FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS Elizabeth Lucas Rodrigues Nassau PROGRAMA AMBIENTAÇÃO UMA NOVA REALIDADE PARA O SERVIÇO PÚBLICO Belo Horizonte 2009 Elizabeth Lucas Rodrigues Nassau PROGRAMA AMBIENTAÇÃO UMA NOVA REALIDADE PARA O SERVIÇO PÚBLICO Monografia apresentada à disciplina Introdução ao Trabalho Científico, do Curso Intensivo em Administração Pública da Fundação Getulio Vargas, como requisito parcial para obtenção de título em pós graduação. BELO HORIZONTE 2009 AGRADECIMENTOS Agradecer é reconhecer que ninguém cresce sozinho, que não somos auto-suficientes. Agradeço aqueles que acreditaram em mim quando eu mesma não acreditava e que me fizeram enxergar que tão importante quanto conquistar é ter com quem compartilhar. Aos amigos conquistados durante o curso, pela força e colaboração, aos colegas de trabalho Gislaine, Meire, Cristiane, membros do Serviço Social DER/MG, a Marina Gomide pelo incentivo e a todos que de alguma maneira, foram parceiros neste trabalho, em especial Sinval, Izabella, Gustavo e minha família. Penso em várias maneiras de agradecer, mesmo sabendo que já não sou mais quem era, que ainda falta muito para o que pretendo ser, no entanto, quero agradecer pedindo a vocês que estejam sempre ao meu lado. 7 RESUMO Esta monografia irá apresentar o programa AmbientaAÇÃO como uma nova realidade para o serviço público a contribuição do programa para a preservação do meio ambiente e do consumo consciente no DER/MG, suas linhas de ação, além de como foi realizada a implantação na instituição. No entanto foi utilizada uma pesquisa documental e bibliográfica fundamentada em mostrar como a mudança de comportamento torna-se primordial para implantação do programa de educação ambiental do governo e favorece práticas e atitudes no dia a dia dos servidores das instituições públicas. Foi importante ressaltar o desafio de implantar a coleta seletiva e criar uma nova realidade interna, na qual os funcionários reflitam a mudança de comportamento esperada e estes sejam exemplos para a sociedade. A comunicação, nesse sentido, assume um papel fundamental na disseminação de informações e internalização de novos conceitos e valores. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 2 A COMUNICAÇÃO E O MEIO AMBIENTE ............................................................. 9 2.1 CONCEITO E OBJETIVO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................... 13 2.2 CHOQUE DE GESTÃO E AS POLITICAS PÚBLICAS.........................................................15 3 A INSTITUIÇÃO DER/MG ..................................................................................... 17 3.1 O Programa AmbientAÇÃO .................................................................................19 3.2 O PROGRAMA AMBIENTAÇÃO NO DER/MG ............................................................ 22 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 25 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 26 ANEXO.......................................................................................................................29 6 1 INTRODUÇÃO A crescente preocupação dos órgãos públicos em relação ao meio ambiente no estado de Minas Gerais, levou as instituições a buscarem ações ambientalmente corretas através da implantação de um programa de educação ambiental, voltado para o funcionalismo público. O principal desafio é implantar a coleta seletiva e criar uma nova realidade interna, na qual os funcionários reflitam a mudança de comportamento esperada e estes sejam exemplos para a sociedade. A comunicação, nesse sentido, assume um papel fundamental na disseminação de informações e internalização de novos conceitos e valores. Compreendendo a importância de trabalhar o componente humano para a conquista de boas práticas de conduta e comportamento, foi lançado, em dezembro de 2003 o Programa Ambientação - Educação Ambiental em Prédios do Governo de Minas Gerais. Portanto o intuito deste trabalho é mostrar como a mudança de comportamento torna-se primordial para implantação do programa de educação ambiental do governo e favorece práticas e atitudes no dia a dia dos servidores das instituições públicas. Para realização deste será usada pesquisa documental e bibliográfica. A pesquisa documental é realizada em documentos conservados no interior doe órgãos públicos e privados de qualquer natureza e a pesquisa bibliográfica tem por objetivo sistematizar informações retiradas em material publicado em livros, jornais, revistas, redes eletrônicas, ou seja, todo material que esta disponível ao público em geral. No entanto a pesquisa bibliográfica será pautada nos seguintes autores: Andrade (1983), Berlo (1979), Bordenave (1982), Bowditch (1997), Carvalho (2004), Chiavenato (1997), Corrado (1994), Dias (1999), Dias (2003), Dias (2005), Fernandes (2000), Kunsch (1997), kunsch (1986), Portilho (2005), Ramos (1995), Sanchez (2006), Souza (1997), Starling (1998) e Tavares (1998). O objetivo geral dessa monografia é apresentar o programa AmbientaAÇÃO como contribuição para a preservação do meio ambiente e o consumo consciente, no DER/MG. Os objetivos específicos decorrem em ampliar a coleta seletiva de papel, que acontece no DER desde 1994, através da adesão ao Programa 7 Ambientação, implantar as ações do programa AmbientAÇÃO no DER e