Quando todos
participam
tudo se realiza
Impresso
Especial
9912246476/2009-DR/MG
Cocatrel
CORREIOS
Órgão de divulgação da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas Ltda.
ANO
XXVII
N.º
298
Dezembro/2010
TRÊS
P O N TA S - M G
Previsão do Tempo
“Bom, se o ajudarmos a ser bom.
Céu claro se nossos pensamentos forem claros.
A luz começa na boa vontade da alma – e dos olhos.
Somos responsáveis pelo bom tempo:
compreensão, simpatia, impulso de ajudar,
tornam belas as manhãs e embalam as noites
em casa e no mundo”.
Carlos Drummond de Andrade
Gente da Terra
Cafés especiais
Confira a relação completa dos vencedores na página 6.
Este ano a Cocatrel surgiu com uma novidade que agradou muito
alguns de seus associados. Em parceria com a Nucoffee, quatro de seus
cooperados, Amaury Miranda Ferreira, Francisco de Paula Vitor Silva,
Marco Valério Araújo Brito e Suely Calili Miranda tiveram alguns lotes de
seus cafés muito bem avaliados pelos provadores Pierre Ferreira Brito, da
Cocatrel, e Jack Robson da Silva, da Nucoffee. Além de adquirir estes
lotes, a Nucooffe irá expô-los na maior feira de cafés especiais do mundo.
Página 12
2
INFORMATIVO COCATREL
DEZEMBRO/2010
Aceitação dos Cafés do Brasil em Nova Iorque
é um feito histórico
Opinião
O dia 9 de dezembro pode ser
considerado histórico para a cafeicultura brasileira, pois foi quando o Conselho de Administração da Bolsa de Nova
Iorque (ICE Futures US) anunciou que
passará a receber os Cafés do Brasil,
preparados por via úmida, em seu Contrato "C", a partir do vencimento de
março de 2013, com um diferencial de
US$ 0,09 abaixo do contrato com maior
liquidez.
A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês) vem, publicamente, comemorar
esta vitória brasileira na principal plataforma de negócios com café do mundo
e parabenizar todos os envolvidos no
processo, desde os representantes do
Governo Federal, como os staffs do
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) e do Itamaraty,
até os profissionais do setor privado,
como Conselho Nacional do Café
(CNC), Comissão Nacional do Café da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasi-
leira da Indústria de Café (Abic), Associação Brasileira da Indústria de Café
Solúvel (Abics) e, em especial, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil
(CeCafé), que desde 2005 encabeça as
negociações com a bolsa nova-iorquina.
Saliente-se que esta aprovação é,
acima de tudo, a VITÓRIA DA QUALIDADE DOS CAFÉS DO BRASIL,
a qual, ano a ano, vem sendo ainda mais
reconhecida no globo, fato que nos orgulha, pois este é um nicho que a BSCA,
mais do que representar, defende nas
esferas interna e externa, divulgando
que nossos cafés são, de fato, os melhores do mundo.
Temos que fazer, também, menção honrosa aos trabalhos desempenhados pela primeira delegação brasileira
nas tratativas com a ICE futures US, a
qual, ainda em 2005, fez a entrega formal do pleito brasileiro, através de Jorge Esteve Jorge, apresentou estudo consistente sobre nossa cafeicultura, por
meio de Carlos Brando, e defendeu a
qualidade do produto nacional, com
apresentações de Sílvio Leite, associado e consultor técnico de qualidade da
BSCA.
Por fim, a BSCA deixa a mensagem que, agora, é o momento de nos
prepararmos para essa nova fase da
cafeicultura brasileira, com o Brasil devendo atentar e expor a realidade de
seus custos de produção e, principalmente, da qualidade do nosso café, o
que permitirá uma correção desse diferencial de nove centavos de dólar por
libra peso abaixo do contrato mais líquido, principalmente sabendo que a
bolsa faz revisões periódicas dos diferenciais das origens que já entregam
contra o Contrato "C".
Túlio Henrique Rennó Junqueira
Presidente da Associação Brasileira
de Cafés Especiais (BSCA
Aumento de limite de crédito para financiamento
de fertilizantes e outros insumos na Cocatrel
A partir de 3 de janeiro de 2011, o limite de crédito para aquisição de fertilizantes
e outros insumos passou de R$ 35,00 para R$ 45,00, por saco, referente à
média das duas últimas safras, do café entregue pelo cooperado, em seu nome,
na Cooperativa. O limite mínimo passou para R$ 1.300,00 e o máximo para R$
350.000,00. Houve, portanto, um incremento de R$ 10,00 por saca depositada.
Imóveis destinados à venda
O "Informativo Cocatrel" é uma publicação mensal da Assessoria de
Comunicação Social da Cocatrel dirigida a seus associados.
Conselho de Administração:
Adelino Junqueira Nogueira, Antônio Miranda Pereira, Aureliano Chaves Corrêa de Figueiredo,
Francisco Miranda de Figueiredo Filho, Lucas Pimenta da Veiga, Luiz Antônio Vinhas Oliveira,
Miguel Archanjo Figueiredo, Nivaldo Mello Tavares, Paulo Luis Rabello.
Conselho Fiscal:
Eduardo Barbosa de Mello, Aloísio Henrique Reis, Eduardo Reis Chaves, Flávio Oliveira Reis, Soeliton José Reis, Francisco de Paula Vitor Miranda.
Administração: Rua Bento de Brito, 110 - Fone/Fax: (35) 3266-2277
CEP: 37190-000 - Três Pontas - MG
Edição: Árvore Assessoria de Comunicação Ltda. - Fone: (35) 3265-4416
Editor e Jornalista Responsável: Marden da Veiga e Sousa MTb: 2830/MG
Reporter: Ana Luisa Leite
Fotos: Marden, Ana Luisa, Arquivo Cocatrel
Revisão: Nivaldo Tavares.
Diagramação/Impressão: Correio Trespontano / Telefax: (35) 3265-7922
Tiragem: 5000 exemplares
Representantes: Agromídia: (11) 5092-3305 - Guerreiro Agro Marketing: (44) 3026-4457
Telefones Úteis:
Administração: (035) 3266-2277 - Fax: 3266-2223 - Setor de Apoio e de Campo (Assistência
Técnica): 3265-5175 - Setor de Fabricação (Laticínios): 3266-5094 - Laboratório de Análise de
Solo: 3266-2323 - Setor de Fertilizantes: 3266-2285 - Departamento de Café (Armazém):
3265-6684 - Loja Três Pontas: 3266-2272 - Filial Carmo da Cachoeira: 3225-1369 - Filial
Coqueiral: 3855-1119 - Filial Nepomuceno: 3861-3590 - Armazém Nepomuceno: 38613438 - Filial Santana da Vargem: 3858-1299 - Filial São Paulo: (11) 3326-9868 - Filial
Santos: (13) 3219-1272 / (13) 219-2736.
Quadro Social (em 31/12/2010)
4.190 associados ativos
Quadro de Pessoal (em 31/12/2010)
365 funcionários
A Cocatrel está destinando à venda imóveis de uso descontinuado,
abaixo relacionados. Os interessados devem se dirigir à administração da
cooperativa, na Rua Bento de Brito 110, em Três Pontas.
- Terreno em Coqueiral, com 14.849m², Rua Francisco Antônio Vilela.
Matrícula 2456 BE.
- Terreno em Santana da Vargem, com 300m², Av. Nelson Pereira Vilela.
Matrícula 21115 TP.
- Gleba de terras com 16.21,40 hectares, Sítio Padre Victor, município de
Nepomuceno. Matrícula 9-7428 NEP.
- Área com 30.000m², no distrito industrial de Varginha. Matrícula 44343 VG.
- Prédio na Travessa D’Aparecida 143, em Três Pontas. Matrícula 1996-8 TP.
- Dois terrenos com 560m² cada, em Boa Esperança. Matrícula 6099 BE.
- Terreno com 1.152,78m² na Av. Juvenal Corrêa de Figueiredo, em Três
Pontas. Matrícula 8464 TP.
- Lojas nº 6 e 7 no Shopping Travessia, em Três Pontas. Matrícula 70496 TP.
Venha conhecer as vantagens de se
associar a uma cooperativa de crédito
Home Page: www.cocatrel.com.br
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Cooperativa de Crédito da Região de Três Pontas Ltda.
