DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
MDL – Conselho Executivo
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MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (MDL-DCP)
Versão 03
SUMÁRIO
A.
Descrição geral da atividade do projeto
B.
Aplicação de uma metodologia de linha de base e monitoramento
C.
Duração da atividade do projeto / período de obtenção de créditos
D.
Impactos ambientais
E.
Comentários dos atores
Anexos
Anexo 1: Informações de contato dos participantes da atividade do projeto
Anexo 2: Informações sobre financiamento público
Anexo 3: Informação sobre a linha de base
Anexo 4: Plano de monitoramento
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SEÇÃO A.
A.1
Descrição geral da atividade do projeto
Título da atividade do projeto:
Cabrera Central Energeticá Açucar e Álcool Ltda.– Projeto de Cogeração
Versão do DCP:
01
Data de Conclusão:
01/07/2009
A.2.
Descrição da atividade do projeto:
O motivo exclusivo deste Projeto é a geração e exportação de energia elétrica para a rede nacional
utilizando o bagaço excedente de uma unidade de produção de açúcar e álcool.
O Projeto agro-industrial indicado acima é uma iniciativa da empresa Cabrera Central Energética
Açúcar e Álcool Ltda. (CCEAA) que fica localizado na cidade de Limeira do Oeste, no estado de
Minas Gerais, Brasil. A empresa foi estabelecida para a produção de açúcar e álcool e é uma joint
venture entre o Grupo “Cabrera Group”, empresa do setor do agronegócio brasileiro e a subsidiária da
Archer Daniels Midland Company (ADM) no Brasil, que é líder mundial no setor de processos
agrícolas.
A fábrica para o processamento de cana de açúcar será implementada em 2009, e terá inicialmente em
media, uma capacidade de moagem em torno de 1.427.000 toneladas de cana por ano. O bagaço
gerado nesse processo, 412.000 toneladas por ano, será utilizado em um sistema de cogeração de
25MW (capacidade instalada) para atender a demanda tanto de energia térmica como elétrica da
fábrica.
Em 2011 o Projeto será expandido para atingir uma capacidade de moagem de 3.000.000 toneladas de
cana por ano. Em conseqüência serão gerados cerca de 880.000 toneladas de excesso bagaço que não
serão necessários para atender a demanda interna industrial. No cenário de prática comum (business
as usual), a CCEAA iria manter o sistema de cogeração existente e efetuar a queima controlada do
excesso de bagaço.
A CCEAA, conduzida pelo interesse da ADM em energias renováveis e investimentos na área de
redução de emissões de carbono, vem analisando a viabilidade de instalar uma Sociedade de Propósito
Específica (SPE special purpose entity) exclusivamente para a produção e exportação de energia
elétrica para a rede nacional brasileira utilizando o excesso de bagaço produzido pela usina. O
sistema proposto teria uma capacidade instalada de 45MW e referido neste documento como
Atividade de Projeto. A substituição de energia a base de combustíveis fosseis na rede nacional irá
proporcionar a redução de emissões durante um período de 10 anos.
A atividade de projeto diz respeito à instalação e geração de energia renovável, desenvolvido em uma
área rural, que além de reduzir as emissões de gases efeito estufa, vai auxiliar o Brasil a atingir seus
objetivos de desenvolvimento sustentável, especificamente através de:
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 Estimular e divulgar o uso inteligente de recursos naturais uma vez considerados resíduo
industrial;
 Melhorar as condições ambientais no local;
 Promover a produção de energia limpa num período em que o governo brasileiro está focando
mais em projetos de combustíveis fósseis;
 Melhorar as condições sociais, particularmente no que diz respeito aos direitos dos
trabalhadores rurais em um setor alvo constante de segurança internacional;
 Atuar como modelo bem sucedido de uma joint venture entre uma empresa brasileira e
estrangeira no desenvolvimento de um projeto de energia renovável;
 Melhorar a qualidade de vida da população local através da geração de renda, criação de
oportunidades de emprego direto e indireto e programas de capacitação rural.
A.3.
Participantes do projeto:
Nome da parte envolvida (*)
((anfitrião) indica a parte
anfitriã)
Entidade(s) participantes de
projeto privada e/ ou pública
(*)(como aplicável)
Brasil (anfitriã)
Cabrera Central Energética
Açúcar e Álcool Ltda.
(Entidade Privada)
Geoklock Consultoria e
Engenharia Ambiental
(Entidade Privada)
Indique se a parte envolvida
deseja ser considerada como
participante de projeto
(Sim/Não)
Não
(*) De acordo com as modalidades e procedimentos de MDL, no momento de tornar público o MDL-DCP no
estágio de validação, uma Parte envolvida pode ou não ter providenciado sua aprovação. No momento de
solicitação do registro, exige-se a aprovação da(s) Parte(s).
Cabrera Central Energética Açúcar e Álcool Ltda.(CCEAA Ltda.) é uma joint venture entre a
empresa Brasileira Cabrera Central Energética Açúcar e Álcool Ltda. e a subsidiária da Archer
Daniels Midland Company (ADM) no Brasil, líder mundial no setor de processos agrícolas. A joint
venture irá desenvolver, implementar e operar as unidades de geração de energia.
Geoklock Consultoria e Engenharia Ambiental (Geoklock) através do seu departamento de
Soluções em Carbono atua como a consultoria responsável pelo desenvolvimento do MDL para o
Projeto.
Informação detalhada do contato entre as entidades privadas envolvidas na atividade do projeto é
listada no Anexo 1.
A.4.
Descrição técnica da atividade do projeto:
A.4.1. Localização da atividade do projeto:
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A.4.1.1.
Parte(s) anfitriã(s): Brasil
A.4.1.2.
Região /Estado/Província, etc:
Brasil
Estado de Minas Gerais (MG)
A.4.1.3.
Município/Cidade/Comunidade, etc:
Cidade Limeira do Oeste
A.4.1.4.