explanar as linhas de ação do mesmo no meio ambiente. Nesse processo os servidores públicos devem se comprometer com o desenvolvimento sustentável, pois as ações educativas decorrentes de programas e projetos governamentais de nada adiantarão sem o empenho destes. Caso não haja este empenho os mesmos tornaram meros espectadores. As noções de práticas sustentáveis devem estar presentes em todo o ciclo da vida, a sustentabilidade é a situação desejável que permite a continuidade da existência do ser humano e de nossa sociedade, é o objetivo máximo do processo de desenvolvimento sustentável. A incorporação de práticas de sustentáveis é uma tendência crescente no mundo. A adoção destas por agentes como: governos, consumidores, investidores, sociedades ao estimularem e pressionarem vários setores a incorporarem essas atitudes em suas atividades, decorrera um caminho sem volta para consumação da sustentabilidade. Portanto, os setores precisam se engajar cada vez mais, as empresas, a sociedade e o governo, com o objetivo de mudar a forma de produzir e gerir seus bens, buscar soluções que sejam economicamente relevantes e viáveis para os empreendimentos, para a sociedade e para o meio ambiente. Qualquer empreendimento humano para ser sustentável deve atender de modo equilibrado a quatro requisitos básicos adequação ambiental, viabilidade econômica, justiça social e aceitação cultural. O primeiro capítulo desta monografia aborda sobre a importância e o papel da comunicação nos processos de implantação do programa seja ele de meio ambiente e/ou educação ambiental em empresas públicas ou privadas. A partir de políticas públicas instituídas a cada mandato de governo o choque de gestão em segundo momento veio para consolidar todos os processos iniciados e implementar novas ações como o programa AmbientAÇÃO. Assim no segundo capítulo se inicia com a apresentação da instituição DER/MG, desde a sua criação até os dias atuais, algumas alterações estruturais, bem como a sua nova missão a partir 2004. Dentro das diretrizes traçadas pelo choque de gestão está o programa AmbeintAÇÃO como projeto estruturador do 8 governo de Minas Gerais a ser implantado em todas as instituições públicas do estado de Minas Gerais. Contudo, a finalidade primordial é mostrar a importância do programa AmbientAÇÃO no DER/MG, que além de órgão público já alguns anos pratica a coleta seletiva que vem de encontro com as linhas de ação do programa e a necessidade da conscientização dos servidores a cerca dos benefícios advindos de um cidadão consciente e participativo. 9 2 A COMUNICAÇÃO E O MEIO AMBIENTE A revolução tecnológica facilitou os fluxos de comunicação e também contribuiu para que os indivíduos procurassem por uma identidade que os representasse diante das mudanças. Dessa forma, perfis variados de públicos se formaram por afinidades culturais e ideológicas, no qual o papel das organizações diante desses, bem como seus processos comunicacionais, necessitou ser revistos e adaptados. A evolução dos processos surge com a necessidade de compatibilizar os interesses individuais e de grupos com as organizações, de forma a reduzir as distâncias que mantinham essa relação até o momento. Sobre o novo perfil institucional das organizações e o papel da comunicação organizacional como integrantes de uma sociedade globalizada, Kunsch (1999) relata As empresas de ontem estavam acomodadas. Fechadas em si mesmas, eram individualistas, arrogantes. Não se importavam com o mundo exterior. Otimizavam quase que exclusivamente os lucros. A relação com os empregados era tranqüila, pois se entregava o que se produzia. A comunidade não constituía uma preocupação. Já as empresas de hoje têm que ser abertas e transparentes, criando canais de comunicação com a sociedade e prestando contas a ela. Precisam conquistar o consumidor num ambiente competitivo e respeitá-lo. (KUNSCH,1999, p.50). O profissional de comunicação perspicaz e atento em um público antes esquecido ou um público emergente no seu dia a dia poderá mediante à ações educativas, transforma-los em público estratégico. O termo comunicação organizacional abarca todo o espectro das atividades comunicacionais, apresenta maior amplitude, aplicando-se a qualquer tipo de organização pública, privada, sem fins lucrativos, Organizações Não Governamentais – ONG’s, fundações, entre outras, não se restringindo ao âmbito das empresa. A tecnologia fortaleceu os canais de comunicação em todo o mundo, apagando as fronteiras nacionais, ou seja, a informação percorre hoje na velocidade de uma conexão, distâncias que antes eram intransponíveis. Todas as mudanças advindas da revolução tecnológica também revelam uma contradição do mundo contemporâneo, às tecnologias da informação difundem conhecimento e integram o 10 planeta em redes globais. Os indivíduos isolam-se em suas identidades culturais e na representação que eles próprios constroem em seu mundo, diante disto a informação circula em grande volume pelas redes, mas não há interação entre os grupos sociais. A comunicação é uma área multidisciplinar presente em todas as formas de interação social e vem assumindo um papel estratégico na definição de ações que coloquem as organizações em um local de destaque diante de seus públicos. Atualmente esta se tornou cada vez mais complexa à medida que os próprios meios de