Responsabilidade Social Corporativa: Um estudo de Caso na Sabor Sul Alimentos
DANTE APOSTÓLICO BITELLI
Acadêmico de Ciências da Administração - Universidade
Federal de Santa Catarina
EGON LUÍS SCHADEN JUNIOR
Acadêmico de Ciências da Administração da Universidade
Federal de Santa Catarina
ELENA CAVALCA KNACK
Acadêmica de Ciências da Administração da Universidade
Federal de Santa Catarina
FERNANDA ZAMBON DE CARVALHO
Acadêmica de Ciências da Administração da Universidade
Federal de Santa Catarina
Profa. Dra. MARILDA TODESCAT
Professora do Departamento de Ciências da Administração da
Universidade Federal de Santa Catarina
Resumo
A responsabilidade social corporativa ou empresarial – RSE ou RSC passa para a agenda de
temas extremamente relevantes nas práticas corporativas. A transparência das informações
para a sociedade através da disseminação das tecnologias de informação e comunicação
tornam os clientes e consumidores mais exigentes em relação a origem e forma de produção
de bens e produtos. Nesse sentido o presente trabalho se propôs a analisar as práticas de
responsabilidade social empresarial em uma organização de beneficiamento de alimentos.
Como metodologia de análise utilizou-se o Diagnóstico de Responsabilidade Social
Empresarial para Micro e Pequenas Empresas Ethos-Sebrae. Esse diagnóstico é organizado
em sete grandes temas que são desdobrados em 36 indicadores. Neste trabalho
apresentaremos somente dois grandes temas: Público Interno que é um dos pontos fortes das
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
práticas de RSE da empresa, principalmente no que tange a práticas educativas para os
funcionários e o outro grande tema Fornecedores que é um ponto fraco, pois empresa ainda
escolhe seus fornecedores com base na qualidade e no preço e não identifica se estes
fornecedores possuem RSE ou não em suas práticas de gestão.
Palavras-chave: responsabilidade social corporativa, responsabilidade social empresarial,
diagnóstico.
Abstract
The corporate social responsibility - CSR passes to the agenda of extremely relevant topics in
corporate practices. The transparency of information to society through the dissemination of
communication technologies make customers and consumers more choosy about the origin
and form of production of goods and products. Thus, this work is to analyze the practices of
corporate social responsibility in a food processing industry. As a method of analysis, the
Diagnostic of Corporate Social Responsibility for Small and Medium Enterprises EthosSebrae was used. This diagnostic is organized into seven major themes which are broken
down into 36 indicators. Two major themes will be presented in this paper: employees - one
of the strengths of the company's CSR practices - particularly as it pertains to educational
practices for employees, and the relationship with suppliers - one of the weakness found since
the company still considers its suppliers based on quality and price and does not identify
whether these providers have CSR or not in their management practices.
Keywords: corporate social responsibility, organizational diagnosis.
1. Introdução
A inserção das empresas na sociedade é muito discutida atualmente. A questão
envolve todos os públicos atingidos diretamente pelo raio de atuação empresarial. Com a
diminuição do papel e do tamanho do Estado em praticamente todos os países ocidentais, o
questionamento sobre qual deve ser a função social das empresas é cada vez mais recorrente.
Diversos motivos e circunstâncias causaram o estágio atual da Responsabilidade
Social Corporativa ou Empresarial. Dentre eles, a globalização ganha destaque tanto pela
agilidade e relativa transparência que confere aos processos organizacionais quanto pelo leque
de áreas em que é presente - globalização da informação, do capital, da produção, do
comércio, da economia entre outros.
Grandes transformações sociais são decorrentes da transparência das informações
geradas pelas tecnologias de informação e comunicação. Nesse sentido as empresas têm suas
ações desnudadas e a sociedade passa a cobrar que os sistemas produtivos sejam calcados em
princípios éticos e responsáveis. Passa ser a responsabilidade social corporativa mais do que
uma prática de gestão, uma exigência social. E a sustentabilidade baseada no tripé:
desenvolvimento econômico, ambiental e social o mote de sobrevivência e diferencial diante
de uma sociedade consciente de que tipo de produtos e serviços quer consumir.
O tema, tipicamente um produto deste último século, cresceu quase
que na mesma proporção das cobranças realizadas por parte da
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
sociedade e do governo. Os homens de negócios não começaram a
investir em responsabilidade social por bondade, mas sim por terem
sido cobrados ou por acreditarem que esta atitude socialmente
responsável poderia gerar um fortalecimento da imagem da
organização, revertendo também em maiores lucros (BOWEN, 1957;
apud MELLO; 2004).
