Impresso Especial 991218260/2007-DR/BSB PMDB www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 1 de Abril de 2015, número 216. Michel Temer e Eduardo Cunha participam de debate sobre Reforma Política no Rio Grande do Sul Júlia Maass/Vice-Presidência Wendel Lopes/PMDB Wendel Lopes/PMDB Wendel Lopes/PMDB Walter Alves é o relator da Senadora Rose de Freitas é CCJ aprova substitutivo de Comissão Especial sobre eleita para presidência da Luiz Henrique sobre terras tramitação de MPs CMO indígenas SENADO CÂMARA Kátia Abreu relata anteprojeto da Lei de Licitações SENADO Henrique Alves cria comissão sobre Orçamento Impositivo 2 CÂMARA Sérgio Souza é autor de texto sobre Política de Biocombustíveis 2 PMDB Manoel Júnior propõe alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal 2 Partido reúne 2 mil militantes em encontro regional no Ceará 2 4 1 Congresso Nacional CÂMARA SENADO Requerimento de Walter Alves propõe que juristas sejam ouvidos por Comissão sobre trâmite de MP CPI do HSBC relatada por Ricardo Ferraço inicia oitivas com especialistas A Comissão Especial que analisa a proposta de mudança no procedimento de tramitação de medidas provisórias (PEC 70/2011) definiu um roteiro de trabalho e decidiu que vai realizar audiências públicas com juristas. A série de audiências atende aos requerimentos do relator, deputado Walter Alves (RN). Os debates ainda não têm data definida. De acordo com o relator, serão convidados o vice-presidente da República, Michel Temer, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Mello e Luís Roberto Barroso, e o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Adams. Também serão convidados para fazerem palestras na comissão o ex-ministro do STF, Carlos Ayres Britto, e os professores e juristas Celso Antônio Bandeira de Melo, Fábio Konder Comparato e Ives Grandra Martins. Para Walter Alves, os especialistas vão garantir um relatório equilibrado. “São pessoas que irão, e muito, enriquecer e debater e, com certeza, aperfeiçoar, melhorar e dar um novo caminho para que a gente possa, ao final, fazer um relatório, espero eu, abalizado”, disse o deputado. A PEC 70/2011 muda a divisão do tempo de tramitação das medidas provisórias na Câmara e no Senado. A PEC, de autoria do Senado, passa a análise da Deputado Walter Alves (RN) Foto: Wendel Lopes/PMDB admissibilidade das MPs às comissões de Constituição e Justiça da Câmara e do Senado nos dez primeiros dias de votação em cada uma das Casas. De acordo com o texto proposto, a medida provisória passará 80 dias em análise na Câmara e mais 30 no Senado. Outros 10 dias serão dados à Câmara para a análise de possíveis emendas apresentadas pelo Senado, resultando em 120 dias de tramitação - prazo determinado pela Constituição. CÂMARA Carlos Bezerra apresenta projeto para aprimorar lei dos direitos dos idosos As entidades de atendimento ao idoso deverão contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas e com formação específica, a reconhecer e comunicar aos Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais do Idoso, quaisquer suspeitas ou casos de maus-tratos praticados contra um idoso. É o que prevê o PL 898/2015, apresentado pelo deputado Carlos Bezerra (MT). A proposta altera a Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, e a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e ainda determina que as entidades deverão desenvolver programas educativos, especialmente nos meios de comunicação, a fim de informar a população sobre as consequências do processo de envelhecimento, bem como sobre a prevenção de maus-tratos praticados contra idosos. Quanto a este último aspecto, os grupos profissionais precisarão realizar ações de divulgação e treinamento da comunidade para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos contra idosos, de forma denunciar os que o praticam. Carlos Bezerra registrou que, mesmo com esforços realizados para a implementa- ção da política nacional, não se pode negar o elevado índice de agressões, violência e maus-tratos que ocorrem não apenas no âmbito