JANDIRA GUENKA PALMA, JOSÉ LUIZ VILLELA MARCONDES MIONI A MODELAGEM DE NEGÓCIOS BASEADA EM CANVAS COMO AGENTE DE OTIMIZAÇÃO E SUPORTE AO LEVANTAMENTO DE REQUISITOS LONDRINA - PR 2014 Villela Marcondes Mioni, José Luiz. A modelagem de negócios baseada em Canvas como agente de otimização e suporte ao levantamento de requisitos – Londrina, 2014. Orientadora: Jandira Guenka Palma. Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Exatas, Graduação em Ciência da Computação, 2014. Inclui bibliografia. JANDIRA GUENKA PALMA, JOSÉ LUIZ VILLELA MARCONDES MIONI A MODELAGEM DE NEGÓCIOS BASEADA EM CANVAS COMO AGENTE DE OTIMIZAÇÃO E SUPORTE E SUPORTE AO LEVANTAMENTO DE REQUISITOS Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Programa de graduação em Ciência da Computação do Departamento de Computação da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciência da Computação Orientadora: Jandira Guenka Palma LONDRINA - PR 2014 JANDIRA GUENKA PALMA, JOSÉ LUIZ VILLELA MARCONDES MIONI A MODELAGEM DE NEGÓCIOS BASEADA EM CANVAS COMO AGENTE DE OTIMIZAÇÃO E SUPORTE E SUPORTE AO LEVANTAMENTO DE REQUISITOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Programa de Graduação em Ciência da Computação do Departamento de Computação da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Ciência da Computação. BANCA EXAMINADORA ____________________________________ Prof. Orientador Universidade Estadual de Londrina ____________________________________ Prof. Componente da Banca Universidade Estadual de Londrina ____________________________________ Prof. Componente da Banca Universidade Estadual de Londrina Londrina, _____de ___________de _____. DEDICATÓRIA (S) Dedicatória 1 Dedicatória 2 Dedicatória 3 AGRADECIMENTO (S) Agradecimento 1 Agradecimento 2 Agradecimento 3. “A perfeição é obtida, não quando não se há mais nada a se adicionar, mas quando não se há mais nada à ser tirado” -Antoine de Saint-Exupery PALMA, Jandira Guenka, MIONI, José Luiz Villela Marcondes. A modelagem de negócios baseada em Canvas como agente de otimização e suporte ao levantamento de requisitos. 2014. XXX páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2014. RESUMO Modelagem de Negócios engloba o mapeamento e análise de processos, no intuito da otimização e agilização de atividades empresariais. Técnicas de levantamento e análise de requisitos são o processo de extrair necessidades e características específicas à um programa computacional. Este trabalho consiste de um estudo sobre o impacto destas técnicas no Modelo de Negócios de TI e uso do Canvas Business Model como ferramenta adicional ao processo de Análise de Requisitos. Palavras-chave: Canvas. Análise de requisitos. Análise de Negócios. Desenvolvimento Enxuto. Modelo de Negócios. PALMA, Jandira Guenka, MIONI, José Luiz Villela Marcondes. Canvas based business modelling as an optimizing and support agent in requisite analysis. 2014. XXX páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2014. ABSTRACT Business Modelling approaches process modelling and mapping, seeking to optimize and accelerate business activities. Requisite Analysis techniques are the extraction of caracteristics and needs of a computational program. This Works consists of a study on the impact of such techniques in companies’s Business Models and the uses of the Canvas Business Model as an additiona process in Requisite Analysis. Key words: Canvas. Requisite Analysis. Business Analysis. Lean Manufacturing. Business Models. LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE TABELAS LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 2 ANALISE DE REQUISITOS ............................................................................................ 2.1 DEFINIÇÕES ...................... ................................................................................................ 2.2 APLICAÇÕES ........................................................................................................................ 2.3 IMPACTOS DA AQ NO PRODUTO FINAL... ............................................................................. 3 MODELOS DE NEGÓCIO ............................................................................................... 3.1 DEFINIÇÕES ................... .................................................................................................... 3.2 APLICAÇÕES....................................................................................................................... 4 BUSINESS MODEL CANVAS ........................................................................................... 4.1 A METODOLOGIA TRADICIONAL... ....................................................................................... 4.2 BLOCOS GRÁFICOS ....................... ...................................................................................... 