Mudanças estruturais não são novidades ao se falar de aspectos de organizações
durante a sua história. Montana & Charnov (2006) acreditam que a natureza do trabalho
também sofreu mutações, fazendo com que a estrutura da indústria sofresse o mesmo. Os
países teriam passado da economia agrícola para o mercantilismo e a manufatura e então para
os serviços e processamento de informações. Os empregos estão se tornando mais técnicos e
exigem mais qualificações dos trabalhadores. Percebendo a nova situação, empresas
começaram a entrar no ramo da educação para atualizar as qualificações de seus funcionários.
Este é um exemplo de como as organizações adotaram práticas de responsabilidade
social (RS) no decorrer da história e das necessidades. Segundo Wood Jr. (2002), o século XX
foi palco de desafios para as empresas. A primeira metade desse período foi marcada pela
maximização dos processos produtivos e na manutenção de estruturas e procedimentos. Com
o tempo, os consumidores começaram a se mostrar mais exigentes e a competição entre
empresas aumentou o nível de comprometimento com os clientes e com a tentativa de
recuperar as desigualdades e os desequilíbrios do período anterior - modelos de
desenvolvimento efetivamente sustentáveis tiveram de ser criados.
Este artigo tem como objetivo identificar e analisar, portanto, dentro dessa nova ótica
de negócios as práticas de responsabilidade social que a empresa Sabor Sul Alimentos
desenvolve. Para a identificação dessas práticas foi aplicado o questionário dos Indicadores do
Instituto Ethos de Responsabilidade Social Empresarial - RSE - para Micro e Pequenas
Empresas.
Está dividido em cinco seções: introdução, desenvolvimento teórico sobre
responsabilidade social corporativa, a terceira seção apresenta a metodologia, na quarta são
apresentados os resultados do Diagnóstico de RSE – e, por fim, as conclusões da pesquisa.
2. Fundamentação Teórica
2.1. Um breve histórico da Responsabilidade Social Empresarial - RSE ou Corporativa - RSC
Pode nos parecer que a responsabilidade social corporativa é um tema atual, mas se
olharmos a literatura sobre o assunto veremos que nos Estados Unidos da América, ainda no
século XVII foram constatadas as primeiras preocupações. Era necessário uma autorização do
Poder Público para o funcionamento das empresas, se os interesses públicos não fossem
atendidos a companhia era fechada.
O conflito de interesses pessoais e os sociais surgidos no século XVIII ajudaram no
desenvolvimento da RS. Os problemas relacionados ao sistema laissez-faire levaram a um
incremento do controle social na vida econômica. Alguns países se tornaram socialistas ou
comunistas e os Estados Unidos adotaram uma mistura entre iniciativa e controle social
(BOWEN, 1957; apud MELLO, 2004).
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Ainda no mesmo século, durante a revolução industrial, a força de trabalho das
fábricas era também composta por mulheres e crianças. Os empregados se encontravam em
condições sub-humanas - enfrentavam até 18 horas de trabalho, as condições de trabalho eram
tão absurdas que somente após a Lei de 1844 foi permitido um intervalo para as refeições
(MARX, 2004; apud AZEVEDO 2008).
O século XIX foi marcado pelas primeiras manifestações (medidas reformadoras) dos
governos sobre as organizações, que podem ser encaradas como o início de uma visão mais
socialmente responsável. Acontecimentos como a Lei de Saúde Moral dos Aprendizes,
aprovada na Inglaterra em 1802, o direito de formar sindicatos, reconhecido em 1824 no
mesmo país, e a lei de 1819 que limitou o trabalho de menores foram progressos relevantes
(BOWEN, 1957; apud AZEVEDO 2008). A aprovação da Lei em 1º de maio de 1890 - que
diminui a jornada de trabalho para oito horas diárias - foi também uma conquista importante
(MATTAR, 2001; apud AZEVEDO 2008).
De maneira mais global, o julgamento na Justiça americana de Henry Ford - presidente
acionista majoritário da Ford Motor Company, em 1919, é considerado um dos marcos que
deixaram evidentes as questões sobre a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) ou
Empresarial (RSE). O seu grupo de acionistas contestou a decisão de Ford de não dividir parte
dos dividendos com os acionistas e sim investir na produção, no aumento de salários e em
fundo de reserva. A suprema corte decidiu a favor dos acionistas já que as corporações
existem para o benefício dos seus acionistas e o lucro deve ser garantido, usá-lo para outros
fins não é possível.
"A idéia de que a empresa deveria responder apenas aos seus acionistas começou a
receber críticas durante a Segunda Guerra Mundial. Nesta época, diversas modificações
aconteceram nos Estados Unidos" (KRAEMER, 2004).
