UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE MESTRADO PROFISSIONAL EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO ALUNOS: PAULO CORREIA ALVES JUNIOR IVALDIR H. DE FARIAS JUNIOR EDSON ALMEIDA JUNIOR EDVALDO PANTA JUNIOR NILTON MELO EDUARDO CARNEIRO BENEFÍCIOS DA UTILIZAÇÃO DO FRAMEWORK COBIT 4.0 ATRAVÉS DE INDICADORES DE DESEMPENHO APOIADOS AO BALANCED SCORECARD RECIFE, 2007 1 Resumo Atualmente, o mercado empresarial, carece de ferramentas de apoio a gestão estratégica para o monitoramento dos objetivos a serem alcançados. Este trabalho tem o objetivo de propor o uso efetivo da metodologia proposta pelo framework COBIT aliada às métricas de desempenho do Balanced Scorecard em uma ferramenta comercial que contribua de forma relevante para a Governança Corporativa em todas as suas formas e práticas. Nas entrelinhas deste documento, buscamos de forma clara e objetiva agregar as melhores práticas dos modelos apresentados, inter-relacionando tópicos em comum, ou que de certa forma contribuem mutuamente para a concepção formal das melhores práticas a serem seguidas no processo de monitoração e melhoria dos processos de governança empresarial. O modelo proposto é consolidado para melhorar uma ferramenta existente no mercado denominada BTK ScoreCard, promovendo um diferencial competitivo para o uso empresarial. Palavras-chave: Balanced Scorecard, COBIT, Indicadores, Governança, Desempenho, Processos, Objetivos Abstract Actually, the enterprise market, needs more strategical management support tools to monitoring objectives to be reached. This work has an objective to consider the effective methodology proposal use for allied framework COBIT to Balanced Scorecard metric performance in a commercial tool that contributes to an excellent form for the Corporative Governance in all its practical’s. In this document lines, we hope to improve clear and objective the presented models best practical ones, interrelating common tropicals, to contribute together for construct the basic conception to be followed in the monitoring and improvement process on governance enterprise model. The model considered is consolidated to improve an existing tool in called market BTK ScoreCard, being promoted a competitive differential for the enterprise use. Keywords: Governance, COBIT, BTK, Balanced Scorecard, Metric 2 Lista de Figuras Figura 1: Componentes do COBIT............................................................................................. 7 Figura 2: Integração das perspectivas....................................................................................... 13 Figura 3: Estrutura do COBIT .................................................................................................. 17 Figura 4: Objetivos do Controle do COBIT ............................................................................. 18 Figura 5: Indicador de desempenho como mecanismo que ajuda a tomadas de decisão (Gil, 1992)......................................................................................................................................... 23 Figura 6: Objetivos dos indicadores de desempenho ............................................................... 25 Figura 7: Processos e domínios do COBIT .............................................................................. 29 Figura 8: Mapeamento dos processos do COBIT..................................................................... 30 Figura 9: Sumário de informações do BTK ............................................................................. 37 Figura 10: Objetivos e indicadores do BTK............................................................................. 38 Figura 11: Detalhe dos indicadores COBIT do BTK ............................................................... 39 Figura 12: Gráficos de Apoio aos indicadores do BTK............................................................ 40 Figura 13: Plano de ação dos indicadores do BTK .................................................................. 41 3 Sumário 1. Introdução............................................................................................................................... 5 1.1 Apresentação.................................................................................................................. 5 1.2 Objetivo ......................................................................................................................... 7 1.3 Motivação ...................................................................................................................... 8 2. Contextualização .................................................................................................................... 8 2.3 Administração Estratégica ............................................................................................ 8 2.3.1 Balanced Scorecard ............................................................................................. 10 2.3.2 As Perspectivas de Negócio do Balanced Scorecard ........................................... 13 2.4 Governança da Tecnologia da Informação (GTI) ........................................................ 15 2.4.1 COBIT.................................................................................................................. 17 2.5 Indicadores de Desempenho ........................................................................................ 21 2.6 Importância dos indicadores de desempenho .............................................................. 22 2.7 Benefícios dos indicadores de desempenho na gestão estratégica .............................. 23 2.7.1 Benefícios Imediatos:........................................................................................... 23 2.7.2 Benefícios de Médio e Longo Prazo: ................................................................... 23 2.8 Classificação dos indicadores de desempenho ............................................................ 24 2.8.1 Indicadores de qualidade...................................................................................... 24 2.8.2 Pra que serve indicador de desempenho .............................................................. 25 2.8.3 Utilização dos indicadores ................................................................................... 25 3. Uso do COBIT a partir de indicadores de desempenho ...................................................... 26 3.3 Alinhamento de TI com o Negócio ............................................................................. 26 3.4 Medindo a Estratégia ................................................................................................... 26 3.5 Administração de TI..................................................................................................... 27 3.6 Processos e Objetivos de Controle do COBIT ............................................................ 