A IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO DO TRABALHO E SUAS DIVERSAS FORMAS DE ATUAÇÃO Andresa Scalise Alexandre1 José Carlos Scaliante Júnior Leandro Toledo Bonfim Letícia Feitoza Ferreira Perin Natalia Aparecida da Costa Profª. Esp. Ruth Vieira Nunes2 O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência de estágio realizado em várias empresas da região na ênfase Psicologia das Instituições e Processos de Gestão, núcleo Psicologia Organizacional da FAP (Faculdade da Alta Paulista), em Tupã, SP. O estágio foi realizado no ano letivo de 2014, em organizações dos seguintes tipos: supermercados, empresa de telemarketing, salão de beleza e indústria de móveis, mostrando que o psicólogo do trabalho pode atuar em empresas de grande e pequeno porte sempre visando o bem estar da organização e de seus integrantes. Segundo Martins (2011), as empresas antigamente eram estruturadas como pirâmides: trabalhadores na base, de baixo para cima, linhas sucessivas de chefes e gerentes. Cada linha tinha mais autoridade do que a que lhe ficava abaixo. Quase ninguém se incomodava com essa organização e a velha pirâmide era sólida, impressionante e sem expectativa de mudança, ou seja, 1 Graduandos FAP ( Faculdade da Alta Paulista) [email protected]; [email protected] ;; [email protected]; [email protected]; [email protected] 2 Docente da FAP (Faculdade da Alta Paulista) [email protected]. antigamente as empresas eram estruturadas de forma vertical, onde os trabalhadores ficavam na base, recebendo e acatando ordens sem haver quaisquer relações entre os superiores, não sendo levado em consideração às subjetividades dos mesmos. Mas, na época, como essa forma de liderança era única e sólida, não se questionavam e não se incomodavam com a situação, pois já estavam adaptados à esse modelo. O que vemos hoje é o contrário, as “pirâmides sólidas”, estão se desfazendo de forma positiva tanto para as organizações quanto para os funcionários, onde a flexibilidade, criatividade, oportunidades e uma visão mais ampla tomam conta desse novo cenário do trabalho, a partir da concretude e resultados satisfatórios quando as decisões são tomadas em conjunto. Dessa forma, a maioria das empresas vem trabalhando em conjunto com o funcionário, não objetivando apenas lucro e produtividade, e grande parte dessa modificação se deve à psicologia do trabalho nas organizações. Primeiramente foi realizado o levantamento de necessidades da organização através de entrevistas semiestruturadas para saber quais são os pontos a serem estudados e melhorados. Segundo Chiavenato (1999), as pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro de organizações. E as organizações, por sua vez, dependem das pessoas para poderem funcionar e alcançar sucesso. Nesse contexto, entendemos que o psicólogo do trabalho, em qualquer organização que seja inserido, deva buscar proporcionar tanto à empresa quanto ao colaborador o bem estar nas diferentes relações que estabelecem entre si. De acordo com Dejours (2004), o sofrimento psíquico passou a ser o foco de entendimento ficando evidente que o contexto profissional é uma das causas geradoras tanto de prazer como de sofrimento, sendo necessário em qualquer organização, pequena, média ou de grande porte, um olhar atento para trabalhar com a superação e transformação quando necessário, tornando o trabalho uma fonte de prazer. Devem ser acionados mecanismos para lidar com a comunicação, as relações intra e externamente, construindo uma identidade do trabalhador, onde o mesmo possa modificar através da fala, a busca constante pelo equilíbrio e controle. Durante os estágios deu-se ênfase à relação funcionário – empresa e à relação interpessoal dos funcionários. Foi possível observar que, quando a empresa possui psicólogos, ou estagiários de psicologia, a maioria dos funcionários sentem-se confortáveis em trabalhar questões que antes não eram expostas, que podem estar relacionadas diretamente com o trabalho ou mesmo questões pessoais que podem interferir em seu trabalho. Segundo Bastos e Galvão (1990) a psicologia organizacional tem como objetivo: contribuir com a produção teórica sobre o comportamento humano organizacional; participar de equipes multifuncionais para diagnosticar problemas organizacionais; promover treinamentos e desenvolvimento pessoal; realizar avaliações de desempenho; implementar a política de estágio da organização; rodízio interno de pessoal; implementar e/ou atualizar planos de cargos e salários; estabelecer em equipes multiprofissionais: relações com órgãos de classe;política de saúde ocupacional da organização; ações de assistência psicossocial que facilitam a integração do trabalhador na organização. As principais intervenções implantadas nos estágios, que atingiram resultados significativos, foram na comunicação entre gestores e funcionários, obtendo-se melhoria no clima de trabalho e no atendimento ao cliente externo, o que resulta em melhoria na produção. Palavras Chave: Psicologia do Trabalho; Organizações; estágio supervisionado. Referências Bibliográficas: BASTOS, A.V.B.e GALVÃO, M.A.H.C. O que pode fazer organizacional. Psicologia: Ciência e Profissão, [ S.I.; s.n]. 1990. o psicólogo BUENO, M.; MACÊDO, K.B. A Clínica psicodinâmica do trabalho: de Dejours às pesquisas brasileiras. Revista Estudos Contemporâneos da Subjetividade. v.02, n.02, nov. 2012, p. 306-318. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. 9º Tiragem. Rio de Janeiro: Campus, 1999. MARTINS, Keyth. A força da liderança nas organizações bem sucedidas. Disponível em http://meuartigo.brasilescola.com/administracao/a-forca-liderancanas-organizacoes-bem-sucedidas.htm%20acesso%20em%2017/06/2014. Acessado em 31 de outubro de 2014.