INTERPRETAÇÃO DE TEXTO DO LIVRO DIDÁTICO NO ENSINO DE HISTÓRIA Fabiano Nascimento de Figueiredo1 O presente trabalho expõe resultado da pesquisa realizada cujo titulo é “interpretação de texto do livro didático”, o objetivo da pesquisa é quebrar as características de um ensino de história bancário em que a maioria dos alunos estão inseridos. Ensino esse que consiste no depósito de explicações do professor no aluno, sem lhe oferecer participação ativa na sala de aula, deixando o aluno apático a qual quer tipo de intervenção sendo o professor dono da verdade e de todas as análises, além de não desenvolver no aluno o interesse pela leitura já que boa parte dos alunos na maioria das vezes sabe ler, mas não sabem interpretar o que está sendo lido sem compreender as informações que o texto está dando. Sendo a interpretação do texto didático fundamental para se aprender os conceitos, que são considerados a base do conhecimento histórico promovendo a coerência entre os objetivos da disciplina e os fundamentos historiográficos e pedagógicos, é fundamental que os conceitos apresentados nos textos trabalhados sejam associados ao vocabulário dos alunos para facilitar sua associação e compreensão. Para o desenvolvimento da pesquisa aplicada em turma do 8º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Presidente Café Filho localizada em Brejinho – RN. realizei pesquisa bibliográfica e investigação do tipo etnográfica, dialogando com os parâmetros curriculares nacionais2 e com ensino de história: fundamentos e métodos de Circe Maria Fernandes Bittencourt3 bem como as idéias desenvolvidas no livro de Isauro Beltán Núñez, Vygotsky, leontiev, Galperin formação de conceitos e princípios didáticos4. O estudo etnográfico empreendido que tem como resultado o presente artigo vêm si desenvolvendo ao longo do sec. XX, pois no sec. XIX as pesquisas de cunho etnográfico ficavam a cargo apenas dos antropólogos e estás pesquisas eram voltadas para a tentativa de se encontra uma lei geral em que a sociedade humana pudesse se encaixa. Com o acirramento das discussões sobre a irregularidade do pensamento humano e o crescimento dos movimentos sociais, foi possível a percepção de que seria impossível desenvolver uma lei na qual a sociedade humana estivesse inserida, e que seria na realidade passível de ser estudada 1 Licenciando em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: História. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Fundamental, 1998. 3 BITTENCOURT, Circe Maria Fernades. Ensino deHistória: fundamentos e métodos. 2. ed . São Paulo : Cortez. 2008 4 NUÑEZ, Isauro Beltrán. Vygotsky, Leontiev e Galperin: formação de conceitos e principios didaticos. Brasilia: Ed. Liber Livro. 2009 2 2 no seio de suas transformações em que o professor de história entraria como um dos responsáveis para a realização de tais pesquisas, promovendo a análise de um grupo estudado refletindo sobre seus métodos e ações e analisando os efeitos destes no grupo que está sendo estudado. Podendo a partir da elaboração de tais analises observar a mudança das relações interpessoais entre professor e aluno, em que o professor pesquisador terá a oportunidade de rever a sua própria abordagem de acordo com as diversas situações em que se deparar. I- A interpretação de texto do livro didático no ensino de história O projeto de pesquisa “interpretação de texto do livro didático” foi uma proposta desenvolvida a partir das discussões sobre o ensino de história e suas diversas linguagens, realizadas durante as aulas de estágio de formação de professores I, sob a orientação da professora Crislane Azevedo, do Departamento de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e de minha própria experiência como aluno de escola pública em que o ensino era desenvolvido através do método bancário, em que a leitura e sua interpretação não são estimuladas e o ensino se compõe apenas da decoração sem nenhum apoio ao desenvolvimento e a associação de conceitos á realidade dos indivíduos. O objetivo do projeto principal era desenvolver por meio do ensino de história, uma educação voltada para a leitura, promover uma maior ligação entre os alunos e o estudo dos acontecimentos passados, estimulando a formação de sua própria opinião sobre determinados pontos de vista, e através deste trabalho fazer com que o aluno pudesse enxergar o estudo de história como algo importante para sua formação, levando em consideração de que o mesmo não só promove o conhecimento de acontecimentos do passado e divulgação das diferentes estruturas sociais que vieram a existir antes da atual, mais o de não permitir que o indivíduo venha a torna-se um analfabeto-funcional sabendo ler e não entender o que esta sendo lido. A partir destes objetivos o ensino de história deve manter contato direto com o conhecimento prévio dos alunos, tornados capazes de associar suas próprias construções com os diversos conceitos que se apresentam na disciplina de história, tornando possível com essa associação a utilização de tais conceitos durante o dia a dia, construindo uma aprendizagem significativa e promovendo a utilização de maneira correta dos conceitos na interpretação textual