Detalhes da localização física, inclusive informações
que possibilitem a identificação inequívoca desta atividade do projeto (máximo uma pag.):
CCEAA Ltda está localizada na estrada municipal Antonio Cabrera Mano, nas coordenadas, latitude
19° 18' 46,40'' e longitude 50° 43' 40''. A usina está baseada no extremo leste do Estado de Minas
Gerais, próxima à cidade de Limeira do Oeste, que fica a aproximadamente 848 km da capital de
estado, Belo Horizonte. Limeira do Oeste tem uma população de 6,492 habitantes e uma área total de
1,321.0 km².
A figura 1 mostra a localização de Minas Gerias no Brasil e o posicionamento da cidade de Limeira
do Oeste no estado.
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Figura 1. Localização da Limeira do Oeste no estado Minas Gerais, Brasil
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:MinasGerais_Municip_LimeiradoOeste.svg
A.4.2. Categoria da atividade do projeto:
Projeto Grande Escala
TIPO:
Energia e Power
Escopo Setorial 1:
Indústria de Energia (fontes renováveis - / não-renováveis)
Categoria:
Geração de energia elétrica para a rede nacional (geração de energia,
fornecimento, transmissão e distribuição)
A.4.3. Tecnologia empregada pela atividade do projeto:
O projeto proposto inclui a instalação de um sistema de geração baseado na tecnologia de combustão,
comumente utilizadas para a geração de energia a calor através da queima de biomassa. Este processo
inclui a oxidação da biomassa com excesso de ar em um processo que libera gases quentes que são
então utilizados para produzir vapor em caldeiras. O vapor é usado para a geração de energia elétrica
através de turbinas do ciclo Rankine. O ciclo Rankine pode ser classificado de duas maneiras,
condensação ou contrapressão, dependendo da proporção de vapor utilizado no processo industrial e o
local da turbina em que o vapor é produzido. Normalmente, a energia elétrica é produzida unicamente
pelo vapor do ciclo de “condensação”, enquanto que energia e vapor são cogerados no ciclo de
“extração” de vapor.
A atividade de projeto de geração de energia proposto, engloba 1(uma) caldeira, 1 (um) gerador e 1
(uma) turbina de condensação. A capacidade instalada do sistema será de 45MW e através da
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implementação do projeto haverá a geração de excesso de energia que será então exportada para a
rede nacional.
PROJETO MDL – 2011 Sistema de exportação de Energia
Tabela 1. Descrição Técnica da Caldeira do Projeto MDL
Caldeira
Quantidade
Fornecedor
Capacidade
Ano de produção
Pressão
Temperatura
Eficiência
1
ENGEVAP
200TPH
2010/2011
67 kgf/cm2
490 ºC
86%.
Tabela 2. Descrição Técnica do Gerador do Projeto MDL
Turbo-gerador
Quantidade
Fornecedor
Modelo
Capacidade
Tipo
Ano de produção
Tensão Nominal
1
Siemens
SPW
54000 VA
Brushless
2010/2011
13.8kV
Table 3. Descrição Técnica da Turbina do Projeto MDL
Turbina
Quantidade
Fornecedor
Modelo
Capacidade
Tipo
Ano de produção
1
Siemens
SST-600
45 MW
condensação com turbina de extração
2010/2011
A.4.4 Quantidade estimada de redução de emissões durante o período de obtenção de
créditos escolhido:
Tabela 4. As reduções de emissões estimadas do Projeto
Anos
2011
Estimativa anual de redução de emissão
pelo período de creditação escolhido *
51.616
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2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
Total de reduções estimadas (tonelada de CO2)
Número total de anos de creditação
Média anual pelo período de creditação das
reduções estimadas (tonelada de CO2)
61.644
61.603
62.535
62.256
61.748
59.329
59.329
60.650
62.063
14.594
617,367
10 anos
61,737
A.4.5. Financiamento público da atividade do projeto:
O financiamento do projeto da CCEAA Ltda. não incluirá ODA ou investimento público de países do
Anexo 1.
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SEÇÃO B.
B.1.
Aplicação de uma metodologia de linha de base e monitoramento
Título e referência da metodologia aprovada de linha de base e monitoramento
aplicada à atividade do projeto:
ACM0006 - “Metodologia consolidada básica de geração de energia elétrica de resíduos de biomassa”
Ver. 08
“Ferramenta combinada para identificação do cenário de linha de base e demonstração da
adicionalidade” Ver. 02.2
“Ferramenta para calcular o fator de emissão da rede elétrica” Ver. 01.1
“Orientação na avaliação da análise de investimento” Ver. 02
B.2
Justificativa da escolha da metodologia e aplicação à atividade do projeto.
A metodologia escolhida aplica-se ao objetivo da atividade do projeto: uma usina de geração de
energia ligada ao sistema de transmissão elétrica que utiliza biomassa de plantação dedicada como
combustível. Todas as condições de aplicabilidade foram satisfeitas:
“A instalação de uma nova planta de queima de resíduos, que substitui ou opera próximo da planta
de geração existente que utiliza combustível fóssil ou o mesmo tipo de resíduo de biomassa que a
unidade do projeto (expansão da capacidade de geração do projeto)”
A atividade de projeto é baseada na operação de uma planta de geração de energia localizada na usina
agroindustrial que gera o resíduo.
O Projeto poderia ser considerado como um projeto de expansão de capacidade porque atualmente
não existe no site um sistema de cogeração para os requerimentos internos de energia.
A tabela abaixo apresenta como as atividades propostas pelo projeto satisfazem as várias condições de
aplicabilidade da metodologia:
Tabela 5. Justificativa da escolha da metodologia.
Condições de Aplicabilidade
a) Nenhum outro tipo de biomassa além dos
resíduos de biomassa, conforme definido
acima, é usado no projeto da planta e estes
resíduos de biomassa são o combustível
predominante usado no projeto da planta
(algum combustível fóssil pode ser queimado
Projeto
A atividade do projeto utiliza exclusivamente
bagaço, um resíduo da planta agro-industrial
localizada no mesmo local.
