DISCIPLINA: ELE – ELETRICIDADE PARA ENG. ELÉTRICA SEM: 2008/2 TURMAS A 1) GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 2) PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO ALTERNADA TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • FATOR DE DEMANDA: É a razão entre a demanda máxima do sistema e a carga total instalada durante um determinado tempo. FD = Dmax/ Pinst TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • FATOR DE CARGA: É a razão entre a demanda média , durante um determinado intervalo de tempo, e a demanda máxima registrada no mesmo período. • FC = Dmed/Dmax TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • O fator de carga mede o grau no qual a demanda máxima foi mantida durante o intervalo de tempo considerado, ou mostra se a energia está sendo utilizada de forma racional por parte de uma instalação. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • Ter um elevado fator de carga significa: Otimização dos investimentos da instalação elétrica; Aproveitamento racional e aumento da vida útil da instalação elétrica, inclusive motores e equipamentos; Redução do valor da demanda de pico. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • RESUMO DO SISTEMA TARIFÁRIO BRASILEIRO Há quatro diferentes tipos de horário durante um ano: 1) Horário de ponta de carga 2) Horário fora de ponta de carga 3) Período Úmido 4) Período Seco TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 1) Horário de ponta de carga • É o intervalo de três horas consecutivas entre 17 e 22 horas de cada dia, exceto sábados, domingos e feriados nacionais. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • 2) Horário fora de ponta de carga • É formado pelas 21 horas restantes de cada dia, e pelas 24 horas dos sábados, domingos e feriados nacionais. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • Devido ao nível pluviométrico das regiões do Brasil onde ficam as maiores bacias hidrográficas e as mais importantes usinas hidrelétricas brasileiras é definido períodos: Período úmido (1. de dez à 30 de abril) Período seco ( 1º de maio à 30 de nov.) TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • A partir da definição desses horários montou-se a estrutura tarifária que possui os seguintes segmentos: 1. Tarifa Azul 2. Tarifa Verde 3. Tarifa Convencional 4. Tarifa de Ultrapassagem TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 1) Tarifa Azul: • É a modalidade estruturada p/ aplicação de preços diferenciados de demanda e consumo de acordo com o horário de utilização do dia e os períodos do ano. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • Tarifa Azul: DEMANDA • um preço para o horário de ponta de carga da Concessionária; • um preço para o horário fora de ponta de carga da Concessionária; • O valor da demanda faturada é o maior entre os valores de demanda contratada e registrada. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • Tarifa Azul: CONSUMO • • • • um preço para o horário de ponta de carga em período úmido; um preço para o horário fora de ponta de carga em período úmido; um preço para o horário de ponta de carga em período seco; um preço para o horário fora de ponta de carga em período seco; TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 2) Tarifa Verde: • É a modalidade estruturada p/ aplicação de preços diferenciados de demanda e consumo de acordo com a tensão de fornecimento e demais características do consumidor como residencial, urbano, rural, etc. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • Tarifa Verde: DEMANDA • Um preço único para o horário de ponta e fora de ponta de carga da Concessionária; • O valor da demanda faturada é o maior entre os valores de demanda contratada e registrada. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • Tarifa Verde: CONSUMO • • • • um preço para o horário de ponta de carga em período úmido; um preço para o horário fora de ponta de carga em período úmido; um preço para o horário de ponta de carga em período seco; um preço para o horário fora de ponta de carga em período seco. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 3) Tarifa Convencional: • É a modalidade estruturada p/ aplicação de preços diferenciados de demanda e consumo de acordo com a tensão de fornecimento e demais características do consumidor como residencial, urbano, rural, etc. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • Tarifa Convencional: DEMANDA • Um preço único para o horário de ponta e fora de ponta de carga da Concessionária; • O valor da demanda faturada é o maior entre os valores de demanda contratada, registrada e 10% da maior demanda medida em qquer dos 11 ciclos de faturamento anteriores, quando for unid. Consumid. Rural ou sazonal(certa época do ano). TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • Tarifa Convencional: CONSUMO • um preço único para o horário de ponta e fora de ponta de carga. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 4) Tarifa Ultrapassagem: • É tarifa diferenciada a ser aplicada à parcela de demanda que superar as respectivas demandas contratadas em cada segmento horo-sazonal para a tarifa azul, ou demanda única contratada para a tarifa verde. TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Como escolher a tarifa adequada para o empreendimento? Realizar estudo do fator de carga da instalação e identificar os horários durante o dia do uso da energia elétrica. DISCIPLINA: ELE – ELETRICIDADE PARA ENG. ELÉTRICA SEM: 2008/2 TURMAS A 1) GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 2) PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO ALTERNADA DISCIPLINA: ELE – ELETRICIDADE PARA ENGa. CIVIL SEM: 2008/2 TURMAS A PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO ALTERNADA CONCEITOS BÁSICOS DOS FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE ENERGIA POTENCIAL ACUMULADA ENERGIA CINÉTICA (movimento) CONCEITOS BÁSICOS DOS FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE • Quando há o movimento de rotação de um alternador (gerador de tensão alternada) , transforma este movimento em Energia Elétrica. CORRENTE ELÉTRICA O que é corrente elétrica? Definição: É o deslocamento de cargas dentro de um condutor quando existe diferença de potencial elétrico entre suas extremidades. CORRENTE ELÉTRICA É o fluxo de cargas que atravessa a seção reta de um condutor, na unidade de tempo. Se o fluxo for constante, denominou-se ampère a relação: 1 ampère = 1 coulomb segundo ou generalizando: i = dq/dt TENSÃO ELÉTRICA • A diferença de potencial de 1 volt (V) entre dois pontos ocorre quando ocorre um trabalho de 1 joule (J) para deslocar uma carga de 1 coulomb (C) entre estes dois pontos. • Para se formar 1 coulomb são necessários 6,28 x 1018 elétrons. 1 volt = 1 joule coulomb TENSÃO ELÉTRICA • Para haver corrente elétrica, é preciso que haja diferença de potencial (d.d.p.)e um condutor em circuito fechado . • Se o circuito estiver aberto, teremos d.d.p. mas não corrente. • Analogamente, numa instalação hidráulica para haver circulação de água, deve haver uma diferença de pressão, tubulação, um interruptor e um caminho de retorno. RESISTÊNCIA ELÉTRICA • Chama-se resistência ôhmica a oposição interna à circulação das cargas devido às forças que mantém os elétrons livres, agregados ao núcleo do material. • Corpos bons condutores => menor resistência. • Ex.: platina, prata, cobre e alumínio. • Corpos maus condutores => maior resistência. • Ex.: porcelana, vidro, madeira. RESISTÊNCIA ELÉTRICA • A resistência R (ôhmica), medida em ohm (Ω), depende: Tipo de material - resistividade(ρ); Comprimento (l); Seção (A); Temperatura. RESISTÊNCIA ELÉTRICA R=ρx l/A • Onde: R = Resistência em ohms (Ω); ρ = Resistividade do material em Ω.mm2/m; l = Comprimento em metros; A = Área da seção reta em mm2 RESISTÊNCIA ELÉTRICA • A resistência varia com a temperatura de acordo com a expressão: Rt = R0 [1 + α (t2 – t1)] • Onde: Rt = Resistência na temperatura t em Ω; R0 = Resistência a zero graus em Ω; α = Coeficiente de temperatura em 1/ºC; t2 e t1 = Temperaturas final e inicial em ºC. CONDUTÂNCIA (G) G=1/R • Onde: G = Condutância (siemens); R = Resistência em ohms (Ω); RESISTÊNCIA ELÉTRICA • DADOS IMPORTANTES: • Resistividade: Cobre => ρ = 0,0178Ω x mm2 /m a 15 ºC Alumínio => ρ = 0,0280Ω x mm2 /m a 15 ºC • Coeficiente de temperatura: Cobre => α = 0,0039/ºC a 0ºC α = 0,0040/ºC a 20ºC EXERCÍCIOS 1) A Resistência de um condutor de cobre a 0ºC é de 30Ω. Qual a sua resistência a 20ºC? Dados: α = 0,0040/ºC a 20ºC Rt = R0 [1 + α (t2 – t1)] EXERCÍCIOS 1) A Resistência de um condutor de cobre a 0ºC é de 30Ω. Qual a sua resistência a 20ºC? solução: α = 0,0040/ºC a 20ºC Rt = R0 [1 + α (t2 – t1)] R20 = 30 [1 + 0,004 x 20) = 32,4Ω EXERCÍCIOS 1) Qual a resistência de um fio de alumínio de 1 km de extensão e de seção de 2,5 mm2 a 15 ºC ? Dados: R=ρx l/A Alumínio => ρ = 0,0280Ω x mm2 /m a 15 ºC CONCEITOS BÁSICOS DOS FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE => EXERCÍCIOS 1) Qual a resistência de um fio de alumínio de 1 km de extensão e de seção de 2,5 mm2 a 15 ºC ? solução: R=ρx l/A R = 0,028 ohms.mm2/m x 1000m/2,5mm2 R = 11,2Ω CONCEITOS BÁSICOS DOS FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE => EXERCÍCIOS 1) Qual a resistência de um fio de cobre de 1 km de extensão e de seção de 2,5 mm2 a 15 ºC ? Dados: R=ρx l/A Cobre => ρ = 0,0178Ω x mm2 /m a 15 ºC CONCEITOS BÁSICOS DOS FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE => EXERCÍCIOS 1) Qual a resistência de um fio de cobre de 1 km de extensão e de seção de 2,5 mm2 a 15 ºC ? solução: R=ρx l/A R = 0,0178Ω.mm2/m x 1000m/2,5mm2 R = 7,12Ω CONCEITOS BÁSICOS DOS FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE => LEI DE OHM 1) Georg Simeon Ohm (1789 – 1854) estabeleceu uma relação entre as grandezas d.d.p., corrente e resistência: V=Rx I onde: V = d.d.p. em Volts (V) R = resistência em ohms (Ω) I = intensidade de corrente em ampères (A) LEI DE OHM CIRCUITO SÉRIE RS = R1 + R2 + R3 + .... etc. CIRCUITO SÉRIE EX.: CALCULAR A CORRENTE DO CIRCUITO E A QUEDA DE TENSÃO EM CADA RESISTOR CIRCUITO SÉRIE I = Vs/Rs = 12/7,5kΩ = 0.0016A A corrente 1,6mA está em TODOS os resistores. CIRCUITO SÉRIE CIRCUITO ABERTO • CIRCUITO ABERTO • O resistor torna-se um circuito aberto devido a construção defeituosa ou ao superaquecimento do resistor. Nos casos graves, ele pode queimar e abrir, e esse defeito pode ser localizado com o voltímetro em um multímetro, porque o valor será a fonte de voltagem de 12 volts. CIRCUITO ABERTO R=∞ CIRCUITO ABERTO • CIRCUITO ABERTO • Outro circuito aberto típico é o fio partido ou dessoldado. O voltímetro indicará também aqui o valor da fonte de voltagem quando conectado através de circuito aberto. CIRCUITO ABERTO CURTO CIRCUITO • CURTO CIRCUITO • Um resistor também pode entrar em curto circuito, ou ter um curto à sua volta. A lei • de Ohm indica que a queda de voltagem em curto circuito com 0Ω de resistência é de 0 • volt. • V=IxR=Ix0=0V CURTO CIRCUITO R=0 LEI