onde o aluno seja capaz de identificá-los sem que estejam explicitamente expostos, ou seja, capazes de perceber sua aplicabilidade na compreensão de uma estrutura conceitual maior que englobe o conceito anterior já compreendido. I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 3 A função do professor neste processo é o de mediador da aprendizagem, já que tem a função de orientar a aproximação não perceptível dos conceitos que os alunos já têm conhecimento mostrando a ligação que existe entre o que já se conhece com o novo que pretende se conhecer, em que a principal função é o esclarecimento de forma objetiva de palavras que não fazem parte do cotidiano do aluno ligando-as com as que fazem parte de seu cotidiano. E preciso desenvolver assim a característica de professor-pesquisador promovendo o ingresso nos diferentes cotidianos existentes para os diferentes alunos, no qual tem o trabalho de se inserir e promover uma associação comum a todos os alunos no conhecimento de diversos conceitos, já que cada aluno tem uma realidade diferente e esta tem que ser respeitada para que se promova por parte do aluno interesse em desenvolver sua própria interpretação do que esta lendo. Fazer do professor um constante pesquisador sobre o ensino é o objetivo do estágio supervisionado, segundo Crislane Azevedo. Percebíamos a importância de levarmos aos alunos de estágio supervisionado em história a experiência da pesquisa no e sobre o ensino. Após a discussão e planejamentos, decidimos pela oportunidade de levar os licenciados, a partir do contato com a escola (campo de estágio), a elaboração de uma proposta de pesquisa, onde pudessem eles próprios, não apenas identificar uma problemática a ser investigada, mais também desenvolver a pesquisa, tendo eles próprios o papel de professores-pesquisadores e investigadores da própria pratica docente.5 Partindo dessa premissa o destaque para a formação do profissional da educação diretamente ligado ao trabalho da pesquisa, torna-o capaz de fazer sua auto avaliação sendo capaz de rever sua prática para melhor desempenhar o trabalho de educador, é nesse sentido que a atividade reflexiva que será desenvolvida pretende se inserir, já que não se trata apenas de um relatório sobre a prática mais sim da reflexão sobre a metodologia utilizada e seus objetivos alcançados sendo desenvolvido julgamento de sua eficácia para que seja reavaliada observando pontos positivos e negativos. A proposta que norteia a pesquisa se baseia na leitura e interpretação de textos contidos no livro didático, levando em consideração a construção de um vocabulário por parte dos alunos em que nele esteja contida a definição de palavras e conceitos historiográficos ligado a sentidos utilizados em seu cotidiano. Assim busca-se ligar o objeto de conhecimento científico a o objeto do conhecimento cotidiano sem que estes percam o sentido. Para isso trabalhou-se com a zona de conhecimento proximal, dos estudantes fazendo com que os 5 AZEVEDO, Crislane B. Estágio supervisionado como lugar de pesquisa e suas implicações na formação do professor de história. Apostila de texto (aula de estagio supervisionado). Natal: UFRN, 2010.2. p. 03. I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 4 alunos possuindo o domínio dessa técnica possam com suas palavras reescrever textos didáticos revelando o seu entendimento sobre determinados conceitos de maneira a inserir nestes características de sua linguagem cotidiana sem fazer com que o mesmo perca o sentido ou altere sua condição. Ao iniciar o estágio com a aplicabilidade do plano de aula foi observado um contratempo em desenvolver as atividades previstas, sendo que o plano não poderia ser seguido, pois os conteúdos do plano não eram condizentes com a realidade dos conteúdos já visto. Tendo em vista fazer com que o aluno percebesse que no estudo do passado é preciso ter ciência da idéia de continuidade, e encadeamento dos acontecimentos que estão atrelados aos diferentes conceitos, recorri a um retrocesso nos conteúdos que seriam a princípio expostos, procurando ampliar a metodologia do projeto ao desenvolvimento de novos horizontes. Alterações serão percebidas ao longo da discussão. Para a visualização trabalho foram realizadas leituras de autores como: Circe Maria Fernandes Bittencurt, ensino de historia: fundamentos e métodos6, que promove um trabalho voltado para a orientação dos professores em como se deve proceder ao lecionar a disciplina de história abordando diferentes experiências, mas deixando claro que o ensino não é uma receita pronta e acabada mais sim algo passível de ser pesquisado para que sejam analisados os frutos de experiências diferentes elaboradas com o objetivo de desviar das técnicas de ensino tradicionais, que exploram a memorização como elemento absoluto do ensino de história. Além da obra de Isaura Beltrán Núñes, Vygotsky, Leontiev e Galperin: formação de conceitos e principios didaticos7, que apresenta conceitos dos diferentes pensadores sobre a formação do educador promovendo o debate entre eles, e definindo a importância de uma aproximação entre os conceitos genuínos e científicos. Segundo o adutor: Vygotsky considerou que o fator determinante da evolução do pensamento verbal nas crianças e a formação de conceitos. Para ele, a evolução conceitual da criança e marcada com duas linhas de desenvolvimento: uma relacionada com a forma de pensamento na vida cotidiana e a outra com a que desenvolve no contexto escolar. São duas formas de agrupar os conceitos que, embora diferenciadas qualitativamente, se equivalem do ponto de vista funcional8. 