Proposta de um modelo estruturado e de ferramentas de software livre para uso de redes sociais digitais em situações de desastres no Brasil. Matheus Tait LIMA1, Alexandre Corrêa BARBOSA2, Fabio FANTATO3. 1. Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas - Atech, [email protected] 2. Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas - Atech, [email protected] 3. Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas - Atech, [email protected] Resumo: A partir de uma breve revisão bibliográfica quanto ao uso de redes sociais digitais em situações de desastres naturais, tanto sob uma perspectiva social quanto tecnológica, é proposto um modelo adaptado à realidade brasileira para uso estruturado dessas redes em situações de desastre. O modelo proposto visa garantir: coleta de informações, comunicações com a população afetada e possibilidade de interoperabilidade dos dados coletados com outros sistemas. É apresentada também uma arquitetura de sistema integrada ao modelo de uso, e composta por ferramentas livres, para dar suporte ao mesmo. Palavras chave: Redes sociais, desastres naturais, mídias sociais, distribuição de risco. Abstract: After a brief bibliographical review regarding the usage of social networks during natural disasters, from both social and technological perspectives, a model for a structured usage of these networks in this kind of events in Brazil is proposed. The proposed model aims to ensure: gathering of information, communications with and among the affected population, and the possibility of interoperability of the collected data with other systems. A system architecture using free software to support the proposed model is also presented integrated with the model itself. Keywords: social networks, natural disasters, social media, risk distribution. 1. INTRODUÇÃO Fenômenos naturais como chuvas, terremotos e mudanças de temperatura acontecem invariavelmente. Esses fenômenos tem potencial para se tornarem desastres naturais quando causam impacto em sociedades ou culturas. Segundo Tobin e Montz (1997) [1], um Hazard (termo em inglês utilizado para denominar esse tipo de evento) representa o potencial de interação entre os seres humanos e um evento natural extremo. Seus impactos podem ser variados; em casos extremos vidas são perdidas e em outros a imediatos há também aqueles sentidos a posteriori, como doenças resultantes do acúmulo de lixo ou da água contaminada. Prever e monitorar esses fenômenos, bem como minimizar Página recursos e pessoas, ou causando interrupção de serviços essenciais. Além dos impactos 1 infraestrutura da região afetada é prejudicada, por exemplo, dificultando o trânsito de impactos e aperfeiçoar ações de contingência, se mostram tarefas necessárias e complexas. Tomando como exemplo as inundações, tradicionalmente a previsão se baseia em métodos estatísticos e modelos matemáticos baseados em dados históricos. Algumas situações anormais são difíceis de serem previstas ou mesmo detectadas em curto espaço de tempo. Um exemplo é uma inundação, ocorrida em área não monitorada, devido a um canal de escoamento inoperante (como bueiros entupidos). Por não ser considerada historicamente como área de risco, o conhecimento do evento depende de informações da população. Portanto, além de medições de grandezas como quantidade de chuva ou topologia do terreno, a comunicação com a população afetada é de suma importância. Essa comunicação não deve se limitar à detecção de um desastre, conforme discutido por Mattedi e Butzke (2001, p. 2): “o acesso a informações atualizadas e teoricamente consistentes sobre aspectos como, por exemplo, as formas de organização social durante os impactos, as percepções do risco das populações atingidas, a capacidade de auto-organização e o aprendizado dos atores sociais, a adequação das políticas públicas implementadas, os conflitos de interesses em períodos de crise, os efeitos sobre a dinâmica de desenvolvimento socioeconômico, enfim, todo um conjunto de informações indispensáveis para formulação e implementação de medidas de confrontação, não se encontram à disposição dos planejadores e tomadores de decisão” [2]. Este artigo se apoia em aspectos sociais, em experiências de outros países e em aspectos tecnológicos para propor uma abordagem de comunicação com as populações afetadas por desastres valendo-se das redes sociais digitais como complemento das formas tradicionais de comunicação, no Brasil. 