XV ENCONTRO NACIONAL DE PROCURADORAS E PROCURADORES DOS DIREITOS DO CIDADÃO (ENPDC) RELATÓRIOS E DELIBERAÇÕES 25 e 26 de agosto de 2009 Brasília / DF Relatório e Deliberações DELIBERAÇÕES da s E ín te gr a RELATÓRIOS ap re se nt aç õe s XV ENCONTRO NACIONAL DE PROCURADORAS E PROCURADORES DOS DIREITOS DO CIDADÃO (ENPDC) CD Brasília / DF co m 25 e 26 de agosto de 2009 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão Gilda Pereira Carvalho Luciana Loureiro Oliveira - PR/DF Procuradores(as) Regionais dos Direitos do Cidadão Marcello Paranhos de O. Miller - PR/RJ Ailton Benedito de Souza - PR/GO Mona Lisa D. Abdo Aziz Ismail - PR/PE Ana Karizia T. Teixeira - PR/PA Nilce Cunha Rodrigues - PR/CE André Carlos de A. P. Filho - PR/ES Pablo Coutinho Barreto - PR/SE Carlos Wagner B. Guimarães - PR/PI Raquel Teixeira M. Rodrigues - PR/AP Domenico Dandrea Neto - PR/BA Ricardo Gralha Massia - PR/AC Ercias Rodrigues de Sousa - PR/RO Rodrigo Antônio Tenório Correia da Silva - PR/AL Felipe Fritz Braga - PR/MS Sérgio Cruz Arenhart - PR/PR Fernando R. de Andrade - PRM/Mossoró - RN Silmara Cristina Goulart - PR/MG Ludmila F. da Silva Ribeiro – PR/TO Gustavo Nogami - PR/MT Jefferson Aparecido Dias - PRM/Marília Representantes dos GTs da PFDC José Guilherme F. da Costa - PR/PB Adriana da Silva Fernandes GT Inclusão José Milton N. Júnior - PR/MA Júlio Carlos S. de Castro Júnior - PR/RS Laura Gonçalves Tessler - PR/RR Luciana F. P. Lima Gadelha - PR/AM Álvaro Lotufo Manzano GT Reforma Agrária Darcy Santana Vitobello GT Previdência XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Lisiane Cristina Braecher GT Saúde Nicolao Dino de C. e Costa Neto PRR - 1ª Região/DF Marcus Vinícius Aguiar Macedo GT Comunicação Social Sandra Akemi Kishi PRR - 3ª Região/SP Maria do Socorro Leite de Paiva GT Sistema Prisional Representantes das Procuradorias da República nos Municípios – PRMs: Paulo Gilberto Cogo Leivas GT Direitos Sexuais/Alimentação Adequada Álvaro Luiz de Mattos Stipp PRM/ São José do Rio Preto - SP Roberto Luis Oppermann Thome Analícia Ortega Hartz Trindade PRM/Sinop - MT GT Educação Representantes das Procuradorias Regionais da República – PRR André de Carvalho Ramos PRR - 3ª Região/SP Eliana Peres Torelly de Carvalho PRR -1ª Região/DF Humberto Jacques de Medeiros PRR - 4ª Região/RS João Bosco Araújo Fontes Júnior PRR - 5ª Região/PE José Elaeres Marques Teixeira PRR - 1ª Região/DF Relatório e Deliberações Andreia Rigoni Agostini PRM/Erechim - RS Celso Costa Lima Verde Leal PRM/Tabatinga - AM Edilson Vitorelli Diniz Lima PRM/Governador Valadares - MG Eloisa Helena Machado PRM/Maringá - PR Ivan Claudio Marx PRM/Uruguaiana - RS João Paulo Holanda Albuquerque PRM/ Petrolina - PE Lauro Coelho Júnior PRM/São Gonçalo - RJ Letícia Ribeiro Marquete PRM/Divinópolis - MG Uiuara de Melo Medeiros Promotora de Justiça do Maranhão Marina Filgueira de Carvalho PR/RJ Convidados Paulo Gomes Ferreira Filho PRM/Campinas - SP Anna Maria Peliano Coordenadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Pedro Henrique O. Castelo Branco PRM/Imperatriz - MA Eduardo César Fidelis Bechepeche Defensor Público do Distrito Federal Raquel Silvestre PRM/Uberaba - MG Eduardo Pereira Nunes Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Sabrina Menegário PRM/Rio Verde - GO Eugênio José Guilherme de Aragão Representantes dos Ministérios Públicos Estaduais Subprocurador-geral da República Alécio Silveira Nogueira Promotor de Justiça do Rio Grande do Sul Fernanda Lopes Oficial de Programa do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) Antônio Joaquim Fernando Neto Procurador-Geral de Justiça de Minas Gerais Ivana Farina Navarrete Pena Diego Rodrigo Pinheiro Promotor de Justiça de Santa Catarina Procuradora de Justiça do estado de Goiás Helena Capela Promotora de Justiça da Cidadania de Pernambuco Neuza Maria Alves da Silva Desembargadora Federal Paulo Fernando Lerlen Promotor de Justiça de Rondônia Paula Lima Assessora Especial da Secretaria de Especial Direitos Humanos (SEDH) XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Pietro de Jesús Lora Alarcón Professor da PUC/SP Apoio – Equipe PFDC Ailza Rodrigues Pinto Bruno Cruz Pinheiro Daniella Duarte Roberto Emília Ulhôa Botelho Fernando Cezar Matta Idê de Miranda Campos Leonardo Antônio de Moraes Filho Luciana Fernandes de Freitas Ludimilla Cristina Tolentino Márcia Maria Regueira Lins Caldas Márcio Nascimento de Souza Marcus Elícius de Souza Lima Marília Mundim da Costa Mário Cabral de Abreu Relatório e Deliberações Marlene Maria Lima de Miranda Marluce Maria Oliveira Mércia Beatriz Miranda Mônica Malecha Sgarbosa Myllen da Silva Boaventura Patrícia Cristina Alves Campanatti Patrícia Ponte Araújo Patrícia Regina Leal Almeida Rosa Rossana Maria do Amaral Barros Sabrina Zuchelli Sávio Túlio de Queiroz Oliveira Sílvia Urmila Santos Tauli Stein de Barros Valéria Alves Nascimento Vinícius Franzoi Wilson Veleci da Silva Apresentação Este livro é uma realização coletiva dos participantes do XV Encontro Nacional de Procuradores dos Direitos do Cidadão (ENPDC) – destacando-se expositores e relatores. O evento contou com a presença de mais de 50 participantes, entre Procuradores Regionais dos Direitos do Cidadão (PRDCs), Procuradores dos Direitos dos Cidadão (PDCs), coordenadores dos Grupos de Trabalho da PFDC e coordenadores da tutela coletiva das Procuradorias Regionais da República. O objetivo do ENPDC é que esses membros do Ministério Público Federal – que têm a específica função de zelar pela efetividade dos direitos do cidadão, para cumprir missão constitucional indicada no art. 129, II da Constituição – possam ter um panorama dos direitos a que se poderá eleger como foco de atuação. O ENPDC constitui espaço para ouvir outras instituições governamentais e não-governamentais dedicadas a defender os direitos humanos, de manter-se diálogo e integração, de conhecer outras experiências positivas ou negativas e, sobretudo, de participar – com atenção e boa vontade – da formulação de estratégias comuns. O conhecimento da realidade local, os problemas e desafios num contexto de país com desigualdades flagrantes e indicadores de pobreza ainda insuportáveis torna indispensável ao PRDC e PDC consultar e levar em conta esta realidade para fins de adoção de prioridades. Este conhecimento da realidade é adquirido também pela comunicação com as entidades civis de direitos humanos, os movimentos sociais e pelas reiteradas demandas dos cidadãos. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Durante o XV ENPDC foi feita incursão nas dão, a implantação de banco de dados de inserção resoluções do III Programa Nacional de Direitos obrigatória, a atuação concomitante de PRDC e PDC Humanos – instrumento para subsidiar as medidas com pertinência temática nos ofícios de custos legis, a serem adotadas no País para o enfrentamento tendo se idealizado, inclusive, produzir-se o planeja- do deficit de direitos e que foi construído a partir mento estratégico para atuação dos PRDCs – o que se das deliberações da 11ª Conferência Nacional de espera seja possível de implementação no mais curto Direitos Humanos, realizada em dezembro/2008, espaço de tempo. com a participação dos poderes públicos, de entidades civis e dos cidadãos. Houve incursão nas Convenções Internacionais, com discussão do caso “Guerrilha do Araguaia”, que tramita na Corte Interamericana de Direitos Humanos. As demais Resoluções buscam a promoção e a defesa do direito à Alimentação Adequada (17-33), à Comunicação Social (34-39), aos Direitos Sexuais e Reprodutivos (40-48), à Educação (49-57), à Inclusão (5859) à Previdência e Assistência Social (60-62), à Refor- Ao final do XV ENPDC foram deliberadas 79 ma Agrária (63-70), à Saúde (71-75) e ao Preso (76-79). Resoluções – sendo que 16 delas visam orientar a atu- Chegou-se ao final da jornada com mais ba- ação dos Procuradores dos Direitos do Cidadão, des- gagem e a reafirmação do compromisso de bem servir de sua organização interna, (como o não-acúmulo de ao povo brasileiro. São inúmeros os agradecimentos funções, na medida do possível), ao aprimoramento a todos que colaboraram na construção deste evento de relatórios de atuação, o apoio à ação coordenada e deste livro. Vamos seguir, juntos, perseguindo um das PRDCs, a criação de câmaras regionais do cida- Brasil com uma sociedade mais livre, justa e solidária. Gilda Pereira Carvalho Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão Relatório e Deliberações 9 Sumário Resoluções do XV ENPDC .................................................... 14 Exposição 1: Processo de construção do Programa Nacional de Direitos Humanos III . Comitê de acompanhamento e Plano Nacional. Expositora: Assessora Especial da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Paula Lima Relatório ......................................................................... 32 Exposição 2: A construção da cidadania no Estado democrático de direito. As entidades civis de direitos humanos e os movimentos sociais. A interlocução dos Procuradores dos Direitos do Cidadão (PRDC) e dos Procuradores dos Direitos do Cidadão (PDC) com a Sociedade Civil. Expositor: Procurador Regional da República Paulo Gilberto Cogo Leivas Relatório .......................................................................... 36 Exposição 3: Análise do Relatório Anual de Atividades da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e das Procuradorias Regionais dos Direitos do Cidadão na atuação da defesa da cidadania. Expositores: Procurador da República Sérgio Cruz Arenhart / Coordenadora da área de Responsabilidade Social da Diretoria de Estudos Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Anna Maria Peliano XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Relatório .............................................. 42 Exposição 4: O Brasil em síntese, pelo IBGE. Indicadores Sociais. Pobreza. Saúde. Educação. Perfil dos Municípios brasileiros. Apresentação sintética de Relatórios de Atividades dos Grupos de Trabalho da PFDC GT Alimentação Adequada .......................... 64 GT Comunicação ...................................... 70 Expositor: Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira GT Direitos Sexuais e Reprodutivos ............... 74 Nunes GT Educação .......................................... 80 Relatório .............................................. 48 GT Inclusão de Pessoas com Deficiência ........... 84 Exposição 5: As convenções/tratados interna- GT Sistema Prisional ..................................92 cionais. Observância no Brasil das normas convencionadas. Caso Júlia Gomes Lund e Outros (Guerrilha do Araguaia) em tramitação na Corte Interamericana de Direitos Humanos. Papel do MPF quanto aos casos em exame nas Co- GT Previdência e Assistência Social ................ 98 GT Reforma Agrária ................................ 102 GT Saúde ............................................. 108 missões e nas Cortes Internacionais. Entidades Nacionais de Direitos Humanos. Resolução A/ Anexos: RES/48/134/20.12.93 da ONU. Programação do XV ENPDC ........................ 116 Expositor: Subprocurador-Geral da República Eugênio Aragão Relatório .............................................. 54 Relatório e Deliberações 11 Sumário 12 ESPELHAR FOTO E AMPLIAR PARA AS DUAS PÁGINAS XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Relatório e Deliberações 13 Resoluções XV ENPDC Resolução 01 INDICADORES SOCIAIS E DEFICIÊNCIAS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS O PRDC e o PDC devem se empenhar em conhecer e analisar os indicadores sociais e as principais deficiências na prestação de serviços públicos e serviços de relevância pública no estado/município em que atua, estabelecendo, a partir daí, prioridades na sua atuação em defesa dos direitos do cidadão. Resolução 02 REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIAS PÚBLICAS Para subsidiar a eleição de prioridades na atuação e prestação de contas à sociedade, o PRDC poderá realizar audiências públicas. Resolução 03 RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES DAS PRDCs O PRDC deverá elaborar relatórios de atividades anuais com informações sobre atuação e estabelecimento de metas regionais. Tal relatório deve ser enviado à PFDC para compilação e publicação dos dados. Resolução 04 RELATÓRIO DE ATIVIDADES DOS PRDCs Diante das falhas apontadas no Relatório de Atividades dos PRDCs referente XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão ao ano de 2008, estabeleceu-se a necessidade para atuação dos PRDCs, que deverá ser elaborado com o o ano de 2009 da criação de novos parâmetros – mais apoio de pessoal especializado. claros e objetivos – a partir de uma lista padronizada de atribuição dos Procuradores do Cidadão. Resolução 07 APOIO À AÇÃO COORDENADA DAS PRDCS Resolução 05 O PRDC, na função de coordenador em nível estadu- PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS DE ATIVIDADES al e distrital (Rsolução n° 4, X Encontro/2004), deve DOS GRUPOS DE TRABALHO subsidiar, apoiar e facilitar a ação coordenada dos Nos relatórios anuais de atividades dos Grupos de Procuradores dos Direitos do Cidadão no Estado e no Trabalho devem constar as seguintes informações: Distrito Federal. i) análise das metas de atuação propostas no ano Resolução 08 anterior para o GT; NÃO ACÚMULO DE FUNÇÕES ii) indicação das atividades desenvolvidas pelo GT O PRDC deve atuar com exclusividade nas matérias durante o ano; previstas no art. 39 da LC 75/93 e explicitadas na iii) propostas de metas de atuação para o ano se- Resolução n° 1 do X Encontro Nacional 2004, não guinte. acumulando suas funções com as atividades afetas Resolução 06 às demais câmaras. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA Resolução 09 ATUAÇÃO DOS PRDCs NÃO ACÚMULO DE FUNÇÕES Sugere-se à PFDC a adoção de medidas destinadas A PFDC solicitará às Procuradorias nos estados e DF, à implementação de planejamento estratégico para mediante ofício dirigido aos procuradores-chefe, Relatório e Deliberações 15 Resoluções XV ENPDC que, na medida do possível, observem a Resolução Resolução 12 elencada no item 8. REPRESENTAÇÃO AO CSMPF PARA COMPATIBILIZAÇÃO DE RESOLUÇÕES Resolução 10 Tendo em vista a existência de regramentos diversos FISCALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Para o pleno cumprimento de sua missão de zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição Federal (Art. 129,ii), o PRDC e o PDC devem atuar firmemente no sentido de fiscalizar a formulação, a execução e a efetividade das políticas públicas necessárias à plena garantia desses direitos, tratando da tramitação dos Procedimentos Administrativos e Inquéritos Civis no âmbito do Ministério Público Federal, a PFDC deve representar ao Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) para que sejam compatibilizadas as Resoluções expedidas por esse Órgão com relação ao tema com as disposições constantes na Resolução 23/2007 do CNMP. de acordo com as metas estabelecidas. Resolução 13 Resolução 11 TRAMITAÇÃO DE PROCEDIMENTOS CÂMARAS REGIONAIS DO CIDADÃO ADMINISTRATIVOS Fica ratificada a Resolução n° 1 do XIII Encontro Diante das dificuldades práticas encontradas na Nacional/2007, devendo a PFDC gestionar junto ao aplicação da previsão normativa, é encaminhada PGR a sua implementação. proposta para que a PFDC solicite ao Conselho Na- 1 1 RESOLUÇÃO 01/2007: A criação de Câmaras Regionais do Cidadão é importante e essencial para o aprimoramento da atuação das/os PRDC e PDC. Ademais, sedimenta e reforça a idéia da própria Resolução 87/2006, do Conselho Superior do Ministério Público Federal, no sentido da relevância e pertinência da atuação conjunta entre os membros do MPF (artigo 8, da Resolução 87/2006). Todavia, os integrantes das Câmaras Regionais do Cidadão devem ser eleitos a partir de colégio eleitoral que inclua também os Procuradores da República, com atuação nos locais sob atribuição da respectiva Procuradoria Regional da República. Para tanto, deve ser modificado o § 3º, do artigo 2º, da minuta de alteração da Portaria 303/05. O/A Coordenador/a da Câmara Regional do Cidadão será designado/a, entre os/as eleitos/as, pelo/a PFDC. Para ser votado, o Procurador Regional da República deve estar lotado na sede da respectiva Procuradoria Regional da República. Por conseguinte, deve ser modificado o artigo 2º, da minuta de alteração da Portaria 303/05 PGR. 16 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão cional do Ministério Público (CNMP) alteração no manifestações cobertas por cláusula de sigilo legal art. 2º, § 6º da Resolução 23/07, facultando o prazo e constitucional, não podendo opor o Procurador ao de tramitação dos Procedimentos Administrativos registro nenhum outro óbice de natureza pessoal por um (1) ano, prorrogável por mais um (1) ano, para adotar a mencionada providência. antes da conversão do respectivo em ICP. Resolução 16 Resolução 14 ATUAÇÃO CUSTOS LEGIS COMISSÃO ESPECIAL DO SISTEMA ÚNICO Ações judiciais que tenham pertinência temática Solicitar à PFDC que atue perante a Comissão Espe- com o Ofício da PRDC serão preferencialmente dis- cial do Sistema Único para que verifique os pontos tribuídas a este, para que atue como custos legis, de estrangulamento, falhas de monitoramento e in- evitando posicionamentos contraditórios em rela- dexação, bem como as dificuldades identificadas no ção a demandas coletivas, adotando-se mecanismos Sistema. compensatórios de distribuição e outras providências administrativas que se fizerem necessárias à Resolução 15 adequação aos termos dessa resolução. IMPLANTAÇÃO DE BANCO DE DADOS Encaminhamento ao PGR de solicitação de implantação de Banco de Dados com caráter nacional e público, de Registro compulsório e Resolução 17 ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Programa Bolsa Família cogente para os Membros do MPF, para ACPs, Acompanhar o programa Bolsa Família na perspec- TACs, bem tiva do Direito Humano à Alimentação Adequada como todas as outras peças produzidas no âmbito (DHAA), debatendo e formulando propostas quanto do MPF, excetuando-se aquelas peças/iniciais/ a sua exigibilidade. Recomendações, Relatório e Deliberações Pareceres, etc., 17 Resoluções XV ENPDC Resolução 18 Resolução 21 ALIMENTAÇÃO ADEQUADA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Programa Bolsa Família Programa Bolsa Família Elaborar propostas que contribuam para maior efe- Acompanhar a execução dos programas comple- tividade dos programas de DHAA para os povos indí- mentares de geração de emprego e renda, con- genas, quilombolas e outros grupos vulneráveis. siderados a “porta de saída” do programa Bolsa Família, hoje concentrados em áreas urbanas, no Resolução 19 sentido de sua oferta ampla e universal, indepen- ALIMENTAÇÃO ADEQUADA dentemente de condição do beneficiário ou lugar Programa Bolsa Família de residência. Acompanhar o cumprimento das condicionalidades do Programa, formulando propostas que busquem evitar a exclusão indevida de beneficiários em virtu- Resolução 22 ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Programa Bolsa Família de de carências ou deficiências dos serviços públicos. Propugnar pela integração do Bolsa Família com ou- 18 Resolução 20 tros programas sociais, como a tarifa social de ener- ALIMENTAÇÃO ADEQUADA gia, o Programa Saúde da Família, a assistência à Programa Bolsa Família vítima de trabalho escravo, etc. Propugnar pelo aperfeiçoamento das estimativas Resolução 23 de pobreza por município e seleção das famílias ALIMENTAÇÃO ADEQUADA beneficiárias pelo Programa, a fim de evitar dis- Funcionamento do SISVAN torções e irregularidades. Acompanhar o funcionamento do Sistema de Vigi- XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão lância Alimentar e Nutricional (SISVAN) como base Acompanhar a regulamentação e implementação para a elaboração de estratégias de identificação dos dispositivos da lei n. 11.947 (art. 21) que asse- das áreas e situações de prevalência de desnutri- guram o repasse direto da verba da merenda esco- ção infantil. lar às escolas no caso de suspensão dos repasses ao Resolução 24 ente gestor (art. 20). ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Resolução 27 Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Acompanhar e colaborar com as atividades do Con- Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) selho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Integração do Programa Nacional de Alimentação (CONSEA). Escolar (PNAE) com outras políticas públicas educa- Resolução 25 ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) cionais que visem maior democratização da escola, como por exemplo, a eleição direta dos diretores pela comunidade. de tarifa bancária sobre contas para onde são repas- Resolução 28 ALIMENTAÇÃO ADEQUADA sados recursos do Programa Nacional de Alimenta- Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) ção Escolar (PNAE). Formular recomendações para a melhoria da estru- Resolução 26 tura de auditoria do Fundo Nacional de Desenvol- ALIMENTAÇÃO ADEQUADA vimento da Educação (FNDE) e a efetiva análise da Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) prestação de contas do programa. Incluir na pauta de trabalho o problema da cobrança Relatório e Deliberações 19 Resoluções XV ENPDC Resolução 29 ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Resolução 32 Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) Acesso à água e qualidade dos alimentos Fortalecimento dos Conselhos de Alimentação Esco- industrializados lar, com auditorias operacionais e exame das atas Dar continuidade à elaboração da proposta de trabalho sobre acesso à água pelas populações vulneráveis e à atuação pela redução do excesso de sódio nos alimentos industrializados. ALIMENTAÇÃO ADEQUADA de reunião, a fim de avaliar o efetivo funcionamento dos conselhos e a determinação da estrutura mínima de funcionamento. Resolução 30 ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Resolução 33 Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) Interação com a sociedade e órgãos públicos Propugnar pela integração do PNAE com o programa de transporte escolar e com o Programa Dinheiro Apoiar a participação do representante do Ministé- Direto na Escola (PDDE). Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana ALIMENTAÇÃO ADEQUADA (CDDPH) e no CONSEA. Resolução 31 ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Resolução 34 Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) COMUNICAÇÃO SOCIAL Acompanhar o repasse diferenciado do PNAE aos municípios e estados que possuem escolas indígenas e aos municípios com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). 20 rio Público Federal (MPF) na Comissão Especial do Classificação Indicativa Acompanhar o cumprimento das normas de Classificação Indicativa em todo o Brasil, em ação articulada com os PRDCs. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Resolução 35 COMUNICAÇÃO SOCIAL Classificação Indicativa Gestionar junto ao Ministério da Justiça a aplicação das regras da Classificação Indicativa também nas televisões pagas. Resolução 36 COMUNICAÇÃO SOCIAL Publicidade Infanto-juvenil TV Brasil Acompanhar a TV Brasil com o objetivo de garantir seu caráter público (TV estatal X TV do governo). Resolução 39 COMUNICAÇÃO SOCIAL TV Digital Acompanhar a renovação de concessões de canais de televisão na TV digital, sobretudo no que diz respeito a empresas cujos programas se encontram no Estudar a questão da publicidade dirigida ao públi- ranking da campanha “Quem Financia a Baixaria é co infantil, com especial atenção ao merchandising Contra a Cidadania”, da Câmara dos Deputados. testemunhal, visando a normatização do tema. Resolução 40 Resolução 37 DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS COMUNICAÇÃO SOCIAL Manual de atuação Rádios Comunitárias Finalizar o Manual de Atuação sobre aborto nos ca- Trabalhar a questão das rádios comunitárias, inclu- sos previstos em Lei, planejamento familiar e direi- sive transversalmente no que toca ao tratamento do to a não discriminação por orientação sexual. tema no âmbito do MPF (dicotomia PRDCs X Crime). Resolução 41 Resolução 38 DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS COMUNICAÇÃO SOCIAL Reconhecimento da união civil de pessoas do Relatório e Deliberações 21 Resoluções XV ENPDC mesmo sexo Ação Direta de como amicus curae e fazendo interlocução entre Inconstitucionalidade – ADI 4277 ONGs e a PGR. Acompanhar a ADI nº 4277 proposta pela Procurado- Resolução 43 ria Geral da República (PGR) sobre o reconhecimen- DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS to da união civil das pessoas do mesmo sexo, bem Portaria MS nº 1.707 de 18/08/08 - Institui o como assessorará a PGR elaborando e encaminhando Processo Transexualizador no âmbito do Sistema subsídios, realizando contato com as Organizações Único de Saúde/SUS. Não Governamentais que ingressarem como amicus curae e fazendo interlocução entre ONGs e a PGR. Acompanhar e cobrar a implementação efetiva do processo transexualizador pelo SUS, bem como rea- Resolução 42 lizar reuniões com representantes do Ministério da DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS Saúde e da população beneficiada com o processo Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 4275. transexualizador. Alteração do prenome e sexo no registro civil de transexuais independentemente da cirurgia de Resolução 44 transgenitalização DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS Aborto nos casos previstos em Lei Arguição de Acompanhar a ADI nº 4275 proposta pela Procuradoria Geral da República (PGR) sobre a alteração Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF Nº 54 do prenome e sexo no registro civil de transexuais, 22 independentemente da cirurgia de transgenitaliza- Acompanhar a ADPF nº 54 sobre antecipação te- ção, bem como assessorar a PGR elaborando e en- rapêutica do parto anencefálico ou inviável, bem caminhando subsídios, realizando contato com as como assessorará a Procuradoria Geral da Repúbli- Organizações Não Governamentais que ingressarem ca elaborando e encaminhando subsídios, realizan- XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão do contato com as Organizações Não Governamen- i) a regular remessa de preservativos e demais mé- tais que ingressarem como amicus curae e fazendo todos contraceptivos aos municípios; a interlocução entre ONGs e a PGR. ii) a forma e prazos de atendimento do procedimento de Resolução 45 esterilização voluntária, bem como a oferta do serviço DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS em quantidade razoável de unidades e sua qualidade; Aborto nos casos previstos em Lei iii) a implementação, em nível nacional, do plano Gestionar junto ao Ministério da Saúde e fazer inter- de humanização do parto e nascimento, encami- locução com os Procuradores Regionais dos Direitos do nhando o material para os Procuradores Regionais Cidadão/PRDC no sentido de procurar ampliar a oferta dos Direitos do Cidadão (PRDC). do serviço e de atendimento dos casos de aborto previsto em Lei pelo Sistema Único de Saúde, bem como verificar junto ao Ministério da Saúde quais municípios já implementaram os serviços de referência para os quais devem ser notificados os casos de violência sexual Resolução 47 DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - Lei 11.340/06 - Lei Maria da Penha (Recurso Especial - RESP 1097042 e Ação Declaratória de Resolução 46 Constitucionalidade - ADC 19/3) DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS Acompanhar os julgamentos do RESP 1097042 e da Planejamento Familiar – Lei 9.263/96 ADC 19/3 em face da existência de algumas discus- Acompanhar o cumprimento da Lei 9.263/96 (pla- sões nos tribunais sob aspectos da Lei Maria da Pe- nejamento familiar), com atenção ao direito à au- nha (Lei nº 11.340/2006), especialmente quanto a tonomia e continuar a gestão junto ao Ministério da não obrigatoriedade de representação no caso de Saúde, fiscalizando: lesão corporal (matéria do RESP 1097042) e consti- Relatório e Deliberações 23 Resoluções XV ENPDC tucionalidade dos dispositivos que explicitam especial proteção às mulheres (matéria da ADC 19/3 ). Resolução 51 Resolução 48 EDUCAÇÃO – DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS Bolsa Família Proposições Legislativas do Congresso Nacional Continuar acompanhando as proposições legislativas em tramitação no Congresso Nacional que dizem respeito aos temas tratados pelo grupo, bem como elaborar pareceres e participar de audiências públicas, quando entender necessário. Realizar estudo do programa Bolsa Família e, a partir dele, elaborar propostas de atuação em face da Administração Pública. Resolução 52 EDUCAÇÃO Revalidação de Diplomas Médicos Resolução 49 Acompanhar projeto piloto elaborado por represen- EDUCAÇÃO tantes do Ministério da Saúde, Ministério da Edu- Filosofia e Sociologia 24 História e Cultura afro-brasileiras e indígena. cação e Ministério das Relações Exteriores, com a Dar continuidade ao acompanhamento do processo de capacitação de professores para as disciplinas Fi- colaboração de universidades públicas cuja adesão losofia, Sociologia e Educação Ambiental. finalidade a revalidação dos diplomas dos estudan- Resolução 50 tes formados pela ELAM (Escuela Latinoamericana EDUCAÇÃO de Medicina). História e Cultura afro-brasileiras e indígena Resolução 53 Dar continuidade ao acompanhamento do processo de capacitação de professores para as disciplinas EDUCAÇÃO ao programa seja voluntária. Tal projeto tem como Boletim Eletrônico XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Estudar estratégia de divulgação ágil dos trabalhos Resolução 57 do grupo. EDUCAÇÃO Resolução 54 Sinase EDUCAÇÃO Acompanhar e/ou Pólos universitários – Ensino à distância plementação de Solicitar ao Ministério da Educação calendário de fiscalização dos cursos à distância e informar sobre pro- envidar uma esforços política para im- nacional de educação e profissionalização do adolescente em conflito com a lei nas entidades de atendimento. vidências quanto ao descredenciamento de instituição Resolução 58 de ensino que não atentam aos requisitos mínimos. INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Resolução 55 Manual de atuação EDUCAÇÃO Atualizar o Manual de Atuação Inclusão de Pessoas Seleção de candidatos a mestrados e doutorados com Deficiência, lançado em 2006. Formalizar recomendação às universidades para que Resolução 59 a seleção de alunos para mestrado e doutorado seja INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA realizada de forma mais isonômica e objetiva. Atuação do GT Resolução 56 O Grupo de Trabalho Inclusão para Pessoas com De- EDUCAÇÃO ficiência dará continuidade ao trabalho que estava Colégios Militares sendo realizado, no tocante: Elaborar representação para ADIN, sem prejuízo das i) à fiscalização e cumprimento do TAC de Acessibi- ACPs já ajuizadas,ou por ajuizar, em primeiro grau. lidade Bancária; Relatório e Deliberações 25 Resoluções XV ENPDC 26 ii) à acessibilidade da habitação de interesse social; iii) apoio aos colegas das PRDCs. Criação de cargos prorrogação do auxílio-doença quando não houver perícia, antes do encerramento do benefício. de instrutor de professor de Libras do Instituto Na- Resolução 61 cional de Educação dos Surdos - INES/MEC; PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL iv) acessibilidade de bens tombados, monumentos e Inspeção nas Agências da Previdência Social museus; Avaliar a necessidade de ser realizada uma segunda v) acessibilidade dos extratos, cartões de recargas e inspeção nacional nas Agências da Previdência So- outros produtos e serviços prestados por operadoras cial, coordenando a atividade. de plano de saúde e telefonia; Resolução 62 vi) acessibilidade das bulas e rotulagens de me- PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL dicamentos a pessoas com deficiência visual; Alta programada vii) acompanhamento dos trabalhos de classificação e Monitorar as ações realizadas pelo MPF no âmbito valoração das deficiências no Brasil e definir a elabo- da cidadania, especialmente no tocante ao cumpri- ração e adoção de um modelo único para todo o país. mento das liminares nas ACP’S de alta programada. Resolução 60 Resolução 63 PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL REFORMA AGRÁRIA Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) Atos normativos Continuar a atuação, com ênfase no acompanhamento Fazer levantamento dos textos normativos que tratam das modificações implementadas pelo INSS, na negocia- da Reforma Agrária e identificar eventuais inconsistên- ção do TAC relativo à revisão das aposentadorias e à cias e lacunas, principalmente nos atos internos; XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Resolução 64 REFORMA AGRÁRIA REFORMA AGRÁRIA Licenciamento ambiental Atos normativos Discutir com Incra e MDA aprimoramento do licencia- Discutir com o Instituto Nacional de Colonização e mento ambiental de projetos de assentamento (interfa- Reforma Agrária (Incra) e com o Ministério do Desen- ce com a 4ª CCR) e de programas de assistência técnica; volvimento Agrário (MDA) sugestões de aperfeiçoamento desses atos normativos; Resolução 65 REFORMA AGRÁRIA Atuação dos PDC’S Diagnosticar os principais problemas enfrentados pelos PDC’s nos diversos estados da federação, buscando oferecer subsídios para atuação uniforme em relação à Reforma Agrária; Resolução 66 REFORMA AGRÁRIA Resolução 68 REFORMA AGRÁRIA Licenciamento ambiental Fomentar iniciativas locais de acompanhamento e fiscalização dos processos de licenciamento e dos programas de assistência técnica; Resolução 69 REFORMA AGRÁRIA Plano Nacional de Reforma Agrária Participar de discussões sobre a reedição do Plano Nacional de Reforma Agrária; Cumprimento de atos normativos Identificar Superintendências do Incra nas quais os atos normativos não são cumpridos; Resolução 67 Relatório e Deliberações Resolução 70 REFORMA AGRÁRIA Saúde e Educação Buscar garantir o acesso dos assentados e acampa27 Resoluções XV ENPDC 28 dos aos direitos fundamentais, especialmente à saú- Resolução 73 de e à educação. SAÚDE Metas do Milênio Resolução 71 SAÚDE Acompanhar as ações do Ministério da Saúde e apre- Atuação do GT sentar proposta de ações uniformes para cumpri- O GT Saúde concentrará sua atuação diretamente mento das Metas do Milênio. no Ministério da Saúde, para que sejam resolvidos Resolução 74 problemas estruturais de controle e avaliação dos SAÚDE serviços de saúde e da implantação de políticas pre- Inclusão de medicamentos conizadas pelo Ministério da Saúde destinados ao Propor recomendação ao Ministério da Saúde para cumprimento dos objetivos do Milênio: redução da revisão dos protocolos clínicos e normatização do mortalidade infantil, melhoria da saúde materna e processo de inclusão de medicamentos e novos pro- eliminação da hanseníase. cedimentos a fim de garantir celeridade, publicida- Resolução 72 de e participação social. SAÚDE Resolução 75 Atuação do GT SAÚDE O GT Saúde concentrará sua atuação diretamente no Medicamentos excepcionais Ministério da Saúde para que seja criada política de Os PRDCs e PDCs informarão à PFDC (GTSaúde) os medi- avaliação permanente dos serviços de saúde mental camentos excepcionais que estão sendo pleiteados em voltada às crianças, adolescentes e infratores. procedimentos administrativos e ações civis públicas. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Resolução 76 Resolução 79 SISTEMA PRISIONAL SISTEMA PRISIONAL Atuação do GT Visita a estabelecimentos prisionais Dar continuidade, publicidade e distribuição ao in- Incentivar a realização de visitas dos Procuradores formativo “Por Dentro das Prisões”, organizado pelo dos Direitos do Cidadão e suas equipes aos estabele- GT Sistema Prisional. cimentos prisionais. Resolução 77 SISTEMA PRISIONAL Atuação do GT Manter o subgrupo do GT Sistema Prisional em Pernambuco e estender a experiência para outros estados. Resolução 78 SISTEMA PRISIONAL Atribuição ordinária Incentivar a formação de consciência de que o trabalho do Ministério Público Federal na fiscalização do encarceramento está entre suas atribuições ordinárias, como defensor dos direitos do cidadão. Relatório e Deliberações 29 Exposição 1 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Exposições Relatório e Deliberações 31 Exposição 1 Expositora: Paula Lima Assessora Especial da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) Coordenadora da mesa: Luciana Loureiro Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão no Distrito Federal Relator: Ailton Benedito Souza Procurador Regional dos Direitos do Cidadão no estado de Goiás Apresentação do Processo de Construção do Programa Nacional de Direitos Humanos III. Comitê de Acompanhamento do Plano Nacional XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão RELATÓRIO DA EXPOSIÇÃO Relatoria: Ailton Benedito Souza - Procurador Regional dos Direitos do Cidadão no estado de Goiás Inicialmente, a expositora destacou que na construção do III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) se buscou contar com a participação da sociedade civil, bem como dos Ministérios, de modo que o mesmo possa ser visto como um programa do 1. Interação democrática entre o Estado e a sociedade civil; 2. Fortalecimento dos direitos humanos como tema transversal da sociedade civil, com a efetivação de um modelo de desenvolvimento sustentável da sociedade, com inclusão social, valorização da pessoa humana como sujeito central do processo; Promoção e proteção do direito ao meio ambiente; Estado Brasileiro, do governo como um todo e não 3. Universalização de direitos em um contexto de apenas da Secretaria Especial de Direitos humanos. desigualdades, com a promoção de direitos das Paula Lima revelou que a construção do Programa teve por base uma conferência pautada em eixos informadores. Destacou, ainda, que se busca o acom- crianças e dos adolescentes, o combate às desigualdades estruturais e a garantia da igualdade na desigualdade; panhamento do Plano de Ação do PNDH, por meio 4. Violência, Segurança Pública e acesso à Justiça, de um comitê. Afirmou, ainda, que o PNDH tem por com a modernização do sistema de segurança pú- base os Tratados de Direitos Humanos ratificados pelo blica e o fortalecimento da transparência e parti- Estado Brasileiro, as recomendações expedidas pelas cipação popular no sistema de segurança pública e organizações internacionais de defesa dos direitos justiça criminal, prevenção da violência e criminali- humanos, bem como os planos e programas de gover- dade e profissionalização, garantia dos direitos das no. Sobre os eixos orientadores do PNDH, destacou vítimas de crimes, promoção e ampliação de um sis- que são os seguintes: tema de justiça efetiva; Relatório e Deliberações 33 Exposição 1 5. Educação e cultura em direitos humanos, com o despercebidas, mas que se isso ocorreu não foi fortalecimento dos princípios democráticos e dos de modo intencional. direitos humanos nos diversos ramos da educação (básica, nível médio e superior); tre o MP e o Poder Executivo, a expositora afirmou 6. Direito à memória e à verdade, com o que, apesar de não ocorrer uma vinculação insti- reconhecimento da memória e da verdade como tucional, tem ocorrido um diálogo com essa ins- um direito humano da cidadania e dever do Estado. tituição, a qual tem sido ouvida e participado da Busca-se uma abordagem franca e sincera dos fatos construção do Programa. ocorridos durante a Ditadura, como um meio de avançar para o futuro; 7. Preservação da 9. Foi relatada ainda a criação de uma Comissão da Verdade, com amplas competências. Indagada memória histórica e acerca da existência de previsão de instrumentos construção pública da verdade, modernização de controle da criação de forças de elite nas da legislação relacionada com a promoção do polícias, Paula Lima afirmou que não há trabalho direito à memória e à verdade, fortalecendo específico a respeito desses grupos de elite, mas a democracia. Indagada a respeito de como o apenas uma abordagem de cunho genérico das programa estaria lidando com os indicadores Polícias, que acaba, contudo, por versar sobre sociais, ela revelou que ainda não se conta com alguns pontos referentes a esse tema. Destacou esses dados, mas que está prevista a busca em a dificuldade de efetivar um controle, tendo em médio prazo dos mesmos. Questionada acerca vista o fato das Polícias Civil e Militar pertencerem da ausência de menção no Programa de ações de aos Estados. fortalecimento dos institutos despenalizadores, afirmou que essas medidas podem ter passado 34 8. A respeito da previsão de um maior diálogo en- O único mecanismo de controle tem sido o XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão condicionamento da liberação de recursos ao 10. Ainda durante os debates, questionada acerca atendimento pelos Estados de exigências impostas da previsão no PNDH de ações de proteção das pela União, no que diz respeito aos direitos humanos. comunidades tradicionais, a expositora afirmou que Revelou, que não existe uma meta de diminuição do existem iniciativas para assegurar a participação índice de letalidade desses grupos policiais. Acerca dessas comunidades nos processos de licenciamento de das medidas de efetivação do direito de acesso à grandes empreendimentos que venham a interferir nos justiça, afirmou que o programa tem buscado atingir seus modos de viver, bem como de ações para proteger os setores mais vulneráveis da sociedade. os modos de criar, fazer e viver dessas comunidades. Relatório e Deliberações 35 Exposição 2 Expositor: Paulo Gilberto Cogo Leivas Procurador Regional da República 4a Região Coordenador da mesa: Álvaro Luiz de Mattos Stipp Procurador da República Relator: A Construção da Cidadania em um Estado Democrático de Direito. As Entidades Silmara Cristina Goulart Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão no estado de Minas Gerais Civis de Direitos Humanos e os Movimentos Sociais. A interlocução dos Procuradores Regionais dos Direitos do Cidadão (PRDC) e dos Procuradores dos Direitos do Cidadão (PDC) com a Sociedade Civil. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão RELATÓRIO DA EXPOSIÇÃO Relatoria: Silmara Cristina Goulart - Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão em Minas Gerais novos temas, novos direitos. Eles produzem informações importantes, interpretam valores de forma diferente, mobilizam bons argumentos e denunciam argumentos ruins. Contudo, para o sistema político Inicialmente, o expositor focou atenção no conceito aceitar esses novos direitos, é necessário transpô- (polissêmico) do termo cidadania, através do século, los para a esfera pública. salientando que o conceito que interessa é de cidadania coletiva. Em seguida, traçou as linhas gerais da Finalidade importância dos movimentos sociais, suas funções, fi- A produção de uma atmosfera consensual, capaz de nalidades, limites, problemas e críticas enfrentadas. modificar as parâmetros legais de vontade política Sociedade civil e exercer pressão sobre o parlamento. É uma Sua importante consiste em captar os anseios da esfera privada para levar para esfera publica. É um espaço de discussão dos grandes temas, lugar onde indivíduos e organizações organizam o bem comum. democracia ampliada, além da representativa. O crescimento dessa democracia traria uma erosão da democracia representativa? Para o palestrante eles não se substituem. Esse espaço precisa ser conquistado no que diz res- Problemas e críticas aos movimentos sociais e peito reconhecimento dos direitos, da cidadania. E associações: o espaço entre a esfera privada e o sistema político, • falta de legitimidade: não procede, porque o buscando influenciar este último. movimento social não toma decisões; Funções • a existência de associação e movimentos sociais Os movimentos sociais tem maior sensibilidade para de caráter não liberal (ex: fundamentalismo) ou Relatório e Deliberações 37 Exposição 2 Exposição 2 manipulada por interesses político-partidários: deve ças na esfera pública e no sistema político: por isso, saber diferenciar; a aliança com o Ministério Público é importante; • uso de meios ilegais (desobediência civil): os dou- • Algumas demandas não são consensuais dentro trinadores defendem meios ilegais para fins legíti- dos próprios movimentos; mos. Para o expositor, o MPF deve debater isso, mas • esse direito é reconhecido por todos autores liberais. suas demandas em linguagem jurídica material e processual, porque muitos deles não tem assessoria Limites jurídica adequada. Por isso, o papel do MP é de in- • Os movimentos sociais dependem de protetores que terlocução com estes movimentos sociais e tradução arranjem as fontes necessárias em termos de dinheiro destas demandas em direito. e organização. Não raro, o Estado e as Organizações Internacionais financiam os movimentos. Para o palestrante, isso não descaracteriza nem polui o movimento. • Pouca força para produzir influência e/ou mudan- 38 Diversos movimentos não conseguem traduzir A interlocução é importante porque os movimentos sociais exercem um papel importante em uma democracia argumentativa. Diversos grupos vulneráveis não são representados adequadamente no sis- XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão tema político. Por isso, é necessário abrir um canal instrução dos procedimentos e estabelecimento de de diálogo com os movimentos, o que não significa prioridades: esse debate e contraponto é necessário; adesão a todos os direitos por eles pleiteados, para que se possa levar seus anseios até o Poder Judiciário. Ex: ACP sobre a cirurgia de transgenitalização. • Participação em eventos organizados por movimentos e associações; • Ter sempre as portas abertas para receber os O palestrante lembrou que na maior parte das vezes, representantes dos movimentos: não é cortesia e há uma confluência dos direitos que nós protegemos sim dever do MP. e aqueles demandados pelos movimentos e que muitos movimentos possuem informações especializadas que poderão ser úteis para a instrução de procedimentos. Portanto, eles precisam de nós e nós precisamos dos movimentos, sobretudo porque em alguns casos, são os movimentos que apóiam as iniciativas de MP e a manutenção de nossas prerrogativas constitucionais. Não se pode esquecer que foi o movimento indigenista que, exerceu forte lobby para nossa conformação constitucional. • Organização e participação em cursos de capacitação de membros dos movimentos sociais e dos Conselhos, a fim de torná-los protagonistas, emancipados de nossa atuação junto ao sistema político; • Atuação mediador diante de conflitos sociais; • Atuação em litisconsórcio com a associação nas ACPs, quando adequado, de maneira que eles se sintam atores e não coadjuvantes do processos; • Sensibilidade do PRDC para a diferença. Propostas práticas para criar/reforçar a interlocução entre o PRDC/PDC e os movimentos sociais • Realização de audiências públicas gerais para compreensão das demandadas das sociedades civis, para Relatório e Deliberações Debates Foram lançadas as seguintes perguntas: 1. até que ponto o Judiciário veria o litisconsórcio 39 Exposição 2 Exposição 2 40 como falta de imparcialidade do MP? Para o 4. Quando o conflito dentro do movimento social expositor, depende da demanda, da cultura do traz o conflito para dentro do próprio MP, o que se Judiciário na cidade. No RS não há resistência. deve fazer? Ex: conflito entre as Camaras (ambiental O ganho que se tem nisso é legitimidade: não e indígena, por ex): deve-se buscar o consenso. é posição individual do PR mas demanda da Temos que criar espaço para debatermos uma sociedade civil. posição institucional, como ocorre no caso de cotas, 2. Até que ponto poder haver a aproximação do MST, por ex., no momento da desobediência civil, antes da propositura de ações dentro da Instituição. É importante a instituição ser plural. invasão do Incra, ou situações de cárcere privado? Colega salienta a importância de colocar no curso A questão é complicada, entende o palestrante. A de iniciação de Procuradores painel das ações posi- competência é um fator complicador quando ocorre tivas e frutos da relação entre PRDC e movimentos a invasão. Deve-se discutir mais essa questão, mas sociais. Levanta questões ainda sobre grupos de in- o que o palestrante defende é que o PRDC-PRC teresses religiosos, alguns deles estão sendo injusti- deve atuar como mediador, e não como repressor çados quando algum posicionamento ético os impede do conflito. A ocupação das terras foi estabelecido de defender alguns pleitos. Na ação do colega Je- como tática do movimento. fferson, para Paulo, não há injustiça com relação ao 3. Como o Ministério Público pode fomentar grupo religioso. Nas ações do aborto de anencéfalo a as instituições de interesse? Não devemos ser Igreja e associações religiosas foram admitas como paternalistas. Sempre existem germes de movimento amicus curie. Livros consultados para o enfoque do social; o que falta as vezes é a articulação deles tema: Direito e Democracia - Habermas , Teoria dos como associações, por isso, o curso de capacitação Movimentos Sociais - , Bernardo Sorj (critica os movi- desses atores é importante. mentos sociais, o conceito Direitos Humanos). XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão ABRIR FOTO PARA PÁGINA INTEIRA INSERIR FOTO Relatório e Deliberações 41 Exposição 3 Expositores Sérgio Cruz Arenhart Procurador da República Anna Maria Peliano Coordenadora da área de Responsabilidade Social da Diretoria de Estudos Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Coordenadora de Mesa Nilce Cunha Rodrigues Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão no estado do Ceará Análise do Relatório Anual de Atividades da Procuradoria Federal dos Relator José Milton Nogueira Junior Procurador Regional dos Direitos do Cidadão no estado do Maranhão Direitos do Cidadão e das Procuradorias Regionais dos Direitos do Cidadão na atuação da defesa da cidadania. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão RELATÓRIO DA EXPOSIÇÃO Relatoria: José Milton Nogueira Junior Procurador Regional dos Direitos do Cidadão no estado do Maranhão Expositor: Sérgio Cruz Arenhart - Procurador da República jetivo (ex: um PA para cada município, em vez de apurar irregularidades em inúmeros municípios em único PA). Daí a cautela na avaliação do relatório de atividades. Os relatórios não intencionam criticar o trabalho dos colegas, mas sim estimular a discussão sobre a atuação em cada unidade do MPF. A grande distân- O relatório de atividades é muito importante para cia entre as informações das PRDC's decorre de fa- estimular os colegas a apresentarem dados cada tores como as diferentes técnicas de apuração dos vez mais confiáveis. Serve como instrumento para dados, bem como as distintas formas de atuação de coordenar a atuação ministerial e programar e al- cada membro. Esse disparate é bem vislumbrado na cançar metas. comparação do número total de feitos existentes na Embora não apresente total fidelidade da atuação dos colegas, o relatório serve para se discutir metas, suscitar o debate, aprimorar instrumentos e PRDC/SP, consideravelmente inferior àqueles presentes em outras unidades menores, como a PRDC/ SE e a PRDC/PA. mostrar o trabalho do MPF. Nem sempre o relatório Na área de saúde (mais enfocada pelos PRDC's), o representa fidelidade na atuação, eis que alguns estado de São Paulo apresentou um único procedi- colegas preferem atuar em benefício de vários in- mento, o que demonstra a falibilidade da análise. teressados (ou contra diversos Investigados) em um Isso prejudica, inclusive, a divulgação dos dados, único Procedimento Administrativo (PA), enquanto sendo evidente que, no estado de São Paulo, há outros instauram diversos feitos para o mesmo ob- mais de um PA na área de saúde. Relatório e Deliberações 43 Exposição 2 Exposição 3 Outro óbice à fidelidade dos dados apurados reside dação, por outro colega da mesma procuradoria, no na ausência de padronização na definição do tema sentido inverso. de cada procedimento/ação. Como exemplo, foi citado o feito em que se investiga a regularidade de concurso público na área da saúde. Nesse caso, há colegas que o incluem como PA da saúde e outros que o vinculam à matéria de outras câmaras temáti- mendações decorre, provavelmente, do fato de, nos primeiros, o Representado estar, no seu sentir, reconhecendo culpa quanto ao assunto tratado. cas, como a 5ª CCR ou a 1ª CCR. Isso, sem sombra de Há um represamento dos procedimentos com deter- dúvida, interfere na avaliação da atuação de cada minação de arquivamento pendentes de homologa- colega, e da instituição como um todo. ção, o que demonstra a dificuldade que as Câmaras As Recomendações não vêm sendo disponibiliza- têm de acompanhar o ritmo dos arquivamentos para das/divulgadas pelos seus elaboradores aos demais fins de homologação. Os procedimentos mais arqui- colegas, não só os da própria Procuradoria, como vados versam sobre Saúde (1º), Previdência Social os de outras unidades do MPF. (2º) e Educação (3º). Essa divulgação é importante, sobretudo quando O aparecimento da temática “previdência social” o objeto do procedimento extrapola os limites da nesse tocante sugere que os procuradores estão ins- unidade federativa no âmbito da qual exerce o taurando procedimento em benefício de uma única subscritor suas atribuições. Daí a necessidade de se criar um banco de Recomendações, ACP's, TAC's, etc, a fim de evitar atuações conflitantes. 44 A menor existência de TAC's em relação às Reco- pessoa, tendo em vista que grande parte da população procura o MPF para obtenção/restabelecimento de benefício previdenciário. Tal atuação (individual) Exemplificou-se caso em que, para o mesmo tema, implica em mais uma barreira frente à eficiência foi interposta uma ACP num sentido e uma Recomen- dos indicadores quantitativos verificados no rela- XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão tório, o que demanda discussão acerca da atuação individual dos colegas em defesa dos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O interessante é que a matéria “Previdência Social”, – figuradora na segunda posição dos temas que mais ensejam arquivamento de PA's (atrás apenas da Saúde) – sequer aparece no quadro representativo dos assuntos mais tratados nas PRDC's, tendo sido inserido na situação “outros”. No paraná, os colegas que atuam na tutela coletiva (procedimentos) não são os mesmos que atuam como custus legis, permitindo que os primeiros não • Necessidade de aperfeiçoar a estatística, notadamente no que diz respeito à classificação dos temas, eis que alguns colegas indicam o mesmo objeto com denominações diversas; • Necessidade de centralizar essas informações, permitindo comunicação entre as áreas; • Necessidade de criação de estruturas para receber as denúncias do cidadão, e informar a este o andamento de sua provocação; • Necessidade de criação do Cadastro Nacional dos Inquéritos Civis Públicos e TAC's. se preocupem com os prazos dos pareceres. Evita- No projeto da Nova Lei da Ação Civil Pública, está se, assim, que a tutela coletiva seja prejudicada. Por prevista a criação do Cadastro Nacional dos Inqué- outro lado, pode ensejar menor instauração de pro- ritos Civis Públicos. No entanto, a instituição desse cedimentos a partir da atuação como custus legis, o banco de dados já deveria ser providenciada inde- que somente seria evitado se os colegas mantiverem pendentemente do advento do novo diploma legal. bom nível de comunicação. Expositor: Coordenadora da Área de Responsabilidade Social da Diretoria de Estudos Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Ana Maria Peliano Também na área da Saúde é concentrado o maior volume da atuação judicial do MPF. Sugestões referentes aos relatórios: Relatório e Deliberações 45 Exposição 2 Exposição 3 Elaborou leitura crítica do relatório, analisando-o como ce na primeira seção as prioridades, deveria ter se- uma cidadã que tem experiência no assunto. Destacou guido a mesma seqüência temática ao organizar os que, em um relatório, almeja-se auferir: para que ele indicadores, ou seja, as categorias de atividades); foi elaborado; o que ele quer refletir; e para quem é dirigido. Sentiu falta de metas programáticas, para que se pudesse entender os resultados obtidos. Apontou que, de um relatório, espera-se o seguinte: • Elementos para subsidiar conhecimento sobre o • Informações sobre o andamento das atividades e resultados obtidos; papel da instituição (o relatório traz bons elementos • Subsídios para tomada de decisões relativas a re- • Elementos para divulgar os trabalhos realizados. formulações ou aperfeiçoamento da atuação institucional (os tomadores de decisão são os melhores julgadores de relatórios); para aprimorar a imagem da instituição); Ressaltou que as cinco principais áreas denunciadas pelos cidadãos não coincidem com as 5 principais temáticas desenvolvidas nos procedimentos e ações do MPF. • Informações relevantes para o aprendizado interno mediante o intercâmbio de experiências (as informações para as equipes internas ensejam diversas reflexões, como aquelas indicadas pelo Dr. Sérgio, a exemplo da discrepância dos dados sobre a elaboração de pareceres na atuação judicial dos colegas); • Subsídios para identificar dificuldades e lacunas na atuação institucional (como o relatório estabele- 46 • Fornecer elementos para estabelecer parcerias (seria interessante incluir indicador qualitativo, além do quantitativo); Dificuldades na elaboração de relatório: • Construir entendimento sobre os objetivos do relatório de atividades apresentado; • Construir entendimentos sobre os indicadores de processos, resultados e impactos; • Desenvolver modelo, simples, oportuno e operacionalmente viável; XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão • Manter e atualizar banco de dados; • Compatibilizar informações gerenciais com as realidades locais; • Capacitar e manter equipe interna de profissionais. Dentre essas dificuldades, merece salientar a seleção de indicadores. Se destacam: ber que permitem eles dar um balanço nacional e comparações regionais. Porém, não refletem os desdobramentos das ações (não se sabe se as 500 Recomendações estão dentro das 5468 atuações extrajudiciais). Sugeriu alimentar o site com os desdobramentos das atuações. Em relação aos indicadores da atuação dos Grupos • Utilidade (os indicadores devem ser quantitativos de Trabalho, não ficou claro se as ações foram rea- e qualitativos, e não devem possuir caráter somente lizadas ou se apenas constam no plano de trabalho. técnico, mas também político); Não apresentam também a hierarquia das ações, • Confiabilidade; separando aquelas mais importantes. Merecia des- • Viabilidade; • Atualidade; • Tempestividade; • Comunicabilidade. Para aprimorar ações e tomar decisões, são fundamentais os indicadores Atualidade e Tempestividade. taque a qualificação da atuação dos Grupos de Trabalho, apontanto aquelas ações mais importantes. Enfim, o relatório é instrumento importante de aprimoramento da atuação institucional e facilitador da comunicação e entrosamento entre as unidades. Debates A Coordenadora da Mesa informou não ser possível Quanto à Comunicabilidade, devem os indicadores abrir os debates, em razão do adiantado da hora e ser pouco numerosos e autoexplicativos. Analisan- da existência de outros compromissos do próximo do os indicadores do relatório, é possível perce- expositor. Relatório e Deliberações 47 Exposição 4 Expositor Eduardo Pereira Nunes Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Coordenadora de mesa Mona Lisa Abdo Aziz Ismail Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão no estado de Pernambuco Relator José Guilherme Ferraz da Costa Procurador Regional dos Direitos do Cidadão Substituto no estado da Paraiba O Brasil em Síntese pelo IBGE. Indicadores Sociais: Pobreza, Saúde, Educação. Perfil dos Municípios Brasileiros. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão RELATÓRIO DA EXPOSIÇÃO de crescimento vem caindo nesse período (taxa de 2,4% ano para uma taxa de 1,6% ano). Relatoria: José Guilherme Ferraz da Costa Procurador Regional dos Direitos do Cidadão Substituto no estado da Paraiba Na década de 40, a família brasileira compreendia um conjunto médio de seis filhos por família, sendo O palestrante informa ter optado por tratar, que hoje chega-se a menos de dois filhos por famí- inicialmente, dos lia, o que indica a proximidade de estabilização do municípios brasileiros, a partir de amostragem crescimento, estimando-se o início do decréscimo por domicílios, destacando alguns aspectos para populacional a partir do limite de 240 milhões, a ser uma apreciação geral de questões sociais de atingido por volta de 2040. maior relevo para a discussão posta no âmbito Essa queda decorreu da difusão do planejamento deste evento. familiar espontâneo, a partir de fatores como a ur- A análise superficial desses dados, tendo como banização da sociedade brasileira, da popularização exemplo o acesso a certos bens e serviços (como dos anticoncepcionais e da inserção da mulher no o filtro de água e o saneamento básico) revela, mercado de trabalho). Se não houvesse essa queda, desde logo, a desigualdade entre regiões do País, teríamos hoje cerca de 230 milhões de habitantes. notadamente opondo-se a situação do Norte- Sobre o problema da mortalidade infantil, verifica- Nordeste ao CentroSul. se que, na década de 40, para cada mil crianças No aspecto demográfico, observa-se que, dos anos que nasciam vivas morriam cerca de 150, sendo 1940 aos anos 2000 tivemos um incremento popula- que hoje essa taxa é de 24 para cada mil, mas se cional de quase 5 vezes (passamos de cerca de 40 mi- vê que a comparação das médias daquela época e lhões para cerca de 190 milhões), mas a taxa média atuais entre Norte/Nordeste e Sul/Sudeste, con- do Relatório e Deliberações perfil sócio-econômico 49 Exposição 2 Exposição 4 firmam a constatação de significativo desnível en- Constata-se, por outro lado, que, na década de 60, ti- tre regiões do País. nhamos uma estrutura etária semelhante a da África Ressaltou-se, entretanto, o fenômeno dos eleva- dos dias atuais. dos índices de “sub-registro” civil, a compromoter Certamente, uma população que vive mais tem novas o exercício da cidadania por significativo segmento necessidades, como a demanda por acesso dos idosos a da população. A longevidade ou expectativa de vida serviços públicos e a benefícios previdenciários. Logo, da população brasileira elevou-se de uma média de conclui-se que a informação estatística tem como pa- 40 anos na década de 40 para a idade próxima a 73 pel prover o gestor com informação para orientação de anos em 2007 – principalmente em virtude da evo- planos de ação e tomada de decisão. lução da tecnologia médica e de iniciativas como as periódicas campanhas de vacinação. Esses indicativos também revelam desigualdades entre as regiões brasileiras, tomando-se como exemplo a diferença de 10 anos entre a expectativa de vida média nos Estados de Santa Catarina e de Alagoas. Sobre Educação, observa-se que, na década de 60, o Brasil tinha 40 % de analfabetos, enquanto hoje temos uma taxa por volta de 10%, considerando-se o universo de brasileiros com mais de 15 anos. Esse dado reflete-se em cerca de 14 milhões de analfabetos, sendo que, desse total, metade encontra-se Por conta da maior longevidade e menor mortalidade, apenas na região Nordeste. temos uma alteração na “pirâmide etária” para uma 50 forma quase retangular. Nesse aspecto, duas curiosi- Desdobrando-se esse dados, verifica-se que para dade: as projeções para 2050 indicam uma estrutura cada quatro brasileiros que vivem na região Nordes- etária muito parecida com a da população francesa, o te com renda de até meio salário mínimo, um não que nos permite antecipar problemas de impactos so- sabe ler e escrever. Enquanto a média nacional é bre o mercado de trabalho, migrações, universidades. de dez para cada um e, na região Sul, para aqueles XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão com mais de dois salários mínimos, a taxa cai para me de segregação racial lá mantido por anos, temos apenas 1%. indicadores sociais semelhantes aos daquele país. A partir da análise desses dados, prevendo-se o cenário futuro nesse particular, observa-se que o percentual de analfabetos vem caindo, elevando-se consideravelmente a taxa de freqüência escolar de crianças e adolescentes. Infere-se, portanto, que o contingente de analfabetos envolve, em verdade, os mesmos indi- Outrossim, comparando-se dados sociais da Coréia do Sul e do Brasil, demonstra-se, no primeiro caso, uma queda bem mais expressiva nas taxas de analfabetismo, indicando a relevância de políticas públicas educacionais bem estruturadas e focadas em metas para rápida transformação do quadro estatístico. víduos que, não tendo acesso à educação formal na ju- Sobre o acesso ao mercado de trabalho, temos ventude, continuaram analfabetos por toda vida, em- como dado relevantíssimo para formulação de po- bora sirvam hoje como esteio para sustento da família líticas públicas o de que, dentre os cerca de 90 a partir da expansão dos benefícios previdenciários e milhões de ocupados no País, apenas 30 milhões assistenciais voltados a esse público. contam com carteira assinada (33%), enquanto os Comparando os números do Brasil com outros países, estamos em patamar inferior, por exemplo, ao do Mercosul e de Cuba, no tocante à taxa de analfabetismo. Comparado esses dados no contexto dos “BRIC's” (Brasil, Rússia, Índia e China), a posição do Brasil também é desfavorável, embora, do bloco, a demais trabalham na informalidade, sem cobertura previdenciária. Esse dado tem grave impacto na contas da seguridade social, implicando elevado risco de déficit diante da necessidade de amparar no futuro mesmo os que não contribuíram ao longo da vida produtiva. Índia, com sua enorme população, tenha índices mais Sobre trabalho infantil, vemos que em 1992, 19% das alarmantes. Vale comparar a situação do Brasil com a crianças em idade escolar estavam trabalhando, sendo da África do Sul, sendo que, mesmo com todo o regi- que hoje essa taxa reduziu-se a cerca de 10%. A despeito Relatório e Deliberações 51 Exposição 2 Exposição 4 dessa evolução positiva, esse percentual ainda abrange Sobre o atual contexto da atividade econômica no milhões e milhões de crianças em situação vulnerável. Brasil, a despeito da atual crise financeira cujos Sobre o nível de rendimentos da população, constata-se que nos últimos anos a renda real da população vem crescendo, embora seja marcante, também nesse aspecto, o desnível regional no País. Por exemplo, o 1% de mais pobres no Sul/ Sudeste tem renda média de R$ 263,00, enquan- dizer que aqui tais efeitos não se apresentaram com a profundidade com que atingiram países mais desenvolvidos, embora tenhamos suportado abalos em razão da falta de crédito e da redução da demanda externa por nossos produtos. to o 1% de mais ricos tem renda média de R$ Numa análise geral, constata-se que as medidas 19.000,00; contudo, na região Nordeste e Centro econômicas adotadas foram bem sucedidas em es- Oeste, o 1% de mais pobres têm renda média de timular a atividade econômica. Esses efeitos foram R$ 125,00 e o 1% de mais ricos tem renda média bem mais amenos, no tocante a dívida pública e de R$ 25.000,00. desemprego, por exemplo, quando comparados Enfim, embora constatemos uma melhora sensível de indicadores de desenvolvimento humano no Brasil nos últimos anos, ao se comparar a questão da distribuição de renda é possível constatar que ainda estamos próximos aos países que têm 52 efeitos são vivenciados em todo o mundo, pode-se com aqueles verificados nos Estados Unidos e Europa, podendo-se afirmar que o País tem demonstrado uma capacidade de resposta rápida, o que contribui para assegurar as conquistas sociais alcançadas nos últimos anos. a pior distribuição – tais como Moçambique, Leso- Nosso grande desafio atual é prosseguir na redução to e Namíbia, embora nosso potencial econômico da pobreza e da desigualdade, tarefa para a qual as seja próximo ao de países altamente desenvolvidos Procuradoras e Procuradores dos Direitos dos Cida- como Suécia, Japão e Alemanha. dãos têm um papel relevantíssimo. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão O palestrante responde à pergunta do Procurador manter a renda familiar. Nesse sentido, a erradi- da República no Rio de Janeiro Marcelo Miller so- cação do trabalho que afeta meninis e meninas bre as taxas de analfabetismo funcional, esclare- teria efeitos benéficos em vários aspectos, desde cendo que estes abrangeriam os que têm menos uma queda mais acentuada do analfabetismo, me- de 4 anos de escola, na faixa de quinze a vinte e lhoria da renda respectiva. quatro anos, atingindo 24% da população. Atendendo à pergunta Procuradora Regional dos Isto demonstra um índice alto de analfabetismo Direitos do Cidadão no Amazonas Luciana Gade- funcional, embora, nesse faixa, estejam incluídas lha, o palestrante afirmou que a prioridade para apenas 2% do total daqueles considerados com- atuação dos Procuradores e Procuradoras dos Di- pletamente analfabetos. Logo, é na faixa etária reitos do Cidadão deve ser a criança e o idoso, superior a 24 anos que temos a maior parte do observando que, no caso deste último, tem havido grupo de analfabetos, com concentração na área um verdadeiro massacre em certas situações, no- rural do Nordeste e com nível de renda de até tadamente no tocante a questões previdenciárias, meio salário mínimo, muitas vezes sustentando como por exemplo a redução do nível de renda de sua família a custa de benefícios previdenciários benefícios, o enrijecimento de critérios de con- ou assistenciais. cessão e a falta de acesso à Justiça para que pos- Registra ainda que essa taxa vem caindo signifi- sam fazer valer seus direitos. cativamente nos últimos anos, nessa faixa de 15 Segundo ele, o Instituto Brasileiro de Geografia e a 24 anos, sendo que tal redução é prejudicada Estatística (IBGE) continuará prestando serviços de pela persistência do trabalho infantil, não só es- informação acerca desse quadro de vulnerabilida- cravo, mas também aquela modalidade em que o de, visando contribuir para tomada de decisões em filho trabalha para ajudar os pais em tarefas para favor da defesa de direitos humanos. Relatório e Deliberações 53 Exposição 5 Expositor Eugênio Aragão Subprocurador-Geral da República Coordenadora de Mesa Ludmila Fernandes da Silva Ribeiro Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão no estado de Tocantins Relator Luciana Fernandes Portal Gadelha As Convenções/Tratados Internacionais. Observância no Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão no estado do Amazonas Brasil das Normas Convencionadas. Caso Júlia Gomes Lund e outros em tramitação na Corte Interamericana de Direitos Humanos. Papel do MPF quanto aos casos em exame nas Comissões e nas Cortes Internacionais. Entidades nacionais de Direitos Humanos. Resolução A/ Res/48/134/20.12.93 da ONU. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão RELATÓRIO DA EXPOSIÇÃO Relatoria: Luciana Fernandes Portal Gadelha Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão no estado do Amazonas abriu margem de encaminhamento do caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em 1996. Na Comissão, o caso teve encaminhamento muito lento, devido a sucessivos pedidos de adiamento feitos pelo Brasil. No início de 2009, a Comissão encami- A guerrilha do Araguaia foi um levante feito pela nhou o caso para a Corte Interamericana de Direitos esquerda revolucionária brasileira. Ocorreu um ra- Humanos, frente à impossibilidade de se chegar a cha do Partido Comunista do Brasil, que passou a ser um acordo para o caso. Foram designados dois peri- denominado pelo PC do B. A esquerda no Brasil via tos brasileiros para tratar a questão, dentre eles a na guerrilha uma oportunidade de transformações professora Flavia Piovesan e o Procurador da Repú- sociais no Brasil. blica, Marlon Weichert. A Guerrilha do Araguaia ocorreu entre 1972 e 1975, O ponto central do caso são os direitos das vítimas. em plena ditadura no País, entre o governo Médici Desde o caso Velàsquez Rodrigues, a Corte Intera- e Geisel. Há registro oficial de 64 pessoas desapa- mericana de Direitos Humanos tem entendido que recidas, presumidamente mortas. Houve tentativas a persecução é um direito da vítima. Na Corte Eu- frustradas de busca da verdade, episódios de docu- ropéia, na Bélgica, um indivíduo foi vítima de um mentos destruídos, “chicanas” criadas para não dar assalto, e o estado foi omisso. A vítima ingressou acesso a esses documentos; sequer o Executivo teve na Corte Européia para que o estado cessasse a sua acesso à documentação da época. Houve dificuldade omissão quanto à persecução criminal (década de de se levar o caso ao Judiciário brasileiro. Não hou- 1980) e a Corte Européia entendeu que vítima não ve então como exaurir os recursos domésticos, o que tem legitimidade. Relatório e Deliberações 55 Exposição 2 Exposição 5 A Lei da Anistia tem sido uma barreira para o trato é conexa em relação aos crimes políticos da época. atual desse assunto. Há problemas de tipificação do- Haveria uma conexão política apenas, mas não do méstica deficiente dos fatos. ponto de vista técnico. O presidente do STF já se posicionou dizendo que se a anistia fosse quebrada Papel do MPF para os militares também a anistia deveria ser que- Em um massacre feito pelo Exército no Curquistão brada para os guerrilheiros. o governo turco não investigou as alegações de tortura e de massacre. Tal fato foi entendido pela Tortura e desaparecimento forçado não estavam ti- Corte como omissão do Estado. A Corte entendeu pificados na época dos fatos. Tortura somente foi que a vítima tem direito de cobrar do Estado a tipificada em 1955. Antes havia apenas lesão corpo- persecução criminal. ral e outros crimes com penas muito pequenas, que seriam “afetados” pela prescrição. Esta situação se repetiu na Guerrilha do Araguaia. O Brasil reconhece os fatos, mas entende que não Outro problema é a reação política interna. Setores pode fazer nada quanto à persecução criminal, pe- conservadores da sociedade contra qualquer atitude las seguintes razões: em face da lei da anistia, inclusive dentro do próprio STF. Esses setores entendem que a lei da Anistia deve existir inclusive para esses crimes e que o di- Lei da Anistia (lei 6883) reito à verdade seria satisfeito pela perspectiva de Acordo MDB/Arena (nem os perseguidos nem os indenizações pela comissão. Há também o obstáculo perseguidores na fase da ditadura serão persegui- da punibilidade retroativa. dos criminalmente). A Lei da Anistia se refere aos 56 crimes praticados no período da exceção e crimes Argumento a favor da persecução desse crimes conexos, o que é um absurdo, porque a tortura não O Estado tem o dever de investigar, perseguir e re- XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão parar, como fruto de uma responsabilidade interna- não dá nascimento a um direito. Por isso, é razoá- cional do Estado, o que decorre de uma violação de vel que o direito internacional não admita a pres- normas internacionais pelo Estado. O dever de ver- critibilidade desses crimes. Mas o Brasil não firmou dade está inserido no dever de investigar, o dever a convenção da ONU sobre crimes imprescritíveis. de perseguir é dever do Estado e direito da vítima, Ocorre que essa convenção tem efeito declarató- como assim falado. rio e não constitutivo. Essa convenção expressa um Tortura e desaparecimento forçado são crimes contra a humanidade, que têm estatura especial. Esses crimes com violação aos direitos humanos são crimes internacionais que atingem a ordem internacional e cuja persecução interessa à comunidade internacional. A comunidade interna consenso. Há princípios do direito internacional que são iderrogáveis. Carta das Nações Unidas atribui à ONU e ao Conselho de Segurança defender esses princípios fundamentais, ainda que em face de terceiros (estados que não são parte do tratado, Estados que não são membros da ONU). retoma o direito de perseguir em caso de omissão O Estado que nasce hoje já nasce com obrigações do Estado. Não está a disposição do Estado internacionais, ainda que não tenha aderido na querer ou não perseguir. O Estado age em nome ONU. Esses princípios do direito internacional já próprio para defender interesse da comunidade nascem com o Estado e dentro desses princípios já Internacional. estão certos princípios de atuação do Estado com Como se tratam de crimes jus cogens, a prescritibilidade desse crimes pela inação do Estado não é relação a esses crimes jus cogens, que são fruto de um consenso. admitida pelo direito costumeiro internacional. De Mas como dizer que há um consenso quanto à tor- fato, se há a obrigação do Estado na persecução tura se os Estados são os maiores torturadores? Só (obrigação secundária), a violação dessa obrigação que a tortura é feita de forma clandestina, não é Relatório e Deliberações 57 Exposição 2 Exposição 5 admitida pelos Estados. Esses crimes contra a hu- A Comissão Interamericana pode agir perante in- manidade são algo de que o Estado não pode dispor. formação de qualquer fonte confiável. Ocorre que Se o Estado não exerce a jurisdição há a jurisdição um agente do próprio Estado levar uma informação complementar do TPI. contra o Estado soa, no mínimo, estranho. Mas nós podemos fazê-lo como indivíduo, não como Procura- Papel do MPF dores da República. O trabalho realizado pelos colegas tem sido no senponsabilidades (que o governo leve a sério a busca MPF como a instituição nacional de direitos humanos pelos restos mortais das vitimas), exigindo a repara- O Comitê recebe inscrição de instituição de direi- ção (ação civil pública contra o Lustra, o Estado tem tos humanos somente quando a instituição atende o dever de ingressar com ação de regresso contra a todos os requisitos dos princípios de Paris. O MPF aquele que lhe casou dano). Também o Estado tem não atende a todos esses requisitos, como o de que o dever de promover a perseguição e aqui reside o nossas decisões têm a sua autoridade por ser ins- problema. Há a impressão de que o Judiciário não irá tituição de Estado, mas não por uma questão de ser muito sensível com relação a essas ações penais. cultura de direitos humanos (usamos a força coer- tido de forçar o Estado a cumprir com as suas res- Iniciativa do Ministério Público e da Comissão Inte- 58 citiva do Estado). ramericana de Direitos Humanos é importante por- Atendemos a alguns requisitos (criados por lei, inde- que há um colega atuando como perito. Agora, o pendência funcional etc). Há instituições nacionais MPF ser parte é mais complicado, pois é órgão do A, B e C. O MPF não atende aos requisitos para ser- Estado e por isso também está no pólo passivo do mos instituições do tipo A, mas poderíamos ser do Estado e não poderia estar no pólo ativo. tipo B ou C. Como instituição do tipo B, no entanto, XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão temos muito menos direitos. O Procurador Geral da cia para um filho de desaparecido prestar serviço República poderia enviar projeto de lei para a cria- militar? ção de um Instituto de Direitos Humanos, vinculado ao MPF-PFDC, com a participação da sociedade civil, que poderia se articular para a defesa de direitos fundamentais, inclusive nessa questão de tortura. Esse instituto sim poderia ser um Instituto nacional de Direitos Humanos do tipo A. Essa Iniciativa deve ser, necessariamente, por lei. DEBATE Procurador Ivan Marcos – Uruguaiana. Em recente processo de extradição, o STF aceitou a tese do crime permanente, o que é uma indicação de que o Judiciário pode vir a ter esse entendimento defendido pelo MPF. Concordo que o MPF é parte Eugênio Aragão - Concordo com a sua proposição, já está mais do que na hora de ter alguma atuação nesse sentido. O problema é que essa obrigação de perseguir está materializada na Constituição, nos princípios fundamentais do Estado brasileiro (prevalência dos direitos humanos e princípios nas relações internacionais). Dificuldade de se buscar uma interpretação com base nos princípios constitucionais fundamentais do Brasil. Talvez devêssemos começar aos poucos, propondo uma denúncia aqui ou ali, irmos discutindo aos poucos o assunto, ao invés de levar o assunto diretamente ao STF, o que pode ser um grande risco. passiva quanto à responsabilidade penal, mor- As decisões do TPI não devem passar pelo controle mente quando se considera que o MPF se omitiu jurisdicional do STF, cabe apenas ao Brasil cumprir. na propositura de ações penais, no entanto não O STF não tem competência para julgar pedidos de estaria na hora de criar um GT, dentro do MPF, entrega feito por Estados estrangeiros, o STF tem sobre essa questão? Trazer a discussão a respeito de julgar extradição e não entrega. Se tivesse de da punibilidade e democratização dos órgãos. Há jurisdicionalizar a questão da entrega, deveria ser a possibilidade de ser criada escusa de consciên- feita pela Justiça do primeiro grau, nos termos do Relatório e Deliberações 59 Exposição 2 Exposição 5 60 art. 109 do CF. A jurisdicionalização da “entrega de os Estados nacionais. Também quando o TPI fala nacionais” para o STF criou um problema, porque nos crimes mais graves de violação aos direitos o STF pode entender que a entrega de nacionais humanos exigem uma tipificação outra, além da não é entrega e sim extradição. Tal fato pode criar prevista no estatuto de Roma. São esses pontos a jurisprudência para o STF se negar a