comunicação passaram a refletir as mudanças de valores sociais e culturais da sociedade globalizada, que muitas vezes não são absorvidos com a rapidez necessária pelas organizações. A globalização é um fenômeno da atualidade, tal como a disponibilização da tecnologia, e ambas contribuem para a busca da comunicação eficiente, ao mesmo tempo em que exige daqueles que a produz, para se tornarem cada vez mais conscientes tantos dos processos e técnicas, quanto da realidade cultural de cada organização. As novas tecnologias devem propiciar que os servidores interiorizem valores de forma a adaptar seu comportamento às novas realidades organizacionais que se apresentam, é um desafio, pois implica levar em consideração todo o contexto, a cultura, valores e crenças que norteiam o dia-a-dia dos funcionários. Nesse sentido, pensar em comunicação organizacional é levar em consideração não apenas os meios pelos quais a comunicação acontece na organização, mas principalmente, como e para quem ela é feita e quais objetivos se pretende alcançar. Segundo Quirino (1995) Processou nos últimos cinqüenta anos com o estabelecimento formal do sistema dos meios de comunicação de massa. Imprimindo velocidade, ubiqüidade e penetrabilidade à mensagem, em escalas e níveis jamais alcançados, os meios técnicos, sobretudo os eletrônicos, criaram uma espécie de pseudo-ambiente entre os homens e o mundo objetivo. (QUIRINO, 1995, p. 119). As sociedades contemporâneas têm se relacionado com o ambiente através do uso técnicas cada vezes mais sofisticadas, a ponto de muitas vezes diluir a própria noção de meio ambiente como um elemento distante ou virtual. Na prática, a sociedade moderna não tem outra opção a não ser gerir o meio ambiente, ou seja, 11 ordenar e reordenar constantemente a relação entre a sociedade e o mundo natural. Na verdade, a distinção entre “sujeito” e o “objeto” perde muito o seu sentido, haja vista a crescente artificialização do mundo natural. Aquela que foi incorporada por uma psicologia da consciência que aposta em um sujeito racional. Isto significa, por exemplo, considerar o comportamento uma totalidade capaz de expressar as motivações dos indivíduos e acreditar que é possível submeter à vontade deles a produzir transformações, dessas motivações mediante um processo racional o qual deve se passar no plano do esclarecimento, do acesso a informações coerentes, e da tomada de decisões racionais, baseadas em uma relação de custo benefício para o sujeito. (CARVALHO, 2004, p. 183). Instituições públicas têm um histórico de dificuldades comunicacionais, inclusive no ambiente interno, que podem afetar as relações delas com seus públicos, “As instituições públicas estão vivenciando momentos de insatisfação generalizada, em todos os níveis e serviços” (NOGUEIRA, 2001, p. 127). Assim, é necessário que os gestores, ou aqueles que estarão à frente dos projetos com os públicos internos das organizações públicas, tenham um olhar mais crítico e cauteloso, procurem compreender os fatores do ambiente para que possam contar com a mobilização de todos, ou pelo menos uma parte deles, a fim de garantir os objetivos propostos. Os profissionais deparam-se com dificuldades inerentes à estrutura organizacional, além dos valores impregnados na cultura da instituição. Os valores de instituições com fortes tradições burocráticas influenciam e dificultam a promoção de uma comunicação que vise à instituição como um todo. Se no setor público são encontradas muitas dificuldades de ordem burocrática e cultural, que possam inviabilizar uma participação mais efetiva de seus servidores nos programas de comunicação interno isso não impede, que os projetos existentes sejam menos relevantes do que os da iniciativa privada (NOGUEIRA, 2001, p. 127). A comunicação interna estrategicamente planejada é eficiente em qualquer cenário organizacional em que serão utilizados os seus instrumentos. As instituições públicas, se referenciadas na linha histórica do tempo, não apresentam, muitas vezes, com uma de suas metas a preocupação com seus relacionamentos internos, principalmente pela diversidade da composição desse grupo de pessoas com objetivos totalmente diferenciados, divergência de valores e competências. Tais instituições têm dificuldades de conduzir seus projetos com eficácia e resultados concretos, o que projeta uma imagem de ingestão administrativa, 12 conseqüentemente, a formação de opinião pública desfavorável. Muitas vezes as estruturas burocráticas não investiram na gestão de pessoas, na política de definição dos indicadores de resultados concretos, na definição de prazos e nas metas a serem alcançadas. Por outro lado, através de um enfoque interdisciplinar e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade começa-se então, a dar uma dimensão mais eqüitativa entre conteúdo e praticas educacionais, orientadas para a resolução concreta dos problemas do meio ambiente. Assim, mesmo que existam conceitos estereotipados em relação à capacidade de transformação do indivíduo, principalmente no contexto das instituições públicas, o servidor não enxerga perspectivas de mudanças em função da estrutura burocrática, depara-se com uma nova ordem emergente de mutação nos sistemas sociais e organizacionais. A contribuição da comunicação nas instituições públicas, mesmo contando com a insatisfação generalizada dos servidores, pode ser um catalisador para a educação desses indivíduos, no sentido de provocar maior participação e envolvimento com as atividades no ambiente de trabalho. O Conselho Nacional de Meio Ambiente – Conama citado por Dias (2003), traz a educação ambiental Em 1996, o conceito de educação ambiental, como um processo de formação e informação, orientado para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais e de atividades que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental. (DIAS, 2003, p. 98). Então, devemos considerar a educação ambiental como processo no qual o indivíduo e a coletividade constrói valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e a sua sustentabilidade. 