29 3.7 Indicadores COBIT...................................................................................................... 31 3.8 Sistema para acompanhamento e verificação dos PROCESSOS, OBJETIVOS e INDICADORES COBIT...................................................................................................... 37 4. Conclusão ............................................................................................................................. 42 5. Referências Bibliográficas.................................................................................................... 43 4 1. Introdução Atualmente, com o apoio efetivo da tecnologia, os processos organizacionais estão, cada vez mais, contribuindo para a evolução do modelo de gestão estratégica nas empresas, tornando possível que a aplicação de um conjunto de ferramentas possa controlar com qualidade todos estes processos. Nesta seção veremos alguns exemplos de ferramentas que, de forma integrada serão objeto deste estudo. 1.1 Apresentação Tecnologia da Informação Segundo Silva e Fleury (1999) apud Teixeira (2003), Tecnologia da Informação (TI) é definida como sendo “Recursos computacionais (hardware, software e serviços relacionados) que provêm serviços de comunicação, processamento e armazenamento de dados”. Tecnologia de informação – TI, portanto, é um termo que engloba todas as formas de tecnologia utilizadas para criar, armazenar, trocar e usar informação em suas várias formas (dados, voz, imagens estáticas e em movimento). A adoção de TI é reconhecida como um processo complexo que passa pelo planejamento, avaliação do custo/benefício gerado pelo sistema e pela sua adequação à realidade organizacional (GAMA, 2007). É um processo de mudança que não só abrange o ambiente tecnológico, mas também o ambiente técnico, os recursos humanos e toda a estrutura da empresa (TEIXEIRA, 2004). Um conceito importante que acentua o papel da tecnologia da informação é o de “cadeia de valores”. Tal conceito identifica as várias atividades diferenciadas, do ponto de vista tecnológico e econômico, que a empresa desempenha para executar seu negócio. A TI permeia todos os pontos da cadeia de valor das empresas, dando suporte às atividades das mesmas, bem como aos elos entre elas (PORTER, 1999). Por estar presente em toda a cadeia de valor das organizações, a TI deve ter uma política de governança alinhada com os negócios das mesmas, permitindo controlar e gerenciar melhor os ativos de TI . Governança Corporativa (GC) 5 Segundo a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a governança corporativa é definida como o conjunto de relações entre a administração de uma empresa, seu conselho de administração, seus acionistas e outras partes interessadas, além de também proporcionar a estrutura que define os objetivos da empresa, como atingi-los e a melhor maneira de fiscalizar o desempenho (FLÔRES, 2004). Governança Corporativa lida com os caminhos pelos quais os acionistas das corporações asseguram que terão retorno de seus investimentos (SHLEIFER; VISHNY, 1997). Gestão Corporativa pode ser considerada como o conjunto de mecanismos por meio dos quais investidores outsiders (acionistas ou credores) se protegem contra expropriação por parte dos investidores insiders (executivos ou acionistas controladores). Os primeiros não têm garantia de que seus recursos serão tratados pelos últimos com a devida diligência (duty of care) e, principalmente, com lealdade (duty of loyalty) (La Porta et. al., 2000). A perspectiva de Governança Corporativa está intimamente ligada com a Perspectiva da Agência, que se refere à separação entre proprietário e controlador (SHLEIFER; VISHNY ,1997). Assim, um sistema de governança estabelece mecanismos, estruturas e incentivos, que compõem o sistema de controle de gestão da empresa e direciona o comportamento dos administradores para o cumprimento dos objetivos estipulados pelos acionistas/proprietários (MARTIN, 2004). COBIT - Control Objectives for Information and Related Technology É um framework que permite que a empresa tenha uma visão geral da importância da área de TI. Como sua estrutura se baseia em indicadores de performance, pode-se monitorar o quanto a Tecnologia da Informação está agregando valor aos negócios da organização (CACIATO, 2004). A metodologia COBIT é voltada para três níveis distintos. Para os gerentes, que necessitam avaliar os riscos e controlar os investimentos de TI; os usuários, que precisam assegurar a qualidade dos serviços prestados para clientes internos e externos; e os auditores, que necessitam avaliar o trabalho de gestão de TI e aconselhar o controle interno da 6 organização (CACIATO, 2004). Figura 1: Componentes do COBIT BSC – Balanced Scorecard O Balanced Scorecard foi desenvolvido por Robert Kaplan e David Norton no início da década de 90, constituindo-se num novo modelo de gestão estratégica, baseado em indicadores financeiros e não-financeiros vinculados à estratégia organizacional e divididos em quatro perspectivas de avaliação: perspectivas Financeiras, dos Clientes, dos Processos Internos e do Aprendizado e Crescimento (KAPLAN, NORTON, 1997). O conceito do BSC tem sido aplicado nos processos de Tecnologia da Informação. Considerando que a área de TI é provedora de serviços internos, Haes et al. (2004) sugere que as perspectivas propostas originalmente pela metodologia do BSC devem ser mudadas para Contribuição com a Corporação, Orientação para Usuários, Excelência Operacional e Orientação para o Futuro. 1.2 Objetivo O objetivo central deste trabalho é como aplicar uma metodologia de BSC através da utilização de COBIT para aprimoramento dos processos através do monitoramento de metas e objetivos, fornecendo assim um diagnóstico seguro da situação das métricas avaliadas. 7 1.3 Motivação A crescente evolução do uso do aprendizado do BSC (Balanced Scorecard) tem beneficiado a gestão estratégica das empresas em áreas e setores de diversos segmentos. Na área de tecnologia de informação (TI) é imprescindível uma forte atuação para manipulação de dados operacionais e fornecimento de informações gerenciais para os executivos para auxiliar na tomada de decisões. Investimento em profissionais especializados e recursos de infra-estrutura geralmente são altos e nem sempre a alta direção possui a sensibilidade de mensurar os benefícios. As práticas de gestão do COBIT ajudam a otimizar os investimentos em TI através de métricas para avaliação de resultado, porém a adoção da ferramenta de BSC tem o intuito de medir o desempenho desses processos. A motivação para este trabalho é contribuir com o desenvolvimento de mecanismos capazes de mensurar o desempenho da produtividade das métricas do COBIT. 2. 