Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose PMCT Paranaguá – PR TDO Marianna Freitas Hammerle Coordenadora Municipal Programa de Controle da Tuberculose Paranaguá - PR Conhecendo Paranaguá • • • • 143.000 habitantes 1.ª Regional de Saúde Clima Subtropical 52% renda informal • Processo de alfabetização • • • • Histórica – Turística População flutuante Portuária 90 km capital - Curitiba Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose COBERTURA PSF FLUXOGRAMA ATUAL • Referência Terciária: SESA; CRPHF • Referência Secundária: CENTRO MUNICIPAL DE DIAGNÓSTICO Equipe: 1 coordenador 1 auxiliar administrativo 1 médico clínico geral 2 auxiliares de enfermagem 1 técnico de enfermagem 1 enfermeira • Atenção Básica: 09 ESF’s e 5 UBS’s • ESF’s: busca ativa de SR através da coleta descentralizada de escarro (meta 1%), TDO através dos ACS’s, consultas médicas mensais (unidades com profissional), teste tuberculínico (unidades com profissional habilitado) FLUXOGRAMA ATUAL UBS’s: • busca de SR através da coleta descentralizada de escarro e teste tuberculínico (unidades com profissional habilitado) FLUXOGRAMA ATUAL Hospital Regional do Litoral: • avaliação do SR através da baciloscopia de escarro realizada pelo laboratório municipal, casos diagnosticados no hospital, o município de Paranaguá notifica, envia medicação para início de tratamento para pacientes de qualquer município e após alta, a farmácia do hospital faz o agendamento da 1.ª consulta na referência secundária, libera e instrui a tomada da medicação para paciente. • Após consulta na referência, é realizada a alocação do paciente para TDO com ESF ou com CMD. • Caso residente em outro município, é realizada a transferência via 1.ªRS (Boletim de Transferência). ROTINA NA REFERÊNCIA • Paciente diagnosticado TB: 1.ª consulta, 2.ª consulta após 15 dias do início do tratamento e consulta de 6.º mês para alta • Consulta de 2.º, 3.º, 4.º e 5.º meses de tratamento: pacientes não alocados em ESF’s e paciente cujo ESF encontra-se sem profissional. • Consulta mensal: TBMR, Casos Esquemas Especiais • TDO: diário para TBMR e Esquemas Especiais (no domicílio ou na unidade), finais de semana e feriados (sempre no domicílio) • Exames: realização de teste rápido para HIV e avaliação de todos os comunicantes (PT, Baciloscopia de escarro, RX tórax). • Medicamento: controle e distribuição de medicamentos para pacientes e ESF’s • Tratamento da infecção latente (ILTB) ROTINA NA ATENÇÃO BÁSICA • ESF’s: recebe cópia de prontuário de paciente, realiza consulta de 2.º, 3.º, 4.º e 5.º meses de tratamento. • TDO: diário (segunda a sexta) no domicílio ou na unidade (de acordo com necessidade de cada paciente) • Comunicantes: auxílio na avaliação de comunicantes (PT, Baciloscopia de escarro, RX tórax). • Medicamento: distribuição de medicamentos para tratamento da infecção latente (ILTB) Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose 2011 - Cura de casos novos de TB pulmonar BK+= 90,54% Porcentagem Porcentagem dos Tipos de Alta 100,00 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 Ign/Branco Cura Abandono Óbito por tuberculose Óbito por outras causas Transferência Mudança de Diagnóstico TB Multirresistente 2007 0,00 79,52 3,61 0,00 2,41 14,46 0,00 0,00 2008 0,00 82,89 5,26 5,26 1,32 5,26 0,00 0,00 2009 0,00 74,68 2,53 0,00 1,27 21,52 0,00 0,00 2010 0,00 87,34 0,00 3,80 3,80 5,06 0,00 0,00 2011 0,00 90,54 0,00 0,00 2,70 6,76 0,00 0,00 Tipo de Alta 2007 2008 2009 2010 2011 TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO - TDO - Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose O que é? É a observação diária da tomada da medicação É observar o doente engolir o medicamento Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose O que é? É construir um vínculo entre o doente e o profissional de saúde É construir um vínculo entre o doente e o serviço de saúde É remover barreiras que impedem a adesão (reabilitação social, melhora da autoestima, qualificação profissional e outras demandas sociais) Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose Ir onde o paciente está. Independente de horário, jejum, local... Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose Na rua.... Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose Até no bar..... Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose E em locais de difícil acesso.... Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose Sempre deve ser encontrada uma oportunidade de observar a tomada da medicação Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose POR QUÊ realizamos o TDO? • Aumentar a cura • Diminuir o abandono • Diminuir a resistência aos medicamentos • Estabelecer vínculos entre o paciente e o serviço de saúde • Aumentar a auto-estima do paciente PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO SUPERVISIONADO – DOT 3 – Oferecer incentivos • Cestas básicas • Lixo reciclável • Café da manhã PARA QUAIS DOENTES DEVESE OFERECER O DOT ? TODOS •“Não há como predizer quem vai abandonar.” Sbarbaro, J.A. •Com que frequência os pacientes interrompem prematuramente o tratamento? Opas, Publicação científica 617 revisão 2004 Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose TDO em Paranaguá • Sábados, domingos e feriados: Auxiliares de enfermagem e motorista do serviço de referência visitam todos os pacientes em tratamento no município. Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose TDO em Paranaguá • Segunda a sexta: Auxiliares de enfermagem e motorista do serviço de referência visitam os pacientes que residem em áreas sem PSF. Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose TDO em Paranaguá • Segunda a sexta: ACS’s das UBS’s visitam os pacientes que residem em áreas com PSF. Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose TDO em Paranaguá • No serviço de saúde diariamente – SEMPRE! Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose TDO em Paranaguá • Na rua: diariamente no local combinado com o paciente • Mocós = auxílio dos PSF’s • Uso de álcool e drogas = auxílio do albergue municipal e casas de recuperação • Rua = no local que frequenta Prefeitura Municipal de Paranaguá – PR Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de Controle da Tuberculose TDO em Paranaguá Ministério Público – Internação Compulsória. Principal fator – Resistência ao tratamento. Questões sociais – moradores de rua, usuários de álcool/drogas,.... Apoio, alternativa, nunca 1.ª opção. Adherence is associated with the quality of professional–patient interaction in Directly Observed Treatment Short-course, DOTS Received 30 January 2005; received in revised form 29 July 2005; accepted 17 August 2005 • Objetivo: investigar a associação entre o comportamento dos profissionais de saúde, como relatado pelos pacientes, a qualidade da comunicação, comunicação dos pacientes sobre sua doença e não-adesão ao tratamento da tuberculose Diretamente Observado de Curta Duração, DOTS. Métodos: Este estudo foi desenhado como um estudo de caso-controle baseado em 50 casos (não-aderentes) e 100 controles (adeptos), conduzido em um distrito ocidental montanhosa do Nepal. A taxa de actividade foi de 80% para 50 e 95% dos casos por 100 controles. Todas as covariáveis com valor de p. 0,2 foram incluídas em um modelo de regressão logística multivariada para identificar os fatores significativamente associados com o tratamento não-adesão. Resultados: A análise identificou que a pobre qualidade de comunicação (OR = 11,2, IC 2,5-50,4) e justo grau de comunicação (OR = 2,7, IC 1,2-6,3) entre pacientes e distribuidores foram significativamente associados com a não-adesão. • Conclusão: Melhor comunicação entre os profissionais de saúde, particularmente dispensadores e pacientes é essencial para a melhoria do tratamento adesão no tratamento da TB, mesmo sob TDO. • Implicações práticas: distribuidores de drogas devem ser treinados para desenvolver suas habilidades de comunicação sobre o uso de medicamentos, associado lado