Agradecimentos
 Agências financiadoras
 Todos que não são co-autores mas
contribuíram:
– Ofereceram assistência técnica
– Discutiram os resultados com você
– Leram o manuscritos e ofereceram comentários
– Corrigiram o inglês
Referências
 Estilo consistente
 Liste apenas os artigos que estão
referenciados no texto e referencie apenas
aqueles listados nas referências
 Problemas potenciais:
– URLs: não são necessariamente permanentes
– Melhor não usar “grey literature”
 Abstracts, teses, relatórios,…
Referências
 Engel, S. & S. A. Nichols, 1994. Aquatic macrophytes growth in
a turbid windswept lake. Journal of Freshwater Ecology 9: 97109.
 Engel, S. & S. A. Nichols, 1994. Aquatic macrophytes growth in
a turbid windswept lake. J. freshwat. Ecol. 9: 97-109.
 Engel, S. & S. A. Nichols, 1994. Aquatic macrophytes growth in
a turbid windswept lake. Journal of Freshwater Ecology 9: 97109.
 ENGEL, S. & S. A. NICHOLS, 1994. Aquatic macrophytes
growth in a turbid windswept lake. J. freshwat. Ecol. 9: 97-109.
 Engel, S. & S. A. Nichols, 1994: Aquatic macrophytes growth in
a turbid windswept lake - Journal of Freshwater Ecology 9, 97109.
 Engel S, Nichols SA (1994) Aquatic macrophytes growth in a
turbid windswept lake. Journal of Freshwater Ecology 9: 97-109.
DICA IMPORTANTE:
Nunca cite informações de um artigo o qual você
não teve acesso (o famoso “apud”). Duvide sempre
do autor, pois no processo de transcrição, erros
podem ocorrer e você pode citar informações
incorretas no seu trabalho.
Erros podem ocorrer por:
- Falta de atenção do pesquisador;
- Pressa para terminar o trabalho;
- Dificuldade em compreender a língua;
- Dificuldade em compreender o enunciado;
- Inclusão da informação após longo tempo de
leitura do trabalho original; ou
- Má fé!!!
Exemplo de um artigo publicado em uma importante
revista em 2001:
Vitousek et al (1997) não citam
esses dados sobre o Brasil!
Exemplo de um artigo publicado na Biod & Conser:
“Unlike the Challenger discovery's fall into obscurity, the
findings of Sanders et al. (1965) were immediately
recognized to be a paradox of the plankton question
(Hutchinson, 1959),…”
Citação de sínteses, revisões ou capítulos:
procure o artigo original
Caso contrário, você estará sendo injusto
para com o primeiro autor da idéia!
Evite o Narcisismo: cite seus artigos na
medida do necessário.
O maior erro que um cientista pode
cometer…
Plágio
Cuidado com o auto-plágio!
Tabelas e Figuras
 No final do manuscrito – 1 página por tabela/figura
– No estágio de manuscrito, as tabelas e figuras ainda
não se encontram inseridas no texto
Figure 2 – Number of articles published
in different mainstream journals and that
cited Hutchinson (1959).
Figure 3 – Histogram of the number of
citations of the articles published
between 1945 and 2009 in The
American Naturalist journal. Data were
obtained in March 2009. Hutchinson`s
paper is highlighted.
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
r = 0.83, p < 0.01
1958
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
Figure 1 – Temporal trend of the
number of papers citing Hutchinson
(1959).
Number of articles
Figure captions
Year
Figure 1
Table 1: Concentração de P e N (média e DP) medidos após o experimento.
Floodplain lagoons
Itaipu Reservoir
Treatment
PO4-3
NH4+
PO4-3
NH4+
Control
19.7 (4.2)
65.3 (5.1)
14.3 (1.6)
70.1 (5.5)
P
75.5 (6.7)
95.4 (21.6)
62.6 (6.7)
80.8 (9.4)
N
29.2 (7.8)
144.1 (13.1)
20.7 (3.9)
145.9 (22.4)
N+P
55.5 (6.6)
145.7 (18.0)
53.0 (11.4)
168.4 (29.5)
Tabelas e Figuras
 Tão claras quanto possível:
– Não tente mostrar muito em uma figura
– Use boa qualidade técnica
– « 1 figura boa = 1000 palavras »
Tabelas e Figuras
Não se esqueça que as figuras serão reduzidas na
publicação
80
70
60
50
40
30
Water content (%)
20
10
0
1
2
3
Clay
4
1
2
3
Sand
4
Water content (%)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1
2
3
Clay
4
1
2
3
Sand
4
Tabelas e Figuras
Use o mesmo padrão em todas as figuras
(tamanho e tipos de letras, tipos de linhas, forma
da figura etc.)
Tabelas e figuras
 Referencie no texto
– Não apresenta tabelas e figuras que não tenham sido
citadas
– Numere em ordem de citação (Figura 1, Fig. 1)
 Cabeçalhos/legendas
– Devem iniciar com uma curta sentença explicando o que a
fig/tab contem = título. Nas tabelas, explicações adicionais
devem ser dadas abaixo
– DEVEM ser interpretadas independentemente, não “veja
texto para explicação” (a não ser excepcionalmente).
Apêndices
 No final do manuscrito
 Apenas se for estritamente necessário
 Política atual da maioria das revistas
internacionais:
– Não permitem tabelas com dados brutos, apenas
resultados das análises desses dados
– Soluções possíveis:
 Colocar essas tabelas grandes em um website e colocar o
endereço no texto
 A maioria das revistas atualmente tem “material suplementar”
anexo à versão online
Antes da submissão
Cheque a consistência dos termos.
Ex.1: “fatores abióticos”, “parâmetros abióticos”,
“fatores ambientais”;
Ex.2: “os ambientes”, “os habitats”, “os locais
amostrados”.
“Depois de anos armazenando adjetivos e advérbios,
o escritor descobre que a redução é a norma e os
níveis de modificação são minimizados. O dicionário
de sinônimos é em grande parte abandonado e
repetição de termos-chave é preferida.”
Outros tipos de artigo





