A SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL
 Origens da sociedade pós-industrial no Japão: Jiro
Kamishima (1963) no periódico japonês “Hoso Asahi”.
 Masuda, A Sociedade da Informação como Sociedade PósIndustrial, (1981).
 O relatório de Fritz Machlup, The Production and
Distribution of Knowledge in the United States, (1962).
 Daniel Bell (1973) The Coming of Post-Industrial Society e
The End of Ideology.
João Cardoso da Cruz
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A SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL
 Os relatórios sobre a sociedade da informação:
Alvin Toffler: The Future Shock (1972) e a Third Wave,
(1980)
John Naisbitt: Megatrends (1988, 1990 e 1999)
Simon Nora e Alain Minc: L’informatisation de la société
(1979)

A medição da sociedade da informação: o relatório de
Marc Porat e M. Rubin, The Information Economy:
Definition and Measurement (1977)
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
 As primeiras referências à sociedade do conhecimento: F.
A. Hayek à sociedade do conhecimento, no artigo “The Use
of Knowledge in Society” (1945)
 A difusão do conceito realizada por Peter Drucker a partir
dos anos 50.
 A generalização da sociedade do conhecimento pela União
Europeia.
e-europe2002; e-europe2005; i2010
Correcção da excessiva conotação com a informação
Centralidade do saber, criatividade e conhecimento
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
 A proeminência do papel do conhecimento e da ênfase
atribuída à dimensão económica:
sociedade pós-industrial (Touraine, 1969; Bell, 1973)
sociedade pós-moderna (Lyotard, 1979)
sociedade em rede (Castells, 1996)
sociedade do conhecimento (Böhme, G. e N. Stehr, 1986;
Reich, 1991)
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
 O fito das formulações sobre a sociedade do
conhecimento:
 Captação do traço fundamental que sirva para caracterizar
a mudança social cuja implementação tenha sido decisiva
nas sociedades ocidentais partilhadas socialmente e
ligadas a mecanismos de transformação económica no
quadro da economia do conhecimento/informação
baseadas no modelo capitalista:
papel atribuído ao conhecimento teórico
aos fluxos de informação
intensidade da aplicação do conhecimento técnico/científico
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
 A massificação da informação (Lyotard, 1979)
 Extensão e diversificação dos sistemas periciais (Bourdieu,
1984, Giddens, 1990)
 Tecnicização dos processos (Habermas, 1984)
 Intensificação da utilização do conhecimento nas
organizações económicas e nas transformações em
direcção a uma sociedade pós-capitalista dos
trabalhadores do conhecimento (Drucker, 1969; 1993)
 Poderes profissionais (Freidson, 1986)
 Aplicação organizada do conhecimento na economia
(Quinn, 1992)
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
 A infraestrutura básica da sociedade do conhecimento:
pressuposição que a ciência, a inovação e os sistemas
periciais são as forças condutoras do desenvolvimento
económico e social.
 O trabalho do conhecimento e a gestão do conhecimento
dentro das novas organizações do conhecimento:
 a contínua produção do conhecimento e revisão do
conhecimento existente enfatizam as capacidades e perícia
dos trabalhadores, salientando que a produção do
conhecimento não se limita à educação superior ou à
investigação aplicada.
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
AS INSTITUIÇÕES DA NOVA ECONOMIA SEGUNDO
CASTELLS
 A crescente centralidade da internet e da redes no domínio
económico:
 1. Novas formas de produtividade consentidas pelo
processamento da produção, distribuição e gestão das
tecnologias da informação em tempo-real;
 2. Espaço de fluxos globais á escala planetária permitida
pela infraestrutura tecnológica;
 3. Redes; A nova forma organizacional dentro e entre
organizações em que se baseia a economia da informação.
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
AS INSTITUIÇÕES DA NOVA ECONOMIA SEGUNDO
CASTELLS
 A volatilidade do mercado financeiro turbulências da
informação;
 A modificação do papel do trabalho: reacção just-in-time e
e-learning: o trabalho auto-programado.
 Flexibilidade do emprego: autónomo, trabalho temporário, subcontratação,
consultadorias
 Circulação internacional de cérebrosaprender a aprender;
 Aumento da desigualdade e exclusão social devido ao
aumento do individualismo em rede
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
AS INSTITUIÇÕES DA NOVA ECONOMIA SEGUNDO
CASTELLS
 A emergência de um novo tipo de estudo para além do
estado-nação;
 Estado em rede: estados-nação e cooperação à escala
internacional: governos, instuições transnacionais, ONGs.
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
 As transformações da socialidade:
intensificação das experiências de individualização.
Individualismo em rede
 Calloun sublinha que o grupo primário e os contactos caraa-cara, se bem que importantes deixaram de exercer o
papel que exerceram no passado em diversos domínios do
social, sugerindo que as tecnologias da informação
possam contrariar tais tendências de desintegração dos
laços comunitários
 Manuel Castells afirma organizar-se a sociedade em espaço
de fluxos que por serem dominantes afectam a totalidade
da sociedade (Castells, 1996: 405)
 Manuel Castells: auto-comunicação de massa (2007)
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
 A globalização das ligações dos sujeitos pelas tecnologias
da informação (Giddens, 1990; Bourdieu, 1984)
 A passagem a uma condição pós-moderna:
Daniel Bell (1973)
Jean-François Lyotard (1979)
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
 A formulação da União Europeia:
 O compromisso político:
 Tecnologia e inovação como formas de atenuar a instabilidade económica;
 Criação de emprego
 Elevação de produtividade
 Coincidente com a formulação de Castells de sociedade do conhecimento e
mudança radical do ponto de vista socioeconómico
 A estratégia de Lisboa




