Cadernos de Informação Científica Ano 7 • nº 10 • 2012 Diagnóstico Molecular Cadernos de Informação Científica diagnóstico molecular O conhecimento em Biologia Molecular vem crescendo de forma exponencial nos últimos anos à medida que as doenças continuam a desafiar a medicina. Com isso a biologia molecular vem ocupando um espaço de destaque no perfil de exames laboratoriais, permitindo a obtenção de resultados mais precisos e rápidos em relação aos disponíveis atualmente. Ciente da rapidez com que a medicina evolui e das novidades a cerca do diagnóstico laboratorial, o Quaglia Laboratório de Análises Clínicas desenvolve esse caderno informativo para contribuir e esclarecer quanto aos conhecimentos referentes aos exames biomoleculares realizados. biologia molecular: o que é? Há poucas décadas os estudos dos organismos baseavam-se em observações de natureza morfológica, de modo que a análise das alterações nos tecidos vivos limitava-se a efeitos sobre a estrutura. Com o desenvolvimento da tecnologia, estes mesmos tecidos vivos passaram a ser analisados possibilitando a identificação das moléculas que os constituem. Desde então, ocorreu uma sequência de descobertas demonstrando ser o DNA a molécula primordial, a partir da qual as principais características poderiam ser compreendidas. Desenvolveu-se assim a biologia molecular. 1865 1665 Os primeiros desenhos de células são observados ao microscópio por Robert Hook. Gregor Mendel demontra a existência dos elementos responsáveis pela manifestação das características hereditárias, hoje conhecidos por genes. Descoberta do núcleo celular. 1831 1953 1977 Francis Crick e James Watson descrevem a estrutura da molécula do DNA, constituida por uma dupla hélice. Uma nova substância orgânica, denominada Nucleína, é descoberta por Friedrich Miescher. Substância esta que, 20 anos mais tarde, passou a ser conhecida como Ácido Nucléico. 1869 Descoberto, por Frederick Sanger, um mecanismo para sequenciar os pares de bases do DNA. O Código genético é decifrado. 1966 2000 Sequencimento do genoma da bactéria Xylella fastidiosa. Nasce o primeiro clone de um mamífero adulto, a ovelha Dolly. 1996 Mapeamento do genoma humano. 2001 Diagnótico Molecular técnicas moleculares Técnicas laboratoriais, como microscopia e sorologia, são rotineiramente utilizadas para diagnóstico de diversas doenças que envolvem a pesquisa e detecção de antígenos e anticorpos específicos, porém, são pouco específicas. Com o advento da biologia molecular e a constante evolução da mesma, os métodos de pesquisas moleculares, altamente sensíveis e específicos, contribuíram não só para o aprimoramento de abordagens que detectam a presença do patógeno (identificação de sequências específicas de ácidos nucléicos) como também, de abordagens que indicam a exposição ao agente infeccioso no hospedeiro (detecção de anticorpos a partir de antígenos recombinantes específicos). Dentre os métodos moleculares utilizados no diagnóstico laboratorial, destaca-se a técnica de PCR, em especial PCR Tempo Real. Esta que com a progressão da biologia molecular tornou-se mais acessível e eficiente, possibilitando informações importantes para o diagnóstico clínico. Reação de Polimerase em Cadeia (PCR) Técnica que permite replicação in vitro do DNA de forma rápida, possibilitando que quantidades mínimas de material genético sejam amplificadas milhões de vezes em poucas horas, gerando um grande número de cópias de um determinado fragmento gênico. A modificação dessa técnica levou ao desenvolvimento de diversas outras, cada qual com suas particularidades, sendo no geral mais sensíveis e específicas que a técnica tradicional. Nos últimos tempos, a metodologia PCR Tempo Real vem substituindo a técnica de PCR convencional, pois combina amplificação e detecção simultaneamente, otimizando os resultados, permitindo o monitoramento constante e a detecção antecipada de possíveis problemas ocorridos durante o processo, bem como possibilitando ações corretivas rapidamente. Além disso, é considerado um método mais sensível, específico e reprodutível para detecção e quantificação de DNA e RNA. diagnóstico molecular As técnicas de diagnóstico molecular são aplicadas em diversas áreas da medicina laboratorial, avaliando, por exemplo, doenças infecciosas e alterações genéticas. No que se refere às doenças infecciosas, a detecção rápida de micro-organismos, seja de crescimento lento ou aqueles não cultiváveis, se torna possível através das técnicas moleculares. Técnicas essas que também podem ser empregadas na determinação de resistência antimicrobiana, no monitoramento de doenças