Neurociência...
NEUROCIÊNCIA
é o conjunto de ciências que se interessam pelo
sistema nervoso: de que ele é feito, como varia entre
animais, como funciona, como se desenvolve, como
se modifica com o aprendizado, como gera a mente,
os pensamentos e as emoções. Como os interesses da
neurociência são vastos, muitas abordagens são
utilizadas: biologia molecular, genética, biologia
celular, biofísica, engenharia, matemática e filosofia
são todas úteis, cada uma à sua maneira, para estudar
o sistema nervoso. (http://www.cerebronosso.bio.br)
Se educar é promover a aquisição de novos
comportamentos e os
comportamentos resultam do funcionamento do
cérebro, poder-se-ia concluir que o
conhecimento das bases neurobiológicas do
processo ensino-aprendizagem seria
fundamental na formação do educador.
(O cérebro vai à escola: a experiência do projeto NeuroEduca)
Pode-se afirmar ser possível conhecer uma
pessoa, ou explicá-la, apenas em termos
moleculares, ou fisiológicos, ou quânticos,
sem incluir os seus aspectos sociais e
interacionais? (Campos)
Cérebro
Estrutural
Cerebelo
Sistema nervoso central
Medula espinhal
Neurônios
NEUROCIÊNCIA
• Estudo científico do cérebro e do sistema nervoso
• “Convergência” de muitas tecnologias
Memória
Cognitivo
Aprendizagem
Inteligência
Aspectos Biológicos
O cérebro controla a temperatura corpórea, a pressão arterial, a freqüência cardíaca e a
respiração. Aceita milhares de informações vindas dos nossos vários sentidos (visão, audição,
olfato, tato e paladar) controla nossos movimentos físicos ao andarmos, falarmos, ficarmos
em pé ou sentarmos, nos deixa pensar, sonhar, raciocinar e sentir emoções. Todas essas
tarefas são coordenadas, controladas e reguladas por um órgão que tem mais ou menos o
tamanho de uma pequena couve-flor
O cérebro humano é dividido em dois hemisférios, cada um com quatro lobos diferentes,
todos funcionando juntos para criar, controlar e regular a fala, os movimentos, as emoções e
um bilhão de outras subfunções. O lobo frontal é a seção responsável pelas habilidades
motoras, como o movimento e a fala, e pelas funções cognitivas, como planejamento e
organização. (Freudenrich)
O córtex cerebral, que é a parte mais externa no cérebro, é onde reside o pensamento e o raciocínio,
que são as funções primordiais do cérebro. As funções secundárias, que estão relacionadas à
sobrevivência básica, ocorrem em um local mais profundo do cérebro.
FP1 FP2
F7 F3 Fz F4 F8
T3 C3 Cz C4 T4
T5 P3 Pz P4 T6
O1 Oz O1
O córtex cerebral é a maior parte do cérebro e ele é cheio de rugas e dobras, que permitem que ele
caiba dentro do crânio. Ele se divide em vários lobos e as diferentes regiões dentro desses lobos lidam
com tarefas específicas relacionadas a como se pensa.
Frontal: fala, pensamento e memória
Parietal: entrada sensorial do corpo
Temporal: informações auditivas
Occipital: informações visuais (Wilson)
Estrutura dos neurônios:
Nosso cérebro é composto por aproximadamente 100 bilhões de células nervosas,
chamadas de neurônios. Os neurônios têm a incrível habilidade de juntar e transmitir
sinais eletroquímicos, como se fossem entradas, saídas e fios de um computador.
Os neurônios compartilham as mesmas características e têm as mesmas partes que as
outras células, mas o aspecto eletroquímico os deixa transmitir sinais por longas
distâncias e passar mensagens de um para o outro. Os neurônios possuem três partes
básicas: corpo celular, axônio e dendritos (Freudenrich)
Corpo celular - essa parte principal contém todos
os componentes necessários da célula, como o
núcleo (que contém DNA), retículo endoplasmático e
ribossomos (para construir proteínas) e mitocôndria
(para produzir energia). Se o corpo celular morrer, o
neurônio morre.
Axônio
- essa projeção da célula, longa e
semelhante a um cabo, transporta a mensagem
eletroquímica (impulso nervoso ou potencial de
ação) pela extensão da célula; dependendo do tipo
do neurônio, os axônios podem ser cobertos por uma
fina camada de mielina, como um fio elétrico com
isolamento. A mielina é feita de gordura e ajuda a
acelerar a transmissão de um impulso nervoso
através de um axônio longo. Os neurônios com
mielina costumam ser encontrados nos nervos
periféricos (neurônios sensoriais e motores), ao passo
que os neurônios sem mielina são encontrados no
cérebro e na medula espinhal.
Dendritos ou terminações nervosas - essas
projeções pequenas e semelhantes a galhos realizam
as conexões com outras células e permitem que o
neurônio se comunique com outras células ou
perceba o ambiente a seu redor. Os dendritos podem
se localizar em uma ou nas duas terminações da
célula. (Freudenrich)
Tipos de neurônios básicos
Existem neurônios de vários tamanhos. Por exemplo, um único neurônio sensorial da ponta do
nosso dedo tem um axônio que se estende por todo o comprimento do nosso braço, ao passo
que os neurônios dentro do cérebro podem se estender por somente alguns poucos
milímetros. Os neurônios possuem formatos diferentes, dependendo de sua função.
Os neurônios motores, que controlam as contrações dos músculos, possuem um corpo celular
em uma ponta, um axônio longo no meio e dendritos na outra ponta. Já os neurônios
sensoriais têm dendritos nas duas pontas, conectados por um longo axônio com um corpo
celular no meio. (Freudenrich)
Os neurônios também variam no que diz respeito a suas funções:
os neurônios sensoriais transportam sinais das extremidades do nosso corpo (periferias) para
o sistema nervoso central;
os neurônios motores (motoneurônios) transportam sinais do sistema nervoso central para
as extremidades (músculos, pele, glândulas) do nosso corpo;
os receptores percebem o ambiente (químicos, luz, som, toque) e codificam essas
informações em mensagens eletroquímicas, que são transmitidas pelos neurônios sensoriais;
os interneurônios conectam vários neurônios dentro do cérebro e da medula espinhal.