Opinião
Revisões
“Short research notes”
“News and views”
“Book reviews, abstracts,…..”
Journal of Ecology
Types of Papers Published
Standard Papers - report practical or theoretical ecological
research and typically comprise up to 12 typeset pages. Longer
articles are also considered, provided the content justifies
the extent.
Essay Reviews - intended to promote discussion of a topical
area (rather than offering exhaustive surveys of the
literature)
Forum Papers - short articles presenting new ideas (without
data), opinions or responses to material published in Journal of
Ecology designed to stimulate scientific debate.
Future Directions - short articles that outline a provocative
new direction for a discipline within plant ecology and intend
to challenge currently accepted views
5) O processo de publicação:
da submissão ao aceite final
O processo de publicação




Submissão
Revisão pelos editores
Revisão pelos pares
Publicação
Submissão
O´Connor (1991)
Cover letter: extremamente
importante
Um primeiro parágrafo confirma a submissão
Em seguida, tente demonstrar porque você
acredita que seu trabalho mereça ser
publicado na revista
Seja breve e objetivo
Dear Dr. Daniel Simberloff,
We would like to submit our manuscript “Associations between a highly
invasive species and native macrophytes differ across spatial scales” to be
considered as a contribution to Biological Invasions.
In this manuscript we addressed the patterns of co-occurrence between a
highly invasive Poaceae (tropical signalgrass) and individual native species of
macrophytes, common in Neotropical ecosystems.
Our results showed that (i) patterns of co-occurrences (and thus, the impact
of this Poaceae) differed across scales and that (ii) invasion is not explained
by phylogenetic relatedness between tropical signalgrass and other species
of Poaceae (Darwin’s naturalization hypothesis). These approaches have been
applied in terrestrial ecosystems, but have rarely been tested in aquatic
habitats. It seems that the use of T-scores for pairs of species (differently
of its common use in entire communities) opens new possibilities for
ecologists like for example, the study of the ecology of invasions, as we did
here.
We hope that our ms brings at least some novelty to deserve being sent out
for revision.
Sincerely,
Submissão
 Siga as “Instructions to Authors”
 Para onde submeter
– “Editorial office”
– Editor Chefe
– Editor Associado
 Formatos
– Papel vs. submissões eletrônicas
Revisão
 O(s) editor(es) pode(m) rejeitar antes mesmo
de mandar para revisão
 O editor pode pedir para que os autores façam
uma revisão antes de mandar para os revisores
Revisão por pares
 Editores mandam manuscrito para revisores (>= 2)
 “Peer review” - revisão por
pares = seus colegas, que
verificam se:
– Adequado para uma
determinada revista
– Conteúdo científico
– Qualidade técnica (inglês,
lógica,…)
 Recomendação
para o editor
Recomendação
 Aceito sem revisão (quase impossível!)
 Aceito, “minor revisions” (ídem)
 Aceito, “major revision” (comum)
 Rejeitado, mas encoraja ressubmissão
 Rejeitado
Manipulação pelos editores
 Ambos os revisores dão recomendação
similar: OK!
 Opiniões diferem………: hummm!
– 3o revisor…ou o editor decide
 Revisão
– Sua chance de responder aos revisores/editores
Revisão por pares anônimos
 Implantado em 1665 pelo Journal des Sçavants
 No mesmo ano pela Philosophical Transections
(Royal Society)
 Assumido integralmente em 1750 pela Royal
Society of London
Volpato (2010 – Dicas para...pag. 55)
Minimiza os erros de publicação e torna os
resultados mais confiáveis
Para isso o anonimato é fundamental!
Uma crítica à revisão por pares
