Gestao
Curso de Administração
Titulo:
Os Fundos De Pensão Como Financiadores Do Desenvolvimento Econômico Do País
Autor(es): Jose Do Carmo, Cesar Alves Martins
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UNIRADIAL
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo correlacionar à poupança, a alocação do portfólio dos Fundos de Pensão e a dotação dos investimentos
produtivos. O portfólio dos Fundos de Pensão, dinheiro oriundo da contribuição de seus participantes, atualmente representa cerca de 20%
do PIB. Como essas instituições alocam ou alocarão seus portfólios eles têm uma importância muito grande para o mercado financeiro
influenciando profundamente os agentes econômicos. Nas economias desenvolvidas, os Fundos de Pensão tem um papel significativo na
oferta de fundos de longo prazo para o financiamento do setor produtivo. Este trabalho apresenta experiências recentes que ilustram o
potencial dessas instituições neste objetivo. Conclui que a inflação baixa e estabilidade macroeconômica são condições importantes (e até
necessárias) para o desenvolvimento econômico. Porém, isso não parece suficiente sabendo-se que as fontes de financiamento não
inflacionárias para investimento produtivo de longo prazo são importantes complementos. No atual ambiente econômico, sugerem-se
políticas para incrementar o papel dos Fundos de Pensão no financiamento do investimento produtivo. O crescimento dos Fundos de
Pensão por si só não implica na dotação da poupança agregada, que é determinada pelas decisões de investimento do setor produtivo.
Dadas as características dos Fundos de Pensão, que sempre buscam investimentos rentáveis e de longo prazo visando cobrir dispêndios
futuros oriundos de seus compromissos atuariais, esses podem ser potenciais fornecedores de recursos de longo prazo tão necessários para
a dotação dos investimentos produtivos. Na atualidade, a política macroeconômica empregada pelo governo está baseada no tripé superávit
primário, taxa de câmbio flutuante e metas de inflação. O objetivo fundamental de toda política macroeconômica é garantir bem estar
material aos indivíduos e a sociedade de um modo geral, isso é o que se denomina aumentar o PIB per capita com concomitante redução do
índice de GINI que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos, segundo a renda domiciliar per capita. A fim de
perseguir esse objetivo a macroeconomia disponibiliza diferentes instrumentos, tais como, política fiscal, monetária e cambial. É possível
que atualmente o Brasil esteja andando em círculos, sem chegar a um equilíbrio, e que venha prejudicando o lado real da economia com
altas taxas de desemprego e baixo nível de investimento produtivo. A meta de superávit primário serve como um instrumento para manter
sob controle a dívida pública em relação ao PIB. Portanto, uma redução da dívida pública é necessária para uma redução futura da taxa de
juros que possibilite a independência da política monetária em relação à política fiscal, vez que se isso não ocorrer as expectativas de
inflação se elevam. Acredita-se que a compra de títulos no mercado secundário incentiva os negócios em bolsas de valores, estimulando a
emissão de novas ações e até mesmo a abertura de capital e promovendo o desenvolvimento econômico. Os fundos de pensão consistem
em garantir a concessão de benefícios aos seus participantes, o que implica empregar os recursos nas modalidades mais rentáveis.
Considerando o risco, pode-se dizer que o fato de os investimentos possibilitarem retornos superiores aos esperados estimularia a
priorização deles pelas entidades, o que geraria por um lado maior valor agregado ao fundo e por outro um incremento da poupança interna
do país, respaldado pela aplicação eficiente dos recursos, ou seja, pelo investimento no setor produtivo. Entretanto, algumas medidas
devem ser tomadas para que os fundos de pensão desempenhem papel mais relevante no financiamento do crescimento econômico
brasileiro.
III Seminario de Pesquisa da Estácio
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Administração
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