UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL RAFAEL MACHADO DA SILVA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS E REALIZAÇÃO DE LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS PLANIMÉTRICOS RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRILAR OBRIGATÓRIO SÃO GABRIEL 2011 Rafael Machado da Silva GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS E REALIZAÇÃO DE LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS PLANIMÉTRICOS Relatório de estágio obrigatório apresentado Engenharia ao Curso Florestal, de da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), RS, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Florestal. ORIENTADORA: Profa. Dra. ANA CAROLINE PAIM BENEDETTI São Gabriel 2011 Rafael Machado da Silva GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS E REALIZAÇÃO DE LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS PLANIMÉTRICOS Relatório de estágio obrigatório apresentado ao Curso de Engenharia Florestal, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), RS, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Florestal. Área de concentração: Geomática Relatório defendido e aprovado em: 15/12/2011. Banca examinadora: ______________________________________________________ Profa. Dra. Ana Caroline Paim Benedetti Orientadora Engenheira Florestal – UNIPAMPA ______________________________________________________ Prof. Drª. Nirlene Fernandes Cechin Engenheira Florestal – UNIPAMPA ______________________________________________________ Prof. M.Sc. André Carlos Cruz Copetti Engenheiro Agrônomo – UNIPAMPA ______________________________________________________ Eng. Agrônomo Tiago de Carvalho Nobre Sócio Gerente – Responsável Técnico TCN Engenharia Ltda. AGRADECIMENTOS Lembrar de todos aqueles que contribuíram com este trabalho e a quem se deve agradecer é difícil. Deste modo, peço desculpas às pessoas que por ventura não serão citadas, pois foram muitos os que contribuíram com esse trabalho. Ao Engenheiro Agrônomo Tiago de Carvalho Nobre, sócio gerente da empresa TCN Engenharia Ltda. pela oportunidade de estágio, aprendizagem e infraestrutura fornecida, e aos demais colaboradores da empresa pelo conhecimento transmitido durante as atividades desenvolvidas. À professora e orientadora Dra. Ana Caroline Paim Benedetti pelo apoio, confiança, ensino, paciência e amizade. Agradeço, também, à professora Dra. Alexandra Augusti Boligon, coordenadora de estágios, por todo apoio fornecido. Aos meus pais, Maria Olina Machado da Silva e Valdemar Alves da Silva e ao meu irmão Daniel Machado da Silva pelo apoio e ensinamentos transmitidos. RESUMO O presente estágio foi realizado na Empresa TCN Engenharia Ltda., sediada no município de São Gabriel, Rio Grande do Sul, no período compreendido entre seis de setembro e três de novembro de 2011, com o objetivo de realizar o georreferenciamento de um imóvel rural, desde a análise da documentação, a identificação das divisas, a implantação de marcos, o levantamento do perímetro do imóvel com a utilização do receptor GPS (Global Position System) (freqüência L1/L2), o tratamento de dados, a elaboração de plantas, os memoriais descritivos, a produção de tabelas e demais documentos necessários ao atendimento da Norma Técnica de Georreferenciamento de Imóveis Rurais e Lei 10.267/2001. Neste relatório consta a descrição dos levantamentos topográficos planimétricos e/ou planialtimétricos realizados pela empresa. Palavras-chave: georreferenciamento, receptores GPS, levantamentos topográficos. ABSTRACT The present internship was conducted at company TCN Engenharia Ltda., based in São Gabriel, Rio Grande do Sul, in the period between September sixth and November third of 2011 , with the main purpose of running out the georeferencing of a countryside property, since the analisys of documentation, border identification, deployment marks, survey the perimeter the property with GPS receivers (Global Position System) (frequency L1/L2), data processing, plants development, descriptive memorials, tables and others documents necessary to meet the Technical Standard Georeferencing of Countryside Property and Law 10.267/2001. This report is also described the participation in the execution of planimetric surveying and / or planialtimetric made by the company. Keywords: Georeferencing, GPS receivers, surveying. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ASCII - Código Padrão Americano para o Intercâmbio de Informação CAD- Desenho Auxiliado por Computador CTRS - Sistema de Referência Terrestre Convencional DoD -Departamento de Defesa Norte Americana DOP - Diluição da Precisão DWG - Development Working Group EUA - Estados Unidos da America GLONASS - Sistema de Navegação Global por Satélite GPS - Sistema de Posicionamento Global IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ITRF – Sistema de Referência Terrestre Internacional NTGIR - Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais PDOP - Diluição da Precisão no Posicionamento PPP - Posicionamento por Ponto Preciso PPS - Serviço de Posicionamento Preciso RADAR- Rádio Detection and Ranging RIBaC - Rede INCRA de Bases Comunitárias do GPS RINEX - Formato de Troca Independente de Receptor SGB - Sistema Geodésico Brasileiro SIRGAS - Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas SPS - Serviço de Posicionamento Padrão WGS 84 – World Geodetic System 1984 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - Localiza da Fazenda Santa Lúcia, São Gabriel-RS, 2011........................................................................................................................ 20 FIGURA 2 - Modelo de marco de concreto utilizado.............................................. 20 FIGURA 3 (a;b) - Codificação das plaquetas, São Gabriel-RS, 2011....................................................................................................................... FIGURA 4 (a;b) - Fixação das plaquetas nos marcos com “veda calha”, São Gabriel-RS, 2011................................................................................................... FIGURA 5 (a;b) - Vértices tipo M (marco), São Gabriel-RS, 2011....................................................................................................................... FIGURA 6 - Planta dos povoamentos da Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 2011....................................................................................................................... FIGURA 7(a;b) - Colocação das plaquetas nos vértices tipo M (marco) na divisa da área pertencente a Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 2011....................................................................................................................... FIGURA 8 - Coleta dos sinais GPS nos vértices na divisa da área pertencente a Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 2011....................................................................................................................... FIGURA 9 - Coleta dos vértices tipo P (ponto) com GPS freqüência L1/L2 “Hiper” da marca “Topcon” São Gabriel-RS, 2011....................................................................................................................... FIGURA 10 - Coleta de pontos para cálculos no programa AutoCAD e colocação dos marcos, São Gabriel-RS, 2011....................................................................................................................... Figura 11 - Programa de processamento de dados “Topcon Tools”.................... 21 21 22 23 24 24 25 26 28 Figura 12 - Programa de processamento de dados “TopoEVN”........................... 29 Figura 13 - Monografia do vértice de apoio na Fazenda Santa Lúcia.................. 32 FIGURA 14 - GPS L1 PROMARK II E base, Cacequi-RS, 2011....................................................................................................................... 33 FIGURA 15 - Mochila específica com receptor GPS móvel (ROVER) e antena acoplada, Cacequi-RS........................................................................................... 34 Figura 16 - Programa “Ashtech Solutions” com dados relativos ao trabalho desenvolvido.......................................................................................................... 35 FIGURA 17 - GPS L1 PROMARK II e a barra de inicialização, Cacequi-RS, 2011....................................................................................................................... 36 FIGURA 18 - “Rover” responsável pelas linhas e estradas internas do povoamento, Cacequi-RS, 2011............................................................................ 37 Figura 19 - Visualização na forma de pontos no programa AutoCAD.................. 38 LISTA DE TABELAS TABELA 1- Cálculo analítico de área, azimutes, lados, coordenadas geográficas e UTM da fazenda Santa Lúcia no município de São Gabriel-RS, com sistema geodésico de referencia Sirgas2000, meridiano central 57 e Fuso 21J............... TABELA 2 - Custos do Georreferenciamento da Fazenda 28 Santa Lúcia....................................................................................................................... 