através da quantificação da infecção e em estudos epidemiológicos. Considerando o amplo quadro de doenças infecciosas diagnosticadas pela biologia molecular, merecem destaque algumas das mais comumente detectadas na rotina laboratorial. PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) A infecção genital pelo HPV é uma das principais doenças transmitidas sexualmente, podendo causar uma variedade de manifestações clínicas, levando até mesmo ao desenvolvimento de carcinoma cervical. Estudos recentes mostram inclusive uma relação do HPV com câncer oral e de orofaringe, assim como com câncer retal, em especial no sexo masculino. Existem mais de 100 tipos de HPV, identificados com base em suas diferenças genéticas, subdivididos conforme seu potencial carcinogênico, em alto e baixo risco. Dessa forma, a determinação do tipo de HPV se faz de grande relevância. No grupo considerado de alto risco, o tipo 16 está fortemente associado com o surgimento do carcinoma Cadernos de Informação Científica de células escamosas do colo uterino e o tipo 18 apresenta alto potencial maligno. Um estudo realizado com mulheres testadas para genótipos de HPV, indicou o risco crescente de câncer cervical para aquelas infectadas com o tipo 16 e o tipo 18, quando comparado com todos os outros tipos oncogênicos de HPV. 20 17% HPV 16+ Porcentagem 15 A Sociedade Americana de Colposcopia e Patologia Cervical (ASCCP) recomenda a triagem adjunta do Pap (exame visual de uma amostra de células cervicais) e teste de HPV para mulheres com resultados de citologia ASC-US. Triagem ASC-US Pap HPV Colposcopia 1 ano 14% HPV 18+ 10 5 3% outro HPV+ 1% outro HPV– 0 0 15 39 63 87 119.5 Tempo de acompanhamento (em meses) Embora a infecção pelo HPV possa ser verificada por exames de citologia, histologia e colposcopia, o diagnóstico específico requer a detecção do DNA viral, que por estar associado à célula confere à coleta grande importância para o bom diagnóstico. Os métodos moleculares, Captura Híbrida e PCR, representam uma evolução no diagnóstico e na triagem do câncer cervical. A aplicação dessas metodologias permite maior acurácia no diagnóstico, rapidez, sensibilidade e especificidade. A Captura Híbrida para HPV é um teste com excelente reprodutibilidade laboratorial, capaz de detectar com exatidão a presença ou não de DNA viral dos mais frequentes tipos de HPV. No entanto, distingue os tipos de HPV em dois grupos, alto e baixo potencial oncogênico, não especificando o genótipo em questão. A triagem Pap somente, não detecta cerca de metade dos casos de câncer cervical, logo somando o teste HPV com determinação do genótipo 16/18 como parte da triagem de rotina aumenta-se a capacidade de identificação da doença. Triagem Adjunta Pap/ HPV Colposcopia 1 ano 3 anos Dessa forma, o teste HPV por PCR Tempo Real atende as necessidades para triagem de câncer cervical, permitindo a estratificação de risco dos pacientes com maior chance de evolução da doença, contribuindo para a tomada de decisões por parte dos médicos e para o tratamento daqueles. HEPATITES VIRAIS A reação por PCR, método de screening com alta sensibilidade analítica, apresenta uma vantagem sobre o exame de Captura Híbrida, pois possibilita a genotipagem dos HPV 16 e HPV 18 em um único ensaio, além de informar o resultado combinado para os outros tipos de alto risco. Outro diferencial do teste é o controle, a partir de moléculas de ß-globina, da presença ou ausência de células cervicais na amostra, garantindo a efetividade da coleta e evitando resultados falso-negativos. No mesmo estudo referido, observou-se que 1:10 mulheres com citologia negativa para HPV, apresentavam lesão de alto grau para HPV 16 e HPV 18 no exame PCR Tempo Real, o que mostra a relevância da técnica de PCR, uma vez que detecta mulheres com grande chance de lesões de alto risco, e da complementação dos exames diagnósticos. As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no mundo e no Brasil. Segundo estimativas, bilhões de pessoas já tiveram contato com o vírus das hepatites e milhões são portadores crônicos. As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém, com importantes particularidades. Quanto mais cedo a infecção for detectada, maior as chances de cura e de progressão da doença. Logo, é importante realizar o teste para o diagnóstico da hepatite, em caso de exposição ao vírus, ou mesmo o acompanhamento clínico e laboratorial para monitorar o tratamento. Diagnótico Molecular • HEPATITE B Estima-se que atualmente mais da metade da população mundial já tenha sido contaminada pelo vírus da Hepatite B, agente este, que diferentemente