entregar o serem suscitados. Lustra ao TPI. Eugênio Aragão – Compreendo suas ponderações. Marcelo Miller – PRDC/ RJ – Acerca da discussão O assunto não é fechado. Entendo que o Tratado de premissas para as possibilidades de persecução de Roma para obrigar os Estados a legislarem an- criminal dos crimes de tortura e de desapareci- tes declaram a imprescritibilidade desses crimes. mento forçado na Guerrilha do Araguaia. Não vejo Penso também que a perspectiva de proteção dos a Lei da Anistia como óbice, mas sim a questão da direitos humanos dos casudados na Guerrilha do imprescritibilidade. O primeiro ponto diz respeito Araguaia deve ser levado em consideração. Tam- à existência de um costume de imprescritibilidade bém entendo que seria razoável que o próprio es- com base na Convenção das Nações Unidas, que tado brasileiro levasse o caso ao TPI. Também vejo até a década de 30 tinha poucos Estados partes, que 64 desaparecidos não têm talvez o cunho da não se podendo falar assim de costume como prá- alta criminalidade para que o TPI julgasse o caso, tica reiterada. Falar de um conteúdo declaratório comparados a outros casos talvez mais relevantes, da Convenção é também uma dificuldade, porque a como o ocorrido no Sudão. Todavia, há elementos convenção estabelece apenas um dever de se criar mínimos presentes para que o caso fosse levado imprescritibilidades e não declara imprescritibili- ao TPI. dade. E esse costume de imprescritibilidade seria Procurador Ivan Marcos – Uruguaiana - Todavia, não oponível perante a ordem internacional e não para se pode esquecer que o STF, em precedente recen- XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão te, afirmou que esses crimes são permanentes, o Marcelo Miller – PRDC/ RJ– No caso da Guerrilha do que supera a questão da prescrição. O STF decidiu Araguaia não cabe falar em sequestro, porque os ainda, em casos de sequestro, que a prescrição so- guerrilheiros desapareceram em local de combate, mente começa a correr a partir da data em que a não foram forçados, portanto haveria ocultação de pessoa passa a ser encontrada. cadáver. Eugênio Aragão – Esclarecer que fala da tortura, Eugênio Aragão – Entendo que há desaparecimento mortes e não propriamente do sequestro, desapa- forçado e sequestro, e não ocultação de cadáver. recimento forçado. INSERIR AQUI FOTO 61 Relatório e Deliberações GT Sistema Prisional Relatório de Atividades agosto 2008 / agosto2009 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Relatórios de Atividades Relatório e Deliberações 63 GT Alimentação Adequada Grupo de Trabalho Alimentação Adequada Composição: Titulares Duciran Van Marsen Farena – PRDC/PB - Coordenador Fernando de Almeida Martins – PR/MG José Rômulo Silva Almeida – PR/SE Suplentes Jorge Irajá Louro Sodré – PR/RS – PRM/Sta Cruz do Sul Gicelma Santos do Nascimento – PRDC/SE Colaboradores Paulo Gilberto Cogo Leivas – PRR/4ª Região Míriam Balestro Floriano - MPE/RS Assistência ao GT Relatório de Atividades Emília Ulhôa Botelho - Assessoria Multidisciplinar agosto 2008/agosto2009 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Portarias 2008/2009 Portaria nº 18/2008- PFDC/MPF - Alteração da composição do GT; Portaria nº 07/2008PFDC/MPF - Prorrogação do GT. Enfoques de construção desta Lei e contribuiu na discussão do PL sobre o PNAE, aprovado em 16 de Junho 2009 (Lei Nº 11.947/2009). d) Estudar e propor formas de atuação nos temas: acesso à água pelas populações vulneráveis e qualidade de alimentos industrializados (excesso de sódio). a) Resgatar, acompanhar e divulgar internamente as experiências de atuação pelo direito à alimentação Atividades – 2008/2009 adequada; Reuniões Ordinárias do GT: 02 reuniões presen- b) Considerando os principais programas federais ciais (11/12/2008; 30 e 31/07/2009). relacionados ao tema do Grupo - Programa Bolsa Reuniões com instituições públicas e outras: 03 Família (PBF) e Programa Nacional de Alimentação reuniões. 01 reunião com representantes do Fundo Escolar (PNAE) – realizar atividades extra-judiciais Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de acompanhamento e fiscalização dos mesmos, para tratar de: com a PFDC, na perspectiva da universalização e superação de barreiras de acesso pelas populações a) Transferência dos recursos federais diretamente vulneráveis; para as escolas nos casos de suspensão dos repasses; c) Acompanhamento da implantação do Sistema Na- b) Efetividade da atuação dos CAE; cional de Segurança Alimentar e Nutricional, previsto na Lei Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – a LOSAN. O GT acompanhou todo o processo Relatório e Deliberações c)Prestação de contas/represamento das análises; d) Fiscalização e estrutura de auditoria; 65 Exposição 2 Relatório de Atividades e) Terceirização e aquisição de produtos. c) Situações emergenciais de risco nutricional; 02 reuniões com a Secretaria Nacional de Renda d) Revisão dos parâmetros de pobreza (estimativas de Cidadania (Senarc), do Ministério do Desenvol- de bolsas para cada município); vimento Social e Combate à Fome (MDS), sobre o e) Grupos vulneráveis e pessoas sem registro de programa Bolsa Família. nascimento; - Em 11/12/2008: f) Monitoramento do Sisvan; a) Cadastramento; necessidade de fiscalização pelo g) Programas geradores de renda complementares Ministério do Desenvolvimento Social in loco; capa- ao PBF (como têm sido operacionalizados, avalia- citação de conselheiros e prestação de contas dos ções dos resultados e eficácia, não adesão dos esta- Conselhos; a pedido da Secretaria, tratou-se tam- dos, insuficiência de recursos). bém de capacitação sobre o PBF para membros do MPF; • Projeto de Lei sobre o PNAE, aprovado em 16 de - Em 31/07/2009: Junho 2009 (LEI Nº 11.947). a) PBF: necessidade de fiscalização ou análise da gestão do programa in loco, pelo MDS, ainda que apenas em alguns municípios selecionados segundo Acompanhamento da participação do MPF em Comissões, Conselhos e Grupos de Trabalho: critérios tais como o IDH e outros, e considerando- 1. Comissão Especial do CDDPH – proposição de se também sugestões do GT; mecanismos interinstitucionais para monitora- b) Cadastro único: busca ativa em caso de baixa cobertura cadastral; 66 Acompanhamento de projetos legislativos: mento de denúncias de violação do direito à alimentação adequada. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Representante do MPF: Duciran Van Marsen Farena. 2. CONSEA: representa o MPF Duciran Van Marsen Farena. • Divulgação, na página eletrônica da PFDC, da Campanha “Alimentação: direitos de todos”, a favor da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC nº 047/2003), que inclui a alimentação 3. Grupo de Trabalho Alimentos Processados, da Câmara Setorial de Alimentos da ANVISA, Representa a PFDC e o GT o Procurador da República Fernando de Almeida Martins. Reunião: 21 e 22/08/07. Outras atividades: entre os direitos sociais estabelecidos no Artigo 6º da Constituição. • Instaurado pelo Procurador Fernando de Almeida Martins, membro titular do GT, procedimento administrativo para apuração de notícia de testes em re- • Participação do Procurador Duciran Van Marsen frigerantes com resultados que indicam a presença Farena no evento “Right to Food Forum” ocorrido de substância prejudicial à saúde. na sede da FAO – Food and Agriculture Organization, em Roma, de 1 a 3 de outubro de 2008. O repre- Plano de Trabalho – 2009/2010 – Prioridades: sentante do MPF participou do painel “Accessible Na atuação extrajudicial, sua finalidade, o Grupo Justice: Legislation and Accountability”, realizado deverá dar continuidade ao trabalho que vem de- do dia 02 de outubro de 2008, com o tema “O papel senvolvendo em relação ao Programa Bolsa Família do Ministério Público Brasileiro na defesa do Direito (PBF) e ao Programa Nacional de Alimentação Esco- à Alimentação Adequada”. lar (PNAE), bem como ao funcionamento do Sistema • Vistoria realizada pelo Procurador Duciran Farena às de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) a da escolas indígenas em 4 de agosto de 2009, constatan- regulamentação do Sistema Nacional de Segurança do diversas irregularidades na merenda escolar. Rela- Alimentar e Nutricional (SISAN) e à proposição de tório da vistoria disponível em www.prpb.mpf.gov.br. formas de atuação pelo acesso à água por parte de Relatório e Deliberações 67 Exposição 2 Relatório de Atividades populações vulneráveis e pela qualidade de alimen- considerados a “porta de saída” do PBF, hoje tos industrializados. concentrados em áreas urbanas, no sentido de sua oferta ampla e universal, independentemente de Prioridades: condição do beneficiário ou lugar de residência; • Em relação ao PBF: 1) Acompanhar o programa numa perspectiva de Direito Humano à Alimentação Adequada, debatendo e formulando propostas quanto à sua exigibilidade; 2) Elaborar propostas tendentes à maior efetividade da aplicação de programas de DHAA aos povos indígenas, quilombolas e outros grupos vulneráveis; 6) Propugnar pela integração do Bolsa Família com outros programas sociais, como a tarifa social de energia, o Programa Saúde da Família, a assistência à vítima de trabalho escravo, etc; 7) Acompanhar o funcionamento do SISVAN – Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional como base para a elaboração de estratégias de 3) Acompanhar o cumprimento das condicionalida- identificação das áreas e situações de prevalência des, formulando propostas que visem a evitar a ex- de desnutrição infantil; clusão indevida de beneficiários em virtude de carências ou deficiências dos serviços públicos; 8) Acompanhar e colaborar com as atividades do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e 4) Propugnar pelo aperfeiçoamento das estimativas Nutricional (CONSEA). de pobreza por município e seleção das famílias beneficiárias 68 a fim de evitar distorções e • Em relação ao PNAE: irregularidades; 1) 5) programas implementação dos dispositivos da Lei n.11.947 complementares de geração de emprego e renda, (art. 21) que asseguram o repasse direto da verba Acompanhar a execução dos Acompanhamento da regulamentação e XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão da merenda escolar às escolas no caso de suspensão 5) Propugnar pela integração do PNAE com o dos repasses ao ente gestor (art. 20); programa de transporte escolar e com o PDDE – 2) Integração do PNAE com outras políticas públi- Dinheiro Direto na Escola; cas educacionais que visem maior democratização 6) Acompanhamento do repasse diferenciado do da escola, como por exemplo, a eleição direta dos PNAE aos municípios e estados que possuem escolas diretores pela comunidade; indígenas e aos municípios com baixo IDEB (Índice 3) Formular Recomendações para a melhoria da estrutura de auditoria do FNDE e a efetiva análise da prestação de contas do programa; de Desenvolvimento da Educação Básica) . Quanto às demais atividades: • Dar continuidade à proposição de um trabalho pelo 4) Fortalecimento dos Conselhos de Alimentação acesso à água por parte das populações vulneráveis Escolar, com auditorias operacionais e exame e à atuação pela redução do excesso de sódio nos das atas de reunião, a fim de avaliar o efetivo alimentos industrializados. funcionamento dos conselhos e a determinação da • Apoiar a participação do representante do MPF na estrutura mínima de funcionamento; Comissão Especial do CDDPH e no CONSEA. INSERIR FOTO AQUI Relatório e Deliberações 69 GT Comunicação Social Grupo de Trabalho Comunicação Social Composição: Titulares: Marcus Vinicius Aguiar Macedo – PRR/4ª Região. Coordenador Domingos Sávio Dresch da Silveira – PRR/4ª Região Márcia Morgado Miranda Weinschenker – PR/RJ Suplentes: João Bosco Araújo Fontes Júnior – PRR/5ª Região José Elaeres Marques Teixeira – PRR/1ª Região Rômulo Moreira Conrado – PR/DF Colaborador: Fernando de Almeida Martins – PR/MG Relatório de Atividades Assistência ao GT: Fernando Cezar Matta - Assessoria Multidisciplinar agosto 2008/ agosto 2009 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Enfoques a) Monitorar os programas com maior número de reclamações, a implementação integral da Classificação Indicativa nos diferentes tipos de mídia, sobretudo nas televisões por assinatura; b) Promover, perante os Procuradores da República, a importância da atuação nas ações judiciais envolvendo as rádios-comunitárias; o aspecto da liberdade de expressão e o direito à informação. c) Análise da publicidade voltada para o público infantil e o respeito aos princípios instituídos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, pela Constituição Federal e pelos Tratados Internacionais relativos à proteção integral das crianças e adolescentes; para adoção de providências de cunho judicial e extrajudicial. Atividades – 2008/2009 - Reuniões Ordinárias do GT: 04 reuniões presenciais (21/08/2008; 22/01/2009; 09/03/2009; 25/05/2009) e 01 reunião por vídeoconferência (24/03/2009). - Temas analisados: · Tratamento dispensado às rádios-comunitárias no âmbito do Ministério Público Federal (dicotomia PRDC’s x 2ª Câmara); · Acompanhamento do cumprimento das normas de classificação indicativa em todo território nacional, em ação articulada com os PRDC’s; d) Monitoramento da programação da TV Brasil, com · Negociações junto ao Ministério da Justiça com o objetivo de assegurar o seu caráter público; relação à aplicação das regras da Classificação e) Acompanhar o ranking da “Campanha Quem Indicativa também às TV’s pagas; Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”, promovido · Estudo da questão da publicidade dirigida ao pú- pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da blico infantil, com a especial atenção ao merchandi- Câmara dos Deputados, com a finalidade de apurar sing testemunhal, visando à normatização do tema; Relatório e Deliberações 71 Exposição 2 Relatório de Atividades · Acompanhamento da “TV Brasil”, com o objetivo de garantir seu caráter público (TV Estatal x TV do Governo); junto ao Congresso Nacional: · Projeto-de-Lei nº 5.921/2001 – Propõe a alteração no Estatuto da criança e do Adolescente dispondo · Acompanhamento da renovação de concessões de sobre a proibição de publicidade destinada a promo- canais de rádio e televisão, sobretudo no que diz ver a venda de produtos infantis. Ainda na Comissão respeito com às empresas cujos programas se en- de Desenvolvimento Econômico, Industria e Comér- contram no “Ranking da Baixaria” da TV da Comis- cio para conclusão do relatório. são de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados; - Acompanhamento da participação do MPF em Comissões e Conselhos: · Atualização do “Manual do GT”, tendo em vista o · Comissão Nacional Pró-Conferência de Comunica- advento de novos instrumentos legais. - Realização do Seminário “Os Direitos dos Cidadãos à Comunicação Social: Educação, Cultura, Artes e Informação”, em 26/05/2009 com a participação de várias entidades governamentais e não-governamentais, tendo como foco os seguintes eixos conceituais: ção – acompanhamento da 1ª Conferência de Comunicação Social, a se realizar nos dias 1º, 2 e 3 de dezembro de 2009. Participação de membros do Ministério Público Federal nas reuniões que antecedem a 1ª Comissão Nacional para apoiar a iniciativa e propor soluções para os problemas envolvendo a temática da comunicação social. · “A definição e o controle das finalidades educati- 72 va, cultural, artística e informativa da programação - Outras atividades: das emissoras de televisão”; · Participação da Procuradora da República Lu- - Acompanhamento do seguinte projeto legislativo ciana Loureiro de Oliveira na audiência pública XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão ocorrida na Comissão de Desenvolvimento Eco- · Realização de Audiências Públicas sobre temas re- nômico, Indústria e Comércio da Câmara dos lacionados à Comunicação Social. Deputados em 18/06/2009, que tratou sobre o Projeto-de-Lei nº 5.921/2001, de autoria do Deputado Luiz Carlos Hauly. · Verificação junto aos órgãos competentes, sobretudo o Ministério das Comunicações, em articulação com os PRDC’s, sobre a regularidade das · Participação do Procurador da República Mar- concessões das emissoras de rádio e televisão em cus Vinicius Aguiar Macedo na audiência pública todas as unidades federadas, a partir de projeto- promovida pela Agência Nacional de Vigilância piloto realizado no Rio Grande do Sul; Sanitária (ANVISA), ocorrida em Brasília/DF, em · Formalização de “Protocolo de Cooperação” entre 24/06/2008, que tratou sobre a regulamentação a PFDC e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias que está para ser baixada sobre a propaganda de da Câmara dos Deputados, com vistas a facilitar o remédios. encaminhamento de denúncias e informações sobre Plano de Trabalho – 2009/2010 – propagandas inseridas no rol da “Campanha Quem Prioridades: financia a Baixaria é Contra a Cidadania”, e propor- · Estudo e articulação com órgãos de governo e da sociedade civil organizada de temas relacionados à publicidade dirigida ao público infantil e à prática de merchandinsing testemunhal direcionado cionar a tomada de providências judiciais e extrajudiciais pelo MPF, firmado durante o Seminário “Os Direitos dos Cidadãos à Comunicação Social: Educação, Cultura, Artes e Informação”, em 26/05/2009. a crianças e adolescentes nos meios de comuni- · Elaboração de Informativo Periódico das ativida- cação social, visando à normatização futura da des do GT Comunicação Social, com auxílio da As- matéria no Brasil; sessoria de Imprensa da PRR4. Relatório e Deliberações 73 Reprodutivos Sexuais e GT Direitos Grupo de Trabalho Direitos Sexuais e Reprodutivos Composição Titulares: Luiza Cristina Fonseca Frischeisen - PRR/3ª Região – Coordenadora Renato de Freitas Souza Machado – PRM São João de Meriti/RJ Silmara Cristina Goulart – PRDC/MG Suplentes: Caroline Maciel da Costa – PR/RN Paulo Gilberto Cogo Leivas - PRR/4ª Região Colaboradores: Lisiane Cristina Braecher - PR/SP Márcia Neves Pinto – PRR/4ª Região Assistência ao GT: Relatório de Atividades Patrícia Alves Campanatti - Assessoria Multidisciplinar agosto 2008 / agosto 2009 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Portarias b) Planejamento Familiar; Instituído por meio da Portaria nº 008/2005, de 18 c) Direito a não discriminação por orientação sexual; de outubro de 2005. A Portaria nº 09/2008 – PFDC/ MPF, de 05/11/2008, prorrogou a atuação do GT até 30 de novembro de 2009. Enfoques Discriminação de gênero e orientação sexual. d) Anexo CD com coletânea da legislação e jurisprudência. Proposta do GT: Finalizar o Manual até outubro de 2009. 2. Reconhecimento da união civil de pessoas Aborto nos casos previstos em Lei. do mesmo sexo: Política nacional de planejamento familiar, dentre ADPF 132 – Ofício n. 682/2009/MPF/PFDC-GPC, ex- outros assuntos. pedido pela PFDC em 03/06/09, enviando memorial Atividades do GT elaborado pelo GT para subsidiar o parecer do PGR Reuniões ordinárias: 04 (06/06/08, 09/03/09, 27/05/09, 07/08/09) Questões tratadas no âmbito do GT: 1. Manual de Atuação: O GT está em fase de finalização do Manual de Atu- sobre o tema. ADPF 178 convertida na ADI 4277 – Em 02/07/09 a Procuradora-Geral da República em exercício, Débora Duprat, ajuizou junto ao Supremo Tribunal Federal a ADPF 178, sendo convertida na ADI 4277, em 22/07. ação onde serão abordados os seguintes temas: Propostas do GT: a) Aborto nos casos previstos em Lei; a) Acompahar o andamento da ADI 4277. Relatório e Deliberações 75 Exposição 2 Relatório de Atividades b) Assessorar o PGR elaborando e encaminhando Propostas do GT: subsídios como pesquisas de artigos, jurisprudência, a) Acompanhar e cobrar a implementação efetiva do direito processo transexualizador pelo SUS. comparado, material para audiências públicas, contato com as ONGs que ingressarem como amicus curae e interlocução entre as ONGs e o PGR. tério da Saúde e da população beneficiada com o processo transexualizador. 