familiar, mas também dentro das entidades de atendimento contra os idosos. “É o caso, por exemplo, de cinco abrigos de idosos em Águas Lindas de Goiás, interditados em 4 de julho de 2014, por ordem judicial. Nossa proposta é obrigar todas as entidades de atendimento a terem, em seus quadros, pessoal capacitado para reconhecer e reportar quaisquer ocorrências de maustratos contra pessoas idosas, para o devido encaminhamento e providências cabíveis”, justificou. O parlamentar ressaltou ainda que em todo o país, de acordo com o Censo do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), de 2013, havia 1.167 instituições de acolhimento de idosos cadastradas, para atendimento de 44.416 pessoas idosas. “Estamos convictos de que é necessário e urgente criar condições para fornecer uma estrutura de atendimento adequada aos nossos idosos, de modo a prevenir e punir todos os casos de violência, maus-tratos e descaso, que atentam contra a sua saúde, segurança e dignidade”, pontuou. CÂMARA Comissão Mista convida CNI e Receita para debate requerido por Manoel Júnior A Comissão Mista que analisa a Medida 2 Provisória (MP) 668/2015 atendeu ao requerimento do relator, deputado Manoel Júnior (PB), e realizou audiência pública nesta terça-feira (31) com o coordenador de tributos da Receita Federal, João Hamilton Rech, o gerente executivo de Políticas Econômicas da CNI, Flávio Castelo Branco, e Alessandro Amadeu da Fonseca, do Escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados. O debate foi sobre a elevação das alíquotas do PIS/Pasep, de 1,65% para 2,1%, e a da Cofins, de 7,6% para 9,6%, para bens importados em geral. Para produtos de higiene importados, a alíquota subiu de 12,5% para 20%. O deputado disse que a complexidade da matéria justificou a necessidade da audiência, dando oportunidade de representantes do governo federal e da sociedade civil se manifestarem e contribuírem para enriquecer o debate sobre o tema. A Comissão Parlamentar de Inquérito do HSBC (CPI), relatada pelo senador Ricardo Ferraço (ES), investigará o envolvimento de brasileiros no caso de evasão fiscal que envolve o HSBC. Documentos vazados da filial suíça mostraram que o banco blindou correntistas de obrigações fiscais e da comprovação da origem dos recursos. Doze partidos políticos brasileiros receberam doações eleitorais provenientes de contas descobertas no banco. Nesta terça-feira (31) a comissão realizou uma visita à Procuradoria-Geral da República para obter informações de como estão as investigações pelo Ministério Público Federal. O grupo de onze senadores trabalhará pelos próximos seis meses e deverá apurar a existência de evasão de divisas e fraude fiscal dos clientes, entre os quais, empresários, políticos, agiotas, artistas e celebridades. Ricardo Ferraço defendeu a importância de investigar o caso, pois, além da sonegação de impostos, podem ter ocorrido vários outros crimes, inclusive ligados ao crime de corrupção investigado na Operação Lava-Jato. Contudo, Ferraço ponderou que os senadores não podem confundir privacidade com impunidade. “São dois dos valores que nós precisaremos trabalhar aqui com muita responsabilidade, respeitando a privacidade, mas tendo como preocupação central também em não rimar privacidade com impunidade, buscando os fatos como eles são”, ponderou. Em reunião nesta quarta-feira (1º), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC deverá ouvir em nova audiência pública o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues, e o diretor de fiscalização do Banco Central, Anthero de Moraes Meirelles. Os primeiros a depor na CPI foram os jornalistas Fernando Rodrigues, do portal Uol, e Chico Otávio, do jornal Senador Ricardo Ferraço (ES) Foto: Wendel Lopes/PMDB O Globo, responsáveis pelas matérias sobre o caso, ouvidos na semana passada. O Plano de Trabalho apresentado por Ferraço e aprovado pela CPI tem por objetivos investigar a materialidade dos crimes supostamente cometidos por esses brasileiros, oficiar os órgãos estatais, repatriar o dinheiro que tiver sido fruto