Santuário de Fátima
Concerto
Concerto
dos Ramos
da Páscoa
Stabat Mater
de Pergolesi
Missa
“in tempore belli”
de Josef Haydn
Orquestra Filarmonia das Beiras
Coro Regina Cæli
Maestro: António Lourenço
Centro Pastoral Paulo VI 12 de Abril de 2009 às 15:00
(Domingo de Páscoa)
Concerto de Páscoa
12 de Abril | 15h00 | Fátima | Centro Pastoral Paulo VI
Programa:
Giovanni Batista PERGOLESI – Stabat Mater
I. Stabat Mater dolorosa
II. Cujus animam gementem
III. O quam tristis et aflicta
IV. Quae moerebat et dolebat
V. Quis est homo
VI. Vidit suum dulcem natum
VII. Eja Mater, fons amoris
VIII. Fac, ut ardeat cor meum
IX. Sancta Mater, istud agas
X. Fac ut portem Christi mortem
XI. Inflammatus et accensus
XII. Quando corpus morietur
Joseph HAYDN * – Missa In Tempore Belli (Paukenmesse) – Missa em Tempo de Guerra
I. Kyrie - Largo
II. Gloria - Vivace
III. Credo - Allegro
IV. Sanctus – Adagio
V. Benedictus – Andante
VI. Agnus Dei – Adagio
* 2009 - 200 Anos da Morte de J. Haydn
Intervenientes:
Orquestra Filarmonia das Beiras
Coro Regina Coeli de Lisboa
Isabel Alcobia, soprano
Margarida Reis, contralto
Carlos Nogueira, tenor
Bruno Pereira, barítono
António Vassalo Lourenço, direcção
Notas de Programa
2. Soprano Solo
Giovanni Batista Pergolesi (1710-1736) | Stabat Mater
Cujus animam gementem,
Contristatam et dolentem,
A sua alma aflita,
Contristada e dolorida,
Giovanni Batista Pergolesi viveu apenas 26 anos, mas tornou-se numa das personalidades musicais mais influentes do início do século XVIII. A sua música eclesiástica
estabeleceu um novo padrão musical quando, no início daquele século, precisamente
na transição do alto barroco para o classicismo, conseguiu unir os estilos novo e antigo,
preservando o contraponto erudito do stile antico, ao mesmo tempo que trazia para
a Igreja a linguagem decorativa e ornamentada da ópera italiana. Esta característica
musical de antigo/novo foi o elemento fascinante do Stabat Mater para o século XVII,
estendendo-se a sua influência até Mozart e Haydn. Stabat Mater é uma sequência católica, do século XIII, que fala do sofrimento de Maria, mãe de Jesus, durante a crucificação. Pergolesi concluiu o seu Stabat Mater no
mosteiro franciscano de Pozuolli durante a pior fase da sua doença, possivelmente
uma tuberculose. Apesar de os duetos serem uma preciosidade do estilo antigo, os
solos tratam a linha melódica com uma nova visão musical, que encantou aquelas e
as novas gerações de músicos. No dueto Sancta Mater, istud agas, o compositor cria
uma cena dramática moderna e sofisticada, já próxima do estilo clássico no apogeu de
seu desenvolvimento. Pergolesi morreu em circunstâncias obscuras, semelhantes às
de Mozart, e o seu Stabat Mater, pela sua originalidade e valor artístico, permanece no
repertório dos grandes intérpretes e nos catálogos de gravação até aos dias de hoje.
Pertransivit gladius.
Foi trespassada pela espada
3. Dueto (Soprano e Contralto)
O quam tristis et afflicta
Fuit illa benedicta
Mater unigeniti!
Oh! Como estava triste e aflita
Aquela mãe bendita,
De um único filho.
4. Contralto Solo
Quae moerebat et dolebat,
Et tremebat, cum videbat,
Nati poenas incliti.
Em sofrimento e aflição,
Estremecia, vendo
Os sofrimentos do seu Filho Divino.
Texto Stabat Mater
Não se conhece o autor do poema original de Stabat Mater, mas é tradicionalmente
aceite que a sua autoria se deva a um monge Franciscano do séc. XIII.
Texto: Sequentia (In Festo Septem Dolorum B.M.V.)
1. Coro
Stabat Mater dolorosa,
Juxta crucem lacrymosa,
Dum pendebat filius.
Estava a mãe em sofrimento,
Chorosa junto da cruz
De onde pendia o Filho.