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concomitantemente).
b) Para projetos que usam resíduos de
biomassa do processo de produção (p. ex.
produção de açúcar ou aglomerados de
madeira), a implementação do projeto não
deverá resultar num aumento da capacidade
do processamento da matéria prima de
entrada (p.ex. cana de açúcar, toras de
madeira, arroz, etc) ou em outra mudança
substancial (p. ex. mudança de produto) no
processo.
c) Os resíduos de biomassa utilizados pela
unidade fabril não deverão ser estocados por
mais de um ano.
d) Nenhuma quantidade significante de
energia, exceto de transporte ou de
tratamento mecânico dos resíduos da
biomassa, são requeridos para preparar os
resíduos de biomassa para combustão, isto é
projetos que processam o resíduo de
biomassa antes da combustão ou que tratem o
resíduo resultante desta combustão.
B.3.
Qualquer aumento da produção de bagaço de
cana-de-açúcar será devido à expansão prevista
no projeto agrícola e industrial que não pode ser
atribuído a execução do projeto cogeração, mas
sim devido à expansão recente e notável do
açúcar e principalmente, do mercado de etanol no
Brasil.
As atividades de MDL deste projeto são uma
conseqüência direta desse novo desenvolvimento
e não o contrário.
A atividade do projeto, como com a maioria das
fábricas de açúcar, planeja armazenar uma
quantidade limitada de bagaço de cana-de-açúcar
para a próxima temporada, para iniciar as
operações da planta quando a nova
temporada/colheita for reiniciada, garantindo
assim, um fornecimento constante de energia
durante o ano todo. O período fora de época na
região sul/sudeste do Brasil é entre dezembro e
março, período mais curto que um ano.
Não é necessário nenhum tipo de preparo e
nenhum transporte significativo envolvido para
que o bagaço seja introduzido no sistema de
geração de energia.
Descrição das fontes e gases abrangidos pelo limite projeto:
Fonte
Linha base
Geração de
eletricidade
Gás
Justificativa / Explanação
CO2
Incluído
Principal fonte de emissão
CH4
Excluído
Excluído para simplificação. Isto é conservativo.
N2O
Excluído
CO2
Excluído
CH4
Excluído
N2O
Excluído
Excluído para simplificação. Isto é conservativo.
Excluído porque não existe geração de calor na linha
de base. Além disso, a geração de calor no local é
baseada na queima de biomassa numa outra unidade
de cogeração.
Excluído porque não existe geração de calor na linha
de base. Além disso, a geração de calor no local é
baseada na queima de biomassa numa outra unidade
de cogeração.
Excluído porque não existe geração de calor na linha
Geração de calor
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Fonte
Queima não
controlada ou
apodrecimento do
excesso dos resíduos
de biomassa
Consumo na planta
de combustível fóssil
e eletricidade devido
às atividades do
projeto (estacionário
ou móvel)
Projeto
Transporte de resíduo
de biomassa for a do
local
Combustão dos
resíduos de biomassa
para geração de
eletricidade e / ou de
calor
Gás
CO2
Excluído
CH4
Excluído
N2O
Excluído
CO2
Excluído
CH4
Excluído
N2O
Excluído
CO2
Excluído
CH4
Excluído
N2O
Excluído
CO2
Excluído
CH4
Excluído
N2O
Excluído
CO2
Excluído
CH4
Excluído
Estocagem de
resíduos de biomassa
Justificativa / Explanação
de base. Além disso, a geração de calor no local é
baseada na queima de biomassa numa outra unidade
de cogeração.
Assume-se que as emissões de CO2 de resíduos de
biomassa excedentes não conduzem a mudanças de
estoque de carbono no setor da LULUCF.
Os proponentes do projeto decidiram não incluir esta
fonte de emissão, porque o caso B5 da ACM0006 foi
escolhido como o cenário de referência mais provável.
Excluído para simplificação. Isto é conservativo.
Nota-se também que as emissões de decaimento
natural da biomassa não estão incluídas nos
inventários de GEE como fontes antropogénicas.
Não existem emissões devido ao consumo de
combustível fóssil dentro do site.
Não existem emissões devido ao consumo de
combustível fóssil dentro do site.
Não existem emissões devido ao consumo de
combustível fóssil dentro do site.
O bagaço é um resíduo de uma planta agro-industrial
de açúcar e álcool localizado no mesmo local.
Nenhum tipo de transporte do bagaço fora do local é
necessário.
O bagaço é um resíduo de uma planta agro-industrial
de açúcar e álcool localizado no mesmo local.
Nenhum tipo de transporte do bagaço fora do local é
necessário.
O bagaço é um resíduo de uma planta agro-industrial
de açúcar e álcool localizado no mesmo local.
Nenhum tipo de transporte do bagaço fora do local é
necessário.
Assume-se que as emissões de CO2 de resíduos de
biomassa excedentes não conduzem a mudanças de
estoque de carbono no setor da LULUCF.
Este fonte de emissões não está incluída porque as
emissões de CH4 causados pela queima não
controlada ou decaimento da biomassa na linha de
base não são incluídas.
Excluído para simplificação. Assum-se que esta fonte
de emissão não é significativa.
Assume-se que as emissões de CO2 de resíduos de
biomassa excedentes não conduzem a mudanças de
estoque de carbono no setor da LULUCF.
Excluído para simplificação. Uma vez que o bagaço
de cana-de-açúcar não é armazenado por mais de um
ano, assume-se que esta fonte de emissões não é
significativa.
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Fonte
Gás
N2O
B.4.
Excluído
Justificativa / Explanação
Excluído para simplificação. Assum-se que esta fonte
de emissão não é significativa.
Descrição de como o cenário da linha de base é identificado e descrição do cenário da
linha de base identificado:
De acordo com a metodologia ACM0006, versão 08, os participantes do projeto deverão identificar os
cenários plausíveis de linha de base e demonstrar a adicionalidade do projeto utilizando a versão mais
nova da “ferramenta de identificação da linha de base para a demonstração da adicionalidade” versão
02.2
De acordo com a metodologia ACM0006 versão 8. O proponente do projeto deve seguir quatro
recomendações:
Passo 1: Identificação de alternativas à atividade de projeto
Passo 2: Análise das barreiras
Passo 3: Análise de investimentos (se aplicável)
Passo 4: Análise da prática comum
PASSO 1: Identificação de cenários alternativos à atividade de projeto
Sub-passo 1a. Definir cenários alternativos à atividade de projeto MDL
Baseado na metodologia escolhida ACM0006 a identificação do cenário de linha de base é
determinada através da análise das seguintes alternativas:
-
Como seria gerada energia na ausência da atividade do projeto MDL;
O que iria acontecer com a biomassa na ausência da atividade do projeto;
No caso de projetos de cogeração: como seria gerado calor na ausência do projeto.