O tipo mais simples de via neural é um arco reflexo monossináptico (conexão simples), como
o reflexo patelar. Quando o médico bate no ponto certo do nosso joelho com um martelo de
borracha, os receptores enviam um sinal para a medula espinhal através de um neurônio
sensorial. Esse neurônio passa a mensagem para um neurônio motor, que controla os
músculos da nossa perna. Os impulsos nervosos viajam pelo neurônio motor e estimulam o
músculo específico a se contrair. A resposta é um movimento muscular que acontece
rapidamente e não envolve nosso cérebro. Os seres humanos possuem vários reflexos desse
tipo, mas, conforme as tarefas vão ficando mais complexas, o "circuito" também fica mais
complicado e o cérebro se integra nele. (Freudenrich)
Tronco encefálico - o tronco encefálico consiste
em bulbo, ponte e mesencéfalo; o tronco
encefálico controla os reflexos e funções
automáticas (freqüência cardíaca, pressão
arterial), movimentos dos membros e funções
viscerais (digestão, micção);
Principais divisões do cérebro
•Medula espinhal
•Tronco encefálico
•Cerebelo
•Cérebro anterior
1.Diencéfalo - tálamo, hipotálamo
2.Córtex cerebral
Cerebelo - integra informações do sistema
vestibular que indicam posição e movimento e
utiliza essas informações para coordenar os
movimentos dos membros;
Hipotálamo e glândula pituitária - controlam as
funções viscerais, temperatura corporal e
respostas de comportamento, como alimentarse, beber, respostas sexuais, agressão e prazer;
Cérebro superior, também chamado de córtex
cerebral ou apenas córtex- o cérebro consiste no
córtex, grandes tratos fibrosos (corpo caloso) e
algumas estruturas mais profundas (gânglio
basal,
amígdala,
hipocampo);
integra
informações de todos os órgãos dos sentidos,
inicia as funções motoras, controla as emoções e
realiza os processos da memória e do
pensamento, expressão de emoções e
pensamentos são mais predominantes em
mamíferos superiores.
bulbo - o bulbo contém núcleos para regular a pressão
arterial e a respiração, assim como núcleos para transmitir
informações dos órgãos dos sentidos que vêm dos nervos
cranianos;
ponte - a ponte contém núcleos que transmitem
informações sobre movimento e posição do cerebelo para o
córtex. Além de também conter núcleos que estão
envolvidos na respiração, no paladar e no sono;
Medula espinhal
A medula espinhal pode ser vista como um órgão
separado do cérebro ou simplesmente como uma
extensão inferior do tronco encefálico. Ela
contém vias sensoriais e motoras do corpo, assim
como vias aferentes e eferentes do cérebro. E
ainda possui arcos reflexos que reagem
independentemente do cérebro, como o reflexo
patelar.
mesencéfalo - o mesencéfalo contém núcleos que ligam as
várias seções do cérebro envolvidas nas funções motoras
(cerebelo, gânglio basal, córtex cerebral), movimentos
oculares e controle auditivo. Uma parte, chamada de
substância negra, está envolvida nos movimentos
voluntários; quando não funciona, aparecem os tremores
característicos do mal de Parkinson;
tálamo - o tálamo conecta vias sensoriais aferentes até as
áreas apropriadas do córtex, determina que informações
sensoriais realmente chegam à consciência e participa da
troca de informações motoras entre o cerebelo, o gânglio
basal e o córtex;
hipotálamo - contém núcleos que controlam secreções
hormonais da glândula pituitária. Esse centro governa a
reprodução sexual, a alimentação, a ingestão de líquidos, o
crescimento e o comportamento materno, como a lactação,
produção de leite em mamíferos. O hipotálamo também
está envolvido em quase todos os aspectos do
comportamento, incluindo nosso "relógio" biológico, que é
ligado ao ciclo diário da luz e escuridão (ritmo circadiano).
RESUMINDO.....
“ ... a aprendizagem é um processo mental que envolve o
processamento de informação e a sua passagem da memória
de curto prazo para a de longo prazo. Neste processo, o
conhecimento prévio do aluno e a construção de sentido tem
um papel determinante em toda a aprendizagem. “O que
cada um é capaz de aprender num dado momento depende
em grande parte daquilo que ele já sabe”. (Doolittle, 2002, p.
2).
Cérebro
Estrutural
Cerebelo
Sistema nervoso central
Medula espinhal
Neurônios
NEUROCIÊNCIA
• Estudo científico do cérebro e do sistema nervoso
• “Convergência” de muitas tecnologias
Memória
Cognitivo
Aprendizagem
Inteligência
Neurociência Cognitiva
Pode ser definida como o estudo de como a cognição e a emoção são implementadas
no cérebro , procurando ser uma ponte entre Mente e Cérebro, e objetiva estudar as
representações neurais dos atos mentais. (Catarino)
Kandel et al classifica cinco abordagens :
1) Estabelecer a correlação entre células individuais específicas e determinados
comportamentos, para isso usou-se a observação de atividade individual dos
neurônios de animais não anestesiados e sem restrição física;
2) Correlacionar padrões de disparo em células individuais, em regiões específicas,
com processos cognitivos superiores, como atenção e tomada de decisão. Estudo
esse feito em macacos;
3) Estudo em pacientes com lesões encefálicas que interefem no comportamento;
4) Uso de imagens radiológicas e tomografias;
5) Uso de ciência computacional para modelagem da atividade neuronal.
Neurociência Cognitiva
“A aprendizagem está ligada ao processo de desenvolvimento biológico. A
evolução é determinada pela genética da espécie. Nosso cérebro demora
vinte anos para amadurecer. Por isso, a criança faz atividades que
interessam ao amadurecimento. Se você quiser jogar damas com uma
menina de 3 anos, ela vai relacionar-se com as pedrinhas, não com as
regras.