Trës Pontas: Rua Américo Miari, 36 - Centro - Telefax: (35) 3265-1225
Nepomuceno: Rua Carolino Soares, 52 - Centro - Fone: (35) 3861-2360
Coqueiral: Rua Humberto de Campos, 83 - Centro - Fone: (35) 3855-1435
Santana da Vargem: Rua Padre João Maciel Neiva, 31 - Centro - Fone: (35) 3858-1696
DEZEMBRO/2010
Novo site da Cocatrel já está no ar
A Cocatrel inicia o ano de 2011 com boas notícias. Uma delas é o seu novo site, que
está no ar desde o final do mês de dezembro. Além do layout, o site traz algumas outras
novidades para facilitar o relacionamento com o cooperado. Uma delas é o “Fale Conosco”,
onde a pessoa que desejar poderá enviar perguntas, dicas, reclamações e sugestões para todos os
departamentos da cooperativa, incluindo sugestões de pauta para o Informativo Cocatrel. Aliás,
para aqueles que desejarem, o Informativo passará a ser publicado integralmente no site.
Outra novidade é a área destinada ao Departamento de Assistência Técnica, que trará
avisos sanitários, custos de produção e orientações ao produtor. A temperatura e o índice de
chuvas de Três Pontas poderão ser acompanhados diariamente. Todos os conteúdos dos projetos
da Cocatrel produzidos para o Programa 4C também estarão disponíveis.
No site www.cocatrel.com.br os interessados poderão obter todas as informações
sobre a história, produtos e serviços oferecidos pela cooperativa, além da cotação do café,
previsão do tempo e acesso aos principais sites de notícias sobre cafeicultura e agropecuária.
automotriz
A Electron Auto é a única do mercado que pode operar com
inclinação de até 30 por cento, mantendo seu nivelamento. A
regulagem do eixo permite colheita de café novo e velho sem efetuar
a troca das varetas, alterando apenas uma única regulagem.
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INFORMATIVO COCATREL
Dia de Cooperar
A Cocatrel recebeu da Ocemg o troféu e a publicação especial
referentes às ações de voluntariado desenvolvidas no Dia de Cooperar, evento
ocorrido simultaneamente em todo o estado, no dia 28 de agosto de 2010.
Nesta última edição do Dia C, a Cocatrel mobilizou a comunidade e
seus funcionários para iniciar a construção de um praça, com apoio da
prefeitura municipal, num terreno baldio do bairro Jardim Boa Vista, em Três
Pontas, levando maior segurança e criando um espaço de entretenimento e
lazer para os moradores daquela região.
mini colhedora
tracionada
Traz as seguintes melhorias que facilitam o trabalho e o baixo custo de
reposição: cabeçalho mais curto e bomba giratória para melhorar
manobras; pneus encaixados no chassis para ficar mais estreita e permitir
transporte em prancha; descarga lateral versátil; eixo das varetas com
regulagem de abertura; sistema de correntes padronizados; menos peso
diminuindo compactação e facilitando manobras
Agora a TDI tem o produto que você precisa. A única colhedora para
café de 1ª colheita que colhe toda árvore e ainda pode colher cafés
adensados e semi-adensados.
CENTRO ADMINISTRATIVO: Rua Calimério Borges, 205 - B. Beatriz - PABX: (34) 3242.3717 • www.tdimaquinas.com.br
FILIAL: Av. João Batista Reis, 150 - TEL.: (35) 3265.2176 • www.tdimaquinas.com.br
e-mail: [email protected] - Araguari/MG
e-mail: [email protected]
Três Pontas/MG
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INFORMATIVO COCATREL
DEZEMBRO/2010
Assembléia de Minas debate políticas de fortalecimento para ativ
Audiência pública realizada no dia
13 de dezembro, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, sob liderança do presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial, deputado Antônio Carlos Arantes, debateu políticas para
a sustentabilidade da cafeicultura no Estado. Com a presença de deputados, lideranças e cafeicultores, o futuro da cafeicultura esteve em pauta, sobretudo, na
busca por soluções que viabilizem uma
política estadual comprometida com o setor. Dentre os temas mais debatidos, o
endividamento dos produtores, a falta de
uma política de renda, a necessidade de
um tratamento diferenciado para a cafeicultura de montanha e os desafios de
convivência com o passivo ambiental.
Estes quatro temas, em especial,
resultaram em requerimentos assinados
pelos deputados presentes, que serão enviados ao governador do Estado e ao Congresso Nacional. Em depoimento, o deputado Antônio Arantes ressaltou a im-
portância do setor agropecuário para o
desenvolvimento do Estado, reforçando
o custo indesejado do êxodo rural na ausência de políticas de sustentação do homem no campo. Conhecedor dos problemas do setor produtivo, o deputado lembrou que sem uma política efetiva de renda, as tradicionais regiões produtoras serão alvo de aquisições de empresas multinacionais. "O investimento no setor
agropecuário é uma questão de decisão
política, de estratégia para o desenvolvimento do Estado", pondera.
Na oportunidade, Edinaldo José
Abrahão, gerente do Polo de Excelência
do Café, apresentou o desafio de articular os setores e aproximar governo, centros de pesquisa e ensino, setor produtivo e empresas, para que da sinergia de
objetivos comuns sejam formulados programas estruturantes baseado na retenção de conhecimento e solução de gargalos que atrapalham a competitividade da
cafeicultura mineira. Também estava pre-
Brasil oficializa Plano de
Mudanças Climáticas
A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) foi instituída no dia
10 de dezembro. O decreto assinado pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabelece metas até 2020 para a redução
de três bilhões de toneladas equivalentes
de dióxido de carbono (CO2). Para a
agropecuária, o governo firmou o compromisso voluntário de diminuir, nos próximos dez anos, as emissões de CO2 em
730 milhões de toneladas equivalentes.
A consolidação de uma economia
de baixo carbono na agropecuária prevista no plano será alcançada com a ampliação do uso de tecnologias sustentáveis no campo. Para alcançar a meta, o
Ministério da Agricultura criou o Programa Agricultura de Baixo Carbono
(ABC), que aplicará R$ 2 bilhões até o
final da safra 2010/2011 para incentivar
o produtor rural a adotar essas técnicas.
O Plano Nacional sobre Mudança do Clima e o programa ABC estabelecem, para a próxima década, a recuperação de 15 milhões de hectares de
pastagens degradadas e o plantio de florestas em mais de três milhões de hectares. Também está prevista a expansão
da prática do plantio direto em oito milhões de hectares no campo. A técnica
dispensa o revolvimento do solo com grades e arados e semeadura direta na palha da cultura da safra anterior. Esse pro-
cedimento preserva os nutrientes do solo,
aumentando a produtividade da lavoura.
A ampliação em quatro milhões de
hectares do sistema Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) também
está entre ações do plano. Com o ILPF,
o produtor recupera a pastagem e une o
plantio de floresta com agricultura e pecuária na mesma propriedade, garantindo mais renda e preservação do meio
ambiente. Os recursos do ABC serão investidos ainda na expansão da fixação
biológica do nitrogênio em 5,5 milhões de
hectares. A prática envolve o uso de bactérias para fixar o nitrogênio no solo, permitindo a redução e até a substituição
total do uso de fertilizantes nitrogenados.
O nitrogênio é um dos nutrientes mais
importantes para o desenvolvimento da
lavoura.
Além da agropecuária, o Plano
Nacional sobre Mudança do Clima institui ações nas áreas de meio ambiente,
energia e indústria (siderurgia). As metas de redução das emissões de gases
de efeito estufa fixadas pelo decreto fazem parte do compromisso do governo
brasileiro firmado em 2009, durante a
Conferência da Organização das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas
(COP 15), em Copenhagen (Dinamarca).
Fonte: Mapa
sente o coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café
(INCT/Café), Mário Lúcio Vilela Resende.
Dentre os projetos em andamento, que receberam o apoio articulador do
POLO, Abrahão destacou o Bureau de Inteligência, o incentivo ao consumo de café
genuinamente mineiro certificado, o incentivo à formação de blends para conquista de novos mercados, a construção
do Geoportal do Café que dentre outras
funções deverá fazer o levantamento do
parque cafeeiro, a criação de um guia de
qualidade do café mineiro, a formulação
de metodologia científica de levantamento de safra e a construção da Agência de
Referência do Café, que será construída
na Universidade Federal de Lavras
(UFLA).
De forma geral, a audiência pública serviu como uma plenária para que os
representantes do setor, que enfrentam
os problemas da atividade no dia-a-dia,
pudessem levar suas demandas e manifestações aos legisladores e formuladores de políticas públicas. Em cada relato,
a revelação de fragilidades da cadeia café
a serem sanadas, sobretudo, no que tange à renda. Produtores de diferentes regiões relataram que as novas gerações não
querem mais investir no café.
Assessor do Conselho Nacional do
Café (CNC), Francisco Ourique destacou que Minas vive a oportunidade primorosa de reconhecer o papel estratégico do café para o Estado. Destaca que
no atual modelo de comercialização do
produto, o café mineiro fica descaracterizado na percepção dos consumidores
internacionais. Para Ourique, é necessária uma coordenação clara da rede institucional que envolve o café, para que cada
elo não perca o seu foco. E recomenda:
"Usem os meios de comunicação para
fazer chegar a Brasília as manifestações
feitas pelos cafeicultores de Minas", reforça.