de crimes ou contravenções e realizar um amplo estudo para aperfeiçoar a legislação. “O plano de trabalho inicia-se com dois conjuntos de ações concomitantes consubstanciadas em oitivas e requerimentos de informações a partir das quais se espera a investigação dos eventuais crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e crimes de expressivo resultado financeiro, inclusive a corrupção. Ao cabo, a CPI apresentará seu relatório, em que espera fazer os indiciamentos dos delitos que descobrir, encaminhando-o aos órgãos de persecução penal”, disse Ferraço. SENADO CCJ aprova substitutivo de Luiz Henrique sobre indenização para ocupantes de terras indígenas A proposta do senador Luiz Henrique (SC), que possibilita a indenização a detentores de títulos dominiais de terras declaradas indígenas expedidos até 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição Federal, foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no último dia 25. O texto, que substitui a PEC 71/2011, passará por dois turnos de discussão e votação no Plenário do Senado. Ao defender a proposta, o senador Luiz Henrique, que relatou a matéria, garantiu que a PEC “vem trazer justiça e paz ao campo entre ocupantes de terras indígenas e indígenas, porque cria a possibilidade de indenização das benfeitoras e da terra ocupada de boa-fé por pessoas que (ali) se instalaram munidos de títulos de reforma agrária ou outros concedidos pelos governos estaduais ou federal”. O senador entende que a proposta não fere direitos dos povos tradicionais, mas se mostrou atento à preocupação de que a medida venha “a amparar usurpadores de terra indígena, aqueles que a ocuparam ilegalmente e clandestinamente”. Para coibir as pretensões de grileiros ou posseiros à margem da lei, Luiz Henrique procurou impor, por meio do substitutivo, maior rigor aos critérios de indenização. As- Senador Luiz Henrique (SC) Foto: Wendel Lopes/PMDB sim, para reivindicar esse direito, o detentor do título dominial terá não só de provar a concessão do documento pelo poder público, mas também o prejuízo sofrido com a declaração da terra ocupada por grileiros ou posseiros. Outra exigência inserida por Luiz Henrique é que a posse atual seja justa (isto é, não tenha ocorrido de forma violenta, clandestina ou precária) e de boa-fé (o beneficiário do título, ou quem o tenha sucedido, deve provar desconhecer o vício ou obstáculo que impedia a aquisição da terra). Congresso Nacional CONGRESSO Temer e Cunha participam de seminário da Comissão da Reforma Política em Porto Alegre Sartori, Temer, Brum e Cunha em debate sobre a Reforma Foto: Júlia Maass/Vice-Presidência O vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), participaram do seminário promovido pela Comissão Especial da Reforma Política em Porto Alegre (RS), nesta segunda-feira (30). No evento, realizado na Assembleia Legislativa do RS, Temer disse que a Reforma Política nunca esteve tão em evidência quanto atualmente. “Fui deputado federal por seis mandatos e sempre vi este assunto em debate durante as eleições, mas este tema nunca esteve tão evidente mesmo após as eleições, como ocorre agora”, observou. Seminários idênticos estão sendo realizados em vários estados, conforme proposta do deputado Marcelo Castro (PI), relator da Reforma Política na Câmara. A comissão já passou pelo Ceará, Piauí, Maranhão, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Sul, e tem encontros marcados em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Segundo o relator, nos encontros tem havido “uma participação muito grande da classe política, das entidades representativas da sociedade civil, de estudantes”, disse. Em Porto Alegre, Michel Temer defendeu mudanças no sistema eleitoral para que os deputados federais passem a ser eleitos por voto majoritário. “Temos sustentado a tese do chamado ‘Distritão’, em que cada estado é um distrito. Assim, se você tem 25 vagas para deputados em determinado estado, automaticamente os 25 candidatos mais votados estarão eleitos”, disse o presidente do PMDB. Temer discordou