41 LISTA DE ANEXOS Anexo A - Classificação viária conforme o Plano Diretor do município São Gabriel - RS seguindo a Lei Complementar 002/2008.................................... 45 Anexo B - Relatório de Posicionamento de ponto preciso (PPP).................... 46 Anexo C - Modelo de Memorial Descritivo....................................................... 47 Anexo D - Modelo de declaração de respeito de limites.................................. 49 Anexo E - Modelo da matrícula com Memorial Descritivo averbado............... 50 Anexo F - Planta da área da empresa GRANFLOR referente aos novos plantios de Eucalyptus sp................................................................................ 51 SUMÁRIO 1. ORGANIZAÇÃO .............................................................................................................. 11 2. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 12 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 14 3.1 O Sistema de Posicionamento Global (GPS) ................................................................. 14 3.2 Sistema de referência .................................................................................................... 15 3.3 Coordenadas dos satélites e as observáveis GPS ......................................................... 16 3.4 Técnicas de posicionamento GPS ................................................................................. 16 3.5 Aplicações do GPS ........................................................................................................ 17 3.6 Lei Federal n.º 10267, de 28 de agosto de 2001 ............................................................ 18 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS..................................................................................... 19 4.1 Georreferenciamento da Fazenda Santa Lúcia, município de São Gabriel-RS .............. 19 4.2 Medição de uma área com povoamento de Eucalyptus sp. da empresa GRANFLOR ... 33 5. RESULTADOS OBSERVADOS ....................................................................................... 39 6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .......................................................................... 42 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 43 8. ANEXOS.......................................................................................................................... 45 11 1. ORGANIZAÇÃO A TCN Engenharia LTDA., inscrita juridicamente sob o número 08.053.687/0001-35, é uma empresa do ramo de prestação de serviços e desde 23 de agosto de 2006 exerce suas atividades no município de São Gabriel-RS e em vários municípios da região da campanha e fronteira oeste do estado do Rio Grande do Sul. Realiza serviços de georreferenciamento, topografia, cartografia e projetos rurais aos proprietários de imóveis rurais e às principais instituições financeiras. Atualmente, a Empresa dispõe de um funcionário, diversos colaboradores e o sóciogerente, o qual é engenheiro agrônomo e o responsável técnico da empresa. As questões financeiras são atendidas por um escritório de contabilidade terceirizado. Tais áreas de conhecimento, por sua vez, possuem segmentos que vão desde o georreferenciamento de imóveis rurais para a certificação junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e ainda levantamentos topográficos planimétricos e/ou planialtimétricos, tratamento de dados, elaboração de plantas e memoriais descritivos, que também fazem parte das atividades e serviços oferecidos pela empresa. As atividades descritas acima compõem o leque de atividades que a TCN Engenharia LTDA. oferece para os seus clientes de São Gabriel e região. Desse modo, a empresa compreende que tais ferramentas são a melhor forma de reproduzir e informar com fidelidade todos os elementos que podem compor o imóvel rural, seja para cadastro, registro ou qualquer outra finalidade administrativa. 12 2. INTRODUÇÃO O georreferenciamento é um processo indispensável para vários trabalhos, sendo o principal na certificação dos imóveis rurais junto ao INCRA, possibilitando aos técnicos que desejam trabalhar com esse procedimento aumentar seu leque de atuação. Por isso, profissionais da área florestal procuram especializar-se nesse ramo de trabalho, visto que, muito dos equipamentos, materiais de estudos e técnicas utilizadas neste procedimento são visualizadas na graduação em Engenharia Florestal, tanto em aulas teóricas como práticas. O Sistema de Posicionamento Global conhecido por GPS ou NAVSTAR-GPS (Navegation Satellite With Time and Ranging) pode fornecer precisa capacidade de navegação tridimensional, em qualquer parte da Terra. Velocidade e altitude também podem ser obtidas. Utilizando técnicas diferenciais e minimizando erros, o Sistema pode oferecer a alta precisão requerida em algumas aplicações. A ideia da utilização de corpos celestes para navegação acompanha o homem desde os primórdios da humanidade e, ao que tudo indica, este continuará durante muito tempo utilizando tais corpos para se orientar e, agora, utilizando-os dispostos convenientemente no espaço e sob seu inteiro controle. A navegação astronômica possui sérios inconvenientes, dentre os quais dependerem da observação de astros que precisam estar à disposição do usuário em qualquer ponto e a qualquer hora, em tempo real, da posição de usuários em alta dinâmica. Em compensação, uma vantagem deste sistema é que ele pode ser utilizado por qualquer pessoa habilitada, sem necessitar qualquer tipo de licença. O caminho para uma solução ampla foi dado a partir de pesquisas realizadas nas décadas de 70 e 80, pela Força Aérea dos Estados Unidos, que levaram ao desenvolvimento de um sistema de navegação por satélites denominado GPS. O Sistema foi originalmente projetado para uso militar, mas em 1980, uma decisão do então presidente Ronald Reagan liberou-o para o uso geral. Na época, o Departamento de Defesa Norte Americana (DoD) implantou um erro artificial no Sistema chamado "Disponibilidade Seletiva", para resguardar a segurança interna do país. O sistema é baseado em uma constelação de 24 satélites que orbitam a Terra, numa altitude de aproximadamente 20.200 Km, sendo um empreendimento grandioso feito pelo governo dos EUA (PERONI, 2004). 13 Na segunda Guerra Mundial ocorreu o desenvolvimento do RADAR (Rádio Detection and Ranging) pelos Estados Unidos da América, estes se utilizaram de sinais de rádio para obter uma determinada posição, alcançando um avanço significante na navegação. Os sinais de rádio são emitidos de transmissores exatamente ao mesmo tempo e têm a mesma velocidade de propagação. Um receptor localizado entre os transmissores detecta qual sinal chega primeiro e o tempo até a chegada do segundo sinal. Se o operador conhece as exatas localizações dos transmissores, a velocidade das ondas de rádio e o lapso de tempo entre os dois sinais, ele pode calcular sua localização em uma dimensão (PERONI, 2004). O GPS funciona com base nos mesmos princípios; Neste sistema, os transmissores de rádio são substituídos por satélites que orbitam a Terra e permitem conhecer a posição em três dimensões: latitude, longitude e altitude. A tecnologia atual permite que qualquer pessoa possa se localizar no planeta com uma precisão nunca imaginada por navegantes e aventureiros há até bem pouco tempo (PERONI, 2004). O sofisticado sistema que tornou realidade esse sonho auxilia aos profissionais e as empresas que se utilizam desta tecnologia (PERONI, 2004), como por exemplo, a TCN Engenharia Ltda. nos levantamentos topográficos planimétricos e levantamento do perímetro do imóvel com receptor de sinais de satélites. Com essa tecnologia, a imensa maioria dos imóveis rurais está sendo georreferenciada para que estes estejam adequados à Lei 10.267. O presente relatório tem como objetivo principal descrever o processo de georreferenciamento de imóvel rural, compreendendo desde a análise da documentação, a identificação das divisas, a implantação de marcos, o levantamento do perímetro com receptor GPS (freqüência L1/L2), o tratamento de dados, a elaboração de plantas, memoriais descritivos, de tabelas e demais documentos necessários ao atendimento da Norma Técnica de Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR) - 2ª Edição e Lei 10.267 de 2001 e ainda, descrever a realização de levantamentos topográficos planimétricos. 