Faculdade Sete de Setembro – FASETE Curso de Bacharelado em Administração TÁSSIA DANIELI TAVARES LIMA LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO: Um Estudo de Caso na Empresa Duvalle LTDA em Paulo Afonso - BA Paulo Afonso/ Bahia Novembro / 2011 TÁSSIA DANIELI TAVARES LIMA LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO: Um Estudo de Caso na Empresa Duvalle LTDA em Paulo Afonso - BA Monografia apresentada à Banca Examinadora do Curso de Graduação da FASETE – Faculdade Sete de Setembro, como exigência para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Esp. Salomão David Vergne Cardoso. Paulo Afonso - Bahia Novembro / 2011 FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM MARKETING PARECER DA COMISSÃO EXAMINADORA DE DEFESA DE MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO TÁSSIA DANIELI TAVARES LIMA Liderança e Motivação: Um Estudo de Caso na Empresa Duvalle em LTDA Paulo Afonso - BA A comissão examinadora, composta pelos professores abaixo, sob a presidência do primeiro, considera a discente TÁSSIA DANIELI TAVARES LIMA APROVADA. Paulo Afonso, 12 de novembro de 2011. _______________________________________________ Prof. Salomão David Vergne Cardoso, Especialista (Orientador). _______________________________________________ Prof. Renivaldo Rodrigues Ferraz, Ferraz Especialista. _______________________________________________ Prof. Poliana Rodrigues Pinírio Freire, Especialista. Dedico este trabalho a minha família, que sempre me apóia. Em especial ao meu pai José Teixeira Lima que esteve sempre ao meu lado nos momentos bons e ruins, também aos meus irmãos e a minha avó Eletícia Cordeiro Tavares. AGRADECIMENTOS A Deus que sempre guia os meus passos, me auxiliando em momentos que preciso. A minha família que me apóia e me incentiva em minhas buscas e conquistas. Em especial ao meu Pai José Teixeira Lima, que sempre esteve comigo, me educando e passando sua sabedoria. O tenho como exemplo de vida. A minha Avó Eletícia Cordeiro Tavares, que me criou com carinho de uma verdadeira mãe. A meu Avô João Tavares, que me ensinou muito com sua calma e paciência. A minha irmã Emanuela Taiara, que sempre foi o meu gatilho motivacional, sempre pensando positivamente e com conclusões brilhantes sobre questões da vida. E também agradeço a meu irmão Jeferson que me incentivou a buscas mais altas. As minhas sobrinhas Luize e Sophia, que são motivos da minha alegria. Agradeço a Deus por elas existirem na minha vida. Aos meus primos Isadora, Isabele, João Paulo e Graciana, por seus incentivos, e por sempre estarem me mantendo alegre, por mais que haja dificuldades A tia Fátima, tia Cida e a tia Gorete, que mesmo não estando entre nós, sempre me lembrarei dela, como era verdadeiramente, uma pessoa que era amorosa e bondosa, determinada e que possui fé em Deus. Através destas pessoas eu conheci o significado verdadeiro de família, amizade e felicidade, então a elas os meus sinceros agradecimentos. Agradeço aos professores Salomão Vergner, Quitéria Maria, Francisco Júnior e Cynthia Mattosinho pela contribuição na elaboração deste trabalho, como também aos demais professores por sua contribuição importante na minha formação. Aos funcionários da Fasete, especialmente aos porteiros, as pessos da secretaria e da biblioteca, os quais estavam sempre dispostos a ajudar. Aos meus colegas de turma, em especial Poliana, Amanda, Marcela e Robson, que nessa longa caminhada foram verdadeiros amigos. Hoje em dia, todas as organizações dizem que as pessoas são o seu maior ativo, mas poucas praticam o que pregam e um número ainda menor acredita realmente nisso. Peter Druker Nenhum homem é uma ilha formada inteiramente por si mesmo. John Donne Somos nós quem determinamos nossas vidas. É um processo que nunca acaba e no qual toda escolha e decisão terão um único responsável: nós Eleanor Roosevelt RESUMO Este estudo tem como objetivo conhecer o conceito de liderança e motivação perante a perspectiva dos colaboradores da Empresa Duvalle Ltda em Paulo Afonso – BA. Para a empresa alcançar objetivos é necessário ter liderança, pois é ela que influencia as pessoas a fazerem o que se deseja. Se a organização tem um bom líder, ele se tornará referência perante aos seus funcionários, mudando assim o comportamento das pessoas da organização. A motivação esta ligada com a liderança, portanto, se o líder procura incentivá-los, tornará a sua equipe mais decidida, confiante para exercer suas funções tornando-se assim mais comprometida a desempenhar melhor os objetivos e metas a serem realizadas. Existem varias teorias que ajudam a motivar os seus funcionário são elas Teoria das necessidades de Maslow, Teorias dos dois fatores, Teoria de ERC, Teoria das necessidades aprendidas, Teoria do estabelecimento de objetivos, Teoria do Reforço, Teoria da equidade, Teoria da expectancia. Desse modo, para a metodologia do mesmo foram usadas literaturas de alguns teóricos da área de administração, dentre eles autores como Chiavenato, Maximiano e Gil. Foi realizada também a pesquisa exploratória, descritiva e explicativa bem como a pesquisa quantitativa e qualitativa, com aplicação de um formulário, junto aos funcionários da área de produção da empresa Duvalle Ltda, abordando a temática em questão, liderança, motivação, clima e cultura organizacional. Palavras – chave: Gestão de Pessoas, Liderança, Motivação. ABSTRACT This study aims to evaluate the concepto f leadership and motivation at the prospecto f employees Duvalle Company Ltda in Paulo Afonso – BA. To achieve the company goast is necessary to have leadership, because it is what influences people to do what you want. If the organization has a good leader, before it becomes a reference to their employees, thereby changing the behavior of people in the organization. The motivation is linked to leadership, so if the leader seeks to encourage them, make your team more determined, confident to perform their functions thus becoming more committed to playing the best goals to be accomplished. There are several theories that help to motivate your employees they are Maslow´s needs theory, Theories of the to factors, ERC theory, Theory of learned needs, Goal setting Theory, Reinforcement Theory, Equity Theory, Expectancy theory, Thus, for the same methodology was used in some theoretical literature in the area of administration, including authors such as Chiavenato, Maximiano and Gil. Was also performed exploratory, descriptive and explanatory as well as quantitative and qualitative research, with an application form, together with the employees in the company´s production Duvalle Ltda, addressing the issue in question, leardeship, motivation, organizational culture and climate. Key Wolds: People Management, Leadership, Motivation. LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1– Tempo de atuação no cargo. ................................................................... 60 Gráfico 2– Idades dos funcionários. .......................................................................... 61 Gráfico 3– Grau de Escolaridade .............................................................................. 61 Gráfico 4– Relações do líder quanto a tomadas de decisões ................................... 62 Gráfico 5– Desenvolvimento da equipe. .................................................................... 63 Gráfico 6– Compreensão das opiniões ..................................................................... 64 Gráfico 7– Estimular os funcionários. ........................................................................ 65 Gráfico 8– Estimulo á alcançar metas. ...................................................................... 66 Gráfico 9– Correções de futuros problemas .............................................................. 67 Gráfico 10- Influência do líder. .................................................................................. 68 Gráfico 11– Compreensão do líder. .......................................................................... 70 Gráfico 12- Grau de Comunicação entre o líder os colaboradores. .......................... 73 Gráfico 13 – Ambiente de Trabalho........................................................................... 74 Gráfico 14 – Clima organizacional X Comunicação. ................................................. 75 Gráfico 15 – Problemas de comunicação .................................................................. 76 Gráfico 16 – Relações do líder quanto a tomadas de decisões ................................ 77 Gráfico 17 – Preocupação com o bem-estar da equipe. ........................................... 78 Gráfico 18 – Copreensão das opiniões ..................................................................... 79 Gráfico 19 – Estimular os funcionários. ..................................................................... 80 Gráfico 20 – Estimulo á alcançar metas. ................................................................... 81 Gráfico 21 – Busca de um Clima Organizacional saudável. ...................................... 82 Gráfico 22 - Correções de futuros problemas............................................................ 83 Gráfico 23 - Influência do líder .................................................................................. 84 Gráfico 24 – Influência do líder em relação a mudanças. ......................................... 85 Gráfico 25 - Líder democrático e/ou determinado. .................................................... 86 Gráfico 26 - Compreensão do líder. .......................................................................... 87 Gráfico 27 - Grau de Comunicação entre o líder os colaboradores .......................... 90 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Hierarquia das necessidades humanas ................................................. 38 Quadro 2 - Estratégias que modificam comportamento ............................................ 45 LISTA DE ILUSTRAÇÔES Figura 1: As três diferentes abordagens sobre liderança. ......................................... 26 Figura 2: Os diferentes estilos de liderança. ............................................................. 28 Figura 3. O continuum de padrões de liderança ........................................................ 31 Figura 4. A grade gerencial ....................................................................................... 32 Figura 5: O ciclo motivacional. .................................................................................. 37 Figura 6: A pirâmide de necessidades de Maslow e suas implicações. .................... 38 Figura 7. Os fatores higiênicos e os fatores motivacionais ....................................... 40 Figura 8. Comparação entre as teorias de conteúdo da motivação. ......................... 42 SUMÁRIO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .............................................................................. 15 1.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 15 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ....................................................................... 16 1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 18 1.4 OBJETIVOS .................................................................................................. 19 1.4.1 OBJETIVO GERAL: ............................................................................... 19 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: ................................................................. 19 1.5. ESTRUTURA DO TRABALHO..................................................................... 19 2. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................. 22 2.1 GESTÃO DE PESSOAS: CONCEITO E ASPECTOS ENVOLVIDOS .......... 22 2.2 LIDERANÇA: INFLUÊNCIA NA GESTÃO DE PESSOAS ............................ 23 2.3 TEORIAS SOBRE LIDERANÇA ................................................................... 26 2.3.1 PERFIL DO LÍDER ................................................................................ 27 2.3.2 ESTILO DE LIDERANÇA ....................................................................... 27 2.3.3 A LIDERANÇA ORIENTADA PARA AS TAREFAS OU PARA AS PESSOAS ....................................................................................................... 30 2.3.4 A GRADE GERENCIAL (MANAGERIAL GRID) .................................... 32 2.4 TEORIAS SITUACIONAIS DE LIDERANÇA ................................................. 32 2.4.1 A ESCOLHA DOS PADRÕES DE LIDERANÇA .................................... 33 2.4.2 O MODELO CONTINGENCIAL DE FIEDLER ....................................... 33 2.4.3 A TEORIA CAMINHO-META OU TEORIA VOLTADA PARA OS OBJETIVOS .................................................................................................... 34 2.5 MOTIVAÇÂO E SUA INFLUÊNCIA NA GESTÃO DE PESSOAS ................. 35 2.5.1 TIPOS DE MOTIVAÇÃO ........................................................................ 36 2.5.2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW. ........................... 37 2.5.3 TEORIA DOS DOIS FATORES ............................................................. 39 2.5.4 TEORIA ERC ......................................................................................... 40 2.5.5 TEORIA DAS NECESSIDADES APRENDIDAS .................................... 41 2.5.6 FORMAS DE ESTÍMULOS À MOTIVAÇÃO .......................................... 43 2.5.7 TEORIA DO ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS ............................ 43 2.5.8 TEORIA DO REFORÇO ........................................................................ 45 2.5.9 TEORIA DA EQÜIDADE ........................................................................ 45 2.5.10 TEORIA DA EXPECTÂNCIA ............................................................... 46 2.6 LIDERANÇA, MOTIVAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA PARA A CULTURA ORGANIZACIONAL. ........................................................................................... 47 2.6.1 LIDERANÇAS, MOTIVAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O CLIMA ORGANIZACIONAL ........................................................................................ 49 3. METODOLOGIA ................................................................................................. 52 3.1 CONCEITOS DE METODOLOGIA ............................................................... 52 3.2 TIPOS DE PESQUISA .................................................................................. 52 3.3 TIPOS DE FONTES ...................................................................................... 54 3.4 UNIVERSO E AMOSTRA.........................................................................54 3.5 ESTRATÉGIA DE COLETA DE DADOS....................................................... 54 3.6 PROCEDIMENTOS ...................................................................................... 55 3.7. PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DOS DADOS ........................................... 56 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS .................................................... 58 4.1 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTUDO ........................................... 58 4.1.1 VALORES .............................................................................................. 58 4.1.2 DIRETRIZES.......................................................................................... 59 4.2 ANÁLISES DOS DADOS OBTIDOS ............................................................. 60 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 92 5.1 CONCLUSÃO ............................................................................................... 92 5.2 SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS.............................................. 93 5.3 LIMITAÇÕES DO ESTUDO .......................................................................... 93 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 95 APÊNDICES ........................................................................................................ 