2. REDES SOCIAIS EM DESASTRES Rede social é um termo abrangente, nesse texto, no entanto, será utilizado para indicar as redes sociais digitais que são aquelas redes criadas no ambiente da Internet e que agregam virtualmente pessoas em torno de interesses comuns. Como exemplos, podemos citar Facebook, Twitter, Wikipedia e Youtube. A mídia social tem potencial para colocar autoridades e populações afetadas em contato direto e instantâneo de uma maneira antes impossível. A comunicação de duas vias da mídia social cria, em tempo real, uma história coesa quanto aos impactos do evento, à capacidade de recuperação de uma comunidade, e também à sua vulnerabilidade. Afinal, uma tomada de decisões efetiva em uma situação pós-desastre se fundamenta não apenas na coleta precisa de informações sobre o ambiente, mas também nas informações sobre as Cruz Vermelha e a Dell anunciaram em março de 2012 um “Centro de Operações Digital” para monitorar as redes sociais, e prover um mecanismo para uma melhor resposta e Página possível aproveitar de maneira mais eficiente as informações dessas redes. Nessa linha, a 2 necessidades da população envolvida [3]. Com o uso dos recursos tecnológicos atuais é comunicação durante a ocorrência de desastres naturais, adaptado às necessidades dos Estados Unidos [4]. Não faltam outras referências na literatura atual e na mídia quanto às possibilidades de uso das redes sociais em situações de desastres. Para os fins propostos por este trabalho destacam-se dois estudos, analisados a seguir, que abordam perspectivas distintas, a saber: (a) disseminação de informações e (b) coleta automatizada de informações para detectar eventos. 2.1 Disseminação de informações. Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de magnitude 7,0 atingiu o Haiti com destruição em massa das áreas mais populosas. O sistema de resposta a desastres tradicional foi empregado inicialmente e não teve a capacidade de agregar dados provenientes da própria comunidade. Como alternativa foi utilizado o Ushahidi, uma plataforma de código aberto que permite capturar, organizar e compartilhar informações vindas diretamente da comunidade. A plataforma era alimentada por dados vindos de sistemas como Twitter, Facebook, blogs e também recebidos via mensagens de texto (sms). Essas informações eram analisadas com a ajuda de voluntários e apresentadas em mapas atualizados em tempo real e disponibilizados a qualquer pessoa com uma conexão à Internet. Em quatro dias, as equipes de socorro começaram a usar esses mapas e relatórios gerados pela comunidade com o auxilio da plataforma Ushahidi para responder a situações como pessoas soterradas ou isoladas, emergências médicas e mapeamento de necessidades específicas da comunidade. Além disso, esses mapas foram usados na determinação de como, quando e para onde direcionar recursos tais como alimentos, água e abrigo [3]. 2.2 Coleta automatizada de informações para detectar eventos. Outro caso de uso dessas redes é a coleta automática de informações públicas que são trafegadas nas mesmas para com isso determinar precocemente a ocorrência de uma situação de interesse. Sakaki et al (2010) [5], estuda um caso, demonstrando as tecnologias e a modelagem matemática utilizadas para realizar esse tipo de tarefa. Foi implementado um coletor de mensagens da rede Twitter com base em características das mensagens, como a existência de determinadas palavras-chave. Os usuários do Twitter foram considerados como “sensores” pelos modelos matemáticos de predição de terremotos, e as mensagens correspondem a “medições” desses sensores. O sistema conseguiu detectar terremotos com alta probabilidade (96% dos terremotos com escala de Página cadastrados por esse sistema com uma média de 1 minuto após o primeiro tremor ocorrer, 3 intensidade sísmica maior ou igual a 3). E-mails de notificação são enviados para usuários chegando a 20 segundos em alguns casos, contra a média de 6 minutos do JMA (Agência Meteorológica do Japão). 