Aos 6 ou 7 anos, ela começa a organizar suas ações em razão de outros
elementos: é capaz de se concentrar, ficar sentada ouvindo o professor,
compreender orientações externas. Mesmo louco para jogar futebol, um
garoto sabe que precisa primeiro fazer a lição. Com os adultos, o processo
de aprendizagem é diferente. Com o passar do tempo, os hormônios
passam por transformações que afetam os processos da memória. Por isso,
sabemos hoje que os adultos aprendem mais lentamente, mas precisam
aprender sempre. Nossa saúde mental depende da ampliação de
experiências anteriores, de novas experiências práticas.” (Lima)
Memória
A memória é a aquisição, a formação, a conservação e a invocação de informações. A
aquisição é também chamada de aprendizagem: só se grava aquilo que foi aprendido.
A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação. Só
lembramos aquilo que gravamos, aquilo que é aprendido. (IZQUIERDO)
A memória é o meio pelo qual você recorre às suas expoeriências passadas a fim de
usar essas informações no presente ( STERNBERG)
Memória
A memória é basicamente a capacidade humana de inscrever, conservar, e relembrar mentalmente
vivências, conhecimentos, conceitos, sensações e pensamentos experimentados em um tempo
passado.
A memória humana focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e
deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim
de gerar novas idéias, ajudando a tomar decisões diárias.
Os psicólogos e neurologistas distinguem memória declarativa de memória não-declarativa (ou
memória procedural). Grosso modo, a memória declarativa armazena o saber que algo se deu, e a
memória não-declarativa o como isto se deu.
De maneira geral, psicólogos tendem a ocupar-se da memória declarativa, enquanto neurobiólogos
tendem a se ocupar da memória procedural.
Psicólogos distinguem dois tipos de memória declarativa, a memória episódica e a memória
semântica. São instâncias da memória episódica as lembranças de acontecimentos específicos. São
instâncias da memória semântica as lembranças de aspectos gerais.
Memória, segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento. Como tal, deve ser trabalhada e
estimulada. É através dela que damos significado ao cotidiano e acumulamos experiências para
utilizar durante a vida. (Wikipedia)
Memória
FP1 FP2
F7 F3 Fz F4 F8
Fundamento do desempenho cognitivo
T3 C3 Cz C4 T4
T5 P3 Pz P4 T6
O1 Oz O1
Imediata /
Sensorial
Curto Prazo
(Trabalho)
Longo
Prazo
Declarativa
Não-Declarativa,
(Psicólogos e Neurologistas)
(Neurobiólogos)
(Neurobiólogos)
Expressão verbal
NÃO
NÃO expressos
expressos
verbalmente
verbalmente
Episódica
Semântica
Evocação de fatos específicos
Cenário Espaço Temporal
Conceitos , Aptidões,
Acontecimentos e
Realizações.
Procedural
Priming
Associativa
SQUIRE E KANDEL in TABACOW
Não
Associativa
Memória
O hipocampo, juntamente com outra parte do cérebro chamada de córtex frontal, é responsável
por analisar as diversas entradas sensoriais e decidir se vale a pena lembrar delas. Se valerem a
pena, elas podem se tornar parte de sua memória de longo prazo.;
A criação de uma memória começa com sua percepção: o registro de informações durante a
percepção ocorre no breve estágio sensorial, que geralmente dura somente uma fração de
segundo;
A memória de curto prazo tem uma capacidade um pouco limitada - ela pode manter sete itens,
por não mais de 20 ou 30 segundos por vez. Você pode conseguir aumentar bastante essa
capacidade utilizando diversas estratégias de memorização;
Diferentemente das memórias sensoriais e de curto prazo, que são limitadas e se desfazem
rapidamente, a memória de longo prazo pode armazenar quantidades ilimitadas de
informações;
A maioria das pessoas pensam na memória de longo prazo ao pensar na "memória" em si, mas a
maioria dos especialistas acredita que a informação precisa passar pelas memórias sensorial e
de curto prazo antes de poder ser armazenada como uma memória de longo prazo. (Mohs)
Memória
Efeitos do envelhecimento na memória
O hipocampo, área essencial para a memória, perde cerca de 20% de células nervosas até a pessoa chegar
aos 80 anos
O envelhecimento causa uma perda de células enorme em uma pequena região na parte frontal do
cérebro que leva a uma queda na produção de um neurotransmissor chamado acetilcolina. A acetilcolina
é vital para o aprendizado e para a memória.
Além disso, o próprio cérebro encolhe e se torna menos eficiente conforme você vai envelhecendo.
É claro que outras coisas podem ocorrer com o cérebro que podem acelerar esse declínio.
Os exercícios físicos e a estimulação mental também podem melhorar a função mental.
Estudos mostram que, conforme ficamos idosos, um ambiente estimulante encoraja o crescimento dos
dendritos, ao passo que um ambiente maçante impede esse crescimento.
O ponto importante a ser lembrado é que, conforme envelhece, pode ser que não se aprenda nem lembre
tão rapidamente quanto quando estava na escola, mas provavelmente aprenderá e lembrará quase tão
bem.
Inteligência
in.te.li.gên.cia
s. f. 1. Faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar; entendimento, intelecto. 2. Compreensão,
conhecimento profundo. 3. Pessoa de grande esfera intelectual. (Michaelis)
# A inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas,
abstrair idéias, compreender idéias .
pt.wikipedia.org/wiki/Inteligência
# compreensão fácil, nítida e profunda de qualquer coisa; faculdade que tem o espírito de pensar, conceber
e compreender; capacidade de resolução de novos problemas e de adaptação a novas situações;
entendimento; discernimento; juízo, raciocínio, talento; percepção
pt.wiktionary.org/wiki/inteligência
# capacidade de adaptação do organismo a uma situação nova.
www.pedagogiaemfoco.pro.br/per09a.htm
# Faculdade de pensar, conhecer e compreender; conjunto de funções psíquicas superiores. Interacção
constantemente activa entre a habilidade herdada ea experiência, que dá como resultado que o individuo é
capaz de adquirir, recordar e usar conhecimentos, de entender conceitos concretos ...
www.animacorpus.net/glossario/
Inteligência
Não há resposta exata para o que é Inteligência;
Existe uma série imperfeita de conexões entre sistemas cognitivos e emocionais,
provocando capacidades (quantas e quais?) não plenamente integradas;
O cérebro é visto , hoje, pela neurociência, como vários módulos distintos , donde
surgiu a visão das Inteligências multiplas;
Inteligência é apenas uma indicação de que o cérebro está em bom funcionamento.