100 ANEXOS..................................................................................................................110 CAPÍTULO 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Capítulo 1 - Considerações Iniciais 15 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Serão apresentadas neste capítulo as considerações iniciais do estudo, a problemática a ser pesquisada, a justificativa, os objetivos e a estrutura do trabalho. 1.1 INTRODUÇÃO O mundo está em constantes mudanças. As empresas estão cada vez mais competitivas exigindo assim dos gestores uma postura ativa, a qual seja capaz de aumentar o potencial dos colaboradores para superar a grande concorrência de um mundo globalizado e desta forma alcançar as metas da empresa. Para isso eles precisam mantê-los motivados. CURY (2000, p. 288) Afirma que “a capacidade de liderar está intimamente ligada com o processo da motivação, em uma situação de mútua dependência entre líder e liderados. O líder precisa dos liderados para realizar metas e vice-versa.” A liderança passa a se transformar em um dos recursos fundamentais para que a empresa consiga alcançar suas metas. Para isso, ela precisa ser capaz de conhecer as necessidades dos colaboradores e mantê-los motivados. “A motivação é o desejo de exercer altos organizacionais, níveis de esforços condicionados pela em direção a capacidade determinados de satisfazer objetivos algumas necessidades individuais”. (CHIAVENATO, 2004b, p.477). Um dos maiores desafios do administrador é motivar as pessoas Torná-las decididas, confiantes e comprometidas intimamente a alcançar os objetivos propostos. Energizá-las e estimulá-las o suficiente para que sejam bem sucedida através do seu trabalho na organização. O conhecimento da motivação humana é indispensável para que o administrador possa realmente contar com a colaboração irrestrita das pessoas. (CHIAVENATO, 2004b, p.476) O que vai classificar um líder é a postura que ele exerce perante os colaboradores. Segundo Bergamini (1994) O líder procura trazer benefícios não só para o grupo, Capítulo 1 - Considerações Iniciais 16 mas para cada membro dele composto, e é deste intercâmbio que faz nascer o valor que lhe é atribuído. É a partir deste valor, que os membros do grupo atribuirão o seu reconhecimento que se traduz na forma de lhe conferir autoridade a qual passa a ter diante os seus seguidores. Com a evolução do mercado e a busca pelo desenvolvimento e destaque das empresas foi que os gestores puderam perceber a importância individual dos funcionários na organização, estes deixando de ser meras peças no processo produtivo e passando a fazer parte da organização. Devido a este fato existem muitos estudos sobre o tema motivação. Exigindo assim que o líder evolua e passe a ser facilitador das relações de trabalho e não mais chefe, transformando-se em um gestor de pessoas. Este trabalho tem como âmbito principal fazer a analise da percepção que os funcionários têm a respeito do papel de liderança e motivação na empresa Duvalle. 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Durante muitos anos, pouco se ouvia falar de liderança nas organizações. Com o crescente foco no ser humano, o antigo conceito de chefe, da hierarquia, subordinação, poder, como era entendida a liderança nos tempos de Fayol(18411925) e Taylor(1856-1915), tem mudado. A gestão de pessoas vem crescendo nas organizações, mudando o seu rumo, valorizando as pessoas que elas trabalham. Portanto, para se atingir os resultados pretendidos são necessários que haja uma interação com entre elas no ambiente de trabalho. O que fará uma grande diferença competitiva no mercado, já que a sociedade está em época de indecisões e instabilidade, é a postura que um líder toma para si. O líder ideal é aquele que incentiva o crescimento e procura preservar a harmonia e o bem estar do grupo1. Dependendo do tipo de liderança exercido pelo gestor, ela pode ser capaz de estimular, facilitar ou agilizar o andamento e a execução das atividades, formando um ambiente favorável ao desenvolvimento e empenho dos colaboradores. 1 http://www.ogerente.com.br/gestao/lideranca/gestao-lideranca-papel_lider.htm Capítulo 1 - Considerações Iniciais 17 Segundo Hoover (2006, p. 30): Liderança não deveria ser sinônimo de pagamento mais elevado, mais poder ou uma sala suntuosa. [...] Em vez de retratar a liderança como uma exceção para alguns poucos, ela deve ser reconhecida como a expectativa de cada um, independentemente de sua posição. Sua cultura organizacional deve dar apoio de forma consistente e inalterável a essa percepção. Ou seja, a liderança deve ser muito mais do que poder e status, não deve ser algo inalcançável para as pessoas e sim, algo que pode ser alcançado por cada um. Deve ser vista como a expectativa, um propósito, que pode ser realizado. Essa visão depende e muito da cultura da organização, ela deve dar apoio a este pensamento, para a melhoria da mesma. A busca da liderança deve ser um incentivo para a boa colaboração das pessoas. O líder é uma referência para os colaboradores e sua atitude perante eles influencia no comportamento da equipe. Hunter (2004, p. 25), diz que “Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem estar comum.”. Porém, não depende somente de um bom líder para que sejam alcançados os objetivos organizacionais, depende também do envolvimento das pessoas da equipe. Uma boa liderança depende de uma boa equipe. Outro ponto importante é que a motivação faz com que os colaboradores participem mais na organização procurando desenvolvê-la. Sendo a ponte para a busca da eficácia e eficiência na organização. Esta é a relação entre motivação e liderança, que é apontada pela literatura, entretanto nem sempre o líder leva isso em consideração e nem sempre os funcionários percebem, nas ações do gestor, essa relação. . Por isso, este estudo procura identificar qual a visão dos funcionários da área de produção sobre o conceito e relação de liderança e motivação na empresa Duvalle Ltda. Capítulo 1 - Considerações Iniciais 18 1.3 JUSTIFICATIVA As organizações dependem de pessoas, recursos indispensáveis e valiosos. Existe uma relação de interdependência de necessidades entre o indivíduo e organização. A vida e objetivos de ambos estão entrelaçados. A área de recursos humanos é um meio para alcançar a eficácia e a eficiência das organizações através das pessoas, quando esta fornece condições favoráveis para que elas alcancem seus objetivos pessoais. A liderança tornou-se uma arma indispensável para as organizações que buscam conduzir um grupo de pessoas de forma a atingir os propósitos da empresa sem deixar de contribuir para o alcance dos objetivos individuais dos colaboradores. Para isso o líder necessita possuir habilidade de incentivar a motivar e de influenciar os liderados para que estes busquem da melhor forma possível e voluntariamente destas metas. Para tornar as organizações mais competitivas e aptas a enfrentarem os novos parâmetros organizacionais, precisa-se extrair o melhor do seu quadro de funcionários, pois estão mais perto do cliente, do produto e da sua consecução, portanto é importante mantê-los motivados e investir neles, incentivando de tal forma a fazer com que sintam-se responsáveis pelo desempenho da mesma. O trabalho proporciona uma analise a respeito da liderança e motivação na empresa Duvalle Ltda. segundo a visão dos funcionários de produção. É importante que qualquer organização mantenha seus colaboradores motivados, e envolvidos com os objetivos da empresa, gerando assim eficiência. A utilidade na área acadêmica se dá pelo fato de que nenhuma organização consegue sobreviver nos parâmetros atuais sem que seus colaboradores estejam engajados a alcançar os seus propósitos. Para um engajamento efetivo, eles precisam de uma boa liderança e equipes motivadas. Este é um tema bastante abordado pela comunidade acadêmica e pelas empresas, onde diz que a “motivação é um importante campo do conhecimento da natureza Capítulo 1 - Considerações Iniciais 19 humana e da explicação do comportamento humano, a qual pode interferir no comportamento dos indivíduos tanto positivamente, quanto negativamente.” (Chiavenato, 2003). Sendo assim, faz-se importante a presença de um líder que estimule e mantenha os colaboradores motivados, tornando a empresa mais capacitada a enfrentar os concorrentes e qualquer desafio que possa aparecer. 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 OBJETIVO GERAL: Analisar como os funcionários de produção da Empresa Duvalle Ltda compreende a relação liderança/motivação. 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Apreender as condutas do líder que motiva a equipe; Identificar quais condutas do líder que desmotivam a equipe; Verificar a visão que a equipe tem do seu líder; Avaliar como a equipe compreende o processo de motivação; Avaliar como a equipe compreende o processo de liderança. 1.5. ESTRUTURA DO TRABALHO A presente monografia é composta de cinco capítulos, onde no primeiro capítulo foram apresentadas as considerações iniciais, referindo-se à Introdução, Definição do Problema, Justificativa, os Objetivos e a Estrutura do Trabalho. O segundo Capítulo está o Referencial Teórico que discute temas como: Gestão de Pessoas; Liderança e sua Influência na Gestão de Pessoas; Motivação e sua Influência na Gestão de Pessoas, Motivação, Liderança e sua Importância para a Cultura Organizacional e Liderança, Motivação e sua Importância para o Clima Organizacional e Clima organizacional. Já no terceiro Capítulo, estão expostos os Aspectos Metodológicos, tais como os Conceitos de Metodologia, Tipos de Pesquisa, Tipos de Fontes, Universo e Amostra, Capítulo 1 - Considerações Iniciais 20 Estratégia de Coleta de Dados, Procedimento e Procedimento de Análise dos Dados. O quarto Capítulo possui a Análise e Resultados dos Dados obtidos com a pesquisa, análise essa feitas através de gráficos e das respostas das questões abertas. Por fim, para completar a monografia, seguem as Considerações Finais, Limitações do Estudo, Sugestões para futuras pesquisas, Referências, os Apêndices e os Anexos. . CAPÍTULO 2 REFERENCIAL TEÓRICO Capítulo 2 – Referencial Teórico 22 2. REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo está exposto o embasamento teórico, o qual contribui para a compreensão do estudo deste trabalho monográfico. São abordados assuntos referentes ao tema deste trabalho tais como: Gestão de Pessoas; Liderança e sua Influência na Gestão de Pessoas; Motivação e sua Influência na Gestão de Pessoas, Motivação, Liderança e sua Importância para a Cultura Organizacional; Liderança, Motivação e sua Importância para o Clima Organizacional e Liderança, Motivação e sua importância para cultura organizacional. 2.1 GESTÃO DE PESSOAS: CONCEITO E ASPECTOS ENVOLVIDOS A área de Gestão de Pessoas vem sofrendo transformações, devido a mudanças tanto no ambiente organizacional. A visão que se tem hoje é bem diferente da sua antiga concepção quando recebia o nome de Administração de Recursos Humanos, a qual tratava as pessoas como meros recursos. Segundo Gil (2001, p. 17), “gestão de pessoas é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais.”. Chiavenato (1999, p. 5) também explica que, “As organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões.” Gestão de pessoas é uma área contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos como a cultura que existe em cada organização, a estrutura organizacional adotada, as características do contexto ambiental, o negócio da organização, a tecnologia utilizada, os processos internos e uma infinidade de outras variáveis importantes. (CHIAVENATO, 1999) Gil (2001, p. 18) também comenta que “alguns autores, adeptos a gestão de pessoas, procuram designar as pessoas que trabalham nas organizações não mais como empregados ou funcionários, mais como cooperadores ou parceiros.” Capítulo 2 – Referencial Teórico 23 Até pouco tempo era concedido o privilégio aos acionistas e os investidores a distribuição e atribuição dos resultados organizacionais. (CHIAVENATO, 1999). Porém isso está sendo substituído por uma linha de pensamento que diz que todos são parceiros do negócio. Como parceiros da organização passariam a ser tratados como fornecedores de conhecimentos, habilidades, capacidades e inteligência. (GIL, 2001). Funcionários são dotados de características que proporciona tomar decisões racionais para o alcance dos objetivos globais. Através da gestão de pessoas as organizações conseguem adquirir colaboração eficaz dos empregados, funcionários, recursos humanos, etc, para alcançar os objetivos individuais e organizacionais. (CHIAVENATO, 1999). Segundo Chiavenato (1999), todo administrador desempenha quatro funções administrativas: planejar, organizar, dirigir e controlar. Gil apud Lima (2008, p.10), afirma que “o administrador de RH precisa ter as seguintes características para saber lidar com as pessoas”: Comunicação eficaz; Propor critérios e elaborar instrumentos para a seleção de pessoas; Definir padrões e construir novos meios para avaliar os funcionários; Avaliar os cargos e funções da empresa e identificar os requisitos que devem ter os seus ocupantes; Avaliar o valor relativo de cada cargo para propor sua remuneração; Elaborar projetos de treinamento e desenvolvimento pessoal; Conduzir reuniões acerca de assuntos relativos a RH; Fornecer assessoria nos assuntos referentes à área de recursos humanos. 2.2 LIDERANÇA: INFLUÊNCIA NA GESTÃO DE PESSOAS As organizações são compostas de pessoas que trabalham juntas em níveis e atividades diferentes. Algumas dessas pessoas são diretores, gerentes ou supervisores. Atualmente as organizações exigem que os gestores de pessoas, além de atuarem como administradores de pessoal e de recursos humanos desempenhem o papel de líder. Líder é a pessoa que comanda com sucesso seus Capítulo 2 – Referencial Teórico 24 colaboradores quando busca alcançar metas. E um grande líder é aquele que possui essa capacidade a qualquer tempo em diversas situações. PRENTICE apud MAXIMIANO (2000). Nesse sentido o que significaria Liderança? Vários estudos foram realizados resultando em um leque de teorias que procuram explicar o que é liderança. Porém chegou-se a conclusão que não existe uma abordagem ampla e universal aceita a respeito. (CHIAVENATO, 2004) BERGAMINI (1994, p. 24), ressaltam que “o estudo da liderança sempre lidou com aspectos contraditórios, deixando evidente que aquilo que se mostra coerente num dado momento pode não conseguir explicar a realidade mais adiante.” Para Pretice apud Maximiano (2000, p. 388) “Liderança é a realização de uma meta por meio da direção de colaboradores humanos.” Todas as organizações precisam de pessoas cujas palavras e ações sejam capazes de influenciar o pensamento e o comportamento das outras. Portanto a preocupação primordial de todo alto executivo está voltada em montar um quadro de líderes que garantam o crescimento da empresa em longo prazo. (ZENGER e JOSEPH, 2008) Phillips apud Maximiano (2000, p. 388) relatam que “A genialidade da liderança está na forma como os líderes enxergam e trabalham os valores e motivações tanto seus quanto de seus seguidores.” Bateman & Snell (1998) comentam sobre a relação liderança e poder, e afirma que o poder tem importância central para a liderança, pois representa o potencial de influenciar outras pessoas. Nesse sentido Chiavenato (2004, p. 447) explica que existem cinco tipos de poder que um líder possui: Poder coercitivo: É o poder baseado no temor na coerção. Capítulo 2 – Referencial Teórico 25 Poder de recompensa: É o poder que se apóia na esperança de alguma recompensa, incentivo, elogio, ou reconhecimento que o liderado pretende obter do líder. Poder legitimado: É o poder que decorre do cargo ocupado pelo líder no grupo ou na hierarquia organizacional. Poder de competência: É o poder baseado na especialidade, nas aptidões ou no conhecimento técnico da pessoa. Poder de referência: É o poder baseado na atuação e no apelo. O líder que é admirado por certos traços de personalidade possui poder referencial. É um poder conhecido popularmente como carisma. Certos poderes dependem da posição ocupada pelo administrador