Mauricio Brito de CARVALHO (Universidade
Lucia Maria Alves FERREIRA (Universidade
Evelyn Goyannes Dill ORRICO (Universidade
Leila Beatriz RIBEIRO (Universidade do Rio
do Rio de Janeiro)
do Rio de Janeiro)
do Rio de Janeiro)
de Janeiro)
ABSlRACf: we examine one set of drug instructions in order to detennine the reason(s)
why the general public finds this kind of genre so difficult to understand. We believe part of
the reason for such difficulty is the technical language used but there is a lot more to be
described
Nosso trabalho parte cia constata~o empirica de que existem dificuldades de
compteensao na leitura das bolas de remedios. Compreendemos que tais dificuldades nao
estejam somente pautadas nas deficiencias de aprendizagem cia ~
brasileira, mas
que as pr6prias bulas apresentem uma ~
que nao facilita a compreens1io. Assim, como
primeiro passo, nosso trabalho investiga certos aspectos cia Iinguagem de uma Unica bula de
remedios, a fim de determinar alguns dos fatores que dificultam a sua compreens30.
Acreditamos que 0 levantamento de alguns aspectos lingiiisticos de uma bula nos ajudarao a
compreender melhor as causas cia mencionada dificuldade.
Uma questao crucial que certamente norteani os rumos de nossa investi~
sabre
as bulas de remedios e a determina<;an precisa de seu pUblico alvo: para quem sao escritas as
bolas?
Tres hip6teses se colocam, a primeira vista:
I. as bu1as se destinam ao grande pUblico consumidor;
II. as bu1as se destinam aos profissionais cia saUde;
ill. as bu1as se destinam aos laborat6rios farmaceuticos.
Examinemos cada wna dessas hip6teses, a seu tumo:
I. As bu1as se destinam ao grande pUblico consumidor
A hip6tese de que as bolas se destinam ao pUblico consumidor final e a mais
imediata. Tal fato parece se confirmar, pela existencia de avisos destinados aos que
consomem os medicamentos: 'se tais e tais sintomas ocorrerem quando cia ingestao desse
medicamento, procure imediatamente seu medico'. Essa aparente clareza de prop6sito das
hulas nao se confirma na pnitica: as hulas nao 530 escritas em linguagem acessivel ao grande
pUblico, pois sao recheadas de terminologia hermetica como, por exemplo, aquela
emprestada. cia medicina '0 [medicamento Xl e urn novo agente antifUngico de amplo
espectro e de estrutura triaz6lica' ou ainda, 'Apresenta uma especificidade de a9fu>sobre a
sintese dos fungos, nao tendo praticamente interferencia sobre 0 metabolismo do ergosterol
dos mamiferos.' Claramente, somente urn pUblico consumidor bastante sofisticado
conseguini lidar, sem maiores problemas, com info~s
dessa natureza. Nos exempIos
recem-citados, 'Agente antifUngico' poderia ainda ser compreendido por alguem sem
f~
medica especifica; no entanto, 'estrutura triaz6lica' foge inteiramente ao alcance
ate do mais sofisticado cidadiio comum, nao detentor de info~o
tecnica.
Vejamos, entao, a segunda hip6tese levantada acima, de que as bolas de remedios
sao destinadas ao profissional cia area de saUde.
II. As hulas se destinam aos profissionais cia saUde
Em primeiro lugar, podemos constatar uma 'contradi~
empirica', por assim
dizer: se os documentos em quest30 fossem destinados unicamente a classe dos profissionais
cia saUde, nao haveria razao para que eles fossem incluidos nas caixas dos medicamentos
que se destinam ao pUblico consumidor final.
