2 Política Panorama político O Estado do Maranhão - São Luís, 7 de agosto de 2013 - quarta-feira Ilimar Franco Os alvos de Aécio O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, vai intensificar sua presença em São Paulo e no Nordeste. Em ambos, está de olho no potencial eleitoral. No caso paulista, procura também usufruir a força partidária local. No Nordeste, porque os tucanos estão muito frágeis. O PSDB se preocupa, ainda, com aqueles estados onde não comanda os governos nem as prefeituras de capital. Um cenário eleitoral do Rio Lindbergh Farias (PT), com 18%, lidera a corrida para o governo do Rio. O Instituto Ideia fechou pesquisa com 1.500 entrevistas no domingo, na qual Marcelo Crivella (PRB) tem 17,5%; Anthony Garotinho (PR), 13,5%; Luiz Fernando Pezão (PMDB), 11,5%; Cesar Maia (DEM), 8,5%; e Miro Teixeira (PDT), 4,3%. No cenário com Marcelo Freixo (PSOL), ele chega em segundo com 16%. Os números mostram que, à exceção de Freixo, os demais candidatos perderam cerca de três pontos percentuais em decorrência dos recentes protestos de rua. E revelam, ainda, que o senador Lindbergh e o vice-governador Pezão são os candidatos com menor rejeição eleitoral. “Sua cútis está rejuvenescida. E você tem um bom argumento (para a plástica): melhorar a sua visão” Dilma Rousseff, Presidente da República, quebrando o gelo ontem na reunião com os líderes do Senado, referindo-se à cirurgia plástica, nas pálpebras, feita pelo senador Benedito de Lira (PP-AL) Nomeação caseira Givaldo Barbosa/8-4-2013 Para evitar confusões, como a da nomeação de Elano Figueiredo para a ANS, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) privilegia a nomeação de técnicos da ANP, como Waldyr Barroso, novo diretor da agência. "Os resultados são melhores quando nomeamos aqueles que já têm experiência na agência", justifica o ministro. A palavra de ordem Num restaurante de Brasília, na segunda-feira à noite, o presidente do DEM, José Agripino, elogiou os candidatos nos estados que buscam novos rumos, evitando que o partido fique refém do projeto eleitoral de seu maior aliado, o PSDB. Os estrangeiros estão chegando? O Ministério da Saúde já recebeu cerca de 1.900 inscrições de médicos estrangeiros interessados em se habilitar para atuar no Brasil pelo "Mais Médicos". Os países com maior número de candidatos são Espanha, Argentina e Portugal. Marcação homem a homem Quando estava em debate a questão dos médicos militares, ontem, com os líderes no Senado, a presidente Dilma atalhou: "Pode deixar que eu vou ligar para o Renan (Calheiros, presidente do Senado)". O líder Eduardo Braga lembrou que "também é bom falar com o Henrique (Alves, presidente da Câmara)". Dilma emendou: "com o Henrique, o Temer fala", referindo-se ao seu vice. Deixa disso O líder do PTB no Senado, Gim Argello, chamou para a briga o líder do PMDB, Eunício Oliveira, ontem na reunião com a presidente Dilma. Reclamou do senador João Alberto (PMDB-MA) ter sido nomeado relator do Mais Médicos. João Alberto presidirá a comissão mista de análise da MP do Mais Médicos Senador maranhense foi indicado por líderes do PMDB, após reunião com Dilma Rousseff; desafio será analisar mais de 550 emendas à proposta Divulgação Carla Lima Da editoria de Política S erá instalada oficialmente hoje a comissão mista do Congresso Nacional que analisará a Medida Provisória (MP) 621/13, que estabelece regras do programa Mais Médicos. Pela indicação do PMDB - partido com maior bancada -, presidirá a comissão o senador maranhense João Alberto de Sousa. A comissão é formada por 42 membros do Senado e da Câmara que terão 30 dias para emitir parecer de votação da MP. A instalação está prevista para as 14h40 de hoje na sala 2 da Ala Nilo Coelho, no Senado. Apesar de estar prevista a eleição para relator e presidente da comissão, pela regra interna do Senado e da Câmara, PMDB e PT têm a prerrogativa de indicar o presidente e relator, respectivamente, por serem as legendas de maior bancada. Após reunião de líderes com a presidente Dilma Rousseff (PT), o PMDB indicou o senador João Alberto. Já o PT indicou o deputado federal Rogério Carvalho (SE) para ser o relator na comissão mista. A nova missão do senador maranhense será analisar mais de 550 emendas a MP 621/13. "Analisaremos cada emenda para saber se é necessária a modificação do texto original do Governo Federal. Como a quantidade de emendas é muito grande, acredito que esse é o nosso maior desafio", afirmou João Alberto. Modificações já estão previstas, segundo o senador, como o tempo para a formação dos médicos. Inicialmente, estava previsto que, após a passagem pela universidade, os futuros médicos somente se formariam após dedicar 2 anos de residência médica em saúde básica, proposta defendida pelo governo. Após negociações, o governo recuou e estabeleceu apenas um ano para essa residência dedicada ao Sistema Único de Saúde (SUS). "São vários pontos polêmicos que vamos analisar como esse do tempo de residência dedicada à atenção básica. Já está prevista modificação. Vamos analisar quais outras serão necessárias", declarou. Entre as modificações previstas estão a permissão às universidades privadas a aplicação do Re- Senador