a exemplo do poder legitimado, de recompensa e de coerção, que se baseia unicamente no poder da posição que a organização confere ao líder. Outros, como poder de competência e de referência, vem da própria pessoa. A qual segundo Chiavenato (2004) é onde se baseia a verdadeira liderança, no poder da pessoa do líder. Para Bergamini (2002), líder deve promover situações em que a mudança ocorra sem fazer com que as pessoas se sintam vulneráveis e não controlar usando o poder, já que a liderança segundo ele se baseia no prestígio do líder, na influência que tem perante os colaboradores. Para ele a liderança também não deve ser confundida como gerência ou direção, pelo fato de que nem sempre um líder poder ser um administrador, porém um administrador tem que ser um bom líder. No entanto os líderes devem estar em todas as áreas da empresa desde as mais altas, as intermediárias e nível operacional. Chiavenato (2004a) comenta sobre os elementos que caracterizam a liderança, tais como: A Influência; Em uma situação; Pelo processo de comunicação e Visando objetivos a alcançar. Ainda segundo Chiavenato (2004a) explica que a liderança se baseia em relações entre pessoas através de uma comunicação clara, visando o alcance de metas. Ele ainda afirma que o líder serve para o grupo como instrumento que ajuda a alcançar objetivos, também como uma retaguarda onde o grupo se apóia e uma bússola onde o grupo se orienta. (CHIAVENATO, 2004a) Capítulo 2 – Referencial Teórico 26 2.3 TEORIAS SOBRE LIDERANÇA Segundo Moscovici (1996, p.78): Líder é a pessoa no grupo a qual foi atribuída, formal ou informalmente, uma posição de responsabilidade para dirigir e coordenar as atividades relacionadas à tarefa. Sua maior preocupação prende-se a consecução de algum objetivo específico do grupo. A maneira pela qual uma pessoa numa posição de líder influencia as demais pessoas do grupo é chamada de estilo de liderança. Ou seja, o líder é uma pessoa que coordena e dirige o grupo preocupando-se em alcançar alguns objetivos em conjunto. Na busca de alcançar um resultado positivo dependendo do seu estilo de liderança. Existem três tipos de abordagens sobre liderança que são elas: os três estilos de liderança, a liderança orientada para tarefas ou para pessoas e a grade gerencial. Figura 1: As três diferentes abordagens sobre liderança. Fonte: Chiavenato (2004b, p.451). Antes de analisar as teorias sobre liderança veremos o perfil do líder. Capítulo 2 – Referencial Teórico 27 2.3.1 PERFIL DO LÍDER A história da humanidade está repleta de grandes líderes, que conseguiram levar multidões a segui-los, mesmo que o resultado de tal liderança fosse negativo ou positivo. Alguns estudiosos procuraram determinar o que faz essas pessoas serem um líder. Algumas teorias foram desenvolvidas sobre liderança uma delas é a teoria dos traços de personalidade que pressupõe que todo líder de sucesso possui características pessoais, emocionais e físicas em comuns, as quais são predispostas quando nascem. (CHIAVENATO, 2004) Ainda Chiavenato (2004), tais habilidades são: A capacidade de interpretar objetivos e missões; A capacidade em estabelecer prioridade; A aptidão em planejar e programar atividades de equipe; A fluência em solucionar problemas e conflitos; A praticidade em supervisionar e orientar pessoas; Aptidão em delegar responsabilidades aos outros. Porém essas características são utilizadas hoje apenas como uma lista de atributos que um líder tem ou deve ter e não como um fator que determinar que uma pessoa seja ou é um líder. (CHIAVENATO, 2004) Segundo Maximiano (2000, p. 389) cita Dougla MCgregor, o qual afirma que a liderança: [...] não é um atributo da pessoa, mas uma combinação complexa de quatro variáveis ou elementos: (1) as características do líder, (2) as atitude, necessidades e outras características pessoais dos liderados, (3) as características da organização, e especial a tarefa a ser realizada e (4) a conjuntura social, econômica e política. 2.3.2 ESTILO DE LIDERANÇA Capítulo 2 – Referencial Teórico 28 Durante a década de 50 e 60 duas universidade foram as pioneiras na realização de estudos sobre estilos de liderança, foram elas a Ohio State University e a Universidade de Michigan. Devido a este fato elas foram consideradas fontes de inspiração para praticamente todos os programas de treinamento e desenvolvimento voltados para liderança oferecidos às empresas. (BERGAMINI, 1994) De acordo como os estudos de White e Lippitt apud Chiavenato (2004) existem três tipos de liderança, a autocrática, a liberal (laissez-faire) e a democrática. Que podem influenciar no desempenho e no comportamento das pessoas. 1. Liderança autocrática. A liderança autocrática centraliza a autoridade e as decisões no líder, não deixando liberdade de escolha para o subordinado (não deixando espaço de opinião para o subordinado). 2. Liderança liberal. Na liderança liberal o líder fornece total liberdade ao grupo tomar decisões, só participando quando solicitado pelo grupo. 3. Liderança democrática. Já a liderança democrática o líder é participativo, encoraja o grupo, é comunicativo sempre se preocupando como o trabalho e com o bem estar do grupo. Figura 2: Os diferentes estilos de liderança. Fonte: Chiavenato (2004b, 456) Capítulo 2 – Referencial Teórico 29 Os líderes utilizam estes estilos de liderança dependendo da situação e da tarefa a ser executada. (Chiavenato, 2004) afirma que o grande desafio está em saber quando se deve utilizar com quem se deve utilizar, em que situação e em quais tarefas. Com o passar do tempo outros estilos de liderança foram criados, os quais estão relacionados a aspectos motivacionais, tais estilos são: a liderança carismática e a transacional. (DAFT, 1999) Liderança carismática: “O líder carismático é capaz de motivar as pessoas a fazer mais do que é normalmente esperado.” (DAFT, 1999, p. 309) “Os líderes carismáticos são dominadores e autoconfiantes, tendo uma forte convicção sobre a retidão moral de suas crenças.” (POTTS E BEHR apud BATEMA E SNELL, 1998, p. 346) Batema e Snell (1998, p. 346) afirmam que “os líderes carismáticos articulam metas ideológicas”. “Os líderes carismático fazem os subordinados terem consciência sobre novos resultados e os motivam a transcender seus próprios interesses para a causa do departamento ou da organização.” (DAFT,1999, p. 309) Liderança Transacional “Os líderes transacionais explicam o papel e tarefas exigidos dos subordinados, iniciam a estrutura, providenciam recompensas apropriadas e tentam ser atenciosos atende as necessidades dos subordinados”. (DAFT, 1999, p. 309) Certamente que os estudos sobre estilos de liderança não pararam por aí. Outros estudiosos falam sobre mais estilos: Liderança transformacional. Capítulo 2 – Referencial Teórico 30 Segundo Daft (1999, p. 310) “Os líderes transformacionais aparecem parta ajudar uma organização a atravessar uma grande mudança estratégica como a revitalização”. “Lideres de transformação mudam as coisas, transformando-as do que poderiam ser no que são, ou seja, traduzem uma visão em realidade.” (BETEMA E SNELL, 1998, p. 346). Eles ainda comentam que os líderes de transformação fazem as pessoas ultrapassarem seus interesses pessoais pelo bem do grupo. O que gera estímulo e dão novos estímulos as organizações. (BETEMA E SNELL, 1998). Para Tichy e Ulrich apud Daft (1999, p.310) “os líderes transformacionais são semelhantes aos líderes carismáticos, mas distinguem-se deles por suas habilidades especiais em trazer inovações e mudanças”. Os líderes interativos “O líder interativo preocupa-se como consenso, a compreensão, a participação e o cuidado. A liderança interativa promove a idéia de que o empenho em alcançar as metas organizacionais capacita os empregados a alcançarem suas metas pessoais.” (DAFT apud MAGALHÂES E STEFANO, 2008, p. 11) Líderes servidores A liderança de empregados segundo Daft (1999) conceitua-se em uma abordagem que começa de baixo para cima, com as necessidades do seguidor. “Ela opera a partir da suposição de que o trabalho existe para a evolução do trabalhador tanto como o trabalhador existe para fazer o trabalho.” (DAFT 1999, p. 310). 2.3.3 A LIDERANÇA ORIENTADA PARA AS TAREFAS OU PARA AS PESSOAS A medida que os estudos de liderança avançaram os dois tipo de liderança o autocrático e o democrático mudaram de nome e passaram a se chamar liderança orientada para a tarefa e liderança orientada para as pessoas respectivamente. Maximiano (2004) Capítulo 2 – Referencial Teórico 31 1. Liderança centrada na tarefa. È um estilo de liderança onde o líder se preocupa mais com a realização da tarefa e com os seus resultados imediatos, do que com o grupo que a executa. Aborda alguns comportamentos desse tipo de líder, tais como: Preocupa-se com o trabalho do subordinado, dando ênfase ao cumprimento de prazo, com os padrões de qualidade e economia de custo; procura cumprir metas, superar a concorrência ou o desempenho passado; explica as responsabilidades individuais e direciona tarefas para pessoas. 2. Liderança centrada nas pessoas (employee centered). A preocupação está voltada para as pessoas, como os aspectos humanos. Onde procura criar um clima organizacional em que as pessoas sintam-se atuantes, procura desenvolver o trabalho em equipe. Existe ainda a liderança bidimensional, onde discute que a liderança orientada para a tarefa e a liderança orientada para as pessoas não são opostas, Sendo assim o líder pode combinar os dois estilos em seu comportamento. “[...] verificou-se que a tarefa e as pessoas não são polos opostos da mesma dimensão, mas limites do mesmo território”. (MAXIMIANO, 2000, p. 409) A tabela nos mostra um esquema relacionando estilo de liderança centrado no administrador e estilo de liderança centrado no subordinado. Figura 3: O continuum de padrões de liderança Fonte: Chiavenato (2001b, p. 468) Capítulo 2 – Referencial Teórico 32 2.3.4 A GRADE GERENCIAL (MANAGERIAL GRID) A grade gerencial foi criada para mostrar que a preocupação do administrador com a produção e com as pessoas é algo que se complementa. (CHIAVENATO, 2004) Ela serve para o administrador ter uma idéia a respeito do seu estilo de liderança, verificando onde está situado na grade e buscando sempre ir em direção ao estilo 9.9. Que é considerando o estilo da excelência gerencial. O propósito dessa grade é uma análise do foco do administrador na tentativa de levá-lo a uma excelência no seu estilo. (CHIAVENATO, 2004) Figura 4: A grade gerencial Fonte: Chiavenato (2004b, p.459) 2.4 TEORIAS SITUACIONAIS DE LIDERANÇA As teorias situacionais se preocupam com a liderança no ambiente em que ela ocorre (de trabalho), considerando o líder, os liderados, a tarefa, a situação, os objetivos, etc. Onde as principais teorias são: escolha de padrões de liderança, modelo contingencial e teoria do caminho-meta. (CHIAVENATO, 2004). Capítulo 2 – Referencial Teórico 33 2.4.1 A ESCOLHA DOS PADRÕES DE LIDERANÇA Tannenbaum e Shmidt apud Chiavenato (2004) consideram que o líder deve escolher os padrões de liderança mais adequados para cada situação em que se encontra. Para ambos, a liderança é um fenômeno situacional, pois se baseia em três aspectos, a saber: 1. As forças no gerente. Ou seja, a motivação interna do líder e outras forças que agem sobre ele. O comportamento do líder é gerado por sua formação nível de conhecimento, valores e experiência. 2. As forças nos subordinados. Ou seja, a motivação externa fornecida pelo líder e outras forças que agem sobre o subordinado. Os funcionários possuem características que fazem com que o líder forneça mais ou menos liberdade de escolha e maior participação. 3. As forças na situação. Ou seja, as condições dentro das quais a liderança é exercida. Tais como: O clima organizacional o tipo de tarefa, o grupo de trabalho, a pressão do tempo ditam a situação em que o estímulo funciona com maior ou menor eficácia. 2.4.2 O MODELO CONTINGENCIAL DE FIEDLER Fiedler apud Chiavenato (2004) criou um modelo contingencial de liderança onde expressou a idéia de que não existe um estilo único de liderança, válido para toda e qualquer situação. E diz que os estilos de liderança são situacionais, ou seja, cada situação requer um estilo diferente de liderança. O modelo contingencial se baseia em três fatores situacionais, a saber: 1. Poder de posição do líder. Está relacionado ao nível de influência do líder concedido pela sua posição. 2. Estrutura da tarefa. Refere-se o tipo de dificuldade da tarefa. A eficácia do trabalho depende do grau de dificuldade ou da rotina ou se ela é variada. 3. Relação entre líder e membros. Está referindo-se ao relacionamento que existe entre o líder e os membros do grupo. Capítulo 2 – Referencial Teórico 34 2.4.3 A TEORIA CAMINHO-META OU TEORIA VOLTADA PARA OS OBJETIVOS Este modelo vem como forma de nos ajudar a compreender e prever a eficácia da liderança em diferentes situações. (STONER E FREEMAN, 1999) Foi criada por Martin G. Evans e Robert J. House. Onde afirma que um trabalhador será motivado no trabalho se segundo (MONTANA E CHARNOV, 2001, p. 233) Aceitar que o trabalho poder ser feito (expectativas) As recompensas oferecidas forem adequadas para a realização da tarefa desejada (instrumentalidade) As recompensas forem significativas para o indivíduo (valência). Evans e House apud Charnov e Montana (2001, p. 233) comentam “que haverá motivação para atingir os resultados desejados quando a expectativa, a instrumentalidade e a valência forem altas”. No meio desse conjunto de teorias a respeito da liderança, surgiram algumas conclusões de ordem prática, para o administrador gerir as pessoas. Houuse e Dessler propõem quatro tipos específicos de liderança: Líder apoiador. È o líder que se preocupa com os assuntos, bem-estar e necessidades das pessoas. O comportamento do líder é aberto e o líder cria um clima de equipe e trata os subordinados como iguais. Líder diretivo. É o líder que conta aos subordinados exatamente o que pretende fazer. O comportamento do líder inclui planejamento, programação de atividades, estabelecimento de objetivos de desempenho e padrões de comportamento, além de aderência às regras e procedimentos. Líder participativo. É o líder que consulta os subordinados a respeito de decisões. O líder pergunta sobre opiniões e sugestões, encoraja a participação na tomada de decisões e faz frequentes reuniões com os subordinados em seus locais de trabalho. O líder participativo encoraja a discursão em grupos, pede sugestões escritas e utiliza as ideias dos subordinados nas decisões. Líder orientado para metas ou resultados. É o líder que formula objetivos claros e desafiadores aos subordinados. O comportamento do líder enfatiza desempenho de alta qualidade e melhorias sobre o Capítulo 2 – Referencial Teórico 35 desempenho atual. Mostra confiança nos subordinados e ajuda-os na aprendizagem de como alcançar elevados objetivos para melhorar continuamente o desempenho. (CHIAVENATO, 2001, p.456-467) 2.5 MOTIVAÇÂO E SUA INFLUÊNCIA NA GESTÃO DE PESSOAS A partir do momento em que as pessoas passaram a ser reconhecidas como capital intelectual da organização e como parceiras da empresa, percebeu-se a importância de ter pessoas motivadas. Pois o comportamento proativo das pessoas é um dos diferenciais para o dilema da competitividade. Então “a motivação pode ser entendida como o principal combustível para a produtividade da empresa.” (GIL, 2001, p. 202). “A palavra motivação indica as causas ou motivos que produzem determinado comportamento, seja ele qual for.” (MAXIMIANO, 2004, p. 275). Ela está relacionada a três propriedades: a direção a qual a motivação leva o comportamento; a intensidade da motivação e a permanência da motivação. Em administração, uma pessoa motivada significa alguém que demonstra elevado grau de disposição para realizar uma tarefa ou atividade de qualquer natureza. (MAXIMIANO, 2004). “A motivação é um processo psicológico básico. Juntamente com a percepção, atitudes, personalidade e aprendizagem, a motivação sobressai como um importante processo na compreensão do comportamento humano.” Chiavenato (2004, p. 230) A motivação refere-se às forças internas e externas de uma pessoa, que provocam entusiasmo e persistência em seguir um certo curso de ação. A motivação do empregado afeta a produtividade, e parte do trabalho do administrador é centralizar a motivação para realização de metas organizacionais. O estudo da motivação ajuda os administradores a entenderem o que induz as pessoas a iniciarem uma ação, o que influencia sua escolha de ação e por que elas persistem nessa ação durante todo o tempo. (DAFT, 1999, p. 318) E importante ressaltar a diferença entre motivação e estímulo. Motivação é algo que vem de dentro da pessoa, estímulo é algo que vem de fora, assim diz Vergara (2003, p. 42) “ninguém motiva ninguém. Nós é que nos motivamos, ou não. Tudo o Capítulo 2 – Referencial Teórico 36 que os de fora podem fazer é estimular, incentivar, provocar nossa motivação”. A motivação humana depende da percepção do estímulo, das necessidades de cada pessoa. Embora os padrões de comportamento variem o processo do qual ele resultam é, basicamente, o mesmo para todas as pessoas. Chiavenato (2004a). Neste sentido, existem três abordagens que explicam o comportamento humano: “O comportamento é causado por estímulos internos ou externos; O comportamento é motivado e o comportamento é orientado para objetivos.” Chiavenato (2004a) 2.5.1 TIPOS DE MOTIVAÇÃO Tudo começa a partir do surgimento de uma necessidade. “A necessidade é uma força dinâmica que provoca comportamento”. Chiavenato (2004a, p. 65) este mesmo autor aborda ainda sobre necessidade e sua influência no comportamento. Toda vez que surge uma necessidade, este rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. Este estado leva o indivíduo a um comportamento, ou ação, capaz de descarregar a tensão ou livrá-lo do desconforto e do desequilíbrio. Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará a satisfação da necessidade e, portanto, a descarga da tensão provocada por ela. Satisfeita a necessidade, o organismo volta ao estado de equilíbrio anterior, a sua forma de ajustamento ao ambiente. (CHIAVENATO, 2004a, p. 65) À medida que uma necessidade é satisfeita outra nova necessidade vai surgindo. “Uma vez satisfeita, a necessidade deixa de ser motivadora de comportamento, já que não causa tensão ou desconforto”. CHIAVENATO (2004a, p. 65) Em seguida têm-se um quadro com a representação de como acontece o ciclo motivacional. Capítulo 2 – Referencial Teórico 37 Figura 5: O ciclo motivacional. Fonte: Chiavenato (2004b, p. 477) 2.5.2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW. De acordo com a teoria das necessidades de Maslow, a motivação do ser humano para agir e se comportar é derivada de forças que já existem dentro dele. “O comportamento é sempre motivado por uma causa interna ao próprio indivíduo (motivo internos) ou alguma causa externa, do ambiente (motivos externos).” (MAXIMIANO, 2004, p. 277). Segundo Stoner & Freeman (1999, p. 324), “é a teoria de conteúdo, afirmando que as pessoas são motivadas a satisfazer cinco necessidades que podem ser escalonadas numa hierarquia”. A teoria motivacional de Maslow se baseia na hierarquia das necessidades humanas, são as seguintes: Capítulo 2 – Referencial Teórico 38 Quadro 1 - Hierarquia das necessidades humanas Fonte: Maximiano (2004, p. 66-68) modificado pela pesquisadora desta monografia. De acordo com Maslow apud Stoner & Freeman (1999, p. 324) “o ser humano é impulsionado a satisfazer as necessidades que para eles preponderantemente estão em mais evidência”. Sendo assim esta teoria está estruturada da seguinte forma: Figura 6: A pirâmide de necessidades de Maslow e suas implicações. Fonte: Chiavenato (2004b, p. 479) Capítulo 2 – Referencial Teórico 39 2.5.3 TEORIA DOS DOIS FATORES Frederick Heszberg desenvolveu uma teoria intitulada de teoria dos dois fatores. Essa teoria indica que dois fatores influenciam a motivação no trabalho. (DAFT, 1999) Teoria dos dois fatores também chamada de teoria dos fatores higiênico e motivacionais estuda a motivação para o trabalho, pois está relacionado ao comportamento no trabalho. (CHIAVENATO, 2004) Fatores higiênicos ou insatisfacientes. Está relacionado com as condições de trabalho, revela que a insatisfação envolve aspetos relacionados ao ambiente de trabalho da pessoa, mais do que com o trabalho em si. CHIAVENATO, 2004) Tais condições são: “salário, políticas e diretrizes da organização, estilo de supervisão, condições de trabalho, segurança no emprego e relações com o superior, com os colegas e com os subordinados.” (MAXIMIANO, 2004, p. 294). “O ambiente de trabalho pode produzir satisfação ou insatisfação com o próprio ambiente, mas não motivação para o trabalho”. (MAXIMIANO, 2004, p. 294). Fatores motivacionais ou satisfacientes. Relaciona-se ao trabalho em si, seu conteúdo. É preciso que haja uma sintonia entre as pessoas e o seu trabalho, que visualize nele a possibilidade de exercitar suas habilidades ou desenvolver suas aptidões.(CHIAVENATO, 2004). Para Marras (2000, p. 36), “os fatores motivacionais são: realização, reconhecimento pela realização, o trabalho em si, responsabilidade, desenvolvimento pessoal e possibilidade de crescimento” Esta teoria afirma que “a motivação pelo trabalho é diferente da satisfação como o ambiente de trabalho. O trabalho em si atende a necessidades e produz satisfações diferentes das que estão associadas ao ambiente ou as condições de trabalho.” (MAXIMIANO, 2004, p. 294) No quadro a seguir, pode-se observar os fatores que estão relacionados a teoria motivação e a teoria higiênica. Capítulo 2 – Referencial Teórico 40 Figura 7: Os fatores higiênicos e os fatores motivacionais Fonte: Chiavenato (2004b, p.480) 2.5.4 TEORIA ERC “Clayton Alderfer propôs uma modificação na teoria de Maslow num esforço para simplificá-la e responder as críticas sobre suas falhas da verificação empírica.” (DAFT, 1999, p. 321) ele aborda que esta teoria reduz para três as necessidades essenciais, são elas segundo (DAFT, 1999). Necessidades existenciais. São aquelas relacionadas ao bem estar físico. Necessidade de relacionamento. É aquela em que está ligado aos relacionamentos considerados satisfatórios com os outros, ou seja, o desejo de interação e sociabilidade. Necessidade de crescimento. Está relacionado ao desenvolvimento do potencial humano e o desejo de crescimento pessoal e aumento da competência. Capítulo 2 – Referencial Teórico 41 Alderfer difere de Maslow segundo Maximiano (2004, p. 290), “porque acredita que a satisfação das necessidades não é seqüencial, mas simultânea.” Ele discorre também que há dois princípios as quais compões sua teoria: Mais de uma necessidade pode acontecer ao mesmo tempo Se uma necessidade de ordem elevada permanecer insatisfeita, aumenta o desejo de satisfazer a de uma ordem inferior. A teoria de Alderfer não anula a de Maslow, só acrescenta uma melhoria á idéia das hierarquias das necessidades quando consideram esses dois princípios. (CHIAVENATO, 2004b) 2.5.5 TEORIA DAS NECESSIDADES APRENDIDAS A teoria de McClelland está ligada ao conceito de aprendizagem. Ele ressalta que as necessidades humanas são aprendidas e adquiridas pelas pessoas ao longo de suas vidas. (David McClelland apud Chiavenato, 2004b, 482) Segundo essa teoria “as pessoas não nascem com essas necessidades, mas podem conhecê-las através de suas experiências de vida” (DAVID C. MCCLELLAND apud DAFT, 1999, p. 322) McClelland identificou três necessidades básicas, que encaixam ou acrescentam as necessidades propostas por Maslow: Necessidade de realização, necessidade associação ou filiação e necessidade de poder. (CHIAVENATO, 2004b) Necessidade de realização. É a necessidade de sucesso, estabelecido por algum padrão de excelência construído no interior da pessoa, de ser melhor ou mais eficiente. Necessidade de filiação. È a necessidade de relacionamento de amizade. Necessidade de poder. Refere-se à necessidade de controlar ou influenciar direta ou indiretamente as outras pessoas. Capítulo 2 – Referencial Teórico 42 “No geral, McClelland acreditava que a realização e o poder são fatores positivos que levam ao aumento do desempenho, enquanto que a motivação pela afiliação é um fator negativo que prejudica a objetividade”. (MONTANA E CHARNOV, 2001, p.214) A figura a seguir compara as teorias de conteúdo da motivação. Sobre essas teorias de comportamento (Daft, 1999,p. 323) tira uma conclusão básica: Em suma as teorias de conteúdo enfocam as necessidades básicas das pessoas e qualificam essas necessidades particulares que motivam as pessoas a se comportarem de determinada maneira. [...] ajudam os administradores a entender o que motiva as pessoas. Desse modo, os administradores podem projetar o trabalho para satisfazer as necessidades e, conseqüentemente, trazer à tona os comportamentos de trabalho apropriados e bem-sucedidos Figura 8: Comparação entre as teorias de conteúdo da motivação. Fonte: (John R. Schermerhorn, James G. Hunt, e Richard N. Osborn apud Chiavenato, 2004b, p. 483) Capítulo 2 – Referencial Teórico 43 2.5.6 FORMAS DE ESTÍMULOS À MOTIVAÇÃO Algumas teorias procuram identificar como o comportamento é ativado, dirigido, mantido e como termina. Entre elas a teoria da equidade e a teoria da expectância. (CHIAVENATO, 2004b) Antes veremos a teoria do estabelecimento de objetivos e a teoria do reforço às quais são importantes para a compreensão das duas teorias anteriormente citadas. 2.5.7 TEORIA DO ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS “Edwin Locker concluiu que a intenção de trabalhar em direção a algum objetivo constitui uma grande fonte de motivação.” (EDWIN A. LOCKER apud CHIAVENATO, 2004b, p. 484). A busca de objetivos é uma influência ao comportamento das pessoas. Certos objetivos são capazes de melhorar o desempenho e outros quando aceitos pela pessoa podem resultar em um desempenho mais elevado. Portanto, Estabelecer objetivos é o processo de desenvolver, negociar e formalizar metas ou objetivos que uma pessoa se responsabiliza por alcançar. (P. LATHAM apud CHIAVENATO, 2004b) Ainda Maximiano (2004b), Algumas conclusões foram estabelecidas, sobre objetivos. Quando se busca objetivos difíceis o desempenho melhora, mais do que quando se procura alcançar objetivos menos difíceis. Porém se os objetivos forem muito difíceis ou impossíveis, pode prejudicar o desempenho ou desencorajá-lo. Quando os objetivos são específicos eles conduzem a melhores desempenhos dos que os objetivos que são vagos ou mal formulados. Quando os funcionários participam no processo de estabelecimento de objetivos, mais fácil é a aceitação deles. A pessoa tende a aceitar melhor quando ajuda na fixação dos objetivos, mesmo que eles sejam difíceis, pois elas tornam-se mais comprometida com as escolhas as quais tomam parte. Capítulo 2 – Referencial Teórico 44 A retroação da tarefa: quando se conhece os resultados há uma motivação das pessoas para um melhorar o desempenho, pois incentiva a alcançar os objetivos mais difíceis A retroação serve como guia e monitoramento do comportamento. Contudo, a retroação interna é considerada melhor que a externa, pois é aquela que a tarefa permite que o funcionário consiga monitorar seu próprio progresso. Sendo melhor motivador do que a retroação gerada externamente pelo chefe ou pela pessoa A capacitação e a auto-eficácia são elementos essenciais que fazem com que os objetivos definam um desempenho que estimule a alcançá-lo. A pessoa deve-se manter capacitada a cumprir os objetivos e sentir-se confiante quanto à sua capacitação. . Quando um indivíduo acredita em seu desempenho em uma tarefa, chama-se de auto-eficácia. “Pessoas com elevada auto-eficácia tende a reagir à retroação negativa com maior reforço para ultrapassar o desafio. Enquanto pessoas com baixa auto-eficácia tendem a abandonar o esforço em função a retroação negativa.” (EDWIN A. LOCKER e GARY P. LATHAM apud CHIAVENATO, 2004b, p. 485). Quando os objetivos são aceitos há um maior comprometimento o que gera motivação. Ao se estabelecer um objetivo ele atua como estímulo interno orientando melhor o comportamento da pessoa. Conclui-se que a formulação de objetivos seja difíceis ou específicos representa uma poderosa força motivadora. (CHIAVENATO, 2004b) Existem quatro métodos principais para motivar as pessoas segundo (CHIAVENATO, 2004b): Dinheiro. Contudo, o dinheiro não deve ser o único motivador, mas aplicado juntamente com os outros três métodos. Estabelecimento de objetivos. Participação na tomada de decisões e no estabelecimento de objetivos. Redesenho de cargos para proporcionar maior desafio e responsabilidade. Capítulo 2 – Referencial Teórico 45 2.5.8 TEORIA DO REFORÇO A teoria se baseia na premissa que para manter um comportamento necessita-se de reforço. “Essa teoria é baseada primeiramente no trabalho de B.F. Skinner e diz que o comportamento reforçado será repetido, e que o comportamento não reforçado tem menos chance de ser repetido”. (MONTANA E SHARNOV, 2001, p. 214) Existem quatro tipos de estratégias que são utilizadas para modificar o comportamento organizacional: (CHIAVENATO, 2004) Quadro 2 - Estratégias que modificam comportamento Fonte: (Chiavenato, 2004, p. 486-487) modificado pela pesquisadora desta monografia. Essas quatro estratégias são alternativas que os administradores podem utilizar na tentativa de influenciar os funcionários procurando a melhoria contínua das participações de trabalho. O reforço positivo e negativo servem como forma de fortalecer o comportamento desejável e a punição e a extinção vêm como forma de enfraquecer ou eliminar os comportamentos indesejáveis. (CHIAVENATO, 2004) 2.5.9 TEORIA DA EQÜIDADE Essa teoria procura avaliar as contribuições em detrimento com as recompensas do trabalho de cada pessoa na organização. Cada pessoa compara suas contribuições e recompensas com relação às contribuições e recompensas dos outros. Esta Capítulo 2 – Referencial Teórico 46 analise serve para descobrir iniqüidade, injustiça para então tomar uma atitude sobre ela ou eliminá-la. (CHIAVENATO, 2004b) De acordo com a teoria “se as pessoas percebem suas remunerações como iguais às que outros recebem por uma contribuição similar, acreditarão que seu trabalho é justo e equitativo” (DAFT, 1999, p. 323) No momento em que o empregado descobre a iniqüidade ele escolhe as seguintes alternativas: (CHIAVENATO, 2004b) Mudar as contribuições (reduz o seu esforço no trabalho). Mudar as recompensas recebidas (mantendo a quantidade de produção e reduzindo a quantidade do trabalho ou reclamando da recompensa recebida). Modificar os pontos de comparação (procurando meios de fazer as coisas parecerem melhores). Modificar a situação (transferindo para outra situação ou saindo da organização). 2.5.10 TEORIA DA EXPECTÂNCIA “A teoria da expectativa sugere que a motivação depende das expectativas dos indivíduos em relação a sua capacidade de realizar tarefas e receber as recompensas desejadas.” (DAFT, 1999, p. 323) Esta teoria está associada ao processo de pensamentos que os indivíduos usam para conseguir recompensas. Ela esta relacionada com o esforço do indivíduo o seu desempenho e o desejo dos resultados associado ao elevado desempenho. . (DAFT, 1999) Montana e Charnov (2001, p. 215) comenta que “a teoria da expectância supõe que os indivíduos podem determinar quais resultados preferem e fazer estimativas realista das chances de consegui-los”. Através destas teorias podemos começar a analisar a influência delas para o clima e a cultura organizacional. Capítulo 2 – Referencial Teórico 47 2.6 LIDERANÇA, MOTIVAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA PARA A CULTURA ORGANIZACIONAL. Todas as organizações apresentam uma cultura. Onde o conteúdo dessa cultura é desenvolvido na busca de resolver os problemas de adaptação ao meio ambiente e a convivência interna, através da linguagem. A linguagem é a ferramenta que uma pessoa utiliza na organização. Quando a linguagem é reconhecida e entendida pelas pessoas é um sinal que todos se entendem, tem uma linguagem em comum. (MAXIMIANO, 2004). Segundo Stoner e Freeman (1999,p. 308) “O DO (Direção Operacional) concentrase na cultura organizacional porque ela molda as atitudes do empregado e determina o modo como a organização interage com o seu ambiente.” Para Daft (1999, p.6) “Liderança significa criar uma cultura e valores comuns à empresa, transmitir a idéia dos objetivos organizacionais a todos os funcionários e incutir neles o desejo de se desempenhar num nível mais elevado.” Falando em cultura Chiavenato (1994b, p.52) afirma que: A cultura representa o ambiente de crenças e valores, costumes, tradições, conhecimentos e práticas de convívio social e relacionamento entre as pessoas. A cultura significa o comportamento convencionalizado e aceito pela sociedade e provoca enorme influência e condicionamento sobre todas as ações e comportamentos das pessoas. Sob um ponto de vista genérico, a cultura consiste de padrões explícitos e implícitos de comportamentos adquiridos e transmitidos ao longo do tempo e que constituem uma característica própria de cada sociedade. Através da cultura, a sociedade impõe suas expectativas e normas de conduta sobre os seus membros condicionando-os a se comportarem da maneira socialmente aceitável aos seus padrões, crenças, valores, costumes e práticas sociais. Segundo Robbins (1998, p. 376): Capítulo 2 – Referencial Teórico 48 Numa cultura forte, os valores centrais da organização são intensamente mantidos e amplamente partilhados. Quanto mais membros aceitam os valores centrais e quanto maior o seu compromisso com esses valores, mais forte é a cultura. Uma cultura forte terá uma grande influência no comportamento dos seus membros porque o alto grau de compartilhamento e intensidade cria um clima interno de alto controle comportamental. Uma cultura forte demonstra alta concordância entre os componentes e sobre o que a organização apóia. Essa unidade de propósito constrói coesão, lealdade e compromisso organizacional. Ou seja, para que uma cultura se torne forte em uma organização é preciso que os valores a mesma sejam compartilhados e aceitos por todos da empresa. O que vai indicar se ela é forte é a aceitação deste e o comprometimento por parte dos colaboradores com eles. Uma cultura voltada para os valores pode criar um clima organizacional interno mais controlado em relação ao comportamento. Ainda Robbins (1998) comenta que a cultura desempenha várias funções na empresa. Uma delas é que a cultura que uma organização possui a diferencia das outras, Ela também revela uma forma de agir particular e cria uma identidade para os colaboradores. Ela instiga as pessoas a buscarem algo a mais, além de interesse particular, gerando comprometimento. Ela intensifica aumenta a estabilidade do sistema social. “A cultura é a cola social que ajuda a manter a organização junta, fornecendo padrões apropriados para o que os funcionários devem dizer ou fazer.” (ROBBINS, 1998, p. 378) Schein apud Freitas (1991) define a cultura como um modelo de pressupostos básicos que um grupo cria, desenvolvem ou descobrem pelo processo de aprendizagem, para lidar com os problemas de adaptação externos e internos. Se esses pressupostos forem considerados adequados, eles são tomados como modelo para as pessoas como forma de pensar, sentir e perceber, em relação aos problemas. Seguindo esta mesma linha de pensamento Wilkins & Patterson apud Freitas (1991, p. 9) apresentam outro conceito de cultura organizacional, para eles “são conclusões Capítulo 2 – Referencial Teórico 49 que um grupo de pessoas têm a partir de suas experiências e incluem: as práticas convencionais, os valores e os pressupostos”. De acordo com Stoner e Freeman (1999, p. 308). De mesmo modo, qualquer esforço para mudar a cultura organizacional deve-se concentrar no que as pessoas fazem para rotineiramente. Se um administrador puder levar os membros da organização a se comportarem de modo diferente, a mudança cultural virá em seguida. Analisando todos esses aspectos, conclui-se que a liderança e a motivação influenciam na cultura organizacional, de maneira a melhorar o seu desempenho. A liderança e motivação também influenciam no clima organizacional, quando o gerente tenta mudar o clima organizacional mantendo a motivação dos funcionários elevada, através dos estilos de liderança, para melhorar os resultados pretendidos. Este assunto será abordado no próximo tópico. 2.6.1 LIDERANÇAS, MOTIVAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O CLIMA ORGANIZACIONAL Certamente motivar é uma missão difícil para os gestores em geral, devido ao processo motivacional ser muito complexo, possuidor de várias teorias. De acordo com Ferreira (1999, p. 1371), a motivação é o “conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo”. Logo, o gestor de uma organização deve criar condições para manter os fatores motivacionais sempre presentes, de forma a preservar relações agradáveis na organização, melhorando assim o clima organizacional. Na opinião de Chiavenato (1994, p.53), “o clima organizacional é favorável quando proporciona satisfação das necessidades pessoais dos participantes, produzindo Capítulo 2 – Referencial Teórico 50 elevação do moral interno. É desfavorável quando proporciona frustração daquelas necessidades." Para Bennis (1996, p.6), comenta que “clima significa um conjunto de valores ou atitudes que afetam a maneira pela qual as pessoas se relacionam umas com as outras, tais como sinceridade, padrões de autoridade, relações sociais, etc." Zenger e Joseph (2008, p,29) aborda sobre a questão clima e liderança, que para ele: Um clima organizacional turbulento coloca os líderes à prova: os melhores conseguem fazer com que uma mudança profunda se torne uma jornada agradável, enquanto os maus líderes a transformam em uma “viagem ao inferno”, Como o ambiente corporativo esta em constante mutação, com direito a crescimentos dramáticos, reduções, cortes e reestruturações, os líderes precisam saber conduzir suas empresas em direção a esses novos cenários estratégicos. Ou seja, o clima organizacional é um fator de que influencia no desempenho das organizações, tanto positivamente, quanto negativamente, por isso é preciso bons líderes que saibam conduzir as empresas em um cenário onde o ambiente corporativo está em constantes mudanças. CAPÍTULO 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS Capítulo 3 – Aspectos Metodológicos 52 3. METODOLOGIA 3.1 CONCEITOS DE METODOLOGIA Este estudo teve o propósito descobrir a visão dos funcionários a respeito das questões de liderança e motivação na área de produção da Empresa Duvalle LTDA em Paulo Afonso. Toda pesquisa necessita de um planejamento prévio, o qual a sua estruturação depende da problemática a ser investigada. Köche (1997) salienta que pode haver um número infinito de tipos de pesquisa, pois o planejamento da pesquisa depende do problema a ser investigado, da natureza e espaço temporal onde se encontra, também o nível de conhecimento e natureza do investigador. Andrade (1999) entende que a pesquisa não passa de um conjunto de processos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por finalidade encontrar soluções para problemas propostos, mediante o uso de métodos científicos. Segundo Cervo & Bervian apud Andrade (1999, p.113) Em seu estudo mais geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade. Ou seja, método é a forma de como vai se proceder à pesquisa. São os processos utilizados na investigação e demonstração da verdade. Roesch (2005, p. 124) ressalta que “todos os projetos utilizam algum tipo de metodologia. Especificamente para aqueles que contêm pesquisa empírica, espera-se que haja especificação de seu plano de estratégia”. Portanto um trabalho precisa ser bem esclarecido quanto ao seu método, objetivos e suas estratégias. Isso trás uma importância maior a metodologia, pois também depende dela a eficácia e eficiência do estudo. 3.2 TIPOS DE PESQUISA Capítulo 3 – Aspectos Metodológicos 53 A pesquisa realizada foi do tipo exploratória, descritiva e explicativa. De acordo com RUIZ (1996. p, 50) “quando as hipóteses ainda não foram claramente definidas, estamos diante de uma pesquisa exploratória. Seu objetivo, pois, consiste numa caracterização inicial do problema de sua classificação e de sua reta definição.” Constitui, pois, o primeiro estágio de toda pesquisa científica; não tem por objetivo resolver de imediato um problema, mas tão somente acompanhá-lo, caracterizá-lo. Existe uma variedade de estudos que se classificam como pesquisa descritiva. Uma das características significativas das pesquisas descritivas são as técnicas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistêmica, e instrumentos como observação e o formulário. Pesquisa descritiva trata-se de uma pesquisa que se “observam, registram, analisam, classificam e interpretam os fatos, sem que o pesquisador lhes faça qualquer interferência, e onde o pesquisador estuda os fenômenos do mundo físico.” (PRESTES, 2003, p. 26) Para Lakatos & Marconi (2001, p. 187), a pesquisa descritiva é a “investigação da pesquisa empírica, cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características de fatos ou fenômenos”. Gil (1996) comenta que a pesquisa descritiva tem como objetivo principal a descrição das características de determinadas populações ou fenômenos, ou estabelecimento de relações entre variáveis. O estudo também é explicativo. A pesquisa explicativa busca identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Também procura registrar, analisar e interpretar estes fenômenos estudados. Vergara (2004) entende que a pesquisa explicativa deve ser considerada como aquela cujo principal objetivo é tornar algo inteligível, esclarecendo quais fatores contribui para a ocorrência de determinado fenômeno. Já para Gil (1996) este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso é uma análise científica, pois explica e prevê as questões do estudo. Depois foi realizado quantificações das respostas, com o uso de estratégia descritiva, com o intuito de proporcionar uma visão mais ampla do contexto em Capítulo 3 – Aspectos Metodológicos 54 estudo. Na opinião de Carvalho (2005, p.46) “pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma forma de análise de dados”. Bezzon (2005) comenta que quando se consegue mensurar estatisticamente os resultados, a pesquisa é descritiva quantitativa. A pesquisa também foi qualitativa. Onde ainda Bezzon (2005) afirma que se fizermos apenas uma análise interpretativa dos resultados, a pesquisa será descritiva qualitativa. 3.3 TIPOS DE FONTES Recorreu-se primeiramente a fontes secundárias, para o embasamento deste estudo, através da literatura, fontes da internet e traduções literárias, “A forma mais rápida e econômica de amadurecer ou aprofundar um problema de pesquisa através do conhecimento dos trabalhos já feitos por outros, via levantamento bibliográfico.” (MATTAR, 1999, p. 82). 3.4 UNIVERSO E AMOSTRA O universo utilizado para esta pesquisa foi à empresa Duvalle Ltda que possui 13 funcionários, 5 são da produção, 3 são vendedores, 1 secretária, 2 motoristas e 2 gestores. Para a amostra foram utilizados todos os funcionários da área de produção. Segundo Gil (1999), entende-se como universo de pesquisa ou população um conjunto definido de elementos portadores de determinadas características. Para Lakatos e Marconi (2001, p.163) “a amostra é uma parcela convenientemente selecionada do universo (população), ou seja, é um subconjunto do universo”. 3.5 ESTRATÉGIA DE COLETA DE DADOS Na primeira fase da coleta de dados houve um contato com os líderes da empresa para a devida autorização da pesquisa. Chizzotti (1991, p. 45) comenta que a pesquisa pode ser composta por “questões fechadas (a resposta está limitada aos itens preestabelecidos), abertas (diante de um esquema de pergunta, o interlocutor formula com liberdade sua resposta) ou abertas e fechadas”. Capítulo 3 – Aspectos Metodológicos 55 A pesquisa foi realizada com 5 funcionários ligados diretamente a produção, o critério utilizado para a escolha dos entrevistados foi a amostra probabilística de conglomerados, pois foi realizado com todos os funcionários do setor de produção, onde para a realização da pesquisa foi retirada uma amostra grupal. O instrumento utilizado para coleta de dados foi o formulário composto de perguntas fechadas e abertas. Como existiam dois gerentes na empresa, foi feito uma pesquisa relacionada à liderança e motivação do primeiro gerente e também sobre a liderança e motivação do segundo gerente. “O formulário é usado quando se pretende obter respostas mais amplas, com maior número de informações.” (ANDRADE, 1999, p.133). Existem algumas vantagens em aplicar um formulário entre elas estão segundo Andrade (1999. p. 133). O formulário pode ser aplicado para qualquer tipo de informante, seja ou não alfabetizado, uma vez que pode ser preenchido pelo pesquisador; Apresenta mais flexibilidade, pois o pesquisador pode reformular perguntas, adaptando-as a cada situação, modificando itens ou tornando a linguagem mais clara; O pesquisador pode explicar melhor os objetivos da pesquisa, esclarecer o significado de termos ou explicar melhor o objetivo da questão; O formulário possibilita a coleta de dados mais complexos e mais numerosos que o questionário; O pesquisador preenche ou orienta o preenchimento, propiciando mais uniformidade na anotação das respostas. Foi realizada uma apresentação do tema e uma explanação sobre o porquê da pesquisa a sua importância e a explicação do termo de consentimento aos colaboradores. Como trata se de um formulário, aqueles que necessitaram de esclarecimento receberam por parte da pesquisadora. A abordagem com o gerente aconteceu no dia 7 de novembro de 2011. E a aplicação do formulário aconteceu no dia 10 de novembro de 2011. 3.6 PROCEDIMENTO Capítulo 3 – Aspectos Metodológicos 56 Os dados foram colhidos e em seguida foi realizado uma contagem e ordenação por perguntas. A exposição dos resultados foi através de gráficos e depois foi realizada a interpretação destes dados. Segundo RUIZ (1996. p, 52) “Após a coleta de dados, resta o trabalho de tabulação, e de elaboração de gráficos, quadros, mapas, estatística descritiva para as análises, interpretações e conclusões a respeito dos dados fornecidos pelo grupo”. Andrade (1999, p.140) comenta que “Gráficos são figuras usadas para representação de dados numéricos ou resultados extraídos da análise de dados, que permitem evidenciar as relações ou estabelecer comparações entre ele.” 3.7. PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DOS DADOS Primeiro foi descrito as informações dos gráficos, depois foi realizado a sua analise, também foi realizado a análise das questões abertas, com a teoria bibliográfica. Por fim, realizou-se a conclusão e foram apresentadas as sugestões para novas pesquisas e delimitações do estudo. CAPÍTULO 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 58 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Neste capítulo serão apresentadas as informações obtidas na pesquisa feita na Empresa Duvalle Ltda, no dia 10 de novembro do ano de 2011, com a finalidade de obter respostas aos objetivos propostos. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTUDO A história do Laticínio Duvalle começa em 1999. Com o intuito de atender apenas a cidade de Paulo Afonso - BA. Após algum tempo com o crescimento do mercado e a garantia de qualidade da empresa surgiu à necessidade de suprir não só a demanda dessa cidade como também de toda a região. A empresa tomou iniciativas para adaptar-se às novas exigências do mercado e isso possibilitou a ampliação dos investimentos. Atualmente, a empresa produz e comercializa em sua fábrica leite, iogurte, manteiga e queijo (mussarela, coalho e prato) para toda a região a qual está inserida, processando até 5.000 mil litros de leite por dia. São mais de 15 colaboradores diretos e 20 indiretos, além de mais de 4 fornecedores de leite escolhidos na região em que se situa, para assegurar a qualidade dos produtos, já que fabricam-se derivados do leite, e este é perecível. 4.1.1 VALORES Respeito – Aos colaboradores, clientes, fornecedores e à comunidade. Ética – Na condução dos negócios e na conduta individual. Responsabilidade – Na construção dos direitos e deveres, na preservação do patrimônio físico e imagem e responsabilidade social. Compromisso com a Qualidade e Meio Ambiente – Buscar a excelência na garantia da qualidade e segurança alimentar dos produtos elaborados, aplicando tecnologias que garantam a integridade do meio ambiente. Desenvolvimento – Treinar e capacitar colaboradores para aplicação da melhoria contínua de suas atividades, resultando em desenvolvimento profissional e garantia da qualidade dos serviços. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 59 4.1.2 DIRETRIZES A primeira diretriz que a empresa possui é em relação ao cliente, o cliente em primeiro lugar, em seguida enfatiza a qualidade em todos os aspectos, a valorização do trabalho em equipe, os fornecedores como seus parceiros, assegurar a saúde financeira e continuada, acompanhar a evolução do mercado em seu segmento e preservar o meio ambiente, a natureza e a vida. FONTE: Gerente administrativo da Empresa Duvalle Ltda. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 60 4.2 ANÁLISES DOS DADOS OBTIDOS As tabelas e gráficos do número um (01) ao número vinte e sete (27) e as questões abertas, representam os resultados da pesquisa realizada na Empresa Duvalle. A parte I refere-se à caracterização do correspondente, ou seja, o perfil sócio econômico do funcionário; A parte II e III corresponde a análise da visão do funcionário em relação a liderança e motivação na empresa. PARTE I – CARACTERIZAÇÃO DO RESPONDENTE 1. Tempo de atuação no cargo, na empresa Duvalle Ltda. Gráfico 1– Tempo de atuação no cargo, na empresa Duvalle Ltda. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. Através deste gráfico pode se observara que 80% dos funcionários de produção trabalham na empresa entre 1 a 5 anos e 20% trabalham entre 11 a 15 anos. 2. Sexo dos funcionários Constatou que 100% dos entrevistados são do sexo masculino. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 3. 61 Faixa Etária Faixa etária 20% 20% até 25 ano 20% 20% de 26 a 30 anos de 31 a 35 anos de 36 a 40 anos 20% de 41 a 45 anos Gráfico 2– Idades dos funcionários. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. Os dados adquiridos no gráfico três revelam que 20% dos entrevistados tem idade até 25, outros 20% de 26 a 30, mais outros 20% de 31 a 35, outros 20% ainda de 36 a 40 e por fim os 20% restantes possuem idade entre 41 a 45. 4. Escolaridade Gráfico 3– Grau de Escolaridade Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 62 O gráfico revela que 60% dos entrevistados possuem o 2º grau completo, 20% possuem o 1º incompleto e os outros 20% possuem o 1º grau completo Parte II – Formulário de avaliação dos funcionários sobre o perfil da liderança e motivação a respeito do 1º gerente. 1. O administrador da organização toma as decisões sozinho e depois comunicam ao grupo? Gráfico 4– Relações do líder quanto a tomadas de decisões Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. Conforme mostra o gráfico 60% dos entrevistados disseram que o administrador freqüentemente toma decisões sozinho sem comunicar ao grupo e 40% disseram que nunca toma as decisões sozinho sem comunicar ao grupo. Com essa resposta os funcionários afirmam que o líder não concentra o poder de tomada de decisões totalmente em si. Segundo Daft (1999, p.301) “O líder democrático delega autoridade para outros, incentiva a participação e confia na força da experiência e no poder de referência para influenciar os subordinados.” Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 2. 63 Ele se preocupa com o bem estar da equipe? 100% disseram que o líder se preocupa com o bem estar de todos. Com essa resposta percebe-se que o líder compreende a importância dos colaboradores para o desenvolvimento da empresa, indicando um estilo de apoio de liderança. “A liderança de apoio envolve o comportamento do líder que mostra interesse no bemestar e nas necessidades dos subordinados”. (DAFT, 1999, p.306) 3. Ele contribui para desenvolver a sua equipe? Gráfico 5– Desenvolvimento da equipe. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. A maioria, composta por 80% dos entrevistados disseram que o líder sempre se preocupou com o desenvolvimento da equipe, já os 20% avaliaram que ele nunca se preocupou em desenvolvê-la. Percebe-se com esta reposta que o líder se preocupa em melhorar a equipe, visto que o mercado está cada vez mais competitivo, exigindo diferencial. 4. O líder estimula os outros a enfrentar novos desafios? 100% dos entrevistados disseram que o líder sempre estimula a enfrentar novos desafios. Enfrentar desafios, dando-lhes objetivos alcançáveis estimula os funcionários a buscarem melhorias, conseqüentemente melhora seu desempenho. Isso aumenta a motivação para a realização das tarefas. E tira os funcionários da Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 64 zona de conforto, a qual se mantiver por muito tempo pode causar problemas. Percebe-se aqui que há uma tendência por parte da liderança em querer que a equipe se supere cada vez mais, através desafios a serem alcançados. 5. O líder procura entender o ponto de vista das pessoas mesmo quando discorda delas? Gráfico 6– Compreensão das opiniões Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. O gráfico mostra que 80% dos entrevistados afirmam que o líder procura entender o ponto de vista das pessoas e 20% disseram que às vezes ele procura entender o ponto de vista das pessoas. De acordo com essa resposta dos funcionários, percebe-se que sua opinião é importante e que pode ser aceita.“À medida que o líder oferece espaço a opinião dos funcionários, ele consegue o envolvimento da equipe para uma melhor realização das tarefas.” (MAXIMIANO, 2004, P. 314) Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 6. 65 Quando os resultados não são satisfatórios, o líder costuma usar de palavras estimulantes com as pessoas envolvidas? Gráfico 7– Estimular os funcionários. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. Neste gráfico pode-se identificar que quando os resultados não são satisfatórios, 80% dos entrevistados afirmam que o líder sempre costuma usar de palavras estimulantes com as pessoas envolvidas e 20% disseram que às vezes ele costuma usar palavras estimulantes. Segundo essa resposta percebe-se que o líder está sempre atento em motivar a equipe, não deixando que a própria perca a confiança. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 7. 66 O líder consegue envolver os colaboradores nos projetos e ações da empresa? Gráfico 8– Estimulo á alcançar metas. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. De acordo com o gráfico 60% dos funcionários disseram que sempre o líder consegue envolver os colaboradores nos projetos da empresa, 20% disseram que às vezes o líder consegue envolver os colaboradores e os outros 20% disseram que nunca ele consegue envolvê-los. Percebe-se que o líder procura propor desafios aos subordinados. Assim se os colaboradores estão envolvidos com os projetos da empresa, eles passam a ser mais participativo em vez de deixar as decisões centradas no líder, eles procuram soluções para os problemas e para melhorias, buscando o alcance de metas da empresa. Portanto eles se envolvem mais na empresa procurando alcançar seus objetivos. 8. O líder procura criar um ambiente agradável na empresa? 100% disseram que sempre o líder procura criar um ambiente agradável na empresa. Percebe-se que o líder tem uma total preocupação com o clima organizacional. Procurando evitar conflitos. E procurando deixar este ambiente o mais estimulante possível para os funcionários realizarem metas. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 9. 67 O líder consegue reverter situações antes de se transformarem em problemas? Gráfico 9– Correções de futuros problemas Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. O gráfico mostra que 60% dos colaboradores entrevistados disseram que o líder sempre consegue reverter situações antes de se transformarem em problemas e 40% disseram que às vezes ele consegue reverter essas situações. Percebe-se a habilidade do líder em futuros problemas e antecipar-se a eles. Mostra que a maioria das vezes ele consegue reverter os problemas. Isso também diz a respeito da experiência e conhecimento que o líder tem, já que alcançou 60% das opiniões dizendo que sempre, demonstra um fator positivo. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 10. 68 O líder influencia os funcionários com seu conhecimento e competência? Gráfico 10- Influência do líder. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. Com este gráfico, pode-se perceber que 40% dos funcionários entrevistados disseram que sempre o líder influencia os funcionários com seu conhecimento e competência, 20% disseram que freqüentemente ele os influencia com seu conhecimento e competência, 20% disseram que às vezes ele influencia os funcionários com seu conhecimento e competência e os outros 20% disseram que nunca o líder influencia os funcionários com seu conhecimento e competência. Os funcionários conseguem perceber no líder uma pessoa capacitada para administrar a empresa. Daft (1999, p. 209), afirma que: “O poder resultante de um conhecimento especial ou da habilidade de um líder com respeito às tarefas executadas pelos seguidores diz respeito ao poder de especialista”. “Poder de competência é o poder baseado na especialidade, nas aptidões ou no conhecimento técnico da pessoa. Os liderados reconhecem o líder como alguém que possui certos conhecimentos ou conceitos que ultrapassam os seus.” (CHIAVENATO, 2001,p. 448). “Quando o líder é um verdadeiro conhecedor, os subordinados aceitam conselhos por causa de seu conhecimento superior.” (DAFT, 1999, p. 209) Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 69 Os supervisores frequentemente têm experiência no processo de produção. Em níveis de alta gerencia, os líderes podem carecer de poder de especialista, porque os subordinados sabem mais sobre detalhes da produção do que o próprio líder. (DAFT, 1999) 11. O líder consegue fazer com que cada funcionário sinta que sua contribuição é importante? 100% disseram que o líder sempre consegue fazer com que cada funcionário sinta que sua contribuição é importante. Com essa resposta pode-se perceber que os funcionários entendem e dão a importância ao que fazem. O que ocasiona maior empenho para a realização de objetivos. O líder consegue envolver o colaborador com a realização da tarefa, fazendo com que eles sintam que sua contribuição é importante e assim busquem melhorar seu desempenho. 12. O líder ajuda o grupo a chegar a um consenso em relação a mudanças importantes? 100% afirma que sempre o líder ajuda o grupo a chegar a um consenso em relação a mudanças importantes. Com essa resposta percebe-se que o líder consegue influenciar os subordinados em relação as mudança de maneira a não prejudicar a organização. Geralmente as equipes apresentam resistência a mudanças, cabendo ao líder convencer à equipe da necessidade da mudança, se isso não ocorrer essa resistência pode trazer complicações para a empresa. 13. O líder demonstra ser democrático, porém determinado? 100% afirmam que sempre o líder demonstra ser democrático, porém determinado. Foi possível perceber com essa resposta que por ser um líder democrático ele incentiva a participação, delega autoridades, aceita as decisões do grupo, mesmo não concordando dela, etc. Mas é determinado no que faz. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 14. 70 O líder mostra saber compreender as pessoas, saber ouvir e compreender idéias? Gráfico 11– Compreensão do líder. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. De acordo com o gráfico, 80% dos entrevistados confirmam que sempre o líder mostra saber compreender as pessoas, saber ouvir e compreender idéias e 20% alegam que às vezes ele mostra saber compreender as pessoas, saber ouvir e compreender idéias. De acordo com essa resposta, percebe-se que o líder tem características de líder democrático. Quando a liderança é democrática o líder procura mais a participação das pessoas, nos processos. QUESTÕES ABERTAS SOBRE O 1° GERENTE. 15. O que o líder faz para motivar os funcionários? Resposta – “Quando o líder discute com os funcionários melhorias para a fábrica nas reuniões, quando conversa, quando faz debates, para saber como está o ambiente de trabalho e a produção.” De acordo com essa resposta os funcionários sentem-se motivados quando o líder interage com eles, procurando realizar melhorias no produto, quando realiza reuniões e conversa com os funcionários para analisar o ambiente de trabalho e a Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados produção. 71 Segundo Gil (2001, p. 202) “a motivação é a força que estimula as pessoas a agir.” 16. A liderança e a motivação influenciam na cultura da empresa? Comente a resposta. Resposta – “Sim. Na forma como se trabalha com o produto e na organização da empresa.” Com essa resposta, percebe-se que a cultura da empresa é influenciada pela liderança e a motivação no que diz respeito a melhorias na fabricação de um produto cada vez melhor. 17. Como o líder trata e considera seus funcionários? Resposta – “Como se fosse da família. Tem uma relação de amizade”. Análise – Percebe-se que o líder criou uma relação de amizade com subordinados. Percebe-se que a consideração do líder pelo funcionário é elevada. 18. Que ações do seu líder lhe deixa motivado? Resposta – “Quando procura melhorias para os produtos e organiza a fábrica, que repercute na qualidade do produto, influenciando na aceitação do produto no mercado consumidor.” Percebe-se que as ações que deixam o funcionário motivado estão relacionadas ao produto. 19. Que ações do seu líder lhe fazem sentir desmotivado? Resposta – “Quando faz críticas, reclama sem saber o que foi que aconteceu.” Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 72 Percebe-se que os funcionários não são tolerantes à críticas, e não gostam quando o líder comete erros 20. Como você descreve o seu líder? Resposta – “O líder é uma pessoa alegre e simples, bom patrão, amigo e se dispõe a ajudar sempre, porém não tem muita experiência em laticínio.” Percebe-se que na visão dos funcionários a respeito do líder é boa, mas eles criticam, e sentem a falta do líder não possuir experiência em laticínios. Líder é alguém que traz benefícios não só para o grupo, mas a cada membro em particular, fazendo nascer, desse intercâmbio o valor que lhe é atribuído. Por consequente, os membros do grupo atribuirão o seu reconhecimento que se traduz na forma de lhe conferir autoridade a qual passa a ter diante os seus seguidores (BERGAMINI, 1994) 21. O que você entende sobre motivação? Resposta – “Procurar melhorar a empresa com coisas novas, motivar é estar cumprindo horários e idéias novas do mercado procurar trazer para inovação.” Motivação para os funcionários é estar sempre inovando o produto, está discutindo idéias, estar cumprindo horários de trabalho. Kawasnicka (2004, p. 64) afirma que “Motivação é o processo de mobilização de energia. È alguma coisa interna ao indivíduo. 22. Como você se sente trabalhando nessa empresa? Resposta – “Sinto-me bem. Tenho uma boa relação na empresa, trabalho no que gosto e tenho perspectiva de crescimento”. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 73 Percebe-se que o funcionário gosta da empresa e do que faz. A visão que o funcionário tem sobre o trabalho na empresa é positiva. 23. O que você entende sobre liderança? Resposta – “Liderança é procurar entender o funcionário, por exemplo, quando precisa sair para resolver algo importante e pessoal na hora do expediente ele não deixa, mas às vezes é preciso, não temos tempo, trabalhamos direto. Também é procurar coisas para melhorar a empresa o produto, deixar a empresa organizada.” Foi possível perceber que os funcionários entendem que liderança está voltada para busca de melhorias para a empresa e também deve estar voltada para compreendêlos. 24. A comunicação entre o líder ou gerente e colaboradores é: Gráfico 12- Grau de Comunicação entre o líder os colaboradores. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. O gráfico mostra que 60% dos colaboradores entrevistados afirmam que a comunicação entre o líder ou gerente e colaboradores é boa e 40% alegam que a comunicação entre o líder ou gerente e colaboradores é ótima. De acordo com essa análise, como há uma ótima comunicação, há uma troca de informações claras e eficientes Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 25. 74 A respeito do relacionamento entre os colaboradores da empresa. Como se caracteriza o ambiente de trabalho desse setor: Gráfico 13 – Ambiente de Trabalho. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. De acordo com o gráfico 60% dos entrevistados afirmam que o ambiente de trabalho é ótimo e 40% declaram que é bom. Um ambiente de trabalho bom pressupõe um clima organizacional favorável e estimulante para o trabalho. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 26. 75 O ambiente organizacional possibilita a comunicação eficiente entre os colaboradores: Gráfico 14 – Clima organizacional X Comunicação. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. Conforme o gráfico 80% dos colaboradores entrevistados alegam que o ambiente organizacional sempre permite a comunicação eficiente entre os colaboradores e 20% afirmam que freqüentemente o ambiente organizacional permite a comunicação eficiente entre os colaboradores. Uma boa comunicação facilita a organização na agilidade quanto à realização de tarefas. Isso mostra que a empresa tem um fluxo de informação agradável que pode trazer benefícios a empresa. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 76 27. Problemas da comunicação no ambiente de trabalho Gráfico 15 – Problemas de comunicação Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. O gráfico revela que os maiores problemas da empresa em relação à comunicação no ambiente de trabalho são: falta de atenção no tratamento da informação, Muita informalidade, Muita formalidade, Informação centralizada no líder, Informação sobrecarregada e Resistência a novas idéias. Outros problemas são: Má compreensão da informação e. “a troca de informações através do ponto de vista”. Porém não há permanência de ações incorretas por causa da falta de feedback. Em relação a outros - “a troca de informações através do ponto de vista.” Percebe-se que está relacionado a debates onde as opiniões dos funcionários não são compreendidas ou aceitas. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 77 Parte III – Formulário de avaliação dos funcionários sobre o perfil da liderança e motivação do 2º gerente 1. O administrador da organização toma as decisões sozinho e depois comunicam ao grupo? Gráfico 16 – Relações do líder quanto a tomadas de decisões Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. O gráfico revela que 80% dos entrevistados afirmam que o administrador freqüentemente toma as decisões sozinho e depois comunica ao grupo e 20% disseram que ele sempre faz isso. Indica que o poder de decisão esta centrado mais no líder. Quando o poder é centrado mais no líder isso significa que a liderança é do tipo autocrático. Maximiano (2000, p. 406) afirma que “neste tipo de liderança o poder de decisão está todo centralizado no líder e estas independem da aceitação ou participação do grupo”. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 2. 78 Ele se preocupa com o bem estar da equipe? Gráfico 17 – Preocupação com o bem-estar da equipe. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. O gráfico mostra que 60% dos funcionários entrevistados afirmam que o líder sempre se preocupa com o bem estar de todos e 40% dizem que só às vezes ele se preocupa com o bem estar de todos. Mostra que o líder compreende a importância dos colaboradores para o desenvolvimento da empresa, indicando um estilo de apoio de liderança. 3. Ele contribui para desenvolver a sua equipe? 100% dos entrevistados disseram que o líder sempre se preocupou com o desenvolvimento da equipe. Demonstra que o líder esta preocupado com o desempenho da equipe, consequentemente para a melhoria do produto. 4. O líder estimula os outros a enfrentar novos desafios? 100% dos colaboradores entrevistados afirmam que o líder sempre estimula os outros a enfrentar novos desafios. Enfrentar desafios, dando-lhes objetivos alcançáveis os estimula a melhorar o desempenho. Isso aumenta a motivação para a realização das tarefas. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 5 79 .O líder procura entender o ponto de vista das pessoas mesmo quando discorda delas? Gráfico 18 – Compreensão das opiniões Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. Nesse gráfico 60% dos entrevistados afirmam que o líder sempre procura entender o ponto de vista das pessoas mesmo quando discorda delas e 40% alegam que às vezes ele procura entender o ponto de vista das pessoas. À medida que o líder dar espaço a opinião dos funcionários ele consegue o envolvimento comprometimento da equipe para uma melhor realização das tarefas. e o Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 80 6. Quando os resultados não são satisfatórios, o líder costuma usar de palavras estimulantes com as pessoas envolvidas? Gráfico 19 - Estimular os funcionários. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. De acordo com o gráfico 60% dos entrevistados alegam que quando os resultados não são satisfatórios sempre o líder costuma usar de palavras estimulantes com as pessoas envolvidas, 20% afirmam que às vezes ele usa de palavras estimulantes com as pessoas envolvidas, quando os resultados não são satisfatórios e 20% disseram que nunca ele faz isso. O líder deve estar sempre atento a motivação da equipe, não deixando que a própria perca a confiança, pois isso influencia no seu desempenho. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 81 7. O líder consegue envolver os colaboradores nos projetos e ações da empresa? Gráfico 20 – Estimulo á alcançar metas. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. O gráfico mostra que 60% dos funcionários entrevistados alegam que sempre o líder consegue envolver os colaboradores nos projetos e ações da empresa e 40% afirmam que às vezes ele consegue envolver os colaboradores nos projetos e ações da empresa. Na maioria das vezes o líder consegue envolver os colaboradores a participar e a se interar despertando a responsabilidade dos liderados. Quanto mais comprometidos com os projetos da empresa, mais os liderados irão se esforçar para cumpri-los. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 82 8. O líder procura criar um ambiente agradável na empresa? Gráfico 21 – Busca de um Clima Organizacional saudável. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. Nesse gráfico 80% dos colaboradores entrevistados afirmam que sempre o líder procura criar um ambiente agradável na empresa e 20% alegam que ele nunca procurou criar um ambiente agradável na empresa. Isso indica que ele é um líder atento a equipe, que se preocupa em manter um clima organizacional agradável. Quando se tem um ambiente agradável para se trabalhar, melhor a interação entre os colaboradores, melhor a comunicação e conseqüentemente melhor os resultados. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 83 9. O líder consegue reverter situações antes de se transformarem em problemas? Gráfico 22 - Correções de futuros problemas. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. O gráfico mostra que 80% dos funcionários entrevistados afirmam que sempre o líder consegue reverter situações antes de se transformarem em problemas e 20% alegam que às vezes ele consegue reverter situações antes de se transformarem em problemas. Percebe-se que na visão dos funcionários o líder é competente e possui conhecimento na área e consegue influenciar-los com suas habilidades. Mas a sua ausência faz com que alguns não percebam isso. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 84 10. O líder influencia os funcionários com seu conhecimento e competência? Gráfico 23 - Influência do líder Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. A maioria dos entrevistados, composta por 80% afirmam que sempre o líder influencia os funcionários com seu conhecimento e competência e 20% alegam que nunca influenciou os funcionários com seu conhecimento e competência. O líder consegue influenciar a maioria dos funcionários, mesmo não tendo muito conhecimento prático sobre a fabricação do produto. 11. O líder consegue fazer com que cada funcionário sinta que sua contribuição é importante? 100% dos entrevistados afirmam que o líder sempre consegue fazer com que cada funcionário sinta que sua contribuição é importante. O líder consegue envolver o colaborador com a realização da tarefa, fazendo com que eles sintam que sua contribuição é importante e assim busquem melhorar seu desempenho. Quando os funcionários estão cientes de suas responsabilidades, eles procuram melhorias para a organização. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 85 12. O líder ajuda o grupo a chegar a um consenso em relação a mudanças importantes? Gráfico 24 – Influência do líder em relação a mudanças. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. De acordo com o gráfico 80% dos entrevistados afirmam que o líder sempre ajuda o grupo a chegar a um consenso em relação a mudanças importantes e 20% alegam que ele nunca ajuda o grupo a chegar a um consenso em relação a mudanças importantes. Quando o líder atua de igual para igual com o funcionário ele consegue manter a troca de experiências influenciando-os e sendo influenciado com esta troca de conhecimento. Percebe-se que o líder consegue influenciar o grupo nas decisões em relação a mudança importantes na empresa. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 86 13. O líder demonstra ser democrático, porém determinado? Gráfico 25 - Líder democrático e/ou determinado. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. A maioria composta por, 80% afirmam que sempre o líder demonstra ser democrático, porém determinado e 20% alegam que as vezes ele demonstra ser democrático, porém determinado. Foi possível perceber com essa resposta que por ser um líder democrático ele incentiva a participação, delega autoridades, aceita as decisões do grupo, mesmo não concordando dela, etc. Mas é determinado no que faz. “Os comportamentos democráticos envolvem alguma espécie de influência ou participação dos liderados no processo de decisão ou de uso da autoridade por parte do dirigente”. (MAXIMIANO, 2004, P. 314) Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 87 14. O líder mostra saber compreender as pessoas, sabe ouvir e compreender idéias? Gráfico 26 - Compreensão do líder. Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. De acordo como o gráfico 40% dos entrevistados afirmam que sempre o líder mostra saber compreender as pessoas, sabe ouvir e compreender idéias e 60% alega que às vezes ele mostra saber compreender as pessoas, sabe ouvir e compreender idéias. Isso indica que o líder procura ser democrático. QUESTÕES ABERTAS FEITA AOS FUNCIONÁRIOS, SOBRE O 2º GERENTE. 15. O que o líder faz para motivar os funcionários? Resposta – “Quando dá idéias de novos produtos, quando discute com os funcionários melhorias para a fábrica nas reuniões, quando conversa, quando faz debates, para saber como estar o ambiente de trabalho e a produção.” Eles sentem-se motivados quando o líder procura realizar melhorias no produto, quando conversa com os funcionários para analisar o ambiente de trabalho e a produção. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 88 KWASNICKA (2004, p. 64) comenta que “Motivação refere-se a desejo, as aspirações e necessidades que influenciam a escolha de alternativas, determinando o comportamento do indivíduo.” 16. A liderança e a motivação influenciam na cultura da empresa? Comente a resposta. Resposta – “Sim. Quando busca melhorias no produto, influenciando no seu desenvolvimento. No ambiente de trabalho, nas vestimentas, nas máquinas mais modernas. Na inovação dos produtos.” A cultura da empresa é voltada para realização de metas. Há uma motivação voltada para a busca contínua de melhorias para o produto e a liderança procura inovações constantes para a empresa. Mostra nesse sentido que a liderança é do tipo transformacional visto que segundo Daft (1999, p. 310) “o líder transformacional possui habilidades de trazer inovações e mudanças”. 17. Como o líder trata e considera seus funcionários? Resposta – “Trata bem, sempre com educação.” Percebe-se que a relação entre o líder e o funcionário é de cordialidade. 18. Que ações do seu líder lhe deixam motivado? Resposta – “Não tenho muito como avaliá-lo, pois ele não está sempre na empresa.” Percebe-se que a ausência do líder faz com que os funcionários não possuam uma opinião em relação ações do seu líder os deixam motivado. Segundo Vergas (apud FIORELLI, 2004, p. 118) “motivação é uma força, uma energia que nos impulsiona na direção de alguma coisa que nasce de nossas necessidades interiores.”. KWASNICKA (2004, p. 88) comenta que “A liderança é definida como um fenômeno complexo. O líder é a pessoa que tem habilidade de influenciar outros no trabalho ou em qualquer atividade na comunidade.” Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 89 19. Que ações do seu líder lhe fazem sentir desmotivado? Resposta – “Quando faz críticas. Quando ele diz que o produto não teve uma boa repercussão no mercado, devido a sua qualidade não ter saído da forma esperada.” Percebe-se que os funcionários são susceptíveis a críticas. Frustração, maus resultados sempre trazem descontentamento, que por conseqüência pioram o seu desempenho. 20. Como você descreve o seu líder? Resposta – “Ele é uma pessoa sincera, simples e amiga, não é orgulhoso e tem uma boa comunicação apesar de ausente.” Percebe-se que a visão do funcionário a respeito do líder é boa. Apesar dos funcionários sentirem a sua ausência. Nota-se também que a ausência do líder é um fator negativo na percepção dos funcionários. Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Resultados 90 21.A comunicação entre líder ou gerente e colaboradores Gráfico 21 - Grau de Comunicação entre o líder os colaboradores Fonte: Pesquisa do autor, realizada em 10 de novembro de 2011. O gráfico mostra que 60% dos funcionários entrevistados afirmam que a comunicação entre líder ou gerente e colaboradores é boa, 20% dizem que a comunicação entre líder ou gerente e colaboradores é ótima e os outros 20% alegam que é uma comunicação regular. Uma boa comunicação facilita o entendimento das tarefas e dos resultados pretendidos e obtidos. É uma ferramenta essencial para o clima organizacional e para a realização eficiente e eficaz das tarefas. Percebe-se que de acordo com o funcionário a comunicação entre o líder e eles é boa. Apesar de ser um líder ausente, mas quando está na empresa consegue desenvolver uma comunicação efetiva com os funcionários. CAPÍTULO 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Capítulo 5 – Considerações Finais 92 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste capítulo será apresentada a conclusão as sugestões para pesquisa futura e as limitações da pesquisa 5.1 CONCLUSÃO O referente estudo têve como objetivo principal analisar como os funcionários da Empresa Duvalle compreende a relação liderança/motivação. Dessa forma, analisar o perfil dos gestores da empresa e os estímulos que acarretam na motivação dos funcionários, faz-se necessário, pois é fonte de conhecimento acadêmico e empresarial. A respeito da questão que norteia este trabalho, o problema da pesquisa centrou-se em identificar qual a visão dos funcionários da área de produção sobre o conceito e relação de liderança e motivação na empresa Duvalle Ltda, onde se constatou por meio das respostas dos colaboradores de produção que, a liderança e a motivação exercida pelos líderes possuem características parecidas. Percebe-se que as condutas do líder que motivam a equipe acontecem quando ele procura a participação dos funcionários para melhorias na empresa, atribuindo parte da responsabilidade pelo produto a eles. Em contrapartida as condutas do líder que desmotivam a equipe segundo os colaboradores ocorrem quando o líder faz críticas sobre o produto. A visão que a equipe tem do 1º líder é de um líder democrático, porem quando se foi perguntado sobre o 2º líder, eles enfatizaram a sua ausência como forma de não poder avaliá-lo com precisão, mas pelo pouco convívio descrevem-no como um líder comunicativo, além de “sincero simples e amigo”. Para a equipe o processo de motivação, está atrelado a inovações para empresa. No que concerne a compreensão do processo de liderança pelo funcionário, eles enfatizam a procura de melhorias para a empresa e para o produto, estabelecendo Capítulo 5 – Considerações Finais 93 assim que a liderança deve ser transformacional. Mas também enfatizam da compreensão do líder perante os subordinados. Sendo assim se faz importante a presença de um líder que estimule e mantenha os colaboradores motivados, tornando a empresa mais capacitada a enfrentar os concorrentes e qualquer desafio que possa aparecer. 5.2 SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS Esta pesquisa analisou como o líder estimula os funcionários para deixá-los motivados, seria interessante realizar uma pesquisa para saber que fatores motivam o líder. 5.3 LIMITAÇÕES DO ESTUDO Os fatores limitantes deste estudo foram à falta de disponibilidade dos colaboradores para a realização da pesquisa, pois estavam em horário de trabalho, e como fazem parte da produção eles precisam estar constantemente no local de fabricação, monitorando os processos de produção. Nem todos poderiam sair, mas foi por revezamento, onde um saía e outros cuidavam do seu trabalho, que se pôde aplicar o formulário. Essa falta de disponibilidade causou também a demora para a realização da pesquisa, pois tinha que ser realizada em dias onde os funcionários estivessem mais disponíveis. Outro fator foi que no dia da realização da pesquisa aconteceu um problema nos lotes de produtos, onde para solucionar este problema o gerente reuniu todos os funcionários, tendo assim que remarcar o dia da realização da pesquisa REFERÊNCIAS Referências 95 REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. Atlas, 4 ed. São Paulo. 1999. BATEMAN, Thomas S. & SNELL, Scott a. Administração: construindo vantagem competitiva. Revisão técnica José Ernesto Lima Gonçalves, Patrícia da Cunha Tavares. – São Paulo: Atlas, 1998. BENNIS, W. A Formação do Líder. São Paulo: Atlas, 1996 BERGAMINI, Cecília Whitaker. Liderança: Administração do Sentido. São Paulo, editora Atlas, 1994. BERGAMINI, Cecília Whitaker, O líder eficaz. São Paulo: Atlas, 2002. BEZZON, Lara Crivelaro. Guia prático de monografia, dissertações e tese: elaboração e apresentação. 3ª Ed. São Paulo: Alíneas, 2005. ARVALHO, Poliane Cristina Pires de. O disign e a publicidade na web como ferramentas competitivas de marketing: um estudo multicaso nas empresas on-line do mercado de Paulo Afonso – BA. 2005. 110 páginas. Monografia. Curso em bacharelado em Administração com Habilitação em Marketing – FASETE – Faculdade Sete de Setembro. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O papel das organizações. Rio de Janeiro: Campus. 1999. ___________, Idalberto. Administração de recursos humanos: Fundamentos básicos. 5 ed. São Paulo: Atlas. 2003. ___________, Idalberto. Gestão de Pessoas. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus. 2004.a Referências 96 ___________, Idalberto. Adminstração nos novos tempos. 2ª Ed. –Rio de Janeiro: Elsevier, 2004b. 2ª Reimpressão. ___________, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001. CHIZZOTTI: Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991. CURY, Augusto. Organização e métodos: Uma visão holística. 7ª Ed., São Paulo: Atlas, 2000. DAFT. Richard L., Administração. Tradução: Fernando gastaldo Morales, Revisão Técnica: Prof.ª Dra. Ana Akemi Ikeda, 1999, Editora afiliada OU LTC – Livros Técnicos e científicos Editora S.A. 4ª Ed. FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 3.ed, 1999. FIORRELI, J. O. Psicologia para administradores. São Paulo: Atlas, 2004. FREITAS, Maria Ester de. Cultura Organizacional: formação, tipologias e impactos. São Paulo: Makron Books, McGraw-Hill, 1991. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3ª ed: Atlas, 1996. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999. GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis motivacionais. São Paulo: Atlas. 2001. HOOVER, John; VALENTI, Ângelo. Liderança Compartilhada: como alinhar o que as pessoas fazem melhor com o que as empresas precisam. São Paulo: E. Futura, 2006. Referências 97 HUNTER, James C. O monge e o executivo. Rio de Janeiro: E. Sextante, 2004. KOCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia cientifica: Teoria da ciência e iniciação a pesquisa. Petropolis, RJ: Vozes, 1997 KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução à Administração. Atlas, 6ª ed., São Paulo, 2004. LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da metodologia científica. 4. Ed. - São Paulo: Atlas, 2001. LIMA, Maciel Teixeira Lima. A atuação do líder como fator de influência no comportamento dos colaboradores: Uma pesquisa de campo no centro comercial da cidade de Paulo Afonso – BA. Paulo Afonso – BA: 2008. 115f. monografia (Pósgraduação) - Faculdade sete de setembro – FASETE. Curso: Gestão de Empresarial. MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 3ª ed., São Paulo, Futura, 2000. MATTAR, Freuze Najib. Pesquisa de marketing: Metologia e planejamento.5. ed. São Paulo: Atlas,1999. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru, Teoria geral da administração: Da revolução urbana à revolução digital. 4ª Ed.- São Paulo: Atlas, 2004. MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. MONTANA, Patrick J. e CHARNOV, Bruce H. Administração. Tradução de Robert Brian Taylor, revisão técnica Reinaldo O. da Silva. São Paulo: Saraiva, 2001. Referências 98 MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal: Treinamento em grupo. 8ª Ed., Rio de Janeiro: José Olympio, 1998. PRESTES, Maria Lúcia de Mesquita. A Pesquisa e a Construção do Conhecimento Científico. 1. Ed. São Paulo: Respel, 2003. ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 8ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998. ROESH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de Estágio e de Pesquisa em Administração. 3ª Ed.-São Paulo: Atlas, 2005. RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 4a ed.-São Paulo: Atlas, 1996. STONER, James A. F. & FREEMAN, R. Edward. Administração. 5ª ed. Tradução: Alves Calado, Revisão de conteúdo: Agrícola de Souza Betblem, D. Sc.-Rio de Janeiro: LTC, 1999. VERGARA, Sylvia Constant & Paulo D. Branco, empresa humanizada – a organização necessária é possível. IN: Wood jr, Thomaz. Gestão Empresarial – o fator humano, Rio de Janeiro, 2004. ZENGER, John H e JOSEPH, Folkman. Desenvolvendo sua capacidade de liderança: 24 estratégias para melhoras suas habilidades como líder. Rio de Janeiro: Sextante, 2008 MAGALHÂES, Rosângela da Silva e STEFANO, Silvio Robero. O estilo de liderança dos gestores de uma empresa fabricante de chicotes elétricos no estado do Paraná. Lato Sensu – março de 2008.Disponível em http://www.unicentro.br, acesso em novembro/ 2011. Sites: http://www.ogerente.com.br/gestao/lideranca/gestao-lideranca-papel_lider.htm, APÊNDICES Apêndice 100 APÊNDICE A – ORGANIZAÇÃO SETE DE SETEMBRO DE CULTURA E ENSINO LTDA FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE Credenciada pela Portaria MEC-206/2002-DOU. 29/01/2002 Av. Vereador José Moreira, 1000 – Centro 48601-180 – Paulo Afonso – Bahia CURSO: BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS PROFESSORA: MSc. CYNTHIA MARISE DOS SANTOS MATTOSINHO. ORIENTADORA:ESP. SALOMÃO DAVID VERGNE CARDOSO. ALUNO: TASSIA DANIELI TAVARES LIMA TURNO: NOTURNO FORMULÁRIO DA PESQUISA PARA OS COLABORADORES DA EMPRESA DUVALLE LTDA. DATA: ____/____/2010 IDENTIFICAÇAO DA EMPRESA 1. Nome da instituição: ____________________________________________ 2. Endereço:________________________3. Bairro:______________________ 4. Cidade:____________________________5. CEP:_____________________ 6. Telefone:_________________________7. Email:______________________ 8. Website:______________________________________________________ CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO 1. Empresa: Privada ( ) Particular( ) Mista( ) 2. Porte da empresa: ( ) pequena ( ) média ( ) grande 3. Setor:_____________________________________ 4. Cargo ocupado: ( ) Gerente ( ) Diretor ( ) Presidente Apêndice 101 CARACTERIZAÇÃO DO RESPONDENTE 5. Tempo de atuação no cargo: ( ) menos de 01 ano ( ) de 11 a 15 anos ( ) de 1 a 5 anos ( ) de 16 a 20 anos ( ) de 6 a 10 anos ( ) mais de 20 anos 6. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 7. Faixa Etária: ( ) até 25 anos ( ) de 36 a 40 anos ( ) de 26 a 30 anos ( ) de 41 a 45 anos ( ) de 31 a 35 anos ( ) Acima de 45 anos 8. Escolaridade: ( ) 2º grau ( ) Especialização ( ) 3º grau incompleto ( ) Mestrado ( ) 3º grau completo ( ) Doutorado Formulário para avaliação da visão do funcionário a respeito do Perfil da liderança e motivação do 1º Gerente. SEMPRE PERGUNTAS 1. O administrador da organização toma as decisões sozinhas e depois comunicam ao grupo? 2. Ele se preocupa com o bem estar da equipe? 3. Ele contribui para desenvolver a sua equipe? 4. O líder estimula os outros a enfrentar novos desafios? 5. O líder procura entender o ponto de vista das pessoas mesmo quando discorda delas? 6. Quando os resultados não são satisfatórios, o líder costuma usar de palavras estimulantes pessoas envolvidas? com as FREQUENTEMENTE ÀS VEZES RARAMENTE NUNCA Apêndice 7. O 102 líder consegue envolver os colaboradores nos projetos e ações da empresa? 8. O líder procura criar um ambiente agradável na empresa? 9. O líder consegue reverter situações antes de se transformarem em problemas? 10. O líder influencia os funcionários com seu conhecimento e competência? 11. O líder consegue fazer com que cada funcionário sinta que sua contribuição é importante? 12. O líder ajuda o grupo a chegar a um consenso em relação a mudanças importantes? 13. O líder demonstra ser democrático, porém determinado? 14. O líder mostra saber compreender as pessoas, saber ouvir e compreender idéias? 15. O que o líder faz para motivar os funcionários? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 16. A liderança e a motivação influenciam na cultura da empresa? Comente a resposta. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 17. Como o líder trata e considera seus funcionários? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Apêndice 103 18. Que ações do seu líder lhe deixa motivado? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 19. Que ações do seu líder lhe faz sentir desmotivado? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 20. Como você descreve o seu líder? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 21. O que você entende sobre motivação? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 22. Como você se sente trabalhando nessa empresa? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 23. O que você entende sobre liderança? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 24. A comunicação entre líder ou gerente e colaboradores é: Apêndice 104 ( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssima 25. A respeito ao relacionamento entre os colaboradores da empresa. Como se caracteriza o ambiente de trabalho desse setor: ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo 26. O ambiente organizacional possibilita a comunicação eficiente entre os colaboradores? ( ) Não ( ) Raramente ( ) Às vezes ( )Freqüentemente ( ) Sempre 27. Problemas de comunicação do ambiente: ( ) Mal compreensão da informação ( ) Falta de atenção no tratamento da informação ( ) Muita informalidade ( ) Muita formalidade ( ) Informação centralizada no líder ( ) Informação sobrecarregada ( ) resistência a novas idéias ( ) Permanência de ações incorretas por causa da falta de feedback ()Outros_________________________________________________________ Apêndice 105 Formulário para avaliação da visão do funcionário a respeito do Perfil da liderança e motivação do 2º Gerente. PERGUNTAS SEMPRE 1. O administrador da organização toma as decisões sozinhas e depois comunicam ao grupo? 2. Ele se preocupa com o bem estar da equipe? 3. Ele contribui para desenvolver a sua equipe? 4. O líder estimula os outros a enfrentar novos desafios? 5. O líder procura entender o ponto de vista das pessoas mesmo quando discorda delas? 6. Quando os resultados não são satisfatórios, o líder costuma usar de palavras estimulantes com as pessoas envolvidas? 7. O líder consegue envolver os colaboradores nos projetos e ações da empresa? 8. O líder procura criar um ambiente agradável na empresa? 9. O líder consegue reverter situações antes de se transformarem em problemas? 10. O líder influencia os funcionários com seu conhecimento e competência? 11. O líder consegue fazer com que cada funcionário sinta que sua contribuição é importante? 12. O líder ajuda o grupo a chegar a um consenso em relação a mudanças importantes? FREQUENTEMENTE ÀS VEZES RARAMENTE NUNCA Apêndice 13. O 106 líder demonstra ser democrático, porém determinado? 14. O líder mostra saber compreender as pessoas, saber ouvir e compreender idéias? 15. O que o líder faz para motivar os funcionários? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ______________________________________________ 16. A liderança e a motivação influenciam na cultura da empresa? Comente a resposta. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ______________________________________________ 17. Como o líder trata e considera seus funcionários? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ______________________________________________ 18. Que ações do seu líder lhe deixa motivado? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ______________________________________________ 19. Que ações do seu líder lhe faz sentir desmotivado? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ______________________________________________ Apêndice 107 20. Como você descreve o seu líder? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ______________________________________________ 21. A comunicação entre líder ou gerente e colaboradores é: ( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssima Apêndice 108 APÊNDICE B – TERMO DE CONCENTIMENTO ORGANIZAÇÃO SETE DE SETEMBRO DE CULTURA E ENSINO LTDA FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE Credenciada pela Portaria MEC-206/2002-DOU. 29/01/2002 Av. Vereador José Moreira, 1000 – Centro 48601-180 – Paulo Afonso – Bahia TERMO DE CONSENTIMENTO Essa é uma pesquisa que tem como tema “Liderança/Motivação: Um estudo de caso na empresa Duvalle LTDA”. Trata-se de um estudo de conclusão do curso de Bacharelado em Administração de Empresas, da Faculdade Sete de Setembro – FASETE. Vale informar que a monografia pertence à discente Tássia Danieli, orientada pelo professor Esp. Salomão David Vergne Cardoso. Venho através deste termo e consentimento, pedir a sua colaboração para responder a um formulário sobre a visão dos colaboradores a respeito da liderança e motivação da empresa. Sua identidade será preservada, e todas as informações fornecidas serão utilizadas unicamente para os fins desta pesquisa. Sua participação não lhe causará nenhum dano profissional, mas sim irá colaborar para compreender sobre liderança e motivação neste setor da empresa. Gostaria de deixar claro que sua participação é voluntária e que, caso queira, pode desistir ou interromper desta pesquisa a qualquer momento ou deixar de responder a algumas perguntas que lhes forem feitas. Qual quer dúvida a respeito que queira que seja esclarecida poderá ser respondida também pela Coordenação de Administração da faculdade Sete de Setembro – FASETE. Se você quer de participar, desde já agradeço a sua colaboração e gostaria que você assinasse a seguir, esta assinatura indicará que você está ciente sobre os objetivos desta pesquisa e sobre o uso de seus resultados. Paulo Afonso – BA, ____de Novembro de 2011. _______________________________ ENTREVISTADOR(A) _____________________________ ENTREVISTADO (A) ANEXO Anexos 110 ANEXO Figura 1 - Empresa Duvalle LTDA. Fonte: Foto tirada em 10 de novembro de 2011. Figura 2 – Funcionários de Produção da Empresa Duvalle. Fonte: Foto tirada em 10 de novembro de 2011. Anexos 111 Figura 3 – Local de Abastecimento. Fonte: Foto tirada em 10 de novembro de 2011. Figura 4 – Parte dos materiais de trabalho. Fonte: Foto tirada em 10 de novembro de 2011.