Mai/Jun 2014
Caros leitores,
Foto: Oswaldo Corneti
“Os homens ficam felizes quando veem
uma nova estação se aproximar, como
se uma coisa nova estivesse para sobrevir; com a mudança das estações, a
vida dos seres humanos é consumida.”
(Ramayana, poema épico indiano)
No editorial da última edição desta
revista não escondi minha ansiedade
diante do iminente início da Copa
do Mundo de futebol. Começo este
breve editorial, porém, valendo-me
do Ramayana.
Sim, porque logo após a hecatombe
que se abateu sobre a seleção brasileira – nunca antes neste país...
(ops perdão) – desejei tão ardorosamente o fim do Inverno, a chegada da Primavera.
Como no poema indiano, imaginei que a chegada de uma nova
estação, como um acontecimento, afastaria para um lugar obscuro
da memória a decepção experimentada.
Será mesmo que foi decepção, o que experimentamos? Ou era
uma derrota anunciada? Bem, uma coisa ou outra, seja o que for,
doeu pelo placar.
Mas o tempo não para. E mesmo sem a chegada da Primavera, cá
estamos nós envolvidos na renhida luta diária.
Por outro lado, ao mesmo tempo que nos entristece ver
tanto dinheiro de impostos e investimentos sendo jogados no ralo, ou tragados pela corrupção, em detrimento
da saúde e educação do Povo Brasileiro, sentimos um
certo alívio, um fio de esperança, ao tomar conhecimento
que iniciativas como a edição da Lei Anticorrupção poderão ajudar a diminuir esses crimes.
Eu disse diminuir. Oxalá futuras gerações possam expressar sua incredulidade ao saber que essa prática existiu
no Brasil.
Mas não basta a lei. Tem que haver uma efetiva e rápida
aplicação da lei pelo Judiciário, com penas severas, cadeia
e perda de bens.
Não querendo ser chato, mas vale aqui a citação do poeta
latino Ovídio, bastante apropriada a isso tudo:
“A primeira idade foi feita de ouro, na qual sem lei e
nenhum protetor, espontaneamente, a fidelidade e o
justo respeitavam-se. A pena e o medo não existiam,
nem palavras ameaçadoras se liam no bronze fixo, nem
a turba suplicante temia a boca do seu juiz, mas estavam
seguros sem precisar de protetores”. (Metamorfoses)
É, meus amigos, outros tempos aqueles...
E neste número da Sindilub Press vocês terão a oportunidade de ler
matérias interessantes, e variadas, que nos encorajam a acreditar que
a luta por melhores dias vale a pena, que há avanços importantes
acontecendo, iniciativas brotando em vários setores da sociedade.
Nosso próximo encontro na Sindilub Press ocorrerá em
plena eleição para os principais cargos do Executivo e
do Legislativo. Volto a insistir, Amigos: não basta a Lei
da Ficha Limpa, vamos mais além, conferindo o perfil, o
caráter, a trajetória política de cada candidato, antes de
lhe confiarmos o nosso sagrado voto. Até lá.
Estamos desde sempre, como entidade sindical, engajados na luta
pela preservação do meio ambiente, e as matérias desta revista
demonstram não só o nosso esforço, como o esforço conjunto das
demais entidades sindicais dos setores envolvidos, em sintonia com
os Órgãos Públicos.
Despeço-me registrando, em meu nome, do Sindilub e
de todas as Associadas, nossas mais sinceras condolências ao brilhante Homem Público Eduardo Campos, que
tragicamente nos deixou.
Até lá.
Paralelamente, a iniciativa de renomadas e importantes empresas
nacionais investindo em pesquisas para alcançar a meta traçada e
perseguida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, consubstanciada na destinação final ambientalmente adequada dos resíduos,
com ênfase na reciclagem.
Muito obrigado. E boa leitura.
Laercio Kalauskas
Presidente do Sindilub
Expediente
Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas
Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho
Diretor Secretário: Jaime Teixeira Cordeiro
Diretor Tesoureiro: Paulo Roberto N. Carvalho
Diretor Social: Antonio da Silva Dourado
Diretor Executivo: Ruy Ricci
Coordenadora: Ana Leme – (11) 3644-3440
Jornalista Responsável: Ana Azevedo – MTB 22.242
Editoração: iPressnet – www.ipressnet.com.br
Impressão: Hawaii Gráfica e Editora
Capa: Shutterstock
Rua Tripoli, 92 – Conjunto 82
V. Leopoldina – São Paulo – SP – 05303-020
Fone/Fax: (11) 3644-3440 / 3645-2640
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As matérias são de responsabilidade de seus autores e
não representam necessariamente opinião da revista.
Não nos responsabilizamos pelos conteúdos dos
anúncios publicados. É proibida reprodução de qualquer matéria e imagem sem nossa prévia autorização.
Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do
Comércio de Lubrificantes – SINDILUB
Índice
06 Sindilub em Ação
Associados assegurados
10 Entrevista
Promotor explica Lei Anticorrupção
13 Meio Ambiente
Crescimento sustentável
14 Capa
Quebrando paradigmas
17
Produto
Lançamento Total Lubrificantes, nova
linha ELF automotiva
18 Meio Ambiente
Cetesb é referência na PNRS
19 Mercado
A marca Texaco, da Chevron Brasil
Lubrificantes, tem nova assinatura
20 Especial
40 anos da Leme Lubrificantes
22 Curso
Sala de aula virtual
24 Seu Negócio
Novos tempos
26 Fique Por Dentro
Eleições da Fecombustíveis
26 Evento
Encontro com mercado
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sindilub
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Nós protegemos os
recursos naturais.
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O óleo lubrificante usado só tem um
destino legal e ecologicamente correto:
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a coleta e o rerrefino
Ao realizar a coleta e o rerrefino do óleo lubrificante usado* dos veículos e indústrias
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assume sua responsabilidade na preservação do meio ambiente, evitando a emissão
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*Todo óleo lubrificante usado ou contaminado deve ter o rerrefino como destinação final segundo resolução Conama 362/2005.
S indilub em Ação
Associados assegurados
Atacadistas que assinarem termo de
Texto: Renato Vaisbih
O
adesão do Sindilub terão segurança
Sindilub criou um termo de adesão dando
prosseguimento às obrigações dos comerciantes atacadistas relacionadas aos
compromissos firmados pelo sindicato que dizem
respeito à responsabilidade compartilhada para o
destino adequado de embalagens plásticas usadas
e também do óleo lubrificante usado ou contaminado
(OLUC). O documento, junto com o Certificado de Recebimento, já enviado aos comerciantes atacadistas,
dá segurança aos associados do Sindilub, uma vez
que poderão confirmar que fazem parte da entidade
quando tiverem de comprovar que estão cumprindo
as exigências previstas.
“Se um revendedor tomar uma multa de algum órgão ambiental, relativa ao não cumprimento dos termos da Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), mas não tiver irregularidades e precisar se defender, esse termo de adesão irá
confirmar que ele é nosso associado e está seguindo o que
estava previsto nos acordos firmados pelo Sindilub”, explica
o diretor executivo do sindicato, Ruy Ricci.
No termo de adesão, os empresários assumem que
estão cientes de suas obrigações como comerciantes
atacadistas. A adesão é compulsória, uma vez que
o Sindilub deve informar periodicamente a diversos
órgãos públicos quem são os associados que concordaram com os acordos assinados pelo sindicato.
Ele lembra que a elaboração do termo de adesão dá prosseguimento às iniciativas do Sindilub para viabilizar a logística
reversa do OLUC e das embalagens plásticas usadas de
óleos lubrificantes. Ricci alerta que esse novo documento
soma-se ao certificado de recebimento das embalagens
plásticas usadas nas revendas atacadistas.
O termo de adesão aponta o Sindilub como signatário do Acordo Setorial para a implantação de Sistema
de Logística Reversa de Embalagens Plásticas Usadas de Lubrificantes, celebrado como o Ministério do
Meio Ambiente em dezembro de 2012, e dos Termos
de Compromisso estaduais de Responsabilidade
Pós-Consumo de Óleos Lubrificantes (OLUC).