2.3 Contextualização Administração Estratégica Para ALMEIDA (2001:15), estratégia é o caminho que a entidade deverá seguir, sendo que pode considerar uma decisão mais estratégica à medida que seja mais difícil voltar atrás e se tenha uma interferência maior em toda a entidade. KAPLAN & NORTON (2000a :102) enfatizam que “estratégia tem a ver com opção” e, portanto, a definem como o momento de se fazer uma escolha. ANSOFF (1990) define a estratégia como “as regras e diretrizes para decisão que orientam o processo de desenvolvimento de uma organização”. Segundo CAMPOS (1996:304) são as ações de longo e médio prazo necessárias para 8 se atingir a visão. Caminho a ser seguido pela organização para garantir a sua sobrevivência em longo prazo. De acordo com FERREIRA (2002:7), a administração estratégica surgiu da inadequação dos tradicionais planejamentos de médio e longo prazos, da aceleração das mudanças, principalmente na área tecnológica, e da preocupação cada vez mais permanente com as ocorrências no ambiente externo. Nesse novo contexto, “a estratégia passou a ocupar maior espaço no mundo empresarial”. GAJ (1987:22) relata um breve histórico no desenvolvimento desse conceito: “(...) na década de 50 já haviam sido iniciados os primeiros trabalhos sobre administração estratégica. Aos primeiros destes deram-se os nomes de formulação estratégica, estratégia corporativa e estratégia empresarial. Posteriormente, na década de 70, percebeu-se que era necessário acrescentar aquele enfoque uma dimensão de aspecto interno, a qual se denominou capacitação; esta devia possuir uma certa coerência com a estratégia que seria adotada para a adequação ambiental. Mais adiante, no início da década de 80, novas obras especializadas na cultura organizacional, na tecnologia, no concorrente trouxeram contribuições especializadas ao estudo estratégico”. A administração estratégica é o “sistema de administrar, com ênfase no equilíbrio entre turbulência, capacitação e estratégia” (GAJ, 1987:176). Segundo ANSOFF (1976:76), a transformação estratégica deve ocorrer em três dimensões: responsabilidade interna, intensidade dos vínculos externos e transformação da postura estratégica. Para DAVOUS & DEAS (1976:79), as intervenções da administração estratégica são voltadas para a promoção do gerenciamento da estratégia – um fenômeno comportamental – e não para a produção de um plano ou de uma estratégia. A administração estratégica tem o objetivo de administrar os recursos para alinhar a organização com os objetivos estratégicos traçados pela empresa. Neste meio, são considerados, como objetivos estratégicos, a administração geral, a administração de TI e 9 administração de outros setores. Para embasamento temos várias metodologias que nos darão suporte, tais como: - Balanced Scorecard para a gestão estratégica; - COBIT para a gestão e governança de TI; 2.3.1 Balanced Scorecard O Balanced Scorecard, foi um método inicialmente estudado por Robert Kaplan e David Norton em um artigo desenvolvido para a Harvard Business School no ano de 1992 KAPLAN & NORTON (1992). O método ajuda as organizações a planejar e entender sua estratégia de forma "Balanceada", não se limitando somente a definição de objetivos e metas estratégicas exclusivamente de cunho financeiro. O início dos estudos que deram origem ao Balanced Scorecard remonta aos anos 90, quando o Instituto Nolan Norton, uma unidade de pesquisa da KPMG1, patrocinou estudo de um ano com diversas empresas, intitulado “Measusing performance in the organization of the future”, cuja motivação surgiu da crença de que os métodos existentes de avaliação do desempenho empresarial, em geral apoiados nos indicadores contábeis e financeiros, estavam prejudicando a capacidade das empresas de criar valor econômico para o futuro. David Norton, executivo principal do Nolan Norton, foi o líder do grupo, que teve Robert Kaplan como consultor acadêmico. Kaplan já era conhecido no meio acadêmico por suas publicações a respeito de critérios de mensuração, como o custeio ABC (COOPER & KAPLAN, 1988, 1991). Representantes de dezenas de empresas, de diversos setores da economia, reuniram-se a cada dois meses durante o ano de 1990, com a finalidade de desenvolver um novo modelo de medição de desempenho. Uma vez que o Balanced Scorecard não é direcionado apenas à tomada de decisão e nem sempre contempla todos os componentes de um sistema, parece mais adequado classificá-lo como uma ferramenta de gestão. Por isso, adotou-se a seguinte definição com insumos extraídos de KAPLAN & NORTON, (1997:24-25; 44). 10 O Balanced Scorecard é uma ferramenta que materializa a visão e a estratégia da empresa por meio de um mapa coerente com objetivos e medidas de desempenho, organizados segundo quatro perspectivas diferentes: financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento. Tais medidas devem ser interligadas para comunicar um pequeno número de temas estratégicos amplos, como o crescimento da empresa, a redução de riscos ou o aumento de produtividade. Segundo seus criadores, KAPLAN & NORTON (1997: 09) “Os objetivos e as medidas utilizadas no Balanced Scorecard não se limitam a um conjunto aleatório de medidas de desempenho financeiro e não-financeiro, pois derivam de um processo hierárquico (topdown) norteado pela missão e pela estratégia da unidade de negócios”. O principal objetivo do BSC (Balanced Scorecard) está no alinhamento do planejamento estratégico com as ações operacionais da empresa por meio das seguintes ações (KAPLAN & NORTON, 1997:11-15): - Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia: o processo de Scorecard tem início com um trabalho de equipe da alta administração para traduzir a estratégia de sua unidade de negócios em objetivos estratégicos específicos. Tais objetivos devem ser concatenados em um diagrama simples que mostre a relação de causa e efeito nas diferentes perspectivas de negócio da organização: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento (mapa estratégico). Para cada objetivo devem ser identificadas as medidas ou indicadores de desempenho, a fim de que seja simples e rápida a mensuração de desempenho nos diversos níveis e que a análise da performance da organização seja menos subjetiva. -Comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas: os objetivos e medidas estratégicas são transmitidos à empresa de diversas formas, como jornais internos, quadros de avisos, contatos pessoais e outros. A comunicação serve 11 para mostrar a todos os funcionários os objetivos críticos que devem ser alcançados para que a estratégia da empresa seja bem-sucedida. -Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas: O Balanced Scorecard produz maior impacto ao ser utilizado para induzir a mudança organizacional. Os altos executivos deverão estabelecer metas que, se alcançadas, transformarão a empresa. As metas deverão representar uma descontinuidade no desempenho da unidade de negócios. - Melhorar o feedback e o aprendizado estratégico: O quarto processo gerencial incorpora ao Balanced Scorecard um contexto de aprendizado estratégico. Este é, segundo os autores, o aspecto mais inovador e importante de todo o método. Esse processo cria instrumentos para o aprendizado organizacional em nível executivo. O BSC é, para os executivos, uma ferramenta completa que traduz a visão e a estratégia da empresa num conjunto coerente de medidas de desempenho (KAPLAN & NORTON,1997). 