da tese de que a eleição majoritária para deputados enfraquece os partidos políticos. “Há uma decisão do Supremo Tribunal Federal que assegura que o mandato pertence ao partido, ou seja, mesmo se optar por mudar de legenda após a eleição, o mandato fica com o partido”, afirmou. Ele criticou as coligações do atual sistema proporcional, que acaba permitindo que candidatos mais votados percam a vaga para outros menos votados por conta do total de votos dos partidos e coligações. Projeto de Fábio Reis que altera o Código Penal tramita em regime de urgência na Câmara O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou regime de urgência, atendendo solicitação dos líderes partidários, para a tramitação do Projeto de Lei 6701/2013, de autoria do deputado Fábio Reis (SE). O PL aumenta a pena para o diretor de penitenciária que não proibir o acesso do preso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. O relator na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Deputado Fábio Reis (SE) Foto: Wendel Lopes/PMDB Geraldo Resende preside CPI da Máfia das Órteses e Próteses no Brasil A Câmara dos Deputados instalou na última quinta-feira (26) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a máfia de órteses e próteses no Brasil. Além da cartelização na fixação de preços e distribuição dos equipamentos, a CPI também pretende esclarecer se há direcionamento da demanda dos serviços médicos por interesses privados. O deputado Geraldo Resende (MS) foi eleito o presidente do colegiado. Deputado Geraldo Resende (MS) Composta de 26 membros e igual núFoto: Wendel Lopes/PMDB mero de suplentes, a CPI tem prazo de 120 dias para concluir os trabalhos. No dia 7 de abril será realizada a próxima reunião do colegiado para apresentação do plano de trabalho, do relator deputado André Fufuca (PEN-MA). O autor do requerimento para a instalação da CPI foi o próprio deputado Geraldo Resende. A comissão tem objetivo de investigar as denúncias em todo o país sobre o superfaturamento e o desvio desses materiais que são fornecidos pelo SUS. “A gente sabe que há um conluio entre as empresas que fornecem esses equipamentos com algum setor no sentido da majoração e da cartelização com preços exorbitantes que muitas vezes são lesivos à grande maioria daqueles que precisam desse equipamento”, explicou. Geraldo Resende apresentou na última sexta-feira (27) dez requerimentos convidando especialistas na área médica e autoridades que já estão investigando casos de pagamento de propina e superfaturamento dos equipamentos e materiais médicos em Estados. O parlamentar já entrou em contato com especialistas, enfermeiros, desembargadores e procuradores da República para informá-los de que, caso aprovados os requerimentos, tais especialistas serão convidados a participar de oitivas. “Todos se mostraram animados e dispostos a informar o que sabem, colaborar com as investigações e ajudar para elucidação deste conluio”, disse. Grande parte dos que provavelmente serão convidados pela CPI foram fontes da matéria do Fantástico da TV Globo, exibida no dia 4 de janeiro, e que causou comoção popular. “Antes mesmo da matéria, a Câmara dos Deputados já estava disposta a implantar esta CPI, porém não houve tempo hábil para a coleta de assinatura. Coletamos as assinaturas este ano e no dia 5 de fevereiro protocolamos o requerimento para a instalação da Comissão”. A máfia das órteses e próteses ficou conhecida nacionalmente após a reportagem do programa “Fantástico”, que mostrou um esquema para realização de cirurgias, muitas vezes desnecessárias, apenas para obrigar os pacientes a comprar próteses vendidas por empresas que pagam propinas a médicos. Esses profissionais receberiam entre 15% e 50% do valor dos produtos. A fraude estaria ocorrendo em cinco estados. A reportagem revelou que, para justificar os repasses, eram assinados contratos de consultoria com empresas distribuidoras de próteses e implantes. Essas empresas chegavam a propor aos médicos que incluíssem nos relatórios materiais não utilizados nos pacientes. Muitas