14 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 O Sistema de Posicionamento Global (GPS) De acordo com Peroni (2004), o funcionamento do sistema GPS se baseia no princípio da triangulação, segundo o qual o observador conhece a posição de um conjunto de satélites em relação a um referencial inercial e a sua posição em relação a este conjunto, e obtém sua própria posição no sistema de referência. O sistema de referência utilizado pelo sistema GPS é o World Geodetic System 1984 (WGS 84). O GPS é dividido em três segmentos principais: dentre eles o segmento espacial, este constituído pelos satélites, o segmento de controle constituído pelas estações terrestres que controlam o desempenho e, também, o funcionamento do sistema que é o segmento usuário, constituído pelos usuários do sistema (PERONI, 2004). Conforme Monico (2000), a concepção do sistema GPS permite que o usuário, em qualquer local da superfície terrestre, ou próxima à ela, tenha a sua disposição, no mínimo, quatro satélites para serem rastreados. Esse número de satélites permite que se realize um posicionamento em tempo real. Para os usuários da área de Geodésia, uma característica muito importante da tecnologia GPS, em relação aos métodos de levantamento convencionais, é que não há a necessidade de intervisibilidade entre as estações. Além disso, o GPS pode ser utilizado sob quaisquer condições climáticas. No GPS há dois tipos de serviços, os quais não conhecidos como SPS (Standard Positioning Service – Serviço de Posicionamento Padrão) e PPS (Precise Positioning Service – Serviço de Posicionamento Preciso). O SPS é um serviço de posicionamento e tempo padrão que está disponível a todos os usuários do globo, sem cobrança de qualquer taxa e o PPS proporciona melhores resultados (10 a 20 metros), mas é restrito ao uso militar e aos usuários autorizados (MONICO, 2000). Segundo Castillo (2002), cada satélite GPS transmite duas ondas portadoras: L1 e L2, sendo elas geradas a partir da freqüência fundamental de 10,23 MHZ, a qual é multiplicada por 154 e 120, respectivamente. 15 O sistema de controle é composto por cinco estações monitoras (Ascendion Island, Diego Garcia, Kwajalein, Hawaii, Colorado Springs), três delas com antenas para transmitir os dados para os satélites (Ascendion Island, Diego Garcia, Kwajalein), e uma estação de controle central Master Control Station (MCS) localizada em Colorado Springs (CASTILLO, 2002). Conforme Monico (2000), a maioria dos modelos iniciou com receptores de simples freqüência, adotando a técnica de correlação do código C/A (Course/Acquisition) e medidas de fase da portadora L1, com capacidade de rastrear apenas quatro satélites. Num segundo momento, a opção da portadora L2 foi acrescentada, usando a técnica de quadratura do sinal, e o número de satélites passíveis de serem rasteados simultaneamente aumentou. 3.2 Sistema de referência Para Monico (2000), os sistemas de coordenadas envolvidas no posicionamento por satélites são o celeste e o terrestre convencionais, os quais são geocêntricos. A definição, a implantação e a manutenção do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) são de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (MONICO, 2000). O referencial horizontal do SGB é definido sob a condição de paralelismo entre o seu Sistema de Coordenadas Cartesianas e o do CTRS (Conventional Terrestrial Reference System – Sistema de Referência Terrestre Convencional). Para McCarthy (1992), é oportuno salientar que a Associação Internacional de Geodésia recomenda o uso do WGS 84 para fins de mapeamento, navegação ou banco de dados digitais. Desde 2005 o IBGE, através da Coordenação de Geodésia, incorporou nas suas atividades o processamento semanal dos dados de todas as estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS – RBMC, com o objetivo de avaliar a qualidade das observações GPS e a manutenção do novo Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas - SIRGAS 2000 - oficialmente em uso no país desde fevereiro do mesmo ano. 16 Após três anos de experiência e otimização destas atividades, em maio de 2008, o IBGE passou a ser um dos Centros de Análise SIRGAS, com a responsabilidade de processar os dados das estações GNSS contínuas que participam da parte central da Rede SIRGAS-CON e combinar as soluções semanais de todos os centros de processamento SIRGAS, colaborando assim com as atividades do Grupo de Trabalho I (Sistema de Referência) do SIRGAS (IBGE, 2011). 3.3 Coordenadas dos satélites e as observáveis GPS Para facilitar o intercâmbio de dados foi desenvolvido o formato “RINEX” (Receiver Independent Exchange Format), o qual consiste de três arquivos em ASCII, quais sejam: arquivos de observações, dados meteorológicos e de mensagens de navegação. As observáveis GPS, tal como todas as outras observáveis envolvidas nos processos de medidas, estão sujeitas aos erros aleatórios, sistemáticos e grosseiros. Para obter resultados confiáveis deve ser válido o modelo matemático (funcional e estocástico) estabelecido para a realidade física que se tenta descrever, e capaz de detectar problemas. Dessa forma as fontes de erros envolvidas nos processos de medidas devem ser bem conhecidas (MONICO, 2000). 3.4 Técnicas de posicionamento GPS Para Monico (2000), o posicionamento diz respeito à determinação da posição de objetos em relação a um referencial específico. Pode, então, ser classificado em posicionamento absoluto, quando as coordenadas estão associadas diretamente ao geocentro, e relativo, no caso em que as coordenadas são determinadas com relação a um referencial materializado por um ou mais vértices com coordenadas conhecidas. Os diversos DOPs (Dilution of Precision), freqüentemente usados em navegação e no planejamento de observações GPS, são obtidos a partir do conceito 17 de posicionamento por ponto (MONICO, 2000). O DOP auxilia na indicação da precisão dos resultados que serão obtidos. Segundo Rocha (2000), a observável normalmente adotada no posicionamento relativo estático é a dupla diferença da fase de batimento da onda portadora, muito embora possa também utilizar a dupla diferença de pseudodistâncias, ou ambas. Os casos em que se têm duas observáveis proporcionam melhores resultados em termos de acurácia. Nesse tipo de posicionamento, dois ou mais receptores rastreiam, simultaneamente, os satélites visíveis por período de tempo que pode variar de dezenas de minutos, até algumas horas. Conforme Monico (2000), o posicionamento relativo estático rápido segue, em linhas gerais, o mesmo princípio que do posicionamento estático. A diferença fundamental diz respeito ao período de ocupação da estação de interesse. A utilização do método estático rápido é propícia para levantamentos em que se deseja alta produtividade, mas há muitas obstruções entre as estações a serem levantadas. Pode-se utilizar nestes casos receptores de simples (L1) ou dupla freqüência (L1 e L2). Já no posicionamento cinemático tem-se como observável fundamental a fase da onda portadora, muito embora o uso da pseudodistância seja muito importante na solução do vetor ambigüidades. Os dados desse tipo de posicionamento podem ser processados após a coleta (pós-processado), ou durante a própria coleta (tempo real). 3.5 Aplicações do GPS O GPS tem facilitado amplamente todas as atividades que envolvem posicionamento, de alta, média e baixa precisão (MONICO, 2000). Portanto, as aplicações do GPS são inúmeras e vêm crescendo continuamente. Segundo o autor, algumas atividades em que o GPS tem sido utilizado extensivamente são: geodinâmica; navegação global e regional, estabelecimentos de redes geodésicas locais, regionais, continentais e globais (ativa e passiva); levantamentos geodésicos para fins de mapeamento, apoio fotogramétrico, controle de deformações; determinação altimétrica. 18 Para tal, é necessário estabelecer os preceitos técnicos aplicáveis aos serviços de agrimensura, relacionados com as atividades fundiárias, objetivando a caracterização e o georreferenciamento de imóveis rurais por meio do levantamento e materialização de seus limites e posterior certificação desse trabalho junto ao INCRA conforme a Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR) 2a ed. / 2010/ revisada. 3.6 Lei Federal n.º 10267, de 28 de agosto de 2001 Esta tem por finalidade que o registro vise dar autenticidade, segurança, publicidade e eficácia real à aquisição do imóvel, provar o direito de propriedade, arrecadar impostos e obter a determinação física do imóvel com a constante da matrícula, princípio da especialidade/georreferenciamento, em substituição às descrições precárias, bem como a arrecadação de tributos. Além disso, tem por intuito possibilitar uma exata coincidência dos elementos físicos do imóvel com os assentos registrais, refletindo o imóvel no fólio real com exatidão, alcançando a segurança jurídica almejada e evitando a sobreposição de áreas (INCRA, 2011). A data de início de contagem dos prazos é 20 de novembro de 2003 e as novas data prorrogando os prazos de exigência para o georreferenciamento e criando novo escalonamento de áreas, conforme a Presidência da República: Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos, 2011. Dez anos, para os imóveis com área de duzentos e cinquenta a menos de quinhentos hectares; Treze anos, para os imóveis com área de cem a menos de duzentos e cinquenta hectares; Dezesseis anos, para os imóveis com área de vinte e cinco a menos de cem hectares; e Vinte anos, para os imóveis com área inferior a vinte e cinco hectares. Sendo assim, até o dia 20/11/2013, continua sendo exigido o georreferenciamento para imóveis com área igual ou superior a 500 ha. 19 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Esta seção compreende o relato de todas as atividades realizadas durante a execução do estágio curricular obrigatório e, também, na descrição dos equipamentos utilizados no processo envolvendo o georreferenciamento de imóveis rurais e os levantamentos topográficos planimétricos, tais como: marco, plaquetas de identificação dos vértices e receptores de sinais de satélites. 