6 BITTENCOURT, Circe Maria Fernades. Ensino deHistória: fundamentos e métodos. 2. ed . São Paulo : Cortez.2008. 7 NUÑEZ, Isauro Beltrán. Vygotsky, Leontiev e Galperin: formação de conceitos e principios didaticos. Brasilia: Ed. Liber Livro. 2009. 8 NUÑEZ, Isauro Beltrán. Vygotsky, Leontiev e Galperin: formação de conceitos e principios didaticos. Brasilia: Ed. Liber Livro. 2009, p. 33. I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 5 Diante desta afirmativa tenho a pretensão de desenvolver um trabalho no qual tem a primazia de alcança esse objetivo fazendo com que os alunos percebam a importância da leitura sendo capaz de interpretar os conceitos historiográficos a luz de suas próprias palavras, e levar a eles a aproximação de tais conceitos a linguagem cotidiana e a imagens já conhecidas fazendo as devidas correlações. II- Aprendizagem de história e a interpretação de textos As leituras baseadas no livro didático apesar de ser passiveis de várias criticas, e uma alternativa eficiente já que temos pouco tempo para trabalha a grande quantidade de conteúdo historiográfico, com a pouca carga horária que a disciplina de história dispõe no currículo escolar, o que dificulta as atividades sem o uso do livro didático, já que a maioria destas tende a ocupar uma maior quantidade de tempo. O livro didático pode ser o único material que professores e alunos recorrem no cotidiano escolar ou pode ser apenas uma obra de consulta eventual. Mas e importante destacar que a distinção essencial essa pratica de leitura e as outras reside na interferência constante do professor e sua mediação entre o aluno e o livro didático. O professor escolhe-o, seleciona os capítulos ou parte do capitulo que devem ser lidos e dá orientações aos alunos de como devem ser lidos9. Nesta citação é possível identificar que o livro pode ser sim o único material de apoio utilizado pelos professores, principalmente a maioria dos que são escolhidos para o ensino atualmente, pois neles estão impressos vários aspectos da historiografia, apesar destes não estar contidos diretamente nos textos principais e sim como leituras complementares. No entanto, vale salientar que a figura do professor é destaque já que tem a função de mediar o conhecimento contido no livro didático, é fundamental para orientar a maneira como as leituras devem ser compreendidas e desenvolver o máximo, a percepção do aluno para uma leitura compreensiva diante de sua linguagem e vocabulário diferente do que o livro apresenta com isso se promove o entendimento dos conceitos e a capacidade da construção de uma leitura crítica, observando o significado de diferentes conceitos. Com base nestas afirmativas é que o professor pesquisador deve se ater ás problemáticas que será desenvolvidas em torno da leitura, além de atentar para o 9 BITTENCOURT, Circe Maria Fernades. Ensino deHistória: fundamentos e métodos. 2. ed . São Paulo : Cortez. 2008, p. 317. I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 6 desenvolvimento de vocabulários que estimulem a participação e se utilizem da zona de conhecimento proximal que existe entre o objeto de estudo e o conhecimento espontâneo que o aluno já tem durante a sua experiência vivida. Diante das seguintes condições: a prática do ensino de historia sendo atualmente estimulada, levando em consideração a utilização da interdisciplinaridade a qual promove a integração da historia com as outras disciplinas, sendo o próprio livro didático em dados momentos promotor desta interação, revelando textos que tratam de elementos distintos dos que a disciplina de historia apresentaria, sendo o professor dotado da capacidade de mediação para promover o desenvolvimento de tais atrelamentos, espera-se alcançar resultados positivos. Assim, o professor não pode se colocar diante do aluno como o único detentor da verdade, mais sim como um mediador da mesma, fazendo com que eles procurem sua própria verdade a partir da leitura compreensiva dos textos. No tocante ao meu trabalho com os textos didáticos, não quer dizer que irei estimular os alunos apenas com livro didático, mas vou mostrar que existem outras fontes de informações que vão alem de uma narrativa fria e objetiva, mas vejo o uso intenso do livro didático como uma forma de fazer com que o aluno detenha o máximo de conhecimento possível. Ao iniciar a pesquisa fiz as orientações cabíveis, abordando como se dariam as aulas e deixando os alunos cientes de como seriam as abordagens dos temas além de divulgar os conteúdos que seriam trabalhados, feitas as devidas orientações dei início á discussão sobre o significado da pela interpretação, momento em que distribui aos alunos um formulário com algumas questões sobre a leitura e sua interpretação. Com o intuito de facilitar