2.3.2 As Perspectivas de Negócio do Balanced Scorecard Segundo Norton e Kaplan, as perspectivas para análise de desempenho são quatro: • Perspectiva Financeira; • Perspectiva do Cliente; • Perspectiva de Processos Internos; • Perspectiva de Aprendizagem e do Crescimento; A integração delas funciona baseada na visão estratégica segundo a imagem abaixo: 12 Figura 2: Integração das perspectivas z Perspectiva Financeira – a elaboração do Balanced Scorecard deve ser um incentivo para que as unidades de negócios vinculem seus objetivos financeiros à estratégia da empresa. Os objetivos financeiros servem de foco para as estratégias e medidas de outras perspectivas. Qualquer medida selecionada deve fazer parte de uma cadeia de relações de causa e efeito que culminam com a melhoria do desempenho financeiro. O BSC inicia com os objetivos financeiros de longo prazo, relacionando-os depois à seqüência de ações que precisam ser tomadas em relação aos processos financeiros, de clientes, dos processos internos e dos funcionários e sistemas para contar a história da estratégia. z Perspectiva dos Clientes – As empresas identificam os segmentos de clientes e mercado nos quais desejam competir. Eles representam as fontes que irão produzir o componente de receita dos objetivos financeiros da empresa. Esta perspectiva permite que as empresas alinhem suas medidas essenciais de resultados relacionados aos clientes (satisfação, fidelidade, retenção, captação e lucratividade) com os segmentos específicos de clientes e mercado. Também permite a clara identificação e avaliação das propostas de valor dirigidas a esses segmentos. As propostas de valor são os indicadores de tendências para as medidas essenciais de resultados na perspectiva dos clientes. 13 z Perspectiva dos Processos Internos – Os executivos identificam os processos mais críticos para a realização dos objetivos dos clientes e acionistas. As métricas dos processos internos devem focar nos processos que conduzirão aos objetivos de clientes e acionistas. Os processos tradicionais focalizam a melhoria dos processos operacionais existentes. Para o BSC, (KAPLAN & NORTON,1997) sugerem que os executivos definam uma cadeia de valor completa que tenha início com o processo de inovação, passando por processos de operações e finalizando com o serviço pós-venda. Os objetivos e medidas dessa perspectiva derivam de estratégias explícitas voltadas para o atendimento às expectativas dos acionistas e clientes-alvo. z Perspectiva de Aprendizado e Crescimento – Os objetivos estabelecidos nas perspectivas financeira, do cliente e dos processos internos revelam onde a empresa deve se destacar para obter desempenho. Os objetivos da perspectiva do aprendizado e crescimento oferecem a infra-estrutura que possibilita a consecução dos objetivos ambiciosos nas outras três perspectivas. A capacidade de alcançar metas ambiciosas para os objetivos financeiros dos clientes e dos processos internos depende das capacidades organizacionais para o aprendizado e o crescimento. As estratégias para um desempenho de qualidade superior geralmente exigem investimentos significativos em pessoal, sistemas e processos para que sejam alcançadas as capacidades organizacionais necessárias. z Outras Perspectivas – Kaplan e Norton admitem a criação de perspectivas adicionas para a análise de desempenho das organizações, mas ressaltam que um dos objetivos do Balanced Scorecard é a simplificação da implementação da estratégia. O Balanced Scorecard através da avaliação dos indicadores de desempenho consegue traduzir e diagnosticar a estratégia empresarial. Desta mesma forma este trabalho tem como objetivo demonstrar que o framework COBIT pode ter esta mesma conotação, visto que tanto os processos, como os indicadores podem ser mensurados e 14 acompanhados seguindo esta metodologia de avaliação. 2.4 Governança da Tecnologia da Informação (GTI) É um conjunto de estruturas e processos que visa garantir que a Tecnologia da Informação suporte e maximize adequadamente os objetivos e estratégias de negócio da organização, adicionando valores aos serviços entregues, balanceando os riscos e obtendo o retorno sobre os investimentos em Tecnologia da Informação. Governança de TI é parte integrante da Governança Corporativa. Embora a definição de Weill e Ross (2004) não cite diretamente a questão do alinhamento com o negócio da empresa, Weill[2] (2004), no artigo “Don’t Just Lead, Govern, How Top-Performing Firms govern IT” enfatiza que “comportamento desejável”, é aquele consistente com a missão, estratégia, valores, normas e cultura da organização. Comportamento Desejável também abrange a promoção de empreendedorismo, compartilhamento e reuso de recursos de TI com o objetivo de reduzir custos. Ou seja, o conceito de Weill e Ross (2004) também preconiza o alinhamento entre TI e o negócio da empresa. A Governança de TI, está relacionada a dois focos: o Valor dos Serviços de TI para o Negócio e Mitigação dos Riscos de TI. O primeiro item é suportado pelo alinhamento estratégico entre TI e o Negócio. O segundo é suportado pela forma como as responsabilidades na empresa são divididas. Ambos os focos precisam ser suportados por recursos e medidas adequados para que os resultados desejados sejam alcançados (GAMA; MARTINELLO, 2006). Para atender aos focos descritos no parágrafo anterior, aplicam-se os cinco domínios da Governança de TI, sendo eles: z Alinhamento Estratégico 15 O domínio Alinhamento Estratégico tem como objetivo manter o alinhamento entre as soluções de TI e o negócio da empresa. z Valor de TI O domínio Valor de TI tem como objetivo otimizar os custos dos investimentos de TI e o retorno dos mesmos. z Gerenciamento de Risco O domínio Gerenciamento de Risco tem como objetivo assegurar a proteção dos ativos de TI, recuperação de informações em caso de desastres e manter a continuidade da operação dos serviços de TI. z Gerenciamento de Recursos O domínio Gerenciamento de Recursos tem como objetivo otimizar o conhecimento e infra-estrutura de TI. z Medidas de Performance O domínio Medidas de Performance tem como objetivo acompanhar a entrega dos projetos de TI e monitorar os serviços de TI. 2.4.1 COBIT O COBIT, desenvolvido pelo IT Governance Institute, inclui o framework COBIT que define 34 processos de TI, distribuídos em 4 domínios de TI; (1) Planejamento e Organização (PO), (2) Aquisição e Implementação (AI), (3) Delivery e Suporte (DS) e (4) Monitoramento (M). 