Iniciativa e-Europe (1999)
e-Europe2002
e-Europe2005
i2010
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
 i2010:
 Realização de um espaço europeu único de informação,
com vista a promover um mercado interno aberto e
competitivo para a sociedade da informação;
 Reforço da inovação e do investimento na investigação
sobre as tecnologias da informação;
 Uma sociedade da informação europeia, baseada na
inclusão e na necessidade de dar prioridade à melhoria dos
serviços públicos e da qualidade de vida.
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OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO: CRITÉRIOS DE NATUREZA TECNOLÓGICA
 Generalização das tecnologias da informação a todos os
domínios de actividade, vistas como indicador de novos
tempos e confundidas com o aparecimento de um novo
tipo de organização social





James Martin, The Wired Society (1978)
Cristopher Evans, Micromillennium (1979)
Alvin Toffler, The Third Wave (1980)
Nicholas Negroponte, Being Digital (1995)
Michael Dertouzos, What Will Be: How the New World of
Information Will Change Our Lives (1997)
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OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO: CRITÉRIOS DE NATUREZA ECONÓMICA
 Contabilização do PIB das actividades ligadas à informação
para determinarem a percentagem que essas actividades
representa em relação ao sector primário, secundário e
terciário.
 O relatório de Fritz Machlup, The Production and
Distribution of Knowledge in the United States (1962)
 O relatório de Porat e Rubin, The Information Economy:
Definition and Measurement (1977)
Sector primário da informação
Sector secundário
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OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO: CRITÉRIOS DE NATUREZA ECONÓMICA
 Apte e Nath “Size, Structure and Growth of the US
Information Economy” (2004).
46% em 1967
56% em 1992
63% em 1997
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OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO: CRITÉRIOS DE NATUREZA ESPACIAL
 Importância das redes de informação na estruturação de
espaços de fluxos e sua influência na organização do
tempo e do espaço:
 Manuel Castells:
 The Information Society: Economy, Society and Culture, III
vols. (1996; 1997);
 The Internet Galaxy: Reflections on the Internet, Business,
and Society (2001);
 “Communication, Power and Counter-power in the Network
Society” (2007).
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OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO: CRITÉRIOS DE NATUREZA ESPACIAL
 Jan van Dijk:
 The Network Society: Social Aspects of New Media (1999)
 Barry Wellman
 “Physical Place and Cyber Place: The Rise of Personalized
Networking” (2001)
 Gustavo Cardoso et al.
 A Sociedade em Rede em Portugal (2005)
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OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO: CRITÉRIOS DE NATUREZA SOCIOLÓGICA
 Daniel Bell e a sociedade pós-industrial
 As concepções de Peter Drucker em Post-Capitalism
Society (1993) e Management in a Time of Great Change
(1995)
O trabalhador do conhecimento

As concepções de Perrow sobre a complexidade do modo
de vida organizacional (1972)
 A análise de Robert Reich sobre a economia da informação
(1991)
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OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO: CRITÉRIOS DE NATUREZA CULTURAL
 A importância da informação na esfera da produção
cultural.
 A insistência dos pósmodernistas na possibilidade de
conhecer o mundo o mundo apenas por intermédio da
linguagem.
 A interpretação de Roland Barthes





Barthes
Baudrillard
Poster
Lyotard
Bauman
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OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO: CRITÉRIOS DE NATUREZA CULTURAL
 A interpretação de Vattimo do “mito da transparência”:
A informação revestida de símbolos e imagens se
constitui como a única “realidade” que podemos
observar
A perda de significado dos signos que acaba por
subverter a sua capacidade de significação
 A explosão da comunicação:
 Colapso da noção de verdade
 Possibilidade de “dar voz às minorias” constituindo
múltiplas verdades
Perda da noção persuasiva da verdade
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OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO: CRITÉRIOS DE NATUREZA CULTURAL
 A interpretação de Vattimo:
Para além do universos de referencialidade
Simulacros da hiperrealidade
 A sociedade do espectáculo de Guy Debord (1991)
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OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO: CRITÉRIOS DE NATUREZA CULTURAL
 O modo de informação de Poster (2000):
 Primeira era dos media (tradicionais)
 Segunda era dos media
 Reino da comunicação de muitos para muitos
 Recepção simultânea e contacto global instantâneo
 Reino da internet e da reprodução cultural possibilitada
pelo processo da cópia imediata e da relação em rede
 Possibilidade da cópia ilimitada
 Uma nova era da informação cujo corolário assenta no
indivíduo informado
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