Informativo Novembro 2006 Mensagem do Ministro Luiz Fernando Furlan Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte são representantes legítimos da potencialidade da economia brasileira e importantes atores do desenvolvimento nacional. Essa legitimidade justifica o compromisso do Governo na elaboração de Políticas Públicas específicas para o setor que promovam o crescimento econômico. Para captar as demandas e as necessidades desses empresários, instituiu-se o Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte: um espaço democrático e participativo no qual seus representantes são ouvidos e podem influir nos destinos das políticas e ações governamentais, propondo os ajustes necessários à sua plena implantação. Identificadas suas necessidades e definidas as prioridades, faz-se necessário que os temas debatidos no âmbito do Fórum, suas ações e proposições cheguem às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte de todo o Território Nacional. Por isso, estamos lançando este informativo, que circulará, por meio eletrônico, a cada dois meses. As ações do Fórum poderão ser amplamente conhecidas por todas as entidades associativas de microempresários, fortalecendo as iniciativas do Governo Federal e ampliando o alcance das Políticas Públicas. O Fórum e sua importância para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Lei Geral foi aprovada Congresso Nacional Composição do Fórum O Ele é composto por 52 órgãos governamentais, 57 entidades de representação empresarial e por várias instituições de apoio ao segmento. O Fórum é presidido pelo Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e secretariado pelo Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas da Secretaria do Desenvolvimento da Produção - SDP. Estrutura do Fórum O Fórum é formado por seis Comitês Temáticos: Comércio Exterior e Integração Internacional; Formação e Capacitação Empreendedora; Informação; Investimento e Financiamento; Racionalização Legal e Burocrática e Tecnologia e Inovação. Reuniões Técnicas e Plenárias Mensalmente são realizadas reuniões desses Comitês com a participação da Secretaria Técnica, Coordenadores de Governo, Coordenadores da Iniciativa Privada e as entidades de representação empresarial. As Plenárias são realizadas semestralmente para apresentação dos resultados das ações conduzidas pelo Fórum, deliberação das propostas apresentadas pelos comitês, formalização e assinatura de convênios e acordos de cooperação técnica. no Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte foi aprovado com regras que simplificam as legislações tributária, comercial e de crédito. O objetivo é uniformizar a legislação nos três âmbitos do governo, reduzindo a informalidade, criando um ambiente mais propício ao desenvolvimento e fortalecendo os pequenos negócios. Entre os benefícios da lei das microempresas estão: instituição do Supersimples - que unifica oito impostos e contribuições - seis federais (IRPJ, IPI, CSLL, PIS/Pasep, Cofins e INSS patronal), um estadual (ICMS), um municipal (ISS); inclusão de novas categorias no Supersimples e redução do prazo de abertura de empresas. A Lei Geral, em seu Art. 2º, fortalece o Fórum Permanente ao conferir-lhe a condição de gestor dos temas afetos a este segmento empresarial, exceto encargos e tributos de competência do Comitê Gestor de Tributação da ME e EPP. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - SDP Secretaria Técnica do Fórum ME e EPP - Esplanada dos Ministérios, Bloco "J" 2º andar, Sala 220 CEP: 70053-900 - Brasília/DF - Tel: (61) 3425-7069 - e-mail: [email protected] 1 Informativo Novembro 2006 Propostas da 10ª Reunião Plenária do Fórum Permanente das ME e EPPs RACIONALIZAÇÃO LEGAL E BUROCRÁTICA − Apoio, com restrições, ao Projeto de Lei nº 6.848/06, de autoria do Deputado Mauro Benevides que trata da redução no valor das taxas cartorárias para as microempresas e empresas de pequeno porte. − Assinatura de nova Portaria SUFRAMA, em substituição à Portaria SUFRAMA nº 205, que dispõe sobre a declaração de Ingresso/Internamento de Mercadorias na Zona Franca de Manaus, Áreas de Livre Comércio e Amazônia Ocidental. − Revisão da Portaria PGFN nº 321/06, que estabelece o Protesto de Certidões da Dívida Ativa das Empresas. − − − − TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Mapeamento e revisão dos instrumentos