13 2.1 Conceito e Objetivo da Educação Ambiental O Brasil é um dos poucos países do mundo a ter uma política nacional de educação ambiental estabelecida pela Lei 9795, de 27 de abril de 1999. A educação ambiental pode ser vista como um processo que busca a sensibilização das pessoas em relação ao meio ambiente de forma contínua e sintonizada com as realidades sociais, econômicas, culturais, políticas e ecológicas e busca estabelecer um conjunto de elementos que possam ser capazes de compor um processo através do qual o ser humano consiga perceber de forma crítica e reflexiva o meio ambiente ao seu redor. Neste contexto a educação ambiental, além de estar inserida na política nacional de educação, também passou a ser desenvolvida dentro das empresas. Inicialmente implantada como medida de licenciamentos ambientais em que a empresa tinha que cumprir uma série de condicionantes para poder explorar os recursos naturais e atualmente a educação ambiental pode estar presente, por meio de uma área específica, dentro de empresas e organizações que não estão envolvidas diretamente com a degradação do meio ambiente, mas que pretendem assumir uma postura sustentável diante de seus públicos. Nessa perspectiva o conceito de educação ambiental adaptou-se a esse novo padrão na qual a sustentabilidade é o pano de fundo para muitas ações desenvolvidas pelas organizações. A evolução do conceito de educação ambiental acompanhou a evolução da percepção do que é meio ambiente, passando de um enfoque mais ecológico e ambientalista, no sentido das ciências biológicas, para um conceito que engloba o indivíduo como um ser completo, capaz de melhorar e contribuir para o desenvolvimento de um ambiente mais humano. Segundo Dias (2004), “a educação ambiental é um processo que busca sensibilizar as pessoas quanto à questão do meio ambiente (como funciona, como dependem dele e como o afetam), levando-as a participar ativamente da sua defesa e melhoria” (Dias, 2004, p.32). Desta forma o ser humano pode ser o ponto de partida de muitos processos que envolvem a sua interação com o meio ambiente. Considerada assim a educação ambiental é um processo permanente, capaz de discutir formas para conciliar o 14 desenvolvimento social e econômico com conservação e proteção dos diversos ecossistemas da Terra. Nesse sentido o conceito de educação ambiental evoluiu quando deixou a esfera ecológica e incluiu o homem como ator das transformações e mudanças no seu ambiente. O atual cenário ambiental, noticiado por todos os veículos de comunicação, preconiza a necessidade da aplicação da educação ambiental como uma forma de favorecer a aquisição de conhecimentos, valores, habilidades e experiências que possam servir de subsídio para que o ser humano atue preventivamente no sentido de evitar a degradação ambiental. Assim esse ser humano passou a ser co-responsável pelas ações que desenvolve e que podem comprometer a médio e longo prazo com a estabilidade do meio que o cerca. O Congresso de Belgrado, promovido pela UNESCO (1975), definiu a educação ambiental como sendo um processo que visa Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma população que tenha os conhecimentos, as competências, o estado de espírito, motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permita trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais e impedir que se repitam (UNESCO, 1975, p.142). A educação ambiental então passa a exigir de quem a utiliza como um instrumento de promoção da consciência ambiental, adaptações e mudanças na criação e no desenvolvimento de ações comunicativas que envolvam desde simplesmente informar até despertar o comprometimento das pessoas por meio da mudança de comportamento. Essa busca estimular o exercício pleno da cidadania, deveres e direitos, e fomentar o resgate e o surgimento de novos valores capazes de tornar a sociedade mais justa e sustentável. Oferece conhecimentos, cria competências, motiva e possibilita o engajamento das pessoas no processo de busca das soluções dos problemas que envolvem a questão ambiental se configura um desafio para a comunicação das organizações. Os órgãos públicos também têm buscado alinhar suas atividades com esses novos preceitos. A partir da inserção da educação ambiental nas organizações públicas, trabalhar a informação de forma a favorecer a mudança de comportamento e a aquisição de atitudes ambientalmente corretas, propostas pela educação ambiental, se apresenta como relevante para este trabalho, no qual as respostas 15 podem ser indicadores do real alcance dos programas e projetos desenvolvidos com o objetivo de promover a educação ambiental internamente. 