Jose Luiz Fiorin Universidade as comportamentos cas cuja dividuo fun9aO dentro sociais principal nificantes e, assim uma teoria da prodU9aO A etiqueta sendo, formais a vida co as rela90es familiares maior ou menor liberdade nhuma situa9aO, deixem de comportar-se. 90es (dever cotidiana, Essa modalidade adquirir basicamente ela urn erro situa9aO. que concerne quivoco (nao avaliar dotar), e a rebeldia, sem que, de consta e e,assim, de prescri- (savoir fazer).Pa- faire),que do que e corre- As viola90es que comportamento que as a gafe, a modalidade transgressao em ne bem os comportamentos naturezas: adequadamente de portar-se (nao dever urn saber SaD de duas (nao saber diplomati- uma grada9aO do conhecimento numa dada por erro, executar ve- cerimonial. que vive em sociedade prescritos, gressao normas e de interdi90es mas comportamentais pormeiode do protocolo de comportamento, possa to ou incorreto urn sentido de existir dever. precisa sig- que, muitas e de amizade,ha ra que urn individuo se constitui SaD praticas pod em ser estudados adquire a sujeito fazer) de urn in do sentido. Das cerimonias pelo Por isso, a posi9aO e urn con junto de deveres zes, em situa90es modalizado SaD urn con junto de prati- e determinar da sociedade. de Sao Paulo nortrans- do saber,seja adotar) ou urn e- comportamento por projeto, a- que deri- va de urn nao querer da individuo sendo, davel pode entao, fazer. receber fun~ao dessa pragmatica: san~ao rnentos sociais relevo cognitiva, luzes nurn grupo esses dessa p'essoa agr~ uma do estudo c~ ou negativ&, ou excluido Ern san~ao dele. dos comporta- acima. comportamentos problema 0 receber no que se disse e a analise sobre positiva ou inconveniente. pode a importancia porque aspectualizados lan~ar conveniente nao esta adequada, bem ou mal educado, ser incluido No entanto, ganha urna san~ao considerado ou desagradavel, Pela performance Seu estudo sao fortemente aspectualiza~ao do aspecto permite nas linguas na- turais. Tradicionalmente, goria do tempo: bredeterrnina~ao pecto senao 0 e urn ponto uma escala de medida bre 0 de urn actante tempo, a relacionadas tor (1). que SaD ras, dias, leoto po que 0 56 que 0 0 tem observador e ou sentido sujeito sobre instancia incoativo meses de vista, observador, mas tambem 0 para ou que revela nao para incide outras 0 uma so- a processo executa-lo, numa as- presen~a apenas so- categorias e a- 0 (em ho- r4pido (assim, um 0 Na medi espa~o implicita cate- que e quantitativa qualitativa executar a a~ao. antropornorfica? as duas cOmpara9ao a ligado No entanto, terminativo) numa levaria sobre da enuncia~ao, anos) leva aparece de vista da ternporalidade. da em que ele ~ urn ponto implicita aspecto entre e 0 especle 0 e tel.!'. tempo de (2) A aspectualiza~ao media)." cidade de deslocamento servador (assim, lODge ir ou nao rapidamente a e e perto com urn determinado gesto pode a "qualidade" ser elegante gura ou hesitante, urn violonista ou com facilidade, estrangeira com fluencia lembrar pois, embora aspectualiza~ao falar nao expede urn de vista sac sociais. mo elas apenas sac realizadas as a~6es, 0 e a insuficiencia ta medida ~ vista a~ao positivamente aos palos cesso como 0 a aspectualiza~ao as manuais lugares fechados deter- in- respeito os pontes forma~ao de social, a maneira a vida dos ~ uma logica co termo euforico. deve A a ju~ qualidade da em rela~ao nem negativa, nem ex- (justa dos comportamentos dizem (polo p~ enquanto ser neutra A neutralidade de etiqueta homens da graduali- excesso 0 (polo negativo), nem positiva nem insuficiencia. preside lingua Quem mas tamb~m disforicos valorizada categoriais: Numa que pauta com os outros dade. Nela sac considerados sitivo) uma (seu aspecto). Em nos sa sociedade, nas suas rela~6es uma pe~a diga vista nao se valorizam ser se- julgamento de urn ator particular, cada a~ao urn ~ urn observador.Cabe a uma a~ao particular sobre (3) Assim, executar pode-se seu ponto locomo- a voz pode pode de uma realiza~ao se pode de ou com dificuldade. que esse observador dividual, meio da performance. penosamente mina a "qualidade" a que A ou desastrado, capa- de ver de urn ob- sac lugares ao olhar). a remete possibilidade ~ao, ou que sac acessiveis do at or mostra do espa~o que, ou nas apresenta~6es, em medida) sociais. encontros nao se deve em negar urn aperto tanto, de mao a ninguem, nao