4.1 Georreferenciamento da Fazenda Santa Lúcia, município de São Gabriel-RS O processo do georreferenciamento apresenta várias etapas a serem cumpridas, estas são: Analise da documentação do proprietário do imóvel rural; Organização dos materiais para a realização do georreferenciamento; Identificação das divisas (limites) do proprietário do imóvel rural; Colocação dos vértices tipo M (marco) nas divisas do imóvel rural; Levantamento do perímetro do imóvel rural com receptor de sinais de satélite; Tratamento dos dados; Confecção de tabelas; Elaboração de plantas; Documentação final. A Fazenda Santa Lúcia localiza-se no município de São Gabriel, distrito do Batovi, com extensão superficial registrada de 807 ha, com coordenadas geográficas: 30°33’12,12” Sul e 54°29,09’22” Oeste, elevação de 191 metros (FIGURA 1). Para a execução do georreferenciamento desse imóvel, as atividades iniciaram-se pela confecção dos marcos na sede da empresa TCN Engenharia Ltda. As dimensões dos marcos são estipuladas pela NTGIR 2a ed./ revisada, conforme a FIGURA 2. 20 Fonte: Google Earth. FIGURA 1 - Localiza da Fazenda Santa Lúcia, São Gabriel-RS, 2011. Fonte: NTGIR 2a ed./ revisada. FIGURA 2 - Modelo de marco de concreto utilizado. Nesses marcos foram colocadas as plaquetas de identificação contendo o código do credenciado (A9N) pelo INCRA e a numeração correspondente para cada vértice tipo M (marco) (FIGURAS 3a e 3b). Este código, A9N, é disponibilizado para cada profissional que trabalha com georreferenciamento, pois quando for preciso 21 maiores informações basta acessar o site do INCRA e digitar este código, onde fornecera todas as informações sobre o profissional. A fixação da plaqueta no marco é feita com o produto denominado “veda calha”, para que essa não venha a ser removida, e por ser um produto de fácil aplicação (FIGURAS 4a e 4b). a b FIGURA 3 (a; b) - Codificação das plaquetas, São Gabriel-RS, 2011. a b FIGURA 4 (a; b) - Fixação das plaquetas nos marcos com “veda calha”, São GabrielRS, 2011. Neste trabalho, a partir da utilização de imagens do aplicativo Google Earth, para a visualização da área, foi estimada a utilização de cinqüenta e dois marcos, incluindo um a ser usado como base. 22 No local, foi realizado o reconhecimento dos vértices limitantes do imóvel, onde foram alocados os marcos, conforme o plano de trabalho proposto, para na seqüência ser estacionado o receptor GPS. Os vértices tipo M (marco) foram implantados de modo que ficassem aproximadamente quinze centímetros para fora da terra (FIGURAS 5a e 5b). b a FIGURA 5(a; b) - Vértices tipo M (marco), São Gabriel-RS, 2011. No local, foi constatado que a área vizinha, pertencente à antiga Empresa Aracruz Celulose, hoje Empresas CMPC, já possuía marcos em seus vértices. Desta forma, entrou-se em contato com o escritório da empresa para saber se a área já estava georreferenciada. No local há plantios de eucaliptos, e os vértices tipo M (marco) apresentavam-se sem a plaqueta de identificação do responsável técnico pelo trabalho. Após alguns dias, obteve-se resposta da Empresas CMPC que a área não havia sido georreferenciada, mas apenas medida. A partir desta informação entrou-se em contato com o responsável pela medição da área, o qual autorizou, de forma escrita, a utilização de seus marcos para o trabalho e, também, encaminhou o arquivo digital da área contendo a planta da medição (FIGURA 6). O arquivo foi de grande valia, pois com ele foram identificados todos os trinta e um vértices limítrofes com a Fazenda Santa Lúcia e, a distância de um ponto para o outro, bem como os vértices de difícil acesso que se encontravam dentro da mata nativa. 23 Divisa dos povoamentos da Empresas CMPC com a Fazenda Santa Lúcia FIGURA 6 - Planta dos povoamentos da Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 2011. Nos vértices que fazem divisa com a área que seria georreferenciada, os quais não possuíam nenhuma identificação, foram colocadas as plaquetas identificando o responsável técnico da TCN Engenharia LTDA. (FIGURA 7). Na seqüência, foi colocado o receptor GPS de freqüência L1/L 2 modelo “Hiper” da marca “Topcon” nos vértices do imóvel que fazem limite com a Fazenda Santa Lúcia, e este foi configurado a uma taxa de coleta de 5 segundos (FIGURA 8). 24 A B FIGURA 7(a; b) - Colocação das plaquetas nos vértices tipo M (marco) na divisa da área pertencente a Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 2011. GPS freqüência L1/L 2 “Hiper” Vértice tipo M (Marco) localizado na divisa da área pertencente a Empresas CMPC. FIGURA 8 - Coleta dos sinais GPS nos vértices na divisa da área pertencente a Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 2011. Este tipo de receptor GPS, de dupla freqüência, tem por característica principal a resolução da ambigüidade em poucos minutos, pois o mesmo coleta os dados a partir de duas ondas portadoras (freqüências L1 e L2). Além disso, este receptor também coleta o sinal do sistema GLONASS (Sistema de Navegação 25 Global por Satélite), sistema russo com característica similar ao sistema GPS americano. Na teoria, um maior número de satélites facilitará o cálculo de uma posição mais precisa. Após a realização desta etapa, foi necessário coletar os pontos nas estradas em torno da própria fazenda Santa Lúcia para que os vértices do imóvel, que fazem limite com as estradas municipais, sigam as diretrizes do Plano Diretor do Município conforme a Lei Complementar 002/2008, que classifica as estradas em principais e secundárias, determinando as suas faixas de domínio (Anexo A). Então, com a referência da faixa de domínio, ou seja, 30 metros para as principais e 20 metros para as secundárias, foram coletados vários pontos ao longo destas estradas (FIGURA 9). Para a coleta de sinais também foi utilizado o GPS freqüência L1/L 2 “Hiper” da marca “Topcon”. GPS freqüência L1/L 2 “Hiper” FIGURA 9 - Coleta dos vértices tipo P (ponto) com GPS freqüência L1/L2 “Hiper” da marca “Topcon”, São Gabriel-RS, 2011. Dentre os pontos coletados, coletaram-se sinais GPS onde existe divisa da propriedade com outros imóveis rurais e nestes locais, os vértices foram caracterizados como tipo M (marco). Para tal, foram utilizados piquetes, e nestes foi colocado o GPS freqüência L1/L 2 “Hiper” para que, posteriormente, com o auxilio do programa AutoCAD fosse calculado com melhor exatidão onde o marco seria 26 colocado, permanecendo em consonância com as faixas de domínio e com o alinhamento das divisas do imóvel rural (FIGURA 10). GPS freqüência L1/L 2 “Hiper” Área medida Divisa da área medida Piquetes auxiliando nos cálculos topográficos FIGURA 10 - Coleta de pontos para cálculos no programa AutoCAD e colocação dos marcos, São Gabriel-RS, 2011. Após as coletas dos vértices tipo P (ponto) a campo, efetuou-se o download desses dados no computador e com o auxílio dos programas “Topcon Tools” para processar os dados e o AutoCAD para visualização destes pontos e cálculo da distância. Na seqüência, foram plotados os vértices tipo M (marco) no local mais exato possível que calculado pelo programa AutoCAD, então, foi verificado que estes ficaram em conformidade com o Plano Diretor do Município. Após esses procedimentos, a campo foram locados os marcos em todos os vértices da Fazenda Santa Lúcia e coletados os sinais GPS dos vértices tipo M (marco) restantes. Com todos os dados obtidos, foi necessário fazer um “transporte de coordenadas” para amarrá-las a um sistema geodésico de referência na área onde seria desenvolvido o levantamento. Deste modo, havia a necessidade das coordenadas precisas da base, por isso foi utilizado à página do IBGE na internet, a qual fornece através da opção IBGE-PPP (Posicionamento por Ponto Preciso ou Posicionamento Absoluto Preciso), um serviço on-line para o pós-processamento de 27 dados GPS. Esse serviço permite aos usuários de GPS, obterem coordenadas de boa precisão no referencial SIRGAS 2000 e no ITRF (International Terrestrial Reference Frame). O IBGE-PPP processa dados GPS que foram coletados no modo estático de receptores de uma ou duas freqüências. Para tal, foram enviados os dados brutos do GPS para o IBGE em formato “RINEX” transformado no programa “Topcon Tools”, comprimidos em WINZIP, GZIP ou TAR-GZIP (o fato do arquivo estar comprimido reduz consideravelmente o tempo de recebimento das informações no sistema). O formato “RINEX” serve de intercâmbio entre os diferentes arquivos nativos, ou seja, um arquivo nativo de uma marca diferente de receptor pode ser aberto por qualquer programa de processamento de dados brutos. No site do IBGE, na opção Geociências e em seguida PPP, foi anexado o arquivo já transformado em “RINEX”, único formato aceito pelo IBGE, o qual mandará um relatório do posicionamento por ponto preciso, contendo a Latitude, Longitude e a Altura Geométrica, conforme consta no Anexo B. Também é possível usar esses novos dados corrigidos no aplicativo “Ashtech Solution” para o GPS modelo PROMARK II. Com o relatório de posicionamento de ponto preciso (PPP) transformou-se as coordenadas geográficas em UTM no programa “TopoEVN”. Após, foi realizado o processamento todos os dados no programa “Topcon Tools” (FIGURA 11), com a finalidade de observar se todos os vértices estavam em consonância com a NTGIR 2a ed./ revisada. 