Experimento mostra que “ao desligar” partes do cérebro, há uma melhoria no
desempenho de capacidades cognitivas como melhores desenhos, habilidade
musical e desenho e raciocínio numérico;
DESCOBERTAS
Em 1999, uma análise do cérebro de Albert Einstein verificou que, seu cérebro era um pouco
menor do que o cérebro médio. Partes de seu lobo parietal, entretanto, eram mais largas do que
o cérebro da maioria das pessoas. As áreas maiores no cérebro de Einstein estão relacionadas
ao raciocínio matemático e espacial. Seu lobo parietal quase não apresentava uma fissura que é
encontrada no cérebro da maioria das pessoas. Analistas formularam uma teoria de que a
ausência da fissura significa que as diferentes regiões do cérebro de Einstein poderiam se
comunicar melhor.
Em 2004, em um estudo na Universidade da Califórnia, descobriu-se que o volume da massa
cinzenta em partes do córtex cerebral tinha um impacto maior na inteligência do que o volume
total do cérebro.
Em 2006, um ensaio na revista "Nature" teorizou que a forma como o cérebro se desenvolve é
mais importante do que seu próprio tamanho. O córtex cerebral de uma pessoa fica mais
espesso durante a infância e mais fino na adolescência. De acordo com o estudo, o cérebro das
crianças com QIs mais elevados ficou mais espesso mais rapidamente do que o das outras
crianças. Os estudos também sugerem que, até certo ponto, as crianças herdam a inteligência
dos pais e que isso ocorre porque a estrutura física do cérebro pode ser uma característica
herdada.
Mitos e Verdades
Mitos
Beber não destrói neurônios.
Beber em excesso durante muitos anos pode reduzir o tamanho do cérebro, mas, pelo
geral, se trata de um fenômeno reversível. O vinho tinto pode inclusive proteger o
cérebro, ao reduzir o risco de derrames cerebrais, desde que a dose oscile entre dois
copos por semana e até três taças ao dia como máximo.
Um golpe forte na cabeça não cura a amnésia.
Por mais que o cinema tenha se empenhado em nos convencer do contrário. Também
não se consegue com hipnose nem com a visão de um objeto muito apreciado; em
relação à neurocirurgia, é mais provável que, em lugar de remediar a perda de
memória, a cause.
A metade esquerda não é "racional".
Essa região do córtex cerebral é a que produz a linguagem e resolve os problemas,
mas isso não quer dizer que seja a "metade racional". A parte esquerda do cérebro
precisa de lógica e ordem, até o ponto de que, se algo não fizer sentido, o habitual é
que o cérebro invente uma explicação verossímil.
Mitos
As marcas faciais não guardam relação com inteligência.
As circunvolução ou relevos estão mais relacionadas com o tamanho do cérebro,
porque graças a essa disposição cabe mais cérebro num espaço mais reduzido. Nos
cérebros maiores, a córtex contêm assim mesmo mais matéria branca, as fibras de
associação que conectam regiões distantes do cérebro.
Os cegos não ouvem melhor.
Não gozam de melhores condições que as pessoas que enxergam para identificar os
sons, ainda que seja verdadeiro que têm uma melhor memória, especialmente para a
linguagem. Também são mais capazes de localizar sons débeis. Ambas habilidades
podem lhes ajudar a reconhecer melhor tudo aquilo que lhes rodeia
Escutar Mozart não deixa um bebê inteligente.
Este mito surgiu de uma pesquisa realizada entre estudantes de ensino superior que
detectou que essa atividade produzia um efeito limitado, que durava só meia hora. No
entanto, aprender a tocar um instrumento musical associa-se com um incremento da
capacidade para o raciocínio espacial.
Mitos
Mitos
É falso que só utilizamos 10%.
Nos Estados Unidos, esta afirmação apareceu pela primeira vez nos escritos de Dale
Carneige, um autor de livros de auto-ajuda. Carneige citou erradamente uma
consideração do psicólogo William James, que na realidade tinha afirmado que
utilizamos mal uma fração do potencial do cérebro.
O mito dos 10% é a falsa crença sobre o cérebro mais conhecida, pois apela a nosso
desejo de melhorar. Algumas pesquisas descobriram que isto é o que pensa a maioria
das pessoas dos Estados Unidos e do nosso país. Hoje em dia os cientistas sabem que
a totalidade do cérebro é necessária para seu funcionamento normal, tal como
demonstram as conseqüências dos derrames ou danos cerebrais. Inclusive o dano
limitado a uma parte muito pequena do cérebro pode ser detectada pelos sintomas
neurológicos.
VERDADES
A força de vontade aumenta quando conseguimos algo.
É como um músculo e pode ser treinada. Após terminar uma tarefa que requeira
autocontrole, as pessoas já não precisam do mesmo grau de esforço para fazê-la
novamente, ainda que uma e outra tarefa não sejam parecidas. Esta reserva comum de
força de vontade vai se fortalecendo com a prática. Em conseqüência, a disciplina
acrescenta a força de vontade.
O exercício físico favorece o cérebro na velhice.
Faz que o oxigênio e a glicose sigam fluindo quando a pessoa envelhece. Praticá-lo de
forma regular melhora o funcionamento do cérebro nas pessoas mais idosas, que
podem sofrer problemas de planejamento e de pensamento abstrato porque o córtex
frontal se reduz com a idade. (HERCULANO-HOUZEL)
VERDADES
Tomada de atalhos pode ser equivocada.
O cérebro costuma buscar rapidamente uma resposta adequada, em lugar de empregar mais
tempo para ter a resposta perfeita. Isto significa que às vezes trocamos os pés pelas mãos.
Responda ao seguinte problema o mais rapidamente possível, sem fazer as operações
matemáticas: uma raquete e uma bolinha custam juntas 1,10 reais. A raqueta custa um real a mais
que a bolinha. Quanto custa a bolinhas? Se respondeu rápido possivelmente você disse 10
centavos, mas a resposta correta é 5 centavos.
Quem sofre abusos durante a infância é mais vulnerável ao estresse.
Foi descoberto em experimentos com ratos que uma boa criação torna os adultas
menos vulneráveis ao estresse ao se reduzir a intensidade das respostas de seu
sistema de hormônios do estresse. Uma má criação aumenta o risco de depressão,
ansiedade, obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.