5. Dueto (Soprano e Contralto)
Quis est homo, qui non fleret,
Christi matrem si vederet
In tanto supplicio?
Quem não choraria
Vendo a mãe de Cristo
Em tanto suplício?
Quis non posset contristari,
Piam matrem contenplari
Dolentem cum filio?
Quem poderia, sem tristeza,
Contemplar a mãe de Cristo
Aflita com o sofrimento do Filho?
Pro peccatis suae gentis
Vidit Jesum in tormentis
Et flagellis subditum.
Pelos pecados do seu povo,
Ela via Jesus sofrer tormentos,
Flagelado pelas chicotadas.
6. Soprano Solo
Vidit suum dulcem natum
Moriendo desolatum,
Dum emisit spiritum.
Ela via o seu doce Filho,
Morrendo desolado,
A sua alma entregando.
7. Contralto Solo
Eia, Mater, fons amoris,
Me sentire vim doloris
Fac, ut tecum lugeam.
8. Coro
Fac, ut ardeat cor meum
In amando Christum Deum,
Ut sibi complaceam.
10. Contralto Solo
Ó Mãe, fonte de amor,
Faz-me sentir a tua dor,
Faz com que eu chore contigo.
Faz com que o meu coração arda
De amor por Cristo, meu Deus,
Para que possa agradar-lhe.
9. Dueto (Soprano e Contralto)
Sancta Mater, istud agas,
Crucifixi fige plagas,
Cordi meo valide.
Mãe Santíssima, grava profundamente
As chagas do Crucificado
No meu coração.
Tui nati vulnarati,
Tam dignati pro me pati,
Poenas mecum divide.
Do teu Filho ferido,
Que se dignou sofrer por mim,
As penas comigo partilha.
Fac me vere tecum flere,
Crucifixo condolere,
Donec ego vixero.
Faz-me verdadeiramente contigo chorar,
As dores do Crucificado,
Enquanto eu possa viver.
Fac, ut portem Christi mortem
Passionis fac consortem
Et plagas recolere.
Faz com que eu traga comigo a morte
de Cristo, que eu partilhe as suas dores
E que venere a suas chagas.
Fac me plagis vulnerari,
Cruce hac inebriari
Ob amorem filii.
Faz com que eu venere as suas feridas,
Que me inebrie da Cruz
E no amor do teu Filho.
11. Dueto (Soprano e Contralto)
Inflammatus et accensus,
Per te, virgo, sim defensus
In die judicii.
Inflamado e ardendo (no amor de Cristo)
Por ti, Virgem, quero ser defendido
No dia do juízo final
Fac me crucem custodiri,
Morte Christi praemuniri,
Confoveri gratia.
Faz com que, pela cruz possa ser protegido
Pela morte de Cristo fortalecido
E pela sua graça favorecido.
12. Dueto (Soprano e Contralto) e
Coro
Quando corpus morietur,
Fac, ut animae donetur
Paradisi Gloria. Amen.
Juxta crucem tecum stare
Te libenter sociare
In planctu desidero.
Virgo virginum praeclara,
Mihi jam non sis amara,
Fac me tecum plangere.
Junto da cruz, contigo quero estar
E contigo quero unir-me
Ao teu pranto de luto.
Ó Virgem admirável entre todas,
Não sejas agora dura comigo,
Deixa-me chorar contigo
Quando o meu corpo morrer
Faz com que seja dada à minha alma
A glória do Paraíso. Ámen.
Joseph Haydn (1732 —1809) | Missa In Tempore Belli
Franz Joseph Haydn foi um dos mais importantes compositores do período clássico e,
ao lado de Mozart, Beethoven e Bach, um dos mais apreciados mundialmente.
Era irmão do compositor Michael Haydn e do tenor Johann Evangelist Haydn. Tendo
vivido a maior parte de sua vida na Áustria, o compositor passou a maior parte de sua
carreira como músico da corte para a família Esterházy. Isolado de outros compositores
foi, segundo ele próprio, “forçado a ser original”.
Haydn compôs a Missa em Tempo de Guerra em Dó, H.XXII nº 9 (em latim, Missa
in Tempore Belli, ou, em alemão, Paukenmesse), na fase final da sua vida, quando
compunha bastante música sacra. A sua estreia ocorreu na Igreja dos Piaristas, em
Viena, a 26 de Dezembro de 1796, e foi novamente apresentada em 1797, no dia da
Princesa, em Eisenstadt.