João Alberto foi indicado pelos líderes do PMDB para presidir comissão mista no Congresso “ Assumirei essa missão e, com certeza, trabalharei para cumprir o prazo de 30 dias para entrega do relatório João Alberto, Senador valida a médicos brasileiros formados no exterior, competência que hoje é das universidades públicas. Outra sugestão dos senadores e deputados é ampliar a remuneração dos residentes médicos no interior para estimular a ida para pequenas cidades. Prazo - Para analisar a MP e as emendas, o senador do PMDB contará com outros 41 membros da comissão mista, cujo trabalho se inicia imediatamente após a Ministra diz que governo apoia PEC 122 do Senado Além da MP 621/13, os senadores discutiram também com a presidente Dilma Rousseff e com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati, a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que prevê a liberação de médicos das Forças Armadas para trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS). A ministra defende a aprovação da PEC, que tramita no Senado, alegando que ajudará a reduzir a carência de médicos na rede pública especialmente em áreas da periferia das grande cidades e no interior dos estados. "Uma das coisas mais positivas [da reunião dos parlamentares com Dilma] foi saber que no Senado há uma PEC, a 122/2011, que trata da questão dos médicos das Forças Armadas, que hoje não podem atuar no SUS. Essa proposta é permitir que os médicos que atuam nas unidades das Forças Armadas também possam atuar e dar plantão no SUS", disse. A proposta já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e aguarda votação no plenário do Senado. De acordo com o líder do PT, senador Wellington Dias (PI), os parlamentares tentarão acelerar a análise da matéria. "Decidimos priorizar a PEC 122, que trata da possibilidade de os médicos militares poderem atuar pelas regras do SUS", afirmou. instalação oficial da comissão. O prazo inicial para a apresentação do relatório da MP é de 30 dias podendo ser prorrogada por igual tempo caso seja necessária. "Temos esse prazo que queremos cumprir. Mas se for necessário, vamos prorrogar até mesmo porque temos muito o quê analisar", disse o senador maranhense. A formação da comissão mista ocorreu após reunião de líderes do Congresso com a presidente Dilma Rousseff (PT) que pediu prioridade na análise de votação da MP 621/13. Durante essa reunião, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha explanou para os parlamentares o programa Mais Médicos. Entrando em campo Diante do quadro eleitoral criado no Rio com os protestos, o PCdoB ensaia trilhar caminhos próprios e lançar a candidatura da deputada Jandira Feghali ao Senado. Em 2006, ela obteve três milhões de votos nas eleições para o Senado. zzz O PSB quer que o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, concorra ao governo de Minas Gerais nas eleições do ano que vem. Com Simone Iglesias, sucursais e correspondentes [email protected] Pesquisa Ibope mostra que 85% querem a reforma política no Brasil Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral encomendou levantamento que ouviu 1,5 mil pessoas em todo o país BRASÍLIA - Pesquisa Ibope divulgada ontem, em Brasília, indica que 85% da população apoia a reforma política. O instituto ouviu 1,5 mil pessoas com mais de 16 anos em todo o país entre 27 e 30 de julho. A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), integrado por 51 entidades, entre as quais Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). A pesquisa mostra que 7% são contrários à reforma, 4% são indiferentes e 4% não sabem ou não responderam. Dentre os que responderam, 92% querem a realização da reforma política a partir de um projeto de iniciativa popular e 84% defendem que uma nova legislação sobre o assunto passe a valer nas eleições de 2014. De acordo com a pesquisa, 78% são contrários ao financiamento de campanha por empresas privadas. Segundo o Ibope, 80% acreditam que deveria haver limite máximo para uso de dinheiro público nas campanhas e 12% disseram que não. A ampla maioria (90%) quer punição mais rigorosa à prática do caixa dois. O Ibope também questionou os entrevistados sobre a proposta do MCCE de que eleitores possam votar primeiro em partidos e propostas e depois, em candidatos. Sobre isso, 56% disseram que apoiam a ideia, 36% disseram preferir manter o sistema atual, 2% se disseram indiferentes e 5% não responderam. Quanto à pergunta sobre em qual proposta votariam, 56% das pessoas, na primeira menção, disseram "saúde", seguida por "educação", com 20% da preferência, 14% votariam no tema do "controle do dinheiro gasto pelo governo/corrupção", 7% em "segurança pública", 1% em "transporte público" e 1% não sabe ou não respondeu. O MCCE coleta assinaturas para encaminhar projeto de lei próprio sobre a reforma política ao Congresso. Mais A pesquisa também indagou sobre as manifestações de rua pelo país: 84% se disseram favoráveis, 14% contra, 1% indiferentes e 1% não souberam ou não responderam. Sobre os motivos dos protestos, 37% disseram que é por "revolta", 32% por "sensação de abandono ou descaso", 13% por "esperança", 9% por "frustração", 3% por "confiança", 2% por "orgulho".