ENTREVISTA A prioridade é a educação “O princípio maior que norteia nossas atividades é o da qualidade. Qualidade nos serviços que ofertamos” Jorge Luis Guimarães Dupuy, diretor regional do SESI Amapá FOTO: SESI/AMAPÁ Jornal SESI Nacional - Qual é o papel do SESI Amapá como organização comprometida com a responsabilidade social do empresário? Jorge Luis Guimarães Dupuy - A Missão do SESI: “Contribuir para o fortalecimento da Indústria e o exercício de sua responsabilidade social.” Assim o SESI Amapá estimula as indústrias do Estado a entender que ações de responsabilidade social devem deixar o campo da filantropia e do marketing e transformarem-se em requisitos básicos e indispensáveis na trama de relacionamentos da cadeia produtiva. As empresas só têm a ganhar com a inclusão de parceiros sociais em seus projetos de responsabilidade social e aí entra este Regional, com a oferta de programas nas áreas da educação, saúde e lazer. SN - Que princípios orientam o SESI Amapá? Dupuy - O princípio maior que norteia nossas atividades é o da qualidade. Qualidade nos serviços que ofertamos. Quando um projeto por um motivo ou outro não nos permite agregar qualidade, preferimos não desenvolvê-lo. A satisfação dos clientes é sempre mensurada e nossos profissionais estão sempre preocupados em procurar, dentro da nossa competência, soluções para os problemas das indústrias. Acreditamos que nossos clientes hoje não esperam do SESI o que estão acostumados a receber, mas novas soluções para as suas necessidades. SN - Quais os programas prioritários do SESI Amapá e suas linhas gerais? Dupuy - Considerando as condições do Estado, priorizamos nossas atividades na educação. O programa SESI Por um Brasil Alfabetizado, a Educação de Jovens e Adultos e a formação de nossos alunos de 1ª a 4ª séries já é um trabalho amplamente reconhecido e que coloca este Regional na linha de frente das entidades voltadas para a educação no Amapá. SN - Que transformações foram feitas pelo Regional do Amapa para adaptar a sua atuação no mundo automatizado e globalizado? Dupuy - O processo de globalização nos mostrou, por exemplo, que o nível de escolaridade dos trabalhadores da 6 indústria brasileira era inferior ao do Mercosul e que o advento de tecnologias mais sofisticadas poderia causar a exclusão dessas pessoas do mercado de trabalho. Dessa forma, o SESI se esforça para melhorar o nível de escolaridade dessa mão-de-obra, fazendo com que tenha mais competitividade nos mercados interno e externo. SN - Qual é o nível de aprovação dos serviços do Regional por parte do empresariado do Estado? Dupuy - No momento procuramos, principalmente, resgatar a imagem do SESI entre os industriários, industriais, comunidade, órgãos governamentais e nãogovernamentais. Essa operação passa pela reforma das instalações, treinamento do pessoal técnico e administrativo e por um novo modelo de gestão. O nível de reconhecimento e aprovação dos nossos serviços, portanto, será identificado na conclusão desse processo. SN - Como o senhor projeta o SESI do futuro? Dupuy - Nosso sonho é que o SESI Amapá seja no futuro reconhecido pela excelência dos seus serviços e pela promoção da responsabilidade social. Todo trabalho que hoje empreendemos se direciona para essa visão de futuro. SN - Que contribuições o SESI-AP pode oferecer na interação ou parceria com órgãos governamentais para enfrentar problemas nas áreas de competência da entidade? Dupuy - Já somos parceiros do Governo do Estado em ações de cidadania e atendimento à população, por meio do programa Governo e Você, cujo objetivo é levar ações de cidadania, saúde e lazer às comunidades carentes. Temos também parceria com a prefeitura da cidade de Macapá para o programa SESI Por um Brasil Alfabetizado, que atende pessoas que não tiveram condições de estudar. Portanto, o SESI exerce plenamente a marca da responsabilidade social e serve como elemento aglutinador ao Governo e a prefeitura. A contribuição que podemos oferecer na parceria com órgãos governamentais é a busca do trinômio seriedade, confiança e transparência, princípios que devem sempre pautar as relações entre a iniciativa privada e pública.