Em 1996 terminou o mestrado em Direcção de Coro e Orquestra pela Universidade de
Cincinnati (EUA), onde também foi Assistente, tendo concluído o Doutoramento em
Direcção de Orquestra em 2005. Nesta universidade estudou Orquestração com Sa-
De espírito marcial e com um famoso solo de tímpanos no Agnus Dei (de onde deriva
o nome alemão Paukenmesse), o público Austríaco deve ter relembrado com algum
desconforto a bem sucedida guerra de Napoleão contra a Áustria e seus aliados, que
culminou na invasão deste país até Graz. Segundo muitos críticos, os trompetes e tímpanos não funcionam na partitura como o retumbar glorioso da guerra, mas como a
condenação veemente destes conflitos militares por Haydn. Esta não é a única prova
da expressividade sinfónica do estilo tardio de Haydn. Ao contrário das suas primeiras
missas, dominadas por partes solísticas ao estilo Italiano, nesta encontra-se um equilíbrio diferente das forças, bem como uma junção mais forte dos elementos vocais
e instrumentais. Tirando partido das missas de Florian Gassmann, a quem o próprio
Haydn chamava o seu mestre na música sacra, inicia as secções solísticas ao estilo de
ária, sendo depois complementadas pelo quarteto de solistas. Nestas secções, o compositor revela a sua extraordinária capacidade para coordenar o potencial decorativo
e dramático da voz solo com a expressão colectiva do tutti. Além disso, os instrumentos adquirem um papel muito mais importante. A qualidade “pitoresca”, que depois
também se tornou uma imagem de marca das suas duas Oratórias, é o cerne desta
obra. Deliberada e repetitivamente, o compositor explora as propriedades ilustrativas
que são particularmente associadas ao uso dos trompetes e tímpanos. Haydn foi um
compositor cujo poder expressivo e o impacto instrumental apontam na direcção das
esferas de expressão do século XIX.
muel Adler, Direcção de Coro com Elmar Thomas, Earl Rivers e John Leman e Direcção
de Orquestra com o Maestro e Compositor Gerhard Samuel e ainda com Christopher
Zimmerman, de quem foi Assistente de Direcção.
Biografias
António Vassalo Lourenço | Maestro
Director Artístico da Orquestra Filarmonia das Beiras desde
1999 e do Coro Regina Coeli entre 1983 e 2008, é ainda responsável pelas classes de Coro e Direcção da Universidade
de Aveiro desde 1997 e Maestro Adjunto da Orquestra Sinfonietta de Lisboa desde 1995. Com estes grupos tem dado
particular atenção à música portuguesa, tendo realizado
diversas estreias, primeiras audições modernas e gravações
de obras de compositores portugueses.
A sua formação e actividade musicais iniciaram-se aos 8 anos na Fundação Calouste
Gulbenkian onde estudou violino e fez parte do Coro Infantil. Estudou Canto na Academia dos Amadores de Música com a professora Maria Amélia Abreu tendo concluído
em 1990 o Curso Superior no Conservatório Nacional de Lisboa na classe da professora
Filomena Amaro.
Cantou em diversos grupos profissionais entre os quais o Coro Gulbenkian, entre 1982
e 1993, e dirigiu diversos coros em Portugal. A sua carreira como Maestro iniciou-se no
Coro Regina Coeli tendo obtido com este grupo prémios em concursos internacionais.
Frequentou cursos de Direcção Coral em Portugal, Espanha, França e Bélgica, onde
trabalhou com Manuel Cabero, Josep Prats (Barcelona), Erwin List (Strasbourg), Hélène
Guy (Lyon), Edgar Saramago, Fernando Eldoro (Lisboa), Paul Brandevick (Boston), Johan Duijck (Gent) e Laszlo Héltay (Londres) e realizou também estudos de Direcção de
Orquestra, desde 1990, em Portugal, Espanha e França com Octave Calleya (Roménia),
Jeno Rehah (Hungria), Ernst Schelle (Alemanha) e Jean-Sébastien Béreau (Paris). Foi
aluno da classe de Direcção da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a orientação
de Jean-Marc Burfin.
Foi Maestro Adjunto da Orquestra da Juventude Musical Portuguesa e Assistente de
Direcção da Concert Orchestra de Cincinnati. Como maestro convidado dirigiu diversas
orquestras e coros em Portugal, Espanha, França e nos Estados Unidos da América.
Desde 1987 tem participado, como monitor, em diversos Cursos de Direcção Coral e
tem sido Director Musical de peças teatrais.