basta tro das normas faze-la, executar essa a~ao de boa educa~ao, uma aspectualiza~ao evitam-se os excessos na justa medida. for~a nem mesmo adequada: ele nao deve ticencia, ser feito e ser dos dedos de de mao, permanece-se feito ser nem com demorado nem com brusquidao nem so com a ponta de~ correta no aperto nao deve No en enquadrar-se e as insuficiencias Assim, nao deve para ha uma maneira nem com a mao amolecida, rapido, a urn inimigo. nem nem com re- nem com as duas maos. Quando trata-lo mento se e apresentado com muita simpatico Da mesma quando deve manifestar se mostrar outros, familiaridade e conveniente forma, desinteresse curiosidade solicitude deve-se tude de impaciencia excluidos timidez que esconde tamento adequado da, 0 nem se deve e a inaudibilidade. como 0 muitas aspecto Em rela~ao Quando Quando euforico fala alguem do comportamento fala (excesso)e de que nao se utilizem dos nem uma ati- exclui a 0 compo£ nem mal tocar poderiam nem deve- se e convidado 0 tom de voz educado sociedades a (insuficiencia). ser avido Os exemplos nem se ao contrario, exibicionismo dar a impressao o que foi servido. palos. de saber) nao cabendo e dissimula e a modestia. que poderia Embora 0 0 trata- dois intenso mas, aten~ao, nem com os outros, (desejo saber), esses nem de desaten~ao. estao uma refei~ao, afasta e interesse. prestar nao se deve nem com frieza. se conversa (nao querer de si mesmo, a alguem para na comi apreciou a altura multiplicar-se. a "justa social, medida" variam de uma para outra as limites dida au insuficiencia. a uma pessoa, nuncie quando reserva nesse Na Fran9a, se encontra a cumprimento dar a mao, nem sempre com ela. com palavras. caso, se da a Basta deixar da insuficiencia, basicos para a artificial, devem ser naturais. definir alguem a posti90. Esse Natural da aplica9aO mecanica de regras, nem da inten9ao Natural quer dizer espontaneo. efeito. significa, de urn lado, e, de outro, comportamentos sociais 0 que implica brusquidao tualiza9aO tanto e 0 contrario Esses valores mas diferentes sociais para designar s6 a termo a quanto dos excessos vo, 0 que tern comportamento justa medida. quanta refi- de refina- definir a aspec- tambem chamada No ves- que se opeem displicencia a tanto (insufi- negligencia. e das as grosseria,da de justa medida. a sobriedade, ostenta9ao (excesso) finos, do exagero Elegancia, pro- (falta). da poderia de harmonia, (excesso) a tanto quanta dos comportamentos. ao espalhafatoso for9ado ser delicados, de Artificial embara9ado 0 afastamento tir, e a simplicidade, gancia devem a elegancia e sinonimo ciencia), dificil, e feito da aprendizagem,nem 0 que e afetado, e da vulgaridade Em sintese, classe, nao derivar a que parece e urn dos e 0 que 0 que parece menta. da bem educado.Natural sem esfor90, nados, de indelicada. conceitos duzir mao que se a- No Brasil, esta no p6lo as comportamentos opee-se do que seja excesso, justa m~ A ele- insuficiencias. fazem que a lingua tenha ter- tl que terncornportarnento excessi- insuficiente que designa este e 0 que 0 tern na ultimo tern va- lor positivo. cam pessoas pouco as dois primeiros que tern vicios tern valor ou, ao menos, negativo, indi- urn comportamento valorizado. Excesso Justa Medida Insuficiencia Avarento Economico Perdulario Ambicioso Desprendido Desinteressado Curioso Discreto Indiferente Arrogante Humilde Subserviente Brutal Gentil Servil Severo Justo (4 ) Indulgente,compIacente Duro Firme Mole Rude Sincero Adulador Presun<;;oso Modesto Carente de amor proprio Exagerado Moderado Deficiente Temerario Prudente Medroso determina a cria<;;aode lexemas Uma visao de mundo sua axiologiza<;;ao. No nosso que considera termo, 0 to meio, notar a mediocridade, valor significava caso, supremo. outrora tenha de excelencia, no sentido Embora 0 termo a situa<;;aomedia, adquirido insuficiencia e uma visao urn valor de qualidade, a ideia primeira de e mundo etimologico do mediocridade, que a modera<;;ao, negativo, valor, 0 passando merito de mediocridade ou jusa de falta ainda re- (1) GREIMAS, A.J. e COURTES, J. - S~miotique. Dictionnaire raisonn~ de la th~orie Hachette, 1979, p. 21-22. du langage. Paris, (2) Id., S~miotique. Dictionnaire raisonn~ de la th~orie du langage. Paris, Hachette, 1986, p.19. (4) 0 que, de um ponto de vista, insuficiencia e vice-versa. ~ excesso, de outro, sera