2.2 Choque de Gestão e as Políticas Públicas Em 2002, o referido Governo do Estado de Minas Gerais deparou-se com grandes desafios ao implementar, no setor público, um modelo de gestão eficiente, focalizado em resultados concretos, o denominado Choque de Gestão. Em 2003, foi implantado o Projeto “Choque de Gestão”, buscando o ajuste, à realidade e a inovação na Administração Pública. Estabeleceu-se como estratégia “TORNAR MINAS O MELHOR ESTADO PARA SE VIVER”, através da reorganização e modernização da administração pública estadual, promovendo o desenvolvimento econômico e social em bases sustentáveis do vigor político de Minas Gerais. O projeto adotado como conjunto de medidas de rápido impacto para modificar o padrão de comportamento da Administração Estadual, objetivou uma gestão eficiente, efetiva e eficaz, mediante novos valores e princípios, obtendo-se uma cultura transformadora em todo o setor público mineiro. Dando ênfase ao desenvolvimento de nossa sociedade, dentro de padrões éticos rigorosos e com critérios objetivos para se medir o desempenho das ações governamentais e suas instituições, adotando fatores de estímulo e motivação para todos os servidores públicos. Ainda dentro do propósito do slogan “MINAS NÃO PODE PARAR”, o desafio da nova administração é concretizar no período 2007-2010 as estratégias para o desenvolvimento pautado na condução das políticas públicas para criar um ambiente propício ao investimento e prosperidade, visando alcançar o desenvolvimento sustentável no seu mais amplo sentido. Em 2007, surgiu o momento de consolidar o “Choque de Gestão”, iniciando a segunda geração do projeto, quando foram estabelecidas políticas setoriais. O Departamento de Estradas de Minas Gerais - DER-MG ficou inserido na política de Empresas Dinâmicas e Inovadoras: Pacto pela Competitividade, na área de Infra- 16 Estrutura e Logística, com os cinco Projetos Estruturadores: Manutenção da Rede Rodoviária PRO-MG; Parceria Público Privada – PPP para adequação da Rodovia MG – 050; Pavimentação de Acessos Rodoviários a Municípios PRO-ACESSO; Construção da Linha Verde Plataforma Logística da RMBH; Projeto de InfraEstrutura de Transporte do Triângulo e Alto Paranaíba. 17 3 A INSTITUIÇÃO - DER A história do DER/MG esta diretamente entrelaçada com a trajetória do desenvolvimento econômico do Estado de Minas Gerais e do país. Fundado em 04 de maio de 1946, quando foi público o Decreto – Lei n 1.731 , o qual estabeleceu que o órgão passava a atuar como pessoa jurídica, com autonomia administrativa e financeira, criando uma autarquia que de alguma forma se vinculava ao momento de desenvolvimento do país. Em 1945, o governo dava os primeiros passos para industrializar o país, pois o Brasil era eminentemente agrário. Com a chegada das indústrias automobilísticas, era preciso alterar substancialmente a face das estradas de Minas Gerais, que até então, não eram asfaltadas, como as de alguns estados brasileiros. O governo federal através da Lei Joppert (Decreto - Lei 8.463), reorganizou o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER e criou o Fundo Rodoviário Nacional, instrumento que deu sustentabilidade financeira aos estados para que estes impulsionassem as obras rodoviárias. A partir daí, os DER”s de cada estado se transformaram usufruindo do momento histórico pelo qual o país passava, focado para o futuro, com a política do então governador Juscelino Kubistcheck (1951-1954), criou o famoso binômio “Energia e Transporte”. Ao DER/MG coube uma parcela considerável dos encargos previstos no plano de governo, houveram mudanças estruturais no mapa rodoviário de Minas. Para efeito de comparação, no biênio 1950-1953, o orçamento do órgão foi aumentado em 9,3%, sendo acrescido em 282,0% entre 1951-1954, a fim de viabilizar obras e aquisição de equipamentos. Essa época foi considerada por estudiosos e pessoas especialistas do ramo como a “Era do Rodoviarismo do Estado”. Minas se transformou num verdadeiro canteiro de obras, iniciando pesquisas e ensaios técnicos de tipos de pavimentos economicamente viáveis, duráveis e resistentes para rodovias. 18 Em 1951, o órgão foi responsável pela conservação de 8.338 km de estradas, sendo que atualmente esse número é de 25.000 km de estradas estaduais. Adequando-se as novas realidades conjunturais do país e do mundo, o DER/MG sofre enumera alterações em sua estrutura organizacional e em 1953 torna-se subordinado à Secretaria de Viação e Obras Públicas, ligado diretamente ao governo estadual pela Lei 1.043 de dezesseis de dezembro do mesmo ano. O DER foi divido em quarenta coordenadorias regionais, atendendo ao novo modelo de governo, em 1946 criou-se também as Diretorias de Pessoal e a Diretoria de Assistência Rodoviária aos municípios. Outra mudança significativa aconteceu em 1994, imbuído das necessidades de adequar as atuais propostas governamentais, foi criado o Conselho do Transporte Coletivo Intermunicipal e Metropolitano, fato que concretizou com a fusão da autarquia Transportes Metropolitanos - Transmetro em substituição a Companhia de Transportes Metropolitanos - Metrobel, ambos com objetivo de permitir maior eficácia no atendimento à sociedade. Assim administração do DER/MG passou a gerenciada pela Diretoria Geral, Vice-Diretoria, Diretoria de Construção, Diretoria Financeiro-Administrativa, Diretoria de Manutenção, Diretoria de Operação de Via, Diretoria de Gestão de Pessoas, Diretoria de Transporte Metropolitano, Chefia de Gabinete e Procuradoria Jurídica tendo como missão institucional do órgão: Assegurar soluções adequadas de transporte de pessoas, bens e serviços no Estado, tendo como prioridade a segurança do usuário. A missão do DER/MG mais uma vez ajusta-se ao slogan “Tornar Minas Gerais o Melhor Estado para se Viver”, tornando Minas Gerais o estado com o melhor mais seguro e mais eficiente sistema de Transporte Rodoviário, através de indicadores de segurança, conforto, custo, rapidez, acessibilidade do sistema e mais recentemente com adesão ao Programa AmbientAÇÃO com atitudes consciente de sustentabilidade do meio ambiente interno. 