Diversidade Sexual na Escola “Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito.” Albert Einsten História • Os registros arqueológicos mais antigos do homo erotismo apontam para 12000 a.C. na Era Paleolítica onde algumas pinturas rupestres e centenas de "batons" fálicos foram encontrados na caverna de Gorge D'Enfer em Dordonha na França. Entre os exemplares encontrados destaca-se um dildo duplo supostamente utilizado para relações sexuais entre mulheres. • Outros registros arqueológicos apontam para 5000 a.C. na Era Mesolítica onde o homo erotismo está representado em uma rocha encontrada em Addara na Sicília. Nessa inscrição em rocha, homens e mulheres dançam ao redor de duas figuras masculinas com ereção. Supõe-se que esse registro represente uma relação homo erótica. • Em 2800 a.C. um poeta desconhecido escreve a mais antiga epopéia preservada pela história, a Epopéia de Gilgamesh. A epopéia inclui a primeira história de amor homo erótico retratada pelo personagem Enkidu. • Na Grécia em 1930 a.C. o herói Aquiles e o seu amado Pátroclo terão sido companheiros na Guerra de Tróia. Quando Pátroclo morre é vingado por Aquiles. Quando Aquiles morre, é enterrado junto de Pátrocolo. • A Bíblia corrobora que o relacionamento de pessoas do mesmo sexo existiu em tempos passados. • Em 600 a.C. a poetisa Safo, da Ilha de Lesbos, escreve obras sobre o amor entre mulheres. • Em 385 a.C. na Grécia, Platão defende publicamente que apenas o amor homossexual pode conferir ao homem grego a plenitude do seu potencial intelectual. • Invencível por 40 anos o Batalhão Sagrado de Tebas era composto exclusivamente por 150 casais homossexuais. • 336 a.C na Grécia Alexandre “O Grande” e o seu amado companheiro de vida e batalhas Hefestião expandem largamente o Império da Macedônia. Existem diversas outras referências da homossexualidade no passado histórico da humanidade, aconselho um vídeo postado no Youtube chamado “A HISTÓRIA DA HOMOSSEXUALIDADE” Entendendo alguns conceitos Preconceito A escola é o lugar de se ensinar sobre sexualidade? Aceitação e respeito “Eu cansei de chegar rouco em casa depois da escola, de tanto forçar para engrossar a voz durante o dia.” Jovem homossexual “Eu tinha um aluno que nunca tinha se assumido, mas tinha trejeitos. Os colegas implicavam, ridicularizavam, e ele reclamava. Eu conversei com ele e falei que não tem que dar satisfação da sua vida, você que sabe de si. Ele conseguiu se formar. Encontrei ele hoje advogado e assumido.” Professora Escola, uma instituição laica Travestis e Transexuais “Eu sempre fui afeminada. Desde a 1ª série meus pais eram chamados toda hora para a secretaria, por conta do meu jeito. Meu sonho sempre foi estudar. Com 12 anos fui com bolsa para escola particular e todo mundo olhava estranho. Com 13 eu comecei a tomar hormônio e isso causou mais problema. Não podia usar o banheiro... Mas não ligava pro que diziam. Um dia disseram que não aceitavam aluno assim, eu não podia mais estudar lá. Fui para rua, mas sempre queria voltar a estudar. Queria ter faculdade de medicina. Hoje quero me reciclar, fazer pré-vestibular, esse é meu sonho. Quero chegar lá, não importa a idade, e dizer que tentei e consegui.” Jovem travesti “Com 15 anos eu era gay e já tomava hormônio. Quando descobriram, eu quase fui morta, fiquei em pânico. Meus pais se mudaram pra Guaratiba. Aí os meninos começaram a zombar de mim. Na escola onde eu estudava aconteceu um roubo e falaram que fui eu. Meu pai não agüentava mais, foi conversar com o diretor e ele disse: “seu filho é viado, e nossa escola não aceita esse tipo de coisa”. Minha mãe verdadeira não aceitou, virou as costas para mim.” Jovem travesti, 29 anos, mora hoje em Campo Grande. Tem vontade de voltar a estudar. Postura diante de atitudes homofóbicas dentro da sala de aula “Me sentia sempre constrangido e inferior aos demais colegas por conta das gracinhas e piadinhas. O constrangimento era tanto que eu me sentia menor e inferior aos demais.” Aluno homossexual “Uma das situações que mais me constrangia e que os colegas faziam piadinhas era nas aulas de educação física, pois nunca tive habilidade para o futebol e para eles todos os meninos tinham que gostar de jogar bola.” Aluno homossexual “Humilhado, esta é a palavra que melhor descreve o sentimento em relação à discriminação homofóbica. Inferiorizado, posto à margem. Incapaz de responder aos palavrões e ações de colegas, medo de que aquilo fosse verdade.” Aluno homossexual Professores homossexuais “... os professores que, durante anos, dezenas de anos, de séculos, explicaram às crianças que a homossexualidade era inadmissível; você crê que os manuais escolares que expurgaram a literatura e falsificado a história, com o objetivo de excluir um certo número de condutas sexuais, não causaram danos pelo menos tão sérios quanto os que se podem imputar a um professor homossexual que fale da homossexualidade e que o defeito é só explicar uma dada realidade, uma experiência vivida? O fato de que um professor seja homossexual apenas tem efeitos eletrizantes e extremos sobre seus alunos se o resto da sociedade se recusar a admitir a homossexualidade. A priori, um professor homossexual não deve colocar mais problemas do que um professor calvo, um professor homem numa escola de meninas, uma professora mulher em uma escola de meninos ou um professor árabe em uma escola do XVIo distrito de Paris. Quanto ao problema do professor homossexual que busque ativamente seduzir seus alunos, tudo o que eu posso dizer é que a possibilidade desse problema é presente em todas as situações pedagógicas; encontra-se bem mais exemplos deste tipo de conduta entre os professores heterossexuais – simplesmente porque eles constituem a maior parte dos professores. “ Michael Focault João Henrique Borges Bento E-mail: [email protected] Obrigado!