DA VOLTAGEM DE KIRCHHOFF Aumento da Voltagem = Soma das Quedas de Voltagem (gerador) (resistor) LEI DA VOLTAGEM DE KIRCHHOFF Vs fonte = V1 + V2 + V3 + V4 Vs = 12V; V1 = 1,6V; V2 = 2,4V; V3 = 3,2V; V4 = 4,8V 12 = 1,6 + 2,4 + 3,2 + 4,8 12V = 12V LEI DA VOLTAGEM DE KIRCHHOFF A soma das quedas de voltagem em qualquer circuito fechado é igual a zero. LEI DA VOLTAGEM DE KIRCHHOFF As polaridades de voltagem nos resistores de acordo com a direção da corrente convencional: LEI DA VOLTAGEM DE KIRCHHOFF Os valores de voltagem são positivos o sinal de polaridade (+) é encontrado primeiro, e negativo se o sinal (-) vier primeiro. LEI DA VOLTAGEM DE KIRCHHOFF A soma das quedas de voltagem em qualquer circuito fechado é igual a zero. -Vs fonte + V1 + V2 + V3 + V4 = 0 -12 +1,6 + 2,4 + 3,2 + 4,8 = 0 0V = 0V DIVISORES DE VOLTAGEM I = Vin/Rs I = V1/R1 I = V2/R2 Vin/Rs = V1/R1 I = V3/R3 DIVISORES DE VOLTAGEM • Se Vin = V1 Rs R1 Vout Vout Vo ut => V1 = R1 Vin Rs DIVISORES DE VOLTAGEM Vout Ex.: Calcular a tensão Vout DIVISORES DE VOLTAGEM Vout = R3/Rs x Vin Vout = 2k/6k x 12V = 4V MÚLTIPLAS VOLTAGEM DE TENSÃO Convenção: a corrente se desloca da esquerda para a direita. Se essa direção estiver errada, o valor da corrente obtido pela LVK terá valor NEGATIVO. MÚLTIPLAS VOLTAGEM DE TENSÃO O valores de voltagem é positivo se o sinal de polaridade (+) é encontrado primeiro, e negativo se o sinal (-) vier primeiro. MÚLTIPLAS VOLTAGEM DE TENSÃO VA + V1 + V2 – VB + V3 = 0 24 + 150 I + 68 I – 6 + 330 I = 0 => 18 = - 548 I => I = - 0,0328A I = - 32,8 A MÚLTIPLAS VOLTAGEM DE TENSÃO - VA + V3 + VB + V2 + V1 = 0 -24 + 330I + 6 + 68I + 150I = 0 => -18 = - 548 I => I = + 0,0328A I = + 32,8 A CIRCUITO PARALELO Os dois resistores conectados em paralelo equivalem a um único resistor que está conectado no CIRCUITO EQUIVALENTE . CIRCUITO PARALELO Esse resistor equivalente, chamado Rp é calculado com a seguinte fórmula: 1/Rp = 1/R1 + 1/R2 Rp = R1 x R2 / (R1 + R2) CIRCUITO PARALELO Ex.: Calcular o valor de Rp: CIRCUITO PARALELO Rp = R1 x R2 / (R1 + R2) Rp = (2.200 x 3.300) / 2.200 + 3.300 = 1320 ou 1,32Ω O valor de Rp é SEMPRE menor do que o menor resistor no circuito paralelo. LEI DA CORRENTE DE KIRCHHOFF (LCK) Corrente para dentro do nodo = Corrente PARA FORA DO NÓ A corrente para dentro do nodo é POSITIVA e as correntes para fora do nodo são NEGATIVAS. LEI DA CORRENTE DE KIRCHHOFF (LCK) Corrente para dentro do nodo = Corrente PARA FORA DO NÓ ou Corrente para dentro do nó - Corrente PARA FORA DO NÓ = 0 It - I1 - I2 - I3 = 0 It – 0,21 – 0,63 – 0,58 = 0 It = 1,42A LEI DA CORRENTE DE KIRCHHOFF (LCK) Ex.: Comprove a lei da Corrente de Kirchhoff do circuito acima: LEI DA CORRENTE DE KIRCHHOFF (LCK) IA - I1 - I2 - I3 + IB = 0 200mA – 100mA – 450mA – 150mA + 500mA = 0 0=0 DIVISORES DE CORRENTE VAB = R1 x I1 Iin = VAB Rp 1/Rp = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 Iin = R1 x I1 Rp I1 = Rp x Iin R1 DIVISORES DE CORRENTE I1 = Rp x Iin R1 Rp = 1 Gp I1 = 1/Gp x Iin 1/G1 I1 = G1 x Iin Gp R1 = 1 R1 DIVISORES DE CORRENTE I saida = Condutância onde o I de saída é medido Condutância Total em paralelo x Iin DIVISORES DE CORRENTE Ex.: Calcular a corrente de saída Iout: DIVISORES DE CORRENTE Iout = G3/Gp x Iin Iout = 1/R3 x Iin Gp Gp = G1 + G2 + G3 Gp = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 DIVISORES DE CORRENTE G3 = 1/R3 = 1/5k = 0,2k Gp = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 = 1/2k + 1/4k + 1/5k Gp = 0,95k DIVISORES DE CORRENTE Iout = G3/Gp x Iin Iout = 0,2 x 4A = 0,842A 0,95 CIRCUITO SÉRIE E PARALELO EX.: CALCULAR A RESISTÊNCIA EQUIVALENTE CIRCUITO SÉRIE E PARALELO EX.: CALCULAR A RESISTÊNCIA EQUIVALENTE