ANÁLISE DO PREENCHIMENTO DAS LISTAS DE
VERIFICAÇÃO DO PROGRAMA CIRURGIA
SEGURA EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Marly Ryoko Amaya /Bolsista Iniciação Científica - Fundação Araucária
Profª Drª Elaine Drehmer de Almeida Cruz
Introdução
O Programa Cirurgia Segura é uma iniciativa da
Organização Mundial da Saúde, faz parte do
Segundo Desafio Global denominado Cirurgias
Seguras Salvam Vidas, e contempla a adoção da
lista de verificação cirúrgica a fim de auxiliar na
conferência de itens influentes na segurança do
paciente (OMS, 2009) a partir de 10 objetivos
estabelecidos. Esta pesquisa teve por objetivo
analisar o registro de informações e conteúdo das
listas de verificação de cirurgias ortopédicas.
Método
Pesquisa de abordagem quantitativa, documental e
retrospectiva realizada no Centro Cirúrgico de um
hospital de ensino do Paraná. A informações das
listas de verificação de cirurgias ortopédicas do
período de janeiro de 2011 a junho de 2012
alimentaram uma planilha no programa Microsoft
Excel® e foram analisadas com auxílio do programa
SPSS v 20.0. A pesquisa foi aprovada por Comitê
de Ética sob registro CEP/SD 1102.027.11.04.
Referência
OMS. Organização Mundial de Saúde. Segundo
desafio global para a segurança do paciente:
Cirurgias seguras salvam vidas. Organização
Pan-Americana da Saúde. Agencia Nacional de
Vigilância Sanitária. Brasil, 2009.
Resultados
Das 257 listas de verificação preenchidas no período, foram
analisados 12.629 itens; desses, 91,4% foram respondidos
adequadamente, 8,5% não foram respondidos e em 0,2% os
registros foram incompreensíveis. Destacam-se alguns
resultados relativos às etapas da lista com seus respectivos
objetivos da OMS. Na recepção no centro cirúrgico 89,1% dos
pacientes estavam com pulseira de identificação (Objetivo 1) e
em 96,1% o jejum foi confirmado (Objetivo 3); na etapa antes
da indução anestésica em 98,1% a identidade do paciente foi
confirmada (Objetivo 1) e em 97% dos pacientes foi verificado
história de alergia (Objetivo 5); na etapa antes da incisão
cirúrgica a demarcação do sítio cirúrgico (Objetivo 1) foi
confirmada em 77% e a profilaxia antimicrobiana (Objetivo 6)
foi realizada em 85,2% e, na quarta e última etapa, antes de o
paciente sair da sala de operações, em 77,4% foi realizada a
contagem de instrumentais cirúrgicos e agulhas (Objetivo 7) e
em 46,7% o item identificação de amostras para anatomia
patológica (Objetivo 8) teve como resposta que a identificação
não se aplicava.
Conclusões
Conclui-se que há falhas no preenchimento das listas de
verificação. A análise dos resultados evidencia riscos à
segurança do paciente cirúrgico, tais como realização de
cirurgia em paciente e sítio anatômico equivocados,
permanência de material estranho na cavidade cirúrgica, risco
de infecção, entre outros. O feedback dos resultados à equipe
constitui estratégia educativa e de sensibilização.
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