Geração de energia: neste caso os seguintes cenários alternativos são plausíveis:
Vale notar que o sistema de cogeração existente instalado na usina, é suficiente para satisfazer a
demanda térmica de energia para a produção de açúcar e álcool da usina utilizando o bagaço.
Cenário
P1
P2
Descrição
A atividade de projeto não
considerada como um
projeto MDL
A continuidade da geração de energia
em uma central elétrica alimentada por
resíduos de biomassa já existente no
Comentários
Este é um cenário alternativo plausível
para o Projeto.
Plausível
Sim
Este não é um cenário alternativo para
geração de energia, pois o presente
sistema de cogeraçao instalado no local
Não
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local do projeto, com as mesmas
configurações, sem reformas e
utilizando o mesmo tipo de resíduo de
biomassa da atividade de projeto
P3
A geração de energia em uma planta
de energia, usando apenas
combustíveis fósseis
P3
A geração de energia na planta cativa
existente, usando somente
combustíveis fósseis.
P4
A geração de energia na rede
P5
A instalação de uma nova planta de
geração que queima resíduos de
biomassa, com queima do mesmo tipo
e o mesmo montante anual de resíduo
de biomassa em relação à atividade de
projeto, mas com uma eficiência de
geração elétrica mais baixa (ex.:
eficiência que seja prática usual no
setor relevante da indústria) que a
planta de referência e, portanto com
uma potência inferior do que no caso
do projeto.
A instalação de uma nova planta de
geração que queima resíduos de
biomassa, com queima do mesmo tipo,
mas com um maior montante anual de
resíduo de biomassa em relação à
atividade de projeto, mas com uma
eficiência de geração elétrica mais
baixa (e.x.: uma eficiência que é
prática comum no setor industrial
relevante) que a planta de referência.
Portanto, a potência é a mesma que no
caso do projeto..
P6
P7
O aperfeiçoamento de uma planta de
geração que queima resíduos de
biomassa, com queima do mesmo
atende as demandas de energia elétrica e
térmica da unidade de produção de
açúcar e álcool localizado no mesmo
site, porém é incapaz de absorver toda o
bagaço gerado no site.
Este não é um cenário alternativo para
geração de energia já que não existe uma
usina de energia baseado em
combustível fóssil no site. Sendo assim
esta alternativa não é considerada mais.
Este não é um cenário alternativo para
geração de energia já que não existe uma
usina de energia baseado em
combustível fóssil no site. Sendo assim
esta alternativa não é considerada mais.
Este é um cenário alternativo plausível
para o Projeto porque na ausência da
implementação da atividade do Projeto,
pois a energia continuaria sendo
fornecida para a rede, em parte à rede de
combustíveis fósseis adquirido pelas
plantas de energia.
Este não é um cenário alternativo
plausível para geração de energia já que
a capacidade instalada do sistema
energético da SPE foi desenhada de
forma a otimizar a geração de energia
elétrica e retorno financeiro..
Não
Não
Sim
Não
Este é um cenário alternativo plausível
para geração de energia já que a
capacidade instalada do sistema
energético da SPE foi desenhada de
forma a otimizar a geração de energia
elétrica e retorno financeiro.
Não
Este não é um cenário alternativo para
geração de energia, pois o presente
sistema de cogeraçao instalado no local
Não
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P8
P9
tipo e com o mesmo montante anual
de resíduos de biomassa em relação à
atividade de projeto, mas com
uma eficiência de geração elétrica
mais baixa (e.x.: uma eficiência que é
prática comum no setor industrial
relevante) que a planta de referência e,
portanto com uma potência inferior do
que no caso do projeto.
O aperfeiçoamento de uma planta de
geração que queima resíduos de
biomassa, com queima do mesmo tipo,
mas com um maior montante anual de
resíduo de biomassa em relação à
atividade de projeto, mas com uma
eficiência de geração elétrica mais
baixa (e.x.: uma eficiência que é
prática comum no setor industrial
relevante) que a planta do projeto.
A instalação de uma nova planta de
energia a combustíveis fósseis no local
do projeto.
P10
A instalação de uma única nova –
(usando somente resíduos de
biomassa) ou co-combustão (usando
um mix de resíduos de biomassa e
combustíveis fósseis) -planta de cogeração com a mesma capacidade
instalada do que a planta do projeto,
mas com queima de diferentes tipos
e/ou quantidade de combustíveis
(resíduos de biomassa e/ou
combustíveis fósseis). O montante
anual de resíduos de biomassa usada
no cenário de linha de base é menor
que o usado na atividade do projeto.
P11
A Geração de energia em uma planta
de cogeração já existente que usa
combustível fóssil junto com resíduos
de biomassa no local.
atende as demandas de energia elétrica e
térmica da unidade de produção de
açúcar e álcool localizado no mesmo
site, porém é incapaz de absorver toda o
bagaço gerado no site.
Este não é um cenário alternativo para
geração de energia, pois o presente
sistema de cogeraçao instalado no local
atende as demandas de energia elétrica e
térmica da unidade de produção de
açúcar e álcool localizado no mesmo
site, porém é incapaz de absorver toda o
bagaço gerado no site.
Não
Este não é um cenário alternativo para
geração de energia já que na capacidade
instalada do sistema atual no site atende
as demandas energéticas térmicas e
elétricas da unidade de produção de
açúcar e álcool e, portanto uma usina de
combustível fóssil para energia extra não
é necessária.
Este não é um cenário alternativo
plausível para geração de energia já que
a capacidade instalada do sistema
energético da SPE foi desenhada de
forma a otimizar a geração de energia
elétrica e retorno financeiro.