3. Alteração do Prenome e Sexo no Registro Civil de Transexuais e Travestis ADI 4275- Em 22/07/09, a PGR em exercício, Débora Duprat, ajuizou junto ao 5. Antecipação terapéutica de parto anencefálico ou inviável – ADPF 54: STF a ADI 4275: PGR apresentou parecer favorável à ADPF 54 em O GT contribuiu oferecendo subsídios para elabora- 06.07.09. ção da ADI. Propostas do GT: Propostas do GT: a) Acompanhar o andamento da ADPF 54. a) Acompanhar o andamento da ADI 4275. b) Assessorar o PGR elaborando e encaminhando subsídios como pesquisas de artigos, jurisprudência, direito comparado, material para audiências públicas, contato com as ONGs que ingressarem como amicus curae e interlocução entre as ONGs e o PGR. 76 b) Realizar reuniões com representantes do Minis- b) Assessorar o PGR elaborando e encaminhando subsídios como pesquisas de artigos, jurisprudência, direito comparado, material para audiências públicas, contato com as ONGs que ingressarem como amicus curae e interlocução entre as ONGs e o PGR. 4. Processo transexualizador pelo SUS: 6. Aborto nos casos previstos em Lei: STA 185/DF AGU desistiu dos recursos especial e Foi instaurado procedimento específico no âmbito extraordinário interpostos. da PFDC destinado a apurar o atendimento dos casos XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão de aborto legal pelo Sistema Único de Saúde. Propostas do GT: a) Continuar a gestão junto ao Ministério da Saúde e fazer a interlocução com os PRDCs no sentido de ampliar a oferta do serviço. b) Verificar junto ao Ministério da Saúde quais municípios já implementaram os serviços de referência sentinela, para os quais devem ser notificados os casos de violência sexual. 7. Planejamento Familiar – Lei 9.263/96: Instaurado PA na PRM São João de Meriti/RJ para demais métodos contraceptivos aos municípios brasileiros; c) Instaurar PA para verificar a forma e prazos de atendimento do procedimento de esterilização voluntária, bem como a oferta do serviço em quantidade razoável de unidades e sua qualidade. d) Fiscalizar como vem se dando a implementação, em nivel nacional, do plano de humanização do parto e nascimento, encaminhando o material para os PRDCs. 8. Lei Maria da Penha – Lei 11.340/2006 Proposta do GT: acompanhamento da Política de Planejamento Acompanhar o julgamento do RESP 1097042 e da ADC Familiar. 19/3 em face da existência de algumas discussões Propostas do GT: nos tribunais sob aspectos da Lei Maria da Penha, especialmente quanto à não obrigatoriedade de a) Continuar acompanhando o cumprimento da Lei 9.263/96 (planejamento familiar), com atenção ao direito à autonomia. representação no caso de lesão corporal (matéria do RESP 1097042 - relator Napoleão Nunes Maia Filho) e constitucionalidade dos dispositivos que explicitam b) Continuar a gestao junto ao Ministério da Saúde especial proteção às mulheres (matéria da ADC 19/3 fiscalizando a regular remessa de preservativos e – Ministro Marco Aurélio). O parecer no RESP do MPF Relatório e Deliberações 77 Exposição 2 Relatório de Atividades é favorável ao provimento do mesmo proposto pelo MPDFT e na ADC foi pela procedência da mesma. No RESP há discussão se o mesmo poderia se tornar Oficina Direitos de Travestis e Transexuais objeto da aplicação do artigo sobre recursos O GT realizou a oficina, em 09/06/09, como parte repetitivos e a posição do MPF foi no sentido de que das atividades do mês do Orgulho LGBT (Lésbicas, não caberia no momento. Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) em parceria com a PR/SP, PRR 3ª Região/SP, ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais), Participação em eventos I Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bisexuais, Travestis e Transexuais, como painelista com o tema: "O Judiciário e o Ministério Público". Brasília, 06 a 08 junho de 2008. Participação: Dr Sérgio Suiama, Defensoria Pública de São Paulo, Coordenadoria de Assuntos para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo e da Prefeitura do Município, Centros de apoio às Promotorias de Família e Registros Públicos do Ministério Público Estadual. Dra. Luíza Frischeisen e Dr. Renato Machado. Aula sobre Direitos Sexuais - Direito à Diferença, na sede do Geledés/SP, ministrada pelo Dr. Sérgio Foram tratados os seguintes temas: Direitos de Travestis e Transexuais Direito “de” e “às” Famílias Violência e Segurança Pública Suiama em 24/07/08. Seminário Normas de Gênero e Políticas de Saúde 78 Participação Dr. Renato Machado. Acompanhamento de Proposições Legislativas: Pública no Brasil: O processo transexualizador • PL 6655/06 – Altera o art. 58 da Lei 6015 de 31.12.1973 no SUS. Rio de Janeiro, 05/12/2008 - UERJ que dispõe sobre os registros públicos. Possibilita a - Universidade do Estado do Rio de Janeiro. substituição do prenome de pessoas transexuais. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Parecer elaborado pelo Dr. Paulo Gilberto Cogo Leivas e encaminhado ao relator do PL na Câmara dos Deputados, por meio da Assessoria de Articulação Parlamentar do MPF/ASSART. Proposta do GT: acompanhar a tramitação do PL. • PLC 122/2006 – Determina sanções às práticas discriminatórias em razão da orientação sexual das pessoas. contra o vírus HPV causador do câncer de colo de útero. Relatório GT MS em 2007concluindo pela não incorporação da vacina contra HPV, no momento, como política de saúde pública. Proposta do GT: Atualizar informações acerca da recomendação do GT MS para propor medidas cabíveis. • PL 1135/1991 e PL 5166/2005 – Dispõe sobre os GT solicitou audiência com a relatora do PL, Senadora crimes de antecipação terapêutica de parto anen- Fátima Cleide, para início de setembro de 2009. cefálico ou inviável. Proposta do GT: Acompanhar a tramitação do PLC. Proposta do GT: Acompanhar a tramitação das • PLS 051/2007 – Prevê distribuição gratuita de vacina Relatório e Deliberações propostas. 79 GT Educação Grupo de Trabalho Educação Composição: Titulares: Maria Cristina Manella Cordeiro - PR/RJ - Coordenadora Mariane Guimarães de Mello Oliveira - PRDC Substituta/GO Sérgio Luiz Pinel Dias - PRM/Cachoeiro de Itapemirim/ES Suplentes: Luciana Loureiro Oliveira - PR/DF Roberto Luís Oppermann Thomé - PRR/4ª Região/RS Assistência ao GT: Vinícius Franzoi - Assessoria Multidisciplinar Relatório de Atividades agosto 2008 / agosto 2009 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Assuntos Tratados: 1) Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 2) Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). 3) Inserção de disciplinas (leis 10.639 e 11.645) História e Cultura Afro-brasileiras e Indígena, Filosofia, Sociologia, Educação Ambiental. 4) Questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), Programa de Avaliação Seriada (Pas) e vestibulares de instituições públicas de ensino superior. 4) Cotas para ingresso no ensino superior. 5) Bolsa Família – Condicionalidades. 6) Vestibulinhos e limitação de idade para ingresso. 7) Revalidaçao de diplomas estrangeiros. 8) Colégios Militares. 9) Desvinculação de receitas constitucionais (art 76, ADCT ut EC 56 de 2007). 10) MEC e ausência de Poder de Polícia. 12) Programa de Financiamento Estudantil (FIES). Relatório e Deliberações 81 Relatório de Atividades Exposição 2 PRIORIDADES PARA 2009-2010: 1) Capacitação de professores para lecionar as disciplinas de Filosofia, Sociologia, História e Cultura afrobrasileiras e indígena e educação ambiental. 2) Bolsa Família: condicionalidades, requisitos de admissão. 3) Revalidação de diplomas médicos obtidos no exterior. 4) Cartilha eletrônica 5) Proliferação de pólos universitarios e cursos de ensino à distância 6) Seleção de candidatos a mestrados e doutorados 7) Colégios militares 8) Política Nacional de Educação e Profissionalização do adolescente em conflito com a lei nas entidades de atendimento (SINASE) XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Relatório e Deliberações 83 GT Inclusão de Pessoas com Deficiência Grupo de Trabalho Inclusão de Pessoas com Deficiência COMPOSIÇÃO Titulares: Ana Lúcia de Andrade Hartmann (PR/SC) - Coordenadora Adriana da Silva Fernandes – PR/SP José Lucas Perroni Kalil - PRM/Pouso Alegre/MG Suplentes: Fabiano de Morais (PRM/Caxias do Sul/RS) Colaboradoras: Eugênia Augusta Gonzaga Fávero - PR/SP Maria Aparecida Gugel – PGT/MPT (Subprocuradora-Geral do Trabalho) Assistência ao GT: Relatório de Atividades Leonardo Antônio de Morais Filho e Flozilene de Souza Oliveira - Assessoria Multidisciplinar agosto 2008/agosto 2009 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão 1. PORTARIAS reuniões ordinárias presenciais para tratar dos assun- O GT Inclusão de Pessoas com Deficiência foi instituído pela Portaria n. 001/2005-PFDC/MPF, de 03 tos em curso nas atividades do GT, sendo que a 5a reunião se realizará nos próximos dias 27 e 28 de agosto. de fevereiro de 2005. O XIV ENPDC aprovou a con- Abaixo são listados os assuntos e desdobramentos da tinuidade do GT até setembro de 2009, conforme atuação do GT. Portaria n. 11/2008 - PFDC/MPF, de 05 de novembro de 2008. A) Acessibilidade bancária O GT tem fiscalizado o cumprimento do Termo de 2. Objetivo Geral Ajustamento de Conduta (TAC) sobre acessibilidade Debater e propor as metas e procedimentos para firmado com a Febraban. Para tanto, oficiou a Caixa atuação coordenada dos Procuradores e Procurado- Econômica, o Banco do Brasil e a própria Febraban, ras dos Direitos do Cidadão em todo o País. solicitando informações para verificar o adequado cumprimento do TAC ao fim de seu primeiro prazo. 3. Metas estabelecidas em 2007 Foi observado o não cumprimento de várias cláusudos las do TAC por parte de alguns bancos, em especial desdobramentos de expedientes expedidos para pela CEF, razão pelo qual se realizará reunião do GT a implementação do Decreto de Acessibilidade n. com a CEF no próximo dia 27, momento em que a 5.296/04. CEF poderá esclarecer o fato. 4.Atividades - 2008/2009 O GT também tem incentivado os demais Ministérios Continuação das atividades a partir 4.1 - Reuniões Ordinárias No exercício de 2008/2009 foram realizadas cinco Relatório e Deliberações Públicos dos estados que adiram ao TAC ao se empenharem na promoção da acessibilidade bancária às pessoas com deficiência. 85 Exposição 2 Relatório de Atividades B) Acessibilidade na habitação de interesse social Foi realizada reunião com representante da Secretaria Nacional de Habitação para tratar da implementação do Art. 28 do Decreto/2004, que trata da acessibilidade na habitação de interesse social. O Ministério das Cidades tem vários programas de habitação de interesse social – tais como o Programa de Arrendamento Residencial (PAR) – bem como de urbanização, como, por exemplo, a urbanização da Favela do Alemão, no Rio de Janeiro. Em todos os projetos devem ser observadas as normas de acessibilidade, que constam do Manual fornecido pelo tuto Nacional de Educação de Surdos (INES), Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG, Secretaria de Educação Especial (SEE/MEC). Em relação à insuficiência de instrutores de libras no INES: a representante do MPOG informou que é possivel, considerando que as funções exercidas têm afinidades com aquelas do cargo de Magistério de Educação Básica, sugerindo a ampliação do quadro de docentes do INES como forma de solucionar o problema da terceirização. A SEESP/MEC verificará a possibilidade de remane- Ministério das Cidades. O mencionado manual de acessibilidade, bem como demais informações relacionadas, foram encaminhadas ao Grupo de Trabalho Inclusão que está analizando os documentos. 86 Foi realizada reunião com representantes do Insti- jar os cargos vagos de Magistério junto a Secretaria de Educação Tecnológica - SETEC/MEC para suprir as deficiências de instrutor de libras do INES. Caso isso não seja possível, o MEC deverá pleitear novos cargos de Magistério ao Ministério do Planejamento. C) Criação de cargos de Instrutor e de Professores O INES enviará ao SEESP/MEC a relação nominal dos de Libras no corpo docente do Instituto Nacional de terceirizados que pretende substituir por concur- Educação dos Surdos (INES/MEC) sados. Em relação ao cargo de tradutor-intérprete XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão (nível médio) o MEC deverá mapear a possibilida- tiva Nº-1 do IPHAN/2003 – acessibilidade aos patri- de de remanejamento dos cargos vagos. Não sendo mônios Históricos e Artístico Nacional. possível, deverá igualmente solicitar a ampliação do quantitativo desses cargos ao MPOG. A arquiteta Fátima Macedo, representante do IPHAN, informou que não há nenhum programa Para o cargo de tradutor-intérprete de nível supe- sistemático visando à acessibilidade nos bens rior o MPOG encaminhará o projeto de lei ao Con- tombados, monumentos e museus sob a responsa- gresso para a sua criação. Atualmente o referido PL bilidade do IPHAN, mas somente ações pontuais, está na Secretaria de Recursos Humanos do Minis- dependendo das demandas enviadas pela superin- tério do Planejamento e após será encaminhado à tendência regionais. Consultoria Jurídica. Informou que estão sendo elaborados dois projetos- Quanto ao cargo de assistente educacional em Li- piloto no âmbito do IPHAN para a acessibilidade bras, o MPOG assinalou que, no momento, é neces- urbana nos centros históricos das cidades mineiras sário amadurecer o assunto, tendo em vista que não de Ouro Preto e de São Francisco do Sul,os quais há consenso acerca de sua criação. O ponto mais deverão ser concluídos ainda neste ano. Quanto polêmico é a questão de se pretender que o cargo aos recursos para a execução de tais projetos, es- seja preenchido exclusivamente por pessoas surdas. ses deverão ser negociados com os municípios e o Ministério da Cidades (Secretaria de Mobilidade). D) Acessibilidade aos patrimônios Históricos Além desses dois programas, ainda deverão ser e Artístico Nacional feitos mais três em parceria com o Ministério da Cidades, sendo que um deles já está definido para Foi realizada reunião com representante do IPHAN, para tratar da implementação da Instrução Norma- Relatório e Deliberações o município de Paranaguá, no Paraná, e os demais serão ainda escolhidos. 87 Exposição 2 Relatório de Atividades 88 Os membros do GT solicitaram à representante do O representante da ANATEL informou que ao me- IPHAN que verificasse a possibilidade de um trabalho nos 2% do total de telefones públicos existentes em de colaboração entre o Instituto e o MPF, visando cada localidade devem ser acessíveis a cada tipo dar maior abrangência e eficácia à concretização da de deficiência, mediante solicitação à concessioná- regulamentação sobre a acessibilidade ao patrimônio ria. A pessoa com deficiência ou quem a represente histórico nacional. Para tanto, comprometeu-se deve solicitar à concessionária, que deverá atender a representante do IPHAN a inicialmente obter no prazo de até 7 dias esta solicitação. A ANATEL In- uma listagem das prioridades de cada uma das formou que há uma proposta que prevê a obrigação superintendências e outras unidades do IPHAN, a da implantação de 2%, independente de solicitação, qual poderá servir de base para elaboração de um dando preferência às escolas acessíveis, por meio acordo entre os órgãos. da Consulta Pública n. 13. Em relação às pessoas com deficiência visual, a E) Acessibilidade dos extratos, cartões de recargas e determinação é que a adaptação será em 100% outros produtos e serviços prestados por operadoras dos telefones públicos, conforme Resolução 549, de plano de saúde e telefonia de 8 de março de 2007. A adaptação consiste em Foi realizada reunião com representantes da ANS, identificação tátil na tecla 5 e quando pressiona- Anatel e Corde para discutir com as agências regula- do por 2 vezes a tecla *, será informado a quanti- doras a possibilidade de firmar Termo de Ajustamen- dade de créditos. to de Conduta para garantir a regulamentação da A partir de outubro de 2007, as concessionárias têm acessibilidade dos extratos, cartões de recargas e prazo de 30 meses para adequar os telefones públi- outros produtos e serviços prestados por operadoras cos às normas de acessibilidade. No caso de pesso- de plano de saúde e telefonia. as com deficiência auditiva, existe plano do serviço XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão móvel pessoal direcionado a elas. Como exemplo, Foi informado que não há nenhum óbice técni- existe uma operadora que tem um plano só de tor- co, pedos para pessoas com deficiência auditiva. A em- fornecimento de contas e extratos em braille. presa de telefonia OI apresentou na REATECH 2009 Destacou, inclusive, que a empresa OI apresentou este plano. Foi levantada a necessidade de maior em workshop realizado em 2008, em Vitória, este divulgação destes planos diferenciados. tipo de serviço. O representante da ANATEL informou que cabe ao Mi- O representante da ANATEL comprometeu-se a in- nistério das Comunicações, mais especificamente à formar, no prazo de 30 dias, se outras operadoras Secretaria de Telecomunicações, definir políticas pú- de telefonia móvel possuem planos diferenciados blicas referente ao incentivo à acessibilidade de apa- para pessoas com deficiência auditiva e se fornecem relhos telefônicos móveis destinados às pessoas com contratos e extratos em braille. No mesmo prazo deficiência visual. Informou a existência do FUNTTEL, comprometeu-se a informar o prazo previsto para a que pode ser utilizado para desenvolver tecnologia que regulamentação da ANATEL acerca do fornecimento garanta maior acessibilidade nas telecomunicações. de contratos e extratos em braille pelas operadoras Na ocasião, destacou que o Fundo de Universaliza- embora não haja ainda regulamentação ao de telecomunicações. ção dos Serviços de Telecomunicação (FUST) atual- Foi levantada a necessidade de uma política pública mente pode ser utilizado na aquisição de tecnologias visando a redução de custos de tecnologias assis- assistidas, desde que destinada ao serviço prestado tivas já existentes seguindo a filosofia do desenho em regime público, no caso a telefonia fixa. Des- universal, o que de fato seria muito mais eficien- tacou que existe um plano geral de atualização da te que mobilizar grandes recursos em função de se regulamentação que abordará todas as questões re- desenvolver aparelhos exclusivamente para pessoas lacionadas a acessibilidade. com deficiência. Relatório e Deliberações 89 Exposição 2 Relatório de Atividades A representante da Agência Nacional de Saúde GGEOP/DIPRO/ANS, que considera o art. 14 da Lei (ANS) entende que não tem competência para re- 9.656/98, um dos dispositivos mais importantes de gulação de relações do consumidor, entendendo toda a regulamentação do mercado de saúde suple- que a questão da emissão de extratos, produtos e mentar: “em razão da idade do consumidor, ou da serviços em braille estaria afeta ao Departamen- condição de pessoa portadora de deficiência, nin- to de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC). guém pode ser impedido de participar de planos pri- Informou não ter conhecimento de nenhuma dis- vados de assistência à saúde”. Ainda segundo o do- cussão anterior a respeito das questões de aces- cumento, a ANS estaria aberta ao debate, inclusive sibilidade. regulamentando a questão dos extratos de produtos Por conseguinte, não há uma ação fiscalizatória e sim intermedia em conjunto com o DPDC a disseminação da legislação afeta aos direitos do con- e serviços em braille “sempre no intuito de garantir o melhor para as pessoas portadoras de necessidades especiais”. sumidor. O representante da CORDE manifestou A representante da ANS sugeriu que se fizesse uma surpresa em saber que a ANS não tem elaborado reunião com o gerente geral de Estrutura e Operação nenhum tipo de normatização acerca da temática. dos Produtos da ANS e o representante da Diretoria Mediante a manifestação da representante da ANS, de Fiscalização. o representante da CORDE externou a frustração 90 em se dar continuidade às discussões acerca do F) Bulas dos medicamentos acessíveis tema da acessibilidade. Foi realizada reunião com representantes da ANVISA A representante da ANS desconhece o posicionamen- e membros do MPE/SP com o objetivo de discutir a to do Gerente Geral de Estrutura e Operação dos possibilidade de firmar TAC para efetiva regulamen- Produtos da ANS, externado no Despacho 096/2008/ tação do art. 58, § 1º do Decreto 5.296/2004. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Em relação às bulas, foi disponibilizado pelas repre- G) Avaliação, caracterização e classificação sentantes da ANVISA Nota Técnica n. 02 do Projeto das deficiências Bulas que prevê que o consumidor pode escolher bulas especiais nos formatos em meio áudio, magnético, óptico, eletrônico, com fonte ampliada ou impressão braille. ofícios foram expedidos à Corde/SEDH, indagando sobre as conclusões do grupo de trabalho interministerial, instituído em 26/09/2007, pelo Presidente da República, com o objetivo de avaliar o mo- A ANVISA fará duas regulamentações, sendo uma delo de classificação e valoração das deficiências referente às bulas especiais, e outra relativa às ro- no Brasil e definir a elaboração e adoção de um tulagens, as minutas desses regulamentos já foram modelo único para todo o país. A iniciativa contri- encaminhadas pela ANVISA para apreciação do GT buirá para a organização de dados mais precisos Inclusão em sua próxima reunião. que subsidie a formulação de políticas públicas e Em relação à rotulagem, a Agência Nacional de Vigi- adequação de legislação. lância Sanitária (ANVISA) informou que foi levantado A Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa pela Federação Brasileira das Indústria Farmacêuti- Portadora de Deficiência (Corde) encaminhou as cas (FEBRAFARMA) a dificuldade de disponibilização informações solicitadas, acerca dos trabalhos do de informações em braille nas embalagens de medi- mencionado GT e deverão ser apreciadas pelo GT camento reduzidas. A FEBRAFARMA forneceu dados Inclusão em sua próxima reunião. de países que prevêm as informações em braille na rotulagem de medicamentos, como por exemplo a 4 METAS PARA 2009-2010 Alemanha e Itália. Os óbices levantados pela FE- Continuação das atividades em andamento e esta- BRAFARMA serão objeto de avaliação da ANVISA após belecimento de novas metas e sistematização para consulta a profissionais especializados. melhor atuação em 2009-2010. Relatório e Deliberações 91 GT Sistema Prisional Grupo de Trabalho Sistema Prisional Composição Titulares: Paula Bajer Fernandes Martins da Costa - PRR3ª Região/SP – Coordenadora Guilherme Guedes Raposo - Procurador da República no Rio de Janeiro Maria do Socorro Leite de Paiva - PRR5ª/PE Suplentes: Carlos Eduardo Copetti Leite - PRR/4ª Região/RS Marcos Alexandre Bezerra W. de Queiroga - PRM/Campina Grande/PB Colaboradoras: Delza Curvelho Rocha – Subprocuradora-Geral da República Denise Neves Abade - PRR 3ª Região/SP Samantha Chantal Dobrowolski - PRR4ª/RS Relatório de Atividades Assistência ao GT: Marcus Elícius Lima / Luciana Fernandes de Freitas - Assessoria Multidisciplinar agosto 2008 / agosto2009 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão 1 - No XIV Encontro Nacional de Procuradores dos projetos com participação de verbas federais, sendo Direitos do Cidadão, realizado em agosto de 2008, também solicitado o envio dos relatórios das inspe- foram editadas as Resoluções de nºs. 91, 92, 93, 94, ções efetuadas nos estabelecimentos prisionais. A 95, 96, 97, 99 e 99, contendo recomendações vol- maior parte dos PRDCs adotaram as medidas reco- tadas ao Sistema Prisional. Algumas delas foram to- mendadas, no entanto ainda não dispomos das con- talmente cumpridas pelo Grupo de Trabalho, outras clusões dos respectivos procedimentos. apenas em parte, conforme quadros em anexo. O Grupo de Trabalho observou que a pouca inter- 2 - O Grupo de Trabalho estudou formas de viabili- ferência do Ministério Público Federal no sistema zar a comunicação entre os colegas que trabalham, penitenciário, deve-se, em parte, às dificuldades direta ou indiretamente, com a execução da pena naturais por estar a maioria dos estabelecimentos privativa de liberdade (Membros com assento no prisionais sob direção de autoridades estaduais, Conselho Penitenciário, PRDCs e atuantes em varas ainda não acostumadas ao indispensável controle de execução da pena), objetivando troca de infor- e fiscalização, por órgãos e instituições, de toda mações que conduzam à adoção de medidas con- atividade estatal limitadora de direitos humanos, cretas e uniformes no âmbito do Ministério Público bem como ao fato de os incidentes de execução da Federal, objetivando contribuir na busca de solu- pena, afora os locais em que haja estabelecimento ções para as graves e péssimas condições do atual federal, serem submetidos ao Juízo das Execuções sistema prisional brasileiro. Penais dos Estados, sem a participação do Minis- Foram expedidos ofícios pela Procuradora Federal tério Público Federal, ainda que se trate de preso dos Direitos do Cidadão aos PRDCs, solicitando a ins- federal. Em razão disso, procurou o GT alternativas tauração de procedimentos relacionados ao tema, para que possamos ter uma participação efetiva para acompanhamento, na medida do possível, dos nesse processo. Relatório e Deliberações 93 Exposição 2 Relatório de Atividades Buscamos nos informar acerca da participação fe- nistério Público Federal no tocante à fiscalização deral no sistema prisional brasileiro, convidando das condições de encarceramento, por possuir a para nossas reuniões, em Brasília, a Coordenadora União planos de trabalhos e metas para o sistema da Área Técnica da Área de Saúde no Sistema Peni- prisional, e o repasse de verbas federais aos Esta- tenciário do Ministério da Saúde, Dra. Maria Thereza dos para aplicação no sistema penitenciário, por G. Freitas, a qual trouxe as informações e os es- meio dos Ministérios da Justiça e da Saúde (Portaria clarecimentos adicionais acerca da transferência de 1777/03 e Funpen). recursos do Ministério da Saúde para os sistemas prisionais no âmbito do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, que se encontram na Memória da 5ª Reunião do GT ( 29/04/2009), à disposição no site da PFDC; o Diretor-Executivo do Departamento Penitenciário Nacional - DEPEN, Dr. Luis Henrique Esteves e o Diretor de Políticas Penitenciárias do DEPEN, André Luiz de Almeida e Cunha, que expuseram sobre Contigenciamento de recursos federais destinados ao Fundo Penitenciário e sobre a gestão política dos recursos, estando tudo registrado na Memória da 6ª Reunião do GT (04/08/2009), também no site da PFDC. 94 A atuação do Ministério Público Federal também se justifica considerando ser a União cobrada, por organismos internacionais, pelas constatadas violações de várias espécies, e ainda pela relação entre União e Estados expressa na Constituição da República em duas hipóteses: (a) possibilidade de intervenção nos Estados e no Distrito Federal, para assegurar, entre outros princípios constitucionais, os direitos da pessoa humana ((Art. 34, VII, b da CF); e (b) competência dos juizes federais para processar e julgar as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º do art. 109, ou seja, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o O resultado foi por demais positivo, pois há razões Procurador-Geral da República, com a finalidade de suficientes a legitimar e justificar a atuação do Mi- assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão de tratados internacionais de direitos humanos dos dele integrar o Procurador da República com assento quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o no Conselho Penitenciário do Estado, Leandro Bas- Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do tos Nunes; o Procurador da República com atuação inquérito ou processo, incidente de deslocamento na PRDC de Pernambuco, Anastácio Nóbrega Tahim de competência para a Justiça Federal (art. 109, Júnior; o Promotor de Justiça com atuação nas Va- inc. V-A, parágrafo 5º da CF, acrescido pela EC nº 45, ras das Execuções Penais de Pernambuco, Marcellus de 8/12/2004) Não há, ainda, no Brasil, a consolida- Ugiette e a Defensora Pública do Estado, também ção de uma política prisional que conte com colabo- com atuação nas Varas de Execuções do Estado, He- ração, na realização da atividade, de todos as insti- lane Malheiros César. tuições legitimadas e interessadas em implementar Esse subgrupo vem funcionando ativamente desde o respeito à dignidade da pessoa encarcerada. É então, já havendo efetuado reuniões com o Secre- preciso incentivar a formação de consciência que tário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos resulte na naturalidade do trabalho do Ministério de Pernambuco – SDSDH, Roldão Joaquim dos San- Público Federal na fiscalização do encarceramento. tos, com o Secretário Executivo de Ressocialização Com esse intento, bem como o de consagrar o inter- – SERES, Humberto Viana; com o Superintendente relacionamento entre Instituições com iguais objeti- de Capacitação e Ressocialização, com a Gerente vos e superar os obstáculos decorrentes de ausência Psicossocial, Saúde e Nutrição entre outros, confor- de atribuições, a PFDC autorizou a formação de um me atas em anexo. subgrupo do GT Prisional em Pernambuco, sob a co- O subgrupo requisitou e obteve perante ao DEPEN, ordenação da Procuradora Regional da República e cópias dos convênios firmados entre o Ministério da Membro do GT, Socorro Paiva, a qual convidou para Justiça e entidades de Pernambuco, com verbas do Relatório e Deliberações 95 Exposição 2 Relatório de Atividades DEPEN, destinadas a projetos relacionados ao Siste- dedicados à reflexão sobre outras maneiras de atu- ma Penitenciário, com o objetivo de acompanharmos ação. Essa medida está em sintonia com trabalhos a execução desses convênios. de organismos independentes dos Estados como é o O subgrupo em Pernambuco participou, ainda, como tal e com direito à exposição, da Conferência livre promovida pela Fundação Joaquim Nabuco e coordenada pela Oficina de Segurança, Justiça e Cidadania, da qual são integrantes doze entidades públicas e privadas, tendo por tema, “A prisão como instrumen- Conselho Nacional de Justiça (recente trabalho voltado ao sistema prisional), o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e o próprio Congresso Nacional quando estabeleceu e concluiu a CPI do Sistema Carcerário. É preciso que o Ministério Público Federal conte com um grupo o qual, ainda que to da segurança pública. constituído por poucas pessoas, possa refletir e proO Grupo de Trabalho deve ser mantido porque o sistema prisional permanece com os mesmos problemas detectados no momento de sua criação. por medidas para melhoria do sistema penitenciário brasileiro, incentivando a criação de outros subgrupos ao estilo do formado em Pernambuco. O trabalho está em permanente construção e aperfeiçoamento e a existência do Grupo fortalece a atuação dos colegas na medida em que detecta e divulga especificidades do sistema úteis para o aperfeiçoamento do trabalho de todos. 96 Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, o O GT organizou um jornalzinho para ser distribuído entre os colegas do MPF e com o público externo, intitulado “POR DENTRO DAS PRISÕES”. Por meio desse veículo estaremos divulgando notícias, boas ou más, relacionadas ao tema. Assim, gostaríamos de contar Sugere-se, assim, a continuidade do Grupo de traba- com a colaboração dos colegas de quaisquer áreas lho, observando-se que é importante que o Ministério que queiram encaminhar notícias, artigos, ou algo Público Federal conte com Procuradores da República que enriqueça o nosso boletim informativo. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão INSERIR FOTOGRAFIA Relatório e Deliberações 97 GT Previdência Social GT Previdência e Assistência Social Composição: Titulares: Darcy Santana Vitobello – PRR 3ª Região: Coordenadora Andrei Mattiuzi Balvedi – PRM/Concórdia/SC Marta Cristina Pires Anciães – PR/RJ Suplentes: Geisa de Assis Rodrigues - PRR 3ª/SP José Soares Frisch – PR/RJ Rodrigo da Costa Lines - PRM/Volta Redonda/RJ Colaboradores: Carlos Henrique Martins Lima - PR/DF Relatório de Atividades Peterson de Paula Pereira - PR/DF Assistência ao GT: Patrícia Ponte Araujo - Assessoria Multidisciplinar agosto 2008 / agosto 2009 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão INSTITUIÇÃO O Grupo de Trabalho foi instituído por meio da Portaria nº 005/2006-PFDC/MPF, de 25 de setembro de 2006 OBJETIVOS Debater e propor as metas e procedimentos para principais problemas apontados nos relatórios dos colegas do dia nacional de inspeção nas aps’s e encaminhamento ao INSS e à 5ª CCR. Elaboração e apresentação de proposta de Termo de Ajuste de Conduta com o INSS. Acompanhamento do conflito de competência: atuação coordenada dos Procuradores dos Direitos Suscitado nas ACP’S contra o programa de cobertura do Cidadão em todo país, acerca da qualidade do previdenciária estimada - alta programada, julgado em atendimento do INSS, funcionamento dos centros junho, fixando a competência do juizo federal da Bahia. de reabilitação profissional, especialização de médicos-peritos, alta programada e benefícios de assistência social, entre outras questões. ENFOQUES Levantamento dos enunciados da AGU em matéria previdenciária e encaminhamento aos colegas. Medidas Adotadas pelo INSS: • Agendamento do atendimento por meio da inter- • Qualidade e resolutividade do atendimento e qua- net e central 135 – o indicador do Tempo Médio de lidade da perícia Espera do Atendimento Agendado baixou para 22 • Revisão das aposentadorias por invalidez • Reabilitação profissional Atividades – 2008/2009 Elaboração de Relatório Nacional com base nos Relatório e Deliberações dias em abril/2009, realizando-se o atendimento, em várias agências, em média, em 30 minutos; • Controle eletrônico de ponto - junho/2009 • Portarias fixando o horário de funcionamento das agências. 99 Exposição 2 Relatório de Atividades 100 Perícias logia, gastroenterologia, endocrinologia, reumato- • Nomeação de 3.477 Peritos Médicos, no período de 2005 a 2008, sendo que, desde fevereiro de 2006, está eliminado o perito credenciado; • Agendamento – redução do tempo médio de espera, devendo 70% das unidades realizar a perícia em prazo igual ou inferior a 05 dias. Marcação de exames periciais com intervalo de pelo menos 15 minutos; logia e neurologia – estão em fase de elaboração, a fim de diminuir as divergências de posicionamento dos peritos. • Salas de perícias – os exames já estão sendo realizados em salas privativas, contemplando as novas APS quantidade de salas suficientes. Um total de 205 unidades estão em reforma para adequação. Também há previsão de instalação de alarmes e câmeras nas salas de perícia médica nas APS’s de • Fundamentação de laudos – a autarquia tem emi- todo País. tido atos com orientação técnica para os peritos e existe o Manual Técnico da Perícia Médica (Orienta- • Diretoria de Saúde do Trabalhador, implantação ção Interna nº 73/2002); tem também reforçado a em agosto de 2009. A Medida deve possibilitar o orientação nas reuniões técnicas mensais realizadas início da revisão das aposentadorias por motivo nas gerências–executivas; de invalidez. • Publicação de Diretrizes Médicas - as de Trans- • Novas regras para as operações de crédito consigna- tornos Mentais foram publicadas em 19/11/2008 do - Instrução Normativa nº 1/2008 do INSS, o prazo de (Orientação Interna nº 203/2008), as de Ortopedia pagamento passou de 36 para 60 meses e restou esta- estão em fase de revisão do ato normativo e as de belecido o limite máximo de 20% do valor do benefício Clínica Médica – que abrange várias especialidades, para o empréstimo consignado e de 10% para opera- dentre as quais cardiologia, pneumologia, infecto- ções com cartão de crédito vinculado ao benefício. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão • Nomeação de quase 900 assistentes sociais para o CONTINUIDADE DA ATUAÇÃO, com ênfase no acom- trabalho de avaliação social para fins de LOAS. panhamento das modificações implementadas pelo • Decisões sobre requerimentos, especialmente de benefícios e 1º pagamento – o tempo médio atualmente é de 26 dias, sendo que na 3ª Região (SC,PR e RS) é de 18 dias e na 4ª Região (BA, CE, SE, AL, INSS, na negociação do Termo de Ajustamento de Conduta relativo à revisão das aposentadorias e à prorrogação do auxílio-doença quando não houver perícia antes do encerramento do benefício. PB, PE, RN e PI) é de 19 dias, havendo acréscimo de AVALIAÇÃO da necessidade de ser realizada uma se- correção monetária se ultrapassados 45 dias. gunda inspeção nacional nas Agências da Previdên- • Implantação de sistema de monitoramento “on cia Social e coordenação em caso positivo. COORDENAÇÃO das ações dos colegas, especialmen- line” dos ambientes das APS. te no tocante ao cumprimento das liminares nas Plano de Trabalho – 2009/2010 – Prioridades: ACP’S de alta programada. INSERIR FOTO AQUI Relatório e Deliberações 101 GT Reforma Agrária Grupo de Trabalho Reforma Agrária Composição Titulares Álvaro Lotufo Manzano – PR/TO (Coordenador) Ailton Benedito de Souza – PRDC/GO Felipe Fritz Braga – PRDC/MS Suplentes Alessandro José Fernandes de Oliveira – PRM/Paranaguá/PR Júlio Carlos Schwonke de Castro Júnior – PRDC/RS Colaboradores Domingos Sávio Dresch da Silveira – PRR/4ª Região/RS Humberto Jacques de Medeiros – PRR/4ª Região/RS Paulo Gilberto Cogo Leivas – PRR/4ª Região/RS Relatório de Atividades agosto 2008 / agosto 2009 Samantha Chantal Dobrowolski – PRR/4ª Região/RS Assistência ao GT Idê de Miranda Campos - Assessoria Multidisciplinar XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Objetivo do GT em relação à Reforma Agrária; Debater e propor as metas e procedimentos para • Identificar Superintendências do INCRA nas quais atuação coordenada dos Procuradores dos Direitos os atos normativos não são cumpridos; do Cidadão em todo o País acerca da questão fundiária e conflitos agrários – com foco na política de desapropriação, implantação do projeto de assentamento, regularização dos lotes ocupados indevidamente, despejo forçado, programa de crédito fundiário e educação rural, entre outras questões. Plano de Trabalho do GT • Fazer levantamento dos textos normativos que tratam da Reforma Agrária e identificar eventuais inconsistências e lacunas, principalmente nos atos internos; • Discutir com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e MDA sugestões de aperfeiçoamento desses atos normativos; • Diagnosticar os principais problemas enfrentados • Discutir com INCRA e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) o aprimoramento do licenciamento ambiental dos projetos de assentamento (manter interface com a 4ª CCR) e dos programas de assistência técnica; • Fomentar iniciativas locais de acompanhamento e fiscalização dos processos de licenciamento e dos programas de assistência técnica; • Participar de discussões sobre a reedição do Plano Nacional de Reforma Agrária; • Buscar garantir o acesso dos assentados e acampados aos direitos fundamentais, especialmente à saúde e à educação. Atividades – 2009 pelos PDC’s nos diversos estados da federação, bus- Reuniões : 02 cando oferecer subsídios para atuação coordenada Reunião nos dias 06 e 07/04/2009 Relatório e Deliberações 103 Exposição 2 Relatório de Atividades Documentos analisados/Encaminhamentos 2. Fechamento das escolas itinerantes no RS – Termo 1. Resoluções dos ENPDC que tratam dos temas • Elaboração de minuta de ofício para Procuradora- relacionados ao GT Reforma Agrária: Geral de Justiça no RS, solicitando cópia dos autos • Elaboração do Plano de Trabalho do GT referente ao Procedimento nº 16315-09.00/07-9 que • Sugerir à PFDC que inclua na pauta dos Encontros trata de investigações sobre as ações do MST naque- Nacionais de Procuradores dos Direitos dos Cidadãos le estado. a questão da adequação da distribuição processual nas procuradorias dando ao PRDC atribuição de atuar como custos legis naqueles processos que envolvam matérias pertinentes as suas atribuições tal como preceituado na Resolução nº 1 de 2004. • Elaboração de minutas de ofícios para: 3. Análise do PA/PRGS 1.29.000.001750/2207-18 – Índice de produtividade - Elaboração de minutas de ofícios para MAPA e MDA requisitando cópia dos estudos mais recentes para atualização dos índices de produtividade. 4. Análise da proposta de trabalho conjunto com o • Ministério do Desenvolvimento Agrário, solici- GT Bens Públicos e Desapropriação da 5CCR para tando informações sobre linhas telefônicas para retomada e destinação de terras públicas da Ama- reclamações. zônia Legal • Ouvidoria Agrária Nacional, solicitando informa- • Aprovada proposta de trabalho conjunto e re- ções sobre as Ouvidorias. alização de videoconferência conjunta no dia • INCRA, solicitando informar sobre os Fóruns Esta- 11/05/2009. duais de ATES (Programa Assessoria Técnica, Social e Ambiental). 104 de Ajustamento de Conduta: Reunião nos dias 29 e 30/06/2009 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Documentos analisados/Encaminhamentos 1. MP 458/2009 convertida na Lei nº 11.952/2009 (reunião conjunta com o GT da 5a CCR): • Expedir ofício à PFDC e aos coordenadores da 4ª e 4. PA 1.00.000.005849/2009-61 – Conflitos agrários no Pará envolvendo a Agropecuária Santa Bárbara. • Próxima reunião convidar o Ouvidor Agrário Nacional para discutir estratégias de atuação conjunta. 