a interação do aluno com o odjetivo da pesquisa foi elaborado um questionário que seria respondido de forma individual. Visava explorar qual a maneira que o aluno enxergava a leitura no ensino de história, e se tinha conhecimentos sobre a interpretação de textos, sendo essa base fundamental para que o projeto seguisse no rumo certo e orientasse de primeira instância o nível de conhecimento prévio que os alunos tinham da maneira de trabalho que iríamos desenvolver. As perguntas foram: Gosta de estudar história: Sim ( ), não ( ), um pouco ( ); Gosta de ler: Sim ( ), não ( ), um pouco ( ); Gosta da escola: Sim ( ), não ( ), um pouco ( ); Aprende melhor história quando: Ler ( ), escreve ( ), ler e escreve ( ); em sua opinião para que serve história?; O que você sabe sobre interpretação de texto. I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 7 Essas informações iram servir para uma orientação de estágio de desenvolvimento em que se encontravam os alunos, desenvolvendo em mim uma característica maleável quanto a abordagem dos conteúdos ou uma abordagem mais minuciosa dos conteúdos que serão apresentados em sala de aula. Após a aplicação do questionário promovi a análise percebendo que a maioria dos alunos apresenta dificuldades em compreender o que significa a palavra interpretação. Apresentarei um gráfico onde está contidas informações mais precisas quanto á avaliação do conhecimento prévio sobre a interpretação do texto didático e características dos alunos. Gráfico sobre conhecimentos prévios dos alunos referentes ao significado de interpretação de texto: GRÁFICO 1 Como se pode observar no gráfico 1 a maioria dos alunos não sabia qual era o significado da palavra interpretação, isto numa sala com turma matriculada de 34 alunos e 31 freqüentando. Partindo deste momento teria o papel de orientar a todos sobre o que significava a palavra interpretação, e qual a importância dela no ensino de história, já que seria através do entendimento completo de um texto que o mesmo seria passível de uma crítica. Já os nos gráficos 2 e 3 remonta-se ao interesse pela leitura e pela aprendizagem, em que o aluno demonstra a forma como entendem a disciplina história com mais facilidade. I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 8 Sendo que apesar de está utilizando recursos didáticos tradicionais eles seriam abordados de maneira diferente do que os alunos estavam acostumados no dia a dia. GRÁFICO 2 GRÁFICO 3 I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 9 Com base nessas primeiras informações foi dado início as atividades do projeto destacando a importância saber identificar as diferentes informações que estão contidas nos textos, sendo que também com base nesses dados pude identificar a relevância da proposta, já que os alunos em conversas afirmaram que decoravam as respostas obtidas como alternativas para tirar notas boas na prova, sem saber na maioria das vezes, o significado de muitas palavras que eram apresentadas já que essa discussão não era feita em sala de aula, em que as palavras desconhecidas a linguagem habitual dos alunos eram construídas a partir apenas de abordagens cientifica, o que desconsiderava a zona de conhecimento proximal. Assim, o desenvolvimento de atividades que demonstravam para os alunos que a leitura deveria ter direcionamento e destaque para a interpretação do que o autor de uma obra realmente quer dizer com o que escreve, identificando palavras desconhecidas e promovendo a sua definição com base no conhecimento já adquirido. Isso faz com que os textos tenham uma relação mais ampla entre o que está escrito e a realidade, e o aluno torna-se capaz de identificar conceitos e reescrever os textos se utilizando de suas próprias palavras, mostrando domínio e entendimento pelo conteúdo que o texto apresenta. Em meio à execução as atividades foi aplicada uma avaliação nos alunos, sendo que os resultados desta avaliação estará exposto no gráfico 4 abaixo. GRÁFICO 4 Como o resultado da avaliação não foi o esperado, ao entregar as notas, entrevistei cada um dos alunos, lhes questionando sobre as dificuldades das questões apresentadas, e o I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 10 tempo que passou estudando os assuntos trabalhados em sala de aula. As respostas dadas foram diretamente para a atenção que deram á disciplina, pois a maioria alegou que não tinha estudado. Os que ficaram acima da média alegaram que apesar de não ter estudado muito a sua participação na aula e atenção contribuíram para uma avaliação bem sucedida. Já na segunda chamada avaliação que resolvi aplicar era diferente com o intuito evitar que os alunos tivessem respostas prontas e de observar se a avaliação anterior teria se dado de forma a explorar um grau de dificuldade muito avançado para a turma, porém na segunda chamada com apenas quatro alunos e a avaliação composta por 5 questões que promove respostas trabalhadas com maior grau de atenção, os quatro alunos deram respostas satisfatórias ás questões. Na primeira avaliação as questões foram: 01- Que fatores geraram a crise econômica da França? 02- Como era a divisão social no antigo regime? 