UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
Núcleo de Pós-Graduação em Administração – NPGA
Curso Gestão de Pessoas – FORD
Prof. José Antonio Pinho
2ª Aula: A abordagem Estruturalista;
Abordagem Comportamental
A abordagem Estruturalista
A contribuição de Max Weber (1864/1920)

Estrutura de Mando e Obediência

Tipos de Dominação Legítima

Tradicional (hábito, costume, tradição); Carismática
(bravura, santidade); Legal, racional, burocrática (lei,
ordenamentos, impessoalidade)

Sociedade
(mérito,
complexa, superioridade
profissionalismo,
competências
definição
qualificação);
burocrático; parlamento forte.
riscos
da
burocracia
precisa
do
das
poder
Disfunções da burocracia: Charles Perrow, William
Roth, Robert Merton


Perrow: organizações como sistemas sociais e as pessoas
não existem apenas para as organizações, têm interesses
independentes das organizações. A org. burocrática
(Weber) estaria baseada em tarefas estáveis e rotinizadas
(busca da eficiência), não se adequando às org.
dinâmicas (mudança).
Disfunções:
particularismo
(interesses
de
grupos);
satisfação de interesses pessoais; excesso de regras;
hierarquia (busca de orientação e obediência , mas
negação
da
autonomia,
liberdade,
criatividade,
dignidade): atrai pessoas sem talento, mas cumpridoras
de ordens; resistência à mudança.
Disfunções para Roth: as burocracias hierarquizadas
reduzem a incerteza do comportamento dos empregados,
mas o crescimento das organizações revelam as
disfunções da burocracia.




Mecanicismo: pessoas desempenham papéis com
responsabilidades limitadas e autonomia reduzida.
Individualismo: vantagens para os cargos de chefia,
incentivo ao conflito, vaidade.
Interrupção do fluxo de informação: distância entre os
que tomam decisões e os que executam (muitos níveis
hierárquicos).
Desestímulo à inovação: pessoas com poder são
perigosas, níveis intermediários não têm interesse que os
de baixo mostrem talento (melhor manter-se quieto).
Disfunções para Merton: as organizações
não são racionais como Weber pensava

Valorização excessiva dos regulamentos

Excesso de formalidade

Resistência a mudanças

Despersonalização das relações humanas

Hierarquização do processo decisório

Exibição de sinais de autoridade

Dificuldades no atendimento aos clientes.
Idéias Principais do Estruturalismo


O Homem Organizacional: as organizações dominam a
vida; exigência de personalidade com flexibilidade,
resistência à frustração, capacidade de adiar
recompensas, desejo permanente de realização.
Submissão do individuo ao processo de socialização
imposto pela organização.
Conflitos: inevitáveis e positivos: propulsor do
desenvolvimento; entre necessidades individuais e da
organização, racionalidade e irracionalidade, disciplina
e liberdade, relações formais e informais (Etzioni). O
controle permanece.
A Abordagem Comportamental


Influências: Sindicatos; Utopistas (Robert Owen); doutrina
social da Igreja 1891 Sobre a condição dos trabalhadores;
pensamento humanista na Escola Clássica: Henry Gantt
(1908): os trabalhadores são seres humanos, devendo ser
treinados e liderados e não conduzidos – Oliver Sheldon
(1923): o problema da indústria era equilibrar a produção
com a humanização desta – Mary Parker Follet (Creative
Experience – 1924): homem no trabalho motivado por
necessidades e desejos como em outras situações;
coordenação e não intimidação.
Aprofunda a visão da Escola de Relações Humanas, mas não
aceitando a idéia de que a satisfação do trabalhador
gerava por si só a eficiência, tida como uma visão ingênua.
A Abordagem Comportamental – Principais
Expoentes

Chester Barnard (1938): As funções do Executivo: as
organizações são sistemas cooperativos, as pessoas
cooperam pelo objetivo da organização, que
sempre tem um propósito moral. Inocular este
propósito é a maior tarefa do executivo. A
cooperação é alcançada quando há equilíbrio
entre os benefícios que a organização oferece
para o indivíduo e o esforço dado por esta para
aquela. Assim, além da crença no propósito moral
existe a percepção da compatibilidade entre
esforço e recompensa.
Contribuições de Kurt Lewin – A dinâmica de
grupo (final dos anos 30); Rensis Likert:
desmistificação da questão do controle.


Lewin: Liderança (3 tipos): líder autoritário: não permite
participação nas decisões, sendo amigável ou
impessoal, não hostil; democrático: encoraja o debate
e a participação sendo objetivo e direto na crítica;
liberal: dá total autonomia ao grupo.
Likert: supervisores bem sucedidos não obrigavam os
subordinados a ciclos de trabalhos estritos, incentivando
a formação de grupos de trabalho. O objetivo era dar
oportunidade aos trabalhadores de tomar iniciativa e
assumir responsabilidades.
Mc Gregor (Teoria Y);

Teoria X: Administração Científica: o ser humano é
avesso ao trabalho e o evitará sempre que
possível. Controle e incentivos: Teoria Y: as pessoas
não são passivas ou resistentes às necessidades da
organização, por natureza; a motivação, potencial
para desenvolvimento e a capacidade de assumir
responsabilidades estão presentes nas pessoas; a
tarefa da administração é criar condições e
métodos para as pessoas atingirem seus objetivos
convergindo com os da organização.
Teoria da Hierarquia de Necessidades Humanas
(Maslow): básicas, segurança, sociais, estima, autorealização


Básicas: alimento, abrigo, repouso, exercício, sexo (orgânicas);
Segurança:
proteção,
sobrevivência;
perda
do
emprego,
riscos,

Sociais: amizade, afeto, interação, aceitação (grupo/soc);

Estima: auto-estima e estima por parte dos outros;


Auto-realização: usar o potencial de aptidões e habilidades,
realização pessoal;
Princípio: as pessoas estão em busca de desenvolvimento
contínuo. Seqüência de atendimento. O comportamento
negativo resulta da privação das necessidades sociais e de
estima e é conseqüência da má administração.
Teoria das Necessidades (Herzberg)



Fatores Higiênicos: satisfação no cargo é função do
ambiente, da supervisão, dos colegas e do contexto geral
do cargo.
Fatores Motivacionais: a satisfação no cargo, é a função
do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do
cargo.
O homem administrativo: necessidade da adaptabilidade;
ênfase no processo de decisão (Simon; Simon & March):
racionalidade limitada; tomar decisões é tarefa dos líderes
e a decisão é a melhor solução encontrada em
determinadas circunstâncias.
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Escola de Administração - introducao-adm-2009-1