EXPLICANDO A DOR – Lançamento em Português UM LIVRO PARA CLÍNICOS E PESSOAS COM DOR Estamos prestes a anunciar o lançamento da tradução do livro Explain Pain (Explicando a Dor) escrito por David Butler e Lorimer Moseley, e traduzido por Tanja Samira Jorgic em português. Este documento tem como objetivo informar-lhe sobre o livro assim como sobre a evidência ciêntífica na qual o livro se baseia, para que você esteja pronto quando este chegar às prateleiras. Explicando a Dor é um livro baseado em evidência ciêntífica. Aprender sobre a neurociência da dor pode reduzir níveis de dor, melhorar a capacidade física e a qualidade de vida de pacientes. Há também evidência que pacientes são capazes de entender prontamente o material, embora alguns profissionais de saúde acreditem o contrário. Uma vez que o livro Explicando a Dor promove conhecimento sobre a dor e assim reduz a ameaça da mesma, este livro torna-se parte crítica ao desenvolver estratégias de tratamento efetivas. Segue aqui uma abrangente descrição sobre o livro Explicando a Dor. Qualquer pessoa, quando lesionada ou com dor quer saber qual é o problema e quanto tempo este problema durará. É evidente que pacientes que adquirem respostas durante este processo se sentirão mais satisfeitos e desenvolverão estratégias mais efetivas de como lidar com a dor e diminuir a sua ansiedade. Os modelos de educação baseados no livro Explicando a Dor são novos, e utilizam a educação sobre a neurociência do corpo inteiro, inclusive do sistema nervoso. Nós focalizamos no cérebro e por isso, também introduzimos a educação sobre o papel de pensamentos, atitudes, percepção e superstição assim como como os danos de tecidos e a cura dos mesmos. Esses modelos de educação são baseados nas teorias bio-sociais (Waddell, 2004). A dor não é necessariamente vista como um sinal de dano, mas como uma resposta individual à ameaça seja esta verdadeira ou percebida. Os fatores psicológicos são prognosticadores fortes de inabilidade de longo prazo e dor crônica (Burton, Tillotson, Principal, e Hollis, 1995; Fritz, George, e Delitto, 2001). A educação baseada nos conceitos de Explicando a Dor oferece uma base biológica para estes fatores psicológicos. Conceitos Básicos de Ciência Novos paradigmas como o ‘neuromatrix’ (trama neural) (Melzack, 1999), em parceria com desenvolvimentos rápidos em técnicas de visualização cerebral com IRM funcional (p. ex. (Flor, 2000; o Verne, Robinson, e Preço, 2004) juntamente com a compreensão da biologia do estresse permitem-nos assumir que alteração do valor de ameaça da lesão, procedimento ou processo da dor terá uma influência benéfica na nos processos biológicos relacionados à cura tais como: o imune, endócrino, simpático, motor, respiratório e da dor. (Butler, 2000; Butler & Moseley, 2003; Melzack, 1999). Estudos Científicos controlados Existe um grande número de estudos científicos que descrevem os efeitos da educação sobre neurociência, tais como através do livro e cursos Explicando a Dor (Mordomo e Moseley, 2003). Um ensaio clínico controlado aleatório mostrou que sessões de educação (face a face) sobre a neurofisiologia da dor resultará em modificações significantes sobre percepção de dor e atitudes relacionadas à mesma (Moseley, 2002). Outro ensaio clínico demonstrou que educação sobre a neurofisiologia da dor (não uma educação estruturada, específica ) alterará a cognição da dor e resultados físicos (Moseley, Hodges, e Nicholas, 2004). Além disso, as modificações na cognição da dor após um programa de educação sobre a fisiologia da dor, promovido face a face, associam-se também com alterações nas respostas físicas. Os limiares de dor podem ser aumentados durante as tarefas físicas (Moseley, 2004). A educação sobre a neurofisiologia da dor melhorará o resultado de outras aplicações terapêuticas tais como, estratégias de exercício (Moseley, 2003b). Muitos terapeutas acreditam que pacientes são incapazes de