Foi Director Artístico do Festival Internacional de Música de Aveiro entre 2000 e 2004
e desempenhou o cargo de Coordenador Artístico da Orquestra Sinfónica Portuguesa
e do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos entre 2002 e 2003.
Isabel Alcobia | soprano
Estudou no Conservatório Nacional de Lisboa, na classe
da cantora Filomena Amaro, e posteriormente, como
Obteve diversos prémios em concursos de canto, sendo de salientar o 1.º prémio no
concurso de canto em “Cleveland International Einsteddfod” (Inglaterra), e ainda no
concurso “Three Arts scholarship”, em Cincinnati (U.S.A).
bolseira do Governo Espanhol, na Escola Superior de
Canto de Madrid onde concluiu o Curso Superior de
Canto na classe de Marirni Del Pozo em 1994. Ainda
nesse ano seguiu para os EUA onde concluiu, como
bolseira do Ministério da Cultura, o Mestrado em Canto na Universidade de Cincinnati em 1996. Frequentou
diversos cursos de aperfeiçoamento e interpretação
em Portugal e no estrangeiro, tendo trabalhado com
Helmut Lips, Isabel Penagos, Helena Lazarska e Gundula Janowitz.
É professora de Canto no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de
Aveiro.
Tem desenvolvido intensa actividade solística em Portugal, Espanha, Estados Unidos
da América e pelo Oriente, tendo já actuado com o Coro e Orquestra da Capella Real
de Madrid, o Coro e a Orquestra Gulbenkian, o Coro do Teatro Nacional de S.Carlos e a
Orquestra Sinfónica Portuguesa, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Coro Regina Coeli de Lisboa, o Chamber Choir de Cincinnati, a Cincinnati Philarmonia Orquestra
e a Cincinnati Concert Orquestra, a Orquestra da Juventude Musical Portuguesa, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa e a Orquestra Filarmonia das Beiras.
Na Ópera são de destacar as interpretações de Euridice (Orfeo), Pamina (A Flauta Mágica), Adele (O Morcego), Musetta (La Bohème), Giannetta (O Elixir do Amor), Norina
(D.Pasquale) e Julieta (Romeu e Julieta). Em Novembro de 1991 participou, a convite
do Teatro Nacional de S. Carlos, na Ópera “Amor de Perdição”, com representações em
Lisboa e em Bruxelas (no âmbito da Europália). Em 1993, em Madrid, interpretou no
Museu Del Prado, a obra “Auto Del Lirio y de la Azucena,” de José Peyro, sob a direcção
de Óscar Gershensohn. Em 1996 foi seleccionada para interpretar o papel de Gilda, da
ópera “Rigoletto” (Verdi) no Festival de Ópera da cidade De Lucca, em Itália. Em 1998
representou, no Centro Cultural de Belém, o papel principal em “Naufrágios e Milagres” de José Alberto Gil, para o Festival dos 100 Dias.
Em Abril de 2003 realizou a 1.ª audição absoluta de um ciclo de canções para soprano, trompa, piano e Orquestra de Eurico Carrapatoso tendo estreado em 2006 a obra “A-Ver-A-Ria” do mesmo compositor.
Desde 1988 tem realizado com regularidade gravações para a RTP, a RDP e RTP Açores.
Margarida Reis | contralto
Finalizou em 1999 a Licenciatura em Canto
na Escola Superior de Música e das Artes do
Espectáculo do Porto, na classe da Professora
Fernanda Correia.
No domínio da Oratória destacam-se as suas
participações no Requiem e na Missa da Coroação de Mozart, na Missa das Catedrais de
Gounod, no Gloria e Stabat Mater de Vivaldi,
no Requiem op. 60 de Rheinberger, no Stabat
Mater de Pergolesi, na 9ª Sinfonia de Beethoven, no Requiem de Duruflé, no Te Deum de
Bruckner e no Requiem de Verdi e de J. D. Bomtempo.
No campo operático, interpretou Frau Pitchum da Die Dreigroschenoper de Kurt Weill,
Miss Baggott de The Little Sweep de Britten, Suor Angélica da ópera com o mesmo
nome de Puccini e Dorabella da ópera Così Fan Tutte de Mozart. Em co-produção do
Círculo Portuense de Ópera, do Coliseu do Porto e da Orquestra Nacional do Porto,
interpretou ainda Meg Paige de Falstaff de Verdi e Marcellina de Le Nozze di Fígaro de
Mozart sob a direcção do Maestro Marc Tardue. Cantou ainda o papel da Mãe na Ópera Der Jasager de Kurt Weill no Festival Obra Aberta promovido pela Casa da Música.