de apoio ao desenvolvimento tecnológico e a inovação. Proposta de aprovação do documento “Desenvolvimento Tecnológico e Inovação nas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Fatores de Influência”. Estabelecimento de nova sistemática na elaboração dos Editais FINEP/MCT que contemple a participação do MDIC. Adesão formal do MDIC ao Sistema Brasileiro de Resposta Técnica – SBRT/MCT. FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO EMPREENDEDORA − Ação conjunta com o Comitê Temático “Investimento e Financiamento” (Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica entre o MDIC e Banco da Amazônia; Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica entre o MDIC e Banco do Brasil; Assinatura de Protocolo de Intenções entre o MDIC e CAIXA e Seminários Estaduais 2007 e 2008). − − − − − − − − INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO Programa de Aproximação Banco/Empresa (BB, CAIXA, BASA, BNB, BNDES e Sebrae). Identificação dos 10 principais gargalos que prejudicam o acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte ao crédito bancário. Elaboração da Cartilha de produtos e serviços dos Bancos Oficiais. Criação dos links dos Bancos Oficiais e o Fórum Permanente. Agências e Postos de Atendimento dos bancos oficiais inaugurados em 2005 e 2006 e previsão para 2007. Programas de treinamento de agentes financeiros no ano de 2006 e previsão para 2007. Ação conjunta com o Comitê Temático “Formação e Capacitação Empreendedora” (Seminários Estaduais (2007 e 2008); Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica entre o MDIC e Banco do Brasil; Assinatura de Protocolo de Intenções entre o MDIC e CAIXA; Acordo de Cooperação Técnica entre o MDIC e Banco da Amazônia e Convênios de Capacitação com o INEC/Banco do Nordeste). Redução de custos para microempresas e empresas de pequeno porte e criação de produtos e serviços bancários voltados para microempresas e empresas de pequeno porte. COMÉRCIO EXTERIOR E INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL − Implementação de Convênio entre o Departamento Nacional de Registro do Comércio – DNRC e a Secretaria da Receita Federal – SRF para transmissão eletrônica de dados cadastrais das empresas inscritas no Cadastro Nacional de Empresas. − Incorporação das informações relativas às empresas, produtos e valores exportados por meio da Declaração Simplificada de Exportação – DSE à base de registros da estatística unificada da SECEX/MDIC, com base no porte de empresa. − − 2 INFORMAÇÃO Lançamento do novo Portal dos Telecentros de Informação e Negócios. Lançamento do manual do Gestor dos Telecentros de Informação e Negócios: Orientações Gerais. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - SDP Secretaria Técnica do Fórum ME e EPP - Esplanada dos Ministérios, Bloco "J" 2º andar, Sala 220 CEP: 70053-900 - Brasília/DF - Tel: (61) 3425-7069 - e-mail: [email protected] Informativo Novembro 2006 Redução de CUSTOS Ações do Fórum promovem junto aos Bancos Oficiais redução de custos para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. BANCO DA AMAZÔNIA Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO: Para Microempresas: redução de 8,75% ao ano para 7,25% ao ano. Para Empresas de Pequeno Porte: redução de 10% ao ano para 8,25% ao ano. (Encargos financeiros válidos a partir de 1 de janeiro de 2007) BANCO DO BRASIL Dispensa de cobrança pela utilização do Gerenciador Financeiro e do FOPAG – Pagamento Eletrônico de Salários. BANCO DO NORDESTE Revisão do pacote de tarifas adequando aos portes das empresas e aos negócios realizados. Para as microempresas e empresas de pequeno porte criou-se a opção de um pacote com taxa mensal de R$ 20,00 abrangendo uma série de benefícios em produtos e serviços, dentre os quais destacam-se: isenção na confecção de cadastro, transferência entre contas BNB, comando de aplicação e resgate, via Internet; isenção no processamento de até 60 cheques; prioridade para exame de suas demandas de financiamento; desconto de 50% na anuidade de cartão de magnético; contratação e renovação de cheque empresa e conta empresarial; desconto de 30% na renovação anual de cadastro. CAIXA Elevação do valor máximo das operações com recursos do PIS nas principais linhas de crédito. A CAIXA decidiu aumentar o valor máximo de concessão para o financiamento das necessidades de capital de giro das empresas neste semestre, principalmente para o financiamento do pagamento do 13º salário, bem como para as modalidades destinadas à aquisição de estoque de vendas de final de ano. Para as operações oriundas do PIS, existe um montante de R$ 160 milhões para aplicação. O Ministério do Trabalho disponibilizou mais R$ 200 milhões para capital de giro e R$ 400 milhões para investimento por meio do CODEFAT. Modalidade Capital de Giro Arranjos Produtivos Locais 13º salário ME/EPP exportadora Valor Máximo Anterior R$ 5.000,00 R$ 10.000,00 R$ 20.000,00 R$ 15.000,00 Novo Valor Máximo R$ 20.