Foi lá que, segundo Carroll (1999; apud MELLO, 2004), o campo formal da RSE se
tornou evidente, especialmente nos últimos 50 anos do século XX. Howard Bowen lançou um
dos clássicos sobre RS: "The Social Responsabilities of the Businessman" em 1953. Seguindo
seu trabalho, diversos autores contribuíram para o entendimento da RSE, como por exemplo:
Eells e Walton, Davis, Frederick, McGuire, Johson e Zenisek.
De acordo com Carroll (1999), os conceitos sobre RSC se desenvolveram e se
proliferaram consideravelmente nos Estados Unidos e na Europa nas décadas de 1960 e 1970.
Pesquisas e estudos de temas alternativos como: políticas públicas, ética nos negócios,
administração de stakeholders, cidadania corporativa foram desenvolvidos nas décadas de
1980 e 1990 (apud MELLO, 2004).
Inicialmente como preocupação de ordem ambiental e leis de proteção ao consumidor,
a ampliação para a RS nos anos de 1970 na Europa acarretou na realização de conferências e
reuniões oficiais para discutir o tema. Posteriormente, as experiências passaram a demandar
regulamentações, como a realização do balanço social (AZEVEDO, 2008).
Em âmbito nacional, pode-se observar uma participação mais efetiva da idéia durante
os anos de 1980 e, principalmente, no início dos anos 1990. Segundo Kraemer (2004), em
1984 foi elaborado o primeiro trabalho acadêmico do professor João Eduardo Prudêncio
Tinoco - dissertação de mestrado do Departamento de Contabilidade e Atuaria da Faculdade
de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - com o título de
"Balanço Social: uma abordagem socioeconômica da Contabilidade."
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Azevedo (2008) acredita que a consolidação do discurso por responsabilidade social
ocorre no momento da implantação do neoliberalismo no Brasil, no final dos anos 1980 até o
fim dos anos 1990. Os relatórios e balanços sociais passam a ser divulgados e as empresas
começam a se preocupar, pelo menos em discurso, na adoção de um comportamento ético e
responsável.
Em 1993, Herbert de Souza, o Betinho, lançou a Campanha Nacional da Ação da
Cidadania com a Fome, a Miséria e pela Vida e foi apoiado pelo Pensamento Nacional das
Bases Empresariais (PNBE), o que marcou a aproximação dos empresários com as ações
sociais. Em 1997, Betinho criou um modelo de Balanço Social como forma de incentivo às
empresas a divulgarem seus resultados na participação social (KRAEMER, 2004).
O empresário Oded Grajew criou o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade
Social em 1998 com o objetivo de disseminar práticas de RSE por meio de publicações,
experiências, programas e eventos para quem esteja interessado no assunto. Em 1999 várias
empresas publicaram seus balanços sociais. Além disso, a média de gastos por empregado
cresceu em praticamente quase todos os indicadores sociais internos entre 1999 e 2000, gastos
com a previdência privada e participação dos lucros também aumentaram (KRAEMER,
2004).
2.2.Definindo Responsabilidade Social Empresarial
Responsabilidade Social é um tema cada vez mais abordado na sociedade,
responsabilidade de cada indivíduo, do estado e até mesmo das empresas. Segundo Zenisek
(1979), o termo RSE (responsabilidade social empresarial) não tem um mesmo significado
para todos que o estudam. Para alguns estudiosos ele transmite a simples idéia de
responsabilidade, para outros ele significa comportamento responsável socialmente no sentido
ético, ainda para outros significa sentir-se responsável por, comparando-se a contribuições de
caridade, alguns o vêem como mero sinônimo de legitimidade e ainda alguns o vêem como
obrigação fiduciária (ZENISEK, 1979; apud MELLO 2004).
Schermerhorn (1999), define responsabilidade social corporativa como uma obrigação
da organização de atuar de modo que sirva tanto a seus próprios interesses quanto aos de seus
diversos públicos externos. Estes públicos são considerados interessados ou beneficiários. São
pessoas afetadas pelo desempenho da organização e que podem ser afetadas de algum modo
pelo compromisso da organização com a responsabilidade social.
No site do Instituto Ethos, responsabilidade social empresarial é descrita como a forma
de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos
com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem
o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para
as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades
sociais.
Para uma empresa vir a ser socialmente responsável deve-se conciliar os
diferentes interesses e interessados envolvidos (acionistas, funcionários,
prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e
preservação do meio ambiente) incorporando-os ao planejamento estratégico
de suas atividades (AZEVEDO, 2008, p. 14).
Atualmente discute-se muito qual a verdadeira função da empresa diante da
responsabilidade social. Até que ponto ela deve ser responsável por seus colaboradores, e pela
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
sociedade em que esta inserida e quais são suas reais obrigações como empresa.