O certificado também é um documento criado pelo sindicato
para atender a uma exigência prevista no acordo setorial assinado com o Ministério do Meio Ambiente. Portanto, deverá
ser obrigatoriamente adotado pelo associado e enviado ao
Sindilub para compilação do volume de embalagens recebidas. Posteriormente, os dados serão enviados ao Ministério
do Meio Ambiente/SINIR (Sistema Nacional de Informações
sobre a Gestão de Resíduos Sólidos).
para coleta de embalagens usadas e
destinação do OLUC
Responsabilidades
TERMO DE ADESÃO
Embalagens Plásticas / OLUC
Na qualidade de associada ao SINDICATO INTERESTADUAL DO COMÉRCIO DE LUBRIFICANTES - SINDILUB, signatário
do Acordo Setorial para a Implantação de Sistema de Logística Reversa de Embalagens Plásticas Usadas de
Lubrificantes celebrado com o Ministério do Meio Ambiente em 19/12/2012 e signatário dos Termos de
Compromisso estaduais de Responsabilidade Pós Consumo de Óleos Lubrificantes, declaro aderir aos compromissos
e estar ciente das obrigações reservadas aos comerciantes atacadistas.
Empresa:
CNPJ:
Representante legal:
Assinatura do representante legal
CPF/MF:
Data: _______/________/________
Laercio dos Santos Kalauskas
Presidente do Sindilub
Rua Trípoli, 92 – cj. 82 - Vila Leopoldina - São Paulo-SP - 05303-020  Fone: (11) 3644-3440  www.sindilub.org.br  [email protected]
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A Política Nacional de Resíduos Sólidos, que
estabeleceu o acordo setorial com o Ministério
do Meio Ambiente, prevê a responsabilidade
compartilhada de todos quanto à logística
reversa das embalagens usadas – produtores, importadores, comerciantes varejistas
e atacadistas, consumidores e recicladores.
O comerciante atacadista comercializa, mediante distribuição, óleos lubrificantes para
comerciantes varejistas, empresas industriais
e a serviços, órgãos públicos e consumidor,
pessoa física ou jurídica que adquire o óleo
para uso próprio.
Com exceção dos comerciantes varejistas e consumidor
pessoa física, as pessoas jurídicas devem possuir cada
uma o seu plano de gerenciamento de resíduos sólidos. É
muito importante que a associada oriente seus clientes de
lubrificantes a efetuarem o descarte das embalagens, através do seu plano de resíduos ou podem também valer-se
da entrega das embalagens usadas mediante retorno aos
comerciantes atacadistas.
As microempresas e empresas de pequeno porte que
adquirem os lubrificantes dos comerciantes atacadistas,
quando não possuírem seus planos individuais de geren-
ciamento de resíduos sólidos, deverão devolver as
embalagens e o óleo lubrificante (OLUC) usados nas
instalações dos comerciantes atacadistas.
A Diretoria do Sindilub vê o tema como uma das
prioridades do sindicato, uma vez que, além de se
tratar do cumprimento de acordos assumidos e de
ações previstas na legislação, contribui para o desenvolvimento sustentável dos negócios de toda a
cadeia de lubrificantes. Assim, o objetivo do sindicato
é de manter os associados sempre informados sobre
novidades e de como devem agir.
Confira o que está nos documentos
No parágrafo quinto do Acordo Setorial para a implantação de
Sistema de Logística Reversa de Embalagens Plásticas Usadas
de Lubrificantes estão elencadas as seguintes obrigações dos
comerciantes atacadistas:
a) Receber, na proporção por ele comercializada em seus estabelecimentos ou através de sistema alternativo, independentemente de quais sejam os fabricantes e importadores, as embalagens
plásticas de óleo lubrificante que lhe forem devolvidas, emitindo
o respectivo certificado de recebimento, comprovação das informações que este disponibilizará no SINIR.
b) Acondicionar adequadamente as embalagens plásticas de
óleo lubrificante que receber, armazenando-as de acordo com
as instruções fornecidas pelo fabricante e importador e, ainda,
segundo as normas definidas pelos órgãos ambientais.
cimentos ou centrais de recebimento, em caso de não
utilização das unidades de recebimento itinerante ou das
centrais de recebimento disponibilizadas pelos fabricantes
e importadores. Nesta hipótese, os comerciantes atacadistas ficam diretamente responsáveis por encaminhar ao
órgão ambiental competente, anualmente, ou disponibilizar eletronicamente “online”, relatório com informações
contendo: CNPJ, razão social e endereço do destinador
contratado, e peso total das embalagens plásticas de óleos
lubrificantes recebidas e encaminhadas para reciclagem
ou destinação ambientalmente adequada.
c) Efetuar a devolução ou a disponibilização das embalagens
plásticas de óleo lubrificante às centrais de recebimento ou às
unidades de recebimento itinerantes, respectivamente disponibilizadas por fabricantes e importadores, mediante certificado de
recebimento, de acordo com as instruções e normas fornecidas
pelos mesmos e pelas definidas pelos órgãos ambientais.
e) Registrar toda a quantidade de Embalagens Plásticas Usadas de Óleos Lubrificantes (em quilogramas ou
toneladas) adquiridas do Fabricante / Importador, posteriormente, encaminhadas para destinação final pelos
fabricantes e importadores, bem como, prestar outras
informações ao sistema declaratório do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos
(SINIR), na forma e nos prazos definidos quando de sua
efetiva implementação.
d) Contratar outra empresa destinadora para as embalagens
usadas de óleo lubrificante armazenadas em seus estabele-
f) Participar dos programas de divulgação do presente
Acordo Setorial.
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No Termo de Compromisso para Responsabilidade PósConsumo de Embalagens Plásticas de Lubrificantes assinado pelo governo do Estado de São Paulo, por intermédio
da Secretaria de Meio Ambiente (SMA), merece atenção a
“Cláusula Quarta – Dos Compromissos das Partes”. Também
é importante ressaltar que o termo de compromisso de São
Paulo serviu de base para a elaboração de documentos
semelhantes em outros estados.
O texto diz o seguinte:
4.1 Das entidades de classe signatárias:
Outro documento importante é o Termo de Compromisso para Responsabilidade Pós-Consumo de Óleos
Lubrificantes no Estado de São Paulo, do dia 5 de
junho de 2012.
Além do Sindilub, o documento é assinado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente; Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo); Simepetro (Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras e Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petróleo); Sindicom
(Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de
Combustíveis e de Lubrificantes); Sindirepa (Sindicato
da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do
Estado de São Paulo); e Sindirrefino (Sindicato Nacional
da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais).
A respeito da relação de associados das entidades signatárias, a Cláusula Oitava – Das Disposições Finais, indica:
8.3 É parte integrante do presente instrumento: ANEXO
I – a relação dos produtores e importadores aderentes
ao SISTEMA, neste ato representados pelo Sindicom e
Simepetro; ANEXO II – a relação, de caráter informativo, dos revendedores atacadistas aderentes ao SISTEMA, neste ato representados pelo Sindilub; ANEXO
III – a relação dos geradores aderentes ao SISTEMA,
neste ato representados pelo Sindirepa; e ANEXO IV –
a relação dos coletores e rerrefinadores aderentes ao
SISTEMA, neste ato representados pelo Sindirrefino.
8.3.1 OS ANEXOS I a IV deverão ser atualizados nos
termos da cláusula 4.1 “b”.
A Cláusula Quarta trata dos compromissos das partes
e diz o seguinte:
4.1 Das entidades setoriais signatárias:
a) Divulgar a existência do SISTEMA entre os produtores, importadores, revendedores, geradores,
coletores e rerrefinadores de óleo lubrificante usado,
informando-os da obrigatoriedade de cumprimento
das medidas, prazos, metas e demais disposições
previstas neste instrumento;
b) Informar à Secretaria de Estado do Meio Ambiente
e manter atualizada a relação de todos os produtores,
importadores, revendedores, geradores, coletores e
rerrefinadores que são aderentes ao SISTEMA.
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a. Divulgar o Sistema entre seus associados, cientificando-os
da obrigatoriedade de cumprimento das medidas, prazos,
metas e demais disposições previstas neste instrumento;
b. Realizar campanhas voltadas para o consumidor em geral e
público específico do setor, sempre que iniciada a coleta das
embalagens plásticas de óleos lubrificantes nos municípios, e,
periodicamente, após o início do SISTEMA;
c. Informar à SMA e manter atualizada a relação de todos os
seus membros associados, com indicação daqueles que são
aderentes ao presente Termo de Compromisso.