Não
Este não é uma alternativa para geração
de energia já que na capacidade
instalada do sistema atual no site atende
as demandas energéticas térmicas e
elétricas da unidade de produção de
açúcar e álcool e então uma usina
combinada com combustível fóssil e
Não
Não
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resíduos de biomassa no local do projeto
não é necessária.
Biomassa – para esse caso os cenários plausíveis são:
A questão em relação à biomassa neste caso é como o excedente de bagaço gerado pela expansão na
capacidade produtiva no local seria processado na ausência da atividade do Projeto planejado.
Tabela 7. Identificação dos cenários alternativos para a utilização da biomassa.
Cenário
B1
B2
B3
Descrição
Os resíduos de biomassa são
descartados ou deixados para
degradar em condições aeróbicas.
Isso se aplica, por exemplo, em
descarte ou depósito de resíduos de
biomassa em campos.
Os resíduos de biomassa são
descartados ou deposita dos para
degradar em condições anaeróbicas.
Isso se aplica, por exemplo, para
aterros sanitários com profundidade
maior que 5 metros. Isso não se
aplica para resíduos de biomassa
que são estocados ou deixados para
degradar em campos.
Os resíduos de biomassa são
queimados de maneira não
controlada sem ser utilizado para
fins energéticos.
B4
Os resíduos de biomassa são usados
para geração de vapor e/ ou
eletricidade no local do projeto.
B5
Os resíduos de biomassa são usados
para geração de energia, incluindo
co-geração, em outras plantas
existentes ou em novas plantas
conectadas à rede.
Os resíduos de biomassa são usados
para geração de vapor em outra
planta existente ou em novas
caldeiras em outros locais.
B6
B7
Os resíduos de biomassa são usados
para outros fins energéticos, como a
Comentários
Este não é um cenário alternativo, já que
baseado na quantidade excedente de
bagaço gerado no Projeto, não haveria
espaço suficiente no qual a biomassa
poderia ser deixada para sofrer
decaimento.
Este não é um cenário alternativo, já que
baseado na quantidade excedente de
bagaço gerado no Projeto, não haveria
espaço suficiente no qual a biomassa
poderia ser deixada para sofrer
decaimento.
Plausível
Não
Este é um cenário alternativo plausível, já
que a atividade do Projeto não está
instalada e que um comprador local não
foi encontrado para a quantidade de
bagaço gerado pelo projeto.
Este não é um cenário alternativo para
geração de energia já que na capacidade
instalada do sistema atual no site atende
as demandas energéticas térmicas e
elétricas da unidade de produção de
açúcar e álcool
Este é um cenário alternativo plausível, já
que a atividade do Projeto não está
instalada e que um comprador local não
foi encontrado para a quantidade de
bagaço gerado pelo projeto.
Este não é um cenário alternativo para
geração de energia já que na capacidade
instalada do sistema atual no site atende
as demandas energéticas térmicas e
elétricas da unidade de produção de
açúcar e álcool
Este não é um cenário alternativo para a
geração de energia já que o bagaço de
Sim
Não
Não
Sim
Não
Não
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página 15
geração de biocombustível.
B8
cana-de-açúcar não é utilizado para a
geração de biocombustíveis.
Os resíduos de biomassa são usados Este não é um cenário alternativo para a
para fins não energéticos ou como
geração de energia já que bagaço não é
matéria-prima em processos (e.x.: na utilizado para fins não energéticos.
indústria de papel e celulose)
Não
Para a geração de calor os seguintes cenários são plausíveis:
Identificação das alternativas para a geração de calor:
Este cenário não é aplicável porque não existe geração de calor na linha de base. Considera-se
importante salientar que a atual geração de calor no site é derivada da utilização de resíduos de
biomassa em uma planta de cogeração de resíduos de biomassa já existente.
Alem disto, baseado na análise acima e de acordo com a metodologia, os diferentes cenários
alternativos são:
·
Cenário #9 da metodologia ACM0006, como segue descrito abaixo:
Para Energia: as alternativas plausíveis são P1, P4;
Para biomassa: a alternativa plausível é B5;
A atividade de projeto envolve a instalação de uma nova usina de queima de resíduos (que não
cogeração), que é operada próxima a uma usina de queima de resíduos preexistente (que não usina de
cogeração). A planta(s) existente somente utiliza resíduos de biomassa e continuará operando depois
da instalação da nova planta. A energia gerada pela nova planta alimenta a rede ou na ausência do
projeto iria ser comprada da rede. Os resíduos de biomassa, na ausência do projeto, iriam ser
utilizados em outras plantas. Isso se aplica, por exemplo, se os resíduos são comprados no mercado ou
vendidos para o mercado na ausência do projeto e se a principal utilização da biomassa na região/pais
é a geração de energia.
·
Cenário #10 da metodologia ACM0006, como segue descrito abaixo:
Para Energia: as alternativas plausíveis são P1, P4;
Para biomassa: a alternativa plausível é B3;
A atividade de projeto envolve a instalação de uma nova usina de queima de resíduos, que é operada
próxima a uma usina de queima de resíduos preexistente. A planta(s) existente somente utiliza
resíduos de biomassa e continuará operando depois da instalação da nova planta. A energia gerada
pela nova planta alimenta a rede ou na ausência do projeto iria ser comprada da rede. O resíduo da
biomassa, na ausência do projeto, iria ser jogado ou deixado para decomposição ou queimado de uma
forma não controlada sem a geração de energia. No caso de plantas de cogeração, na ausência do
projeto, o calor seria gerado na planta e em caldeiras a combustível fóssil, ou por outros meios não
envolvendo a queima de biomassa. Isso se aplica, por exemplo, nos casos onde antes da atividade de
projeto, a geração de calor era feita através da utilização de caldeiras de combustível fóssil.
• O projeto implementado sem ser registrado no âmbito de MDL.
•
O projeto registrado no âmbito de MDL e implementado.