28 FIGURA 11 - Programa de processamento de dados “Topcon Tools”. Com todos os dados processados foi utilizado o programa “TopoEVN” (FIGURA 12) para a elaboração da tabela de cálculo analítico de área, azimutes, lados, coordenadas geográficas e UTM (TABELA 1) correspondente à primeira Gleba do Imóvel Rural, conforme demonstrado na Figura 12. Este programa foi utilizado ainda para confeccionar o memorial descritivo (Anexo C). 29 Confecciona a tabela de cálculo Confecciona o Memorial Descritivo. analítico de área, azimutes, lados, coordenadas geográficas e UTM. GLEBA 1 GLEBA 2 FIGURA 12 - Programa de processamento de dados “TopoEVN” . TABELA 1 Cálculo analítico de área, azimutes, lados, coordenadas geográficas e UTM da fazenda Santa Lúcia no município de São Gabriel-RS, com sistema geodésico de referencia Sirgas2000, meridiano central 57 e Fuso 21J. Estação Vante Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Fator Escala Latitude Longitude A9N-M-0464 A9N-M-0513 6.616.808,36 742.124,73 111°58'57" 6,03 m 1,00032322 30°33'24.255206"S 54°28'32.739196"W A9N-M-0513 A9N-O-0021 6.616.806,10 742.130,32 195°51'56" 87,38 m 1,00032325 30°33'24.324390"S 54°28'32.527617"W A9N-O-0021 A9N-O-0022 6.616.722,05 742.106,43 183°54'11" 21,65 m 1,00032311 30°33'27.069500"S 54°28'33.352766"W A9N-O-0022 A9N-O-0023 6.616.700,46 742.104,96 168°59'42" 49,74 m 1,0003231 30°33'27.771550"S 54°28'33.389874"W A9N-O-0023 A9N-O-0024 6.616.651,63 742.114,45 160°41'42" 78,73 m 1,00032315 30°33'29.349188"S 54°28'32.992775"W A9N-O-0024 A9N-O-0025 6.616.577,33 742.140,48 181°24'00" 4,14 m 1,00032331 30°33'31.741665"S 54°28'31.954255"W A9N-O-0025 A9N-O-0026 6.616.573,19 742.140,38 211°33'28" 4,19 m 1,00032331 30°33'31.875991"S 54°28'31.954569"W A9N-O-0026 A9N-O-0027 6.616.569,62 742.138,19 240°13'44" 203,49 m 1,0003233 30°33'31.993432"S 54°28'32.033786"W A9N-O-0027 A9N-O-0028 6.616.468,58 741.961,55 233°27'17" 30,05 m 1,00032224 30°33'35.401048"S 54°28'38.572838"W A9N-O-0028 A9N-O-0029 6.616.450,69 741.937,41 212°35'56" 20,44 m 1,0003221 30°33'35.999288"S 54°28'39.463129"W A9N-O-0029 A9N-O-0030 6.616.433,47 741.926,40 198°18'25" 251,89 m 1,00032203 30°33'36.566281"S 54°28'39.861732"W A9N-O-0030 A9N-O-0031 6.616.194,33 741.847,28 202°47'50" 117,86 m 1,00032156 30°33'44.384929"S 54°28'42.628092"W A9N-O-0031 A9N-O-0032 6.616.085,67 741.801,61 207°36'47" 468,61 m 1,00032129 30°33'47.944509"S 54°28'44.249582"W A9N-O-0032 A9N-O-0033 6.615.670,44 741.584,41 214°52'42" 33,97 m 1,00031999 30°34'01.578343"S 54°28'52.046887"W Continuação... 30 Estação Vante Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Fator Escala Latitude Longitude A9N-O-0033 A9N-O-0034 6.615.642,57 741.564,99 220°02'09" 710,76 m 1,00031987 30°34'02.496824"S 54°28'52.752003"W A9N-O-0034 A9N-O-0035 6.615.098,38 741.107,78 223°58'56" 44,58 m 1,00031715 30°34'20.489640"S 54°29'09.443786"W A9N-O-0035 A9N-O-0036 6.615.066,31 741.076,82 230°02'01" 156,04 m 1,00031697 30°34'21.553122"S 54°29'10.578037"W A9N-O-0036 A9N-O-0037 6.614.966,08 740.957,23 218°12'58" 15,37 m 1,00031626 30°34'24.892714"S 54°29'14.979740"W A9N-O-0037 A9N-O-0038 6.614.954,00 740.947,72 199°45'22" 13,55 m 1,0003162 30°34'25.291465"S 54°29'15.326220"W A9N-O-0038 A9N-O-0039 6.614.941,25 740.943,14 171°55'34" 14,83 m 1,00031617 30°34'25.708740"S 54°29'15.487367"W A9N-O-0039 A9N-O-0040 6.614.926,56 740.945,23 157°32'50" 175,69 m 1,00031618 30°34'26.183859"S 54°29'15.396933"W A9N-O-0040 A9N-O-0041 6.614.764,18 741.012,33 165°17'10" 13,09 m 1,00031658 30°34'31.405064"S 54°29'12.744157"W A9N-O-0041 A9N-O-0042 6.614.751,52 741.015,65 179°58'30" 11,61 m 1,0003166 30°34'31.813546"S 54°29'12.608852"W A9N-O-0042 A9N-O-0043 6.614.739,92 741.015,66 190°02'33" 12,95 m 1,0003166 30°34'32.190263"S 54°29'12.598942"W A9N-O-0043 A9N-O-0044 6.614.727,17 741.013,40 201°18'14" 10,41 m 1,00031659 30°34'32.605697"S 54°29'12.672956"W A9N-O-0044 A9N-O-0045 6.614.717,47 741.009,62 211°46'19" 11,65 m 1,00031657 30°34'32.923157"S 54°29'12.806676"W A9N-O-0045 A9N-O-0046 6.614.707,56 741.003,48 221°37'19" 122,67 m 1,00031653 30°34'33.249160"S 54°29'13.028549"W A9N-O-0046 A9N-M-0519 6.614.615,86 740.922,00 219°57'26" 15,55 m 1,00031605 30°34'36.284388"S 54°29'16.008013"W A9N-M-0519 A9N-O-0047 6.614.603,94 740.912,01 220°06'21" 32,81 m 1,00031599 30°34'36.678380"S 54°29'16.372539"W A9N-O-0047 A9N-O-0048 6.614.578,84 740.890,88 220°53'54" 177,59 m 1,00031586 30°34'37.508189"S 54°29'17.144384"W A9N-O-0048 A9N-M-0479 6.614.444,61 740.774,61 219°23'52" 16,88 m 1,00031517 30°34'41.948883"S 54°29'21.393262"W A9N-M-0479 A9N-M-0478 6.614.431,57 740.763,89 314°22'06" 403,64 m 1,00031511 30°34'42.379875"S 54°29'21.784120"W A9N-M-0478 A9N-M-0477 6.614.713,82 740.475,35 250°24'12" 376,02 m 1,00031339 30°34'33.428344"S 54°29'32.843059"W A9N-M-0477 A9N-M-0476 6.614.587,70 740.121,12 250°32'11" 18,70 m 1,00031129 30°34'37.777252"S 54°29'46.024743"W A9N-M-0476 A9N-M-0475 6.614.581,47 740.103,48 347°30'24" 181,88 m 1,00031119 30°34'37.992201"S 54°29'46.680869"W A9N-M-0475 A9N-M-0474 6.614.759,05 740.064,14 257°35'08" 115,45 m 1,00031096 30°34'32.257492"S 54°29'48.304824"W A9N-M-0474 A9N-M-0473 6.614.734,23 739.951,39 240°47'12" 161,35 m 1,00031029 30°34'33.144375"S 54°29'52.513312"W A9N-M-0473 A9N-M-0472 6.614.655,48 739.810,56 312°22'49" 140,25 m 1,00030945 30°34'35.801639"S 54°29'57.729815"W A9N-M-0472 A9N-M-0471 6.614.750,01 739.706,96 294°26'37" 317,08 m 1,00030884 30°34'32.808218"S 54°30'01.694524"W A9N-M-0471 A9N-M-0470 6.614.881,22 739.418,30 305°43'14" 157,80 m 1,00030713 30°34'28.757811"S 54°30'12.630942"W A9N-M-0470 A9N-M-0469 6.614.973,35 739.290,19 251°45'12" 167,37 m 1,00030638 30°34'25.859972"S 54°30'17.512905"W A9N-M-0469 A9N-M-0468 6.614.920,95 739.131,24 276°45'49" 99,48 m 1,00030544 30°34'27.675027"S 54°30'23.431267"W Continuação… 31 Estação Vante Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Fator Escala Latitude Longitude A9N-M-0466 A9N-M-0630 6.615.082,94 739.092,80 336°06'49" 31,58 m 1,00030521 30°34'22.445136"S 54°30'25.007389"W A9N-M-0630 A9N-M-0629 6.615.111,82 739.080,02 14°09'17" 215,54 m 1,00030514 30°34'21.517204"S 54°30'25.510994"W A9N-M-0629 A9N-M-0628 6.615.320,81 739.132,72 66°35'50" 59,60 m 1,00030545 30°34'14.696508"S 54°30'23.707678"W A9N-M-0628 A9N-M-0627 6.615.344,48 739.187,42 39°56'04" 89,11 m 1,00030577 30°34'13.888897"S 54°30'21.675830"W A9N-M-0627 A9N-M-0626 6.615.412,81 739.244,62 81°12'53" 44,60 m 1,00030611 30°34'11.630119"S 54°30'19.587120"W A9N-M-0626 A9N-M-0625 6.615.419,62 739.288,70 14°44'08" 44,86 m 1,00030637 30°34'11.377329"S 54°30'17.939507"W A9N-M-0625 A9N-M-0624 6.615.463,00 739.300,11 45°46'39" 43,56 m 1,00030644 30°34'09.961211"S 54°30'17.547632"W A9N-M-0624 A9N-M-0623 6.615.493,38 739.331,33 41°05'15" 117,63 m 1,00030662 30°34'08.952772"S 54°30'16.402083"W A9N-M-0623 A9N-M-0622 6.615.582,05 739.408,64 74°21'49" 70,06 m 1,00030708 30°34'06.019643"S 54°30'13.576171"W A9N-M-0622 A9N-M-0621 6.615.600,93 739.476,11 49°58'23" 110,56 m 1,00030748 30°34'05.358200"S 54°30'11.061317"W A9N-M-0621 A9N-M-0620 6.615.672,04 739.560,77 9°12'25" 16,23 m 1,00030798 30°34'02.989476"S 54°30'07.945186"W A9N-M-0620 A9N-M-0619 6.615.688,06 739.563,37 79°13'15" 66,29 m 1,00030799 30°34'02.467621"S 54°30'07.861115"W A9N-M-0619 A9N-M-0618 6.615.700,46 739.628,49 58°57'30" 70,57 m 1,00030838 30°34'02.018385"S 54°30'05.429192"W A9N-M-0618 A9N-M-0617 6.615.736,85 739.688,95 69°02'38" 30,12 m 1,00030874 30°34'00.793835"S 54°30'03.191831"W A9N-M-0617 A9N-M-0616 6.615.747,62 739.717,08 78°14'13" 20,44 m 1,0003089 30°34'00.423903"S 54°30'02.145727"W A9N-M-0616 A9N-M-0615 6.615.751,79 739.737,09 109°09'03" 60,56 m 1,00030902 30°34'00.274226"S 54°30'01.398579"W A9N-M-0615 A9N-M-0614 6.615.731,92 739.794,30 63°37'17" 108,97 m 1,00030936 30°34'00.877796"S 54°29'59.236367"W A9N-M-0614 A9N-M-0613 6.615.780,34 739.891,93 54°09'48" 201,58 m 1,00030994 30°33'59.236065"S 54°29'55.615191"W A9N-M-0613 A9N-M-0612 6.615.898,36 740.055,35 80°07'05" 196,46 m 1,0003109 30°33'55.287834"S 54°29'49.584445"W A9N-M-0612 A9N-M-0611 6.615.932,07 740.248,90 66°20'14" 73,84 m 1,00031205 30°33'54.053918"S 54°29'42.353809"W A9N-M-0611 A9N-M-0610 6.615.961,71 740.316,53 79°26'11" 29,82 m 1,00031245 30°33'53.043275"S 54°29'39.842087"W A9N-M-0610 A9N-M-0609 6.615.967,18 740.345,85 73°58'26" 112,53 m 1,00031263 30°33'52.844649"S 54°29'38.747065"W A9N-M-0609 A9N-M-0608 6.615.998,24 740.454,00 169°48'19" 28,30 m 1,00031327 30°33'51.758278"S 54°29'34.716789"W A9N-M-0608 A9N-M-0607 6.615.970,39 740.459,01 85°04'05" 110,74 m 1,0003133 30°33'52.658708"S 54°29'34.505654"W A9N-M-0607 A9N-M-0606 6.615.979,91 740.569,34 96°14'49" 34,91 m 1,00031395 