Publicação: como responder?
 Os revisores e editores estão sempre (ou quase
sempre) certos!
 Pense muito antes de responder; de
preferência, deixe as revisões “incubarem” por
um tempo e absorva as críticas.
Publicação: como responder?
 Responda a TODAS as críticas e enderece
TODAS as sugestões individualmente e
cuidadosamente.
Publicação: como responder?
- nunca responda que você seguiu um certo
procedimento “because X also used”
MESMO QUE O Dr. X SEJA O GANHADOR DO
NOBEL!!!!
- nunca tente “enrolar”, nem seja evasivo com os
revisores/editores!
- de preferência, responda à questão e mostre de
que forma a mesma foi endereçada na NOVA
VERSÃO DO MANUSCRITO
Publicação: como responder?
Exemplo:
Ex. Thomaz et al. (2009). Resposta aos editores da
revista Acta Oecologica.
Query 2: Were your sampling points and procedures the same as
those of Thomaz, et al (2003)?
Response: Yes, we used exactly the same protocol. We tried to
clarify this point (lines 164-166):
“Even so, our fetch results can be considered a surrogate for wave
disturbance caused by wind, as shown previously for the same
sampling points by using the same protocol (Thomaz et al., 2003).”
Publicação: como responder?
Para questões mais simples:
Ex.
Reviewer: use “conductivity” instead of
“electrical conductivity”
Response: Done.
Publicação: como responder?
Não tenha preguiça de trabalhar na nova versão
(muitas vezes a correção é mais difícil do que
escrever o manuscrito)
Se for preciso, seja ousado (RESULTADOS,
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO PODEM SER
MUDADOS DA PRIMEIRA PARA A SEGUNDA
VERSÃO)
Dear Thaísa,
Thanks for your email. Please, do include this information in the ms and just
append your thourough text with the systematic/taxonomic updates to the
cover letter if your revision. It is much better to have this updated to the very
recent info, this being one of the beauties of science.
I am looking forward to receiving your final revision and will be happy to
finally accept the ms for publication in PLoS ONE.
very best,
Jordi
Jordi Moya-Laraño
Functional and Evolutionary Ecology
Estación Experimental de Zonas Áridas - CSIC
Carretera de Sacramento s/n
La Cañada de San Urbano
04120-Almería
Spain
RARAMENTE UM PAPER SERÁ REJEITADO
COM BOAS RESPOSTAS, EXPOSTAS SEM
PREGUIÇA, DE FORMA CLARA E MOSTRANDO
RESPEITO AOS EDITORES E REVISORES!
Nunca se esqueça: revisores e editores
empenham tempo em revisão e ODEIAM ver que
suas sugestões foram endereçadas de forma
displicente.
Publicação: como responder?
 NÃO SE ESQUEÇA: revisores e editores
fazem um trabalho voluntário! Seja cordial,
bem educado e respeitoso.
Um grande defeito do ser humano é buscar
a causa para seu fracasso nos outros, mas
nunca em suas próprias limitações
Publicação
 Tempo para publicação: depende da
revista: tempo com o editor, com os
revisores, com o próprio autor durante a
revisão etc.
 Outros:
– Você quer separatas? (cada vez + raro)
– Cobrança por página
– Cobrança por figuras coloridas
Última etapa antes da publicação:
corrija a prova (“proof”)
É sua última chance de não ver erros publicados...
... mas só é permitido corrigir erros
tipográficos ou outras pequenas
correções, então preste muita atenção
às etapas anteriores.
6) Qual revista
escolher? Fatores de
Impacto de revistas e
autores
Qual o nível da publicação de seu
artigo?
 Toda pesquisa bem feita merece ser
publicada!
 Diferença entre os níveis relaciona-se a:
– Questão endereçada: de interesse regional ou
geral?
– Descritiva ou usando teste de hipótese?
– Qualitativa ou quantitativa?
– Com ou sem análises estatísticas?
– ….
O meu artigo tem interesse local,
nacional ou internacional?