Interpretou La Mére d’ Iseut de Le Vin Herbé de Franck Martin, no Teatro Aberto sob a
direcção do maestro João Paulo Santos e Flora de La Traviata de Verdi, com a Orquestra
do Norte sob a direcção do maestro Ferreira Lobo. Em 2007 interpretou o papel de
Tulipa na Ópera O Rapaz de Bronze de Nuno Côrte-Real, em estreia mundial na Casa da
Música e na Culturgest, sob a direcção do Maestro Christoph König.
Cantou El Amor Brujo de Falla com a Orquestra Nacional do Porto sob a direcção do
Maestro Marc Tardue, e Rapsódia para Contralto de Brahms com a Filarmonia das Beiras sob a direcção do Maestro António Vassalo Lourenço.
Recentemente cantou Serenade to Music de Ralph Vaughan Williams no CCB com a
Orquestra Sinfónica Portuguesa sob a direcção do Maestro Enrico Dovico.
Interpretou canções de Luís de Freitas Branco – algumas em estreia absoluta - com o
pianista Francisco Sassetti, num recital transmitido em directo pela RDP – Antena 2,
integrado no Festival Luís de Freitas Branco.
Interpretou em estreia absoluta, a cantata profana Alma de Luís Cardoso com textos de
Manuel Alegre, sob a direcção do Maestro Carlos Marques.
Participou em inúmeros concertos e recitais em Portugal, França, Inglaterra, Bélgica
e Brasil. Trabalha regularmente com o pianista Jaime Mota, com quem gravou um CD
dedicado a compositores do Porto do séc. XX e recentemente, “Um breve olhar musical sobre a poesia de Florbela Espanca” – encomenda da Câmara Municipal de Matosinhos. Actualmente lecciona na Academia de Música de Espinho.
Carlos Nogueira | tenor
Carlos Nogueira iniciou os seus estudos de canto no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga na classe
da Professora Inês Sofia. Consequentemente ingressou na
Licenciatura em Ensino da Música da Universidade de Aveiro estudando com os Professores António Salgado e Isabel
Alcobia. Licenciou-se em Performance de Canto na Royal
Scottish Academy of Music & Drama, Glasgow, onde estudou com Peter Wilson e venceu o Norma Greig French Song
Prize. Presentemente integra o prestigiado Curso de Ópera
da Guildhall School of Music & Drama em Londres na classe
da Professora Laura Sarti, apoiado por The Worshipful Company of Plumbers and Upholders, The Leverhulme Trust, The Music Students Hostel
Trust e Il Circolo Italian Cultural Foundation., e onde obteve o seu Masters of Music in
Vocal Performance com classificação máxima.
Dos papéis de ópera com que se apresentou em palco figuram: Guide em The King Goes
Forth to France de Aulis Sallinen, Prince Ali em La Rencontre Imprévue de Gluck, Conte
Alberto em L’Occasione fa il Ladro de Rossini, Sacerdote & Homem Armado em Flauta
Mágica de Mozart e Diner III em Capriccio de Richard Strauss (GSMD); Alfred em Die
Fledermaus de J. Strauss (versão concerto com a Cambridge Philharmonic); Ferrando
em Così fan Tutte de Mozart e Son I & Charlie em Sete Pecados Mortais & Mahagonny
Songspiel de Kurt Weill (Aveiro, Porto e Vila Real); e em excertos das óperas Flastaff de
Verdi (Royal Albert Hall), L’Italiana in Algeri de Rossini, Così fan Tutte e The Midsummer
Marriage de Tippett (Bridewell Theatre); Alcina de Hanel, Albert Herring de Britten, La
Finta Giardinera de Mozart, L’Elisir d’Amore de Donizetti e Roméo et Juliette de Gounod (GSMD); Don Giovanni de Mozart e Barbiere di Siviglia de Rossini (RSAMD) e Les
Pechêurs des Perles de Bizet (Curso Internacional de Musica Vocal, Aveiro).
No campo do Oratório destacam-se os solos em Paixão Segundo S. Mateus de Bach,
A Criação de Haydn, Stabat Mater de Rossini, L’Enfance du Christ de Berlioz e Carmina
Burana de Orff no Reino Unido e O Messias de Handel em Portugal.