PASSO 1 – Identificação de cenários alternativos
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página 16
Sub-passo 1a. Definir cenários alternativos para a atividade de MDL proposta
Sub-passo 1b. Consistência com as leis aplicáveis e regulamentos obrigatórios
Todos os cenários alternativos identificados estão de acordo com todas as leis aplicáveis e
regulamentações obrigatórias no Brasil.
PASSO 2 – Análise de Barreiras
Sub-passo 2a. Identificar barreiras que preveniriam a implementação dos cenários alternativos:
Outras barreiras- Um mercado local limitado para a absorção do excesso de bagaço.
Uma das alternativas plausíveis para a biomassa da linha-de-base seria a sua utilização para a geração
de energia, incluindo cogeração, em outra planta de energia conectada na rede, nova ou já existe. Em
relação ao projeto da CCEAA, seguindo um estudo executado pela joint venture, ficou claro a
inexistência de um mercado local significante com capacidade para absorver o bagaço excedente.
Tabela 9. Unidades de Cogeração localizadas na mesma região geográfica que o site do Projeto.
Unidade de Cogeração local
Exportação para a rede
(MW)
Projeto MDL
Coruripe-Iturama
14
Coruripe-Carneirinho
5
DCP registro 2003
(AM0015)
DCP em validação
(ACM0006)
Distancia da
atividade do
projeto (km)
33
36
As plantas mais próximas, localizadas a mais de 30km de distancia, atualmente exportam energia
para a rede e estão incluídos no âmbito do MDL. Considerando que a capacidade instalada de
exportação é de 19MW, as plantas não teriam capacidade de processar o bagaço gerado pelo o projeto
da CCEAA. Esta estatística é confirmada se considerarmos a capacidade de geração energética
excedente das usinas de açúcar no estado de Minas Gerais entre os anos de 2007 e 2008. Existem 5
unidades conectadas a rede com capacidade de 32MW. É importante ressaltar que o projeto da
CCEAA isoladamente tem uma capacidade instalada significativamente mais elevada.
Sub-passo 2b. – Eliminar alternativas de cenários que são impedidas pelas barreiras
identificadas:
Nós acreditamos que esta análise mostra claramente que o mercado local não teria capacidade para
absorver o excesso de bagaço e então a barreira identificada impediria a implementação do cenário
alternativo #9.
Restam somente três cenários alternativos plausíveis, incluindo o projeto implementado sem ser
registrado no âmbito do MDL, de acordo então com o PASSO 3 da ferramenta combinada, será
conduzido a analise de investimento .
PASSO 3 – Análise financeira
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página 17
De acordo com a ferramenta combinada, deve ser considerado o cenário de linha-de-base mais
atrativo economicamente/financeiramente, sendo assim neste caso é possível concluir que este é o
cenário #10 de linha-de-base como explicado na metodologia ACM0006.
Isto é devido ao fato de que para a queima do excesso de bagaço não é necessário uma alavancagem
econômica de investimento. Com a queima de bagaço considerado como a opção financeira mais
atrativa, e conseqüentemente a linha-de-base do projeto, existem duas alternativas plausíveis;
•
O projeto implementado sem ser registrado no âmbito de MDL
•
O projeto registrado no âmbito de MDL e implementado
De acordo com a “Orientação na avaliação da análise de investimento” a análise de investimento
adequada para ser aplicado nos dois cenários alternativos é a análise de benchmark:
“A abordagem de benchmark é então ideal para a circunstância onde a linha-de-base não requer
investimentos ou está fora do controle direto dos desenvolvedores de projetos, por exemplo, casos
onde a escolha do desenvolvedor é de investir ou não no projeto”
A análise de investimento foi estabelecida utilizando a taxa de retorno interno (TIR%) do projeto
como indicador financeiro. Para calcular a TIR os seguintes fatores foram levados em consideração:
·
·
·
·
·
·
·
A vida útil do projeto
A venda da eletricidade
Custos de operação e manutenção
Seguro
Amortização dos equipamentos
Despesas gerais administrativas e financeiras
O valor dos RCEs ( €10)
O benchmark para esta análise é a SELIC: Sistema Especial de Liquidação e Custódia estabelecida
pelo Banco Central do Brasil, que representa a taxa mínima de retorno nos fundos de investimentos
esperada pelos investidores.
Portanto, baseado na média dos meses abaixo a taxa de retorno SELIC e benchmark escolhido, para
esta análise de investimento o valor é 12.5%.
Tabela 10. Benchmark Escolhido – SELIC taxa dos últimos doze meses
Período
Média SELIC TAXA de RETORNO*
Junho 2008 a Maio 2009
12.57858%
* Banco Central do Brasil, 2009
Para a atividade de projeto, a análise do benchmark produziu os seguintes resultados:
Tabela 11. Demonstra a análise do benchmark da atividade do projeto
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página 18
TIR do projeto sem receita dos RCEs %
Análise do Benchmark %
TIR do projeto com receita dos RCEs %
9.48
12.5
12.04
As planilhas de cálculo com mais detalhes serão disponibilizados para a Entidade Operacional
Designada (EOD).
O projeto sem as receitas dos RCEs apresenta uma TIR abaixo do indicador do benchmark, enquanto
o projeto com as receitas dos RCEs tem um retorno maior, demonstrando que os RCEs são
fundamentais para a viabilidade do projeto. A renda das RCEs melhora a TIR do projeto em
aproximadamente 2,5%.
Sub-passo 2d. – Análise de Sensibilidade (somente aplicável nas opções II e III)
A tabela abaixo mostra a TIR resultante quando os parâmetros críticos sofrem uma variação de ±10%.
Os parâmetros escolhidos que serão mais provavelmente impactados são:
·
·
·
Custo de bagaço
Preço de venda da energia
O valor dos RCEs
Para o projeto a análise de sensibilidade produziu os seguintes resultados:
Tabela 12. Demonstra a análise de sensibilidade para o projeto com uma variação positiva de
10%
Análise de sensibilidade
(+10%)
Base
Custo de Bagaço
Preço de venda da energia
Valor dos RCEs
TIR sem RCE
TIR com RCE
9,48%
8,82%
13,49%
9,48%
12,04%
11,39%
15,98%
12,30%
Tabela 13. Demonstra a anaálise de sensibilidade para o projeto com uma variação negativa de
10%
Análise de sensibilidade
(-10%)
TIR sem RCE
TIR com RCE
Base
Custo de Bagaço
Preço de venda da energia
Valor dos RCEs
9,48%
10,14%
5,08%
9,48%
12,04%
12,68%
7,77%
11,78%
Os resultados da análise de sensibilidade mostram claramente que apesar de considerar uma variação
hipotética positiva de 10% dos parâmetros escolhidos, a TIR do projeto fica abaixo da SELIC em
quase todos os casos.
