MARGINAL, FANZINE E BLOG: UM ESTUDO VISUAL JORGE LUÍS PINTO RODRIGUES ( IFRJ - INSTITUTO FEDERAL EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO), KARLA OLDANE F. LEAL (IFRJ (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO)). Resumo Em sua época áurea, nos anos 1970,a imprensa alternativa deu à luz a cerca de 150 periódicos alguns de vida curta, outros que resistiram um tempo maior acompanhando os anos de ditadura ferrenha que o país sofria e fazendo forte oposição ao regime militar. Essa imprensa independente – como também é chamada – e culturalmente efervescente propôs novos pensamentos estéticos e editoriais com temáticas muito diversificadas, em contraste com a complacência da grande imprensa, ultrapassando o ideal e indo para um campo em que as idéias e a criatividade norteadas pelo espírito idealista se misturavam num espaço plural. É explícita a importância de uma imprensa alternativa que pensa de forma independente e que não aceita interiorizar as informações sem contestar, numa opinião que gera informação. É uma lógica de pensamento e estrutura conceitual diferente dos grandes veículos de comunicação, onde é fácil perceber que as notícias são sempre muito parecidas em todos os noticiários, modifica–se apenas um ponto ou uma vírgula. O sociólogo Pierre Bourdieu dizia que os redatores passam mais tempo lendo os jornais adversários do que buscando novos fatos. Com algumas exceções, mas geralmente é isso que propicia de forma negativa a mudança de conceitos no jornalismo. Ao longo do século XX, o progressivo enraizamento dos periódicos na vida nacional acabaria por criar a necessidade de atender públicos cada vez mais diversificados. O interesse pela música sempre permeou as publicações da imprensa alternativa, do Pasquim à Rolling Stone. É objetivo deste trabalho estudar as relações histórico culturais da imprensa alternativa, especificamente dos periódicos relacionados a cultura e música, e os desdobramentos, desaparecimentos e ou transformações acarretados pela intenet em muitos veículos de informação impressa. Observando se estas transformações descaracterizaram sua essência contestadora e marginal preservando a autonomia ideológica que deve prevalecer sobre a verdadeira imprensa alternativa. Palavras-chave: Imprensa, Fanzine, Cultura. Introdução Desde que surgiram, no início do século XIX no Brasil, os periódicos exercem um papel fundamental na sociedade, eles criam verdadeiros espaços de manifestações, de opiniões acerca de certo tema, com alguma coerência ideológica entre si, e colaboram para congregar um determinado grupo de pessoas que lêem a mesma historia e compartilha dos valores ali expressos, e que de alguma maneira se identificam com eles. Segundo Bernardo Kucinski, cerca de 150 periódicos nasceram e morreram entre 1964 e 1980. De tamanho tablóide - metade do usado nos jornais convencionais eles se caracterizavam pela oposição ferrenha ao regime militar e ficaram conhecidos como "nanicos", "de leitor", "independente", "underground" ou ainda como "imprensa alternativa". Em 1974, ano do apogeu da imprensa nanica, a diversidade temática dos nanicos incluía os gramscianos, os leninistas, os feministas, os ecológicos, os roqueiros, etc (Kucinski, 2003: 16). Periódicos não convencionais foram chamados, inicialmente, de "imprensa nanica", devido ao formato pequeno adotado pela maioria. A palavra alternativa, com maior densidade semântica, já usada nos Estados Unidos e na Inglaterra, para designar arte e cultura não-convencionais, foi aplicada pelo jornalista Alberto Dines, em janeiro de 1976. Além de designar práticas não ligadas à cultura dominante, alternativa também significa optar entre duas coisas reciprocamente excludentes, a única saída para uma situação difícil e o desejo de protagonizar transformações. A imprensa alternativa dos anos 70 era tudo isso ao mesmo tempo. Em contraste com a complacência da grande imprensa com a ditadura militar, os jornais alternativos faziam a crítica sistemática do modelo econômico. Inclusive nos anos de seu aparente sucesso, durante o milagre econômico, de 1968 a 1973, destoando, assim, do discurso triunfalista do governo ecoado pela grande imprensa, construindo dessa forma todo um discurso alternativo (Kucinski, 1998). Os periódicos, em geral, trazem o mundo para o leitor, ou