Schermerhorn (1999) cita duas visões contrastantes da responsabilidade social
corporativa: A visão clássica, na qual alguns autores sustentam que a única responsabilidade
da empresa é maximizar os lucros, e a visão socioeconômica, que afirma que qualquer
organização deve se preocupar com o bem-estar social mais amplo, e não apenas para os
lucros da corporação.
Davis (1973), baseado na visão socioeconômica, defende a responsabilidade social da
empresa. Ele argumenta que ela anda de mãos dadas com o poder social, e já que a empresa é
a força mais poderosa na vida contemporânea, ela tem a obrigação de assumir a
responsabilidade social correspondente. Davis reconhece que os esforços de responsabilidade
social da empresa serão dispendiosos, mas sustenta que tais custos podem ser legitimamente
repassados aos consumidores na forma de preços mais altos (apud MONTANA &
CHARNOV, 2006).
Montana e Charnov (2006) listam alguns dos argumentos defendidos por autores que
são a favor da responsabilidade social da empresa:
a) Teoricamente é interessante para a empresa melhorar a comunidade na qual está inserida. A
melhoria do ambiente comunitário reverterá em benefício da empresa;
b) Ser socialmente responsável é a coisa correta a fazer, é ser ética;
c) Ser socialmente responsável melhora a imagem de relações públicas da empresa;
d) Demonstrar sensibilidade a questões sociais ajudará a evitar intervenção governamental na
empresa.
Trevisan (2002) defende a RSC afirmando que o Estado, que teoricamente é o
responsável pelos problemas sociais, não tem condições de oferecer respostas tão ágeis e
rápidas aos problemas da população como as empresas, que em tempos de alta
competitividade, estão acostumadas a atuarem com mais eficiência no seu dia-a-dia. Assim, o
setor privado necessita dessa tomada de consciência, de que sua participação deve ser maciça
no ambiente social e comunitário, porque é parte integrante dele, e, portanto, depende de seu
correto funcionamento (apud AZEVEDO, 2008).
Em contra partida, um dos autores mais influentes no âmbito dos argumentos contra a
RSE é o Dr. Milton Friedman, prêmio Nobel em Economia. Ele afirma que a tarefa da
empresa é maximizar o lucro do acionista (proprietário) através do uso prudente de escassos
recursos organizacionais, contanto que as atividades organizacionais estejam dentro das
existências da lei. Afirma ainda que as empresas, ao obter lucros, beneficiam a sociedade pela
geração de novos empregos e melhores salários que melhoram a vida de seus trabalhadores
(FRIEDMAN, 1962; apud MONTANA & CHARNOV, 2006).
Montana e Charnov (2006) citam alguns argumentos utilizados por autores contra a
responsabilidade social empresarial:
a) Essa é a função do governo, ao vincular empresa ao governo, surgirá uma força poderosa
demais na sociedade e isso comprometerá o papel do governo na regulamentação da empresa;
b) Os gerentes têm uma responsabilidade de confiança para com os interessados no sentido de
maximizar o valor do patrimônio líquido, utilizar recursos financeiros da empresa para
realizações de cunho sociais pode ser uma violação dessa responsabilidade, portando ilegal;
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
c) Não há razão para supor que os líderes empresariais disponham das habilidades necessárias
para alcançar metas de interesse social, uma vez que esta não é a função deles.
Koontz e O’Donnel admitem uma responsabilidade social para as
empresas, porém a limitam a alguns aspectos. Para eles, a principal
responsabilidade dos administradores das empresas é a eficiência no
uso de recursos para produzir riqueza econômica; sua segunda
responsabilidade é realizar este propósito de tal modo que não coloque
nenhuma restrição aos legítimos interesses e direitos de qualquer
pessoa; e sua terceira responsabilidade é observar, pela palavra e pela
ação, os padrões éticos da sociedade. Segundo eles, aqueles que
querem que os homens de negócios aceitem uma responsabilidade
social mais ampla do que esta, querem que eles se dediquem a
atividades que muitas outras instituições são organizadas para realizar
(KOONTZ & O’DONNEL, 1974; apud MELLO, 2004, p.17).
Sendo contra ou a favor, achando certo ou errado, responsabilidade social corporativa
é um tema cada vez popular e para o qual devemos dar a devida importância. As empresas
precisam se conscientizar que a comunidade espera delas mais do que apenas seguir as
normas da legislação. Cidadãos buscam nas organizações privadas o apoio que não encontram
em seus governantes.
Cremos que a citação de Drucker exprime uma opinião interessante sobre o assunto:
Todas as organizações devem assumir a responsabilidade pelo seu
impacto nos trabalhadores, no ambiente, nos clientes e em quem - ou
no que - quer que tenha contato. Isso é responsabilidade social.