compreender a neurofisiologia da dor. Porém, Moseley (2003) demonstrou que pacientes e terapeutas podem entender a neurofisiologia da dor, porém profissionais da saúde, muitas vezes, subestimam a capacidade de pacientes de entender. O maior uso de estratégias de visualização provavelmente produzirá mais estudos semelhantes a um estudo de caso recente (Moseley, 2005) que demonstrou que educação sobre a fisiologia da dor reduz significantemente uma atividade cerebral distribuída, que é característica à experiência de dor. Esperamos que esta carta despertará a sua curiosidade sobre Explicando a Dor. Este é um material sério para profissionais que trabalham na área de reabilitação e tratamento da dor. O livro Explicando a Dor e os pôsteres do livro (já disponíveis em português) estarão disponíveis através do nosso site www.noigroup.com. Em breve haverá uma seção no site disponível na língua portuguesa através da qual você poderá encomendar estes e outros produtos NOI, assim como obter informações sobre a programação dos nossos cursos internacionais. Nós agradecemos a sua resposta e sugestões, Calorosas saudações, Tanja Jorgic e Juliet Gore Em nome de David Butler e Lorimer Moseley Referências Burton, K. A., Tillotson, K. M., Main, C. J., & Hollis, S. (1995). Psychological predictors of outcome in acute and subchronic low back trouble. Spine, 20, 722-728. Butler, D. S. (2000). The sensitive nervous system. Adelaide: Noigroup Publications. Butler, D. S., & Moseley, L. S. (2003). Explain pain. Adelaide: Noigroup Publications. Flor, H. (2000). The functional organization of the brain in chronic pain. In J. Sandkühler, B. Bromm & G. F. Gebhart (Eds.), Progress in brain research, vol 129.Amsterdam: Elsevier. Fritz, J. M., George, S. J., & Delitto, A. (2001). The role of fear-avoidance beliefs in acute low back pain: Relationships with curernt and future disability and work status. Pain, 94, 7-15. Gross, A. R., Aker, P. D., Goldsmith, C. H., & Peloso, P. (2000). Patient education for mechanical neck disorders. Cochrane Database Systematic Review, CD000962. Melzack, R. (1999). From the gate to the neuromatrix. Pain, Suppl 6, S121-S126. Melzack, R. (1999). Pain and stress: A new perspective. In R. J. Gatchel & D. C. Turk (Eds.), Psychosocial factors in pain.New York: Guildford Press. Moseley, G. L. (2002). Combined physiotherapy and education is effective for chronic low back pain. A randomised controlled trial. Australian Journal of Physiotherapy, 48, 297-302. Moseley, G. L. (2003b). Joining forces - combining cognition-targeted motor control training with group or individual pain physiology education: A successful treatment for chronic low back pain. Journal of Manual and Manipulative Therapeutics, 11, 88-94. Moseley, G. L. (2003a). A pain neuromatrix approach to rehabilitation of chronic pain patients. Man Ther, 8, 130-140. Moseley, G. L. (2003). Unravelling the barriers to reconceptualisation of the problem in chronic pain: The actual and perceived ability of patients and health professionals to understand the neurophysiology. J Pain, 4(4), 184-189. Moseley, G. L. (2004). Evidence for a direct relationship between cognitive and physical change during an education intervention in people with chronic low back pain. European Journal of Pain, 39-45. Moseley, G. L. (2005). Widespread brain activity during an abdominal task markedly reduced after pain physiology education: Fmri evaluation of a single patient with chronic low back pain. Australian Journal of Physiotherapy, 51, 49-52. Moseley, G. L., Hodges, P. W., & Nicholas, M. K. (2004). A randomized controlled trial of intensive neurophysiology education in chronic low back pain. Clinical Journal of Pain, 20, 324-330. Verne, G. N., Robinson, M. E., & Price, D. D. (2004). Representations of pain in the brain. Current Rheumatology Reports, 6, 261-265. Waddell, G. (2004). The back pain revolution (2nd ed.). Edinburgh: Churchill Livingstone.