dos demais vírus da hepatite, é um vírus DNA, classificado Vírus da em 8 genótipos, designados de A a H, e pelo Hepatite B menos 24 subgenótipos, com distintas distribuições geográficas e propriedades virais. DNA O diagnóstico da hepatite B é classicamente baseado em métodos sorológicos, mas atualmente existem métodos moleculares disponíveis para acompanhar a infecção, uma vez que o diagnóstico molecular é considerado mais adequado na avaliação para fins de tratamento e acompanhamento da replicação viral na corrente sanguínea. A reação em cadeia da polimerase, método qualitativo, tem sido utilizada na confirmação da replicação viral em indivíduos com sorologia positiva, sendo também uma alternativa no monitoramento do tratamento. Previamente ao tratamento, a quantificação do vírus da hepatite B circulante pode ser utilizada como prognóstico de resposta ao tratamento, sendo importante no acompanhamento dos pacientes submetidos ao tratamento antiviral e na detecção do nível de replicação viral em pacientes HBsAg positivos com mutação pré-core (HBeAg negativos) e com persistência da viremia. Além da determinação da carga viral, a genotipagem do vírus B da hepatite também é possível e tem sido solicitada para identificar a resistência aos antivirais, através da detecção de mutações relacionadas à diminuição de suscetibilidade aos medicamentos. • HEPATITE C A hepatite C é considerada hoje a maior epidemia da humanidade, apresentando no mundo cerca de 200 milhões de pessoas infectadas pelo vírus. No Brasil, Vírus da o Ministério da Saúde estima que 15% da popuHepatite C lação encontra-se infectada, porém, 95% desconhece a ocorrência da infecção. O vírus da hepatite C foi o primeiro patógeno infeccioso a ser identificado exclusivamente através de metodologias laboratoriais moleculares. O PCR qualitativo tem sido comumente utilizado na confirmação do diagnóstico de pessoas com sorologia positiva. Os RNA Viral exames Carga Viral e Genotipagem tem sua importância conferida no que se refere ao acompanhamento terapêutico. A dosagem da carga viral é relevante para o monitoramento do tratamento e como valor prognóstico do sucesso deste, determinando a duração do mesmo e a possibilidade de recidiva do vírus. Diferente do que é observado na genotipagem viral, que determina a correta estratégia terapêutica, partindo do pressuposto que a efetividade do tratamento depende do genótipo viral. Existem 11 genótipos conhecidos, sendo 6 os principais. Os genótipos 1 (mais comum) e 4 (raro) apresentam pior resposta ao tratamento, de modo que a duração deste deve ser maior caso o HCV infectante seja dos genótipos mencionados. Indivíduos podem ser infectados por mais de um tipo de genótipo, nestes casos, a resposta ao tratamento pode ser menor, pois um tipo pode responder ao tratamento e outro não. Ao abordar a infecção pelo vírus da hepatite C, é importante mencionar as variações genéticas próximas ao gene IL28B, que surgiu como grande contribuição farmacogenômica para o diagnóstico molecular, relacionando-se diretamente com a hepatite C. GENE IL28B Uma pequena parcela de indivíduos elimina espontaneamente os vírus da hepatite C do organismo, ao passo que a maioria deles, aproximadamente 85% dos infectados, evoluem para o estado de infecção crônica. Alguns hospedeiros eliminam o vírus, e outros não, devido as variações genéticas próximas ao gene IL28B, que codifica a interleucina 28, mensageiro químico das reações imunológicas e com atividade antiviral relacionada ao interferon, medicamento empregado na terapêutica da infecção, junto à ribavirina. Próximo a esse gene foram encontrados alguns polimorfismos que constituem a troca de uma base em pontos bem localizados do DNA (polimorfismos de nucleotídeos únicos - SNP) e estão relacionados a diferenças interpessoais, no que diz respeito a diferentes aspectos de fenótipos, atuando fundamentalmente no entendimento a resposta terapêutica da infecção pelo HCV e na depuração espontânea de pacientes que se curam sem tratamento. Os estudos dos SNP relacionados à cura espontânea e a resposta ao tratamento são muito recentes, porém, muito promissores no auxílio aos pacientes cronicamente infectados pelo HCV. Assim, o Quaglia Labo- Cadernos de Informação Científica TIPOS DE “SNP” rs12979860 Maior chance de clareamento viral espontâneo e de resposta ao tratamento rs8099917 (“alelo de risco”) Indivíduos com genótipo C/C • apresenta maior chance de depuração espontânea do vírus que indivíduos C/T e T/T; • possuem maior chance de resposta ao tratamento da infecção pelo HCV com interferon e ribavirina; • são mais comuns