vezes, o paciente era incentivado a recorrer à Justiça para conseguir que a rede pública (SUS) ou o plano de saúde arcasse com um custo que poderia ser superfaturado. Crime Organizado (CSPCCO) é o deputado peemedebista Laudivio Carvalho (MG), que apresentou parecer favorável à proposta. O objetivo da proposta é impedir que condenados se comuniquem com membros de suas facções criminosas. Atualmente, o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/1940) prevê detenção de três meses a um ano para esse crime. Por considerar que a pena imposta ao crime é irrisória, Fábio Reis propõe o aumento da pena de reclusão de dois a quatro anos mais multa. Fábio Reis ressalta que a sociedade brasileira assiste, estarrecida, a reportagens mostrando a liberdade de muitos presidiários que, não raras vezes, controlam suas facções criminosas de dentro das prisões. “Esta modalidade do crime de prevaricação não é uma ação de menor potencial ofensivo. Longe disso, o acesso de presidiários a este tipo de comunicação fragiliza a punibilidade e põe toda a sociedade em perigo vez que criminosos de alta periculosidade, apesar de estar cumprindo pena, estão livres para comandar suas facções criminosas. Nesse sentido, o agente público que, tendo obrigação de impedir o acesso do preso a ‘aparelho telefônico, de rádio ou similar’ e não o faz, precisa ser punido com rigor”, defendeu. A matéria será analisada, além da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), pela Comissão de Justiça e de Cidadania (CCJC). AGENDA & NOTAS Rose de Freitas é eleita presidente da CMO A senadora Rose de Freitas (ES) foi eleita, nesta terça-feira (31), presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). A comissão é composta por 34 deputados e 12 senadores (com igual número de suplentes) e terá como principal tarefa analisar o Orçamento para 2016. O colegiado será responsável por analisar os projetos que definem os gastos do Executivo e por avaliar como os recursos são aplicados. Indicada pelo PMDB no início de março, a senadora disse que fará um trabalho transparente, com um debate aberto entre a base governista e a oposição. Para ela, o país está em crise e a situação exige cautela. “Vamos ter de trabalhar com a realidade do Brasil”, disse. Para Rose de Freitas, “a peça orçamentária é uma contenda política. Senadora Rose de Freitas (ES) Foto: Wendel Lopes/PMDB Deixar de votá-la é um absurdo”. E afirmou: “Temos que oferecer ao governo pelo menos a condição de administrar os recursos que tem”. CDC realiza audiência sobre telefonia, sugerida por Marcos Rotta A Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara aprovou requerimento do vice-líder da bancada do PMDB, deputado Marcos Rotta (AM), para realizar um grande debate sobre os serviços de telefonia fixa, móvel e internet no Brasil. Serão convidados os representantes das empresas de telefonia, da Anatel, do Ministério Público, além dos presidentes de 18 CPIs da Telefonia, instaladas nas assembleias legislativas. Marcos Rotta foi deputado estadual no Amazonas por quatro mandatos e presidiu a Comissão de Defesa do Consumidor que instalou a CPI da telefonia no Estado. Em seu primeiro mandato na Câmara Federal, ele quer “unificar informações e propor mecanismos mais eficazes de fiscalização Deputado Marcos Rotta (AM) Foto: Wendel Lopes/PMDB das operadoras que insistem em desrespeitar os consumidores brasileiros. Os relatórios das 18 CPIs são vastos e têm muito a contribuir”, disse. A audiência será no dia 8 de abril, às 14h30. 