30°33'52.269960"S 54°29'30.375653"W A9N-M-0606 A9N-M-0605 6.615.976,11 740.604,05 99°01'12" 112,30 m 1,00031416 30°33'52.368161"S 54°29'29.070914"W A9N-M-0605 A9N-M-0604 6.615.958,50 740.714,96 122°04'47" 53,69 m 1,00031482 30°33'52.859338"S 54°29'24.896635"W A9N-M-0604 A9N-M-0603 6.615.929,99 740.760,45 76°53'33" 66,49 m 1,00031509 30°33'53.751821"S 54°29'23.166726"W Conclusão… 32 Estação Vante Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Fator Escala Latitude Longitude A9N-M-0603 A9N-M-0602 6.615.945,07 740.825,20 89°02'33" 67,93 m 1,00031547 30°33'53.215630"S 54°29'20.750817"W A9N-M-0602 A9N-M-0601 6.615.946,20 740.893,12 38°27'21" 349,70 m 1,00031588 30°33'53.129628"S 54°29'18.204516"W A9N-M-0601 A9N-M-0600 6.616.220,05 741.110,60 69°28'07" 652,69 m 1,00031717 30°33'44.084623"S 54°29'10.277357"W A9N-M-0600 A9N-M-0465 6.616.448,96 741.721,83 69°35'34" 316,07 m 1,00032081 30°33'36.212049"S 54°28'47.546482"W A9N-M-0465 A9N-M-0464 6.616.559,17 742.018,07 23°10'21" 271,05 m 1,00032258 30°33'32.419920"S 54°28'36.529654"W Conforme exige a NTGIR 2a ed./ revisada foi elaborada a monografia do marco de apoio para uma melhor descrição do local de onde está à base (vértice tipo M - marco) (FIGURA 13), bem como a declaração de respeito de limites (Anexo D), outra exigência da norma técnica. Por último, é apresentado um modelo de matricula com Memorial Descritivo averbado (Anexo E) que é o objetivo da atividade de georreferenciamento de um imóvel rural. FIGURA 13 - Monografia do vértice de apoio na Fazenda Santa Lúcia. 33 4.2 Medição de uma área com povoamento de Eucalyptus sp. da empresa GRANFLOR A empresa Granflor Gestão de Empreendimentos Florestais solicitou para a TCN Engenharia LTDA. a medição de uma área que contém povoamentos jovens de Eucalyptus sp. (Clone G23 e 2864), com aproximadamente um ano de idade, para que fosse estimada a área de efetivo plantio. Os povoamentos florestais estão localizados no município de Cacequi, Rio Grande do Sul. No local, com o auxílio do responsável pelos povoamentos da Granflor, foram identificadas as áreas que deveriam ser medidas. Para a realização do trabalho foram utilizados três receptores GPS simples freqüência (L1), modelo PROMARK II, sendo que dois serviram de “Rover” (receptor GPS móvel) e o terceiro serviu como base (FIGURA 14). O trabalho prosseguiu da seguinte forma: a base foi instalada em local apropriado, sem muitos obstáculos, para evitar a perda de sinal, sendo que esta ficou ligada coletando os sinais GPS por um período de oito horas. GPS L1 PROMARK II BASE FIGURA 14 - GPS L1 PROMARK II E base, Cacequi-RS, 2011. 34 Um “Rover” (receptor GPS móvel) foi usado para coletar os pontos das linhas externas dos povoamentos, ou seja, o contorno das áreas de efetivo plantio. O receptor, para um melhor rendimento do serviço, foi utilizada uma moto (FIGURA15), foi colocado em uma mochila específica para que o operador pudesse desempenhar melhor a atividade, pois assim emprega uma maior velocidade em relação aos deslocamentos a pé. O trabalho é pouco diferente do deslocamento a pé, pois com o veículo o operador anota somente os pontos iniciais e finais da área percorrida. Visto que, no deslocamento com a moto, o receptor móvel coleta sinais GPS de 2 em 2 segundos (taxa de coleta), desenhando todo o percurso realizado. Posteriormente, com o auxílio do programa AutoCAD estes pontos podem ser visualizados. Após, os pontos são indicados na anotação para serem processados no programa “Ashtech Solutions”, específico para este tipo de GPS (FIGURA16). Mochila com GPS e antena FIGURA 15 - Mochila específica com receptor GPS móvel (ROVER) e antena acoplada, Cacequi-RS, 2011. 35 Ponto do “Rover” (moto) descarregado MOV1 = “Rover” com tempo de trabalho BASE = Base com o tempo de trabalho Dados do trabalho como a coleta dos sinais GPS de 2 em 2 segundos FIGURA 16 - Programa “Ashtech Solutions” com dados relativos ao trabalho desenvolvido. Foi utilizada a barra de inicialização para ativar rapidamente o receptor móvel GPS L1 PROMARK II(FIGURA 17). A barra é montada sobre um tripé e junto à baliza, com a finalidade de fornecer uma linha de base para a inicialização, com a precisão de 0,2 metros. O adaptador de antena foi inserido na ponta livre da barra de inicialização e durante 5 minutos recebeu a antena móvel para a rápida localização do GPS móvel. 36 Barra de inicialização Antena e GPS L1 PROMARK II FIGURA 17 - GPS L1 PROMARK II e a barra de inicialização, Cacequi-RS, 2011. O outro receptor móvel (ROVER) (FIGURA 18) foi utilizado para determinar as linhas internas dos povoamentos, ou seja, em cada linha de plantio dos povoamentos de eucalipto foram coletados dois sinas GPS. Um sinal coletado no início da linha de plantio e outro de 8 a 10 m à frente na mesma linha. Além disso, o receptor serviu para determinar as estradas internas dos povoamentos. 37 GPS móvel com a antena FIGURA 18 - “Rover” responsável pelas linhas e estradas internas do povoamento, Cacequi-RS, 2011. Após a realização da atividade, no escritório da TCN Engenharia, foram descarregados os dados dos três receptores GPS. A seguir, estes foram processados, então, foi verificado se os mesmos formavam vetores (mesmos sinais, mesmos satélites, na mesma hora de trabalho). Em seguida, os dados foram transformados no modo Development Working Group (DWG) para serem exportados e obter compatibilidade no programa AutoCAD. Após, foram visualizados todos os pontos coletados e feita a constatação que estes não se sobrepõem. Por isso, juntando os dados dos “Rover” (receptor GPS móvel), as áreasdas linhas de plantio e das estradas, foi visualizado, com exatidão, no programa AutoCAD (FIGURA 19) através da plotagem dos pontos. Posteriormente, foi confeccionada a planta para a empresa Granflor com as devidas definições das áreas de plantio e espécies de clones de eucalipto por área (ANEXO F). 38 Preto pontilhado= Áreas de plantio Magenta = Linhas de plantio Magenta = Linhas de plantio Verde = Área não plantada Amarelo= Estradas do povoamento FIGURA 19 - Visualização na forma de pontos no programa AutoCAD. 39 5. RESULTADOS OBSERVADOS O georreferenciamento de imóveis, por ser um procedimento relativamente novo, em vigor desde agosto de 2001, ainda apresenta problemas que podem ser classificados de dois modos: os problemas conjunturais e os problemas práticos. a) Conjunturais a.1) Profissionais mal preparados: em casos já observados por profissionais da área, há relatos que outros profissionais, mal preparados, assumem a responsabilidade de georreferenciar um imóvel rural e certificá-lo no INCRA. O produto final apresentado é o total desconhecimento das técnicas e dos procedimentos necessários para realizar o georreferenciamento e, como resultado, observa-se a não conclusão do que foi proposto, ou seja, o imóvel certificado no INCRA. a.2) NTGIR com item discutível: A Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais se apresenta com esta característica, gerando dúvidas na realização do serviço. Como exemplo a norma ampara da seguinte forma: se forem aproveitados palanques ou mourões, as plaquetas poderão ser posicionadas no topo ou na lateral dos mesmos, objetivando a conservação e a identificação do vértice (NTGIR 2a ed./ revisada). Este é um item discutível em relação ao vértice tipo M (marco), pois com este procedimento em caso de uso do vértice por outro profissional, este não saberá onde estacionar o seu receptor GPS, pois não terá nenhuma certeza de onde o outro profissional coletou os sinais GPS, caso não tenha nenhuma identificação ou outro objeto (plaquetas) que demonstre que é o local correto para a coleta. a.3) Erros históricos nos cadastros (Registros): Os cartórios de registro de imóveis faziam uma matricula única para a propriedade, e mesmo que o proprietário comprasse mais hectares esta continuava única. De modo que, é errado, pois cada compra deverá ter uma nova matricula registrada no cartório de imóveis com o memorial descritivo mais completo. Assim, isto não foi feito no passado o que reflete 40 no futuro. Como exemplo, pode-se citar na região centro-oeste do país que existem áreas registradas no cartório muito maior que a área do próprio município. a.4) Burocracia no INCRA: O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) deveria disponibilizar um banco de dados dos imóveis já georreferenciados para diminuir a burocracia, pois cada vez que o profissional precisa obter informações de uma área lindeira a que ele vai trabalhar necessita procurar direto o profissional responsável pelo serviço ao lado do seu para obter maiores informações. a.5) Descrição das matriculas muito falhas: Estes problemas são muito recorrentes a medida que as matrículas são muito antigas, ou seja, não atualizadas. Também, são não precisas como exemplo já visto, é à descrição do imóvel rural esta confrontando com o vizinho ao Norte e na verdade é no Sul. Outro problema há muitas áreas em condomínios, sendo estes com má descrição dos condôminos, inclusive para a área interna e externa. b) Práticos b.1) Altura e local do marco no solo: O vértice tipo M (marco) deve ficar aproximadamente a quinze centímetros do solo e bem no vértice do imóvel rural (NTGIR 2a ed./ revisada). Deveria ficar pouco mais alto do solo, porque como passar do tempo este vai sendo aterrado por vários fatores o que dificulta a sua localização por outros profissionais quando necessário. No local há, também, o problema da confecção da cerca, pois esta inclui arames que ficam sob o solo e no momento da abertura do buraco para colocar o marco dificulta o serviço ou o marco não fica no local exato. b.2) Funcionários das propriedades que mexem nos marcos nas trocas de cercas (divisas): O problema do desconhecimento por parte dos funcionários dos vértices tipo M (marco), os quais retiram os marcos e recolocam em outro local na mudança da cercas. Estes desconhecem que aqueles objetos fazem parte de um sistema de coordenadas e que no futuro prejudicará o outro profissional que precisará utilizar estes vértices para coletar as mesmas coordenadas. 