Café: produção mineira cresce 26,5% e
iguala recorde de 2002
Alta cotação do produto no mercado internacional
beneficia cafeicultores
A produção mineira de café colhida
em 2010 foi de 25,1 milhões de sacas, segundo levantamento de safra divulgado no
dia 14 de dezembro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O aumento
é de 26,7% na comparação com o ano passado. A produção deste ano, em Minas Gerais, iguala-se ao recorde histórico registrado no Estado em 2002.
A safra mineira de café equivale a
52,3% da brasileira, estimada em 48,1 milhões
de sacas. Depois de Minas Gerais, os Estados que mais produzem café no país são
Espírito Santo, São Paulo, Rondônia e Bahia.
O levantamento da Conab também
mostra que Minas Gerais possui um milhão
de hectares de café em produção. As principais regiões produtoras são o Sul de Minas
(50,2%) Cerrado (22,5%) e Zona da Mata
(27,4%).
De acordo com o superintendente de
Política e Economia Agrícola da Secretaria
de Estado de Agricultura de Minas Gerais,
João Ricardo Albanez, o incremento da produção neste ano deve ser atribuído principalmente à bienalidade positiva da cultura que alterna um ano de alta e outro de baixa
produção -, e das condições climáticas favoráveis no Cerrado, região com elevado
nível tecnológico.
"A região que apresentou maior crescimento em Minas Gerais foi o Cerrado, que
registrou um aumento relativo superior às
outras regiões do Estado. O crescimento da
produção nas lavouras do Cerrado mineiro
foi de 47,3%", explica Albanez. O Sul de
Minas apresentou um crescimento de
29,8%, enquanto a Zona da Mata teve um
aumento de 9,6% na produção.
Produto de exportação
Outro fator positivo na cafeicultura,
este ano, foi a melhoria de preços no mercado internacional. "O aumento da cotação
internacional do café entre janeiro e novembro de 2010, na comparação com o mesmo
período de 2009, foi de 24,12%, com o preço
médio de US$ 2,9 mil a tonelada", informa a
assessora técnica da Secretaria da Agricultura, Márcia Aparecida de Paiva Silva.
O café lidera as vendas internacionais do agronegócio mineiro e mantém a
condição de segundo produto da pauta de
exportação do Estado, depois do minério de
ferro. Segundo Márcia Aparecida, no acumulado de janeiro a novembro de 2010, a
receita da exportação de café alcançou US$
3,6 bilhões, cifra 38% superior à do mesmo
período do ano passado. Ela destaca a participação do produto nas vendas totais do
agronegócio mineiro. "O Estado registrou,
nos onze meses, negócios internacionais da
ordem US$ 6,8 bilhões, sendo 53% desta
cifra gerados pelas exportações de café."
Fonte: SEAPA-MG
DEZEMBRO/2010
Artigo Técnico
INFORMATIVO COCATREL
Pragas do Cafeeiro - Broca
A broca do café é um pequeno besouro bem conhecido dos cafeicultores. A
fêmea desse besouro ataca frutos do cafeeiro fazendo uma perfuração na região da "coroa". Aprofunda essa perfuração até atingir
as sementes e deposita seus ovos. Dos ovos
nascem as larvas, que vão se alimentar das
sementes do café. São atacados tanto os frutos verdes como os maduros e secos.
De um ano para o outro, se o inverno for
chuvoso, a broca fica abrigada dentro dos
frutos não colhidos na planta ou no solo.
Quando os frutos da nova safra estão na fase
de chumbinho, começa o trânsito da broca
dos frutos velhos para os novos. Nessa época, devem ser feitas amostragens periódicas
nos frutos para verificar o nível da infestação.
Prejuízos
- Perda de peso das sementes, devido à destruição pelas larvas.
- Perda de qualidade, pela depreciação do
tipo e da bebida do café na classificação, pelo
aumento do número de defeitos.
5
- Colha 100 frutos de cada cova de café escolhida, sendo 25 em cada face. Os frutos
devem ser colhidos no terço médio e no terço inferior, ao redor de toda a planta.
- Nos frutos colhidos em cada talhão, faça a
contagem de frutos atacados.
- Somente se o número de frutos atacados
ultrapassar 3% é que se deve fazer o controle da Broca com aplicação de inseticida.
Para isso, consulte um técnico.
- Queda de frutos novos perfurados.
- Apodrecimento de sementes e frutos broqueados.
- Inviabilidade de produção de sementes de
café.
- Perda de mercado externo, que não aceita
café broqueado.
Como fazer o monitoramento:
- Monitorar a Broca por meio de amostragens dos frutos, que deverão ser feitas mensalmente a partir de novembro.
- Divida a lavoura em talhões de até 5 hectares. Em pontos bem distribuídos, escolha
50 covas de café para serem amostradas.
Como controlar:
- Faça uma colheita bem feita, evitando a
permanência de frutos nos cafeeiros ou no
chão.
- Se necessário, faça o repasse após a colheita (frutos na planta e no solo).
- Não deixar de colher as lavouras com baixa
produtividade.
- Eliminar os cafezais velhos e improdutivos
e as lavouras abandonadas, pois a broca
encontra neles abrigo e se multiplica livremente.
Eng.º Agrº. Roberto Felicori Rodrigues
Gerente do Depto Técnico
Meio Ambiente
Adubação Verde e qualidade do solo no Cerrado
A adubação verde corresponde ao
uso de espécies vegetais (adubos verdes/
plantas de cobertura) em sucessão, rotação
ou em consórcio com as culturas, com objetivo de se buscar a proteção da superfície, bem
como a manutenção e a melhoria da qualidade
físico-hídrica, química e biológica do solo, em
todo seu perfil. Nesse contexto, partes das
plantas utilizadas podem ser aplicadas a outros fins, como na produção de sementes, em
fibras e na alimentação animal. Os adubos verdes/plantas de cobertura contribuem para o
aumento de diversidade de espécies e de resíduos vegetais em sistemas agrícolas do Cerrado. Assim, busca-se minimizar os impactos
da conversão da vegetação natural ao processo de produção, que historicamente tem
se baseado em monocultivos.
O uso de adubos verdes/plantas de
cobertura resulta em efeitos positivos às propriedades físicas, químicas e biológicas do
solo, consequentemente, contribui para o
manejo sustentável dos agroecossistemas. O
incremento de nitrogênio no solo - seja por
meio da fixação biológica, mediante incorporação de biomassa, principalmente de leguminosas -, proporciona economia significativa
de fertilizantes nitrogenados. Essa prática também contribui para o controle de insetos-pragas, doenças, nematoides e plantas invasoras, reduzindo as aplicações de inseticidas,
fungicidas e herbicidas.
A incorporação de adubos verdes ao
solo promove a ciclagem mais rápida de nutrientes, favorecendo seu uso pela cultura em
sequência, sobretudo, daqueles nutrientes
com potencial de lixiviação como o nitrogênio
ou dos que podem ser retidos com relativa
facilidade, como o fósforo. No sistema plantio
direto, os benefícios para a qualidade física,
química e biológica do solo podem manifestar-se num período mais longo, principalmente no Cerrado, devido à decomposição acele-
rada dos resíduos vegetais, dificultando o estabelecimento de uma eficiente cobertura da
superfície. O não-revolvimento do solo favorece, ainda, o acúmulo de fósforo nas frações
de maior disponibilidade e o incremento no
estoque de carbono no perfil de solo.
O controle de erosão, hídrica ou eólica, é outra vantagem do uso de adubos verdes/plantas de cobertura, que minimizam perdas de solo e, consequentemente, de água,
nutrientes e matéria orgânica. A redução/eliminação de aplicação de pesticidas e fertilizantes tem impactos ambientais e econômicos altamente positivos, diminuindo os riscos de poluição do solo e dos mananciais
hídricos.
O uso de adubos verdes/plantas de
cobertura também representa uma das opções da diversidade de espécies com reflexos na qualidade do solo, principalmente,
pela potencialidade em relação à fixação biológica de nitrogênio; à associação com fungos micorrízicos; à ciclagem de nutrientes; e
à tolerância ao estresse hídrico. A identificação de espécies tolerante ao estresse hídrico, como mucuna, guandu e feijão-bravo-doceará, é fundamental para se recomendar cultivos na entressafra no Cerrado, quando o
solo descoberto fica exposto aos agentes de
degradação (radiação solar e erosão).
Apesar dos vários efeitos positivos
já relacionados, os adubos verdes/plantas
de cobertura são pouco cultivados na grande área de produção de grãos do Cerrado.