melhor, recriam e constroem um senso de comunidade para aqueles que o lêem. Segundo Maurizio Vitta, "o objeto, no nosso sistema, é, ao mesmo tempo, um signo de identificação social, um instrumento de comunicação, uma imagem para uso, um simulacro opressivo, um fetiche e uma ferramenta." (Vitta, 1989: 35). E dentre os objetos da cultura material um que mais sintetiza todos esses atributos são os periódicos. Segundo Ângela McRobbie eles "operam para conquistar e moldar o consentimento dos leitores para um determinado conjunto de valores" (McRobbie, 1991:82). Não temos dúvida que a imprensa desempenha um papel muito importante na sociedade. Como nos diz Woer e Gregorius: "A mídia impressa torna nossa afiliação visível. Muitas pessoas colocam sua revista predileta sobre a mesa de centro para demonstrar suas atitudes para os outros" (1998: 25). Ainda podemos ver os periódicos como contadores de estórias (storytelling). Aqueles que recriam o mundo para o leitor e criam um senso de comunidade. Nas últimas décadas estes objetos (periódicos) tomaram outra forma, a virtualidade, ou desapareceram. A inovação dentro da imprensa Na década de setenta e oitenta, oriundos da imprensa alternativa, surgiram periódicos que tinham como pauta principal a música popular. Revistas tais quais: Rollings Stones (versão brasileira), Música do Planeta Terra, Pipoca Moderna e Bizz. Eram revistas que discutiam a música popular e traziam reportagens e entrevistas com grandes nomes da MPB. É durante a década de 1970 que outro tipo de publicação também aparece - os fanzines. Conforme Edgar Guimarães, fanzines ou simplesmente zines, são as publicações que trazem textos diversos, histórias em quadrinhos do editor e dos leitores, reprodução de HQs antigas, poesias, divulgação de bandas independentes, contos, colagens, experimentações gráficas, enfim, tudo que o editor julgar interessante (http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=41&rv= Literatura). Algumas características básicas dos zines são a liberdade de expressão e temas, formatos variados, pequenas tiragens (no caso do papel), busca de satisfação pessoal por parte de editores e colaboradores, divulgação de idéias marcadas por um caráter autoral e ausência de cunho comercial. A primeira e maior importância dos fanzines é a cultural. Ou seja, os fanzines, de um jeito ou de outro, em maior ou menor grau, serão incorporados à cultura brasileira. Nos aspectos crítico e informativo, a liberdade criativa dos fanzines permite a veiculação de trabalhos mais isentos e com maior profundidade. É também importante a satisfação pessoal dos editores e colaboradores de estarem divulgando seus trabalhos, ou a ampliação de amizades entre os que participam desse mundo dos fanzines. As teorias sobre o surgimento do fanzine são controversas, a primeira afirma que ele surgiu junto com o movimento punk na Inglaterra, no final da década 70 e que o primeiro zine que se tem notícia chamava-se Sniffin´Glue e foi editado nos idos de 1976 em plena na cena do punk inglês. Já a segunda versão dita que os zines teriam surgido nos EUA, na década de 30 do século XX, em plena grande depressão americana. De acordo com essa versão, o primeiro fanzine (fan + magazine) da época, então conhecido como fanmag (fanatic + magazine), foi publicado por Ray Palmer para o Science Correspondence Club, em maio de 1930. O fanmag chamava-se The Comet e falava de cinema e literatura de ficção científica (Magalhães, 1993). A Cultura dos Fanzines A Cultura do Zine é enquadrada como uma cultura "alternativa" - o que é inevitável - mesmo com o desgaste sofrido pelo termo. Para Rodrigo Lariú, dono da gravadora Midsummer Madness, os fanzines estão onde as pautas dos jornais e revistas ainda não chegaram ou como acontecem bastante acabam chegando a reboque. Segundo Lariú, "os zines são a eminência parda da imprensa cultural brasileira. Tudo o que os editores de cadernos culturais escrevem é dito primeiro pelos fanzines e muitos destes editores são ex fanzineiros". Lariú tem uma relação muito peculiar com os fanzines, pois foi seu zine Midsumer Madness surgido em 1989 que deu origem a sua gravadora de bandas independentes. Em 1992, Lariú inovou distribuindo fitas demo junto com as edições impressas de seu fanzine, que foi um dos primeiros do Brasil a encartar uma fita cassete (provavelmente o primeiro, não se tem registros de outros na mesma época) "No dia 15 de março de 1990, Fernando Collor de Mello assumiu a presidência do Brasil. Neste mesmo ano, entrava no ar por aqui a MTV. No rock nacional, havia uma entressafra dos artistas nacionalmente conhecidos, enquanto centenas de bandas anônimas ensaiavam nas garagens de suas casas. Essas bandas acabaram inventando um circuito próprio, com seus locais de shows, sua imprensa fanzineira e seu mercado de fitas demo. No início dos anos 90, a moeda era o Cruzeiro. Ou melhor, o Cruzado... quer dizer, Cruzado novo... Ah, vai saber! O assustador era que existia em circulação notas de meio milhão de cruzados. E gravar um compact disc (ainda se lançava música nos 3 formatos: vinil, CD e K7) naqueles anos era coisa de mega popstar! Qualquer banda de garagem que quisesse fazer sua música circular precisava ter uma fita cassete demo. Além disso, "as gravadoras não queriam mais contratar bandas de Rock". Era a época do axé music, do sertanejo, do Brasil como 7º maior mercado fonográfico do mundo. E pasmem, isso se refletia nas demos. Internet ainda era assunto de geeks ( geek é uma palavra de origem inglesa que, no jargão da subcultura de computação e internet, designa o esteriótipo do indivíduo com habilidade e interesse em tecnologia, novas mídias e programação, acima do normal) e o modem mais rápido mal alcançava 2.400 bps de velocidade (http://pt.wikipedia.org/wiki/Geek). Se você gravasse uma demo, o melhor caminho era divulgá-la entre os fanzines. Fanzines eram publicações em xerox ou papel jornal, o equivalente aos blogs e e-zines de hoje. Os fanzines escreviam matérias a respeito e ajudavam a distribuir milhões de papeizinhos para divulgar sua demo. Qualquer carta que a banda enviasse ou recebesse, estava cheia de pequenos panfletos divulgando suas demos e shows. Era o equivalente ao spam de hoje. Alguns fanzines começaram a incorporar a função de gravadoras pela óbvia posição de destaque que possuíam nesta cadeia. O Midssumer Madness lançou sua primeira fita em 1992: a coletânea ‘Raw' que trazia músicas das demos de Second Come, Killing Chainsaw e Pin Ups. Outros zines fizeram a mesma coisa como o Kaspar de BH/MG, o Gnomo da Tasmânia do Rio, o Maximum Noise do Sul. As bandas gostavam de participar destas coletâneas; era o modo mais rápido de chegar ao seu público. A fita cassete tornou-se o principal suporte daquela cena. Em K7 foram lançadas verdadeiras obras-primas que jamais tiveram o brilho do CD. Em dias ocupados por telas virtuais ainda há quem prefiro o impresso. Principalmente quando se fala dos fanzines. O termo que nos faz lembrar de recortes, colagens e jornalismo instintivo, experimentações gráficas, enfim, assuntos que circulam fora do circuito comercial. (Rodrigo Lariú em matéria publicada no seu e-zine http://mmrecords.com.br/200704/fim-de-seculo/). Hoje, o Midssumer Madness grava, divulga e distribui coletâneas e álbuns inéditos para todo o Brasil. E o fanzine ainda vive, no formato de um e-zine dentro site da gravadora. A Internet e as Novas Mídias Os fanzines ganharam versões eletrônicas - os e-zines e mail-zines (enviados por meio de mala direta pelo correio eletrônico). Alguns jornais de grande porte incorporaram os conceitos simbólicos do fanzine em suplementos culturais. O grande exemplo disso é o Megazine do Jornal O GLOBO no Rio de Janeiro e o Trabalho Sujo, um fanzine em forma de coluna publicado no Diário do Povo de Campinas. Com as possibilidades da internet surgiram também os blogs (Um weblog, blog ou blogue é uma página da Web cujas atualizações são organizadas cronologicamente de forma inversa. Estes posts podem ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, referir-se ao mesmo assunto ou ter sido escritos pela mesma pessoa). (http://pt.wikipedia.org/wiki/Weblog). O número de blogs que surgiram nos últimos quatro anos, aproveitando todas as facilidades do mundo digital, deve superar o de publicações independentes de qualquer outra época. Essas mudanças contribuem para o acesso de um número muito maior de pessoas, porém, por outro lado essas mídias não têm a magia do impresso. O design inovador e transgressor características dos fanzines adquirem outras proporções nas mídias virtuais. Uma das características visuais dos fanzines impressos