A Resolução CONAMA nº 362, de junho de 2005,
alterada pela resolução nº 450, de 2012, dispõe sobre
o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado. No Artigo 2º, parágrafo
XV, a resolução utiliza o termo “revendedor” para definir “pessoa jurídica que comercializa óleo lubrificante
acabado no atacado e no varejo tais como: postos de
serviço, oficinas, supermercados, lojas de autopeças,
atacadistas, etc”.
No Artigo 17º, o texto aponta as obrigações do revendedor:
I - receber dos geradores o óleo lubrificante usado
ou contaminado;
II - dispor de instalações adequadas devidamente
licenciadas pelo órgão ambiental competente para a
substituição do óleo usado ou contaminado e seu recolhimento de forma segura, em lugar acessível à coleta,
utilizando recipientes propícios e resistentes a vazamentos, de modo a não contaminar o meio ambiente;
III - adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo
lubrificante usado ou contaminado venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes,
água e outras substâncias, evitando a inviabilização
da reciclagem;
IV - alienar os óleos lubrificantes usados ou contaminados exclusivamente ao coletor, exigindo:
a) a apresentação pelo coletor das autorizações emitidas
pelo órgão ambiental competente e pelo órgão regulador
da indústria do petróleo para a atividade de coleta;
b) a emissão do respectivo certificado de coleta.
V - manter para fins de fiscalização, os documentos
comprobatórios de compra de óleo lubrificante acabado
e os Certificados de Coleta de óleo lubrificante usado ou
contaminado, pelo prazo de cinco anos;
VI - divulgar em local visível ao consumidor, no local de
exposição do óleo acabado posto à venda, a destinação
disciplinada nesta Resolução, na forma do Anexo III; e
VII - manter cópia do licenciamento fornecido pelo órgão
ambiental competente para venda de óleo acabado,
quando aplicável, e do recolhimento de óleo usado ou
contaminado em local visível ao consumidor.
E
ntrevista
Dr. Cesar Dario Mariano da Silva
Promotor de Justiça
Promotor explica Lei Anticorrupção
Texto e Foto: Ana Azevedo
C
ombater a corrupção não é mais apenas uma tarefa moral, agora é Lei. Embora muitos empresários
nem tenham se dado conta, a Lei Anticorrupção foi
publicada em agosto de 2013, está em vigor e altera a
responsabilização dos envolvidos em atos de corrupção
contra a Administração Pública, afetando especialmente
as empresas envolvidas em tais práticas.
De acordo com a nova medida, qualquer empresa que pratica atos de corrupção, como por exemplo, o oferecimento
direto ou indireto de vantagens indevidas a funcionários
públicos ou a fraude/manipulação de processos licitatórios, pode ser responsabilizada de forma objetiva pelo ato,
mesmo que não comprovada a sua culpa ou dolo pelo ilícito.
A responsabilidade da pessoa jurídica subsistirá mesmo
nos casos de alteração contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária, havendo solidariedade
entre controladoras, controladas, coligadas e consorciadas.
Para obter mais detalhes sobre a nova Lei, a Sindilub Press
entrevistou o Promotor de Justiça, Dr. Cesar Dario Mariano
da Silva que explicou como deverá funcionar na prática
essa nova legislação.
“
O espírito da lei é esse. Fazer
com que a própria empresa
não se deixe levar por esses
atos de corrupção, pois a
partir do momento que as
pessoas não se dispõem a
pagar propinas, não acabará
com a corrupção, mas
reduzirá consideravelmente.
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”
Sindilub Press: Trata-se de uma lei nova, que ainda não está
tão divulgada, o principal ponto a ser abordado, refere-se
sobre a responsabilidade dos empresários, que passam a ser
responsáveis independente ou não do dolo. Na prática como
isto se aplica?
Dr. Cesar Silva - A responsabilidade de acordo com essa
lei, não é especificamente do empresário e sim, da empresa. O empresário pode responder por ato de improbidade
administrativa, que se refere à outra lei, também por crime.
A responsabilidade passa a ser da empresa, por isso, torna
o diferencial. Na doutrina do direito existe a responsabilidade administrativa, na qual você prova a ação, o nexo de
causalidade e o resultado, não há a necessidade de provar
dolo ou culpa. No caso desta lei, basta que se prove que a
empresa causou um prejuízo para administração pública,
já é o suficiente. Não precisa demonstrar que ela quis fazer
isto ou que ela foi imprudente, imperita e negligente. Ela vai
ter que dizer e demonstrar , no caso, que essa conduta foi
provocada por força maior, por exemplo: enchentes, uma
invasão terrorista, algo neste sentido, para que possa ser
isentado dessa responsabilidade.
Empresa pode ser
responsabilizada mesmo que não
comprovada sua culpa ou dolo
SP: Um exemplo: o revendedor de lubrificantes contrata
um caminhão, de uma empresa de transporte. Esse caminhão é parado numa blitz, é alegado que falta alguma
documentação e ele tenta subornar a polícia. A empresa
é responsável pelo ato, é dessa maneira que funciona?
Dr. Cesar Silva - Não é bem assim que funciona. Estamos falando em contratos da administração pública,
o fato de subornar é de pura responsabilidade dele.
O que estamos falando, principalmente em fraudes
em contratos e licitações, esse caso, é totalmente
diferente e não se aplica a esta lei. Os incisos são referentes a contratos e licitações. Essa situação citada
com o motorista, não vai ser enquadrada aqui, vai de
responsabilidade do motorista. Vamos imaginar como
exemplo um pregão. É feito o pregão e nesse caso para
conseguir vencer, você tem que subornar o pregoeiro,
aí sim a responsabilidade passa a ser da empresa.
SP: E no caso de uma fiscalização na empresa, por exemplo?
Dr. Cesar Silva - Quando for fiscalização da empresa, daí
se aplica, pois isto está relacionado com as atividades da
empresa. Vamos citar que caso ocorra uma situação de
meio ambiente. Estiverem levando um material para ser
despejado numa área não permitida, daí podemos até
pensar na responsabilidade, da empresa, mas é uma situação diferente. No caso da fiscalização está relacionado
com a empresa. Essa Lei está querendo como já existe em
outros países, criar os setores de compliance, já existente
na Inglaterra, França, Estados Unidos e demais países da
Europa. Que é o código de ética das empresas, isto aqui,
no Brasil, já deveria ter sido feito há muito tempo. Um
exemplo: o cartel dos trens. Fica muito evidente a falta de
ética que essas empresas agiram durante muito tempo,
isto não ocorre somente nas áreas de trens, ocorrem em
outros lugares em que há licitações, contrato público,
serviços prestados por empresas, para administração
pública, o que essa lei vai tentar fazer é moralizar esse
fator, não punir somente o empresário, funcionário, mas a
empresa em si, punir no âmbito civil, com multas muitas
pesadas, chegando até a fechar as empresas e se forem
estrangeiras, não permitir que atuem mais no país.
Dê ao óleo usado o destino
previsto em lei e ajude a
preservar a natureza.
Cumpra a Resolução
CONAMA 362/2005
SINDIRREFINO
Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais
Avenida Paulista, 1313 • 8º andar • conjunto 811 • FIESP
CEP 01311-923 • São Paulo/SP • Fone/Fax (11) 3285-5498
www.sindirrefino.org.br
“Compliance” é a ferramenta que propicia
fazer cumprir as normas e regulamentos,
as políticas e diretrizes definidas previamente para o negócio e para as atividades
da pessoa jurídica, e também para prevenir, detectar e tratar desvios ou inconformidades que possam ocorrer.
SP: Com relação a este código de ética, as empresas terão
que se adequar?
Dr. Cesar Silva - Terá que ter o setor de compliance. No
caso da empresa ser processada e condenada, se ela tiver o
setor de compliance, a punição será menor. O setor de compliance, que é um setor de ética, faz com que todos passem
a agir de acordo com a lei e a ética. Provavelmente essas
empresas não irão incorrer nas faltas que existem hoje, pois
a regra, infelizmente, faz com que empresas de qualquer
maneira possam levar vantagem na administração pública.