As principais limitações ao uso dessas plantas nos sistemas agrícolas são: (1) pouco
conhecimento de suas características e compatibilidade com o sistema de produção; (2)
baixa divulgação da tecnologia; (3) informações limitadas provenientes de estudos agronômicos, incluindo os de melhoramento genético, havendo poucas cultivares lançadas;
(4) custo de implantação elevado, sem retor-
no imediato, desestimulando o produtor; (5)
germinação irregular de sementes de algumas espécies com elevado potencial para
adubação verde; (6) inadequação ou inexistência de equipamentos para semeadura e beneficiamento de sementes; (7) ciclo de difícil
compatibilidade com o das culturas; (8) dificuldades na colheita; (9) falta de disponibilidade rotineira de sementes ou sementes sem
qualidade; (10) preço elevado de sementes.
Para viabilizar o uso de adubos verdes em sistemas agrícolas no Cerrado há necessidade de se associarem os parâmetros
agronômicos com as condições edafoclimáticas, que se caracterizam por longos períodos de estresse hídrico e baixa fertilidade
natural do solo. É também necessário compatibilizar diferentes espécies vegetais aos
sistemas de cultivos como rotação, sucessão ou consórcios.
As principais características agronômicas a serem consideradas na escolha de
espécies vegetais para adubação verde são
as seguintes: rendimento de biomassa; produção de sementes; ciclo compatível com a
cultura comercial; sementes de fácil obtenção e colheita; baixa susceptibilidade a doenças e insetos-pragas; enraizamento profundo; tolerância ao alumínio; eficiência na
associação com fungos micorrízicos; extração e ciclagem de nutrientes; fixação de nitrogênio atmosférico; resistência ao estresse hídrico; controle de invasoras e de nematoides; aumento na produtividade das culturas subsequentes.
Alguns cuidados básicos devem ser
tomados ao selecionar espécies vegetais para
uso na adubação verde. Um dos aspectos
mais importantes é que determinadas espécies vegetais podem tornar-se hospedeiras de
pragas-chave de culturas, como milho, soja,
cana-de-açúcar e outras. Portanto, o controle se faz necessário antes de instalar a cultu-
ra comercial. Por sua vez, deve-se evitar o
uso de espécies vegetais com suscetibilidade às mesmas pragas e doenças em sistemas
de rotação, sucessão e consórcio.
É necessário cuidado especial com o
manejo de determinadas plantas de cobertura, como mucuna e feijão-bravo-do-ceará,
para que não se tornem plantas invasoras. O
corte deverá ser efetuado no início da floração, que ocorre a partir de 90 dias, e o ciclo se
completa a partir de 150 dias. Por causa da
desuniformidade na germinação e, consequentemente, na floração, deve-se evitar a
formação de sementes e, principalmente, a
sua maturação, pois essas sementes podem
permanecer no solo e rebrotar. Para minimizar
o problema da desuniformidade da germinação, devem escarificar as sementes imergindo-as em água em ebulição por 30 segundos.
O manejo da biomassa pode ser efetuado com o rolo-faca, roçadeira, triton, grade leve fechada ou por meio de herbicidas.
Feito o corte, o material deve ser deixado na
superfície, permanecendo como cobertura
para o plantio direto. Recomenda-se priorizar
a manutenção dos resíduos vegetais em cobertura, já que sua incorporação favorece a
decomposição e promove a ciclagem mais
rápida de nutrientes, prejudicando absorção
pela cultura em sequência, sobretudo, daqueles com potencial de lixiviação como nitrogênio e potássio. Além disso, a incorporação
favorece processos de erosão e incidência
direta de radiação solar na superfície do solo.
Portanto, o uso de espécies vegetais
que favorece o incremento da matéria orgânica do solo, a ciclagem mais eficiente de
nutrientes e a cobertura do solo, contribuirá
para sustentabilidade dos agroecossistemas
praticados no Bioma Cerrado.
Arminda Moreira de Carvalho
Pesquisadora da Embrapa Cerrados
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DEZEMBRO/2010
INFORMATIVO COCATREL
Premiação da campanha “Cooperado fiel ganha prêmio na Cocatrel”
No domingo, dia 19 de dezembro,
foi realizado no armazém 5 da Cocatrel, em
Três Pontas, o sorteio dos prêmios da
campanha “Cooperado fiel ganha prêmio na
Cocatrel”. Cada dez sacas de café
depositadas nesta safra nos armazéns da
Cocatrel davam direito a um ticket para
concorrer aos prêmios. No total foram
sorteados 30 prêmios, na presença de mais de
400 cooperados e familiares, que compareceram ao local.
Foram premiados os seguintes cooperados:
1 Trator
Eduardo Augusto Mesquita Carvalho
(Matrícula 5077)
2 Carretas basculantes
Frank Alvarenga Bastos (5878)
Valmer Mendonça Junqueira (4172)
5 Prêmios de R$ 4.000,00 em mercadorias
nas lojas da Cocatrel
Ronaldo Botega (5564)
José Naime Filho (2415)
Manoel Rabelo Piedade (1439)
Miguel Carlos de Castro (1098)
Francisco José Botrel (2069)
3 Sopradores de Café
Sérgio Henrique Corrêa Nogueira (1288)
Rubens Murilo Ribeiro de Oliveira (4579)
Luiz Marcelus Rezende Loures (1800)
2 Determinadores de Umidade
Márcio Pieve (727)
Helvécio Chagas Reis (2615)
6 Roçadeiras/derriçadeiras de café
Francisco de Paula Vitor Miranda (3348)
José Lúcio de Carvalho (1100)
José Ferreira Cambraia (1681)
João Mendonça Mesquita (2090)
Mário Tempesta (3920)
Nevelson Figueiredo (2542)
1 Lâmina Rodadeira de Café
José Carvalho Miranda (98)
5 Prêmios de 1 tonelada de adubo 20-05-20
Lucas Coelho (1083)
Beatriz Corrêa de Figueiredo (3241)
Rodrigo Reis Carvalho (4971)
Naisser P. Costa (5808)
Leandro Pereira Miranda (3585)
5 Prêmios de 1 galão de 20 litros de
herbicida
Fernando Ferreira Miranda (4357)
Vicente de Paula Brito (1274)
Donizetti José Maria Ferreira (3559)
Racine Figueiredo (8154)
Prêmio Melhores Cafés 2010
No dia 9 de janeiro, às 10 horas, no novo
auditório da Cocatrel localizado à rua Bento de
Brito, 110, em Três Pontas, serão entregues os
prêmios dos melhores cafés da safra de 2010.
O responsável pelo departamento de
classificação e degustação da Cocatrel, Pierre
Ferreira de Brito, foi o encarregado pelo trabalho de
seleção e classificação dos 10 melhores do ano.
Coube à equipe de provadores da Cocatrel provar
cerca de 54 mil amostras, durante toda a safra, e
escolher apenas 10. A estas amostras são dadas
notas de acordo com alguns quesitos avaliados
como aroma, uniformidade, doçura, sabor, acidez,
corpo, finalização, entre outros.
Seguem ao lado os nomes dos vencedores
nas categorias “cereja descascado” e “natural”.
Categoria:
Café Cereja Descascado
Categoria:
Café Natural
Francisco Rosa Miranda
Fazenda Pasto dos Bois
Santana da Vargem/MG
Marco Valério Araújo Brito
Fazenda Córrego do Moinho
Três Pontas/MG
Suely Calili Miranda
Ferreira
Fazenda Pasto do Bois
Santana da Vargem/MG
José de Resende
Fazenda São José do Batatal
Três Corações/MG
Francisco de Paula Vitor Silva
Fazenda Cava
Três Pontas/MG
Hélio de Brito
Fazenda Pontalete
Três Pontas/MG
Amaury Miranda Ferreira
Fazenda Formiga
Três Pontas/MG
Tricia Campos Araújo
Fazenda São Sebastião
Três Pontas/MG
,
José Fausto Becate
Fazenda Serra Rica 1
Carmo da Cachoeira/MG
Carlos Manoel de Oliveira
Lima
Fazenda Pasto Alegre
Nepomuceno/MG
DEZEMBRO/2010
INFORMATIVO COCATREL
Confraternização de final de ano
No dia 21 de dezembro aconteceu no Restaurante Charneca, a tradicional
confraternização dos funcionários da Cocatrel. Na ocasião, além do agradecimento
feito pelo presidente Francisco Miranda a todos os funcionários, foi realizado um
sorteio de muitos brindes, em meio a muita descontração e alegria.
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8
INFORMATIVO COCATREL
Para Refletir
Esta história representa para mim o
símbolo da corrente que une as pessoas através da sabedoria dos contos. Contou-ma
uma paciente que a tinha ouvido, por sua
vez, da boca de um ser maravilhoso, o padre
crioulo Mamerto Menapace. Assim como a
reproduzo agora, ofereci-a uma noite a Marce e a Paula.