Nos últimos três verões integrou o Coro do Festival Wagner de Bayreuth (Alemanha),
cantando Lehrbuben em Meistersinger von Nurnberg encenada por Katrina Wagner
e trabalhando com maestros como Christian Thielemann, Sebastian Weigle, Peter
Schneider e Daniele Gatti, entre outros.
Durante o seu percurso tem participado em aulas/masterclasses com professores e
músicos de renome tais como: Adriane Pieczonka, Alan Opie, Christian Curnyn, Emma
Kirkby, Graham Johnson, Helmut Deutsch, Malcom Martineau, Margaret Marshall,
Olga Prats, Patricia MacMahon e Sarah Walker, entre outros.
Projectos futuros incluem Edoardo em La Cambiale di Matrimonio de Rossini (GSMD),
Dorvil em La Scala di Seta de Rossini (British Youth Opera) e Samling Foundation Masterclasses.
Bruno Pereira | barítono
Nascido em Vila Nova de Gaia iniciou os seus estudos musicais aos oito anos de idade na Academia
de Música de Vilar do Paraíso (AMVP).
Concluiu o bacharelato em Canto Teatral pelo
Conservatório Superior de Música de Gaia, na
classe da Prof. Fernanda Correia tendo concluído,
mais tarde, a licenciatura em Canto na Escola
Superior de Música e das Artes do Espectáculo do
Porto (ESMAE), na classe do Prof. Oliveira Lopes.
Realizou cursos de aperfeiçoamento vocal com António Salgado, Hilde Zadek, Laura
Sarti, Elsa Saque, Charles Spencer, Mara Zampieri, Patricia MacMahon, Manuel Cid e
Enza Ferrari. Trabalha regularmente, em Inglaterra, com Susan McCulloch.
Interpretou o baixo do Messias de Handel, Requiem, Missa da Coroação e Missas em
SolM, FaM, DoM e ReM de Mozart, Cantata nº4 e as 3ª e 6ª cantatas do Oratório de
Natal de J.S. Bach, Te Deum de Charpentier e os Requiem de Donizetti e Fauré. Inter-
A par desse seu papel de dinamização e descentralização cultural, a OFB tem-se afirmado no panorama musical português através de importantes participações nos principais festivais de música do país (Algarve, Aveiro, Coimbra, Estoril, Évora, Gaia, Guima-
pretou ainda a Missa Tango de Luís Bacalov. No campo operático desempenhou o papel de D. Alfonso em Cosi fan tutte, Bártolo nas Bodas de Fígaro, Colas na ópera Bastien
und Bastienne e Buff no Empresário de Mozart. Rocco na ópera Fidelio de Beethoven,
Baltazar na ópera Amahl e os visitantes da noite de G. Menotti, Noé na ópera A Arca de
Noé de B. Britten; Jimmy na ópera Mahagonny Songspiel de Kurt Weil e Mãe na ópera
Os sete pecados capitais do mesmo compositor; Basílio na ópera O Barbeiro de Sevilha
de Rossini; Zuniga em Carmen de Bizet, Dottore na Traviata e Faraó na Aida de Verdi;
interpretou ainda, em estreia absoluta a personagem de João Espergueiro morto na
ópera João Espergueiro de Eduardo Patriarca e o baixo de Uma Ilha na Lua de Joaquim
Pavão. Cantou sob a direcção dos maestros Mário Mateus, Manuel Ivo Cruz, Cesário
Costa, Roberto Perez, António Saiote, Niksa Bareza, Marc Tardue, Richard Brunner, Filipe Veríssimo, Pedro Amaral, Carlos Marques, António Sérgio Ferreira, Ferreira Lobo e
Félix Carrasco com a Orquestra do Norte, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra
do Conservatório Regional de Gaia, Orquestra ARTAVE, Orquestra Nacional do Porto,
Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Sinfonieta da ESMAE, Orquestra Sine Nomine, Orquestra Clássica do Centro e Orquestra Metropolitana de Lisboa.