Uma seguncla incoerencia, admitindo-se essa hip6tese (de que as bolas 530
destinadas aos medicos, entre outros profissionais cia saUde), e a de que urn documento com
esse objetivo nao deveria conter urn aviso como 0 seguinte: 'persistindo os sintomas procure
o seu medico', nem tampouco se¢es inteiras do documento especificas ao consumidor final,
como aquela sob 0 subtituIo 'Info~
ao Paciente'.
o m3ximo que poderiamos supor, dados os fatos recem apontados (de que ha tanto
inforrna¢es especificamente direcionadas aos profissionais cia saUde, quanto info~
especificamente direcionadas ao usu3rio final), e que as hulas de remedios destinam-se a
dois pUblicos distintos: aos pacientes e aos medicos, por exempIo. Essa conclusiio evidencia
urn (mico problema: se esse for realmente 0 caso, deveria estar mais explicitada essa dupla
fun~o do instrumento documental em exame.
Nao e de todo i.mprov3vel que a falta de explici~
do pUblico alvo a que 530
destinadas as bulas se deva ao fato de que tais documentos nao sao ultimamente destinados a
nem urn nem outro pUblicos aqui mencionados. Vejamos, enmo, a quem poderiam ser
destinados.
ill. As hulas se destinariam aos laborat6rios farmaceuti.cos.
Essa hip6tese parece muito improVcivel, a primeira instancia: como poderiam os
laborat6rios produzir urn documento para si pr6prios? Com que intuito? A resposta parece
ser simples do ponto de vista juridico: com 0 intuito de se protegerem dos dois tipos de
pUblicosque interagem mais de perto com as hulas: 0 grande pUblico consumidor final e os
profissionais de saUde.A bula seria, enmo, utilizada pelos laboratOrios como urn instrumento
de pro~o
em ~o
as investidas juridicas possiveis dos medicos e pacientes,
principalmente. sao recorrentemente publicados na imprensa os enormes prejuizos causados
pelos recentes implantes de silicone nos seios e demais partes do corpo, de consumidores
que, insatisfeitos, entraram na justi~ procurando responsabilizar alguem por problemas
a
causados sua saUde. As bulas seriam urn meio de minimizar 0 direito de reclama¢o contra
possiveis danos saUde e aos prejuizos causados por produtos que podem vir a 1180 atingir
seus objetivos primordiais e ainda podem causar toda a sorte de efeitos colaterais.
a
Observamos acima que M dois grandes focos de dificuldade para a compreensio
das bulas, por parte da popula~o comurn que se utiliza desse instnunento de info~.
A
expli~
de tais dificuldades e variada: M dificuldades de entendimento lexical: 'agente
antifimgico' sOsera corretamente inteIpretado por alguem minimamente acostumado a lidar
com itens lexicais formados por radical grego + acljetivo. Aim disso M 0 natural aspecto de
estranheza ao adjetivo 'fUngico', nada comum em nossa linguagem diaria.
tambem
dificuldades de natureza conceitual: 0 que sera uma 'estrutura triazOlica'?, perguntar-se-a 0
leitor '1180 iniciado'.
Aim dessas duas dificuldades 6bvias apontadas acima, M outros aspectos, em si
menores, mas que 1180 deixam de dificultar a leitura adequada das bulas. A le~
vigente no Brasil, atIaves do DECRETO N. 79.094 - DE 5 DE JANEIRO DE 1977, que
Regulamenta a Lei n. 6.360, de 23 de setembro de 1976, "que submete ao Sistema de
Vigilancia Sanitaria os medicamentos, insumos fiu1naceuticos, drogas, corre1atos,
cosmeticos, produtos de higiene, saneantes e outros" determina, em seu Titulo X (Da
Rotu1agem e Publicidade), Artigo 94, que "Os dizeres cia rotulagem, das bolas, etiquetas,
prospectos OIl quaisquer modalidades de impressos referentes aos produtos de que tra.ta este
Regulamento, teIio as dimens6es necesslirias a f3cil leitura visual, observado 0 limite
minimo de urn milimetro de altura e redigido de modo a facilitar 0 entendimento do
consumidor." Ora, qualquer pessoa ligeiramente mais esclarecida M de convir que 0
decreto-lei em vigor fuz uma ~
inadequada. visto tratar-se de pais com
baixissimo nivel de ~
e de acesso a oftalmologistas: como pode a le~
determinar que 'os dizeres das bulas ... [teIio) as dimens6es necess3rias
f3cil leitura
visual, observado 0 limite minimo de urn milimetro de altura'? QuaIquer deficiencia visual,
por minima que seja, pode interferir na leitura, implicando inacessibilidade, ao grande
pUblico, ao direito info~
indispenslivel a seu bem-estar e integridade fisica: como
pennitir que medicamentos, por vezes perigosos ou ate mortais, sejam distribuidos com
indi~
avisos, adverrencias, da maxima importancia, a urn pUblico que 1180 consegue
enxergar as iItstru\:Oesdistribuidas?