Também sabemos que a sociedade irá cada vez mais procurar grandes
organizações, com fins lucrativos e sem fins lucrativos, para
solucionar os grandes males sociais. É melhor que estejamos atentos,
porque as boas intenções nem sempre são socialmente responsáveis. É
irresponsável da parte de uma organização aceitar responsabilidades
que possam travar a sua capacidade para desempenhar a sua principal
função e missão ou para agir nos domínios onde não tenha
competência para tal (DRUCKER, 1995; apud MACIARIELLO 2004,
p. 72).
2.3 Elementos da Responsabilidade Social Corporativa
O conceito de Responsabilidade Social Corporativa está intimamente atrelado aos
valores da ética e transparência na gestão dos negócios, indo muito além do simples
cumprimento da legislação imposta as organizações. Atitudes e decisões relacionadas ao
ambiente externo, no que tange a sociedade organizada, clientes, fornecedores, colaboradores
e a própria concorrência devem ser tratadas em igualdade com os valores da organização, sob
pena da mesma ficar isolada e comprometer seu futuro.
A preocupação com o meio-ambiente, hoje é o maior apelo da Responsabilidade
Social Corporativa, está alinhado ao conceito de Desenvolvimento Sustentável, conceito
amplo e difundido mundialmente e fruto de constante reflexão dentro das organizações
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
modernas. Preocupar-se com o ambiente em torno dos seus negócios é uma necessidade de
sobrevivência das empresas no século XXI, não mais uma questão de escolha.
Corroborando este pensamento moderno com foco na sustentabilidade como base para
os negócios, podemos identificar uma responsabilidade natural das organizações sobre o meio
na qual estão inseridas, criando um conceito de “berço a berço”, que é a responsabilidade
sobre o ciclo (de ponta a ponta) que o seu serviço ou produto contribui direta e indiretamente
para a sociedade.
A empresa utiliza recursos disponibilizados pela natureza e sociedade,
através de suas atividades produtivas, e retorna produtos e serviços
para a mesma. Mas estes processos produtivos, além de riquezas,
geram custos sociais e ambientais. Em virtude da sua relevância para a
qualidade de vida das populações, nada mais justo em se exigir das
empresas um novo posicionamento em sua interação com o meio
(CARDOSO, RENSI, SCHENINI, 2005, p. 36).
Visando ensejar credibilidade nas atitudes e fomentar a Responsabilidade Social
Corporativa na organização, foram criados indicadores de avaliação, que são instrumentos
usados para tirar uma radiografia real das organizações, que repercutem na sociedade e
contribuem para traçar diretrizes conjuntas, avaliar cenários regionais, nacionais e até
mundiais em torno de um projeto maior. As normas relacionadas à Responsabilidade Social
estão evoluindo para certificações de suma importância para o mundo dos negócios e para a
sociedade.
Como exemplo e referência de indicadores são apresentados modelos de certificação,
tais como: SA 8000, Instituto Ethos, NBR 16001 e o Balanço Social.
Segundo Kraemer (2008), a Social Accountability 8000, conhecida como SA 8000, de
âmbito internacional, visa aprimorar o bem-estar e as condições de trabalho no ambiente
corporativo, seguindo o desenvolvimento de um sistema de verificação que deve garantir o
cumprimento da norma e padrões pré-estabelecidos na mesma.
Segundo a autora, a norma criada no ano de 1997 e desenvolvida por um conselho
internacional que reúne desde empresários passando por ONGS até as organizações sindicais,
a SA 8000 quer estimular a participação de todos os setores da sociedade na melhoria das
condições de trabalho e de vida no ambiente corporativo, eliminando assim o trabalho forçado
e fulminar com a exploração do trabalho infantil.
A norma SA 8000 foi criada pela Social Accountability International (SAI), partindo
como base das normas da declaração universal dos direitos humanos, na defesa do direito das
crianças e nas convenções da organização internacional do trabalho (OIT). A norma segue os
padrões de implantação similar aos da ISO 9000 e 14000.
Segundo os autores, o Instituto Ethos, outra entidade fomentadora da
Responsabilidade Social, adotou o sistema ISO e criou indicadores sociais divididos em sete
focos: valores e transparência, público interno, meio ambiente, fornecedores, consumidores,
comunidade, governo e sociedade. Que estão contemplados ao longo deste trabalho.
“O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma
entidade criada em 1998 com a missão de incentivar as empresas a
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
incorporar o conceito de responsabilidade social no cotidiano de sua
gestão, estabelecendo padrões éticos de relacionamento com seus
diversos públicos” (CARDOSO, RENSI, SCHENINI, 2005, p. 45).
Os indicadores do Instituto Ethos estão em constate aperfeiçoamento e mudanças,
sempre incorporando sugestões e idéias das mais diferentes organizações responsáveis e
comprometidas com a Responsabilidade Social. Estes indicadores foram desenvolvidos no
ano 2000 baseados em relatórios sociais propostos pela Global Reporting Initiative (GRI) e
pelo Institute of Social and Ethical Accountability (ISEA).