rães, Leiria, Póvoa de Varzim, Festa da Música do Centro Cultural de Belém – extensão
de Viseu) e no estrangeiro, onde se destacam a ida ao Festival de Guyenne (França)
em 1998 e ao Festival de Mérida (Espanha) em 2004. De realçar ainda, a cooperação
com outros organismos artísticos ou a participação em importantes co-produções. São
estes os casos dos espectáculos no Coliseu de Recreios de Lisboa com a companhia
Cirque du Soleil em 2000; da interpretação da música de Bernardo Sassetti para o filme
“Maria do Mar” de Leitão de Barros, em 2001 e 2003; da execução da ópera infantil
“A floresta”, de Eurico Carrapatoso, numa co-produção com o Teatro Nacional de São
Carlos, Teatro São Luís, Teatro Aveirense e Teatro Viriato, em 2004; da colaboração com
a Companhia Nacional de Bailado na produção do bailado “Sonho de uma Noite de
Verão”, de Heinz Spoerli, com récitas no Teatro Camões em Lisboa, no Europarque de
Santa Maria da Feira e no Teatro Romano de Mérida, também em 2004. Em 2006 voltou a OFB a colaborar com a Companhia Nacional de Bailado na produção do bailado
“O Lago dos Cisnes” de Piotr Tchaikowsky, sob a direcção de James Tuggle.
Integra o corpo docente da AMVP, é licenciado em Produção e Tecnologias da Música
pela ESMAE e pós-graduado em Gestão Cultural.
ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS
A Orquestra Filarmonia das Beiras nasceu em 1997, no âmbito do programa governamental para a criação de uma rede de orquestras regionais, e deu o seu primeiro concerto no dia 15 de Dezembro desse ano. Desde então, realizou cerca de 1.000
concertos e afirmou-se como instituição de reconhecida importância principalmente
na região em que se insere. Para além dos concertos, a sua acção, tendo em atenção
a missão assumida pela AMB, abarcou ainda a colaboração intensiva com escolas de
música e jovens músicos da região, a organização em 2002, 2003 e 2004 de cursos de
Direcção de Orquestra, a realização do projecto Orquital, desenvolvido em parceria
com a Universidade de Aveiro, que utiliza as novas tecnologias da comunicação para a
sensibilização e educação musicais e que deu lugar a um CD-ROM e um sítio na Internet, e anualmente, em colaboração com autarquias, a efectivação do projecto Música
na Escola, que já levou a música a mais de 80 mil crianças do 1.º Ciclo.
A Orquestra é regularmente dirigida por alguns maestros estrangeiros e pelos mais
conceituados maestros em actividade em Portugal (Gerhard Samuel, James Tuggle,
Ernst Schelle, Manuel Ivo cruz, Fernando Eldoro, Vasco Pearce de Azevedo, Jean-Marc
Burfin, António Saiote, Cesário Costa, Max Rabinovitsj e Mário Mateus) e tem colaborado com músicos de grande prestígio nacional e internacional, de onde se destacam
os violinistas Régis Pasquier, Valentin Stefanov e Wojciech Garbowski, os violoncelistas
Irene Lima, Paulo Gaio Lima e Teresa Valente Pereira, os flautistas Patrick Gallois, Felix
Renggli e Istavn Matuz, os oboístas Pedro Ribeiro e Alex Klein, os pianistas Pedro Burmester, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Bárbara Dória, Gabriela
Canavilhas, Adriano Jordão, Anne Kaasa, Valery Starodubrovsky e Valerian Shiukaschvili, os guitarristas Carlos Bonell, Alex Garrobé, Aliéksey Vianna e Jozef Zsapka ou o saxofonista Henk van Twillert, assim como os cantores Elsa Saque, Elisabete Matos, Sílvia Mateus, Elvira Ferreira, Isabel Alcobia, Elsa Cortez, Marisa Figueira, Angélica Neto,
Susana Teixeira, Margarida Reis, Maria Ana Vassalo, Carlos Guilherme, Mário Alves,
Rui Taveira, Marco Santos, João Rodrigues, João Sebastião, Luís Rodrigues, Jorge Vaz
de Carvalho, Armando Possante, José Corvello, Pedro Correia e António Salgado entre
outros. Simultaneamente, a OFB tem procurado dar oportunidade à nova geração de
músicos portugueses, sejam eles maestros, instrumentistas ou cantores.
Dedicando-se normalmente à execução do reportório específico para uma formação
clássica, com obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, a OFB tem, sob a Direcção Artística do Maestro António Vassalo Lourenço, dado particular importância
A sua constante evolução em termos técnicos, vocais, artísticos e interpretativos tem-lhe proporcionado com regularidade, a realização de concertos com a participação de
orquestras ou agrupamentos instrumentais profissionais, sendo de realçar os concer-
à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património
musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI. Aí
se incluem estreias de obras e primeiras audições modernas de obras de compositores
dos Séculos XVIII e XIX. Neste contexto gravou um CD com orquestrações do compositor João Pedro Oliveira sobre Lieder de Schubert e gravou um outro CD com a Missa
para Solistas, Coro e Orquestra de João José Baldi. A vontade de proporcionar novas
experiências artísticas ao público tem levado à abordagem de outras áreas musicais
como a música para filmes ou o teatro musical, e à colaboração com diversos artistas
do panorama nacional onde se incluem, Maria João, Mário Laginha, Bernardo Sassetti,
Dulce Pontes, David Fonseca, Nuno Guerreiro, Mariza, Gilberto Gil, Carlos do Carmo e
Alessandro Safina.