4.3 REPRESENTANDO O MODELO DE NEGÓCIO DA GOOGLE, INC EM CANVAS ........................... 4.4 LEAN CANVAS. .................................................................................................................... 5 O MODELO PROPOSTO 5.1 BLOCOS DE TRABALHO..................... ................................................................................... 5.2 MUDANÇAS E IMPLICAÇÕES ................................................................................................ 5.3 UTILZAÇÃO E MENSURÁVEIS DE SUCESSO .... ...................................................................... ................................................................................................................................................. 6 RESULTADOS OBTIDOS ............................................................................................... 7 CONCLUSÃO..................................................................................................................... 8 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 12 1 INTRODUÇÃO A Modelagem de Negócios é uma atividade chave contínua no dia à dia das empresas e profissionais de tecnologia, principalmente durante fases de desenvolvimento, venda e gestão do processo de construção de software. Ainda durante o processo de venda de software, e, principalmente, na gestão e comunicação entre as equipes de produção e clientes, se faz imprescindível o processo de análise de requisitos. Fatores como o conhecimento das reais necessidades do software e de seu foco, assim como a transmissão de dados e comunicação efetiva entre a equipe responsável pela produção do sistema, aplicativo ou ferramenta e o cliente pode modificar o produto final [3]. Um produto final desalinhado perante às necessidades ou expectativas de seu mercado definitivamente não terá o mesmo alcance ou índice de satisfação de cliente do que uma criação compartilhada entre o proprietário e o produtor, feito aos moldes das propostas de valor e KPI’s (Key Points of Interest) de quem encomendou o software. Uma atitude viável de contorno neste tipo de situação é a Modelagem de Negócios, tentando, através de modelos, frameworks, questionários e aprendizado montar um painel geral de uma empresa, negócio ou produto. Conexões entre departamentos, reais players no sistema, envolvidos diretamente em atividades chave e indiretamente em processos críticos, visão, missão e proposta de valor de um negócio são alguns dos pontos obtidos após a aplicação de técnicas de modelagem de negócio. Não obstante, tais técnicas comumente demandam atividades burocáticas, processos comumente lentos com muitas pessoas envolvidas, além de profissionais especializados, de tal forma aumentando o custo geral do projeto e atrasando seu cronograma. Neste escopo, é inserido o Canvas Business Model, como alternative de rápida capacitação, processos curtos e metologia não-burocrática que, ainda assim, solucionam a necessidade de Modelagem de Negócios durante o processo de construção, venda e, principalmente, levantamento de requisitos de software. Este trabalho está dividido da seguinte forma: no capítulo 2 será apresentado o conceito, aplicações e consequências da análise de requisitos dentro de empresas e projetos de TI. No Capítulo 3, são abordados os conceitos de Modelagem de Negócios, subsequentemente expandidos ao Business Model Canvas no Capítulo 4, que cobre o mesmo e sua variação Lean, utilizando conceitos da manufatura enxuta. O capítulo 5 discursa sobre um modelo híbrido proposto no trabalho, resultante da otimização de ambos os modelos quando voltados para projetos de construção de software. Os resultados obtidos, assim como a conclusão geral do trabalho são descritos, respectivamente, nos capítulos 6 e 7. 13 2 ANALISE DE REQUISITOS 2.1 Definições A análise de requisitos é um conjunto de técnicas que visa obter as necessidades reais de um software junto ao cliente ou consumidor final, afim de melhor focar os esforços de sua composição e compreender o que realmente deve ser feito durante o projeto[11]. Ou seja, a atividade de, através de visão holística e estratégica, perguntas bem direcionadas, comunicação efetiva e experiência empírica, extrair o real problema que deve ser solucionado pelo software e como tal solução se conecta à empresa, visão, produtos e público alvo do cliente e seus consumidores. 2.2 Aplicações Nota-se de forma clara que a análise de requisitos deve ser realizada antes da construção do software, como medida de redução de custos[5] e, principalmente, medida estratégica para evitar o retrabalho durante o ciclo de vida do produto tecnológico. A aplicação da análise de requisitos, além de tal redução, busca também maior alinhamento à proposta de valor e, principalmente, às necessidades do cliente em questão, estabelecendo melhores canais de comunicação ao produto final e maiores possibilidades de novos empreendimentos e upsales [3]. 