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães Em Convenção Estadual, Ibsen Pinheiro é eleito novo presidente do PMDB-RS Em Convenção Estadual do PMDB-RS, realizada neste domingo (29), em Porto Alegre, o deputado estadual Ibsen Pinheiro foi aclamado novo presidente do PMDB do Rio Grande do Sul com a maioria de 379 votos favoráveis contra 16. Foram registrados oito votos brancos e 14 nulos de um total de 417 eleitores. Em seu discurso, Ibsen Pinheiro disse que terá três grandes tarefas na coordenação do Partido. “Uma delas, evidentemente, é apoiar o Governo Sartori, com a visão de participação e de contribuição. Outro objetivo é buscar ações e preparar para as eleições de 2016 junto aos municípios. E, por fim, não menos importante, é perceber a visão do país, que exige dos partidos políticos protagonismo. Esta pode ser uma saída para a crise do país”, afirmou. Pelas atividades da Convenção, em plenário lotado, o secretário-geral do PMDB, João Alberto Machado, que conduziu os trabalhos, abriu o tradicional “pingafogo” através da abertura da palavra aos filiados pelo Tribuna Livre, oportunidade em que cerca de 15 representantes de núcleos da sigla discorreram sobre temas como os rumos da política brasileira, o protagonismo do PMDB no estado, a presença feminina na política, o financiamento público de campanha, entre outros assuntos. O deputado estadual Edson Brum, presidente da Assembleia Legislativa, expresidente da sigla estadual, afirmou que não foi fácil presidir o Partido, sobretudo para mobilizar os militantes, mas consi- Ibsen Pinheiro Foto: Galileu Oldenburg derou que o objetivo foi alcançado. “Não tenho dúvida de que o maior desafio foi o resultado das eleições, da qual saímos vitoriosos com o Sartori, pois o PMDB soube aonde queria chegar e como queria fazer”, declarou. Já o ex-senador Pedro Simon afirmou que o PMDB tem de marcar posição. “Temos que moralizar esse país, e a sociedade tem que sair para a rua para limpar e dignificar a vida pública. E o PMDB gaúcho tem esse fundamento”. Pouco antes do anúncio da nova Executiva, o ministro da Aviação Eliseu Padilha antecipou algumas decisões já encaminhadas. “Chegamos a uma Executiva de consenso, e a unidade será preservada”, avaliou. Padilha reforçou o papel do Partido em âmbito federal. “O PMDB nunca foi tão indispensável do que somos hoje no governo federal”, registrou. Também presente na Convenção, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, agradeceu aos militantes pela mobilização em 2014 e reforçou a grandeza do PMDB “É importante ter um diretório representativo e de unidade interna do PMDB. Pedi ao deputado Alceu Moreira e ao ministro Padilha que o Partido fosse de todos nós. Vamos preservar o processo democrático”, disse. PMDB Afro propõe lei que estimule a participação política de afrodescendentes Tramita no Senado o PL nº 160/2013, que prevê recursos do Fundo Partidário para promover a participação política de afrodescendentes. Para a aprovação, o PMDB Afro busca apoio de seus representantes estaduais e também dos partidos da base aliada que atuaram na campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer. Para Vanderlei Lourenço, presidente Nacional do PMDB Afro, a lei contribuirá para aprimorar a participação do negro nas ações político-partidárias, tanto na defesa das políticas de promoção da igualdade racial, quanto nas discussões de temas de relevância e interesse nacional. O trabalho, segundo Vanderlei, começou quando da elaboração das propostas para compor o Programa de Governo da chapa Dilma/Michel, época em que se recorreu à criação de peças de campanha específicas para a comunidade negra, e permanece até hoje. O PMDB Afro realizou sua primeira Convenção Nacional em junho de 2014, quando recebeu delegações de 15 estados e obteve a presença do então presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Eliseu Padilha, do senador Valdir Raupp (RO), de Michel Temer e de diversos outros parlamentares. O Núcleo já lançou nove candidatos a deputado federal e 19 para deputado estadual – no RJ, em MG, no CE e em SP. O PMDB Afro também participou das plenárias nos órgãos que atuam na promoção da igualdade racial, esteve presente nas ruas dos estados do RJ, BA, PE, PI, RS e MA, e organizou ato com a presença de Dilma em Nova Lima/MG. O PMDB Afro já começou a se organizar para incentivar candidaturas de negros – e efetivamente as lançar – nas eleições municipais de 2016. Em discurso pelos 49 anos do PMDB, Valdir Raupp destaca a trajetória do Partido O 1º vice-presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), destacou, em