3. REDES SOCIAIS E DESASTRES NO BRASIL Algumas particularidades do Brasil devem ser levadas em conta, no estabelecimento de análise a partir das redes sociais, com destaque para: a distribuição social do risco, o número de usuários com acesso a Internet, em especial Internet móvel, o estado atual do uso das redes sociais em situações de desastres, e a forte característica de voluntariado no funcionamento de nossas brigadas. 3.1 Distribuição do risco de acordo com condição social Diferentes grupos sociais são impactados em graus distintos pelos desastres. Braga, Oliveira e Givisiez (2006, pág. 2, apud AVISO, 2005; DILLEY et al., 2005) discutem que: “as consequências dos desastres naturais não são sentidas igualmente por todos. Pobres, minorias, mulheres, crianças e idosos são frequentemente os mais afetados em desastres naturais em todo o planeta. Ademais, a exposição e vulnerabilidade a desastres representam um fator importante no recrudescimento da vulnerabilidade sócio demográfica de indivíduos e populações” [6]. Visando minimizar os efeitos da distribuição social do risco, o modelo brasileiro deve incluir informações vindas de outras fontes além de Internet. Segundo dados do início de 2012, no Brasil existem 245 milhões de linhas de celulares ativas [7], e cerca de 19 milhões de smartphones [8]. Isso leva à conclusão de que mais de 200 milhões de linhas existentes no Brasil são aptas a enviar informações via mensagens de celular, sem necessariamente estarem conectadas à Internet. Um sistema brasileiro de uso de redes sociais em desastres deve, portanto, integrar também informações obtidas pelos canais já existentes, como telefonia e mesmo rádio amador. No caso dos radioamadores, já existe uma rede no Brasil, a Rener - Rede Nacional de Emergência de Radioamadores [9]. 3.2 Estado atual do uso das redes sociais em situações de desastres Através de uma simples busca na Web foram encontradas ocorrências de mensagens públicas sobre desastres em redes sociais brasileiras, muitas delas complementadas por fotos e informações de localização. Exemplos reais dessas mensagens podem ser encontrados, em um grupo, ou comunidade virtual, do Facebook chamado VAMU SI UNI PRA NÃO SE AFOGAR (sic) [10], que contava com 1144 membros no momento da pesquisa em março de 2012. Além de inúmeras mensagens há várias fotos nesse grupo, sendo que só para o dia 09 de Setembro de 2011 existem 47 fotos de áreas afetadas pela inundação. A escolha do Facebook para a exemplificação das mensagens exemplo do engajamento da população brasileira através da Internet quando motivada para Página eletrônico. Com uma finalidade talvez questionável pela sociedade, mas que serve como 4 encontradas foi tão somente devido à facilidade de referência através de um endereço tal, o “Twitter da Lei Seca” [11] consiste em um canal na rede Twitter para que as pessoas interessadas se comuniquem sobre a localização de “blitzes” policiais. A ideia é que um motorista alcoolizado seria avisado pela própria comunidade virtual sobre a localização das blitzes para assim evitá-las. No momento da pesquisa, em março de 2012, esse canal contava com mais de 45 mil pessoas apenas na cidade de São Paulo. O mesmo mecanismo existe para diversas outras cidades. Existem ainda algumas iniciativas incipientes no tocante a uso de redes sociais no Brasil, como no caso do Alerta 199, do Ministério da Defesa Civil. A iniciativa Alerta 199 é um site conectado às redes sociais, com o objetivo de aumentar a participação da sociedade em situações de emergência, estado de calamidade pública e alerta para situações de risco em tempo real [12]. Embora referências à iniciativa tenham sido encontradas nos sites oficiais, o site do projeto em si encontrava-se fora do ar no momento da pesquisa. Outro exemplo é uma Ação Civil Pública (ACP) proposta pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro em 2011, determinando a imediata implementação de um plano de contingência que, dentre outros itens, deverá transmitir à população informações por meio de “notícias na imprensa local, torpedos de celular gratuitos, sites oficiais e redes sociais” [13]. Por fim, alguns órgãos ligados à área de defesa civil, mais especificamente aos desastres naturais, possuem contas em alguma rede social, frequentemente o Twitter, porém não foi verificado um uso integrado e estruturado de tais redes. 