Muitas vezes ela é obrigada, para conseguir um contrato na
administração pública, a subornar alguém, pois o sistema
é assim. A partir do momento que as empresas se negam
a fazer isso, as coisas irão ocorrer de uma maneira mais
transparente, mais cristalina, e essas pessoas, os corruptos, os funcionários públicos, não terão a quem subornar,
a quem pedir propina, pois as empresas dirão: “não, de
forma alguma não iremos aceitar isso”. O espírito da lei é
esse. Fazer com que a própria empresa não se deixe levar
por esses atos de corrupção, pois a partir do momento que
as pessoas não se dispõem a pagar propinas, não acabará
com a corrupção, mas reduzirá consideravelmente.
SP: Como não precisa de prova de que houve uma intenção,
não é possível que o fiscal se utilize disso para exigir dinheiro
do empresário?
Dr. Cesar Silva - É o momento em que a empresa tem que
chegar e falar: não me submeto a isso. Levar os fatos ao
Ministério Público, à Corregedoria, ao Judiciário, à Polícia, por que hoje, infelizmente, é melhor os empresários
pagarem. Eles terão que pagar a multa de um milhão e
o fiscal pede mil, daí ele vai e paga mil. Mas se ele falar
que não irá pagar, irá recorrer e demonstrar que não há
nada de errado, é isso que irá acontecer. Se a empresa
se submeter a pagar este tipo de propina, ela será
punida de uma forma muito severa, pode ser que não
seja descoberta, mas se a gente descobrir a empresa
estará perdida.
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sindilub
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SP: Como foi a divulgação dessa lei, pois ela é do ano passado, mas muitas empresas ainda não estão informadas a
respeito, e o que fazer para que elas se informem e tomem
o cuidado de criar os códigos?
Dr. Cesar Silva - Essa lei demorou para entrar em
vigor. As empresas tiveram seis meses para se
adequar e antes disso, já existia essa discussão,
há muito tempo. Esses seis meses, foi um prazo
razoável, o que as empresas têm que começar a
fazer agora, é contratar pessoas especializadas para
aplicar cursos, contratar pessoas especializadas na
área de compliance, existem escritórios e empresas
especializados, as empresas terão que correr atrás.
SP: No caso das pequenas empresas, como irá ocorrer?
Dr. Cesar Silva - Não importa o tamanho da empresa,
todas de uma maneira ou outra terão que ter um tipo
de código de conduta, mas óbvio que com as empresas
maiores se torna um departamento. Agora, as menores,
deverão contratar um escritório ou pessoa para dar um
direcionamento para os serviços dela, pois as punições
serão tanto para as grandes como para as pequenas,
podendo chegar a 20% do faturamento da empresa. As
multas podem chegar até milhões, além de a empresa
ser impedida de atuar, suspendendo os seus serviços
ou chegando até a dissolução da empresa.
SP: Tem algo para recomendar para os empresários, do
que fazer e como se preocupar com isso?
Dr. Cesar Silva - A partir do momento em que a pessoa
agir de forma ética, não haverá problema algum. Só
tem que temer as pessoas que não agem de forma
ética. Qualquer dúvida que existir procurar alguém
especializado, e qualquer problema que existir com
fiscalização levar aos órgãos competentes, pois existe
a Controladoria Geral do Município, e a Corregedoria
Geral da Administração do Estado, a Controladoria Geral
da União, o Ministério Público, pois estes tomarão as
devidas providências. O que não pode ocorrer é o empresário se submeter aos pedidos de propinas, que já
eram complicados, antes, pois a responsabilidade vai
ser da empresa mas, os empresários e funcionários
podem ser processados de acordo com o código penal
e a lei de improbidade administrativa. Os empresários
terão que se adequar para que não sejam pegos pela
nova lei, que é muito pesada.
S
M eio Ambiente
Crescimento sustentável
Texto: Renato Vaisbih
O
diretor executivo do Programa Jogue
Limpo, Ézio Antunes, demonstra otimismo com relação aos resultados
da coleta de embalagens plásticas usadas
de óleos lubrificantes em todo o Brasil neste
ano. Segundo ele, “o número de embalagens
coletadas cresce a cada ano, com a expansão do programa. Para este ano, a previsão
é que 72 milhões de embalagens sejam
recicladas, 20% a mais em relação a 2013”.
O Programa Jogue Limpo foi criado em 2005
pelo Sindicom – Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras de Combustíveis e
de Lubrificantes – para cumprir a legislação
nacional que prevê a logística reversa das
embalagens plásticas usadas. O Sindilub
apoia a iniciativa desde o princípio, sempre
presente aos debates que buscam aprimorar
o processo de devolução das embalagens
após a utilização do produto e divulgando
as ações do programa.
Programa Jogue Limpo espera concluir o
ano com o recolhimento de 20% a mais de
embalagens plásticas de lubrificantes usadas
clientes revendedores ou consumidores e armazená-las de forma
adequada, em conjunto com aquelas geradas em seu próprio estabelecimento, disponibilizando-as para o serviço de recebimento itinerante ou encaminhando-as diretamente às centrais de recebimento”.
Ézio Antunes informa que o Jogue Limpo possui 18 centrais de operação espalhadas pelo país, que são responsáveis pelo recolhimento
e armazenamento das embalagens nos principais pontos de venda.
“Desde 2005, o Programa Jogue Limpo já reciclou 280 milhões de
embalagens plásticas nos 13 estados e no Distrito Federal onde opera”, assegura. Os estados em que o projeto está em funcionamento
são Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia,
Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Resultados de 2014
As expectativas de crescimento de 20% na coleta de embalagens
usadas neste ano, na comparação com 2013, têm como base os
resultados do Programa Jogue Limpo no primeiro semestre de
2014. De janeiro a junho, já foram reciclados mais de 42 milhões
de embalagens.
Totais Coletados em 2014
Como se pode prever, os estados
com maior concentração populaColetas zero
Total de
Coletas Média
(não havia embalagens nos
cional e de atividade econômica
coletas
estabelecimentos)
são os com maior volume coleta32
18,2
88
120
do, como São Paulo, Rio Grande
327
45,7
30
357
do Sul e Paraná. Outras regiões
1.454
31,3
122
1.576
tiveram a implantação do progra1.828
22,7
27
1.855
ma recentemente a ainda estão
3.785
32,1
1.958
5.743
aprimorando o trabalho desenvol3
32,1
12
15
vido, como Paraíba, Alagoas e Rio
184
16,4
301
485
Grande Norte.
19.784
21,7
1.505
21.289
Na tabela ao lado, é possível
3.965
52,2
79
4.044
consultar a quantidade – em
135
8,3
87
222
quilos – das embalagens usadas
14.310
40,0
876
15.186
coletadas desde o início deste
9.711
24,4
1.577
11.288
ano por estado. Para chegar ao
17
14,9
56
73
número de embalagens, basta
17.144
26,7
6.668
23.812
multiplicar o peso por 20.
S
72.679
29,3
13.386
86.065
De acordo com os responsáveis pelo Jogue
Limpo, os comerciantes atacadistas “devem
receber as embalagens usadas de seus
Estado
AL
BA
DF
ES
MG
PB
PE
PR
RJ
RN
RS
SC
SE
SP
TOTAL
Quilos
581
14.943
45.498
41.462
121.622
96
3.016
428.438
207.134
1.124
573.044
237.258
253
457.565
2.132.039
Fonte: Programa Jogue Limpo
Fonte: Programa Jogue Limpo
mai-jun 2014
sindilub
13
C apa
Quebrando
Paradigmas
Texto e Fotos: Thiago Castilha
L
uiz, Wilson, Alberto e Renato, os irmãos Trecenti, cujas
iniciais deram nome ao Grupo LWART, fundaram na década de 50, com os recursos do armazém do pai Carlos
Trecenti, a primeira empresa da família - a Trecenti Indústria
e Comércio Ltda que fabricava portas, janelas e fornecia mão
de obra para a construção de destilarias de açúcar e álcool.
Este empreendimento seria o início de uma trajetória de coragem e perseverança que já ultrapassa a marca de 52 anos
de conquistas e inovação.
Com a evolução dos negócios, em 1975, criaram a primeira empresa do Grupo de coleta e rerrefino de óleos lubrificantes usados. A própria oficina da família construiu os equipamentos da
primeira fábrica, chamada hoje carinhosamente de “Lwartinha”.