19 3.1 O Programa AmbientAÇÃO : O programa AmbientAÇÃO é um programa de comunicação e educação sócio ambiental que tem a proposta de estimular a mudança de comportamento, por meio da construção de uma nova cultura institucional na administração pública, voltada para a adoção de critérios ambientais corretos, práticas sustentáveis e qualidade de vida no trabalho. O Sistema Estadual de Meio Ambiente – SISEMA como gestor do programa, têm como missão promover a qualidade ambiental no estado. Entretanto, nem sempre, no ambiente de trabalho, seus funcionários possuem comportamentos coerentes com suas responsabilidades, e apesar de trabalharem em órgãos ambientais, muitas vezes não possuem consciência da importância de suas atitudes e do impacto de sua atitude ecológica. Compreendendo a importância de trabalhar o componente humano para a conquista de boas práticas de conduta e comportamento, foi lançado, em dezembro de 2003 o Programa Ambientação - Educação Ambiental em Prédios do Governo de MG com o objetivo de criar uma nova consciência no funcionalismo público do estado voltado para a preocupação e a conservação do meio ambiente e de seus recursos naturais. A contribuição da comunicação nas instituições públicas, de acordo com Nogueira (2001), mesmo contando com a insatisfação generalizada dos servidores, ela pode ser um catalisador para a educação desses indivíduos, no sentido de provocar maior participação e envolvimento com as atividades no ambiente de trabalho. O papel e a relevância da comunicação interna, nesse processo de mudanças, estão diretamente relacionados à oportunidade de propiciar o aporte de informações que aumentem e avalizem as possibilidades de reflexão do indivíduo frente aos novos tempos e desafios. São objetivos do Programa: • Estimular a reflexão, a participação e a mudança de atitude; • Motivar ações ambientalmente corretas; • Usar racionalmente os recursos disponíveis; • Destinar adequadamente os materiais recicláveis; 20 Incentivar a melhoria da qualidade de vida. • Visando à melhoria contínua de ações e procedimentos o AmbientAÇÃO é desenvolvido de acordo com o método Plan do Check Action - PDCA, previsto na gestão pela qualidade, a sigla indica: P – Planejar; D – Fazer; C – Checar e A – Ação. Nesta perspectiva, criou-se o Sistema de Gestão Ambientação para gerenciar os aspectos relacionados ao programa e elaboraram documentos específicos para registros e monitoramento. Todas as ações e atividades realizadas são descritas no formulário Relatório AmbientAÇÃO Memória - RAM1, que funciona como “diário de bordo”, tornando possível resgatar informações de todos os momentos do programa. As falhas e oportunidades de melhorias são relacionadas no formulário, Relatório de NãoConformidades – RNC2. Estes registros geram planos de ação que definem o que será implementado, os responsáveis e prazos possibilitando o aprimoramento contínuo do programa. Representantes de cada pavimento do prédio constituem o Grupo de Facilitadores, esta equipe multidisciplinar tem o papel de garantir a disseminação da filosofia do AmbientAÇÃO, estando em permanente contato com a equipe coordenadora do programa e os demais servidores. Cabe aos facilitadores receber o resultado das campanhas, estimular a mudança de comportamento, propor atividades e melhorias. As ações de comunicação estão presentes em todas as etapas do programa. Dentre os instrumentos utilizados estão cartazes, panfletos, intranet, e-mail, quadro de avisos, boletim informativo, oficinas, palestras, jogos, atividades culturais, comunicação face-a-face e sistema de relacionamento. Por possuir uma identidade visual própria, composta por logomarca e mascote, as atividades desenvolvidas têm sempre a associação ao programa, tornado mais eficaz o processo de internalização da filosofia proposta. Uma estratégia essencial da comunicação do programa é a utilização adequada da logomarca, uma vez que ela é o símbolo que destaca e ao mesmo tempo identifica o AmbientAÇÃO, como um programa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, Fundação Estadual do 1 2 O Relatório de AmbientAÇÃO Memória encontra-se em anexo. O Relatório de Não Conformidade encontra-se em anexo. 