Ha
a
a
A dete~
exata do tipo de dificuldades encontradas pelo consumidor final na
compreensao das bulas 1180 pode se restringir a ~
genencas (quer de natureza
pnitica: '0 consumidor 1180 enxerga as letras contidas nas bulas, portanto 1180 chega sequer a
ter oportunidade de entende-las'; quer de natureza conceitual : '0 que podeci ser uma
estrutura triz6lica?'): e preciso estabelecer que par3metros lingUisticos contribuem
efetivamente para a hermeticidade dos documentos sendo examinados. Para tal, cumpre
examinarmos alguma orien~
lingUistics, a partir da qual possamos examinar a
linguagem das· brdas. Orientaremos nossa investi~
na abordagem de generos
discursivos. Passaremos, enmo, a considerar 0 genero discursivo como urn evento
comunicativo reconheciveI, caracterizado por urn conjunto de propOsitos comunicativos
identificados e mutuamente entendidos pelos membros da comunidade na qual ocorrem,
como eo caso dos documentos aqui tratados: as bulas de remedios.
Seguindo 0 arcabouCQ te6rico que estabelece 0 genero como unidade lingiiistica
passivel de ~
academica, entendemos 0 genero como sendo altamente estruturado e
convencionalizado, com considerciveis restri~
em re~
a contribui~
permissiveis em
termos de sua inten~o, posicionamento, forma e valor funcional. Da defini~
acima,
depreende-se 0 seguinte:
I. ha diferen~ entre manifesta¢es do mesmo genero, na medicla em que sao mais ou
menos semelhantes ao prot6tipo cia categoria, no que diz respeito forma, estrutura e as
expectativas dos interlocutores;
2. os principios subjacentes a urn genero estabelecern restri~
que determinam nao 50 a
estrutura infonnacional e discursiva mas taInbem as escolhas Iexicais e sintiticas;
3. a metalinguagem utilizada pela comunidade discursiva fomece info~
a respeito dos
principios que govemam 0 genero, como e 0 caso da metalinguagem que descreve as v3rias
partes que comp5em. as bolas: poso/ogio, indico90es, reo90es adversas, etc.
E importante notar que a i.nser¢o da bola de remedios no quadro te6rico recemexplicitado nao se faz sem consideniveis dificuldades, precisamente porque os propOsitos
comunicativos desse instrumento nao podem ser facilmente identificados pelos usu3rios de
medicamentos, supostamente membros da comunidade discursiva em que 0 genero bola se
insere. Uma hip6tese piausivel pam tal dificuldade e a de que estamos diante de urn
instrumento hibrido que se propOe a atingir a mais de uma comunidade discursiva, a dos
profissionais cia saiJde e a do pUblico consumidor, dentre outras. Assim sendo, releva passar
a urn estudo minucioso cia linguagem discursiva das bulas, a fim de determinar quais os
generos di.scursivos ali representados e oferecer sugestoes que possam toma-Ios
compreensiveis a quem as Ie. E esse prop6sito primordial a que nos propomos na
investi~
em que se insere a presente comuni~o.
Somente atraves cia ~
precisa dos aspectos (genericos) relativos
n~o
de genero discursivo das bolas sera
possivel identificar com precisao os pontos que propiciam dificuldades a sua compreensOO.