discurso no plenário, a trajetória do Partido, que comemorou 49 anos de existência no último dia 24. Segundo o peemedebista, o PMDB sempre foi, desde a sua criação, fundamental para a instituição do Estado democrático de direito, que se renova a cada eleição. Raupp lembrou que o PMDB surgiu como uma agremiação partidária destinada a figurar como oposição à ditadura militar. O MDB, como era chamado, logo conquistou a parcela democrática das lideranças políticas nacionais e tornou-se a maior resistência ao regime ditatorial implantado nos anos de chumbo. “Sob a bandeira do MDB se aglutinaram todas as forças democráticas que ousaram enfrentar, muitas vezes com o sacrifício das próprias vidas, o regime de exceção que se implantou no país em 1964. O MDB nasceu com o DNA da democracia. Muitos foram os líderes daquela época, e não podemos deixar de lembrá-los. Dentre tantos, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Dante de Oliveira, Chico Pinto, Teotônio Vilela, Itamar Franco, Pedro Simon, Paulo Brossard, Jarbas Vasconcelos, Franco Montoro, José Richa, Jerônimo Santana, Paes de Andrade e Senador Valdir Raupp (RO) Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado tantos outros. O Partido ganhou a confiança da população e imputou ao regime ditatorial incríveis derrotas eleitorais, como foi o caso das eleições de 1974. Foi o Partido, já como PMDB, que comandou pacificamente a transição democrática, protagonizada pela geração de Tancredo Neves, de Ulysses Guimarães, de José Sarney e de muitos outros dos grandes nomes da nossa história”, disse. O líder peemedebista afirmou que não há como dissociar a trajetória do partido da história da democracia brasileira. “Hoje, o PMDB, continua sendo uma força política marcante em nosso país. É composto por sólidas bancadas no Senado – é a maior bancada no Senado –, na Câmara dos Deputados – é a segunda maior bancada –, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores. Também tem forte presença nos Executivos Estaduais e Municipais, e tem o vice-presidente da República – hoje presidente do nosso Partido, Michel Temer. Além disso, tem a nós, que ocupamos hoje a Presidência do Senado Federal e a Presidência da Câmara dos Deputados”, registrou. DISCURSO Newton Cardoso Jr destaca força política do PMDB e de Minas Gerais O vice-líder do PMDB na Câmara, deputado Newton Cardoso Jr (MG), destacou a força política do PMDB, que completou 49 anos. “Um país de verdade se faz com um Partido forte, representado por líderes que refletem toda a realidade do Brasil. O PMDB é este Partido”, afirmou em discurso no Grande Expediente. Para ele, a eleição de Eduardo Cunha (RJ) para presidir a Casa “foi uma conquista legítima do PMDB”. Na tribuna, o deputado lembrou a trajetória política dos pais, o ex-deputado Newton Cardoso e a ex-deputada Maria Lúcia Cardoso. “São meus exemplos nas lições de vida”, afirmou. Ele ressaltou a força política do seu estado e agradeceu os quase 130 mil votos recebidos na eleição. “Minas é um Estado plural, berço da liberdade e da democracia. Irei honrar cada voto com muita dedicação e trabalho, com foco nas grandes mudanças que Expediente Jornalista Responsável: Thatiana Souza (DRT 3487/DF) Jornalistas: Eurico Batista e Paulo Marcial Revisão de Texto: Tayana Moritz Tomazoni Fotógrafo: Wendel Lopes Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br 4 queremos para Minas Gerais”, disse. O deputado é membro da Comissão de Agricultura (CAPADR) e da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN); é integrante da Subcomissão de Defesa Sanitária e das Comissões Especiais do Ajuste Fiscal e da Crise Hídrica. Além dessa atuação, Cardoso faz parte das Frentes Parlamentares: da Água, da Agropecuária e da Sustentabilidade da Floresta Brasileira. “Para combater a crise hídrica, defendo investimentos, inclusive do Governo Federal, em Minas Gerais, na Grande BH, para a preservação dos mananciais, a construção de mais barragens e para a realização de políticas públicas que visem ao uso racional da água”, concluiu.