Sim, se aprende melhor um idioma na infância.
As crianças reconhecem os sons de todos os idiomas, mas, a partir dos dois anos de
idade, seus cérebros começam a encontrar dificuldades para diferenciar sons que não
são habituais em sua língua materna.
VERDADES
Nem sempre interpretamos os fatos com lógica.
Durante a maior parte do tempo, o cérebro interpreta aquilo que presenciamos de
acordo com umas regras gerais que são fáceis de aplicar, mas que nem sempre
guardam uma lógica. Requer muitíssimo esforço aplicar uma análise pausada e
meticulosa, que é apropriada para realizar cálculos matemáticos ou resolver quebracabeças.
Só consome o equivalente a duas bananas.
Todo o consumo de energia pode ser medir com a mesma unidade de potência: o watt.
O cérebro só emprega 12 watts, menos que a lâmpada de sua geladeira, mas pode
gastar bem mais. A cada dia o cérebro utiliza a quantidade de energia que contêm duas
bananas grandes. Não é muita potência, mas é uma grande proporção do orçamento
energético de todo o corpo, que é de aproximadamente 70 watts.
VERDADES
Dispõe de uma espécie de relógio.
Quando realizamos vôos de longa distância para o leste ou o oeste, este relógio
demora algum tempo em se ajustar. Permanecer acordado não ajusta este relógio, mas
a luz sim muda sua hora. A luz fixa o relógio interno segundo a hora que o cérebro
calcula. Pelo geral, quando é pela tarde no lugar do destino de uma viagem, a luz ajusta
o relógio cerebral de forma correta, independentemente de que se tenha viajado para o
leste ou para o oeste. Não obstante, não é bom viajar demais.
Atravessar muitas zonas horárias mais de duas vezes ao mês é perigoso para a saúde,
pois pode ocasionar dano cerebral e problemas de memória, provavelmente devido aos
hormônios do estresse.
A cada vez que recordamos algo, apagamos e recebemos a lembrança.
É isso que permite que, ao final, recordemos coisas que na realidade não ocorreram
jamais. Isso explica por que é freqüente que diferentes pessoas recordem os mesmos
fatos de maneira diferente.
A tensão crônica faz perder a memória.
Uma excitação emocional incrementa a acumulação de detalhes importantes na
memória de longo prazo. A tensão nervosa ativa a secreção de hormônios que atuam
sobre o hipocampo e a amígdala para reforçar a memória. A tensão crônica, pelo
contrário, pode prejudicar o hipocampo e dar lugar a perdas permanentes de memória.
(HERCULANO-HOUZEL)
VERDADES
Espirrar depois de um orgasmo é uma "falha" cerebral.
Acontece freqüentemente com muitos homens. A razão é que as ramificações cerebrais
são uma malha intrincadíssima que pode levar a que estranhos cruzamentos de cabos
produzam movimentos com diferentes reflexos. Outro efeito produzido pelo mesmo:
uma de cada quatro pessoas espirra quando olha uma luz resplandecente como, por
exemplo, o Sol.
Ninguém pode fazer cócegas em si mesmo.
A razão é que o próprio cérebro prediz o que cada um vai sentir em resposta a suas
próprias ações. Pode-se aproveitar esta faculdade do cérebro para defender-se de
quem tente lhe fazer cócegas: simples, coloque sua mão em cima da mão da outra
pessoa.
VERDADES
Os bebês desligam as conexões neurais que não utilizam.
Em geral, eliminam as que não usam o suficiente durante os dois primeiros anos de
vida. Se o cérebro fosse um roseiral, as experiências do mundo exterior seriam a
técnica que utilizariam para podar, não o fertilizante.
VERDADES
Os adolescentes estão "equipados" para comportar-se bem.
Durante a adolescência, aprecia-se nos indivíduos uma melhora no planejamento e
organização do comportamento, na inibição das reações, na capacidade de atenção, na
memória e no autocontrole emocional. Provavelmente é devido a isso que as conexões
no córtex cerebral pré-frontal, que são importantes na regulação do comportamento,
seguem desenvolvendo até os 20 anos de idade.
O envelhecimento faz-nos mais felizes.
À medida que as pessoas envelhecem aprecia-se uma melhora na superação dos
pensamentos negativos e no controle das emoções. Isto pode explicar por que as
pessoas idosas tendem a ser mais felizes que as jovens.
Os videojogos melhoram o funcionamento cerebral.
Estudantes do Ensino Superior que jogam regularmente este tipo de jogos são capazes
de registrar mais objetos num estímulo visual breve que os que não jogam. Ademais, os
que jogam reelaboram a informação mais rapidamente, reconhecem mais objetos de
uma vez e podem mudar de tarefa com maior facilidade.
VERDADES
Não memoriza a matéria da prova de uma vez só.
O cérebro retém informação durante mais tempo se forem feitos descansos entre
sucessivas tarefas de estudo. Duas sessões separadas podem facilitar que seja
assimilado o dobro de conhecimentos que numa única sessão da mesma duração total.
Escolher não é o seu forte.
As pessoas tendem a sentir-se mais satisfeitas com as decisões que tomam quando
têm que escolher entre poucas alternativas que quando têm muitas opções. Ter que
fazer muitas comparações pode reduzir a sensação de satisfação porque leva a
lamentar não ter escolhido as outras alternativas que desprezamos.
A depressão moderada pode ser curada sem remédios.
Se ao término do dia relacionarmos três coisas boas que tenham ocorrido e uma breve
exposição das circunstâncias que propiciaram a cada uma delas, teremos um
acréscimo da sensação de felicidade que pode extirpar os sintomas de depressão
moderada num prazo de poucas semanas.
VERDADES
O amor é uma droga.
As regiões do cérebro que causam ao vício também reagem a estímulos positivos
naturais como o amor. Estas regiões ajudam aos animais a estabelecer vínculos com
seus iguais –o que pode explicar as razões de sua existência–, apesar dos danos
colaterais causados por um vício.
Os orgasmos nos deixam mais confiantes.