é sua aparência tosca, como se não tivesse um cuidado formal. Uma visualidade cheia de ruídos, distorções, justaposições. Reflexo do momento social no qual ele emerge. Segundo Hollis, Os fanzines punks [...] usavam imagens e letras arrancadas de jornais populares, textos escritos à mão e a maquina de escrever, imagens prontas, tudo colado junto para produzir um original que era reproduzido por meio de litografia ou fotocopia. (Hollis, pg.203, 2001) É interessante observar que na passagem do impresso para o virtual essas características não se perderam. Na página de apresentação do blog SAmbaPUnk vemos a direita do logo uma colagem formada de imagens de objetos antigos, tais como vinis, K7, máquina de escrever, litros de leite etc, tudo isso sobre um fundo de borrões de tinta. A tipografia usada no logotipo é uma releitura do desenho das fontes das antigas máquinas de escrever, como se elas tivessem sido ampliadas e as deformidades da ampliação passassem a fazer parte do desenho. Outro detalhe importante é a cor usada no projeto - um tipo de marrom em degrade reforça o estranhamento do visual. Com a possibilidade dos links os fanzines ou blogs na web se abrem em múltiplas janelas, fazendo com que a página do periódico vá além do que é visto. Além disso, a internet possibilita que essas publicações on line tenham a capacidade de mostrar sons e imagens em movimento que nas páginas impressas era impossível. A página do Midsummer Madness na web também nos apresenta essa visualidade que chamamos de tosca, na qual os elementos gráficos denotam desorganização, improvisação e efeitos de xerox, características artesanais nas produções dos fanzines impressos. O produto final, impresso ou virtual, mantêm a identidade do slogan da era punk - "Faça você mesmo". Como nos diz Rafael Cardoso, Curiosamente, o objeto virtual acaba sendo gerado por um processo muito mais artesanal do que propriamente industrial. Mesmo sendo distribuído em escala quase ilimitada e consumido por um público de massa, ele pode ser produzido por uma única pessoa de começo a fim. (Cardoso, pg. 209, 2000). As possibilidades proporcionadas pelos softwares gráficos e pela web fazem com que qualquer um que tenha acesso a internet possa se expressar e que tantos outros milhares possam ver e opinar sobre essa expressão. A grande questão para a maioria dos jornalistas é a legitimidade das informações repassadas, à medida que dá chance a qualquer pessoa de se expressar por meio da Internet. Porém, cabe também compreender que todas as novas possibilidades de comunicação surgem promovendo fortes modificações também no jornalismo como tal, independentemente de seu suporte físico. Conclusão Assim como a televisão não acabou com o rádio, ou as revistas não extinguiram o jornal, os e-zines e blogs não vão substituir ou desaparecer com os fanzines em papel. Os fanzines e seus desdobramentos virtuais mantêm ainda hoje sua importância cultural e visual, fiéis ao "Do it yourself", proveniente do movimento punk, servem como válvula para a efervescência criativa de uma parcela da juventude. O contexto tecnológico atual trouxe inovações e facilidades de produção para as publicações canônicas ou não canônicas, dentre elas os fanzines nas suas diferentes formas. A internet veio possibilitar novas formas de produção, distribuição e divulgação de seus conteúdos. Pode ser nanica, independente, alternativa ou qualquer outro nome, ela sempre terá seu espaço nas mãos de pessoas dispostas a apreciar e a colaborar com a cultura que caminha pelas margens dos grandes cursos. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAHIANA, Ana Maria. Nada será como antes - MPB nos anos 70. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980 BARBALHO, Alexandre. Cultura e imprensa alternativa: a revista de cultura O Saco. Fortaleza: Editora da Universidade Estadual do Ceará, 2000. BRAGA, José Luiz O Pasquim e os anos 70: mais pra epa que pra oba. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1991. CARDOSO, Rafael. Blucher, 2000. Uma introdução à história do design. São Paulo: Edgard CAMARGO, Mario de (org.) Gráfica. Arte e indústria no Brasil: 180 anos de História. 2ª ed. São Paulo: Bandeirantes Gráfica, 2003. CAMPEDELLI, Samira Youssef. Poesia marginal dos anos 70. 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