efeitos, benefícios e riscos de nãoadesão, bem como respeitar a autonomia do paciente individual e integridade. Treatment of tuberculosis Concordance is a key step BMJ VOLUME 327 11 OCTOBER 2003 • A longa experiência de promoção da adesão ao tratamento da tuberculose pode informar o desenvolvimento do conceito de concordância. • Um acordo entre o paciente com tuberculose e do profissional de saúde reforça sua contribuição mútua e responsabilidade para conseguir um tratamento bem sucedido. • Concordância é, portanto,um passo fundamental no início do processo dinâmico de suportar um paciente com tuberculose em todo tratamento. • O Comitê de Bangladesh Rural fornece um bom exemplo de concordância. • Depois de assinar um contrato por escrito, o paciente é acompanhado por um agente comunitário de saúde em todo o ciclo completo de tratamento, e o programa atinge uma taxa de cura elevada (pelo menos 85%). Implantação da estratégia DOTS no controle da Tuberculose na Paraíba: entre o compromisso político e o envolvimento das equipes do programa saúde da família (1999-2004) Autor(es): Sá, Lenilde Duarte de; Andrade, Marclineide Nóbrega de; Nogueira, Jordana de Almeida; Villa, Tereza Cristina Scatena; Figueiredo, Tânia Maria Ribeiro Monteiro de; Queiroga, Rodrigo Pinheiro Fernandes de; Sousa, Maria Clemilde Mouta de Fonte: Ciênc. saúde coletiva; 16(9): 3917-3924, set. 2011. graf. • Foi analisada a implantação da estratégia Tratamento Diretamente Observado de Curta Duração (DOTS) no controle da tuberculose, sob a ótica dos coordenadores do Programa de Controle da Tuberculose (PCT), nos seis municípios prioritários da Paraíba. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com sete coordenadores de PCT. Fortalezas do DOTS: cinco municípios alcançaram a taxa de cura de 90 por cento. Entre as debilidades identificou-se, na dimensão política, a descontinuidade do cargo de coordenador de PCT, o despreparo da equipe local, a precariedade da estrutura técnico-administrativa e a insuficiência da rede laboratorial; na dimensão operacional ainda é baixa a incorporação da busca de sintomáticos respiratórios pelas Equipes de Saúde da Família. Ocorreram mudanças de cunho epidemiológico, operacional e político. A implantação e garantia da sustentabilidade do TDO no Estado dependem do modo da organização dos serviços de saúde e o compromisso político do gestor no apoio a estratégia. Estudo descritivo sobre a implantação da estratégia de tratamento de curta duração diretamente observado no controle da tuberculose em São José do Rio Preto e seus impactos (1998-2003) J. bras. pneumol. vol.33 no.2 São Paulo Mar./Apr. 2007 • OBJETIVO: Descrever os resultados de tratamento (cura, abandono ou óbito) após a implantação da estratégia de tratamento de curta duração diretamente observado (Directly Observed Treatment, Short-course - DOTS) no controle da tuberculose em São José do Rio Preto, São Paulo, no período de 1998 a 2003. MÉTODOS: Estudo descritivo que utilizou fontes secundárias de informações (Sistema Nacional de Agravos de Notificação, Sistema de Notificação de Tuberculose, Livro de Registro/Livro Preto) por meio de um instrumento específico. Os dados foram analisados por estatística descritiva. RESULTADOS: Após a implantação da estratégia DOTS houve uma diminuição das taxas de abandono e detecção de casos e um aumento das taxas de cura e óbito. O aumento do número de óbitos por tuberculose pode ter ocorrido devido a três fatores: o predomínio da doença em indivíduos acima de 50 anos; a co-infecção tuberculose/HIV e a presença de doenças associadas. CONCLUSÕES: A implantação da estratégia DOTS fortaleceu a descentralização das ações de controle da tuberculose e a integração das equipes das Unidades Básicas de Saúde com a equipe do Programa de Controle da Tuberculose. O compromisso político do gestor com o combate à tuberculose, aliado à política de benefícios e incentivos, é fundamental para a sustentabilidade da estratégia DOTS. Obrigada ! Paranaguá - PR