A oxitocina, um hormônio que é liberada durante o orgasmo, faz com que aumente a
confiança entre as pessoas nas relações sociais. Pessoas que receberam a oxitocina
pulverizada por via nasal apresentaram mais que o dobro de probabilidades de
emprestar dinheiro a outra pessoa que as quais não receberam o tratamento, o que dá
a entender que a experimentação de orgasmos pode influir diretamente na tomada de
decisões.
VERDADES
Os homens e as mulheres tem visão espacial bem diferente.
As mulheres não tem visão espacial, dependem mais de pontos de referência para
navegar, e muitas costumam dar indicações do tipo de "vire à esquerda no terceiro
semáforo e procure uma casa de cor verde piscina“.
Ao contrário os homens identificam a direção correta a partir de um mapa mental do
espaço: "Siga para o leste um quilômetro e depois vire em direção norte". No entanto,
as mulheres recordam o lugar onde estão guardados os objetos mais facilmente que os
homens. (PEASE)
Somos cada vez mais inteligentes.
As pontuações médias nas provas de inteligência aumentaram entre três e oito pontos
por década no século XX em muitos países industrializados. O fato não se deve à
evolução senão à melhora das condições de vida das crianças economicamente mais
desfavorecidas.
Certos danos dos derrames cerebrais podem ser evitados.
Entre os sintomas de um derrame cerebral figuram a impossibilidade repentina de
mover um membro, ou de falar, ou também o intumescimento de uma parte
considerável do corpo. O tratamento do derrame cerebral pode evitar danos em longo
prazo, mas só se o paciente vai a um hospital num prazo de poucas horas.
VERDADES
Após a amputação de um membro, os pacientes podem sentir a presença de um
"membro fantasma".
A razão é que o cérebro ainda tem registrado um mapa do corpo e demora algum
tempo em assimilar que não existe mais a representação do membro perdido.
A dor reside no cérebro e pode ser controlada.
A atividade cerebral determina totalmente a sensação de dor e sua intensidade. Os
cientistas estão tentando empregar imagens do cérebro e técnicas de retro-alimentação
para ensinar às pessoas a ativar, por sua própria conta, as zonas do cérebro que
controlam a dor.
Em uma experiência conseguiu-se que o cérebro de um experiente em meditação
inibisse sua resposta a picada de uma agulha na sua bochecha. Este método poderia
ser empregado para que os doentes de dor crônica reduzissem a sensação de malestar ativando voluntariamente o efeito placebo.
A ciência trabalha em conseguir que os paralíticos movam seus membros.
Os pesquisadores estão trabalhando no desenho de prótese de braços para ajudar a
pacientes que sofrem de paralisia. Mediante uma monitoração da atividade do cérebro,
os pesquisadores podem deduzir qual é o movimento que pretendem reproduzir e
utilizar essa informação para guiar um braço artificial.
VERDADES
Por que sempre esquecemos os nomes dos outros?
A memória está ligada às várias áreas do cérebro responsáveis por sentidos
determinados. Quanto mais rica e forte for a rede de associações ou representações
que você instalou em seu cérebro, mais ele fica protegido contra a perda de uma
representação específica.
Quando você conhece uma pessoa, seu cérebro liga um nome a algumas informações
sensoriais, como a aparência visual dela. Quando o cérebro é mais jovem, essas
poucas associações são bastante fortes para que no próximo encontro você lembre o
nome dela. Quanto mais velho você fica, porém, vai conhecendo mais pessoas, o que
deixa menos características visuais específicas disponíveis para representar cada nova
pessoa. Por isso, as ligações associativas entre características visuais e nomes são
mais frágeis.
Imagine fechar os olhos quando conhece alguém. As outras informações sensoriais,
além da visão, tornam-se muito mais importantes como base para formar as
associações necessárias à recordação do nome: a sensação da mão da pessoa, seu
cheiro, sua voz. Agora você não ligou o nome de alguém a uma ou duas associações,
mas a pelo menos quatro. Mas nunca fazemos isso. (LAWRENCE)
VERDADES
É verdade que perdemos capacidade cerebral quando envelhecemos?
Há muitos mitos sobre o envelhecimento do cérebro, mas os neurocientistas estão
lutando para provar que ele não tem que envelhecer necessariamente junto conosco.
Tudo depende da maneira como o usamos.
Outro mito diz que o declínio mental que a maioria das pessoas experimenta é
resultado da morte constante das células nervosas. A verdade é que há uma redução
do número e complexidade das dendrites, que são os prolongamentos das células
nervosas que recebem e processam informações de outras células nervosas, formando
a base da memória. Mais uma vez, se estimulado, o cérebro é capaz de manter a rede
de comunicação entre as células nervosas tão forte e eficiente como na juventude.
(LAWRENCE)
VERDADES
As interações sociais têm alguma influência na nossa capacidade cerebral?
Está provado, através de inúmeros estudos, que a capacidade da pessoa de lembrar
alguma coisa depende em grande parte do contexto emocional. Temos mais
probabilidade de arquivar uma informação na memória de longo prazo se essa
informação possui um significado emocional de maior peso. É por isso que as emoções
agradáveis, através das interações sociais, constituem uma estratégia fundamental na
neuróbica.
Como as situações sociais são em geral imprevisíveis, há mais possibilidade de
resultarem em atividades fora da rotina. Quando as situações sociais diminuem, o
desempenho mental declina. E quando ficamos mais velhos, nossos círculos sociais
tendem a encolher, levando o cérebro a diminuir sua atividade.(LAWRENCE)
VERDADES
Se diariamente nos defrontamos com situações novas, o que faz com que apenas
algumas atividades sejam neuróbicas?
Embora o cérebro seja bombardeado de novos estímulos, nem todos eles são fortes o
suficiente para ativar novas áreas. Por exemplo: se você escreve sempre a caneta e um
dia resolve escrever tudo a lápis, quebrou sua rotina e está fazendo algo diferente. Mas
uma mudança tão pequena não acarretaria uma nova e importante associação
sensorial. Não seria suficiente para engajar os circuitos exigidos e dar ao cérebro um
exercício realmente eficaz.