16 Figura 3: Estrutura do COBIT Os controles definidos pelo COBIT são políticas, procedimentos, práticas e estrutura organizacional que devem ser seguidos para se assegurar de que os objetivos de negócio serão alcançados e que eventos indesejáveis serão prevenidos, detectados e corrigidos. Na definição de cada processo até sete critérios de informação podem ser considerados e são classificados como de impacto primário, secundários ou não relevante: eficiência, eficácia, confidencialidade, integridade, disponibilidade, conformidade e confiabilidade. Também são considerados cinco tipos de recursos de TI que podem ou não serem relevantes para cada processo: pessoas, sistemas aplicativos, tecnologia, instalações e dados. Figura 4: Objetivos do Controle do COBIT 17 O COBIT define um nível mais alto de objetivos de controle para cada processo e de 3 a 30 objetivos de controle mais detalhados. Os objetivos de controle contém declarações dos resultados desejados ou metas a serem alcançadas na implementação de procedimentos de controle específicos dentro de uma atividade de TI e fornecem uma política clara para o controle de TI na empresa. Um dos processos de TI identificados no framework é o de “Definição e Gerenciamento de Níveis de serviço” do domínio Delivery e Suporte (DS). Segue-se um resumo dos objetivos de controle deste processo de TI: Objetivo de controle de alto nível: Controle sobre os processos de TI, definindo e gerenciando níveis de serviço que satisfaçam os requisitos do negócio para estabelecer um entendimento comum do nível de serviço desejado. Este objetivo é possível pelo estabelecimento de SLAs que formalizam os critérios de desempenho a partir dos quais a quantidade e qualidade do serviço serão medidos. Devem ser levados em consideração: z acordos formais z definição de responsabilidades z tempos de resposta e volumes z garantia de integridade z acordos de discrição z critérios de satisfação do cliente z análise de custo/benefício dos níveis de serviço exigidos z monitoramento e notificações Objetivos de controle detalhados (resumo): 18 z Framework de SLA z Aspectos de SLAs z Procedimentos de desempenho z Monitoramento e notificações z Revisão de SLAs e contratos z Itens contábeis z Programas de melhorias de serviço Estes objetivos de controle dão ênfase à importância de um modelo de SLA e a necessidade de acordo nos componentes de um SLA. Procedimentos de desempenho, monitoramento e controle devem ser estabelecidos e os contratos devem ser revisados regularmente. Para atender as necessidades gerenciais de controle e medição de TI, o COBIT fornece para os 34 processos de TI, diretrizes contendo ferramentas de avaliação e medição do ambiente de TI da organização. O Management Guidelines inclui modelos de maturidade (MM), fatores críticos de sucesso (CSFs), indicadores chaves de metas (KGIs) e indicadores chaves de desempenho (KPIs) para cada processo. Um modelo de maturidade é um método de avaliação que permite a uma organização graduar a sua maturidade para um determinado processo, de não-existente (0) até otimizado (5) e assim avaliar-se quanto as melhores práticas e padrões do mercado. Dessa forma, as deficiências podem ser identificadas e ações específicas podem ser definidas para se atingir as posições desejadas. Pode-se mover para um nível mais alto quando todas as condições descritas em um determinado nível de maturidade são cumpridas. O processo de Definição e Gerenciamento de Níveis de serviço possui as seguintes características: 19 Nível 0: Não existente A gerência não reconhece a necessidade de um processo para a definição de SLAs Nível 1: Inicial/ad hoc Existe a conscientização da necessidade de se gerenciar SLAs, mas o processo é informal Nível 2: Repetitivo e intuitivo Existem SLAs acordados, mas são informais e não são revisados. O relatório de nível de serviço é incompleto. Nível 3: Processo definido O processo de SLA está instalado com pontos de controle para reavaliação dos níveis de serviço e satisfação do cliente. Nível 4: Gerenciado e medido Medidas de desempenho refletem cada vez mais as necessidades do usuário final e não somente os objetivos de TI. Nível 5: Otimizado Os níveis de serviço são continuamente reavaliados para garantir alinhamento de TI e os objetivos do negócio. 2.5 Indicadores de Desempenho Através do sistema de medição de desempenho, gestores podem obter com maior facilidade informações de produtividade da empresa. Informações essas que auxiliam a tomada de decisão e em ações para processo de melhoria da produtividade e qualidade da empresa. 20 É imprescindível avaliar desempenho através de indicadores de produtividade e qualidade, por que a partir desses dados o gestor poderá tomar medidas corretivas e ajustes no setor. O uso de indicadores por executivos é mais do que nunca uma importante ferramenta para o direcionamento do desempenho e estratégias de negócios. Com esses dados em mãos eles poderão avaliar melhor os custo, investimentos e prever possíveis mudanças no setor, melhorando a forma de trabalho e evitando desperdícios. Essas informações são alimentadas através de dados (planilhas, imputação manual) e visualizadas em gráficos percentuais o que facilita a gestão e avaliação no processo de analise do desempenho dos indicadores. “Quando dirigimos um carro, o painel de controle nos fornece muitas informações, em temporeal, que nos auxiliam na tomada de decisão imediata que temos que executar sem, no entanto, nos fornecer informações desnecessárias. Alguns indicadores como os níveis de combustível e óleo, velocidade, temperatura do motor e talvez a rotação do motor são suficientes para um monitoramento contínuo. Ao mesmo tempo, sensores podem estar monitorando outros indicadores também importantes para o bom funcionamento do automóvel, mas que irão alertar você somente se ocorrer algum problema, como por exemplo, uma luz vermelha que lhe alerta quando o motor estiver superaquecido – e ainda bem que lhe proporcionando tempo suficiente para fazer ajustes que corrigirão o problema. Em resumo, o painel de controle lhe fornece a informação que você precisa no momento certo sem lhe inundar com todas as informações”. (Axson, 1999 pp. 7) "É uma relação matemática que mede, numericamente, atributos de um processo ou de seus resultados, com o objetivo de comparar esta medida com metas numéricas, préestabelecidas". (FPNQ, 1995). O termômetro que permite à alta gestão e aos acionistas auscultar o diálogo ambiente externo/empresas, particularmente aquele exercido entre as linhas de negócio e seus clientes/consumidores (GIL, 1992). 21 “Indicadores são formas de representação quantificáveis das características de produtos e processos” (TAKASHIMA; FLORES, 1996, p. 19). 