Considerada a maior rerrefinadora da América Latina, atualmente a Lwart Lubrificantes conta com 15 centros de coleta,
frota própria de mais de 250 veículos para atender todo o país
e duas unidades de rerrefino, uma em Lençóis Paulista (SP) e
outra em Feira de Santana (BA).
Em 2012 a Lwart iniciou a produção de óleo básico do Grupo
II (GII). Para fazer um balanço sobre a operação, que está
completando um ano e meio, a reportagem da Revista Sindilub Press visitou a unidade de Lençóis Paulista e conversou
com Thiago Trecenti, da terceira geração da família à frente
da empresa e atualmente ocupando o cargo de diretor geral
da Lwart Lubrificantes.
Sindilub Press: Por que produzir óleo básico do Grupo II?
Thiago Trecenti: Queríamos ter um produto que pudesse ser
utilizado em 100% das formulações. O óleo básico do Grupo I
(GI) que produzimos era usado em uma gama muito grande de
óleos lubrificantes, porém começaram a surgir restrições de uso
por parte dos produtores de lubrificantes em função da evolução
das formulações. A decisão de produzir óleo básico do Grupo
II (GII) foi para garantir a sobrevivência dos negócios, pois se
continuássemos apenas produzindo o GI, em algum momento
poderíamos deixar de existir.
SP: Então a tendência é a maior procura por GII?
Thiago Trecenti: A tendência no mercado mundial é que, em 2018, o GII ultrapasse o GI em
consumo. No Brasil pode demorar um pouco
mais, mas acreditamos que isso pode mudar
antes do esperado porque os níveis mínimos
de desempenho dos lubrificantes estabelecidos
pela Resolução nº 22 da ANP e as novas formulações de lubrificantes exigem óleos básicos de
melhor qualidade.
mai-jun 2014
sindilub
15
SP: Qual a atual capacidade de produção?
Thiago Trecenti: O Grupo Lwart tem capacidade para processar anualmente 250 mil m³ de OLUC, sendo 230 mil m³ em
Lençóis Paulista e 20 mil m³ na Lwart Nordeste. Em cinco
anos a produção de GI poderá ser desativada e todo o óleo
básico bruto direcionado para a produção do GII. A ideia é
chegar a 100% da produção apenas de GII, mas isso depende
da demanda do mercado. Em Lençóis Paulista, estamos trabalhando com 85% da capacidade de produção. Na unidade
do Nordeste, que produz somente GI, a rota de produção é
por propano e tratamento de ácido/argila.
SP: E como foi o projeto que viabilizou a planta de GII?
Thiago Trecenti: Em 2008 começamos a pesquisar
o GII no mundo, visitamos unidades de produção
nos Estados Unidos e na Europa e vimos que era
possível fazer um óleo básico do Grupo II tendo
como matéria prima o óleo lubrificante usado
(OLUC). Buscamos a melhor tecnologia disponível e
encontramos uma empresa americana que já tinha
um braço em rerrefino. O investimento na nova
unidade foi de 50% com capital próprio e de 50%
com capital do BNDES, totalizando 230 milhões
de reais. Mais de 80% da planta foi feita no Brasil,
pois tropicalizamos boa parte dos equipamentos,
para importar o mínimo necessário. O projeto foi
aprovado em 2009, em 2010 iniciamos a construção e concluímos as obras em 2012.
SP: Quais são as diferenças entre a linha de produção
do GI e do GII?
Thiago Trecenti: A diferença entre a linha de
produção do GI para a linha do GII é significativa.
A primeira planta foi construída há mais de 35
anos e aprendemos muitas coisas na “base da
tentativa e erro”. Na unidade do GII, aproveitamos
a experiência adquirida anteriormente e aliamos
com tecnologia de ponta. A operação é totalmente
automatizada com uma única parada por ano para
manutenção e contamos com equipamentos que
permitem operarmos com maior temperatura e
pressão. A nova unidade também é autossustentável, pois toda a energia necessária para operação
da unidade é gerada nas empresas do Grupo Lwart.
A energia elétrica e o vapor é gerado na unidade de
celulose - LwarCel. O hidrogênio necessário ao processo é produzido em parceria com uma empresa
alemã (Linde Gases) aqui dentro do complexo. Da
mesma forma, a unidade que produz impermeabilizante, recebe o asfalto resultante do processo de
rerrefino. Em síntese se obtém racionalização nas
operações e na logística.
16
sindilub
mai-jun 2014
SP: Após um ano e meio como avalia a nova operação?
Thiago Trecenti: Toda a família Lwart têm orgulho dos esforços e investimentos realizados. Foi um grande risco investir
em uma tecnologia que não existia no país e hoje, no mundo,
o Brasil está entre os seis países que utilizam OLUC para produzirem GII, junto com Alemanha, Austrália, Estados Unidos,
Finlândia e Itália. O mercado está tendo boa aceitação do
GII, pois temos a tecnologia, a estrutura e produzimos um
óleo básico de qualidade equivalente ao básico do Grupo II
importado. O empreendedorismo que sempre fez parte do
DNA do Grupo motivou para sairmos da zona de conforto.
Com a oportunidade em vista, conseguimos mudar a visão
das pessoas envolvidas, colaboradores, fornecedores, clientes
e a nossa forma de gestão. A empresa se questionou, inovou
e quebrou um paradigma inserindo no contexto nacional uma
tecnologia inovadora para o cenário atual do país. Acredito
que conseguimos fechar o ciclo com chave de ouro.
SP: Qual o maior desafio da Lwart na comercialização do GII?
Thiago Trecenti: Tecnicamente já superamos todas as barreiras para produzir o GII cumprindo todas as especificações
de classificação internacional estabelecidas pelos principais
órgãos reguladores. A maior dificuldade na comercialização
é com os produtores de lubrificantes que desenvolvem as
formulações fora do país. O problema está na resistência e
na falta de conhecimento das pessoas que estão à frente dos
processos de produção de lubrificantes em utilizar o óleo básico de origem do rerrefino nas formulações. Muitos criticam
o produto sem conhecer uma unidade de processamento.
Apesar da resistência, além de atender o mercado nacional
já estamos exportando o GII para alguns países da América
do Sul e acreditamos que em breve vamos atender outros
países na América latina.
SP: Como estão fazendo para superar essa barreira?
Thiago Trecenti: Quebrando paradigmas e vencendo a burocracia. Estamos trabalhando em duas frentes, uma junto
às empresas de aditivos para ter o GII aprovado no maior
número de formulações, e outra obtendo aprovação junto
às montadoras.
S
P roduto
Lançamento Total Lubrificantes
nova linha ELF automotiva
Texto: Gisele Gomes
Foto: Divulgação
A
Total Lubrificantes do Brasil disponibiliza no
mercado a sua nova linha de óleos lubrificantes ELF EVOLUTION. Recomendada, testada e aprovada por grandes montadoras, como
a Renault, e, principalmente, pelo consumidor
final, a tradicional Linha ELF foi especialmente
reformulada para o setor automotivo e contempla
quatro modalidades de lubrificantes de última
geração (sintéticos, semissintéticos e minerais),
que garantem uma excelente limpeza, proteção
contra o desgaste e prolongamento da vida útil
do motor, além de um ótimo desempenho e economia de combustível. “Os novos produtos ELF
EVOLUTION trazem um design mais moderno e
ainda mais rendimento, tecnologia e inovação”,
explica o diretor-geral do grupo Total no Brasil,
Luis David Rodriguez.
Novos produtos ELF trazem
um design mais moderno
e ainda mais rendimento,
tecnologia e inovação
A nova Linha ELF também atende aos novos
padrões ambientais exigidos pelas principais
normas internacionais e em vigor no Brasil.
“Com a adoção de normas mais rigorosas,
as grandes companhias do mercado, dentre
elas a Total, que hoje representam em torno
de 85% do mercado de lubrificantes no Brasil,
buscaram rapidamente a adequação de seus
portfólios de produtos, por meio da adoção
das seguintes tecnologias: Fuel Economy, Low
Saps e Long Drain. Respectivamente, estas
tecnologias garantem uma maior economia de combustível,
redução da emissão de poluentes e período de troca de óleo
estendido. As montadoras e concessionárias já estão exigindo
produtos que atendam estas especificações tanto no primeiro
enchimento quanto no pós-venda”, informa Rodriguez.