2.3 Impactos da AQ no produto final Pode-se elencar como um dos principais, senão principal resultado esperado do levantamento de requisitos, a busca por erradicar, ou, ao máximo possível, minimizar desalinhamentos entre o que o cliente quer, o que o cliente precisa, e o que o cliente recebe ao fim do projeto. Porém, o cliente fala uma linguagem e tem visões de TI e de software, que, de maneira geral, não são necessariamente as mesmas que o engenheiro de software ao qual o levantamento foi designado. Além disto, nem sempre ambos são necessariamente capazes de enxergar alguns pontos críticos, como atividades que não necessariamente o transparecem, porém são interconectadas e interdependentes, sem que o software já esteja em estado avançado de desenvolvimento. Fig 1 – Definição gráfica satírica aos problemas derivados da má análise de requisitos 14 Além das necessidades propostas, desde meados dos anos 1980[5][6], são realizados estudos que exemplificam os custos e demais setbacks de uma produção não alinhada ao produto necessário ou problema-alvo. À título de exemplo, estima-se que o custo de manutenção, reparo e substituição on the fly de módulos de um software comercial sejam 100 vezes maiores na etapa de construção e 10 vezes maiores na etapa de concepção, do que seriam em sua etapa de planejamento inicial. Tendo em vista que, em torno de 50% à 60% do tempo investido na confecção de uma ferramenta tecnológica seja dedicado à sua manutenção [5], a AQ quando bem posicionada e aplicada de forma pragmática no projeto apresenta serventia não somente como ferramenta de satisfação e eficiência, mas também como uma significativa redutora de custos. Surge então a necessidade de maneiras de conectar o cliente, seu público, as características de seu core business e sua proposta de valor aos requisitos levantados pelo professional e a equipe de desenvolvimento, atividade abordada durante Modelagem de Negócios. 15 3 BUSINESS MODELS 3.1 Definições Sendo a composição de uma imagem verossímel do negócio de suma importância ao processo de análise de requisitos, a modelagem de negócios torna-se ator chave dentro do processo de criação e levantamento de requisitos do sistema. O processo geral de modelagem de negócio consiste de, através de diagramas, diálogo e reflexão, obter uma versão, geralmente gráfica, de todas as características de um produto, empresa ou empreendimento. A composição de um modelo gráfico representativo sobre o negócio em foco é capaz de orientar e educar o profissional de forma lúdica e holística, servindo não somente como guia, porém também como agente validador de propostas futuras e ações planejadas. Dentre as diferentes técnicas de modelagem, como BPMN(Business Process Model and Notation)[1] e ESSO(Environment-Strategy-Structure-Operations)[2], este trabalho opta pelo Canvas Business Model[4] como solução ao problema de modelagens burocráticas ou custosas. Tal modelagem e sua escolha são melhor descritos ao longo do trabalho. 16 2 BUSINESS MODELS CANVAS O Business Model Canvas foi escolhido para este trabalho devido à sua flexibilidade, velocidade de composição e capacitação, e possibilidade de adaptação à cenários e negócios diversos[4]. O modelo de negócios Canvas consiste em um maneira simples e gráfica de descobrir, conciliar e conectar conceitos e caracterísicas importantíssimas de um negócio, seja este um produto, uma empresa preste a ser lançada no mercado, ou uma grande empresa como um todo, mantendo a mesma eficiência independentemente do tamanho do escopo ao qual ele é aplicado. Fig 3 - Algumas empresas que utilizam a ferramenta, conforme o site do modelo O funcionamento do Modelo Canvas baseia-se em 9 blocos, cada qual descreve e conecta os pontos chaves de interesse (KPI’s) de uma faceta específica do empreendimento, sendo estes Key Partners (parceiros chaves que impactam e aceleram resultados), Key Activities (atividades chave que devem ser executadas durante o projeto), Key Resources (recursos, tanto humanos quanto financeiros e abstratos à disposição), Value Proposition (valor agregado vendido pelo produto ou ideia), Customer Relationships (canais de comunicação e interação entre o produto e consumidor final), Customer Segments (segmentos que definem o público alvo do produto), Channels (como o produto chega ao consumidor), Cost Structure (custos necessários iniciais do projeto) e Revenue Streams (componentes que agregam receita ao projeto). Após finalizado o modelo, torna-se muito mais simples observar, ajustar e compreender a essência de um negócio e como uma solução computacional se conectaria ao mesmo. 