2.6 Importância dos indicadores de desempenho Medir processos é etapa inicial para se obter o controle e consequentemente à melhoria, ou seja, se o processo não é ou não pode ser mensurável, então também não poderá ser entendido, desta forma, um processo não entendido e não controlado, não poderá ser melhorado. A utilização de indicados ajuda o executivo atuar com maior objetividade na tomada de decisão e poder direcionar atenção da alta administração nos problemas importantes. Figura 5: Indicador de desempenho como mecanismo que ajuda a tomadas de decisão (Gil, 1992) 2.7 Benefícios dos indicadores de desempenho na gestão estratégica 2.7.1 • Benefícios Imediatos: Menor volume de relatórios para decisões gerenciais 22 • Menos reuniões gerenciais • Diminuição dos relatórios de desempenho • Aumento do foco nas ações gerenciais • Maior entendimento dos dados e interpretação das informações • Melhor comunicação sobre metas e missões 2.7.2 Benefícios de Médio e Longo Prazo: • Quantidade de retrabalho reduzida • Redução do TCO ( Total cost ownership) • Redução nos fatores que impactam na produtividade • Avaliação das decisões • Ganho na produtividade gerencial 2.8 Classificação dos indicadores de desempenho 2.8.1 Indicadores de qualidade Está ligado com o nível de satisfação do cliente, pois toda medida analisada pode ser considerada uma nova oportunidade de melhoria no atendimento das necessidades do cliente. Ou seja, conquistar qualidade é imprescindível para conquistar também o cliente. "Indicadores de qualidade são aqueles que medem diretamente os desempenhos relacionados às necessidades e satisfação dos clientes, através dos quais medimos os resultados de nosso trabalho na ótica dos usuários". (SEBRAE, 1995). Os indicadores de qualidade são subdivididos em duas categorias: Qualidade do processo, que é a possibilidade de um processo atender os requisitos do projeto; 23 Qualidade do produto que possuem diversas formas de avaliações por categoria, desempenho diferenciado de produtos, durabilidade e confiabilidade. 2.8.2 Indicadores de produtividade Mede o esforço em fazer algo. Ex: Criar um produto mais personalizado às necessidades dos clientes, com menor custo e tempo possível. "Indicadores de produtividade medem o desempenho dos diferentes processos da empresa, o esforço em fazer coisas. Relacionam-se ao modo pela qual são utilizados os recursos disponíveis". (SEBRAE, 1995). "Indicadores de produtividade é a relação entre os resultados (outputs) e os recursos utilizados (inputs)". (Toledo e Oprime, 1996). A importância do BSC nas empresas é a necessidade de medir do desempenho de outputs em relação a custos, tempo e qualidade, pois é preciso haver uma administração nas expectativas do cliente, processos e redução de custos. Porém segundo Kaplan e Norton: “Sem o apoio e a participação ativa dos altos executivos, o Balanced Scorecard não deve ser iniciado. Sem a liderança e o comprometimento da cúpula, o fracasso será inevitável”.(A Estratégia em Ação, pp. 308,1997). 24 2.8.3 Pra que serve indicador de desempenho Figura 6: Objetivos dos indicadores de desempenho 2.8.4 Utilização dos indicadores z Controle: Redução de variações z Auto-avalição: Uso de medidas para avaliar processos e definir novas implementações z Melhoria contínua: Identifica fonte de problemas, determina eficiência dos processos e vislumbrar oportunidades de melhorias z 3. 3.3 Avaliação administrativa: Análise de medições feitas para definição de eficiência. Uso do COBIT a partir de indicadores de desempenho Alinhamento de TI com o Negócio Os princípios da governança de TI visam garantir o alinhamento do uso de TI com os objetivos, estratégias e operacionalização do negócio. A ESTRUTURA DE BENEFÍCIOS DE TI NO DESEMPENHO EMPRESARIAL deve ser a base para o estabelecimento e a manutenção deste alinhamento. 25 Os investimentos em TI apresentam fundamentos diferentes dos demais investimentos realizados pelas organizações. Após uma cuidadosa análise dos custos do investimento e seus benefícios antecipáveis, a decisão é tomada com base nesta comparação. Porém, em TI estes aspectos não são tão facilmente identificados (MAHMOOD e SZEWCZAK, 1999a). 3.4 Medindo a Estratégia As medidas darão informações indispensáveis, vitais, pois toda a estratégia é construída em cima de princípios que se acredita ser fundamental para a criação de valores para a organização. O acompanhamento dessas medidas indicará se será necessário ou não uma mudança ou até uma reescrita da estratégia. Com base na medição, é possível avaliar o desempenho dos indicadores estratégicos e acompanhar se estão sendo alcançados estes objetivos. Estes indicadores e objetivos traduzem a visão e a estratégia empregada. A tarefa de medir a estratégia requer constante acompanhamento e avaliação, a partir das metas traçadas são avaliados os estágios rumo aos objetivos estratégicos. 3.5 Administração de TI O interesse do uso de TI nas empresas e a inovação contínua propiciada pela TI criam uma vantagem tecnológica para a empresa. A utilização de tecnologias mais recentes está em alta entre as empresas qualificadas tecnologicamente. A meta estratégica para estas empresas será de obter uma vantagem tecnológica sobre os seus concorrentes. O desenvolvimento de TI deve estar alinhado com o negócio da empresa para poder criar estas vantagens de negócio. Entretanto, na maioria das organizações, as lacunas entre o que os usuários esperam e o que a TI pode fornecer continua a existir devido as seguintes razões: 26 • Falta de definição dos requisitos de negócio • Falta de capacidade de esclarecer as prioridades • Complexidade dos projetos • Falta de comprometimento da alta direção • Problemas de comunicação entre o negócio e a TI Então baseado nas razões acima a administração de TI precisa ser pró-ativa e direta na solução dos problemas e na administração do recursos. Para apoiar esta necessidade surge a Governança de TI que se preocupa com as operações e desempenho dos negócios transformando e posicionando a TI para alcançar os requisitos de negócio. 3.5.1 Alinhamento Estratégico O alinhamento estratégico se refere a alinhar a TI com as estratégias do negócio. Aquestão chave é verificar se os investimentos da empresa em TI estão em harmonia com objetivos estratégicos da empresa e ainda está desenvolvendo capacidades necessárias para entregar valor ao negócio. Objetivos Estratégicos - Especificar os objetivos - Desenvolver estratégias para alcançar os objetivos especificados - Desenhar planos de ações para implementar as estratégias Benefícios do Alinhamento Estratégico - Valor agregado aos produtos e serviços da empresa 27 - Ajuda no posicionamento competitivo da empresa - Uso otimizado dos recursos - Custos eficiência administrativa aperfeiçoada Para auxiliar no Alinhamento Estratégico, na Governança e Administração de TI, foi criado o Framework COBIT, que dá subsídios para todos estes processos. 