21 Meio Ambiente - FEAM. Esta logomarca é formada pelo desenho de um mascote da campanha que tem o nome de Bileco3, da palavra AmbientAÇÃO e a descrição Educação Ambiental em Prédios do Governo de MG. As na cabeça do mascote fazem alusão à coleta seletiva, sugerindo reciclagem de idéias e atitudes. O programa possui dois veículos de comunicação específicos as notícias AmbientAÇÃO, boletim semanal afixado nos quadros de aviso sobre ações desenvolvidas, e o AmbientAÇÃO Informa boletim semanal enviado por e-mail, com intuito de cada funcionário aprofundar os temas das campanhas. Para dar suporte às campanhas, o Programa AmbientAÇÃO possui materiais específicos, tais como garrafa de água, caneca e lixocar. Todo esse material, com a logomarca do programa, contém dicas referentes à campanha em questão. O Programa está baseado em duas linhas de ação, “Atitude Consciente” e “Qualidade de Vida no Trabalho”, subdivididas em campanhas com temas específicos, que serão descritas a seguir. A Linha de ação atitude consciente possui três campanhas que contemplam temas relacionados ao comportamento, de forma a despertar a responsabilidade quanto ao uso correto dos bens e serviços da administração pública e dos recursos naturais, campanha de Consumo Consciente, usar racionalmente os recursos, dentro do princípio da redução e da reutilização como a principal maneira das pessoas, no seu cotidiano, reduzirem o impacto ambiental e conscientizar e reforçar a importância das atitudes individuais que são fundamentais na formação de cidadãos mais responsáveis e críticos, capazes de tornarem multiplicadores. Portanto, o objetivo da campanha é conscientizar e sensibilizar os funcionários para a importância do consumo consciente, redução dos desperdícios e reaproveitamento. A Campanha de Comportamento no Trânsito e Manutenção de Veículos produz impactos negativos sobre o meio ambiente, motores desregulados geram mais emissões veiculares, lançando gases nocivos no meio ambiente, o excesso de buzinas é um dos responsáveis pela poluição sonora e irritação de motoristas no trânsito. Outros comportamentos inadequados, como atirar pontas de cigarro, latas, papéis, enfim, lixos pela janela são maus exemplos que devem ser corrigidos para minimizar os problemas ambientais, especialmente nas cidades. Dessa maneira, 3 A logomarca Bileco do programa encontra-se em anexo 22 desenvolveu-se uma campanha para conscientizar e sensibilizar motoristas e usuários de veículos em relação ao comportamento no trânsito e à manutenção de automóveis. O propósito deste programa é atender as necessidades ambientais existentes na administração pública estadual e possibilitar ao Governo ser referência de conduta e comportamento para outras empresas e para sociedade. 3.2 O Programa Ambientação no DER/MG Desde a sua criação o DER/MG tem como um dos seus pilares a preservação do meio ambiente sempre que há necessidade de intervenções na natureza para construção de estradas. Assim Programas de Educação Ambiental sempre foram implementados por algumas de suas diretorias, com o objetivo de realizar ações educativas e de comunicação sobre rodovias e o meio ambiente, mostrando aos cidadãos que é direito de todos conhecerem as modificações que serão implementadas,as benfeitorias que virão e as conseqüências das obras a serem realizadas sempre de acordo com as orientações dos programas estruturadores do estado. Conjugando dos mesmos preceitos, orientadores das políticas de governo em 09/2008, foi firmado o termo de Adesão ao Programa AmbientAÇAO, entre a FEAM e o DER/MG. A necessidade de adesão ao programa veio de encontro a uma necessidade do órgão em dar continuidade ao programa de coleta seletiva que já funcionava e necessitava de uma nova motivação para sua continuação. Diante da realidade para implantação do projeto foi necessário, além da adesão oficial ao programa, um grande empenho por parte da direção do órgão bem como um processo ainda em construção de conscientização e mudança de cultura dos servidores para internalizar a nova proposta de trabalho. Nesse sentido, o programa procura estabelecer uma reflexão para a formação de uma nova cultura na administração pública, voltada para a qualidade de vida no trabalho e para a adoção de critérios ambientais corretos e de práticas sustentáveis. O DER/MG buscou amparo nos conceitos relativos à educação ambiental, quando esta se reveste de mecanismos geradores de ações e estratégias estimuladoras da 23 mudança de valores e hábitos junto a um público específico, principalmente no que se refere aos padrões de consumo. Por outro lado, mesmo que existam conceitos estereotipados em relação à capacidade de transformação do indivíduo, principalmente no contexto das instituições públicas, onde o servidor muitas vezes não enxerga perspectivas de mudanças em função da estrutura burocrática, depara-se com uma nova ordem emergente de mutação nos sistemas sociais e organizacionais. O que pode significar mudanças de valores? Mudar de uma condição aceita como padrão, para adotar outra que até aquele momento não havia sido pensada ou cogitada. Dessa forma, o conceito de revaloração pode ser utilizado em um processo de mudança ou de amadurecimento institucional para facilitar a internalização de novos padrões. Qualquer programa que envolva mudança de comportamento e cultura, tem que ser diagnosticado apurando dados confiáveis e compatíveis com a realidade da instituição, assim é necessário primeiramente garantir a sensibilização da alta administração, que pode apoiar as ações a serem implementadas, e que com certeza esbarram nos valores culturais incipientes na organização e que merecem ser trabalhados e internalizados, observando