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O resultado da análise inicial do benchmark e a análise subseqüente de sensibilidade provam que o
projeto, sem as receitas dos RCEs, não é uma opção financeira atraente para os investidores. Então
seguindo a realização do Passo 3 o cenário de linha-de-base mais plausível é aquele fornecido pelo
cenário #10 da metodologia ACM0006.
PASSO 4 – Análise de práticas comum
Unidades de processamento de cana-de-açúcar no Brasil não conseguiram exportar energia excedente
para a rede, até muito recentemente, 1997 1. Desde essa data, unidades individuais têm exportado
eletricidade, mas esta mudança ainda não foi implementada por todo o setor.
De acordo com o ministério de agricultura 2 atualmente 420 plantas de açúcar e álcool foram
registradas no Brasil. ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) possuí um registro com 268
usinas termelétricas que usam bagaço da cana como uma fonte primária de energia. Estes instalações
possuem uma capacidade instalada de 3,832MW 3. A mesmo fonte de informação relata que baseado
no estudo da CONAB, realizado em Dezembro 2008, considerando a utilização de 75% do bagaço
brasileiro (146 milhão de toneladas) para a produção de energia em caldeiras de 65 bar pressão, o
potencial nacional seria de 8,375MW 4. Esta estatística mostra que o Brasil atualmente está
aproveitando menos da metade da capacidade nacional potencial de produção de energia a partir
destes 75% do bagaço de cana gerado no país.
Mais um estudo conduzido pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) 5, que incluiu
visitas em sites nas mais de 353 das 420 usinas em 19 estados, mostra claramente que a maior parte da
energia gerada atualmente para consumo interno, somente 11% destas unidades estão conectadas na
rede para exportação da energia excedente.
Tabela 14. Dado considerando unidades de produção de álcool conectadas à rede nacional
País
Brasil
Numero de
unidades
conectadas na rede
48
Unidades
conectadas na
rede%
11
Participação destas
unidades em relação à
cana processada %
22
1
International Sugar Organization - Cogeneration – Opportunities in the World Sugar Industries April 2009
MECAS(09)05
2
http://www.agricultura.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/MAPA/SERVICOS/USINAS_DESTILARIAS/USINAS_CA
DASTRADAS/UPS_13-03-2009_0.PDF
3
Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis
Departamento de Combustíveis Renováveis - BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS EDIÇÃO no 16 – Abr/2009
4
Considerando que – 1tonelada de cana de açucar gera 250g de bagaço, 75% do total de biomassa é
disponível para cogeração e 1 tonealda de bagaço gera 8,.6kWh.
5
Perfil do setor Açucar e do Alcool no Brasil - Companhia Nacional de Abastecimento April , 2008
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página 20
Mais específico ainda em relação a esta atividade, o estado de Minas Gerais, de acordo com o mesmo
estudo recente do setor, cerca de 11.5% de toda energia produzida nas unidades de açúcar que geram
excedentes de energia, tem um nível igual ao do país, provando que o Projeto da CCEAA não pode
ser considerado como prática comum no Brasil.
B.5.
Descrição de como as emissões antrópicas de gases do efeito estufa são reduzidas para
níveis inferiores aos que teriam ocorrido na ausência da atividade de projeto registrada no
âmbito do MDL (avaliação e demonstração de adicionalidade):
O MDL e a potencial renda gerada através da venda das RCEs são partes integrais no
desenvolvimento deste projeto. O projeto registrou duas cartas de consideração previa do MDL para
ambos, a AND Brasileira (carta em português) e a UNFCCC (carta em inglês) em março de 2009. A
confirmação escrita de recebimento da AND Brasileira foi recebida em marco 2009.
A Geoklock, consultoria de MDL para este projeto, foi contratada e o DCP elaborado previamente à
contração de equipamentos, assinatura do contrato de venda de energia (Power Purchase Agreement –
PPA) ou emissão da licença ambiental – LP (licença previa).
B.6.
Redução de emissões:
B.6.1. Explicação da escolha metodológica:
A metodologia escolhida é a ACM0006 - “Metodologia consolidada básica de geração de energia
elétrica de resíduos de biomassa” Ver. 08, já que este é o motivo exato da atividade. Alem disso,
como mostrado na seção B.4, o cenário 9 é o cenário mais plausível.
Reduções de Emissões
As Reduções de emissões são calculadas como:
(1)
Onde:
ERy
= são as reduções de emissões da atividade de projeto durante o ano y;
ERheat,y
= são as reduções de emissão decorrentes do deslocamento de calor durante o ano y;
ERelec,y
= são as reduções de emissões decorrentes do deslocamento de eletricidade no ano
y;
BEbiomass,y
= Emissões de linha de base decorrentes do decaimento natural ou queima de fontes
antropogênicas de resíduos de biomassa (tCO2e)
PEy
Ly
= são as emissões do projeto no ano y
= são as emissões das fugas no ano y
Emissões do Projeto
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
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página 21
As emissões do projeto são calculadas como:
(2)
Onde:
PETy
PEFFy
PEEC,y
GWPCH4
PEBiomass,y
PEWW,CH4,y
= Emissões de CO2 durante o ano y devido ao transporte de resíduos de biomassas;
= Emissões de CO2 durante o ano y devido aos combustíveis fósseis co-queimados
pela unidade de geração ou pelo consumo de outros combustíveis fósseis no local
do projeto que seja atribuído à atividade do projeto;
= Emissões de CO2 durante o ano y devido ao consumo de eletricidade no local do
projeto que seja atribuído à atividade do projeto;
= Potencial de Aquecimento Global para o metano válido para o período relevante de
responsabilidade;
= Emissões de CH4 da combustão de resíduos de biomassa durante o ano y;
= Emissões de CH4 de águas residuárias geradas do tratamento de resíduos de
biomassa durante o ano y;
Emissões do projeto devido ao transporte
O projeto exclusivamente utiliza resíduos de bagaço de uma planta agro-industrial de açúcar e álcool
localizado no mesmo site.