3.6 Processos e Objetivos de Controle do COBIT Segundo o COBIT Fundation a missão do COBIT é “Pesquisar, desenvolver, publicar e promover um conjunto de objetivos de controle para tecnologia que seja embasado, atual, internacional e aceito em geral para o uso do dia-a-dia de gerentes de negócio e auditores” O COBIT atende aos 5 requisitos de um framework de controle, são eles: • Define uma linguagem comum para a área de TI e negócio • Ajuda a atender os requisitos regulatórios • É um padrão aceito entre empresas • É orientado a processos • É focado nos requisitos de negócio 28 Componentes do COBIT Figura 7: Processos e domínios do COBIT Processos de T.I O Framework COBIT, como visto, se baseia em 4 Domínios e 34 Processos de TI. Processos 1. Planejamento e Organização 2. Aquisição e Implementação 3. Entrega e suporte 4. Monitoração e avaliação 29 Objetivos de Controle Fonte : http://www.consulting.com.br/ Todo este conjunto de 4 domínios e 34 objetivos de controle tem a função de assim como o Balanced Scorecard medir e avaliar a estratégia de TI. 3.7 Indicadores COBIT Baseado nos 34 Objetivos de controle temos relacionados a eles 214 objetivos de controle detalhados, os quais podemos denominar de indicadores. São eles: 30 Objetivo COBIT - PO - Planejar e Organizar Indicador PO1.1 Gerenciamento do Valor da TI PO1.2 Alinhar o Negócio e a TI PO1.3 Avaliar a Desempenho Atual PO1.4 Plano Estratégico da TI PO1.5 Plano Tático da TI PO1.6 Gerenciamento do Portfolio da TI PO2.1 Modelo de Arquitetura de Informação Empresarial PO2.2 Dicionário de Dados Empresarial e Regras de Sintaxe de Dados PO2.3 Esquema de Classificação de Dados PO2.4 Gerenciamento da Integridade PO3.1 Planejamento da Direção Tecnológica PO3.2 Plano da Infra-estrutura Tecnológica PO3.3 Monitorar Tendências e Regulamentos Futuros PO3.4 Padrões Tecnológicas PO3.5 IT Comitê de Arquitetura PO4.1 Framework de Processos da TI PO4.2 Comitê Estratégico da TI PO4.3 Comitê de Direção da TI PO4.4 Colocação da Função da TI dentro da Organização PO4.5 Estrutura Organizacional da TI PO4.6 Papeis e Responsabilidades PO4.7 Responsabilidade para a Garantia da Qualidade da TI PO4.8 Responsabilidade para Riscos, Segurança e Conformidade PO4.9 Propriedade para Dados e Sistemas PO4.10 Supervisão PO4.11 Segregação dos Direitos PO4.12 Preenchimento de Vagas da TI PO4.13 Pessoal Chave da TI PO4.14 Políticas e Procedimentos para Contratar Pessoas PO4.15 Relacionamentos PO5.1 Framework do Gerenciamento Financeiro PO5.2 Priorização dentro do Orçamento da TI PO5.3 IT Processo para Orçamentos PO5.4 Gerenciamento de Custos PO5.5 Gerenciamento dos Benefícios PO6.1 Ambiente de Políticas e Controle da TI PO6.2 Framework Empresarial de Risco e Controle Interna da TI PO6.3 Gerenciamento das Políticas da TI PO6.4 Implementação das Políticas PO6.5 Comunicar Objetivos e Direção da TI PO7.1 Recrutamento e Retenção de Pessoal PO7.2 Competências do Pessoal PO7.3 Preenchimento de Papeis PO7.4 Treinamento do Pessoal PO7.5 Dependência em relação de Indivíduos PO7.6 Procedimentos de Autorizações para o Pessoal PO7.7 Avaliação do Desempenho dos Empregados na Função PO7.8 Mudanças e Termino da Função 31 PO8.1 Sistema de Gerenciamento da Qualidade PO8.2 Padrões e Práticas de Qualidade da TI PO8.3 Padrões de Desenvolvimento e Aquisição PO8.4 Foco no Cliente PO8.5 Melhorias Contínuas PO8.6 Medição, Monitoramento e Revisão da Qualidade PO9.1 Alinhamento do Gerenciamento de Riscos da TI e do Negócio PO9.2 Estabelecer um Contexto de Risco PO9.3 Identificação do Evento PO9.4 Avaliação de Riscos PO9.5 Resposta ao Riscos PO9.6 Manter e Monitorar Planos de Ação para Riscos PO10.1 Framework de Gerenciamento de Programas PO10.2 Framework de Gerenciamento de Projetos PO10.3 Abordagem de Gerenciamento de Projetos PO10.4 Comprometimento do Stakeholder PO10.5 Declaração do Escopo do Projeto PO10.6 Fase de Iniciação do Projeto PO10.7 Plano Integrado de Projeto PO10.8 Recursos do Projeto PO10.9 Gerenciamento de Risco do Projeto PO10.10 Plano de Qualidade do Projeto PO10.11 Controle de Mudanças no Projeto PO10.12 Planejamento de Métodos de Segurança para Projetos PO10.13 Medição do Desempenho do Projeto, Reporte e Monitoramento PO10.14 Fechamento do Projeto Objetivo COBIT - AI - Adquirir e Implementar Indicador AI1.1 Definir e Manter Requerimentos Funcionais e Técnicos do Negócio AI1.2 Reporter a Análise de Risco AI1.3 Estudos de Viabilidade e Formulação de Rumos Alternativos de Ações AI1.4 Decisão e Aprovação de Requerimentos e Viabilidade AI2.1 Desenho Geral AI2.2 Desenho Detalhado AI2.3 Controle e Auditoria da Aplicação AI2.4 Segurança e Disponibilidade da Aplicação AI2.5 Configurar e Implementar Software Aplicativo Adquirido AI2.6 Atualizações Maiores para Sistemas Existentes AI2.7 Desenvolvimento de Software Aplicativo AI2.8 Garantia de Qualidade de Software AI2.9 Gerenciamento dos Requerimentos da Aplicação AI2.10 Manutenção de Software Aplicativo AI3.1 Plano da Aquisição da Infra-estrutura Tecnológica AI3.2 Proteção e Disponibilidade dos Recursos da Infra-estrutura AI3.3 Manutenção da Infra-estrutura AI3.4 Ambiente de Teste Viável 32 AI4.1 Planejamento para Soluções Operacionais AI4.2 Transferência de Conhecimento para os Administradores do Negócio AI4.3 Transferência de Conhecimento para Usuários Finais AI4.4 Transferência de Conhecimento para a Operação e Equipes de Suporte AI5.1 Controle da Aquisição AI5.2 Gerenciamento de Contratos de Fornecedores AI5.3 Seleção de Fornecedores AI5.4 Aquisição de Software AI5.5 Aquisição de Recursos Desenvolvidos AI5.6 Aquisição da Infra-estrutura, Facilidades e Serviços Relacionados AI6.1 Padrões e Procedimentos de Mudança AI6.2 Avaliação do Impacto, Priorização e Autorização AI6.3 Mudanças Emergenciais AI6.4 Acompanhamento do Status e Reporte AI6.5 Fechamento de Mudanças e Documentação AI7.1 Treinamento AI7.2 Plano de Teste AI7.3 Plano de Implementação AI7.4 Ambiente de Teste AI7.5 Conversão de Sistemas e Dados AI7.6 Teste de Mudanças AI7.7 Teste de Aceitação Final AI7.8 Promover para a Produção AI7.9 Liberação de Software AI7.10 Distribuição de Sistemas AI7.11 Registrar e Acompanhar Mudanças AI7.12 Revisão Pós-implementação Objetivo COBIT - DS - Entregar e Suportar Indicador DS1.1 Framework para Gerenciar Níveis de Serviço DS1.2 Definição de Serviços DS1.3 Acordos de Níveis de Serviço DS1.4 Acordos de Níveis Operacionais DS1.5 Monitorar e Reportar o Cumprimento dos Níveis de Serviço DS1.6 Revisão de Acordos de Níveis de Serviço e Contratos DS2.1 Identificação de todos os Relacionamentos com Fornecedores DS2.2 Gerenciamento dos Relacionamentos com Fornecedores DS2.3 Gerenciamento dos Riscos dos Fornecedores DS2.4 Monitoramento do Desempenho de Fornecedores DS3.1 Planejamento do Desempenho e da Capacidade DS3.2 Capacidade e Desempenho Atual DS3.3 Capacidade e Desempenho Futuro DS3.4 Disponibilidade dos Recursos de TI DS3.5 Monitorar e Reportar DS4.1 IT Framework de Continuidade DS4.2 IT Planos de Continuidade DS4.3 Recursos Críticos da TI 33 DS4.4 Manter o Plano de Continuidade da TI DS4.5 Teste do Plano de Continuidade da TI DS4.6 Treinamento do Plano de Continuidade da TI DS4.7 Distribuição do Plano de Continuidade da TI DS4.8 IT Recuperação e Recomeço de Serviços DS4.9 Armazenamento Externo do Backup DS4.10 Revisão Pós-recomeço DS5.1 Gerenciar a Segurança da TI DS5.2 Plano de Segurança da TI DS5.3 Gerenciamento da Identidade DS5.4 Gerenciamento da Conta do Usuário DS5.5 Testes, Fiscalização e Monitoramento da Segurança DS5.6 Definição de Incidente de Segurança DS5.7 Proteção da Tecnologia de Segurança DS5.8 Gerenciamento de Chaves de Criptografia DS5.9 Prevenção, Detecção e Correção de Software Malicioso