o estilo de liderança que deveria ser adotado para refletir a revitalização da cultura e o novo do modelo de gestão vigente. Para a primeira fase de implantação do programa no DER/MG a primeira linha a ser adotada foi “atitude consciente”, optou-se por trabalhar as questões relacionadas ao consumo consciente, combater o desperdício, implantar a coleta seletiva e abordar aspectos ambientais relacionados ao trânsito e manutenção de veículos as campanhas acima foram adotadas, como estratégia de sensibilização e informação dos servidores lotados na sede. A conscientização e sensibilização dos funcionários trouxe a importância do consumo consciente, em que os mesmo percebem a necessidade da redução dos desperdícios e reaproveitamento de materiais, além de dar preferência, nos momentos das compras aos produtos com diferenciais ecológicos. Dando continuidade ao programa cada vez mais presente no dia a dia dos servidores da sede do DER/MG, foram adquiridos equipamentos como lixeiras para coleta seletiva, balança para pesagem do resíduo gerado, alem de serem realizadas ações como a capacitação dos trabalhadores da Minas Gerais Serviços - MGS e Associação de Promoção do Menor - ASSPROM, capacitação de agentes 24 facilitadores representantes de cada andar dos prédios da sede e também capacitação da comissão setorial do órgão, além da formalização de uma parceira com associação de catadores de papel, com intuito, desses colaboradores conhecerem melhor o programa colocando em prática a sua filosofia. Diante do exposto o objetivo é disseminar o programa nas coordenadorias do interior que ainda não o tiverem, pois das quarenta coordenadorias regionais somente duas já estão em fase de implantação do programa nos mesmos moldes da sede. 25 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante da nova realidade imposta pelas políticas governamentais com projetos estruturadores e a adequação as mudanças vividas pela sociedade em relação às questões ambientais, tornou-se imprescindível que todas as instituições públicas se adequem a nova realidade imposta. O acordo de resultados firmado para 2010 estabeleceu indicadores comuns a alguns órgãos como parte de nova estratégia para continuidade aos projetos estruturadores. Assim, com a mudança para a cidade administrativa, o DER/MG devera assinar um novo termo de adesão ao programa AmbientAÇÃO conforme prevê o acordo de resultados e as instituições que estiverem instaladas deverão praticar as linhas deste programa. No entanto os gestores do Programa Ambientação necessitam verificar, pormenorizar os ganhos ambientais e financeiros de todas as instituições participantes, demonstrando o potencial de redução de impactos ambientais da administração pública estadual, bem como, desenvolver estratégias para a expansão das ações em escolas estaduais, objetivando a formação de indivíduos ambientalmente e socialmente conscientes e responsáveis. Através de campanhas educativas que incentivam o consumo consciente dos recursos naturais e materiais, não desperdiçarem materiais de escritório, água, energia elétrica, durante o expediente mostrar aos servidores os prejuízos que este tipo de prática traz, ao meio ambiente, ao patrimônio dos órgãos e a si próprio. A direção do DER/MG, e todos o níveis hierárquicos da instituição precisam se sensibilizar da importância do programa AmbientAÇÃO, uma vez que é parte da engrenagem do governo que preconiza um melhor estado para se viver. É importante ressaltar o papel que o setor de comunicação tem para tornar o programa acessível a todos os servidores, uma vez que ele é responsável em divulgar o programa no DER/MG, contribuindo para a mudança de cultura dentro e fora da instituição, durante o expediente ou na vida particular de cada um. REFERÊNCIAS ANDRADE, Cândido Teobaldo de Souza. Administração de relações públicas no governo. São Paulo: Loyola, 1983.147 p. BERLO, David K. O processo da comunicação. 4. ed. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1979. 189p. BORDENAVE, J.D. O que é comunicação. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1982. 168p. BOWDITCH, J. L.; BUONO, A. F. Elemento de comportamento organizacional. São Paulo: Pioneira, 1997. CARVALHO, Isabel Cristina M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2004. 204p. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. 198p. CMRR. <www.cmrr.mg.gov.br>. Acesso em: 10 abril. 2009. DIAS, Genebaldo Freire. 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ANEXOS RAM Relatório AmbientAÇÃO Memória Identificação Campanha Data Atividade desenvolvida Relação com não Não conformidade Sim Númer o do RNC Execução Instituição Nome Telefone Celular Fax E-mail Descrever para quem a atividade foi dirigida Público Descrever o motivo pelo qual se realizou a ação Objetivo Descrever como foi a divulgação e mobilização do público alvo Estratégia de Comunicação Redigido por RNC Nº Relatório de Não Conformidade Campanha Data Ocorrência Observador E-mail Área / Divisão Ramal Ações corretivas O quê? Quem? Quando? Status LOGOMARCA: BILECO Equipe do DER durante a caracterização de resíduos Separação dos recicláveis Desperdício de embalagens reaproveitáveis Descarte de fiação aparentemente nova inviabilizando a sua vida útil. Tonner misturado com resíduos potencialmente recicláveis comprometendo o aproveitamento