Aquela cidade não era habitada por
pessoas, como todas as outras cidades do
planeta. Aquela cidade era habitada por
poços. Poços vivos… mas afinal poços.
Os poços distinguiam-se entre si não
somente pelo lugar onde estavam escavados, mas também pelo parapeito (a abertura
que os ligava ao exterior).
Havia poços ricos e ostensivos com
parapeitos de mármore e metais preciosos;
poços humildes de tijolo e madeira, e outros
mais pobres, simples buracos rasos que se
abriam na terra.
A comunicação entre os habitantes
da cidade fazia-se de parapeito em parapeito, e as notícias corriam rapidamente de ponta a ponta do povoado.
Um dia, chegou à cidade uma
"moda" que certamente tinha nascido nalgum pequeno povoado humano.
A nova ideia assinalava que qualquer ser vivo que se prezasse deveria cuidar muito mais do interior do que do exterior. O importante não era o superficial, mas o
conteúdo.
Foi assim que os poços começaram
a encher-se de coisas. Alguns enchiam-se
de jóias, moedas de ouro e pedras precio-
DEZEMBRO/2010
A Cidade dos poços
sas. Outros, mais práticos, encheram-se de
electrodomésticos e aparelhos mecânicos.
Outros ainda optaram pela arte, e foram-se enchendo de pinturas, pianos de
cauda e sofisticadas esculturas pós-modernas. Finalmente, os intelectuais encheramse de livros, de manifestos ideológicos e de
revistas especializadas.
O tempo passou. A maioria dos poços encheu-se a tal ponto que já não podia
conter mais nada. Os poços não eram todos
iguais, por isso, embora alguns se tenham
conformado, outros pensaram no que teriam de fazer para continuar a meter coisas no
seu interior…
Um deles foi o primeiro. Em vez de
apertar o conteúdo, lembrou-se de aumentar a sua capacidade alargando-se.
Não passou muito tempo até que a
ideia começasse a ser imitada. Todos os
poços utilizavam grande parte das suas
energias a alargar-se para criarem mais espaço no seu interior. Um poço, pequeno e
afastado do centro da cidade, começou a
ver os seus colegas que se alargavam desmedidamente. Ele pensou que se continuassem a alargar-se daquela maneira, dentro
em pouco confundir-se-iam os parapeitos
dos vários poços e cada um perderia a sua
identidade…
Talvez a partir dessa ideia, ocorreulhe que outra maneira de aumentar a sua
capacidade seria crescer, mas não em largura, antes em profundidade. Fazer-se mais
fundo em vez de mais largo. Depressa se
deu conta de que tudo o que tinha dentro
dele lhe impedia a tarefa de aprofundar. Se
quisesse ser mais profundo, seria necessário esvaziar-se de todo o conteúdo…
A princípio teve medo do vazio. Mas,
quando viu que não havia outra possibilidade, depressa meteu mãos à obra. Vazio de
posses, o poço começou a tornar-se profundo, enquanto os outros se apoderavam
das coisas das quais ele se tinha despojado…
Um dia, algo surpreendeu o poço que
crescia para dentro. Dentro, muito no interior e muito no fundo… encontrou água!
Nunca antes nenhum outro poço tinha encontrado água.
O poço venceu a sua surpresa e começou a brincar com a água do fundo, humedecendo as suas paredes, salpicando o
seu parapeito e, por último, atirando a água
para fora.
A cidade nunca tinha sido regada a
não ser pela chuva, que na verdade era bastante escassa. Por isso, a terra que estava à
volta do poço, revitalizada pela água, começou a despertar.
As sementes das suas entranhas brotaram em forma de erva, de trevos, de flores
e de hastezinhas delicadas que depois se
transformaram em árvores…
A vida explodiu em cores à volta do poço
afastado, ao qual começaram a chamar o
"Vergel" Todos lhe perguntavam como tinha conseguido aquele milagre.
- Não é nenhum milagre - respondeu
o Vergel. - Deve procurar-se no interior, até
ao fundo.
Muitos quiseram seguir o exemplo
do Vergel, mas aborreceram-se da ideia quando se deram conta de que para serem mais
profundos, se tinham de esvaziar. Continuaram a encher-se cada vez mais de coisas…
No outro extremo da cidade, outro
poço decidiu correr também o risco de se
esvaziar… E também começou a escavar…
E também chegou à água… E também salpicou até ao exterior criando um segundo oásis verde no povoado…
- Que vais fazer quando a água acabar? - perguntavam-lhe.
- Não sei o que se passará - respondia ele. - Mas, por agora, quanto mais água
tiro, mais água há.
Passaram-se uns meses antes da
grande descoberta.
Um dia, quase por acaso, os dois
poços deram-se conta de que a água que
tinham encontrado no fundo de si próprios
era a mesma…
Que o mesmo rio subterrâneo que
passava por um inundava a profundidade
do outro. Deram-se conta de que se abria
para eles uma vida nova. Não somente podiam comunicar um com o outro de parapeito em parapeito, superficialmente, como todos os outros, mas a busca também os tinha feito descobrir um novo e secreto ponto de contato.
Tinham descoberto a comunicação
profunda que somente conseguem aqueles
que têm a coragem de se esvaziar de conteúdos e procurar no fundo do seu ser o
que têm para dar…
Colaboração: Berenice Pieve Brito
Curiosidade
Os vários usos da borra de café
Além de ser um forte agente no combate do Aedes aegypti, a borra de café pode ser aproveitada para diversos usos.
REMOVER ODORES
O café tem a capacidade de atrair e reter odores, removendo o mau
cheiro dos ambientes. Seu cheiro não fica no ar e devemos secar a
borra ao sol por um dia, colocar em um recipiente semi aberto e
levar para o local desejado onde esta o cheiro ruim que pode ser
quartos, armários, freezer ou refrigeradores.
tecidos. Neste caso deve-se pegar um pouco de borra e deixar em
um recipiente com água bem quente descansando por 10 minutos.
Depois disso já está pronta a sua tinta.
REMOVER O ODOR DE RALOS E PIAS
Para pia ou ralo com cheiro ruim é só colocar meia xícara de borra
no ralo ou pia e 5 xícaras de água fervendo por cima. Se o odor
voltar repita a operação.
REPELENTE
Se o seu animal de estimação costuma usar o jardim ou outro local
indesejável como banheiro, prepare uma mistura de borra de café
com casca de laranja e jogue no local. Esta mistura vai mantê-lo
longe do local, principalmente os gatos.
Além disso pode repelir formigas e outras pragas que insistem em
atacar suas plantas (samambaias, etc...). O cheiro e a acidez do
café funciona como inseticida natural. Formigas em armários também são espantadas com um pouco de borra de café. Afasta pragas
de jardim como lesmas e caracóis.
ADUBO ORGÂNICO
Por ser orgânico, basta misturar com outros compostos orgânicos,
cascas de frutas, verduras, ovos e misturar na terra. É um ótimo
adubo caseiro.
FERTILIZANTE
A borra jogada ao solo não prejudica as plantas, servindo como
adubo natural. Experimente adicionar junto a semente que for plantar um pouco de borra de café (cenoura, rabanete, etc.)
TINGIMENTO
O marrom da borra de café pode ser um belo corante para seus
LIMPEZA DE LAREIRAS
As cinzas que ficam nas lareiras são difíceis de limpar. Antes de
limpar a lareira coloque borra de café sobre as cinzas, pois a borra
absorve o pó e facilita a limpeza.
LIMPEZA
A borra pode ser usada para limpar galheteiros e vidros de azeite
pois retira a oleosidade.
Para lavar e clarear pias: esfregue a borra no local desejado, espere
um pouco e repasse com água.
Serve também para clarear e amaciar as mãos. Por exemplo após
uma faxina em casa experimente esfregar as mãos com um pouco
de borra de café e enxaguar em seguida.
OBSERVA Ç Ã O (Esta é por minha conta): Seria interessante utilizar também no pé para chulé ou no sovaco para quem tem problemas.
Fonte: Revista Jornal do café (ABIC) nº 174 Novembro/
Dezembro 2010
Edmundo Modesto de Melo
Coordenador Técnico Regional de Culturas
EMATER-MG/Pouso Alegre
A Cocatrel presta homenagem e parabeniza a Coopercam
(Cooperativa dos Cafeicultores de Campos Gerais e Campo do Meio)
pelos seus 30 anos comemorados no dia 8 de dezembro de 2010.