O lançamento da nova linha ELF também vem ao encontro da
estratégia da companhia de expandir a sua atuação no país,
cujo mercado de lubrificantes cresceu 9,9% só em 2013, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Bicombustíveis (ANP) . “O Brasil é o sexto maior mercado mundial e segundo das Américas no nosso segmento de atuação.
Nesse sentido, há um vasto campo para avançar e crescer”,
destaca o diretor-geral do grupo Total no Brasil.
A TOTAL comercializa atualmente 300 produtos no País, entre
Lubrificantes Automotivos, Lubrificantes Industriais, Fluidos
Especiais e Combustíveis Especiais. “A nova linha já está disponível em todos os nossos pontos de venda, que compreendem
revendas, atacadistas e Centros Automotivos ROC em todo o
Brasil”, finaliza o executivo.
S
mai-jun 2014
sindilub
17
M eio Ambiente
Cetesb é referência na PNRS
Texto e Foto: Thiago Castilha
A
Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental (Cetesb), junto com as principais
entidades que representam o setor de lubrificantes, entre elas o Sindicato Interestadual do Comércio
de Lubrificantes (Sindilub), o Sindicato Nacional da
Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais (Sindirrefino)
e o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras
de Combustíveis e de Lubrificantes – Sindicom, receberam em 29 de maio de 2014 a visita dos técnicos
da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos do Espírito Santo (SEAMA) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito
Santo (IEMA).
A reunião que foi realizada na sede da Cetesb, teve
como objetivo buscar informações para implantação
do acordo setorial e a sua operacionalização no Estado
do Espírito Santo, conforme estabelecido na Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
João Luiz Potenza, gerente do departamento de políticas públicas de resíduos sólidos e eficácia dos recursos
naturais vinculado a vice-presidência da Cetesb, avalia
como positivo o interesse de outros estados em buscar
informações e experiência para implementar a logística
reversa, pois com a adesão dos demais estados da
união o processo de logística reversa estabelecerá os
mesmos critérios de deveres e obrigações.
Ruy Ricci diretor executivo do Sindilub, ressaltou que
uma das principais preocupações das entidades setoriais envolvidas nas discussões com os estados na
elaboração dos Termos de Compromisso é que mantenham fidelidade ao texto do Acordo Setorial, respeitando as peculiaridades de cada região. “A experiência
adquirida revelou que disparidades com o disposto no
Acordo Setorial geraram atrasos na celebração das
assinaturas dos Termos”, disse Ricci.
Giancarlo Passalacqua, representante do Sindicom,
destacou a importância dos municípios na logística
reversa, “o Jogue Limpo deu início ao processo de
estruturação dos Termos de Compromisso estaduais.
O documento firmado com o Estado de São Paulo foi o
primeiro de uma série de outros termos já celebrados
no país. No entanto, a efetividade na logística reversa
18
sindilub
mai-jun 2014
do OLUC e embalagens plásticas de lubrificantes serão
alcançadas através do constante aprimoramento dos
Termos de Compromisso e do gradual engajamento dos
municípios. Um grande desafio”.
Segundo o Dr. Walter Françolin, diretor executivo do Sindirrefino, o que possibilitou a agilidade e desenvolvimento da
logística reversa no setor de lubrificantes foi a pró-atividade
e sinergia que existe entre os agentes em relação a responsabilidade com a sociedade e meio ambiente, “tudo
pode ser melhorado se conseguirmos ampliar os convênios
com entidades governamentais, sindicais e civis para criar
um programa de melhoria continua. O setor produtivo está
se esforçando, mas o estado também tem que atuar e
principalmente fiscalizar.”
Segundo o técnico Marcos Almeida do SEAMA/IEMA, as
motivações para o intercâmbio de experiências, foram o
sucesso e o pioneirismo da Cetesb e do setor de lubrificantes na implantação da logística reversa no Estado
de São Paulo. “É nossa responsabilidade como órgão
ambiental do estado fomentar as ações a fim de cumprir
a determinação da legislação e promover o conceito da
responsabilidade pós-consumo que devem ser implementadas no Estado do Espírito Santo”.
Os técnicos do SEAMA/IEMA aproveitaram para convidar
as entidades para um encontro, ainda com data a ser definida, no Espírito Santo em que esperam assinar o termo
de compromisso e realizar com apoio das entidades uma
oficina de treinamento sobre logística reversa.
S
M ercado
A marca Texaco, da Chevron Brasil
Lubrificantes, tem nova assinatura
Texto: Paula Reiter
E
m 24 de julho, a marca Texaco, pertencente à
Chevron Brasil Lubrificantes, lança sua nova assinatura. A famosa estrela vermelha surge, agora,
acompanhada da palavra “Lubrificantes”. O objetivo
da mudança é destacar o atual foco da operação da
empresa no mercado brasileiro, sem perder, contudo,
a força do logotipo mundial. “A Texaco está presente na
vida das pessoas há quase cem anos, mas sua atuação
no Brasil mudou nos últimos anos e sentimos a necessidade de sinalizar de forma concreta essa mudança,
modernizando a marca no país”, afirma Antonio Ennes,
diretor-geral da Chevron Brasil Lubrificantes.
O design da logo mundial será mantido. A marca receberá apenas um decodificador posicionado abaixo
dela, no canto direito da imagem. “A estrela da Texaco
é inspirada na bandeira do estado do Texas,
onde a empresa foi criada. Seu significado e
história transcende quaisquer possíveis mudanças operacionais da companhia, por isso,
não podíamos mexer nela, que além de tudo,
é reconhecida mundialmente. Porém nossa
nova assinatura e identidade visual deixará mais claro
a nosso consumidor as mudanças vividas pela empresa
nos últimos anos, como o fato de, hoje, a marca Texaco
no Brasil estar focada no mercado de comercialização
de óleos lubrificantes”, destaca Antonio Ennes.
A famosa estrela vermelha surgirá,
agora, acompanhada da palavra
“Lubrificantes”, localizada no canto
direito abaixo do símbolo
A nova assinatura Texaco Lubrificantes, desenvolvida
pela agência M Quatro, constará em todo o material
institucional da marca, sendo aplicado nas publicações
internas e externas, website, intranet e newsletter, assim
como nas embalagens e material publicitário de feiras
e congressos. Além disso, o novo design corporativo
reforçará a comunicação da companhia nas redes
sociais através dos canais YouTube (www.youtube.
com/TexacodoBrasil) e Facebook (www.facebook.com/
ProdutosTexaco).
“Essa é mais uma ação que fazemos já iniciando as comemorações dos 100 anos da
marca Texaco no Brasil, que será comemorado em 2015. Trata-se não só de um grande
investimento da companhia, mas de mais um
importante projeto de toda equipe em busca de atingir
a total qualidade dos produtos e serviços oferecidos por
nós. Esperamos que todos gostem da mudança e da nova
asinatura Texaco Lubrificantes”, explica Antonio Ennes,
diretor-geral da Chevron Brasil Lubrificantes.
S
mai-jun 2014
sindilub
19
E
special
40 anos da Leme Lubrificantes
Texto e Fotos: Thiago Castilha
E
m 26 de maio, na cidade de Bauru, mais de 300
pessoas participaram da comemoração dos 40
anos de atividade da Leme Lubrificantes. O evento
contou com presença de autoridades como o Prefeito
de Bauru, Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça, os
principais fornecedores, os colaboradores da empresa
e alguns membros da sociedade bauruense.
Na abertura do evento, foi exibido um filme que resgata
a história da empresa. O vídeo que também está disponível no site do Sindilub (www.sindilub.org.br) traz belas
imagens e conta detalhes desde a fundação até os dias
atuais da Leme.
“São momentos da vida que se misturaram a momentos
da empresa. Respeito, honestidade e simplicidade sempre me guiaram em tudo o que eu fiz na vida. Comecei a
trabalhar muito jovem ajudando meu pai, fui motorista
de caminhão, de ônibus e vendedor de óleo até abrir a
minha empresa. Minha formação foi a vida e sempre tive
o ideal de fazer tudo corretamente. Agradeço a Deus, em
primeiro lugar, por me dar a oportunidade e a vontade
de trabalhar. Agradeço também aos nossos clientes,
colaboradores da empresa, fornecedores, amigos e em
especial a minha família que dá sustentação e apoio para
continuar nessa jornada”, comentou Luiz Leme, fundador
da Leme Lubrificantes.