Compare isso com a decisão de escrever com a outra mão. Se você é destro, controlar
uma caneta é normalmente responsabilidade do lado esquerdo do seu cérebro. Quando
você se empenha em escrever como um canhoto, a vasta rede de conexões, circuitos e
áreas do cérebro envolvida em escrever com a mão esquerda - quase nunca usada - é
agora ativada, no lado direito do cérebro. Subitamente, ele é confrontado com uma
nova tarefa absorvente, desafiadora e potencialmente frustrante. Em resumo, para uma
atividade ser considerada neuróbica, deve ter um ou mais dos seguintes elementos:
envolver um ou mais sentidos num novo contexto (como vestir-se de olhos fechados);
concentrar sua atenção (como virar as foto da sua mesa de cabeça para baixo) e
transformar uma atividade rotineira em algo inesperado e não-trivial (como escolher um
caminho diferente para chegar ao trabalho). (LAWRENCE)
VERDADES
Como aprendemos a fazer associações?
As associações são representações de eventos, pessoas e lugares que se formam
quando o cérebro decide ligar diferentes tipos de informações, sobretudo se a ligação
pode ser útil no futuro. Antes de fazer as conexões mentais, ele leva em conta várias
coisas diferentes . Por exemplo, se alguma coisa proporciona informações a dois ou
mais sentidos quase ao mesmo tempo - o aspecto, cheiro e gosto de um cheeseburger
- o cérebro vai ligar as sensações de uma maneira quase automática. Ou seja, ao sentir
o cheiro de um cheeseburger, a pessoa pode imediatamente lembrar o aspecto e o
gosto do sanduíche.
Uma famosa experiência com cachorros explica de maneira simplificada o que acontece
no processo de aprendizado. Todos sabemos que os cachorros salivam à vista de
comida. Todos os dias, Ivan Pavlov tocava uma campainha na hora de alimentar os
cães. Depois de alguns dias, o simples toque da campainha fazia os cachorros
salivarem, mesmo que não houvesse comida. O mesmo acontece com as pessoas,
apesar de, obviamente, termos uma capacidade mental bem maior que a dos cães.
(LAWRENCE)
VERDADES
É verdade que perdemos capacidade cerebral quando envelhecemos?
Há muitos mitos sobre o envelhecimento do cérebro, mas os neurocientistas estão
lutando para provar que ele não tem que envelhecer necessariamente junto conosco.
Tudo depende da maneira como o usamos.
Outro mito diz que o declínio mental que a maioria das pessoas experimenta é
resultado da morte constante das células nervosas. A verdade é que há uma redução
do número e complexidade das dendrites, que são os prolongamentos das células
nervosas que recebem e processam informações de outras células nervosas, formando
a base da memória. Mais uma vez, se estimulado, o cérebro é capaz de manter a rede
de comunicação entre as células nervosas tão forte e eficiente como na juventude.
(LAWRENCE)
REFERÊNCIAS:
Craig Freudenrich, Ph.D.. "HowStuffWorks - Como funciona o cérebro". Publicado em 06 de junho de 2001 (atualizado em 09 de maio de 2008)
http://saude.hsw.uol.com.br/cerebro.htm (01 de setembro de 2008)
Charles W. Bryant. "HowStuffWorks - Como funciona a síndrome da mão alienígena". Publicado em 12 de setembro de 2007 (atualizado em 08
de novembro de 2007) http://saude.hsw.uol.com.br/sindrome-mao-alienigena.htm (31 de agosto de 2008)
Tracy V. Wilson. "HowStuffWorks - Como funcionam os gênios". Publicado em 01 de setembro de 2006 (atualizado em 09 de julho de 2008)
http://pessoas.hsw.uol.com.br/genios1.htm (31 de agosto de 2008)
Richard C. Mohs, Ph.D.. "HowStuffWorks - Como funciona a memória humana". Publicado em 08 de maio de 2007 (atualizado em 11 de abril de
2008) http://saude.hsw.uol.com.br/memoria-humana4.htm (31 de agosto de 2008)
Bertolozzi, Marcia Regina. Um estudo sobre memória e soluçâo de problemas: enfoque das neurociências. São Paulo , 2004 79p.
DOOLITTLE, P. E. (2002). Online Teaching and Learning Strategies: An Experiential Exploration of Teaching, Learning, and Technology. Virginia:
Department of Teaching and Learning. 2003. apud J Rodrigues, R Melo, S Ferreira, S Pinho, T. A Formação on-line - Um olhar sobre a
importância da concepção e implementação de cursos de Ensino à Distância , 2003 - netprof.pt
http://www.neurolab.com.br/
CAMPOS, F. S. Psicanálise E Neurociência: Uma Relação Tão Delicada.
http://br.geocities.com/materia_pensante/psic_neuro_sollero.html#_ftn1
LIMA, E.S. A função antropológica do ensinar. http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0138/aberto/mt_246808.shtml
ROCHA, A. F. ( 2000 ) O cérebro na escola. EINA, Jundiaí
TABACOW, L. S. Contribuições da neurociência cognitiva para a formação de professores e pedagogos. Campinas: PUC-Campinas,
2006. 266p
HERCULANO – HUZEL, S. Fique de bem com seu cérebro. Rio de Janeiro: Sextante, 2007
LAWRENCE, C. K. Mantenha o seu cérebro vivo. Rio De Janeiro: Sextante
Sugestões para leitura
Alfabetização Emocional: Novas Estratégias
Autor: Celso Antunes
Editora: Vozes
Ano de lançamento: 2001
Edição atual: 8ª
Número de páginas: 109
ISBN: 8532621708
Apresenta aos educadores uma proposta aberta e interativa, sobretudo aos que acreditam que o
aprendizado está mudando e que o ser humano demonstra potencial para desenvolver múltiplas
inteligências. O autor, com sua larga experiência na direção e orientação educacional, expõe de forma
transparente e didática que a educação da emoção é possível. Respaldando-se nas pesquisas de Gardner e
Goleman sobre os novos conceitos de inteligência, esta obra propõe um currículo, estratégias e meios de
avaliação da 'Alfabetização Emocional', incorporando-se aos princípios e fins de nossa escola, para uma nova
educação.
Cem Bilhões de Neurônios: Conceitos Fundamentais de Neurociência
Autor: Roberto Lent
Editora: Atheneu
Ano de lançamento: 2004
Edição atual: 1ª
Número de páginas: 698
ISBN: 857379383X
Um dos primeiros livros sobre neurociência integrado, publicado no Brasil. Faz um apanhado de todos os
aspectos do tema. Dividido em cinco partes, aborda a neurociência celular, sensorial, dos movimentos, dos
estados corporais e das funções mentais.