nas populações de origem européia quando comparadas as populações de descendência africana. Indivíduos com pelo menos uma das versões de G (guanina) deste SNP é o suficiente para aumentar o risco de não responder a terapia combinada. ratório vem por meio desta abordagem tentar contribuir para uma melhor condução no atendimento aos pacientes infectados (quadro acima). HIV O Quaglia Laboratório oferece um grande número de exames laboratoriais relacionados às doenças infecciosas, e no que diz respeito à infecção recente pelo HIV ou a um diagnóstico recente, a reação em cadeia pela polimerase para DNA proviral do HIV-1 e a carga viral para o RNA pelo HIV-1 são os mais comumente realizados. O PCR para HIV é recomendado para diagnóstico de infecção no período pré-soroconversão, período este também conhecido como janela imunológica. A produção de anticorpos costuma ser detectada a partir de 1 a 6 meses após exposição que leve à contaminação pelo HIV. O PCR para DNA proviral do HIV fica positivo a partir de 20 dias da exposição, assim um teste que utilize a detecção de ácidos nucléicos do vírus é de extrema relevância para um diagnóstico precoce e certeiro. Considerando o que foi colocado com relação à aplicação do PCR para DNA proviral, a carga viral para o RNA do HIV-1 também pode ser utilizada para diagnóstico no período de janela imunológica, pois a presença do RNA pode ser detectada a partir do 14º dia de exposição. Uma importante vantagem da realização da carga viral sobre a sorologia é que, por se tratar de um teste quantitativo, existe a possibilidade Em se tratando de genética humana, a biologia molecular tornou-se ferramenta fundamental no diagnóstico das doenças, permitindo não só a identificação do gene afetado, mas também da mutação responsável pela patologia. A disponibilidade dos métodos diagnósticos tem possibilitado também o diagnóstico pré-natal e a triagem populacional para as doenças. Embora a maioria dos testes genéticos ainda seja de diferenciar os resultados verdadeiramente positivos das interferências laboratoriais. Chlamydia trachomatis A Chlamydia trachomatis é considerada a bactéria sexualmente transmissível mais frequente em países desenvolvidos e de grande impacto no sistema reprodutivo das mulheres. A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram mais de 90 milhões de casos novos de infecção, anualmente, em todo o mundo. O diagnóstico da infecção pela Chlamydia trachomatis ainda é crítico, devido à frequência de infecções assintomáticas, mas o advento da biologia molecular permitiu uma melhor garantia diagnóstica. Os métodos mais completos em termos de sensibilidade e especificidade são os de detecção de ácidos nucléicos, dos quais PCR é o mais difundido. Os benefícios da amplificação relacionam-se com a maior sensibilidade quando comparada a cultura e aos testes mais utilizados, como imunofluorescência direta, imunocromatográfico e enzimaimunoensaio. Utilizando-se a técnica de PCR é possível a detecção com rapidez de pequenas quantidades de ácidos nucléicos em amostras clínicas, especificando gênero e grupo. Uma das vantagens do emprego do método PCR é exatamente a realização da genotipagem, que pode ser realizada por restriction fragment length polymorphism (RFLP) ou por sequenciamento de nucleotídeos direto da amostra clínica submetida a reações de amplificação. destinada ao diagnóstico e prevenção de doenças raras, os avanços tecnológicos têm permitido o uso destes para a avaliação de risco, uma vez que a correlação entre mutações gênicas e suscetibilidade a doenças é particularmente importante. Atualmente, alguns dos principais testes genéticos são realizados para avaliação de doenças hema- Diagnótico Molecular tológicas e no diagnóstico preventivo de distúrbios hemostáticos, devendo-se aqui destacar as trombofilias, decorrente de condições multigênicas e multifatoriais (idade avançada, gravidez/puerpério, uso de contraceptivos, cirurgia, imobilização prolongada). As condições genéticas mais citadas quando se trata de trombofilias se referem ao Fator V de Leiden, mutação do gene da protrombina e do gene da enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR). MUTAÇÕES GENÉTICAS • indivíduos homozigóticos tem 50 vezes mais chances de desenvolver trombose; Fator V de Leiden • gestantes portadoras da mutação em homozigose possuem 32 vezes mais risco de apresentar doença trombótica. A frequência de casos observados dessas mutações genéticas é pequena, sendo de 2 a 7% para o Fator V de Leiden, o mais comum, o que de certa forma não justificaria uma grande preocupação com o rastreamento dessas