5ª CCR solicitando representem ao PGR pela propo- 5. Cursos superiores oferecidos com recursos do situra da correspondente ADI. a reunião contou com PRONERA (especificamente a sentença judicial pro- a participação do INCRA e MDA ferida pela Justiça Federal no Estado de Goiás acer- 2. PA/PRGS 1.29.000.001750/2207-18 – Índice de produtividade: • Aguardar parecer técnico da 5a CCR sobre os estudos apresentados pelo MAPA e MDA, sem prejuízo de que se busque outras colaborações nos estados. 3. Fechamento das escolas itinerantes no Rio Grande do Sul: • Elaboração de minuta de ofício para Secretaria ca do convênio entre o INCRA e UFG para oferecimento do Curso de Direito) • Próxima reunião convidar a Diretoria Executiva do PRONERA para discutir o assunto e outros temas relacionados à educação. Videoconferência: 01 (12/05/2009). Realizada em conjunto com o GT da 5aCCR. Reuniões com instituições públicas e outras: 02 de Educação do estado do RS solicitando informa- Dia 06/04/2009 o GT acompanhou a PFDC enquanto ções sobre a situação atual das referidas escolas recebia representantes do Movimento dos Trabalha- e, caso confirmado o fechamento, como tem sido dores Sem Terra (MST), que apresentaram suas pre- feito o atendimento às crianças e aos adolescentes ocupações relacionadas aos temas: que as frequentavam. • Fechamento das escolas itinerantes no Rio Gran- Relatório e Deliberações 105 GT Saúde Grupo de Trabalho Saúde Composição: Titulares: Ana Karízia Távora Teixeira - PRDC/MA (coordenadora) Nara Soares Dantas - PR/BA (coordenadora substituta) Humberto Jacques de Medeiros - PRR/4ª Região Lisiane Cristina Braecher – PR/SP Suplentes: Ana Paula Carvalho de Medeiros - PR/RS Mônica Campos de Ré – PRR/2ª Região Oswaldo José Barbosa Silva – PRR 1a Região/DF Rose Santa Rosa - PR/SP Assistência ao GT: Relatório de Atividades Mércia Miranda - Assessoria Multidisciplinar agosto 2008 / agosto 2009 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão O Grupo de Trabalho Saúde realizou reuniões presenciais e virtuais, pelo groupwise messenger, e reuniões com organizações da sociedade civil e soluções para os temas prioritários. RESOLUÇÃO 77 SAÚDE - Atuação do GT órgãos do Ministério da Saúde, com o objetivo de O GT Saúde adotará como “caso piloto” a cumprir as Resoluções do ENPDC e dar continuidade problemática situação da saúde vivenciada no aos temas escolhidos nos períodos anteriores. estado do Pará, ratificando o pedido de audiência com o Ministro da Saúde (efetuado pela PRDC local) 1 – Resoluções do último ENPDC: para debate sobre um conjunto de medidas e/ou No último Encontro Nacional de Procuradoras e força-tarefa a ser realizada, propondo-se ações Procuradores dos Direitos do Cidadão – ENPDC (de concretas e a partir de todos os programas da área 29/08/2008, em Belém-PA), foram deliberadas as da saúde, de modo a garantir dignidade à população seguintes diretrizes para a atuação do GT SAÚDE, do Pará. nas seguintes resoluções: RESOLUÇÃO 81 SAÚDE - Composição GT RESOLUÇÃO 76 SAÚDE – Atuação do GT O GT Saúde sugere que a colega PRDC no Pará faça O GT Saúde concentrará sua atuação diretamente no Ministério da Saúde, para que sejam resolvidos problemas estruturais, consideradas as realidades locais das ações e serviços de saúde no território brasileiro. parte de sua composição, como membro efetivo, em virtude do objetivo proposto. Ana Karízia é a atual coordenadora do GT/Saúde. RESOLUÇÃO 82 SAÚDE – Financiamento da Saúde O GT Saúde disponibilizará, na página eletrônica da O Grupo de Trabalho vem buscando o diálogo com PFDC, material concernente ao financiamento da o Ministério da Saúde para identificar possíveis saúde. Texto publicado no site da PFDC. Relatório e Deliberações 107 Exposição 2 Relatório de Atividades RESOLUÇÃO 83 SAÚDE – Idoso pouquíssimas respostas, todas negativas. O GT Saúde entende que o Ministério Público Em recente levantamento da assessoria da PFDC, não Federal melhor se desincumbirá de sua tarefa se houve informação sobre demandas que envolvam o adotar uma proposta de trabalho que observe a sua direito à saúde dos idosos. limitação de atribuições e estabeleça uma parceria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI) e as Organizações Não Governamentais, obtendo desses parceiros informações. Este tipo de atuação resultará em ações sistêmicas que beneficiarão os idosos em geral como poderá, também, atender casos tópicos. O GT Saúde disponibilizará, na página eletrônica da PFDC, material concernente aos medicamentos. Há material publicado na página da PFDC. RESOLUÇÃO 86 SAÚDE – Medicamentos Excepcionais É necessário definir, em conjunto no ENPDC, sobre RESOLUÇÃO 84 SAÚDE – Idoso questões pendentes do Manual de Atuação sobre É imprescindível que o GT Saúde e a própria PFDC medicamentos excepcionais, especialmente se o GT sejam informados das demandas surgidas na base Saúde deve prosseguir atuando sobre essa temática. e que reclamam atuação do Ministério Público Federal. 108 RESOLUÇÃO 85 SAÚDE – Medicamentos com os Ministérios Públicos Estaduais, o Conselho O GT realizou reuniões como Ministério da Saúde e coletou informações que indicam a necessidade ATUAÇÃO DO GT: O colega Oswaldo José Barbosa da de Recomendação para revisão dos protocolos e Silva manteve contato com o CNDI e não recebeu regulamentação do processo de incorporação de qualquer demanda. Além disso, encaminhou por novos medicamentos, a fim de garantir celeridade, duas vezes questionamento aos colegas. Houve transparência e participação da sociedade. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão RESOLUÇÃO 87 SAÚDE – Medicamentos Excepcionais O GT Saúde disponibilizará, na página eletrônica da PFDC, material concernente aos medicamentos excepcionais. 2 – Temas do GT SAÚDE A) Cumprimento das Metas do Milênio do PNUD: A Declaração do Milênio das Nações Unidas foi assinada por representantes de 191 países na Cúpula do Milênio, realizada em setembro de 2000, em Nova RESOLUÇÃO 88 SAÚDE – Pesquisa em Seres York. Esse documento define objetivos relacionados Humanos à saúde, desdobrados nas seguintes metas: O GT Saúde disponibilizará, na página eletrônica da Objetivo 4 - Reduzir a mortalidade infantil PFDC, material concernente à pesquisa em seres Reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a humanos. mortalidade de crianças menores de 5 anos. RESOLUÇÃO 89 SAÚDE – Saúde Mental Objetivo 5 - Melhorar a saúde materna O GT Saúde disponibilizará, na página eletrônica da Metas do objetivo: PFDC, material concernente à saúde mental. RESOLUÇÃO 90 SAÚDE – Terceirização e Fundações O GT Saúde disponibilizará, na página eletrônica da PFDC, material concernente à terceirização do SUS. 5A Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna. 5B Alcançar, até 2015, o acesso universal à saúde reprodutiva. 5B BRASILEIRA Promover, na Rede do Sistema Único ATUAÇÃO DO GT: Os textos estão publicados no site de Saúde (SUS), cobertura universal por ações de do Grupo de Trabalho. saúde sexual e reprodutiva até 2015. Relatório e Deliberações 109 Exposição 2 Relatório de Atividades 5C BRASILEIRA Até 2015, ter detido o crescimento CFEMEA e INESC para discutir as ações relacionadas da mortalidade por câncer de mama e de colo de às metas do milênio. útero, invertendo a tendência atual. Foram realizadas reuniões com Departamento de Objetivo 6 - Combater o HIV/AIDS, a malária e Atenção Básica, representantes das Áreas Técnicas outras doenças da Saúde da Mulher e Saúde da Criança e DENASUS. Metas do objetivo: Foram expedidos ofícios para identificar ações do 6 A - Até 2015, ter detido a propagação do HIV/Aids e começado a inverter a tendência atual. 6B Alcançar, até 2010, o acesso universal ao tratamento de HIV/Aids para todas as pessoas que necessitem. 6C Até 2015, ter detido a incidência da malária e de outras doenças importantes e começado a inverter a tendência atual. Milênio. Embora o Brasil tenha progredido em alguns objetivos, ainda há desigualdades regionais e pontos críticos para cumprimento. O Ministério da Saúde realizou pacto com governadores do Nordeste e Amazônia Legal e anunciou o repasse de 110 milhões para diminuir a mortalidade infantil e materna. 6C BRASILEIRA Até 2015, ter reduzido a incidência da malária e da tuberculose. 110 Ministério da Saúde para cumprimento das Metas do Não há, no entanto, o acompanhamento direto do Ministério da Saúde das ações realizadas pelos 6D BRASILEIRA Até 2010, ter eliminado a hanseníase. gestores para cumprimento das metas. O GT Saúde realizou reuniões com organizações O GT Saúde propõe que sua atuação concentre- da sociedade civil, Pastoral da Criança, UNICEF, se no acompanhamento das ações do Ministério XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão da Saúde, principalmente de controle e avaliação O GT Saúde propõe que sua atuação concentre- dos serviços de saúde e implantação de políticas se em reunir informações sobre o progresso da públicas do Ministério da Saúde, e na proposta de mudança do modelo e atuação do Ministério Público atuação coordenada nos municípios críticos para Federal, acompanhar as ações do Ministério da cumprimento das metas. Saúde para avaliar a atenção em saúde mental B - Saúde mental: de crianças e adolescentes, e, em atuação com o GT Sistema Prisional, acompanhar as ações do Foi realizada reunião com a Coordenação de Saúde Ministério da Saúde para garantir atenção em Mental para buscar informações sobre a mudança saúde mental aos presos. de modelo e progresso da desinstitucionalização e existência de política específica para preso portador de transtorno mental. Foram encaminhados ofícios às Procuradorias onde há unidades com avaliação péssima ou ruim, com indicação de descredenciamento, onde há C) Medicamentos Excepcionais: O GT encaminhou material ao Procurador-Geral da República para subsidiá-lo na audiência pública do Supremo Tribunal Federal sobre o fornecimento de medicamentos pelo SUS. baixa cobertura de serviços extra-hospitalares e Foram realizadas reuniões com o Departamento de onde há unidades com mais de 20% de pacientes Atenção Farmacêutica e Comissão de Incorporação de moradores. Tecnologias do Ministério da Saúde (CITEC) na busca Não há política específica para atenção ao preso portador de transtorno mental e não há ações de informações sobre os processos de incorporação de novos medicamentos e procedimentos. específicas para avaliar a atenção dada a crianças O GT sugere que seja expedida recomendação e adolescentes. para revisão dos Protocolos Clínicos do Programa Relatório e Deliberações 111 Exposição 2 Relatório de Atividades 112 de Medicamentos Excepcionais e normatização do encaminharam ao PGR proposta de Recomendação processo de incorporação de novos medicamentos, para que a União adote medidas para correção do a fim de garantir celeridade, transparência e cálculo do valor mínimo aplicável e suplemente participação da sociedade às aplicações em ações e serviços de saúde o valor de 5.485.494.079,56, para fiel cumprimento D) Financiamento da Saúde: da EC 29, que foi encaminhada aos Ministros de O GT Saúde encaminhou à PR/DF o material produzido Estado da Saúde, Planejamento e Fazenda em pelo colega Oswaldo José Barbosa Sobrinho sobre o 26/06/2009. descumprimento da EC 29 pela União. Os Procuradores da República Participação de membros do GT na elaboração de Peterson de Paula Pereira e Carlos Henrique Martins Lima manual sobre a EC 29 para que seja distribuído aos MP estaduais. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Além dos temas acima elencados o colega Humberto políticas preconizadas pelo Ministério da Saúde para Jacques acompanhou as ações da Secretaria de cumprimento dos objetivos do Milênio para redução Vigilância em Saúde na contenção e enfrentamento da mortalidade infantil, para melhorar a saúde da Influenza H1N1. Estão disponíveis no site da PFDC materna e para eliminar a hanseníase; o relatório da reunião realizada no Ministério da Saúde em 06/05/2009 e o Tira-dúvidas, transmitido pela internet em 29/07/2009. Sobre a proposta de criação de um GT/Pandemias, o GT Saúde entende que não há necessidade, pois o surto apenas evidenciou problemas já existentes na atenção e na articulação entre gestores e serviços privados. O GT Saúde também entende que o Ministério Público Federal precisa melhorar a articulação interna e conseguir reunir todos os colegas que tratam de assunto comum com rapidez. Resumindo, a sugestão do GT Saúde para sua atuação para o próximo período (2009-2010) é: b) Que o GT Saúde acompanhe as ações do Ministério da Saúde e apresente proposta de ações coordenadas para cumprimento das Metas do Milênio; c) Que o GT Saúde proponha Recomendação ao Ministério da Saúde para revisão dos protocolos clínicos e normatize o processo de inclusão de medicamentos e novos procedimentos para garantir celeridade, publicidade e participação social; d) Que os PRDC e PDC informem à PFDC ( GT Saúde) os medicamentos excepcionais que estão sendo pleiteados em procedimentos administrativos e ações civis públicas; e) Que o GT Saúde concentre sua atuação a) Que o GT Saúde concentre sua atuação diretamente no Ministério da Saúde para que diretamente no Ministério da Saúde, para que seja criada política de avaliação permanente sejam resolvidos problemas estruturais de controle dos serviços de saúde mental para crianças, e avaliação dos serviços de saúde e implantação de adolescentes e infratores. Relatório e Deliberações 113 Exposição 2 Relatório de Atividades de do Sul; • Massacre na cidade de Felisburgo/MG e desapropriação da área; • Desapropriação da área de Ariabinópolis em Campo do Meio/MG; Dia 29/06/2009 o GT Reforma Agrária em reunião aqui INSERIR FOTO de pá conjunta com o GT da 5a CCR recebeu representantes do INCRA e MDA. Proposta para resolução Adequação da distribuição processual nas procuradorias dando ao PRDC atribuição de atuar como custos legis naqueles processos que envolvam matérias pertinentes as suas atribuições tal como preceituado na Resolução nº 1 de 2004. 114 XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão ágina e meia Relatório e Deliberações 115 Expositor: Assessora Especial da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Paula Lima – 30 minutos 16h30 – Apresentação sintética de Relatórios de Atividades dos nove Grupos de Trabalho da PFDC (os relatórios serão apresentados pelos coordenadores e/ou representantes dos GTs. A atividade ocorrerá simultaneamente em três subgrupos). Adoção de critérios padronizados para elaboração do relatório anual de atividades. Propostas de metas de atuação. Coordenador: Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão Luciana Loureiro 1º Grupo : GT Sistema Prisional, GT Inclusão e GT Previdência Social Relator: Procurador Regional dos Direitos do Cidadão Ailton Benedito Souza Moderadora: Procuradora Regional da República Sandra Akemi Kishi 15h30 – Tema: A construção da cidadania num Estado democrático de direito. As entidades civis de direitos humanos e os movimentos sociais. A interlocução dos Procuradores dos Direitos do Cidadão (PRDC) e dos Procuradores dos Direitos do Cidadão (PDC) com a Sociedade Civil. 2º Grupo : GT Comunicação Social, GT Educação e GT Reforma Agrária Anexo PROGRAMAÇÃO XV ENPDC DIA 25/08/2009 – 3ª Feira 14h30 – Tema: Apresentação do processo de construção do Programa Nacional de Direitos Humanos III . Comitê de acompanhamento e Plano Nacional. Expositor: Procurador Regional da República Paulo Gilberto Cogo Leivas – 30 minutos Coordenador: Procurador da República Álvaro Luiz de Mattos Stipp Relator: Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão Silmara Cristina Goulart Moderador: Procurador Regional da República João Bosco Araújo Fontes Júnior 3º Grupo: GT Saúde, GT Alimentação Adequada, GT Direitos Sexuais e Reprodutivos Moderadora: Procuradora da República Marina Filgueira de Carvalho *Explicação: Os relatores do GT’s farão as suas exposições em 20 minutos. Após cada exposição, haverá, em 10 minutos, discussão e deliberação sobre as propostas de resolução apresentadas. 19h – Encerramento 116 DIA 26/08/2009 – 4ª Feira Relator: Procurador Regional dos Direitos do Cidadão 9h – Análise do Relatório Anual de Atividades da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e das Procuradorias Regionais dos Direitos do Cidadão na atuação da defesa da cidadania. Substituto José Guilherme Ferraz da Costa Expositor: Procurador da República Sérgio Cruz Arenhart – 30 minutos 9h30 – Contribuição para o aprimoramento do Relatório de Atividades 2008. Expositor: Coordenadora da área de Responsabilidade Social da Diretoria de Estudos Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Anna Maria Peliano – 30 minutos Coordenadora: Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão Nilce Cunha Rodrigues Relator: Procurador Regional dos Direitos do Cidadão José Milton Nogueira Junior 10h30 - Tema: O Brasil em síntese, pelo IBGE. Indicadores Sociais. Pobreza. Saúde. Educação. Perfil dos Municípios brasileiros. Expositor: Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes – 30 minutos Coordenadora: Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão Mona Lisa Abdo Aziz Ismail 11h30 – As convenções/tratados internacionais. Observância no Brasil das normas convencionadas. Caso Júlia Gomes Lund e Outros (Guerrilha do Araguaia) em tramitação na Corte Interamericana de Direitos Humanos. Papel do MPF quanto aos casos em exame nas Comissões e nas Cortes Internacionais. Entidades Nacionais de Direitos Humanos. Resolução A/RES/48/134/20.12.93 da ONU. Expositor: Subprocurador-Geral da República Eugênio Aragão – 30 minutos Coordenadora: Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão Ludmila Fernandes da Silva Ribeiro Relator: Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão Luciana Fernandes Portal Gadelha 13h – Almoço 14h30 – Grupos de Trabalho 1º Grupo – Discussão sobre a atuação do Procurador Regional dos Direitos do Cidadão – PRDC e do Procurador do Cidadão – PDC conhecendo e considerando os indicadores sociais. A identificação dos problemas sociais no Estado/Município. A criação de metas para o período do mandato. A coordenação no Estado pelo 117 Anexo PROGRAMAÇÃO XV ENPDC 118 PRDC das ações de cidadania. A comunicação entre os procuradores no Estado. Abrangência temática. Exclusividade. Procedimentos e Processos. Planilha das respostas em face da resolução do XIV Encontro. Moderador: Procurador Regional da República José Elaeres Marques Teixeira 2 Relatores: Procurador Regional dos Direitos do Cidadão André Carlos de Amorim Pimentel Filho Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão Raquel Teixeira Rodrigues (memória das discussões e a aprovação de resoluções). 2º Grupo – Discussão sobre a atuação do PRDC e do PDC e a sua conformação com o direito à informação à Sociedade. Os registros das atuações nas Unidades. O relatório anual de atividades da PFDC e das PRDC para os órgãos institucionais e para a sociedade. Os registros das reuniões, atendimento ao público e audiências públicas. A disponibilização de banco de dados na internet das recomendações, termos de ajustamento de conduta, ações civis e outras atuações. O monitoramento anual das atuações para efeito do Relatório, como fazê-lo. Criação de Comissão no âmbito do Estado formada por sociedade civil, membros e magistrados. resultados obtidos nas atuações. A divulgação dos Moderador: Procurador Regional da República Nicolao Dino de Castro e Costa Neto 2 Relatores: Procurador Regional dos Direitos do Cidadão Júlio Carlos Schwonke de Castro Junior Procurador Regional dos Direitos do Cidadão Ercias Rodrigues de Souza (memória das discussões e a aprovação de resoluções). 16h30 – Coffee break 17h – Discussão e deliberação Plenária das resoluções. Coordenador: Procurador Regional da República Nicolao Dino de Castro e Costa Neto Relatores: os mesmos que relataram os grupos. 19h – Encerramento dos trabalhos OBS: Os Procuradores deverão se inscrever para participar de um dos três grupos que examinarão os relatórios de atividades dos GT’s da PFDC e em um dos dois grupos de discussão sobre a atuação do PRDC e PDC. As inscrições devem ser feitas previamente através do e-mail [email protected]. XV Encontro Nacional dos Procuradores e Procuradoras dos Direitos do Cidadão Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão