XVIII Congresso Nacional de Secretários Municipais de Saúde Modelos de Atenção a Saúde e Importância da Atenção Básica na Organização do Sistema Municipal de Saúde Blumenal-SC Julho / 2002 Perfil demográfico •Envelhecimento populacional •Urbanização Quadro sanitário •Complexidade crescente: coexistência de perfis epidemiológicos Desigualdades em saúde Modelos Tecnoassistenciais em Saúde Forma como se organizam, em determinados espaçospopulações, os serviços de saúde, incluindo diferentes unidades prestadoras de diversas complexidades tecnológicas – e as relações que se estabelecem dentro delas e entre elas (Mendes, 1986). “Os modelos Tecno-assistenciais estão sempre apoiados em uma dimensão assistencial (recursos financeiros, materiais e força de trabalho) e tecnológica (tecnologias e modalidades de trabalho), para expressar-se como projeto de política, articulado a determinadas forças e disputas sociais” (Merhy, 1991) Modelos Tecnoassistenciais no Brasil A modelo de saúde pública; O modelo de assistência médica previdenciário – liberal privatista; A medicina comunitária. Silva Junior, 1998 Os Modelos da Saúde Coletiva Proposta Baiana de SILOS; A proposta de Curitiba – “Saúdecidade”; A proposta LAPA-UNICAMP: “Em defesa da vida”. Silva Junior, 1998 Sistemas Locais de Saúde - Distritalização Princípios orientadores: descentralização, adscrição de clientela, mando único, referência e contrareferência, hierarquização, integralidade da atenção; Conceitos chave: território, Problemas, práticas sanitárias; Estratégias: planejamento estratégicoplanejamento local, ações programáticas em saúde, vigilância da saúde. DIAGRAMA DE TRANSIÇÃO PARA O NOVO MODELO ASSISTENCIAL Novo modelo assistencial Modelo anterior ao SUS OFERTA ORGANIZADA DEMANDA ESPONTÂNEA PROGRAMAS ESPECIAIS Paim (1994) ARTICULAÇÃO DA DEMANDA ESPONTÂNEA COM A OFERTA ORGANIZADA NO ÂMBITO DA UNIDADE LOCAL DE SAÚDE Paim (1994) Territorialização dos Problemas e das Ações de Saúde no Município MUNICÍPIO DISTRITO SANITÁRIO ÁREA DE ABRANGÊNCIA DAS UNIDADES DE SAÚDE MICROÁREA DE RISCO FAMÍLIA Mendes, 1993 Vigilância da Saúde Teixeira & Paim, 1997 Cidade Saudável “Saúde para a cidade, saúde para os cidadãos que nela possam potencializar a plenitude da vida, isto é o oposto da patogenicidade” (Ragio, 1992). Formular políticas públicas saudáveis, visando a melhoria da qualidade de vida. Ênfase na intersetorialidade, principal estratégia para articulação política e promoção da saúde. Ênfase na compreensão do processo de urbanização e seus determinantes sobre a saúde e a doença Ênfase na emancipação da sociedade e na autonomização dos sujeitos através da desmedicalização e desospitalização dos indivíduos. Defesa da Vida Propõe uma redefinição do trabalho médico, da clínica e do atendimento ao indivíduo doente. Princípios: gestão democrática, serviço voltado para a defesa da vida individual e coletiva, modelo usuário-centrado com as seguintes diretrizes: acolhimento, vínculo, responsabilização e resolução de necessidades direitos dos usuários. Valorização do sujeito, reconceituação da clínica colocando-a a serviço da preservação da vida, do cuidado e da autonomização dos sujeitos; Flexibilização dos critérios de hierarquização: desospitalização, complexificação da unidade básica de saúde; Adscrição com flexibilidade visando favorecer o vínculo. Operacionalização - Defesa da Vida Nível primário de atenção mais complexo em atribuições: equipe multiprofissional, incorpora equipamentos e tecnologias que aumentam a resolutividade. Estratégias acolhimento do usuário, humanizando as relações trabalhador / usuário. Os saberes técnicos das equipe são estimulados, ampliando o "campo de saber" e as "tecnologias leves”. Pacto negociado de metas entre gerência e equipes, em torno do projeto, democratizando e horizontalizando a gestão. Gestão democrática e controle social. Assistência hospitalar, "unidades de produção", definindo contratos e metas. Tecnologias em Saúde Este circulo representa um certo indivíduo submetido a abordagens produtoras de atos em saúde Este círculo representa a abordagem médica n.e.m. n.e.e. n.e.a.s. abordagem enf.. abordagem ass. social Este retângulo representa o núcleo da dimensão cuidadora comum a qualquer abordagem que produza atos em Saúde n.e.m. – núcleo específico do médico n.e.e. – núcleo específico do enfermeiro n.e.a.s. – núcleo específico do assistente social Importância da Atenção Básica Fortalecimento da Atenção Básica enquanto eixo estruturante do modelo assistencial do SUS orientada por uma concepção positiva de saúde; atenção resolutiva; não se restringe a assistência médica; que incorpore os elementos positivos dos modelos assistenciais da saúde coletiva. Saúde da família enquanto estratégia de reformulação da atenção básica à saúde. Mendes,1996 Estratégia Saúde da Família - Valores Evitar a redução das necessidades de saúde a processos fisiopatológicos nas concepções de serviços – valorizar a atenção básica como uma forma específica de organizar a prática e dotada de uma complexidade; Revalorizar a busca por assistências progressivamente totalizadoras do cuidado produzido; Instituir a dimensão subjetiva das práticas em saúde – o papel das relações interpessoais. Schraiber & Gonçalves, 1995, citado por Mendes, 1996 Desafios para o fortalecimento da Atenção Básica Financiamento Promover um maior equilíbrio entre os investimentos da atenção básica com os da média e alta complexidade; Responsabilização dos Estados / MS com o aumento do gasto na atenção básica. Reorganização dos processos de trabalho Centralidade do usuário - dimensão do cuidado da saúde; valorização dos sujeitos - qualificar os usuários para a responsabilização pela saúde; Trabalho multiprofissional; Desafios para o fortalecimento da Atenção Básica Integralidade da atenção A articulação entre as ações preventivas e curativas, individuais e coletivas, Articulação entre o atendimento à demanda espontânea e as ações programáticas; Estratégia de promoção da saúde Atuação sobre determinantes dos problemas; Intersetorialidade; Combinação de estratégias de risco e estratégias populacionais que apresentem evidência. Desafios para o fortalecimento da Atenção Básica Desenvolvimento da epidemiologia nos serviços de saúde Padronização e integração dos sistemas de informações, Utilização de ferramentas de sistemas de informações geográficas; utilização da epidemiologia para monitoramento e intervenção em saúde. Recursos Humanos Formação de recursos humanos: na graduação e nos serviços; Relações de trabalho.