DEZEMBRO/2010
INFORMATIVO COCATREL
9
Dengue: vamos evitar nova epidemia em nosso município
A dengue é um sério problema de saúde pública. Segundo a Organização Mundial de
Saúde, atinge mais de 100 países em todos os continentes,
com exceção da Europa e,
aproximadamente 500 milhões
de pessoas se infectam todos
os anos, ocorrendo cerca de
500.000 casos de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) e
cerca de 21.000 óbitos. No Brasil, e também em outros países
tropicais, as condições do meio
ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do
Aedes aegypti, principal mosquito transmissor da doença.
Os indivíduos, os sistemas de
saúde e a sociedade como um
todo sofrem as consequências
do aparecimento da dengue,
que se intensificam no período
de janeiro a maio de cada ano
(quando chegam o calor e as
chuvas). Cada pessoa acometida pela dengue, mesmo quando esta se apresenta com menor gravidade, que são os casos mais comuns, é forçada a
ficar de repouso por vários dias.
Estudo inédito da Secretaria
Estadual de Saúde/MG, divulgado no Estado de Minas (29/
11), demonstra que a doença
deu prejuízo de 135 milhões de
reais ao nosso estado, de Janeiro/2009 a Agosto/2010.
Lembrar que esses recursos
poderiam ser gastos em outras
melhorias à população e ainda
privá-la do desconforto da doença, se cada um fizesse sua
parte na prevenção.
Dengue é uma doença
febril aguda, causada por quatro tipos de vírus (DEN 1, DEN
2, DEN 3, DEN 4). Sua manifestação é variável, desde uma
forma assintomática até quadros graves e hemorrágicos,
podendo levar a óbito. A vacina contra dengue está em fase
de experimento. O tratamento
deve ser prescrito por médico
preferencialmente de serviço
ambulatorial para um bom
acompanhamento pela equipe
de saúde, com o objetivo de
detectar e intervir oportunamente nas complicações que
podem ocorrer.
Em nosso município não
tivemos transmissão da doença até o ano de 2006. A confirmação de casos com transmissão no município ocorreu em
2007, tendo sido notificados 32
casos e 13 confirmados laboratorialmente, até então nossa
primeira e maior epidemia. Porém, nesse ano de 2010, a situação se agravou assustadoramente (se comparada aos anos
anteriores). Em janeiro ocorreu
a primeira notificação. Realizou-se o trabalho de rotina para
o controle e logo após o carnaval, a dengue retornou com força total, apesar da aplicação
das medidas de controle, tendo
sido computado 865 notificações (até jun/2010) e desses somente descartaram-se 60 casos por laboratório, comprovando-se inclusive a circulação de
dois vírus: Den 1 e Den 3, considerando um índice de infestação pelo Aedes aegypti em
torno de 2% (Dez/2010), a situação superou expectativa em
número de casos.
Para 2011, a previsão do
governo federal é de um agravamento do quadro em todo
país, isso pela reintrodução do
vírus Den 4 (em Roraima ago/
2010) e por muitos estados
apresentarem risco elevado de
epidemias ao mesmo tempo.
Logo, devemos arregaçar as
mangas e fazermos uma limpeza geral. Pois, mesmo com a
intensificação da vigilância de
rotina ao vetor; realização de
vários mutirões de limpeza (nos
bairros críticos da cidade) e mobilização da população, iniciada
na IX Semana Municipal de Luta
Contra a Dengue em novembro
e que ainda continua, logo após o
retorno das chuvas, reiniciaramse as notificações de suspeitas
de dengue. É nosso dever alertar para a prevenção.
VAMOS EVITAR NOVA EPIDEMIA
FAÇA SUA PARTE: NÃO DEIXE O MOSQUITO NASCER
- Separe o lixo reciclável e feche bem as sacolinhas, colocando
para coleta pública em local apropriado (alto).
- Faça limpeza das calhas e verifique se sua caixa d'água está
bem tampada.
- Evite plantas que acumulem água ou trate com cloro 2 vezes
por semana.
- Trate adequadamente sua piscina.
- Coloque garrafas de boca para baixo.
- Evite água parada nos vasos de plantas.
- Nunca jogue lixo e outros em terrenos baldios ou na rua.
Construções: Mantenha sempre limpa, coloque os objetos
que possam acumular água em local coberto ou cubra-os (não
use a lona).
- Não deixe que a água se acumule nos pneus.
ALÉM DA LIMPEZA GERAL É NECESSÁRIO RECEBER O
AGENTEDADENGUE!
Marque a visita do agente em seu imóvel fechado ou que não
foi visitado nos últimos 2 meses. Contato pelo telefone 32662263 (Tânia)
Enfª Eliza Maria da Silva
Coordenadora SVE/Ambiental da Secretaria Municipal
de Saúde de Três Pontas
Pesquisadores identificam gene do café que torna plantas mais res
As mudanças climáticas
vão representar um desafio à produção agrícola nas próximas décadas. O aumento da temperatura, somado à escassez de água,
pode reduzir consideravelmente
as colheitas. Pensando em criar
uma alternativa para manter o ritmo da produção agrícola nacional nesse cenário e considerando
a importância econômica da agricultura para o País - o Brasil é
considerado o celeiro do mundo
-, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) e da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) identificaram um gene
com grande potencial de tornar
plantas altamente resistentes à
seca. A ideia é utilizar esse conhecimento para desenvolver
mudas geneticamente modificadas, que suportam com mais facilidade as intempéries climáticas.
O estudo teve como base
uma pesquisa realizada anteriormente na Embrapa, em 2004, que
decifrou o genoma (a sequência
genética) do café. Naquela ocasião, um banco de dados com
cerca de 200 mil Etiquetas de Sequências Expressas, que resultou
em 30 mil genes identificados, foi
elaborado. Essa valiosa fonte para
a pesquisa genética do café está
à disposição das 45 instituições
que compõem o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café),
distribuídas em 14 estados brasileiros, entre as quais se incluem
a Embrapa e a UFRJ. "A partir da
análise do banco de dados, conseguimos identificar o gene que
confere resistência à seca, que
denominamos CAHB12", explica
o geneticista e Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, Marcio
Alves Ferreira, da UFRJ, que
coordena o projeto em parceria
com o seu colega Eduardo Romano de Campos Pinto, da Embrapa.
Depois da investigação teórica, com recursos da bioinformática, a equipe partiu para a prática. Os pesquisadores submete-
ram plantas da espécie Coffea
arabica, a mais utilizada comercialmente no Brasil e no mundo,
a períodos de até dez dias sem
água. Eles verificaram, com ajuda de análises moleculares, que a
expressão desse gene ia aumentando progressivamente em condições de seca. "Provamos que o
gene realmente confere a característica de tolerância à seca, sendo capaz de transmiti-la para as
suas futuras gerações", afirma
Ferreira. As plantas transgênicas
de Arabidopsis thaliana (espécie
modelo na genética) com o gene
CAHB12 integrado ao genoma
continuaram saudáveis após um
longo período sem água, que resultou na morte de 90% das plantas tipo selvagem que não contêm o gene. "Este resultado demonstra que elas são bem mais
resistentes à seca do que aquelas
que não receberam o gene", avalia o pesquisador, lembrando que
o estudo resultou em um depósito de patente junto ao Instituto
Nacional da Propriedade Indus-
trial (INPI) e um artigo já está
sendo elaborado.
Além de aumentar a resistência à seca na espécie Arabdopsis, os pesquisadores acreditam
que o gene identificado, quando
introduzido em outras espécies de
plantas, também pode ajudá-las
a elevar a tolerância à escassez
de água. "O próximo passo do estudo será transferir esse gene para
outras culturas agrícolas que tenham importância econômica
para o País, como soja, algodão
e cana de açúcar, e comprovar
que a função do gene será preservada", conta Ferreira. "A confirmação dos resultados dessa
etapa da pesquisa se dará através
de experimentos que já estamos
desenvolvendo em parceria com
a Embrapa", adianta o pesquisador.
Benefícios para outras espécies de plantas
A tecnologia que permite
produzir variedades de plantas
mais adaptadas às condições de
seca deve trazer impactos positivos à agricultura fluminense, especialmente pela possibilidade de
reduzir o uso de água para a irrigação. "É necessário otimizar o
uso de água no setor agrícola",
justifica Ferreira, lembrando que
atualmente cerca de 70% da água
captada nos rios e lagos em todo
o mundo é destinada à agricultura irrigada, de acordo com estimativa reproduzida pela Agência
Nacional de Águas (ANA). "A
planta de café é sensível aos efeitos da seca e a produção fluminense deve sofrer com as mudanças climáticas", completa.
Além dos biólogos Marcio Alves
Ferreira, da UFRJ, e Eduardo Romano de Campos Pinto, da Embrapa, o estudo conta com a participação de outros pesquisadores, como a estudante de pósdoutourado do Departamento de
Genética da UFRJ Fernanda Cruz
e a pesquisadora da Embrapa
Maria Fátima Grossi-de-Sá.