A comemoração foi repleta de homenagens aos 40 anos
da empresa. “Sem dúvida, as maiores conquistas foram
o respeito e o conceito que construímos ao longo destes
anos pelo trabalho, pela honestidade e pela simplicidade. Mesmo com a minha contribuição, modernizando
a empresa e tornando-a mais competitiva, os grandes
valores vieram do meu pai e creio que estou dando continuidade”, destacou Luiz Leme Junior, diretor comercial.
A empresa chega a essa marca valorizando as pessoas.
“Atender bem os clientes, cultivar as amizades e as
parcerias com fornecedores, é a combinação que faz
a Leme continuar crescendo e manter esse nome que
conquistamos ao longo desses 40 anos”, disse Junior.
No encerramento do evento houve um show em homenagem ao Sr. Luiz Leme com os veteranos da música
sertaneja, Pedro Bento e Zé Estrada, que tem mais de
50 anos de carreira e tocaram e cantaram entre os
sucessos a música “Seresteiros da Lua”.
20
sindilub
mai-jun 2014
Depoimentos:
Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça,
prefeito de Bauru
A Prefeitura sente-se honrada em poder testemunhar os 40 anos
da Leme Lubrificantes. Uma empresa estabelecida em nosso
município com um histórico de quatro décadas. Uma empresa que
faz sucesso, que contribui com a geração de empregos e com a
economia local. É um orgulho para o município. Parabéns a todos,
diretores e funcionários.
José Antonio Camargo Lima, diretor da Ultrax
Lubrificantes
Conheço a Família Leme há mais de 20 anos e somos parceiros
em grandes negócios. Aproveito o momento especial para cumprimentá-los pela trajetória de sucesso. Hoje a Leme completa
40 anos de uma evolução significativa conquistando um lugar de
prestígio no mercado.
Ramiro Ferrari, diretor presidente da YPF do Brasil
É com grande satisfação que a YPF Brasil parabeniza a Leme Lubrificantes pelos seus 40 anos de atuação no mercado. Temos a
certeza de que nossa parceria, que completa cinco anos, perdurará
por muitos anos. Com o conhecimento e o comprometimento dos
profissionais da Leme podemos crescer ainda mais na região.
Pedro Gurgel, diretor da Motul
Ao entrar na Leme Lubrificantes e ser tratado com a simplicidade
de um amigo, como o Sr. Luiz trata a todos aqueles que conhece,
vemos que essa cultura passou de geração em geração como
também aos colaboradores da empresa. Mostra que não foram
40 anos de trabalho, mas sim 40 anos construindo a empresa
que hoje é a Leme.
Ricardo Pessoa, diretor comercial da Tecfil
A Tecfil tem orgulho em fazer parte dessa engrenagem, buscando
a continuidade da parceria por mais 40 anos. Ressalto os valores
da Leme, baseados em competência na gestão, valorização dos
funcionários e parceiros e muita capacidade de entender o mercado
onde atua, criando permanentemente soluções eficientes para os
seus clientes.
Adilson Capanema, diretor comercial da Petronas
Lubrificantes Brasil
A junção das competências da Leme Lubrificantes com a experiência
da Petronas Brasil na produção e distribuição de fluidos e lubrificantes agrega muito ao setor. Parabéns a toda a família Leme pelo
sucesso alcançado ao longo destes 40 anos. Temos a convicção
de que ambas as empresas ainda têm muito a ganhar com esta
parceria ao longo do tempo.
“Porque o mundo é uma grande escola
Pra ensinar quem não sabe viver”
Trecho da música Seresteiros da Lua
C urso
Lubrificantes e Lubrificação para Motores
Sala de aula virtual
Texto: Renato Vaisbih
A
AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva – realiza no dia 22 de setembro, das
8h30 às 17h30, a primeira edição do curso online “Lubrificantes e Lubrificação para Motores”, com
transmissão ao vivo pela internet e acesso exclusivo
aos inscritos.
Os participantes terão acesso ao vídeo e áudio da
apresentação e poderão interagir com o instrutor e
demais inscritos por chat. O conteúdo da transmissão ficará disponível para acesso até 30 dias após a
apresentação ao vivo.
O curso tem como objetivo principal apresentar conhecimentos para aplicação de conceitos e características
do trabalho realizado no dia-a-dia pelos profissionais
da área dos lubrificantes.
A transmissão poderá ser acompanhada em qualquer
tipo de computador, tablet ou até mesmo smartphone,
mas é recomendável que o acesso à internet seja feito
por uma boa conexão de banda larga.
Instrutor
O responsável pela apresentação do conteúdo do
curso “Lubrificantes e Lubrificação para Motores” é
o engenheiro Everton Muoio Gonçalles, formado no
curso de Engenharia Mecânica pela UNITAU – Universidade de Taubaté.
Ele atua desde 1987 em empresas nacionais e multinacionais de grande e médio porte que atuam no setor
de petróleo. Possui experiência no desenvolvimento de
lubrificantes e derivados, elaboração de treinamentos, desenvolvimento de fornecedores de insumos e
desenvolvimento de novas tecnologias. Também já
participou da implantação de diversos programas de
qualidade, como ISO9001 e ISO TS16949.
Atualmente, Gonçalles dedica-se ao desenvolvimento
e homologação de lubrificantes e fluídos em diversas
montadoras e fábricas de autopeças, além de integrar comitês técnicos de diversas entidades, dentre
elas o SINDILUB, SIMEPETRO, ABNT, ABRAMAM,
IBP, SINDICOM e é membro da Comissão Técnica de
Lubrificantes e Fluídos da AEA.
22
sindilub
mai-jun 2014
Curso on-line vai apresentar
conceitos teóricos e aplicações
práticas sobre lubrificantes e
lubrificação de motores
Conteúdo do curso
»»
Considerações: analogia, qual caminho devo seguir
»»
Funções dos lubrificantes de motor
»»
Composição
»»
Básicos
»»
Formulação de óleo lubrificante
»»
Viscosidade: definição, classificação SAE J300, comparação
entre viscosidade
»»
Índice de viscosidade: analogia, qual caminho devo seguir
»»
Petróleo: composição, classificação
»»
Óleos básicos minerais convencionais: especificações Petrobras
»»
Óleos básicos minerais rerrefinados: definição, especificações
»»
Óleos básicos minerais não-convencionais: tipos, definições
»»
Bases Sintéticas: definição, tipos, PAO
»»
Ésteres
»»
Classificação API / ATIEL para óleos básicos
»»
Escolha dos básicos: exemplos
»»
Ranking dos básicos
»»
Aditivos: Definição, tipos
»»
Escolha dos aditivos
»»
Especificações e classificações de desempenho – VL & VP:
API, ILSAC
»»
Especificações de OEMs (montadoras): comparação entre
normas
»»
Especificações e classificações de desempenho – Motos
»»
Óleos para motores 4T – motos: classificação API, classificação JASO
»»
Óleos para motores 2T – motos: classificação API, classificação JASO
»»
Falhas de Lubrificação – causas e consequências: motores VL,
motores de moto 4T/2T, motores HD
»»
Manuseio, Armazenamento e descarte de lubrificantes: manuseio, disposições gerais
»»
Armazenamento: disposições gerais, boas práticas, prazo
de estocagem
»»
Descarte: disposições gerais, OLUC, Resolução CONAMA
362/05, Guia básico
Desconto para associados do Sindilub
Os associados do Sindilub terão descontos nas inscrições para o curso on-line “Lubrificantes e Lubrificação para Motores”.
Para ter direito ao benefício, é preciso clicar no botão “Associados AEA / Sindilub” no momento da
inscrição pela internet.
Site
http://aea.org.br/v1/calendario/cursos-2014/lubrificantes-e-lubrificacao-para-motores/
Valores
Categoria
Inscrições até 2 de setembro
Desconto de 15%
Inscrições até 12 de setembro
Desconto de 10%
Inscrições após
12 de setembro
Sócio AEA/
SINDILUB
R$ 490,00
R$ 515,00
R$ 560,00
Não Sócio
R$ 600,00
R$ 630,00
R$ 695,00
S eu Negócio
Novos tempos
Texto: Renato Vaisbih
D
iversos setores da economia globalizada
passaram a ter uma preocupação com as
questões ambientais nas últimas décadas.