03- Qual era fator determinante para que um indivíduo fosse considerado sucessor de um rei no antigo regime? 04- Qual era o objetivo do rei Luis XVI na convocação dos estados gerais em assembléia? 05- “A situação da França no sec. XVIII era de extrema injustiça social na época do antigo regime. O terceiro estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por esse seguimento social, com o objetivo de manter os luxos da nobreza”. Faça um breve comentário sobre essa afirmativa: 06- o antigo regime era dividido em três estados nos quais se encaixavam as diferentes classes sociais, identifique nas opções a seguir apenas elementos faziam parte do terceiro estado. A) Carpinteiro, Luiz XVI e camponês; B) Bispo de Castela, militantes de tropas revolucionarias e burguês; C) Camponês, um primo de Luiz XVI e carpinteiro; D) Carpinteiro, comerciantes e camponeses. 07- A que grupo social pertencia a família real, levando em consideração a classificação social existente no antigo regime. A) Segundo estado; B) Burguesia; C) primeiro estado; D) Terceiro estado. 08- Das opções a seguir, qual é o marco que a revolução francesa representa para os historiadores. A) inicio da idade moderna e fim do período medieval; B) inicio da idade contemporânea e fim da idade moderna; C) fim da antiguidade e inicio da idade media. 09- Das alternativas a seguir marque, a que designa os indivíduos que faziam parte das camadas populares menos favorecidas, que defendiam mudanças radicais, como o sufrágio universal masculino e a instituição da república. A) sans-culottes; B) Militares; C) Girondinos; D) Monarquistas. 10- O quê pretendia fazer o rei Luiz XVI quando convocou a assembléia com representantes dos três estados gerais que formavam a sociedade francesa. A) pretendia distribuir a renda igualmente e a cobrança de impostos seria feita de maneira I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 11 igualitária a todos os grupos sociais acabando com os privilégios da nobreza e do clero; B) Pretendia aumentar os impostos sobre o terceiro estado e manter os privilégios da nobreza e do clero. C) Pretendia abolir todos os impostos pagos e abdicar seu trono em favor de Napoleão Bonaparte. Para demonstrar as respostas dadas pelos alunos, a essa avaliação, transcreverei algumas delas, como as do aluno Washington Vagner David Cruz: 01- Grandes gastos da França no apoio a independência dos EUA e grande crise na produção agrícola; 02- Clero, nobreza e burguesia; 03- Ser seu filho; 04- Era aumentar os impostos sobre o terceiro estado; 05- Era uma injustiça por que o clero e a nobreza tinham mais dinheiro e os camponeses tinham menos dinheiro e pagavam impostos muito autos; 06- D); 07- C); 08- C); 09- A); 10B). O aluno Jonatas Lucas Bento da Silva: 01- Crise gerada pela perca da produção agrária, o que causo fome no campo; 02- Primeiro estado, segundo estado e terceiro estado; 03- Ser integrante da família real; 04- Pretendia aumentar o recebimento de dinheiro dos camponeses; 05- Acho que o rei só queria o dinheiro do povo para continuar rico; 06- D); 07- D); 08- C); 09- A); 10- C). E a aluna Mariana Silva da Rocha: 01- Os gastos da França com o apoio a independência dos EUA e a perca da produção agrária, o que causo crise no campo; 02Primeiro estado, clérigos e terceiro estado; 03- Ser da família real; 04- Aumentar o recebimento de impostos; 05- A injustiça social naquele período estava ligada principalmente nos impostos cobrados ao terceiro estado e na falta de mudança da condição social; 06- D); 07- B); 08- A); 09- A); 10- B). As respostas desta avaliação estão todas corretas com relação às alternativas discursivas, no entanto apenas a aluna Mariana Silva da Rocha acertou as alternativas objetivas, porém esta avaliação se procedeu de maneira satisfatória, sendo aplicado aos alunos que faltaram a esta avaliação, outra com questões diferentes. As questões da segunda avaliação, elaborada para os alunos que faltaram á primeira: 01- Como o filho do rei poderia assumir o trono de seu pai? 02- Quais as determinações almejadas por Luiz XVI, na presença dos estados gerais? 03- O quê significa monarquia constitucional? 04- Em que período as classes sociais eram divididas em três estados, o primeiro estado composto pela nobreza o segundo composto pelos clérigos e o terceiro pelos capineiros, camponeses e pedreiros dentre outros? 05- Escreva sobre o que você entendeu sobre a revolução francesa. Nesta avaliação as respostas da aluna Layne Flor da Silva foi: 01- Quando o rei morresse o seu filho assumiria o trono, porque era o herdeiro; 02- Ele convidou os estados I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 12 gerais para uma reunião, reunião que a última tinha acontecido há 170 anos, essa reunião tinha o objetivo de definir o futuro da França. O clero e a nobreza queriam o voto por estado, assim ganhavam porque os dois ganhavam por que votavam unidos. E si a votação fosse individual a burguesia ganhava por que representavam a maioria da população, ou seja, o clero e a nobreza queriam jogar o aumento dos tributos em cima da burguesia; 03- È o poder do rei limitado por lei; 04- Antigo Regime; 05- A revolução francesa aconteceu por que o clero e a nobreza