Vygotsky: Aprendizado e Desenvolvimento, um processo sócio-histórico
Autor: Marta Kohl de Oliveira
Editora: Scipione
Ano de lançamento: 1993
Edição atual: 4ª
Número de páginas: 111
ISBN: 8526219367
Apresenta um síntese das idéias de Lev Vygotsky, situando o autor russo em seu contexto histórico e
apresentando os principais conceitos de sua vasta e complexa obra. O objetivo teórico de Vygotsky levou a
uma abordagem qualitativa, interdisciplinar e orientada para os processos de desenvolvimento do ser
humano, capaz de manter o interesse ainda hoje. Trata-se da tentativa de reunir, em um modelo explicativo,
tanto os mecanismos cerebrais subjacentes ao funcionamento psicológico como o desenvolvimento do
indivíduo e da espécie humana, ao longo de um processo sócio-histórico. Enfatiza a importância da cultura e
da linguagem na constituição do ser humano, e comenta algumas convergências e divergências entre
Vygotsky e Piaget.
Obs. Destaque para o capítulo "A base biológica do funcionamento psicológico: a neuropsicologia de Luria
Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso
Autores: Mark F. Bear, Barry W. Connors, Michael A. Paradiso
Editora: Artmed Editora
Ano de lançamento: 2002
Edição atual: 2ª
Número de páginas: 856
ISBN: 8573079118
Oferece a você um primeiro contato com os mecanismos do sistema nervoso, suas moléculas e
células,
e
os
sistemas
que
estão
por
trás
do
comportamento.
Esta 2ª edição combina todos os atributos que garantiram o sucesso do livro original com as
últimas novidades científicas da área e uma abordagem sintonizada com as necessidades dos
estudantes. Você desvendará o sistema nervoso em toda sua complexidade, recebendo a
informação na medida exata, além de atualizada e impregnada dos valores humanos que
fazem da pesquisa em neurociências uma área fascinante.
NEUROCIÊNCIA DO COMPORTAMENTO
Autores: Bryan Kolb, Ian Q. Whishaw
Editora: Manole Editora
Ano de lançamento: 2002
Edição atual: 1ª
Número de páginas: 664
ISBN: 8520413927
A neurociência possibilita a compreensão de como o cérebro rege processos como a memória, o sono, o
corpo e aprendizado não apenas em humanos como em outras espécies. Neurociência do Comportamento
possui uma proposta de ensino inovada proporcionando uma leitura interessante. É uma obra completa que
nos ajuda a entender como aprendemos, como nos desenvolvemos e como podemos ajudar as pessoas que
sofrem de distúrbios cerebrais e comportamentais.
ESTRUTURAS DA MENTE
Autor: Howard Gardner
Editora: Artmed Editora
Ano de lançamento: 1994
Edição atual: 1ª
Número de páginas: 340
ISBN: 8573073462
Juntando elementos teóricos da neurologia, da psicologia cognitiva, do estudo de superdotados
e de crianças diferentes, o autor examina as implicações educacionais de suas concepções
teóricas, contrapondo-as com outras orientações.
O cerébro nosso de cada dia: Descobertas da Neurociência Sobre a Vida Cotidiana
Autor: Suzana Herculano-Houzel
Editora: Vieira & Lent
Ano de lançamento: 2002
Número de páginas: 206 (1ª edição)
ISBN: 8588782014
A neurociência é o conjunto de áreas da ciência que se interessam pelo sistema nervoso: como ele funciona,
se desenvolve, evolui, é alterado por substâncias químicas, e como resultado disso tudo produz a mente e os
comportamentos. Neste, que foi o primeiro livro da neurocientista Suzana Herculano-Houzel, você descobre
como a neurociência explica vários aspectos da vida cotidiana, da dificuldade de lembrar dos sonhos às
vantagens cognitivas das mães, passando pela razão da falta de originalidade da ficção científica e pela
descoberta intrigante das falsas memórias. Um livro escrito em linguagem ágil, acessível e bem-humorada,
para o leitor não-especialista curioso com o que traz dentro da própria cabeça.
Neuropscicologia hoje
Autores: Vivian Mara Andrade, Flávia Heloísa dos Santos, Orlando F. A. Bueno
Editora: Artes Médicas editora
N° de páginas: 454 (1ª edição)
ISBN: 8536700084
Esta obra é uma aquisição indispensável para profissionais, professores e estudantes envolvidos com
avaliação neuropsicológica, reabilitação cognitiva e os aspectos teóricos da neuropsicologia. De forma
abrangente, aborda os principais momentos da evolução humana (infância, adultez e envelhecimento)
fornecendo protocolos de avaliação, estudos de casos e um rol dos testes padronizados. A reabilitação é
apresentada sob várias facetas e em diferentes indicações, algo raro
DESCOBERTAS RECENTES
Crianças criadas em condições de pobreza têm mais dificuldade para aprender, não só por
questões socioeconômicas, mas também biológicas. Pesquisas realizadas nos últimos anos
comprovam que a pobreza tem impacto direto no desenvolvimento do cérebro, justamente no
período mais crítico da infância, deixando seqüelas neurológicas que diminuem a capacidade de
aprendizado.
Esquecer uma informação menos importante, mediante um processo de memória seletiva,
torna mais fácil lembrar um dado mais relevante, segundo um estudo elaborado por cientistas
dos Estados Unidos.
As partes do cérebro responsáveis pela memória sofrem com a perda de uma noite de sono,
mostra pesquisa publicada pelo periódico Nature Neuroscience.
Uma variação genética associada à longevidade também parece estar ligada à preservação da
memória e da capacidade intelectual em idosos, sugere um estudo feito nos Estados Unidos e
publicado na revista científica Neurology.
Um grupo de cientistas franceses conseguiu identificar uma zona do cérebro indispensável à
leitura e demonstrar a importância do inconsciente na percepção das palavras, disse hoje o
principal autor dos dois estudos
"O que você gosta é uma função daquilo para que sua mente foi treinada", ( Winkielman)
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neurociências 24-09