41 b.3) Perde de qualidade dos sinais GPS dentro da mata nativa: No receptor GPS, mesmo de freqüência L1 e L2 ocorrem grandes perdas na qualidade do sinal coletado, devido ao grande bloqueio de mata acima dele. Visualizado com os PDOPs ruins (Diluição da Precisão no Posicionamento) e nos desvios padrões mais altos. A solução adotada, e mais eficaz, é a permanência no local coletando sinais GPS em maior tempo. Além dos problemas conjunturais e práticos, o georreferenciamento demanda certo recurso financeiro inicial para a aquisição dos materiais necessários e outros gastos que são imprescindíveis, encarecendo todo o georreferenciamento do imóvel rural (TABELA 2). TABELA 2 Custos do Georreferencimento da Fazenda Santa Lúcia Valor unit. Total Despesas Quantidade (R$) (R$) Alimentação dos funcionários 8 15,00 120,00 Combustível (viagens) 8 40,00 320,00 Copia autenticada e atualizada da matrícula 1 26,70 26,70 Funcionário (15% do V. bruto) 1 1815,75 1815,75 Impressões 50 0,10 5,00 Marcos (Vértice tipo M) 52 10,00 520,00 Planta final da área 2 25,00 50,00 Plaquetas de identificação 83 3,00 249,00 Registro no cartório de títulos de documentos da declaração de respeito de divisas do memorial descritivo e planta Veda Calha (cola) Subtotal Valor Bruto Valor cobrado por hectare Área da Fazenda Santa Lúcia (ha) Valor Líquido 1 2 - 93,60 12,00 - 93,60 24,00 3224,05 807 - 15,00 - 12105,00 8880,95 42 6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES O georreferenciamento é um processo que requer o conhecimento das técnicas a serem utilizadas, demandando tempo e recursos para o seu desenvolvimento. Entretanto, os custos do processo serão diluídos ao longo do tempo, visto que há a necessidade dos proprietários em ter as suas áreas georreferenciadas de acordo com a Lei 10.267, a qual exige que estas estejam certificadas junto ao INCRA e, principalmente, terem as descrições dos perímetros averbadas nas respectivas matrículas. Agindo conforme a lei, os proprietários terão a segurança de planejar as suas atividades conforme as suas demandas sem possíveis interdições e paralisações. O georreferenciamento tem muito a contribuir com cadastro nacional organizado e sério, não permitindo sobreposição de áreas registradas em cartórios, uma vez que a descrição do perímetro é única. Desta forma, o trabalho realizado durante o estágio obrigatório, oportunizou um maior aprendizado nas áreas da topografia e cartografia e ainda no procedimento de georreferenciamento, colocando em prática os conceitos vistos em sala de aula. Além disso, a experiência adquirida com o estágio será de grande valia para a minha formação profissional e proporcionará experiência para concorrer com outros profissionais em busca de oportunidades nesse mercado de trabalho que atualmente encontra-se em expansão. 43 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASTILLO, D. R. M. Recepção de Sinais GPS: Simulação e Análise por Software. Dissertação (Mestrado em Engenharia Eletrônica e Computação) – Instituto Tecnológico de Aeronáutica. 2002.129p. IBGE. Geodésia: Posicionamento por Ponto Preciso (PPP). Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/ >. Acesso em: 17 out 2011. IBGE. SIRGAS - Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/centros_apre s.shtm>. Acesso em: 31 out 2011. INCRA. Lei Federal n.º 10267, de 28 de agosto de 2001. Disponível em: < http://www.incra.gov.br/portal/index.php?option=com_docman&Itemid=295>. Acesso em: 31 out 2011. INCRA. Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais. Brasília, nov. 2003. Disponível em: http://www.idam.am.gov.br/arquivo/recomendacoes/d5481f49d90f896dbf77a89c9f6df 419.pdf>. Acesso em: 28 dez 2011. McCARTHY, D. D. IERS Standards (1992), IERS Technical Note 13, Central Bureau of IERS - Observatoire de Paris, 150p., 1992. MONICO, J.F.G. Posicionamento pelo NAVSTAR-GPS: descrição, fundamento e aplicações. São Paulo: Ed. UNESP, 2000. 287p. NORMA TÉCNICA PARA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS. 2 ed / Revisada. p. 83. Agosto de 2010. PERONI, R. Apostila 4 – Fundamentos de GPS. 2004. 37p. Disponível em: <http://minx.com.br/manual_GPS.pdf>. Acesso em: 16 out 2011. Prefeitura Municipal de São Gabriel-RS, governo 2009/2012. Disponível em: < http://www.saogabriel.rs.gov.br/portal/index.php?Conteudo=plano_diretor>. Acesso em: 27 dez 2011. 44 Presidência da República: Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos. DECRETO Nº 7.620, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2011. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7620.htm>. Acesso em: 28 dez 2011. ROCHA, C. H. B. Geoprocessamento: tecnologia transdiciplinar. Barra Rocha. Juiz de Fora, MG: ed. do Autor, 2000. 220p. 45 8. ANEXOS Anexo A - Classificação viária conforme o Plano Diretor do município São Gabriel RS seguindo a Lei Complementar 002/2008. Fonte: Prefeitura Municipal de São Gabriel-RS, 2011. 46 Anexo B - Relatório de Posicionamento de ponto preciso (PPP). Fonte: IBGE, 2011. 47 Anexo C - Modelo de Memorial Descritivo. MEMORIAL DESCRITIVO Imóvel: Fazenda do Talhaço Comarca: São Gabriel Proprietário: Espólio de Branca Menna Barreto Petrarca Município: São Gabriel U.F.: RS Matrícula: 19.308 Código SNCR: 864.110.033.952-2 Área (ha): 708,2723 Perímetro (m): 12.547,95 Inicia-se a descrição deste perímetro no vértice A9N-M-0268, de coordenadas N 6.630.706,695m e E 740.070,568m, situado na divisa da Agropecuária São Luiz, código INCRA 864.110.032.930-6, e da Cabanha do Talhaço, código INCRA 864.110.032.921-7; deste, segue confrontando com a Cabanha do Talhaço, com os seguintes azimutes e distâncias: 179°55'10" e 400,94 m até o vértice A9N-M-0269, de coordenadas N 6.630.305,757m e E 740.071,132m; 157°27'31" e 9,07 m até o vértice A9NM-0270, de coordenadas N 6.630.297,378m e E 740.074,609m; 170°12'42" e 21,84 m até o vértice A9N-M-0271, de coordenadas N 6.630.275,853m e E 740.078,323m, situado na divisa da Agropecuária São Luiz, matrícula 22.684, de Luis Fernando Silva Lederes e outros; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com os seguintes azimutes e distâncias: 171°49'45" e 22,37 m até o vértice A9N-M-0272, de coordenadas N 6.630.253,712m e E 740.081,502m; 193°46'06" e 7,19 m até o vértice A9N-M-0273, de coordenadas N 6.630.246,727m e E 740.079,790m; 242°53'42" e 6,26 m até o vértice A9N-M-0274, de coordenadas N 6.630.243,874m e E 740.074,216m; 258°55'54" e 21,63 m até o vértice A9N-M-0275, de coordenadas N 6.630.239,721m e E 740.052,989m; 164°27'07" e 349,27 m até o vértice A9N-M-0276, de coordenadas N 6.629.903,235m e E 740.146,610m; 97°28'14" e 970,56 m até o vértice A9N-M0393, de coordenadas N 6.629.777,044m e E 741.108,934m, situado na divisa da Agropecuária São Luiz, matrícula 22.684, com a margem direita da sanga sem denominação específica; deste, atravessa a referida sanga, com o seguinte azimute e distância: 97°50'18" e 21,19 m até o vértice A9N-M-0277, de coordenadas N 6.629.774,154m e E 741.129,922m, situado na divisa da Cabanha do Talhaço, código INCRA 864.110.032.921-7 com a margem esquerda da sanga sem denominação específica que, a partir deste local, desenvolve-se em forma de um atacado; deste, segue pela cota máxima deste atacado da sanga sem denominação específica à jusante, com os seguintes azimutes e distâncias:130°29'48" e 34,39 m até o vértice A9N-P-0621, de coordenadas N 6.629.751,824m e E 741.156,070m; 115°24'30" e 16,66 m até o vértice A9N-P-0622, de coordenadas N 6.629.744,676m e E 741.171,119m; 101°39'24" e 22,35 m até o vértice A9N-P-0623, de coordenadas N 6.629.740,160m e E 741.193,008m; 129°53'43" e 27,30 m até o vértice A9N-P0624, de coordenadas N 6.629.722,652m e E 741.213,951m; 75°09'54" e 29,38 m até o vértice A9N-P-0625, de coordenadas N 6.629.730,174m e E 741.242,348m; 111°11'50" e 10,09 m até o vértice A9N-M-0394, de coordenadas N 6.629.726,525m e E 741.251,756m, situado na margem esquerda do atacado da sanga sem denominação específica e divisa da Cabanha do Talhaço, código INCRA 864.110.032.921-7; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com os seguintes azimutes e distâncias: 87°06'44" e 12,67 m até o vértice A9N-M-0395, de coordenadas N 6.629.727,163m e E 741.264,409m; 