A NBR 16001 ou Norma Brasileira 16001 de Responsabilidade Social foi concluída
em 2004 depois de um longo trabalho conjunto por uma comissão formada por representantes
do governo, setor produtivo, organizações não governamentais, entidades de classe e
academia para a elaboração desta normal de Responsabilidade Social.
A Norma Brasileira estabelece requisitos mínimos relativos a um sistema de gestão da
Responsabilidade Social, permitindo à organização formular e implantar uma política e
objetivos que levem em conta as exigências legais, seus compromissos éticos e sua
preocupação com o desenvolvimento sustentável e a transparência nos seus negócios.
Seguindo a linha de indicadores de Responsabilidade Social, temos o Balanço Social,
que é um mecanismo criado para que as organizações prestem contas dos impactos de sua
atuação na área social. Hoje bastante popular entre as empresas, o Balanço Social representa
um cartão de visitas da organização, e exerce papel preponderante no que diz respeito ao
marketing e promoção da empresa.
O Balanço Social, segundo o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
IBASE - na sua concepção mais abrangente envolve a demonstração da interação da empresa
com os elementos que a cercam ou que contribuem para a existência, levando em conta
aspectos do meio ambiente, comunidade, recursos humanos e economia local. A função do
Balaço Social é tornar públicas as ações e compromissos da empresa a fim de aproximá-la da
sociedade e do meio ambiente.
O IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) desenvolveu um
modelo padrão de Balanço Social com vistas a simplificar as informações e tornar estes
documentos/balanços mais padronizados e acessíveis para as organizações, dando margem
para a maior adesão das organizações com o objetivo de alimentar permanentemente de bases
teóricas e de propostas objetivas, permitindo as organizações – independente de seu porte –
ganhar uma identidade vinculada a Responsabilidade Social, claro contando com a
participação popular, o próprio instituto e a auditoria como ferramenta de controle e garantia
da qualidade e veracidade destas informações.
Todos esses indicadores de Responsabilidade Social são instrumentos que oferecem as
organizações e a sociedade ferramentas de análise e diagnósticos de extrema relevância para o
mundo dos negócios. Estes indicadores como visto acima, são tarefas que devem ser
realizadas com tirocínio e extrema competência, com perspectivas alentadoras de crescimento
e desenvolvimento para o futuro. Este trabalho deve ser feito a quatro mãos, com atualização
constante e o conhecimento como matéria prima principal.
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Na seção a seguir explicaremos como foi a aplicação de um desses indicadores a uma
organização.
3. Metodologia:
Nesta seção são abordados os procedimentos metodológicos adotados para a elaboração
da presente pesquisa.
Esta é uma pesquisa exploratória e descritiva. A pesquisa exploratória visa prover maior
conhecimento sobre o tema da pesquisa – RSE, segundo Gil (1999) esse tipo de pesquisa
possibilita uma maior compreensão do problema a ser pesquisado.
A pesquisa descritiva procura descrever os fatos de determinada realidade, seja uma
população ou um fenômeno, estabelecendo relações entre as diferentes variáveis que possam
existir (TRIVIÑOS, 2007).
Em relação aos procedimentos, é considerada estudo de caso, por consistir em uma
análise intensiva de um fenômeno em uma organização: Sabor Sul Alimentos, permitindo
levantar e diagnosticar o maior número de informações sobre as práticas de RSE da
organização acima mencionada.
A coleta de dados se deu de duas formas: através de dados secundários, onde na
literatura foi possível encontrar os conceitos que nortearam a pesquisa e dados primários.
Os dados primários foram coletados através de entrevista com a aplicação dos
Indicadores Ethos-Sebrae de Responsabilidade Social para Micro e Pequenas Empresa
disponível no portal do Instituto Ethos, www.ethos.org.br. Este questionário está dividido em
sete grandes temas: valores, transparência e governança, público interno, meio ambiente,
fornecedores, consumidores e clientes, comunidade, governo e sociedade. Estes sete temas
são trinta e seis indicadores. Os indicadores possibilitam cinco tipos de respostas: não, em
parte, em grande, sim e não vemos aplicação disso em nossa empresa. As perguntas
quantitativas e o espaço de planejamento previsto para ações de implementação disponíveis
no questionário não foi utilizado nessa pesquisa. Na fase de análise os dados coletados foram
confrontados com a teoria estudada e pode-se concluir como a Sabor Sul Alimentos está
frente a cada um dos sete temas de RSE. Para efeitos deste trabalho selecionamos dois
grandes temas: Público Interno e Fornecedores, pois na pesquisa ficou evidente serem estes,
respectivamente, o ponto forte e o ponto fraco nas práticas de RSE.