Não é diferente com a Leone, uma das principais
fabricantes de equipamentos para troca de óleo
e outras funcionalidades do setor automotivo, há
mais de 40 anos no mercado.
“Entendemos já há algum tempo que esta era
uma realidade e temos nos organizado a cada
dia mais para atender e antever esta questão,
com treinamento de nossa equipe e desenvolvimento de linha de produtos sustentáveis”, afirma
o gerente de marketing Rafael Galea.
Para ele, “toda solução ambiental merece destaque. São produtos que atendem a obrigações
e podem trazer muitos benefícios, como redução
de despesas com contas de água e energia; menor descarte de resíduos; e menor custo na
aquisição de itens de consumo”.
Com relação às necessidades do mercado, inclusive com legislação específica, a Leone tem
se engajado para oferecer produtos adequados
às diversas determinações na área ambiental,
como, por exemplo, as Resoluções CONAMA 273
e 357, com o fornecimento de caixas separadoras de água e óleo, sistemas de tratamento de
água, tanques jaquetados para óleo queimado
ou combustível e tubos e conexões específicas.
Empresa fabricante de
equipamentos desenvolve
produtos e soluções
para se adaptar aos
avanços tecnológicos e à
conscientização ambiental
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De acordo com Galea, “a empresa está sempre buscando
soluções que contribuam com os clientes no atendimento às
questões legais ambientais e também antevendo a demanda
buscando oportunidades de redução/prevenção de riscos de
contaminação para nossos clientes”.
OLUC e embalagens plásticas
A Leone também colocou no mercado produtos e soluções
voltados para o adequado armazenamento de OLUC e de
embalagens plásticas usadas de lubrificantes, tema que tem
merecido a atenção do Sindilub e das revendas atacadistas.
“Trabalhamos com uma gama completa para coleta e armazenamento de óleo queimado. São produtos como coletores
ecológicos e pressurizados de óleo, rede de coleta de óleo, tanques de óleo queimado e ferramental completo. Em relação aos
filtros de óleo e combustível, atuamos com a máquina cortadora
de filtros indicada para redução do resíduo gerado e também
com contentores de 500 ou mil litros para armazenagem de
embalagens usadas de óleo lubrificante”, esclarece o gerente
de marketing da Leone.
Galea ainda complementa que a empresa trabalha com palets
contentores de vazamento, onde podem ser armazenados até
quatro tambores com capacidade de 200 litros cada ou um
contentor IBC de mil litros. Em caso de algum derramamento
de óleo, o mesmo fica contido no reservatório do palet, impedindo que ele escorra para o esgoto.
Parceria de sucesso
As informações sobre o mercado de lubrificantes no
Brasil e o acompanhamento das discussões em torno
das novas regras no país são fundamentais para o desenvolvimento de novos produtos para as revendas e
também para outras empresas do setor automotivo. A
Leone tradicionalmente vem buscando se atualizar com
o auxílio de parceiros, como o Sindilub. “Nos orgulhamos da parceria com o Sindilub. O relacionamento do Sindilub com a Leone se dá há mais
de uma década e sempre com grande seriedade. Essa
parceria nos deixa em contato com as mais atualizadas
informações do mercado e é uma referência em nossas
visitas com atuais e novos clientes”, revela o gerente de
marketing, Rafael Galea.
Produtos e soluções para revendas
O gerente de marketing da Leone Equipamentos, Rafael Galea, destaca os seguintes produtos e soluções
para que as revendas tenham atitudes ambientalmente corretas e adequadas à legislação:
Piso de Oficina: Lavadora Automática de Pisos
Segundo Galea, lava muito mais, utilizando menos produtos para limpeza, que são nocivos ao meio ambiente,
Além disso, utiliza menos água do que em uma limpeza
tradicional.
Lixeiras de coleta seletiva
Pode ser implantada em todas as áreas, desde a recepção
até a oficina. Pode ser fornecida em várias opções e cores
que vão de papel, alumínio até produtos tóxicos. Separação de Água e Óleo: Caixa Separadora
Hoje em dia, este é um item obrigatório (conforme item da
Resolução do Conama 273 e 357) em certos estabelecimentos, como as revendas onde é feita a troca de óleo.
Trata-se de um equipamento que separa o óleo da água
que é enviada ao esgoto.
Cortador de Filtros de Óleo
Máquina para cortar filtros de óleo com objetivo de reduzir
o custo do descarte do elemento contaminado, separando
o aço que poderá ser reciclado e o óleo usado, que poderá ser comercializado com a empresa coletora de óleo e
também encaminhando para reciclagem.
Reuso de Águas: Sistema de Tratamento
A água que iria ser descartada passa por um tratamento
e pode ser reutilizada para fins não-potáveis.
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F
ique por
Dentro
Eleições da Fecombustíveis
Texto: Thiago Castilha
P
aulo Miranda Soares foi reeleito presidente da
Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), entidade
a qual o Sindilub é filiado, para a gestão de 2014 a
2018. O processo eleitoral contou com a renovação
de dez novos membros do Conselho. Sendo que a
maioria dos membros foi mantida nas funções que já
desempenhavam na Fecombustíveis.
“Esperamos que a nova diretoria continue defendendo os legítimos interesses do revendedor, mantendo
contato com os parceiros tradicionais, as companhias
de petróleo, o órgão regulador, as muitas autoridades
que nos fiscalizam, como também marcando presença
no Congresso Nacional, acompanhando as leis que
regulam a nossa atividade”, disse.
E
Paulo Miranda Soares enfatizou que é sempre bom contar
com a inclusão de novos participantes no quadro de gestores, dando oportunidade para que se amplie a participação
de outros líderes. “É difícil montar uma chapa. Alguns presidentes fizeram o seu lobby para ter uma participação mais
efetiva na chapa escolhida e louvo a iniciativa, todos podem
e devem trabalhar nesse sentido, mas, infelizmente, eu não
teria como contemplar todos nos cargos mais importantes.
Muito embora, para nós, o cargo é o que menos importa.
Quem quiser vai ter a oportunidade de atuar e investir no
trabalho institucional em defesa da revenda ao nosso lado.
Sejam todos bem-vindos”, cumprimentou.
O presidente de honra da Fecombustíveis, Gil Siuffo, que
atuou à frente da entidade por duas décadas e realizou
importantes conquistas para o setor, transmitiu sua mensagem aos novos membros. “Resumiria que tudo o que
foi feito nesses 20 anos foi o fato de transformar nosso
revendedor em empresário e preservar o seu negócio.S
vento
Encontro com mercado
Texto: Ana Azevedo
U
ma grande participação internacional marcou
o 4º Encontro com o Mercado da revista Lubes
em Foco, realizado nos dias 28 e 29 de maio, no
Rio de Janeiro. Promovido em parceria com o Instituto
Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis - IBP e a
Agência Virtual, com a colaboração da ICIS, o evento
registrou público de cerca de 350 pessoas.
A presença internacional foi registrada entre palestrantes e participantes, que puderam contar também com
uma área de exposição de produtos e serviços. Para
os organizadores, o nome “Encontro com o Mercado”
foi muito bem justificado, já que praticamente todos os
segmentos do mercado brasileiro estiveram presentes
além dos oriundos de outros países.
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Com vinte e um patrocinadores, além de oito estandes, o
evento contou com 19 palestras técnicas e de mercado,
e uma mesa redonda sobre tecnologia que envolveu as
empresas de aditivos que produzem pacotes automotivos.
O coordenador técnico do evento, Pedro Nelson Belmiro,
elogiou o nível técnico das palestras e a grande colaboração das empresas participantes. “Só temos a agradecer
a todas as empresas que enviaram palestrantes e contribuíram para o conteúdo técnico do nosso evento. Dessa
forma, podemos disseminar o conhecimento específico
em vários segmentos relacionados aos lubrificantes”,
disse Belmiro.
Segundo o diretor comercial da Agência Virtual, Antonio Carlos Moésia, o sucesso do evento deveu-se a
um conjunto de fatores que se entrosaram muito bem.
“Tivemos parceiros muito eficientes em todas as áreas,
e o local favoreceu muito a distribuição das atividades”,
comentou Moésia.
S
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