não queriam pagar impostos, eram privilegiados caindo os tributos em cima do terceiro estado, que carregavam toda a despesa do Estado. As respostas do aluno Jorge Vinicius da Cruz; 01- Porque o primeiro filho homem de um rei era o herdeiro do trono por direito, e os outros geralmente ficavam com titulo de nobreza; 02- O rei determina que os impostos fossem pagos apenas pelo terceiro estado; 03- Monarquia constitucional significa que o rei reina, mas não tem todos os poderes porque tem uma lei que limita as suas decisões; 04- Antigo Regime; 05- A revolução francesa foi varias batalhas, que começo com a revolta do terceiro estado na assembléia geral, fundando a assembléia constituinte, com a revolta chegando às ruas o povo tomou a Bastilha que era um símbolo do absolutismo, já que nela eram mantidos os presos políticos. A comparação feita entre os dois resultados apontou uma melhora significativa no segundo resultado com relação ao primeiro. Acredito que isto vem a ser decorrente das questões que foram elaboradas na segunda chamada pensando uma maior liberdade de expressão, utilizei de conceitos trabalhados em sala de aula construídos a partir da aproximação destes com o vocabulário dos alunos e estimulando a compreensão dos textos a luz das interpretações individuais. No final da execução da pesquisa fiz outra sondagem acerca da opinião dos alunos, para perceber de que maneira a experiência de trabalhar os textos de forma interpretativa teria ajudado na compreensão de conceitos com a produção de pequenos textos interpretativos, sendo trabalhados na ótica do seguinte tema: “A independência da América espanhola”. Trinta e um alunos fizeram a atividade com os textos propostos contidos no próprio livro, que estava associado ao assunto já trabalhado. A atividade se constituiu de fazer com que o aluno produzisse um pequeno texto ou textos com base na leitura dos textos complementares expostos. Os textos foram: Que independência é essa? Para que as populações indígenas das antigas colônias espanholas na America, a independência não representou a conquista de maior liberdade. Ao contrario, os novos governos nacionais consideram que os índios precisaram I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 13 se ajustar aos novos tempos e contribuir para a modernização da economia e da sociedade. Em certos países, novos tributos recaíram sobre esses setores sociais, e a posse coletiva da terra foi ameaçada. Em outros, campanhas militares foram organizadas para expulsar os índios de seus domínios. O lugar do índio na nação Após décadas de terrível mortandade das populações americanas, desde a chegada dos espanhóis, a coroa tomou algumas medidas para proteger os indígenas do extermínio, concedeu terras de usufruto coletivo a comunidades de moradores e permitiu que defendessem seus interesses em tribunais especiais para os índios. Com a independência, entretanto, a proteção oferecida pela coroa espanhola deixou de existir. Nos novos Estados, ávidos por promover a modernização social e econômica, cancelaram a mais cedo ou mais tarde o principio da posse comunitária da terra. Trava-se de transformar os índios em pequenos proprietários capazes de abastecer o mercado, em lugar de produzir essencialmente para a auto-subsistência. As reformas liberais O fim da posse comunitária da terra foi parte das chamadas reformas liberais, levadas a cabo em países como o México e o Peru. Essas reformas tinham por objetivos superar as estruturas coloniais herdadas pelos Estados independentes e modelá-los conforme os princípios do liberalismo. Embora os mentores das reformas liberais almejassem incluir o conjunto da população na nova ordem, estas acabaram criando mecanismos de violência exclusão política e econômica. Muitas terras indígenas foram parar em mãos de grandes fazendeiros, e os índios se tornaram mão-de-obra barata e maltratada nas minas e na agricultura.10 A atividade proposta deu como resultado alguns textos produzidos pelos próprios alunos, como o de Michael Galdino dos Santos, o de Kaliano de Lima Silva e Maria Luiza da Silva Holanda, que estão expostos na ordem a seguir: Que independência é essa? Os povos indígenas estavam achando que essa independência não estava de acordo ao invés do governo melhorar a forma de vida de todos os povos indígenas. Aconteceu ao contrario o governo tava querendo acabar com os índios tomar as terras deles por que eles não tinham documentos. Então o governo não estava de acordo com a posse da terra pelos índios que não tinham documentos nem se encaixavam no padrão social atual. Os indígenas e sua independência No primeiro texto diz que campanhas militares foram organizadas para expulsar os índios de suas terras e seus domínios. E os povos nacionais consideraram que os índios precisavam se modernizar e se ajustar aos novos tempos. No segundo texto fala-se que com a chegada dos espanhóis a coroa tomou medidas para que não ocorresse destruição dos índios concedeu terras a comunidades. Com a independência a proteção dos índios deixou de existir, e trataram de transformar os índios em proprietários individuais. 