Assessoria de Comunicação
FAPERJ
10
INFORMATIVO COCATREL
Plantas Medicinais
Erva Cidreira
Propriedades terapêuticas:
Rejuvenescedora, calmante, revitalizante,
antidepressivo, antialérgico, carminativo,
hipotensor, nervino, sudorífero, tônico
geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco,
antidisentérico, antivômitos.
Princípios ativos:
Citronelol, geraniol, linalol, citral, neral,
ácido fenol carboxílico, ácido citronélico,
acetato geranílico cariofileno e taninos
Indicações terapêuticas:
Regular menstruação, cólicas, tem efeito
tônico no útero e, às vezes, pode ajudar em
casos de esterilidade, insônia nervosa,
problemas gastrintestinais funcionais,
herpes simplex, lava feridas, combate mau
hálito, revigora em banhos.
Descrição:
Melissa officinalis é o nome clássico que
vem do fato de ter flores amarelas que
atraem abelhas (melissa, em grego), mas é
conhecida ainda como erva-cidreira. Suas
folhas emitem um odor agradável, semelhante ao do limão, quando machucadas,
e o famoso óleo de melissa é obtido por
destilação, por vaporização de ervas
colhidas no início da floração.
Uso medicinal:
É considerada uma panacéia com
propriedades rejuvenescedoras, tal a gama
de suas ações. Paracelso a considerava "o
elixir da vida". Parece ter efeito calmante e
revitalizante sobre a mente.
É um calmante, antidepressivo,
antialérgico (embora possa irritar peles
sensíveis), digestivo, revigorante, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero,
tônico geral, antiespasmódico, bálsamo
cardíaco, antidisentérico, antivômitos.
Tem grande afinidade para o
organismo feminino, onde, além de regular
as menstruações, tranqüiliza e relaxa em
casos de cólicas, tem efeito tônico no útero
e, às vezes, pode ajudar em casos de
esterilidade.
Externamente, lava feridas,
combate mau hálito e revigora em banhos.
Outros usos: Repele insetos.
DEZEMBRO/2010
DEZEMBRO/2010
Causo
O Juvenal tava desempregado há meses.
Com a resistência que só os brasileiros
têm, e foi tentar mais um emprego em
mais uma entrevista. Após uma exaustiva entrevista o quinto entrevistador lhe
perguntou:
- Qual foi seu último salário?
- Mil reais! - Respondeu Juvenal, e já ia
dizer que aceitava menos. Mas foi interrompido.
- Pois se o Sr. for contratado ganhará
10 mil dólares por mês!
- Jura?
- Que carro o Sr. tem?
- Na verdade, agora eu só tenho um fusquinha e um carrinho pra vender pipoca
na rua!
- Pois se o senhor trabalhar conosco
ganhará um Audi para você e uma BMW
para sua esposa!
- Jura?
- O senhor viaja muito para o exterior?
- Exterior do estado, sim. Belo Horizonte, São Paulo......
- Pois se o senhor trabalhar aqui viajará
pelo menos 10 vezes por ano, para Londres, Paris, Roma, Mônaco, Nova Iorque, Tókio...
- Jura?
- E lhe digo mais... o emprego é quase
seu. Só não lhe confirmo agora porque
tenho que falar com meu gerente. Mas é
INFORMATIVO COCATREL
A história do Juvenal
praticamente garantido. Se até amanhã,
sexta-feira, à meia-noite o senhor NÃO
receber um telegrama nosso cancelando, pode vir trabalhar na segunda-feira.
Juvenal saiu do escritório radiante. Agora
era só esperar até a meia-noite da sexta-feira e rezar para que não aparecesse
nenhum maldito telegrama. Sexta-feira
mais feliz não poderia haver. E Juvenal
reuniu a família e contou as boas novas.
Não se cabendo de felicidade convocou
o bairro todo para uma churrascada comemorativa a base de muita música.
Sexta de tarde já tinha um barril de chopp aberto. As 9 horas da noite a festa
fervia. A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta.
Dez horas, e a mulher de Juvenal aflita,
achava tudo um exagero.
A vizinha gostosa, interesseira, já se jogava pra perto do Juvenal.
E a banda tocava, o chopp gelado rolava, o povo dançava!
Onze horas, Juvenal já era o rei do bairro. Gastaria horrores para o bairro encher a pança. Tudo por conta do primeiro salário.
E a mulher resignada, meio aflita, meio
alegre, meio boba, meio assustada.
Onze horas e cinqüenta e cinco minutos........
Vira na esquina buzinando feito louco
uma motoca amarela...
Era do Correio! A festa parou! A banda
calou! A tuba engasgou!
Meu Deus, e agora? Quem pagaria a
conta da festa?
- Coitado do Juvenal! Era a frase mais
ouvida.
Jogaram água na churrasqueira! O chopp esquentou! A mulher do Juvenal desmaiou! A motoca parou!
- Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?
- Si, si, sim, so, so, sou eu...
- Telegrama para o senhor...
Juvenal não acreditava...
Pegou o telegrama, com os olhos cheios d'água, ergueu a cabeça e olhou para
todos.
Silêncio total. Respirou fundo e abriu o
telegrama.
Uma lágrima rolou, molhando o telegrama.
Olhou de novo para o povo e a consternação era geral
Juvenal recomeçou a ler, levantou os
olhos e olhou mais uma vez para o povo
que o encarava..
Então, Juvenal abriu um largo sorriso,
deu um berro triunfal e começou a gritar
eufórico.
- Mamãe morreeeeuuu!
- Mamãe Morreeeeuuu!
- Propriedade rural : 51 ha. a 13 Km de Carmo da
Cachoeira , 11 Km de asfalto e 2 Km de estrada de
terra, Km 733 da Br 381 - CC? TC. Mais informações 35 881- 9955.
- Mini Touro, mini vaca e novilha. Tratar 35 9100
6323
- 2 terrenos 466 m² - Rua Antônio Baptista Castro
28 e 29 Bairro Santa Marta, em Três Pontas. Tratar
35 9900 3948 ou 9199 2924
- Fornalha (D'andreia) usada. Tratar com Walter
Bucha 9971 6827
- 4 mesas de sinuca de ficha e uma mesa oficial com
caçapa. Tratar com Danilo Mansur 35 8859 0425
em Carmo da Cachoeira- Conjunto semi novo Urso
Branco e Dragão Sol. Tratar 35 3265-6010
- 17,5 alqueires de terra no Córrego da Venda, sendo 9 de café e o restante em pasto, 3 casas de colono, terreiro cimentado, máquina de limpar café, picadeira, curral e 15 KVA de força. Tratar 35 99517428
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11
Índice de Chuvas
Dados comparativos (em mm³)
Dados pluviométricos de Três Pontas
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov
2009 386 262,5 237,5 109,5 32,5 58,5
35
35
177 143,5 75
2010 252,5 96,5 108
20
20,5 12
15
0
67,5
68 255
Dez
517,5
173,5
Dados pluviométricos de Nepomuceno
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez
2009 331 262,5 163,5 138,5 44
31
22,5 31
119 129,5 136 394
2010 100,5 102
112 33,5 8,5 6,5
13
0
54
56
297 234
Dados pluviométricos de Santana da Vargem
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez
2009 366 229 160
245
29
29
21
64
231 150 163,5 393,5
2010 185 119 101,5 37,5 2,5 10
10,5
0
62
76,5 269,5 210
Dados pluviométricos de Coqueiral
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez
2009 365 270 217,5 227,5 40 17,5 32,5 20
170 97,5 122,5 365
2010 115 167,5 172,5 62,5 7,5 3,5
35
0
57,5 82,5 202,5 272,5
Dados pluviométricos de Carmo da Cachoeira
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez
2009 272 272 335,5 99 23,5 37,5
21
45 178,5 135,5 142,5 364
2010 291,5 183 197
41 12,5 21,5 11,5
0
74,5 184,5 298 336,5
Fonte: Depto. de Assistência Técnica Cocatrel
Oportunidades
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12
INFORMATIVO COCATREL
Gente da Terra
Ana Luisa Leite
E
stamos iniciando 2011 e com ele as
comemorações dos 50 anos da
Cocatrel. Anos estes de muitas
conquistas e sucesso, frutos da cooperação e
fidelidade de seus associados. Alguns destes
cooperados foram surpreendidos com boas
notícias neste fim de ano e tiveram a qualidade
de seus cafés reconhecida não só pela Cocatrel,
mas também pela Nucoffee, empresa criada
pela Syngenta que realiza um trabalho de
identificação de cafés especiais que possam se
destacar no mercado.
Amaury Miranda Ferreira, Francisco
de Paula Vitor Silva, Marco Valério Araújo
Brito e Suely Calili Miranda, além de terem
seus lotes de café comprados pela Nucoffee,
ainda os terão expostos na maior feira de cafés
especiais do mundo, a SCAA (Specialty Coffee
Association of América), em Houston, nos
Estados Unidos.