4. Apresentação e Análise dos Dados
A indústria Sabor Sul Alimentos foi fundada em 1949, juntamente com o Moinho
Iguaçu, em São Miguel do Iguaçu no Paraná. Possui sessenta e nove funcionários, portanto de
acordo com o Sebrae se enquadra como pequena empresa e atua no mercado alimentício
como beneficiadora de arroz branco e parboilizado.
A seguir apresentaremos os dois grandes temas e seu conjunto de indicadores na Sabor
Sul Alimentos.
Tema 1: Público Interno
Indicador 6: Cuidados com Saúde Oferece a seus empregados um ambiente físico agradável e
seguro, busca incentivar os cuidados com higiene e saúde
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Segurança e Condições de Trabalho
através de convênios médicos e odontológicos e farmácias.
Indicador 7: Benefícios Adicionais
Oferece cesta básica, orientação sobre prevenção de doenças
e orientação sobre as campanhas de vacinação realizadas
pela rede pública.
Indicador 8: Critérios da Contratação
A empresa divulga os critérios objetivos que vai utilizar na
seleção dos candidatos (como escolaridade, tempo de
experiência e conhecimentos exigidos) e afirmou que
procura dar prioridade ao aproveitamento de seus próprios
empregados através do planos de cargos e salários.
Indicador
9:
Valorização
da Os critérios utilizados na seleção de pessoal são isentos de
práticas discriminatórias em relação a gênero, raça,
Diversidade e Promoção da Equidade
orientação sexual, idade e crenças religiosas ou políticas,
bem como a pessoas com deficiência.
Indicador 10: Inclusão de Pessoas com As dependências da empresa não contam com recursos para
permitir o deslocamento e a convivência de pessoas com
Deficiência
deficiência motora, auditiva ou visual.
Indicador 11:
Sindicatos
Relações
com
os A empresa entende que é direito do funcionário participar de
sindicatos e associações de classe e permite que
representantes sindicais compareçam à empresa para discutir
questões referentes aos interesses dos empregados. No
manual do funcionário disponibilizado aos funcionários
consta informações básicas sobre direitos e deveres da
categoria.
Indicador 12: Compromisso com o A empresa oferece vários programas educacionais:
Desenvolvimento Profissional e a Projeto Volta as Aulas (é um crédito educativo próprio),
Empregabilidade
Capacitação Profissional (palestras), Projeto Saber (minicursos) e biblioteca interna.
Indicador 13: Acesso à Informação
A empresa facilita o acesso à informação como forma de
desenvolvimento pessoal e profissional de seus empregados
com alguns dos projetos supracitados (como o caso da
Biblioteca Interna). A empresa ainda orienta seus
empregados quanto ao uso consciente do crédito pessoal.
Quadro 1: Tema: Público Interno (fonte: Pesquisa de Campo 2010).
Com relação ao indicador 7 - Benefícios Adicionais: A empresa não oferece Plano de
Saúde Familiar, tão somente convênios. Com relação ao indicador 10 sobre a inclusão com
pessoas com deficiência a empresa não conta com rampas, avisos de segurança em braile,
sinais luminosos e sonoros em áreas de circulação de veículos ou máquinas que facilite a
inclusão. Em relação ao indicador 12, este é o mais forte no tema Público Interno, a empresa
oferece um crédito educativo a todos os funcionários como incentivo para a continuidade dos
estudos, os alunos concluintes recebem um prêmio em dinheiro para cada nível de conclusão:
até a 4ª. série o funcionário recebe R$ 200,00; até a 8ª. série recebe R$ 200,00; na conclusão
do ensino médio recebe R$ 400,00; e na conclusão do ensino superior e/ou pós-graduação R$
800,00.
O Gráfico 1 (abaixo) expõe as porcentagens de colaboradores em cada nível de
escolaridade. Existem 21 funcionários com o 1º grau incompleto - 30%, 16 com o 1º grau
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
completo - 23%, 4 com o ensino médio incompleto - 6%, 11 com o ensino médio completo 16%, 11 com o superior incompleto - 16% e 6 colaboradores com o superior completo - 9%.
A empresa não possui mais empregados analfabetos.
Gráfico 1: Nível de Escolaridade dos Colaboradores Fonte: Pesquisa de Campo 2010.
Tema 2: Fornecedores
Indicador 17: Critérios de
Avaliação de Fornecedores
Seleção
Indicador 18: Empregados e Fornecedores
e Para contratar um fornecedor a empresa exige apenas
uma boa proposta comercial com qualidade, preço e
prazo.
A empresa não verifica as condições proporcionadas
por seus fornecedores aos próprios empregados.