17 Fig 3 – Layout em branco de um Canvas padrão. Sendo um resumo dos pontos chave de um plano de negócios, Canvas consegue realizar ma abordagem bem menos formal, que pode ser utilizada com mais frequência no dia a dia da empresa e alterada on the fly. Os blocos podem ser divididos em 4 grandes áreas, cada com seus respectivos blocos, sendo estas: Infraestrutura o Atividades-chave: As atividades mais importantes para executar a proposição de valor da empresa e do Canvas descrito. o Recursos-chave: Os recursos que são necessários para criar valor para o cliente, podendo estes ser humanos, financeiros, físicos ou intelectuais. o Rede de parceiros: As parcerias de negócio que complementam os outros blocos do modelo de negócio. Oferta o Proposta de Valor: Pontos chave de destaque de uma empresa, assim como as vantagens que a mesma entrega aos seus clientes Clientes o Segmentos de clientes: o público-alvo para os produtos e serviços da empresa. o Canais: Os meios utilizados por uma empresa para fornecer produtos e serviços aos clientes o Relacionamento com o Cliente: A empresa estabelece ligações entre si e os seus diferentes segmentos de clientes, assim como pontos de CRM, listas operacionais, etc. 18 Finanças o Estrutura de custos: Gastos e ativos circulantes que envolvam saída monetárias dos meios utilizados pelo modelo de negócio mapeado. o Fluxos de receita: A forma como a empresa gera receita através do modelo mapeado (os rendimentos/lucros da empresa). 19 3 LEAN CANVAS 3.1 Manufatura enxuta Lean manufacturing, do inglês manufatura enxuta ou manufatura esbelta, também conhecido como Sistema Toyota de Produção é uma metodologia focada na redução de desperdícios e aumento de eficiência pautada em pontos como a melhoria contínua e velocidade de respostas. Baseado nestes conceitos iniciais, foram criadas variações de processos e modelos atuais com processos enxutos, possibilitando a existência de metodologias e modelos tais como a Startup enxuta e o Lean Canvas. 3.2 Lean Canvas 3.2.1 O Modelo Lean Canvas, do inglês, Canvas Enxuto,foi criado por Ash Maurya com objetivo de aumentar o foco aos aspectos de maior caráter vital de um startup. Afim de manter a porosta visual inicial do Business Model Canvas, Ash apenas modificou os blocos inicias, realizando substituições para que o mesmo se adapta-se de melhor forma à metodologia, sendo o resultado final aplicável não somente à projetos enxutos mas também à novas Startups. Fig 5 – Representação gráfica das mudanças aplicadas ao modelo Canvas original 20 Entre às mudanças realizadas no escopo do modelo, foram realizadas substituições dos blocos de papel chave, removendo parceiros, atividades e recursos, e inserindo espaços onde o problema à ser resolvido, sua(as) solução(ões) e suas métricas podem ser explicitados. Além destas, também foi realizada a troca de nome no bloco de relacionamento ao consumidor, optando-se por um novo bloco, nomeado Unfair Advantage, do inglês uma vantagem injusta, sendo a idéia por trás de tal adaptação o detalhamento da vantagem em relação ao problema, concorrentes e mercado geral que o cliente teria ao adquirir o produto. 21 4 O MODELO PROPOSTO 22 5 RESULTADOS OBTIDOS 23 6 CONCLUSÃO 24 7 REFERÊNCIAS [1] Object Management Group: Business Process Model and Notation. <http://www.bpmn.org> Acessado em 20/03/2014 [2] LIM, M. Environment-Strategy-Structure-Operations (ESSO) Business Model (1999) [3] MORIMOTO, C. Y. Modelagem de Processos de Negócio como Apoio ao Desenvolvimento Ágil de Software (2010) [4] Business Model Generation: Canvas Business Model. <http://www.businessmodelgeneration.com/canvas> [5] Kemerer C.F. and Slaughter S. An Empirical Approach to Studying Software Evolution, IEEE Transactions on Software Engineering, 25(4), pp. 493-509, 1999.Barry W. Boehm: Software Process Management: Lessons Learned from History. ICSE 1987: 296-298. [6] Lientz, B.; Swanson, E.B. Software maintenance management: a study of the maintenance of computer application software in 487 data processing organisations. Addison Wesley, 1980. [7] Lientz, B.; Swanson, E.B.; Tompkins, G.E. Characteristics of applications software maintenance, Communications of the ACM, Vol. 21, pp.466-471, 1978 [8] Lientz, B.; Swanson, E.B. Software maintenance management: a study of the maintenance of computer application software in 487 data processing organizations. Addison Wesley, 1980. [9]SANCHEZ, J. Improving Requirements Analysis Trough Business Process Modelling: A Participative Approach, Springer, Heidelberg, pp 165-176 [10]CATANIO, J. Requirement Analysis: A Review, Advances in Systems, Computing Sciences and Software Engineering, 2006, pp 411-418 [11]SOMMERVILLE, I. Engenharia de Software. 6. ed. São Paulo, SP: Addison Wesley, 2003. 592 p.