A responsabilidade de classificar
estes cafés foi do provador da Cocatrel Pierre
Ferreira Brito, Q-grader (selecionador de
qualidade) e Cupping Jugde (juiz de prova),
credenciado pela SCAA. Foi ele o responsável
por escolher os dez melhores lotes entre todos
os depositados nos armazéns da Cooperativa e
enviá-los para o provador da Nucoffee, Jack
Robson da Silva, que escolheu os quatro
melhores a serem comprados pela empresa.
Aproveitando esta oportunidade
fomos conhecer um pouquinho destes quatro
produtores e entender como que a dedicação e o
empenho os levaram a colher cafés tão
especiais.
Amaury é um fazendeiro de Três
Pontas que, apesar de ter tido a chance de fazer
uma faculdade, preferiu largar tudo e se dedicar
à fazenda. Casado com Áurea, professora do
ensino médio, reconhece que o estudo pode
fazer a diferença na vida das pessoas e que por
isso possui dois filhos estudando, Rafael e
Mateus. O mais velho, inclusive, cursa Ciência
e Economia em uma Universidade Federal.
A fazenda Formiga é de propriedade
de seu pai, Lupércio Ferreira, mas a parte da
produção de café fica por conta de Amaury. “Há
muitos anos meu pai precisou amputar uma
perna e acabou se desgostando um pouco da
fazenda e aos poucos foi deixando tudo por
minha conta. Tem uma parte da lavoura que é
minha, mas me dedico e cuido de tudo como se
tudo fosse meu”, explica.
Amaury atribui o tipo de terreno, a
altitude e o terreiro de café como principais
motivos para conseguir obter este café especial.
“Me preocupo muito em ter o café bem rodado,
tenho cuidado para que não embolore ou tome
chuva e para que não seque rápido demais.
Tento fazer tudo no tempo certo. É preciso ter
muito empenho e um pouco de sorte para
conseguir um café assim”.
Ele acredita que ter o seu café
Amaury Miranda Ferreira
Categoria Natural
Fazenda Formiga
Três Pontas/MG
DEZEMBRO/2010
Dedicação e sucesso
culturais bons, uma cultivar muito boa, colher na
hora exata, só café maduro, e não misturar com
outros, separar por altitudes e o cuidado do
manejo no terreiro que, na minha opinião é onde
as pessoas geralmente estragam o café”.
Marco acredita que o mercado de cafés
especiais está crescendo e a SCAA será uma
ótima vitrine para o Brasil. “Este será um evento
que vai fechar o ciclo. Não adianta a gente só
fazer e não mostrar o que está fazendo. Ela é um
belíssimo mecanismo de vendas, de exposição e
de formação de marca. O Brasil não é
reconhecido por ter um café de qualidade, por
isso será um bom momento e local de
mostrarmos que também produzimos bons cafés
especiais. Portanto, a partir do momento em que a
Nucoffee em parceria com a Cocatrel se
disponibiliza a comprar o café de alguns
cooperados e colocá-los em exposição é uma
grande vitrine”.
As adversidades da vida levaram Suely
a gostar e a aprender a trabalhar na roça. Viúva de
Aloísio Rabelo Ferreira, há treze anos, se viu
obrigada a deixar de ser apenas uma dona de casa
para se tornar uma produtora de café. “No início
Amaury, Francisco, Marco Valério e Suely, realizados com a conquista do prêmio da
tive a ajuda do meu irmão para tocar a fazenda.
Cocatrel dos melhores cafés de 2010 e com a boa venda de lotes de cafés para a Nucoffee Depois que ele viu que eu já dava conta sozinha,
me deixou e agora estou aí nesta batalha, todos os
comprado pela Nucoffee demonstra que não só estou me preparando para isso e trabalhando dias”. Mãe de dois filhos adolescentes, Rafael e
os grandes produtores podem chegar a grandes para que a fazenda dê o máximo que ela Bianca, conta muito com a ajuda do seu atual
companheiro, Danilo de Oliveira, para conseguir
resultados. “Acredito que isso sirva de exemplo possa”.
e incentivo aos pequenos produtores como eu.
Marco Valério é um trespontano de acumular as funções de mãe, dona de casa,
Todo mundo tem capacidade de obter um café 43 anos de idade, residente em Belo Horizonte, mulher e fazendeira.
Além da fazenda Pasto dos Bois, da
especial”.
graduado em Administração de Empresas e
Outro produtor, Francisco, é filho de Comércio Exterior. Pai de primeira viagem, é qual colheu este café especial, Suely ainda ajuda
Edmundo Otaviano e Maria Tereza Pereira. casado com Cláudia e tem uma filhinha de na fazenda Formiga, na qual possui sociedade
com o pai Francisco Rosa de Miranda e os
Apesar de, no passado, ter sido aprovado no apenas 4 meses de idade.
vestibular para Engenharia Agrícola, decidiu
Além de estar sempre em Três Pontas irmãos.
Apesar da sua dedicação, Suely conta
não cursar e foi trabalhar na roça onde hoje para visitar a família, Marco possui uma
possui sociedade com o pai. É casado com corretora da bolsa de valores na cidade, que que este ano utilizou pela primeira vez o
Elaine e possui duas filhas na faculdade, atua com o mercado de café, além da fazenda Rodomoto, um equipamento desenvolvido pelo
Gabriela e Juliana. Sua esposa Elaine faz doces Córrego do Moinho, também no Pontalete, que trespontano Alfredo Pereira, com a finalidade de
artesanais para festas e tem clientes até em é o lugar para o qual dedica boa parte do seu rodar o café com menos danos e mais agilidade, o
Curitiba. Quando Gabriela, que cursa Nutrição, tempo. “Minha história se confunde com Belo que acredita ter contribuído muito para a colheita
terminar a faculdade, eles pretendem abrir uma Horizonte porque praticamente, desde os 14 de vários lotes de café de boa qualidade. Além
indústria nesta área.
anos de idade moro lá. Estudei, fiz faculdade, disso, explica que “este lote, em especial, foi
A fazenda Cava fica no Pontalete, trabalhei um pouco por lá, depois passei um colhido por último e ficou mais de uma semana
distrito de Três Pontas, e tem cerca de 50 tempo em Brasília, São Paulo, sempre atuando estocado no monte, o que deve ter contribuído
hectares de café. Produtor de catucaí amarelo, nesta área de bolsa de valores. Em 97 montei também”.
Nesta iniciativa da Cocatrel para
acredita que contou com a sorte para obter lotes um escritório em Três Pontas, mas sempre
tão bons. “O tratamento que é dado ao café é um mantive os meus contatos em Belo Horizonte, incentivar os seus cooperados, estes quatro
só. A sorte é que ele foi colhido na hora certa, e hoje possuo um ecritório lá também. A minha tiveram a sorte de serem os primeiros, de
possivelmente muitos que ainda virão, a terem os
tomou sol, tudo no tempo certo. Pela lógica, todo esposa também é belorizontina”.
o café colhido deveria ter sido bom, porque a
Marco vem de uma família com seus cafés valorizados e comprados por uma
dedicação, o trabalho e o carinho são únicos”, ele tradição na cafeicultura. Apaixonado por café, empresa especializada. Todos eles concordam
explica.
aponta a sua dedicação juntamente com a da que a partir do momento em que o consumidor
Apesar de ter grandes expectativas em equipe que trabalha com ele, um dos fatores que começar a perceber o sabor e o aroma
relação à feira na qual terá exposto o seu café, o levaram a produzir este café especial. “Eu acho diferenciados deste tipo de café e se
Francisco tem receios em relação a este novo que o café, quando é colhido na hora correta, disponibilizar a pagar por isso, é um novo
mercado no Brasil. “Tenho muito medo porque a vermelhinho, é igual a uma fruta madura colhida mercado que se cria. Segundo Marco Valério, “a
gente não consegue fazer apenas lotes especiais, do pé na hora exata de comer. Se ele for colhido partir do momento em que você consegue vender
há também os outros lotes. Por isso tenho medo verde ou passado, o gosto não será o mesmo, não e receber a mais pelo seu produto, é uma
do outro café deixar de ter valor. É perigoso, mas vai ser bom. A chave do sucesso está nos tratos motivação muito grande para todos”.
Francisco de Paula Vitor Silva
Categoria Cereja Descascado
Fazenda Cava
Três Pontas/MG
Marco Valério Araújo Brito
Categoria Cereja Descascado
Fazenda Córrego do Moinho
Três Pontas/MG
Suely Calili Miranda Ferreira
Categoria Natural
Fazenda Pasto do Bois
Santana da Vargem/MG
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