DS5.10 Segurança de Redes DS5.11 Troca de Dados Sensitivos DS6.1 Definição de Serviços DS6.2 IT Contabilidade DS6.3 Modelagem e Cobrança de Custos DS6.4 Manutenção do Modelo de Custo DS7.1 Identificar Necessidades de Educação e Treinamento DS7.2 Realização do Treinamento e Educação DS7.3 Avaliar o Treinamento Recebido DS8.1 Central de Serviço DS8.2 Registrar Consultas de Clientes DS8.3 Escalação de Incidentes DS8.4 Fechamento de Incidentes DS8.5 Análise de Tendências DS9.1 Repositório e Referências da Configuração DS9.2 Identificar e Manter Itens de Configuração DS9.3 Revisão da Integridade da Configuração DS10.1 Identificação e Classificação de Problemas DS10.2 Acompanhamento e Resolução de Problemas DS10.3 Fechamento do Problema DS10.4 Integração do Gerenciamento de Mudanças, Configuração e Problemas DS11.1 Requerimentos do Negócio para Gerenciamento de Dados DS11.2 Arranjos de Armazenamento e Retenção DS11.3 Sistema de Gerenciamento da Biblioteca de Mídia DS11.4 Disposição DS11.5 Backup e Recuperação DS11.6 Requerimentos de Segurança para o Gerenciamento de Dados DS12.1 Seleção e Layout do Lugar DS12.2 Medidas de Segurança Física DS12.3 Acesso Físico DS12.4 Proteção contra Fatores Ambientais DS12.5 Gerenciamento das Instalações Físicas DS13.1 Procedimentos e Instruções Operacionais DS13.2 Programação de Trabalho 34 DS13.3 Monitoramento da Infra-estrutura da TI DS13.4 Documentos Sensitivos e Dispositivos de Output DS13.5 Manutenção Preventiva de Hardware Objetivo COBIT - ME - Monitorar e Avaliar Indicador ME1.1 Abordagem de Monitoramento ME1.2 Definição e Coleção de Dados do Monitoramento ME1.3 Método de Monitoramento ME1.4 Levantamento de Desempenho ME1.5 Reportes para o Conselho e Executivos ME1.6 Ações de Re-mediação ME2.1 Monitoramento do Framework de Controles Internos ME2.2 Revisão de Supervisão ME2.3 Exceções de Controle ME2.4 Avaliação Própria de Controles ME2.5 Garantia de Controles Internos ME2.6 Controle Internos de Terceiros ME2.7 Ações de Ré-mediação ME3.1 Identificação de Leis e Regulamentos que tem um Potencial Impacto na TI ME3.2 Otimizar a Resposta aos Requerimentos Regulatórios ME3.3 Avaliar a Conformidade com Requerimentos Regulatórios ME3.4 Declaração Positiva de Conformidade ME3.5 Reporte Integrado ME4.1 Estabelecer um Framework de Governança em TI ME4.2 Alinhamento Estratégico ME4.3 Entregar Valor ME4.4 Gerenciamento de Recursos ME4.5 Gerenciamento de Riscos ME4.6 Medição de Desempenho ME4.7 Auditoria Independente Baseado nestes indicadores a mensuração de valor e de metas serão atribuídas para um efetivo controle dos objetivos e indicadores estratégicos do COBIT. 3.8 Sistema para acompanhamento e verificação dos processos, objetivos e indicadores COBIT. Com o intuito de auxiliar na implantação dos processos, objetivos e indicadores COBIT, foi desenvolvida uma ferramenta que facilitasse os controles e a governança com o intuito de medir, gerenciar e avaliar os dados do framework COBIT e acompanhar os objetivos estratégicos da empresa. A ferramenta é denominada BTK e foi desenvolvida pela Consulting Tecnologia & Sistemas Ltda ( http://www.consulting.com.br ), seu funcionamento é totalmente WEB. 35 - As 04 áreas de processo Figura 9: Sumário de informações do BTK Fonte : http://www.consulting.com.br/ A visão do sumário de informações do BTK visa demonstrar de forma rápida a posição dos objetivos e indicadores do COBIT, desta forma os resultados podem ser visualizado de forma rápida e dinâmica. O scorecard que faz a escolha dentre os 04 domínios atua como organizador, facilitando a escolha do usuário sob a visão que ele deseja ter. O scorecard também tem a função de segurança, pois podem ser atribuídos determinados scorecards para cada usuário no sistema. - Os objetivos e indicadores COBIT 36 Figura 10: Objetivos e indicadores do BTK Fonte : http://www.consulting.com.br/ Esta visão tem como objetivo demonstrar de forma rápida aos usuário um resumo da posição de cada objetivo e indicadores em relação a sua meta previamente traçada. Com isso é possível com um só olhar identificar quais os objetivos e indicadores que não estão atendendo as suas metas. 37 - Detalhe dos indicadores COBIT Figura 11: Detalhe dos indicadores COBIT do BTK Fonte : http://www.consulting.com.br/ Após a identificação de algum indicador que não esteja atendendo a sua meta ou apenas por necessidade de visualização do mesmo, podem ser detalhados os dados referente a sua real situação no período. 38 - Gráficos de Apoio aos indicadores Figura 12: Gráficos de Apoio aos indicadores do BTK Fonte : http://www.consulting.com.br/ Vários gráficos podem ser criados para apoiar a visualização de cada indicador, facilitando assim o detalhamento da informação em relação a este indicador. 39 - Plano de ação dos indicadores Figura 13: Plano de ação dos indicadores do BTK Fonte : http://www.consulting.com.br/ Pode ser atribuído aos indicadores e aos seus responsáveis um plano de ação para um determinado controle, seja porque o indicador esta abaixo da meta desejada ou uma ação referente ao indicador, este plano de ação é comunicado por e-mail a todos os responsáveis pelo objetivo e indicador. Com o apoio desta ferramenta todo o processo de Administração de TI e Governança passa a ser, em todos os seus aspectos, relevantes no tocante aos controles e metas. Com o BTK o gestor passa a ter uma pró-atividade e um histórico de dados que podem ser utilizados no desenvolvimento e implementação das melhores práticas junto ao framework COBIT. 40 4. Conclusão A complexidade da tomada de decisão nas organizações contemporâneas vem exigindo cada vez mais mecanismos efetivos que auxiliem nesse processo, demandando grande esforço coletivo e multidisciplinar. O modelo COBIT torna a tarefa de definição e implementação de uma estratégia menos complexa ao identificar quais as variáveis que devem ser focadas para aumentar as chances de sucesso com a ajuda de objetivos de controle e modelos de maturidade. O Balanced Scorecard também se mostra um instrumento de grande utilidade, ao auferir variáveis mais subjetivas como satisfação do cliente, processos internos ou habilidade para inovar, gerando informações importantes, que aliadas aos objetivos de controle do framework COBIT, tornam as decisões organizacionais mais balanceadas e maduras visando atingir os objetivos do negócio. Como sugestão para futuras pesquisas sobre o assunto, poderão ser abordados temas ligados a implementação do COBIT e do Balanced Scorecard em um estudo de caso que descreva na pratica os benefícios do uso simultâneo das duas ferramentas. 41 5. Referências Bibliográficas ALMEIDA, M. I. R, Manual de planejamento estratégico. São Paulo: Atlas, 2001. ANSOFF, H. I.; DECLERK, R. P.; HAYES (org). From Strategic Planning to Strategic Management. 4. ed. Vandelbilt University: John Wiley & Sons, 1976. COOPER, R; KAPLAN, R. S. Measure Costs Right: Make the Right Decisions. Harvard Business Review. 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