Indicador 19: Responsabilidade Social dos A empresa não orienta os fornecedores a seguir os
princípios de responsabilidade social, não desenvolve
Fornecedores
ações de responsabilidade social em parceria.
Indicador 20: Apoio ao Desenvolvimento de A empresa não busca fornecedores em cooperativas de
pequenos produtores, associações de bairro e projetos
Fornecedores
de geração de renda e não estimula a formalização e a
capacitação de pequenos fornecedores.
Quadro 2: Tema: Fornecedores (fonte: Pesquisa de Campo 2010).
Em relação ao tema Fornecedores a empresa pesquisada não adota práticas de
responsabilidade social, pois não avalia se o fornecedor mantém práticas de responsabilidade
social , se adota um sistema de gestão ambiental ou se possui certificações ambientais (como
a ISO 1400113, o selo FSC e outros).
5. Conclusão
A Responsabilidade Social Corporativa é uma temática muito debatida em ampla
magnitude no mundo dos negócios. Todos sabem da importância que se dá, atualmente, ao
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
comprometimento das organizações com o ambiente em que estão inseridas e quanto às
empresas são cobradas tanto pela sociedade quanto pelo governo e até mesmo por seus
colaboradores a realizar atos ambiental e socialmente corretos.
Após o estudo da organização em questão, a equipe identificou a dificuldade de
implantação da Responsabilidade Social Corporativa em uma empresa. O conceito de
maximizar o lucro e ampliar a produção de qualquer forma está definitivamente sepultado
pelas organizações do século XXI. A Responsabilidade Social, mais do que cultura da
empresa, é parte integrante do planejamento estratégico e questão de sobrevivência para as
mesmas.
Considera-se que o objetivo principal dessa pesquisa foi alcançado, pois se pretendeu
fazer um diagnóstico para identificar as práticas de responsabilidade social empresarial
adotada pela Sabor Sul Alimentos. Nesse sentido pode-se concluir que a empresa se encontra
em diferentes estágios em cada um dos sete grandes temas proposto no Diagnóstico de RSE
para Micro e Pequenas Empresas.
Observou-se como pontos fortes das práticas de responsabilidade social empresarial
adotadas uma ênfase bastante grande no tema Público Interno (tema 1), principalmente nos
indicadores educacionais, com incentivos para a qualificação profissional, disponibilização de
uma biblioteca no próprio ambiente de trabalho e como resultado positivo não possuir em
seus quadros funcionários analfabetos, mas tem como falha a não preparação para a inserção
de pessoas com deficiência.
O tema 2, Fornecedores, é um tema nevrálgico nas práticas de RSE precisando da
adoção de políticas de acompanhamento destes, o que norteia a relação da empresa com seus
fornecedores é o preço e qualidade.
Como comentário final pode-se concluir que a empresa pesquisada adota em sua
gestão práticas de responsabilidade social, ela se encontra em um estágio intermediário em
relação a essas práticas, mas já está incorporada em sua cultura organizacional a necessidade
de pensar sua atuação profissional de maneira responsável. Vários são os aspectos que
precisam ser fortalecidos, mas a conscientização da empresa para esse novo modelo de gestão
já está incorporado.
Referências:
AZEVEDO, Josiele H. Responsabilidade social empresarial e educação: estudo de caso do
projeto
pescar.
Tese.
Florianópolis,
2008.
Disponível
em:
<http://www.tede.ufsc.br/teses/PEED0673-D.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2008.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1999.
KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Responsabilidade Social: uma alavanca para a
sustentabilidade. Artigo. Disponível em:
<http://www.gestaoambiental.com.br/articles.php?id=34>. Acesso em: 16 jun. 2010.
MACIARIELLO, Joseph A.. O Diário de Drucker. 2° Edição Portugal: Conjuntura Actual,
2006.
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
MELLO, Cássio Quintao Vaz De. Responsabilidade Social Empresarial: ma Análise do
Discurso do micro e pequeno empresário do distrito federal. 2004. 38 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Administração, Universidade de Brasília, Brasilia, 2004.
MONTANA, Patrick J.; CHARNOV, Bruce H.. Administração. 2° Edição Nova Iorque:
Saraiva, 2003.
SCHENINI, Pedro Carlos. Gestão Empresarial Sócio Ambiental. Florianópolis:
Arth&mídia, 2005.
SCHERMERHORN JUNIOR, John R.. Administração. 5° Edição New England: Ltc Livros Técnicos e Científicos Editora S.a., 1999.
TRIVIÑOS, Augusto, Nivaldo Silva. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa
qualitativa em educação. SP: Atlas, 2007.
WOOD JUNIOR, Thomaz et al. Gestão Empresarial: O Fator Humano. São Paulo: Atlas,
2002.
VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Download

Responsabilidade Social Corporativa: Um estudo de Caso na Sabor