10 MODERNA, editora. Projeto Araribá, Ed. Resp. Maria Raquel Apolinário Melani. _ 1. ed. _ São Paulo: moderna, 2006, p. 39. I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 14 No terceiro mostra que as reformas ocorridas após a independência tinham o objetivo de modificar as estruturas coloniais construindo os Estados independentes e modelá-los a nova ordem cria o mecanismo de violeta exclusão. Muitas terras indígenas foram tomadas pelos fazendeiros e os índios se tornaram mão-de-obra barata nas fazendas e nas minas. A independência Os três textos retratam como os indígenas perderam suas terras, eles não tiveram liberdade de verdade o governo exigia que eles acompanhassem a modernização, e contribuíssem para o governo, assim suas terras foram tomadas pelos fazendeiros, e eles viraram mão-de-obra barata e maltratada nas minas e na agricultura. Avalio que a utilização livro didático efetivamente na disciplina de história, deixando de lado as alua expositivas que se utilizam apenas simples decoração, mais de uma aula que oriente a ao aluno na aproximação de palavras desconhecida a significados comuns ao cotidiano. Tornou as aulas mais dinâmicas e participativas, em que alguns alunos desenvolviam grande participação, nas discussões sobre palavras desconhecidas de seu vocabulário ou palavras que representavam conceitos. Por exemplo: o conceito de absolutismo está ligado diretamente a figura do rei que é uma imagem comum a todos os alunos; o conceito de ordens ou estados pode se associar a idéia de classe atual, considerando as devidas alterações, orientando aos alunos que estas idéias devem-se remontadas principalmente a visão quantitativa, em que a quantidade de pessoas menos favorecidas e bem superior a quantidade de pessoas ricas; o sentido da palavra revolução associado a mudança brusca e radical, na qual os impasses são quebrados a custa da força, dentre outros conceitos. No entanto o que mais veio a prejudicar parte da turma foi a falta de compromisso em apreender já que alguns voltavam a sua atenção em outros colegas ou no uso de aparelhos celular, apesar deles serem chamados a atenção de forma condizente com a situação, preservando sua imagem e integridade entre os colegas era alunos que procuravam não participar ativamente das aulas. Sendo contatado um dado interessante quanto ao cotidiano destes alunos que não participava, a maioria dos mesmos fazia parte do programa PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil). Não pesquisei sobre esta reação em si, mais em conversas na sala dos professores e com a própria diretora da escola fiquei ciente de que os alunos que reprovam e têm o maior índice de violência e rebeldia dentro da escola fazem parte do programa PETI. Além de ter percebido que no início os alunos eram tímidos em participar, já que esta prática não era incentivada diretamente, e sempre se preocupavam com as respostas prontas I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 15 sem interesse em buscá-las ou tentar construí-las, o que implicava um trabalho de reflexão e orientação aos alunos, como um dos primeiros momentos em sala de aula as orientações sobre a construção e associação de vocabulários. III- A prática docente e a auto-reflexão A avaliação do processo ocorreu continuamente, os critérios foram participação nas discussões e realização de atividades cotidianas além de prova escrita. Iniciei as atividades fazendo a leitura em conjunto, sobre o tema: Antecedentes da revolução francesa, logo após pedi para que os alunos elaborassem uma lista com palavras que desconhecessem o significado, para que essas fossem discutidas e aproximadas do conhecimento que os alunos já tinham obtido, esclarecendo que a interpretação de um texto só seria possível caso o aluno estendesse o que o texto estaria informando e esse entendimento seria possível apenas através do conhecimento das palavras nele contido. Com a interação dos alunos divulgando várias palavras da qual desconhecia o significado dentre elas destaca-se: as ordens ou estados do antigo regime, administração, revolução, absolutismo, dentre outras, sendo dado então início ás orientações e com as devidas aproximando de conceitos ligando-os a definições destes a palavras e aos conhecimentos espontâneos dos alunos. Vygotsky defende a experiência de uma interação muito próxima entre os conceitos, o espontâneo e o cientifico, a qual não e considerada pela pesquisa de Piaget. O estudioso russo, mesmo reconhecendo os estágios de desenvolvimento cognitivo, entende como questão fundamental sobre a aquisição dos conceitos a dentição entre os “conceitos espontâneos”, ou os do senso comum, e os “conceitos científicos”, demonstrando sua interferência mútua. No processo de aprendizagem do conhecimento cientifico, proposto normalmente em situação de escolarização, não há necessidade do desaparecimento do conceito espontâneo, mas modificações de esquemas intelectuais anteriormente adquiridos11. Tendo as discussões seguidas a partir das observações de como se daria as interpretações, observando sempre as individualidades, já que cada aluno teria um nível de desenvolvimento diferente, porém com igual capacidade de aproximação de conceitos que se completariam mutuamente, fazendo com que os alunos pudessem ter suas próprias 11 BITTENCOURT, Circe Maria Fernades. Ensino deHistória: fundamentos e métodos. 