Executivo de TI do ano.
Paulo Guzzo, da Cielo, foca alinhamento de
processos
Vice Presidente de TI e operações, vencedor da categoria Estratégia de
Terceirização, encontra fórmula para balancear trabalho com parceiros e
equipe interna
Terceirizar sempre foi visto como uma forma de economizar. Talvez, uma maneira errada de
encarar essa possibilidade que, na realidade, serve, no fundo, para contratar alguém que seja
mais especializado e, portanto, dará conta de algumas tarefas melhor que você. Na Cielo,
Paulo Guzzo, vice-presidente de TI e operações, parece ter encontrado a fórmula adequada
para mesclar o trabalho de equipe interna e parceiros. Não é a toa que o executivo recebe
destaque na categoria Estratégia de Terceirização do prêmio Executivo de TI do Ano.
Em conversa com a InformationWeek Brasil, o VP lembra que desde a época em que a
companhia chamava-se Visanet já era adepta à terceirização, deixando com os parceiros o que
se convencionou chamar de ITO, do inglês IT operations. Mas, desde o ano passado, Guzzo
vem ampliando essa parceria, tudo porque a demanda de trabalho na Cielo cresceu,
sobretudo, pelas diversas mudanças no mercado de atuação da companhia, que culminou, por
exemplo, com a interoperabilidade nas máquinas de transações de cartões de débito, crédito e
benefícios diversos.
Com isso, para boa parte do desenvolvimento, o executivo passou a usar algumas fábricas de
software. Com a Stefanini eles já operam há um ano e meio e a ideia é colocar ao menos
outras três prestadoras de serviço. “A estratégia de custo variado está dentro da estratégia do
próprio negócio”, sacramenta Guzzo, mostrando total alinhamento com o modelo de negócio
e processos da corporação. “Temos uma rede de cartões com abrangência nacional, então,
temos acordo de rede com a Oi, por exemplo. Usamos as soluções mais modernas para
captura de transações”, comenta, ao dar outro exemplo de trabalho com parceiros.
Mas o destaque de Guzzo na premiação não se deve apenas à diversificação ou pela simples
adesão ao modelo de outsourcing que, como muitos sabem, alguns recorrem apenas para
economizar. O executivo que tem cinco diretorias sobre sua tutela elaborou um esquema
bastante interessante de gerir os contratos – o que inclui cobranças de cumprimento de SLA –
bem como a discussão de toda a estratégia por de trás da terceirização.
A gestão dos contratos fica distribuída entre as diretorias e alocadas com quem demanda
determinado serviço. Em data center, como exemplificou o executivo, quem controla uma
parte é a diretoria de infraestrutura e são dois parceiros nessa área: Tivit para o DC
transacional e IBM para o corporativo. No caso das fábricas de software, a responsabilidade
fica com a diretoria de desenvolvimento de software, que, por sua vez, distribui a gestão dos
fornecedores para cada gerência que demandou determinado projeto.
Inteligência interna
Esse trabalho é tão levado a sério que tem espaço na reunião semanal com as diretorias.
“Nesses fóruns se discute (o assunto) periodicamente. Falamos sobre estratégia de
outsourcing e os próximos passos para o andamento e evolução do ambiente de TI”, lembra.
Guzzo comanda na Cielo um time interno de 414 pessoas, sendo 260 apenas de TI.
Questionado o porquê de recorrer a tantos parceiros tendo uma equipe considerada grande,
ele explica: “A demanda é muito significativa. Entramos na mudança de mercado em junho de
2010. EUA e Europa passaram por isso há 20 anos e estamos acelerando processos de
equivalência em relação ao mercado internacional. Eles olham o Brasil e veem um potencial de
lucratividade muito interessante nesse mercado. Mas tem a questão de estar em estágio
diferente e a demanda é enorme. Por isso, preciso de parceiros para dar vazão.”
A companhia que, no passado, operava com menos de cinco bandeiras de cartões, hoje conta
com 27 delas. Está aí, então, outro motivo para o crescimento da demanda. Mas uma coisa
está muito clara por lá: embora goste de contar com seus parceiros, o que é estritamente
estratégico é produzido internamente. “Desenho de solução, arquitetura, tudo que diz
respeito à Inteligência do negócio está mantido interno.”
Como ficou a categoria:
1º Paulo Guzzo, Cielo
2º Tânia Nossa, Alcoa Alumínio
3º Luís Antonio Janssen, Yara Fertilizantes
Fonte: Information Week Brasil, 29/03/2012.
http://informationweek.itweb.com.br/7604/paulo-guzzo-da-cielo-foca-alinhamento-deprocessos/
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