123°31'47" e 42,36 m até o vértice A9NM-0396, de coordenadas N 6.629.703,766m e E 741.299,718m; 156°46'55" e 70,81 m até o vértice A9N-M-0397, de coordenadas N 6.629.638,687m e E 741.327,635m; 206°09'11" e 54,76 m até o vértice A9N-M-0398, de coordenadas N 6.629.589,537m e E 741.303,500m, situado na divisa da Cabanha do Talhaço, código INCRA 864.110.032.921-7, com a margem direita da sanga sem denominação específica; deste, segue confrontando com a referida sanga à jusante, com os seguintes azimutes e distâncias: 95°23'58" e 25,32 m até o vértice A9N-P-0626, de coordenadas N 6.629.587,154m e E 741.328,711m; 128°58'31" e 25,89 m até o vértice A9N-P-0627, de coordenadas N 6.629.570,867m e E 741.348,842m; 147°46'20" e 23,52 m até o vértice A9N-P-0628, de coordenadas N 6.629.550,974m e E 741.361,382m; 141°21'52" e 28,01 m até o vértice A9N-P-0629, de coordenadas N 6.629.529,097m e E 741.378,869m; 124°51'45" e 56,66 m até o vértice A9N-P-0630, de coordenadas N 6.629.496,710m e E 741.425,359m; 100°30'36" e 45,13 m até o vértice A9N-P-0631, de coordenadas N 6.629.488,479m e E 741.469,730m; 60°19'39" e 21,19 m até o vértice A9N-P-0632, de coordenadas N 6.629.498,971m e E 741.488,145m; 32°20'00" e 34,53 m até o vértice A9N-P0633, de coordenadas N 6.629.528,150m e E 741.506,615m; 52°28'23" e 16,69 m até o vértice A9N-P-0634, de coordenadas N 6.629.538,318m e E 741.519,854m; 80°01'10" e 38,55 m até o vértice A9N-P-0635, de coordenadas N 6.629.544,998m e E 741.557,817m; 97°05'10" e 21,39 m até o vértice A9N-P-0636, de coordenadas N 6.629.542,360m e E 741.579,040m; 76°23'50" e 28,06 m até o vértice A9N-P-0637, de coordenadas N 6.629.548,959m e E 741.606,313m; 30°10'39" e 42,06 m até o vértice A9N-P0638, de coordenadas N 6.629.585,321m e E 741.627,457m; 9°55'23" e 34,19 m até o vértice A9N-P-0639, de coordenadas N 6.629.619,001m e E 741.633,349m; 60°58'47" e 15,79 m até o vértice A9N-P-0640, de coordenadas N 6.629.626,661m e E 741.647,157m; 131°35'34" e 39,25 m até o vértice A9N-P-0641, de coordenadas N 6.629.600,604m e E 741.676,513m; 109°36'30" e 48 49,62 m até o vértice A9N-P-0642, de coordenadas N 6.629.583,953m e E 741.723,253m; 69°44'51" e 41,98 m até o vértice A9N-P0643, de coordenadas N 6.629.598,485m e E 741.762,637m; 99°20'18" e 18,80 m até o vértice A9N-P-0644, de coordenadas N 6.629.595,434m e E 741.781,187m; 152°19'03" e 34,71 m até o vértice A9N-P-0645, de coordenadas N 6.629.564,695m e E 741.797,313m; 102°36'35" e 18,03 m até o vértice A9N-P-0646, de coordenadas N 6.629.560,760m e E 741.814,904m; 80°29'06" e 20,60 m até o vértice A9N-M-0278, de coordenadas N 6.629.564,166m e E 741.835,224m, situado na margem direita da sanga sem denominação específica e divisa da Granja Santa Terezinha, código INCRA 864.110.037.583-9; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com os seguintes azimutes e distâncias: 167°40'06" e 594,59 m até o vértice A9N-M-0279, de coordenadas N 6.628.983,292m e E 741.962,211m; 192°17'03" e 13,29 m até o vértice A9N-M-0280, de coordenadas N 6.628.970,306m e E 741.959,384m; 185°42'25" e 23,75 m até o vértice AQ5-M-7042, de coordenadas N 6.628.946,677m e E 741.957,022m, situado na divisa da Fazenda do Batovi, código INCRA 864.110.020.940-8; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com os seguintes azimutes e distâncias: 283°27'12" e 291,03 m até o vértice AQ5-M-7026, de coordenadas N 6.629.014,387m e E 741.673,975m, 224°17'34" e 56,69 m até o vértice AQ5-M-7662, de coordenadas N 6.628.973,812m e E 741.634,390m; 275°00'53" e 31,93 m até o vértice AQ5-M-7269, de coordenadas N 6.628.976,603m e E 741.602,584m; 280°13'30" e 300,50 m até o vértice AQ5-M-7400, de coordenadas N 6.629.029,946m e E 741.306,855m; 254°31'45" e 163,43 m até o vértice AQ5-M-7207, de coordenadas N 6.628.986,352m e E 741.149,348m; 228°19'55" e 218,90 m até o vértice AQ5-M-7676, de coordenadas N 6.628.840,824m e E 740.985,827m; 221°40'35" e 168,58 m até o vértice AQ5-M-7351, de coordenadas N 6.628.714,911m e E 740.873,736m; 248°33'30" e 308,60 m até o vértice A9N-M-0463, de coordenadas N 6.628.602,100m e E 740.586,494m; 248°33'28" e 132,54 m até o vértice AQ5M-7310, de coordenadas N 6.628.553,649m e E 740.463,130m; 180°45'20" e 230,49 m até o vértice AQ5-M-7641, de coordenadas N 6.628.323,178m e E 740.460,090m; 217°43'55" e 293,37 m até o vértice AQ5-M-5700, de coordenadas N 6.628.091,160m e E 740.280,561m; 208°35'05" e 74,16 m até o vértice AQ5-M-7337, de coordenadas N 6.628.026,039m e E 740.245,078m; 220°15'56" e 351,17 m até o vértice AQ5-M-7617, de coordenadas N 6.627.758,075m e E 740.018,105m; 306°49'09" e 34,25 m até o vértice AQ5-M7253, de coordenadas N 6.627.778,603m e E 739.990,683m; 254°49'57" e 177,22 m até o vértice AQ5-M-7671, de coordenadas N 6.627.732,236m e E 739.819,641m; 266°11'37" e 792,96 m até o vértice AQ5-M-7429, de coordenadas N 6.627.679,597m e E 739.028,430m; 236°37'38" e 136,56 m até o vértice AQ5-M-7487, de coordenadas N 6.627.604,479m e E 738.914,390m; 265°15'56" e 414,78 m até o vértice A9N-M-0373, de coordenadas N 6.627.570,244m e E 738.501,020m; 265°06'13" e 350,33 m até o vértice AQ5M-7663, de coordenadas N 6.627.540,342m e E 738.151,970m; 4°41'00" e 1.879,48 m até o vértice AQ5-M-7184, de coordenadas N 6.629.413,551m e E 738.305,424m, situado na divisa do imóvel Posto Branco, código INCRA 864.110.033.421-0; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com os seguintes azimutes e distâncias: 4°57'45" e 26,17 m até o vértice A9N-M-0368, de coordenadas N 6.629.439,620m e E 738.307,688m; 4°39'53" e 501,76 m até o vértice A9N-M-0350, de coordenadas N 6.629.939,717m e E 738.348,494m; 4°42'56" e 430,04 m até o vértice A9N-M-0267, de coordenadas N 6.630.368,299m e E 738.383,846m, situado na divisa da Agropecuária São Luiz, código INCRA 864.110.032.930-6; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com o seguinte azimute e distância: 78°38'43" e 840,25 m até o vértice A9N-M-0352, de coordenadas N 6.630.533,730m e E 739.207,647m, situado na divisa da Agropecuária São Luiz, código INCRA 950.122.640.352-5; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com o seguinte azimute e distância: 78°38'58" e 522,81 m até o vértice A9N-M-0353, de coordenadas N 6.630.636,625m e E 739.720,237m, situado na divisa da Agropecuária São Luiz, código INCRA 864.110.032.930-6; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com o seguinte azimute e distância: 78°41'22" e 357,27 m até o vértice A9N-M-0268, início da descrição deste perímetro. Todas as coordenadas aqui descritas foram obtidas a partir do serviço disponibilizado pelo IBGE – Posicionamento por Ponto Preciso e encontram-se referenciadas ao Meridiano Central 57°00' WGr., tendo como datum o SIRGAS2000. Todos as coordenadas, azimutes, distâncias, área e perímetro foram calculadas no plano de projeção U T M. São Gabriel, 04 de outubro de 2011. Resp. Técnico Tiago de Carvalho Nobre Eng. Agrônomo / CREA: RS049484 Código Credenciamento: A9N ART: 6050951 49 Anexo D - Modelo de declaração de respeito de limites DECLARAÇÃO DE RESPEITO DE LIMITES Eu, Regina Helena Petrarca Teixeira, RG nº. xxxxxxxx, CPF nº. xxxxxxxx-xx, nomeada inventariante dos bens deixados por falecimento de Branca Menna Barreto Petrarca, proprietária do imóvel rural denominado Fazenda do Talhaço, matrícula nº.19.308, cadastrado no INCRA sob código 864.110.033.952.2, neste ato representada por Georges Kodayssi Filho, OAB/RS nº. 21.408, CPF nº. xxxxxxxx-xx, conforme procuração em anexo, e eu, Tiago de Carvalho Nobre, CREA/RS 49.484, credenciado pelo INCRA sob o código A9N, declaramos sob as penas da Lei que quando dos trabalhos topográficos executados na citada propriedade foram respeitados os limites de “divisas in loco” com os confrontantes abaixo relacionados, não havendo qualquer litígio entre as partes. Confrontantes: Nome Imóvel Rural Matrícula(s)/Transcrições Comarca Nome do Proprietário Agropecuária São Luiz Matr. 22.643 São Gabriel / RS Luis Fernando Silva Lederes e outros Agropecuária São Luiz Matr. 21.497 São Gabriel/ / RS Luis Fernando Silva Lederes e outros Cabanha do Talhaço Matr. 18.772 São Gabriel / RS Archanjo Menna Barreto Arleo Petrarca Agropecuária São Luiz Matr. 22.684 São Gabriel / RS Luis Fernando Silva Lederes e outros Granja Santa Terezinha Matr. 18.065, Matr. 18.064, São Gabriel / RS Hélio Vanderlei de Souza Silveira São Gabriel / RS Suc. Ernani Kurtz de Oliveira e Matr. 6.067 e Matr. 6.069 Fazenda do Batovi Matr. 19.823, Matr. 19.822, Matr. 16.663, Matr. 16.662, outros Matr. 7.887, Matr. 6.686, Matr. 4.180, Matr. 2.357, Matr. 503, Matr. 364, Reg. 5.493, Reg. 33.421, Reg. 29.378, Reg. 29.376 Posto Branco Matr. 18.875, Matr. 18.576, São Gabriel / RS Odessa Menna Barreto Petrarca Matr. 10.551 São Gabriel/RS, 03 de outubro de 2011. _________________________________ Regina Helena Petrarca Teixeira __________________________________ Tiago de Carvalho Nobre Engenheiro Agrônomo CREA/RS 49.484 Código de Credenciamento junto ao INCRA A9N 50 Anexo E - Modelo da matrícula com Memorial Descritivo averbado. 51 Anexo F - Planta da área da empresa GRANFLOR referente aos novos plantios de Eucalyptus sp.