3.3. Voluntariado Brasileiro é forte a presença do voluntariado no atendimento às vítimas de desastres no Brasil. Um dado interessante quanto ao perfil do voluntário brasileiro é o resultado de um estudo no qual foi observado que 56,4% dos voluntários pesquisados não desempenham qualquer tipo de atividade remunerada e que 66,4% do total de voluntários tem idade entre 22 e 50 anos [14]. Os pesquisadores concluíram por um perfil do voluntariado, em linhas gerais, descrevendo os voluntários estudados como “com situação financeira estável e segura, e que apesar de estarem em idade de integrar o mercado de trabalho convencional, dedicam o seu tempo às ações voluntárias”. Esse esforço voluntário deve ser considerado e incentivado também nas redes sociais. Uma possibilidade de ajuda remota por meio do modelo proposto é apresentada nesse artigo. 4. PROPOSTA DE MODELO E ARQUITETURA Reuter, Marx e Pipek (2011) [15] analisaram casos reais de desastres, ocorridos na conceitual, sem citar tecnologias, de uso integrado dessas mídias. Esse modelo propõe 5 integrar: (a) coleta de conteúdo gerado pela população, promovendo novos comportamentos Página Alemanha, e o uso de mídias sociais durante esses eventos, para então propor um modelo se necessário, (b) mecanismos para a comunicação do estado com a população e entre a população em si, (c) promover a ajuda mútua nas comunidades e o voluntariado, e (d) apoiar a gestão de crises profissional. A seguir, esse modelo é expandido para a realidade brasileira e complementado com a sugestão de softwares livres e estratégias tecnológicas. Com premissas, foi estabelecido que o sistema deve ser criado de modo que auxilie: (a) o monitoramento de áreas de risco; (b) a atuação de entidades, governamentais ou voluntárias, na ocorrência de desastres naturais, através de informação mais precisa sobre as necessidades mapeadas em tempo real; (c) a comunicação com a população afetada, (d) a educação e treinamento tanto antes da ocorrência de desastres na sua prevenção, como depois, na fase de reconstrução. É importante que as populações ameaçadas estejam aptas e convencidas a prover informações que permitam o monitoramento das regiões, revelem as condições físicas e sociais de suas localidades e indiquem as necessidades da população durante e após o desastre. Com o intuito de agregar mais informações a respeito das populações ameaçadas, é proposto o cadastro voluntário no sistema. No entanto devem ser considerados também aqueles cidadãos que optarem por não se cadastrar. Portanto há dois grupos de usuários, cidadãos cadastrados e cidadãos não cadastrados (ou anônimos). Para levar alertas e mensagens com o objetivo de preparação e treinamento dos usuários anônimos, devem ser criados canais públicos na internet: perfil no Twitter, página no Facebook e portal web; assim como utilizar a tecnologia de Cell Broadcast Service, que permite o envio de uma mensagem de texto para todos os celulares localizados em determinada região [16]. No caso dos cidadãos cadastrados faz-se uso de canais diretos: aplicação no Facebook, aplicações para dispositivos móveis, mensagem por celular e e- Página 6 mail. Mensagens educativas e alertas Governo Sistema de Desastres Distribuição Canal no Twitter Fanpage no Facebook Web Portal SMS Cell Broadcast Cidadãos Não Cadastrados Aplicação no Facebook Aplicação Mobile SMS/MMS Email Cidadãos Cadastrados Figura 1: Divulgação de informações Para a coleta de informações, além de contar com a colaboração direta dos cidadãos (registrados ou não), o sistema deve fazer uso das informações públicas já existentes na Internet, como notícias, blogs, relatos no Twitter, etc. Os canais pelos quais a