Em abril de 58 foi gravado por Elizeth o LP Canção do
Amor Demais, com composições de Tom e Vinicius, e com a
participação do violonista João Gilberto que, em duas faixas
(Chega de Saudade, e Outra Vez) lançou o estilo que viria a
caracterizar a bossa nova: a harmonia repleta de acordes
alterados, saltos melódicos inesperados com frequentes
modulações, a economia de instrumentos e da duração de
cada música, a letra lírica e coloquial, e, acima de tudo, o leve
ritmo quaternário com deslocamentos independentes da
melodia. (Enciclopédia da Música Brasileira Art Editora, e
Marcos Antonio Marcondes)
Luís Bonfá, 1956
Carlos Lyra, 1959
Johnny Alf, 1958
Silvinha Telles, 1955
Em novembro do mesmo ano, João Gilberto grava
outro 78, com Desafinado (Tom e Newton Mendonça) e Obalá-lá, de sua autoria. Desafinado, por sua referência às críticas
dos compositores tradicionais ("isso é música pra desafinado
cantar") e pela defesa do novo estilo, vira hino do movimento.
Ao fundo, Castro Neves, Sérgio Ricardo, Ari Barroso e Tom. Em
primeiro plano: João Gilberto e Ronaldo Bôscoli (extrema direita).
Em 1959, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Nara
Leão, Chico Feitosa, os irmãos Castro Neves (Oscar, Ico, Zeca
e Mário), Carlos Lyra e Silvinha Teles, unem-se a Jão Gilberto,
Tom, Vinicius, Alaíde Costa e Baden Powell e lançam o
Festival de Samba Moderno, na Faculdade de Arquitetura do
Rio
de
Janeiro.
Com o sucesso dos shows universitários, Ronaldo
Bôscoli e Luís Carlos Miele produziram um show,
apresentando, no Little Club, Odete Lara acompanhada por
Sérgio Mendes e seu conjunto.
A seguir, a dupla produziu
outros shows no mesmo estilo, com
Nara Leão, Silvinha Telles e o Copa
Trio, que se transformaram em
marca registrada das boates do Beco
das Garrafas. Mas, sem dúvida, o
grande feito da bossa nova foi o
show no Carnegie Hall, em Nova
Iorque, onde se apresentaram João
Gilberto, Agostinho do Santos, Luís
Bonfá e Tom Jobim, para um público
de 3.000 pessoas.
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