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 50.000,00 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - SDP Secretaria Técnica do Fórum ME e EPP - Esplanada dos Ministérios, Bloco "J" 2º andar, Sala 220 CEP: 70053-900 - Brasília/DF - Tel: (61) 3425-7069 - e-mail: [email protected] 3 Informativo Novembro 2006 Supersimples: O que muda? Contribuições sociais O Supersimples valerá para todo o País e deverá unificar oito impostos e contribuições: seis federais (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, IPI, CSLL, PIS/Pasep, Cofins e INSS patronal); um estadual (ICMS) e um municipal (Imposto sobre Serviços - ISS). Direitos trabalhistas O depósito dos recursos das contribuições sociais do INSS será regulamentado em outro projeto de lei, e as obrigações trabalhistas serão preservadas e os direitos dos trabalhadores mantidos. Licitações As empresas que integrarem o Supersimples poderão participar preferencialmente de licitações públicas relativas a contratos de até R$ 80 mil. Além disso, a administração pública poderá exigir a subcontratação de micro ou pequenas empresas em até 30% do total licitado para contratos maiores. Redução da carga tributária A redução da carga tributária para categorias já incluídas no Simples Federal será de 15% a 29%. As novas categorias de prestação de serviços que serão incluídas no Supersimples poderão ter uma redução de até 45% em relação à atual carga tributária. Limites Os limites de enquadramento no sistema tributário serão de até R$ 240 mil da renda total bruta para a microempresa e de até R$ 2,4 milhões para a empresa de pequeno porte. O projeto prevê ainda a presunção automática da opção pelo Supersimples. Na prática, isso significa que, no momento em que é constituída, a empresa entra automaticamente no sistema simplificado de tributação. Se o empresário não quiser aderir ao Supersimples, ele terá que manifestar essa intenção por ofício. Não haverá exclusão de qualquer tipo de empresa ou segmento. Escritórios de contabilidade, corretores de imóveis, produtoras de cinema, escolas de natação e empresas de vigilância são alguns dos beneficiados. Dispensa A Lei prevê dispensa das empresas optantes pelo Simples Nacional do pagamento do salárioeducação. Crédito O Capítulo IV da Lei prevê que as instituições financeiras concederão linhas de crédito específicas para as micro e pequenas empresas. Mantém A obrigatoriedade da entrega da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), para garantir as estatísticas relativas ao mercado de trabalho. Compras Públicas - Governo quer mais das pequenas Diante da baixa participação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte nas compras públicas, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e Sebrae lançaram um programa de treinamento para ajudar os empresários desse segmento a venderem para a União. O programa ensina como fornecer ao governo, desde a formação de consórcios até as licitações. Com o programa pretende-se proporcionar uma maior participação das pequenas empresas, pois, quando o governo usa seu poder econômico para comprar mais delas, está desenvolvendo a economia e favorecendo a criação de emprego e renda. O aumento das aquisições governamentais de pequenas empresas representa uma ação afirmativa para desenvolver pequenos negócios. A Lei Geral, em seu Capítulo V - Acesso a Mercados e Art. 47, prevê tratamento diferenciado às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte nas contratações públicas. 4 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - SDP Secretaria Técnica do Fórum ME e EPP - Esplanada dos Ministérios, Bloco "J" 2º andar, Sala 220 CEP: 70053-900 - Brasília/DF - Tel: (61) 3425-7069 - e-mail: [email protected]