Ap6s essa dete~o,
teremos melhores condi~
de propor soIu~
possiveis ao serio
problema em que nos encontramos: a existencia de urn poderoso instrumento de info~o
que vem sendo seguidamente mal utilizado, com graves conseqiiencias pam todos. Uma das
sugestOes seminais de Bathia (1993), quanto a generos discursivos emergentes (acredi.tamos
que as bolas de remedios se enquadrem hem nessa categoria), e a de que devemos fazer uma
an3lise lingilistica dos mesmos. Passemos, entao, a algumas considera¢es necess3rias do
aspectolconteUdo lingiiistico das bulas.
(i) conside~
lexicais
a) itens Iexicais formais
Dois tipos de itens lexicais distintos contnbuem pam a hermeticidade dos
cIocumentos em quest3o: termos tecnicos cia area medico-farmacol6gica, por urn lado, e
tennos do portugl.les formal, por outro lado. Dentre estes Ultimos, temos expI'eSsOes'agente
antifUngico', 'mantenha ao abrigo da luz', 'flatulencia',
'ap6s administI'a\:OO via
a
a
a
intravenosa', 'a abso~
oral nao e afetada', '0 produto X e eliminado principalmente por
via renal', 'recomenda-se a ~o
dos parametres da fun~ hepatica', 'rarissimos casos
de pacientes com doen~ debilitantes',
'como a re~
causal com X nao pode ser
excluida', 'efeitos adversos fetais foram observados', 'deve-se observar a posslbilidade da
ocorrencia de hipoglicemia', 'em pacientes que estejam recebendo tarnbem diureticos,'.
Claro esta que 0 limite do formal e do medico e, porvezes, impreciso: os termos 'diure6co',
'hipoglicemia', 'flatulencia', 'intravenosa' sao inst3ncias de itens lexicais em que seria
dificil determinar com exatidao, se seu possivel baixo entendimento (como acreditamos seja
o caso) sera devido a seu aspecto menos usual (e, portanto, mais formal), ou se esse
entendimento dificil se deve, antes, ao carater tecnico das expressOes nos contextos em que
ocorrem.
b) termos medicos / bioquimicos
Termos medicos, por outro lado, sao abundantes nas bolas: 'estrutura triaz6lica',
'inibindo a biossintese do ergosterol de origem fUngica', 'especificidade de ~
sobre a
sintese dos ester6is dos fungos', 'e bem absorvido e os niveis plasm3ticos e de
biodisponibilidade sistemica estao acima de 9Q01o", 'A li~
a proteinas pIasmaticas e
baixa', 'a posstbilidade de ocorrerem rams rea¢es hepatot6xicas', 'recomenda-se cuidadosa
rnonito~
do tempo de protrombina em pacientes que estejam recebendo
anticoagulantes cumarinicos', 'prolonga a meia-vida pIasmatica de sulfonilureias orais
administradas
concomitantemente
(clorpropamida,
glibencamida,
glipizideos
e
talbutamida)', 'aumentar os niveis plasm3ticos de fenitoina para urn grau clinicamente
significante', 'Em pacientes que estejam recebendo concomitanternente a rifampicina, urn
aurnento da dose ...', 'A ~
oral de X concomitantemente com alimentos,
cimetidina ou antiacidos nao acarreta al~
clinicamente significativa na sua abso~.'.
que fazer para aurnentar a compreensio do leitor em ~
as dificuldades aqui
apontadas e quest30 complexa. A sol~
talvez passe pelo esclarecimento maior, por parte
das indUstrias farmaceuticas, quanto ao ~o
final das bolas de remedios. Talvez pudesse
ser feita uma clara divisao das infornta¢es destinadas ao profissional da saUde daquelas
destinadas ao pUblico consumidor.