tos efectuados com a Orquestra de Câmara do Conservatório Nacional de Lisboa, Orquestra da Juventude Musical Portuguesa, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra
Sinfónica Portuguesa, Orquestra ARTAVE, Orquestra Sinfonietta de Lisboa, Orquestra
Nacional da Lituânia, Nova Filarmonia Portuguesa e Cincinnati Philarmonia Orchestra.
Coro REGINA COELI de Lisboa
Criado em 1966 pelo maestro António Joaquim Lourenço, o Coro Regina Coeli de
Lisboa é hoje um dos mais representativos grupos do panorama musical português. É formado por cerca de 50 cantores cuja preparação vocal está a cargo do Professor
João Lourenço.
Faz parte da CONCERTATO - Associação Musical que tem em funcionamento uma Escola de Música, um Coro Infantil e Juvenil, e organiza todos os anos o Curso Internacional
de Música Vocal que decorre na Universidade de Aveiro.
Efectuou concertos por todo o país (desde Trás-os-Montes ao Algarve) tendo participado em diversos Festivais (Sintra, Évora, Algarve, Aveiro, Alcobaça), Encontros de Coros
(Coimbra, Viseu, Algarve, Açores) e Temporadas Musicais (S. Roque, Loures, Barreiro).
Em 1993 participou no lançamento do logótipo da Expo’98 e no Festival dos 100 Dias
com concertos no Centro Cultural de Belém. Das suas digressões internacionais por
Espanha, França e Inglaterra, são de destacar a sua participação nas “XXI JORNADAS
DE CANTO CORAL EM BARCELONA” (1985), na “SEMANA CORAL INTERNACIONAL” de
Longhborough (1987), no programa “CONCERTOS MUSICALES DEL COLISEU” em “El
Escorial” (1993), no “II CICLO IBÉRICO DE MÚSICA SACRA” em Tui (1994) e no Festival
“CLEVELAND INTERNATIONAL EISTEDDFOD” em Middlesbrough (1991) onde conquistou diversos prémios. Em Maio de 1993 participou num concerto em Bordéus onde,
em conjunto com outros coros da Europa apresentou a obra “CARMINA BURANA”.
Do seu vasto e ecléctico repertório fazem parte obras “a capella” do séc. XVI ao séc. XX, passando pelo repertório coral-sinfónico, no qual se incluem as obras: “Septanário a Nossa Senhora das Dores” e “Te Deum” (José Joaquim dos Santos), “Missa em
Si menor”, “Paixão segundo São João” e “Magnificat” (J. S. Bach), “L’Enfance du Christ”
(Berlioz), “Gloria” (Vivaldi), “Messias” (Häendel), “Stabat Mater” (Pergolesi), “Vesperae Solemnes de Confessore, K. 339”, “Litaniae de Venerabili Altaris Sacramento, K. 234”, “Missa da Coroação, K.317”, “Regina Coeli, K. 108”, “Davide Penitente”, K. 469
e “Requiem, K. 626” (W. A. Mozart), “Sonho de uma Noite de Verão” (Mendelsshon),
“Petite Messe Solenele” e “Stabat Mater” (Rossini), “Oratória de Natal” (Saint-Saens),
“Missa de Glória” (G. Puccini), “Requiem” (Fauré), “Requiem Alemão” (Brahms), “Missa para Coro Misto e Duplo Quinteto de Sopros” (Stravinski), “Carmina Burana” (Carl
Orff) e a Ópera “PORGY & BESS” (Gershwin).
Gravou já diversos discos e efectuou gravações para a RDP, a Rádio Renascença e para
a RTP.
O Coro foi dirigido até Setembro de 1983 pelo seu maestro fundador, entre 1983 e
2006 pelo maestro António Vassalo Lourenço, estando actualmente a direcção artística
a cargo do maestro Paulo Lourenço.
Orquestra Filarmonia das Beiras e Coro Regina Cæli de Lisboa
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Concerto da Páscoa - Santuário de Fátima