2. ed . São Paulo : Cortez. 2008, p. 187. I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 16 interpretações sem que fugissem do tema principal estudado nem causando confusão com as informações contidas nos textos. A partir da interpretação de texto o aluno entra em contato com a própria produção historiográfica que traduzem de forma compreensível os fatos do passado. Durante as atividades foram realizadas leituras compartilhadas e esclarecimento de palavras desconhecidas ligando os conceitos espontâneos e produzindo assim os científicos, as atividades interpretativas para a fixação do conteúdo também tiveram destaque. Uma delas foi à exposição de três textos pertencentes ao livro didático referentes à independência das colônias espanholas em que os alunos desenvolveram outro texto a partir da junção dos três ou escreveram o que entenderam sobre cada um deles, dando como resultado a presença de vocabulários próprios sem desviar do sentido original dos textos trabalhados. Considerações finais O presente trabalho partiu da característica apresentada no ensino de história atualmente sendo esse carregado de muitas dificuldades no que se refere a sua aprendizagem, pois muitas vezes os alunos não conseguem interpretar o que lêem, gerando desinteresse pelo estudo da disciplina. Outro fator colaborador para o desinteresse é o fato de os alunos não participarem ativamente das aulas. Os mesmos na maioria das vezes ficam apenas sentados escutando o que o professor lhes fala ou escrevendo resumo de matéria, tornado a disciplina pouco apreciável, já que não existe nenhuma pesquisa ou formação de opinião a partir da leitura individual de cada texto, por parte dos alunos, e que essa opinião seja expressa através de participação ativa nas aulas e da construção de seus próprios textos. Contudo, durante a execução da pesquisa foi construída com muitas mudanças tanto em conteúdo quanto nos próprios planos de aulas, pois percebi que nem sempre é possível avançar, e devemos respeitar as limitações de cada um promovendo um ensino homogêneo dando aos alunos maior clareza das atividades desenvolvidas possível, e devemos nos preparar para a não frustração de quando determinado plano não sair como o esperado, sem a abordagem dos conteúdos interessava apresentar, mas sim satisfeito em desenvolver uma atividade na qual a recompensa e ver o interesse daqueles que demonstram satisfação em apreender. Houve bastante aproveitamento por parte dos alunos que não revelaram estes apenas através de atividades escritas mais também na participação efetiva em sala de aula, sendo de I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 17 suma importância tanto para mim quanto para ele a interação entre experiência montando o processo de aprendizagem. Os resultados em meu ponto de vista foram positivos tendo em vista que parte dos alunos ainda não sabiam ler corretamente e estavam ainda desenvolvendo esta característica do ensino, pois percebi que com esse trabalho os alunos passaram a entender que não basta apenas saber ler, mas e preciso entender o que se está lendo, compreendendo a importância de sempre definir as palavras que desconhecem aproximando-as aquelas que já se tem conhecimento. Em atividades posteriores uma alternativa para sair do livro didático sem abandonar o exercício da leitura e posteriormente a interpretação e a utilização de documentos históricos, que trará na realidade o aluno para próximo do papel do historiador e podendo experimentar a interpretação de um documento e relacioná-lo com o tema trata do mesmo assunto no livro didático, onde o resultado esperado será um maior desenvolvimento do pensamento crítico, levando em consideração a maturação biológica dos alunos, que estudam história em qualquer nível educacional. REFERÊNCIAS ANDRE, Marli. Etnografia da pratica escolar. Parte I: Fundamentos da pesquisa etnográfica. São Paulo: Papirus, 1995. AZEVEDO, Crislane B. Estágio supervisionado como lugar de pesquisa e suas implicações na formação do professor de história. Apostila de texto (aula de estagio supervisionado). Natal: UFRN, 2010.2. I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN 18 BITTENCOURT, Circe Maria Fernades. Ensino deHistória: fundamentos e métodos. 2. ed .São Paulo : Cortez,2008. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: História. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Fundamental, 1998. MODERNA, editora. Projeto Araribá, Ed. Resp. Maria Raquel Apolinário Melani. _ 1. ed. _ São Paulo: moderna, 2006. NUÑEZ, Isauro Beltrán. Vygotsky, Leontiev e Galperin: formação de conceitos e principios didaticos. Brasilia: Ed. Liber Livro.2009. Como citar o artigo: FIGUEIREDO, Fabiano Nascimento de. Interpretação de texto do livro didático no ensino de história. In: SEMINÁRIO DIDÁTICA E ENSINO DE HISTÓRIA. 20 a 22 de junho de 2011. Anais. Natal, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Disponível em: <http://sedeh.webnode.com.br/artigos >. Acesso em: DIA mês ANO. I Seminário Didática e Ensino de História 20 a 22 de junho de 2011 Natal-RN