Revistas internacionais: vários níveis (ex.
das ciências aquáticas)
1. Gerais, top level (Science, Nature, PNAS)


De interesse extremamente geral (mundial)
Pesquisas de topo, mas em especial,
espetaculares



Novas descobertas, novos métodos,
Novos paradigmas
FI = 32-35
O meu artigo tem interesse local,
nacional ou internacional?
2. Interesse internacional, nível intermediário (ex.
Hydrobiologia, Freshwater Biology,…)
–
–
–
–
–
Preferivelmente, pesquisas que testam hipóteses
Necessário não ser puramente descritiva
Deve incluir análises quantitativas estatísticas
O interesse não deve ser local ou nacional
O interesse deve atingir uma audiência científica mais
ampla
=> Ex: estudo taxonômico, mas com análises
filogenéticas ou biogeográficas, análises morfológicas
quantitativas, ...
O meu artigo tem interesse local,
nacional ou internacional?
3. Revistas internacionais mais especializadas
(Crustaceana, Aquatic Insects, Am. Mal. Bulletin)
–
–
–
Mais rigorosas no escopo, mas menos difícil acerca
do interesse geral
Dependendo da área, pesquisas puramente
descritivas podem ser aceitas
Exemplos:



Alpha-taxonomy pura,
Ciclos limnológicos de 1 ano,
Modelos com um único parâmetro,…
O meu artigo tem interesse local,
nacional ou internacional?
 Nacional, Revistas de museus
– Ex.: inventários de reservas naturais,
taxonomia, descrição de novas espécies da
fauna nacional,…
 Revistas locais
– Notas sobre observações florísticas ou
faunísticas, artigos gerais de história natural,…
IMPORTANTE: a mesma pesquisa,
modos diferentes de apresentação
Ex: Estudo de um ciclo anual do fitoplâncton em um
lago
 Descritivo, sem réplicas, sem análises estatísticas,
apresentação de dados brutos
– Nacional ou local
 Amostragens em réplica, emprego de análises estatísticas
– Revista internacional especializada
 Teste de hipótese (ex.: Paradoxo do plâncton-Hutchinson),
coleta em vários lagos, ou experimentos in situ com
controle
– Revistas internacionais gerais (Hydrobiologia, L&O)
 Solução do paradoxo do plâncton através da teoria fractal
combinada com a equação metabólica:
– Nature ou Science!
Revistas tradicionais
versus Open Access
 Forma tradicional de publicar:
– Autores publicam em revistas científicas,
– Editoras vendem as revistas para bibliotecas,
– O acesso é limitado aos assinantes individuais
ou instituições,
 Bibliotecas pagam pelo acesso
 Três formas de publicação:
– Revistas em papel
– Revistas em papel e eletrônicas
– Apenas publicações eletrônicas – O FUTURO
(cada uma ou ambas podem ser assinadas)
Open Access Publishing
 Open access
– Autores publicam em uma revista eletrônica
– Pagam para publicar (> 1500 USD por manuscrito
aceito, dependendo da revista)
– OU: membros de institutos pagam uma taxa
– Essas revistas eletrônicas têm acesso gratuito => sem
restrições de assinatura
Algumas revistas agora oferecem também acesso livre
para artigos individuais (ex. Springer = 3000 USD por
artigo…)
Open Access Publishing
PRO
 Acesso ilimitado a
todos os artigos para
toda comunidade
científica
 Permite baixar artigos
inteiros
CONTRA
 Não reduz custos
 A comunidade
científica continua
pagando
Revistas Open Acess indexadas na WoS e/ou Scopus
estão se aproximando do FI e qualidade das demais
revistas em Biomedicina.
Algumas Open-access alcançaram certo
prestígio (ex., PlosOne, Plos Biology etc).
Há centenas de revistas open-access já
indexadas na base ISI.
A revolução da revisão por pares e das
revistas científicas
Peer J Preprints e PeerJ:
- membros pagam uma pequena taxa e se comprometem
a revisar manuscritos online;
- a revisão é aberta e após terminada, pode-se enviar o
artigo para a PeerJ, que também terá avaliação por pares;
- pode-se submeter o artigo diretamente para a PeerJ.
A revolução da revisão por pares e das
revistas científicas
PeerJ:
“Taking its inspiration from PLoS ONE,
PeerJ selects articles based only on a
determination of scientific and
methodological soundness, not on
subjective determinations of 'impact,'
'novelty' or 'interest.‘”
A revolução da revisão por pares e das
revistas científicas
Editoras predadoras de open access evitam o
processo de revisão por pares, usam editores
falsos ou publicam artigos plagiados.
Enserink (2012)
Enserink (2012 – Science)
Download

Redação Científica