.B., Rio de Janeiro, Editora Imago, 1977, vol. VII. ______ (1913). O Tema dos 3 escrínios. E.S.B., Rio de Janeiro, Editora Imago, 1977, vol. XII. ______ (1915). Pensamentos para os tempos de guerra e morte. E.S.B., Rio de Janeiro,Editora Imago,1977. Vol. XIV. ______ (1916). Sobre a transitoriedade. E.S.B., Rio de Janeiro, Editora Imago, 1977, vol.XIV. ______ (1936). Um distúrbio de memória na Acrópole. E.S.B., Rio de Janeiro, Editora Imago, 1977, vol. XXII. JARAST, G. Cambio psíquico en la senescencia, condiciones y prevenciones, Revista de psicoanalisis, APA, TomoLIII, n. 4, 1996. Tradução da autora. KERNBERG, O. Transtornos graves de personalidade- estratégias psicoterapêuticas, Porto Alegre, Artes Médicas,1995. LEVCOVITZ, S. 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Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). ELIAS, N.. A solidão dos moribundos. Rio de Janeiro; Zahar Editor, 1982. SCHUR, M. Freud: living and dying. London: The Hogarth press and The Institute of Psycho-analysis, 1972.