alterações. Todavia, esses exames tornam-se mais relevantes por serem alterações genéticas facilmente exploradas pela biologia molecular, a praticidade diagnóstica contribui muito para a investigação por parte do clínico. Como todo teste genético, o perfil para trombose é realizado apenas uma vez, mas se positivo implica em cuidados ao longo da vida (quadro ao lado). Considerando ainda a genética humana, o conjunto de informações herdadas dos pais biológicos, permite a identificação humana e aplicada nas investigações de paternidade. Os testes de paternidade são realizados comparando marcadores genéticos em amostras da mãe, do filho e do suposto pai. As características do filho que não forem compatíveis com as da mãe devem ser provenientes do pai. Caso não sejam coincidentes com o suposto pai examinado, concluise pela exclusão de paternidade. Porém, se houver • mulheres em uso de contraceptivo oral ou submetidas à terapia de reposição hormonal têm risco 13 a 15 vezes maior de apresentar fenômeno trombótico; Mutação do gene da protrombina Mutação do gene da enzima MTHFR • gestantes portadoras da mutação tem risco aumentado de aborto precoce e aborto recorrente. • pacientes homozigóticos podem apresentar elevação dos níveis plasmáticos de homocisteína em até 25%; • pacientes com hiperhomocisteinemia apresentam risco 6,5 vezes maior de ter aborto precoce. compartilhamento do material genético entre o suposto pai e a criança, a paternidade não pode ser excluída e a partir de cálculos estatísticos considera-se a probabilidade de ele ser realmente o pai. Atualmente, o teste de paternidade é considerado como o exame mais adequado para a determinação de vínculo genético, pois no mínimo 17 características genéticas independentes entre si são analisadas, configurando mais de 99,999% de precisão do resultado. ALGUMAS DOENÇAS DIAGNOSTICADAS, POR BIOLOGIA MOLECULAR, PELO QUAGLIA LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS Citomegalovírus Hepatite C Chlamydia trachomatis Hepatite B Mycobacterium tuberculosis Gene IL28B Neisseria gonorrhoeae Fibrose Cística Toxoplasmose PML - Translocação Rara HTLV Hemocromatose HIV X Frágil - Pesquisa molecular do cromossomo Papilomavírus Humano (HPV) Microdeleção do cromossomo Y Perfil para Trombose • Mutação do gene da enzima MTHFR • Fator V Leiden • Mutação do gene da protrombina Teste de Paternidade • Trio: suposto pai, filho, mãe • Duo: suposto pai e filho • Post mortem: filho, mãe e 2 parentes, preferencialmente, de primeiro grau Ciente da importância da qualidade para o diagnóstico laboratorial, o Quaglia Laboratório de Análises Clínicas trabalha com uma equipe de profissionais altamente preparados para a execução dos processos, disponibilizando o diagnóstico preciso de diversas patologias, contribuindo para o tratamento direcionado e o monitoramento em resposta a terapia. Em síntese, auxilia nas decisões clínicas como contribuição para a melhoria da saúde. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 - BRASIL. Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças do Papilomavírus. Disponível em: www.hpv.org.br. Acesso em: 23 agosto 2011. 2 - BRASIL. Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite – ABPH. Disponível em: www.hepatite.org.br. Acesso em: 03 agosto 2011. 3 - BRASIL. Centro de Genomas – Cartas Moleculares. Disponível em: www.centrodegenomas.com.br. Acesso em: julho 2011. 4 - BRASIL. Confiança e Relevância Clínica em Saúde da Mulher - COBAS® 4800 System. Roche Diagnóstica Brasil. 2010. 5 - Silva, M.O. Diversidade genética do vírus da Hepatite B no Brasil – genótipos, subgenótipos e recombinantes. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro. 2008. 6 - Filho, A. M.; Remualdo, V. Biologia Molecular aplicada ao Diagnóstico de Doenças Infecciosas. Em: Prática Hospitalar. Ano IX, n.53, Set-Out/2007. 7 - Seadi, C.F.; Oravec, R.; Poser, B.V.; Cantarelli, V.V.; Rosetti, M.L. Diagnóstico Laboratorial da infecção pela Chlamydia trachomatis: vantagens e desvantagens das técnicas. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. Rio de Janeiro, v.38, n.2, 2002. O Caderno de Informação Científica é um informativo editado pelo Quaglia Laboratório de Análises Clínicas. Textos Dra. Luciane Loesch de Souza Revisão Final Dra. Carmen T. P. Quaglia Dr. Vitor M. Pariz Projeto Gráfico, Editoração Eletrônica, Tratamento de Imagem e Finalização BC&C Comunicação e Design QUAGLIA Laboratório de Análises Clínicas Rua Francisco Paes, 165 • Centro 12210-100 • São José dos Campos • SP Facebook.com/quaglia.laboratorio Serviço de Atendimento ao Cliente (12)2138-9500 www.quaglia.com.br