informação será enviada diretamente ao sistema serão: mensagens do Twitter com identificadores específicos (hashtags), mensagens de texto e multimídia via celular para um número específico divulgado anteriormente, e mensagens de e-mail. Mensagens do Twitter e celular podem trazer informação quanto à localização geográfica, embora isso não seja garantido, e há outros canais de comunicação considerados não fornecem esse tipo de informação. Para suprir essa necessidade, é de grande importância que o usuário forneça alguma informação que permita identificar a localização do evento descrito na mensagem. Para usuários cadastrados o sistema disponibilizará aplicações no Facebook, e aplicações para dispositivos móveis, que facilitem o envio de informações ao sistema. No caso das aplicações móveis, dependendo do modelo do aparelho utilizado, é possível a obtenção de informações adicionais de forma automática, como dados de localização por coordenadas GPS, ou pressão atmosférica (para dispositivos com barômetro). Para o uso de informação pública existente na Internet (notícias, blogs, sites de organizações, redes sociais, etc), não enviadas diretamente ao sistema, devem ser As informações coletadas são agregadas na plataforma Ushahidi [17], projeto que 7 permite agregar informações sobre crises, vindas de várias pessoas e fontes. Um time deve Página utilizados mecanismos de busca automática (web crawling). se responsabilizar por analisar toda a informação coletada, filtrar por relevância, georeferenciar quando possível e categorizá-la. Essa tarefa pode ser realizada por um time de voluntários previamente cadastrados e treinados, definido como Brigada Virtual. As informações finalmente são disponibilizadas às entidades e ONG’s envolvidas nos esforços de monitoramento, atendimento e reconstrução, bem como para a população. Para a coordenação dos esforços, utilizando a informação coletada pode-se integrar ao sistema a plataforma Sahana Eden [18]. Esta plataforma permite mapear os processos e coordenar os esforços das organizações de atendimento a desastres. Web Cidadãos Cadastrados Hashtags no Twitter Busca ativa de informações Informações sobre comunidade (antes, durante e após desastre) Informações sobre comunidade (antes, durante e após desastre) Cidadãos Não Cadastrados Aplicação no Facebook Aplicação Mobile Web Portal SMS/MMS Email Crawling no Twitter Web Crawling Informações brutas Informações Curadas Informações Brutas Situação e necessidades das comunidades Brigada Virtual Governo ONG Figura 2: Coleta de informações Por fim, para fins de interoperabilidade com outros sistemas, funcionalidades de importação e exportação de informações no padrão CAP (Common Alert Protocol) [19], são indicadas. Esse padrão provê um formato, aberto e não proprietário, de mensagem digital Página sistemas. 8 para todos os tipos de alertas e notificações, visando permitir integração de dados diferentes 5. CONCLUSÕES Ao partilhar imagens e mensagens de texto durante um desastre, o público já se torna parte de uma grande rede de resposta em vez de permanecer como um simples espectador ou vítima esperando informações externas. Esse tipo de presença virtual já é forte no Brasil, com tendência ao crescimento, que é fortalecida por projetos como o Plano Nacional de Banda Larga e outras iniciativas de inclusão digital. Com isso, o governo e as agências de resposta têm a oportunidade de envolver o público através desse novo canal representado pelas mídias sociais, ampliando sua capacidade de ouvir, informar e capacitar pessoas. Para melhor uso dessas redes, no entanto, é necessária uma postura proativa de modo a incentivar e estruturar o uso de tais tecnologias, de maneira a complementar os sistemas de comunicação tradicionais. Um modelo de uso integrado dos vários canais de comunicação social, aliado a uma arquitetura de software composta majoritariamente por componentes gratuitos pode ser adotado para essa finalidade, conforme o apresentado neste artigo. 4. BIBLIOGRAFIA Página [6] BRAGA, T.M.; OLIVEIRA, E.L.; GIVSIEZ, G.H.N. Avaliação de metodologias de mensuração de risco e vulnerabilidade social a desastres naturais associados à mudança climática. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, Fundação Seade, v. 20, n. 1, p. 81-95, jan./mar. 2006. [7] ANATEL. Em janeiro, telefonia móvel alcança 245,2 milhões de linhas ativas. Portal Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações. Disponível em <http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalNoticias.do?acao=carregaNoticia&codigo=24720>. Acesso em 10/03/2012. [8] Consumidor Móvel 2011. Estudo realizado pela WMcCann e Grupo .Mobi com pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos MediaCT (2011). Disponível em <http://www.slideshare.net/WMcCannBR/consumidor-mvel-2011>. Acesso em 11/03/2012. [9] DEFESA CIVIL. RENER, Rede Nacional de Emergência de Radioamadores. Site oficial da Secretaria Nacional da Defesa Civil. Disponível em < http://www.defesacivil.gov.br/rener/index.asp>. Acesso em 11/03/2012. [10] VAMU SI UNI PRA NÃO SE AFOGAR. Grupo ou comunidade de usuários do Facebook destinando à troca de informações sobre desastre em Santa Catarina. Disponível em <https://www.facebook.com/groups/233642773350794/>. Acesso em 20/02/2012. [11] LEI SECA SP. Canal de Twitter, para usuários interessados em alguns acontecimentos no trânsito de São Paulo. Disponível em <https://twitter.com/#!/LeiSecaSP>. Acesso em 25/02/2012 9 [1] TOBIN, G. A. & MONTZ, B.E. Natural hazards: explanation and integration. New York: The Guilford Press, 1997 [2] MATTEDI, M.A. & BUTZKE. A relação entre o social e o natural nas abordagens de hazards e de desastres. Ambiente & Sociedade, ano IV,n.9,2001. [3] HEINZELMAN, J.; WATERS, C. Crowdsourcing Crisis Information in Disaster- Affected Haiti. Relatório do United States Institute of Peace’s Center of Innovation for Science, Technology, and Peacebuilding. 2010. Disponível em <http://www.usip.org/files/resources/SR252%20%20Crowdsourcing%20Crisis%20Information%20in%20Disaster-Affected%20Haiti.pdf>. Acesso em 27/02/2012 [4] FOX, Z. Red Cross Launches Social Media Disaster Response Center. Mashtable, 2012.Disponível em <http://mashable.com/2012/03/07/red-cross-digital-operations-center/>. Acesso em 08/03/2012. [5] SAKAKI, T. & OKAZAKI, M. & MATSUO, Y. Earthquake shakes Twitter users: real-time event detection by social sensors. 19th Int. Conf. on World Wide Web, New York, NY, USA. 2010. Página 10 [12] DEFESA CIVIL. “Alerta 199" é criado pela Defesa Civil. Site de notícias da Secretaria Nacional de Defesa Civil. Disponível em <http://www.defesacivil.gov.br/midia/corpo.asp?id=64064>. Acesso em 05/03/2012 [13] MPRJ. Nova Friburgo: Justiça determina implementação de medidas requeridas pelo MPRJ para evitar outras tragédias. Ministério Público do Rio de Janeiro, 2011. Disponível em <http://www.mp.rj.gov.br/portal/page/portal/Internet/Imprensa/Em_Destaque/Noticia?caid=293&iditem =14084602>. Acesso em 13/03/2012. [14] CAMPOS, W.T. Voluntariado: tendência de crescimento?. Cadernos Fundata,setembro de 2001. Disponível em: <http://www.fundata.org.br/Artigos%20-%20Cefeis/03%20%20VOLUNTARIADO.pdf>. Acesso em 14/03/2012. [15] REUTER, C. & MARX, A. & PIPEK, V. Social Software as an Infrastructure for Crisis Management - a Case Study About Current Practice and Potential Usage. 8ª Conferência Internacional da ISCRAM, Lisboa, Portugal, maio de 2011. Disponível em <http://www.iscramlive.org/ISCRAM2011/proceedings/papers/113.pdf>. Acesso em 26/02/2012. [16] FIORENSE, V. Wireless: introdução às redes de telecomunicação móveis celulares. Editora Brasport, 2005 [17] USHAHIDI. Organização sem fins lucrativos que cria tecnologias para coleta e visualização de informação. Disponível em <http://ushahidi.com/>. Acesso em 20/03/2012. [18] SAHANA EDEN. Plataforma de código aberto construída para fornecer soluções para gestão de desastres e gestão ambiental. Disponível em < http://eden.sahanafoundation.org/>. Acesso em 20/03/2012. [19] OASIS. Common Alerting Protocol Version 1.2. Definição do protocolo CAP. OASIS Advancing open standards for the information society. Disponível em < http://docs.oasisopen.org/emergency/cap/v1.2/CAP-v1.2-os.html>. Acesso em 27/03/2012.