o
A aruilise acima tentou determinar, em 2.0, para quem sao escritas as bolas de
remedios; a resposta a essa pergunta nao e 130 6bvia como poderia parecer a primeira vista,
pois vimos haver tres possiveis destinat3rios desse documento. A seguir, em 3.0, tecemos
consi~
genencas sobre possiveis causas de dificuldades do pUblico, no que concerne a
leituIa das bolas. Em 3.1, levantamos algumas caracteristicas lingtiisticas das bolas que
tomam sua com.preens30 dificil ao leitor comum. Nossa investi~
esti em seu inicio. Ha
muito a analisar, tanto lingilistica quanto informacionalmente. A magnitude de nossa tarefa
pode ser medida pelo fato de que nos limitamos as primeiras observa¢es Iingiiisticas e
podemos vislumbrar inmneros aspectos a serem estudados: que outros aspectos lingtiisticos
dificultam a compreenslio das bolas de remOOios?Que fazer para melhorar 0 entendimento
das mesmas por parte do pUblico? Hi sentido em manter info~
eminentemente
medico-farmacol6gicas no mesmo documento que infornta¢es gerais importantes para 0
pUblico consumidor? Ate que ponto as inforrna¢es medicas prejudicam 0 entendimento do
documento como urn todo? Esta Ultima pergunta sugere que 0 hermetismo medicofarmaco16gico contribui de forma definitiva para que 0 leitor menos sofisticado desista de ler
as bolas, sent ao menos tentar. Muitos leitores sequer percebem que as bulas sao importantes
para eles (pois em nenhurn lugar, no inicio do documento, lhes e dito explicitamente que ha
infoI111a9Oesespeci:ficas para ele - embora urn OU outro leitor mais habituado ao manuseio
desses documentos 'va direto' a ~o
'Inforrna¢es ao Paciente'). Releva notar, tambem,
que as bulas nao sao absolutamente iguais entre si. Embora todas tenham urn formato geral
muito parecido, porque legisJado, ha dif~
super:ficiais consideniveis, que nao se pode
esperar que 0 leitor comurn saiba facilmente identificar. Essas dife~
certamente
contribuem para tornar a comuni~
veiculada nesse instrumento - utilissimo na
comuni~o
entre os laborat6rios e 0 pUblico consumidor - muito aquem cia ideal.
Temos muito poucas respostas e muitas perguntas. Isso e mau mas isso e born,
como diria 0 Conselheiro Acacio, de Machado de Assis. E mau, porque revela urn campo de
analise ainda pouco observado. E born, porque nos cia a certeza de podermos em breve
contribuir com infoI111a9Oesrelevantes para a melhora efetiva cia comuni~
entre
laborat6rios / profissionais cia saUde e 0 pUblico consumidor em geral. 0 bene:ficio sera
grande para todos.
RESUMO: examinamos uma bula de remedio, para determinar a(s) raziio(Oes) por que 0
pUblico em gera/ encontra tanta dijiculdade na compreensiio desse genero discursivo.
Acreditamos que parte da raziio para tal dijiculdade se deva
linguagem tecnica usada
mas hti muito mais a ser descrito a/em disso.
a
BATHlA, V. K. (1993) Analysing genre: language use in professional settings. London:
Longman.
CARVALHO, M. B., ORRICO, E. G., FERREIRA, L. M. A, RlBEIRO, L. B.(1998) A
Bula e Suas Compli~:
Uma AnaIise Lingiiistico-Informacional, trabalho
apresentado na VIII Semana de Letras, Departamento de Letras e Artes, Univ. Fed.. de
Vi~
Vi~
MG, em 17/04/98.
DAMES, P. S. (1998) A Genre Analysis of Article Introductions on Oceanography,
disse~
inedita do Mestrado em Letras, Departamento de Letras Estrangeiras
Modernas, Universidade Federal Fluminense (~defendicla
em 18-03-98).
SWALES, 1. (1990) Genre analysis: English in academic and research settings. Cambridge
University Press, Cambridge.
Download

Mauricio Brito de CARVALHO (Universidade do Rio de Janeiro)