PETy = 0;
(3)
Emissões do projeto devido aos combustíveis fósseis
Não existem emissões devido ao consumo de combustível fóssil.
PEFF,y = 0;
(4)
Emissões do projeto devido ao consumo de eletricidade
A biomassa não requer nenhuma preparação de modo que não há consumo de eletricidade, exceto
para equipamentos auxiliares.
PEEC,y = 0;
(5)
Emissões de metano devido a combustão de resíduos de biomassa
Combustão de biomassa não emite metano.
PEBionass,y
= 0;
Emissões do projeto devido às emissões de metano do tratamento de águas residuárias
(6)
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Biomassa não requer tratamento envolvendo água.
PEWW,CH4,y
=0
(7)
Redução de emissões devido ao deslocamento de eletricidade
(8)
Onde:
EG,y
EFelectricity,y
= Quantidade do aumento de geração de eletricidade durante o ano y;
= Fator de emissão de CO2 para eletricidade deslocada pela atividade do projeto
durante o ano y;
Passo 1: Determinação do EFelec,y
Para o cenário 9, EFgrid,y, é calculado como segue
•
Se a capacidade de geração de energia da planta do Projeto for maior do que 15 MW, EFgrid,y
deve ser calculado como a margem combinada (CM), seguindo a orientação na seção
“Baselines” da “Metodologia consolidada para a geração de eletricidade conectada à rede a
partir de fontes renováveis”(ACM0002).
Passo 1: Determinação do EG,y
De acordo com a ACM0006, EG,y é determinado como a diferença entre:
•
O valor mais baixo entre (a) a quantidade líquida de eletricidade gerada na nova planta que ia
ser instalada como parte do projeto (EGproject plant,y) e (b) a diferença entre o total líquido de
geração de eletricidade utilizando o(s) mesmo(s) tipo(s) de resíduo de biomassa no local do
projeto (EGtotal,y) e o histórico de geração de energia na usina de energia já existente
(EGhistoric,3yr), baseado nos últimos três anos.
•
A quantidade de eletricidade que pode ser gerada numa outra(s) usina(s) de energia utilizando
a mesma quantidade de resíduos de biomassa que é queimada na planta do projeto, como
segue:
EG,y
EGproject plan,y
EGtotal,y
(10)
= Quantidade líquida do aumento de geração de eletricidade como resultado da
atividade do projeto (incremento à geração da linha base) durante o ano y (MWh);
= Quantidade líquida de eletricidade gerada na planta do projeto durante o ano y
(MWh)
= Quantidade líquida de eletricidade gerada em todas as plantas no local do projeto,
gerado através da queima do(s) mesmo tipo(s) de resíduos de biomassa utilizados
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
MDL – Conselho Executivo
página 23
na planta do Projeto, incluindo a nova planta de energia instalada como parte do
projeto e qualquer previa ou existente planta, durante o ano y (MWh/y)
EGhistoric,3,yr
BF,k,y
= Quantidade líquida de eletricidade gerada durante os anos mais recentes de todas as
plantas no local do projeto, gerado na queima do(s) mesmo tipo(s) de biomassa
resíduos utilizados na planta do projeto (MWh)
= Quantidade de resíduo de biomassa tipo k queimado na planta do Projeto durante o
ano y (toneladas de massa seca)
Redução ou aumento de emissões devido à substituição de calor
A Planta de cogeração existente fornece todo calor requerido na unidade de produção.
ERheat,y = 0;
(11)
Emissões da linha base devido ao apodrecimento natural ou da queima não controlada de fontes
antropogênicas de resíduos de biomassa
Resíduos de biomassa são subprodutos do processo a são usados novamente sempre no próprio
processo na cogeração. Conseqüentemente:
BEbiomass,y = 0;
(12)
Fugas
O bagaço é um resíduo da planta agro-industrial de açúcar e álcool localizada no mesmo site. Por
conseguinte, não há mudança de resíduo de biomassa e não há fugas devido a um aumento do
consumo de combustível fóssil.
Ly = 0
(13)
B.6.2. Dados e parâmetros disponíveis na validação:
Dado / parâmetro:
Unidade do dado:
Descrição:
Fonte do dado a ser
usado:
Valor do dado
aplicado:
Justificativa da escolha
da informação ou
descrição dos métodos
de medição e
procedimentos
atualmente aplicados:
EF grid,y
tCO2/MWh
Fator de emissão de CO2 da rede elétrica durante o ano y
Dado da AND Brasileira
0,4763
“Ferramenta para calcular o fator de emissão da rede elétrica” Ver. 01.1
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
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página 24
Comentários:
O fator de emissão da energia da linha-de-base é determinada ex-post e será
atualizada anualmente a cada verificação.
Dado / parâmetro:
Unidade do dado:
Descrição:
EF BMgrid,y
tCO2/MWh
Fator de emissão de CO2 da margem de construção da rede elétrica durante o
ano y
Dado da AND Brasileira
Fonte do dado a ser
usado:
Valor do dado
aplicado:
Justificativa da escolha
da informação ou
descrição dos métodos
de medição e
procedimentos
atualmente aplicados:
Comentários:
Dado / parâmetro:
Unidade do dado:
Descrição:
Fonte do dado a ser
usado:
Valor do dado
aplicado:
Justificativa da escolha
da informação ou
descrição dos métodos
de medição e
procedimentos
atualmente aplicados:
Comentários:
0,1458
“Ferramenta para calcular o fator de emissão da rede elétrica” Ver. 01.1
O fator de emissão de energia da linha-de-base é determinada ex-post e será
atualizada anualmente a cada verificação.
EF OMgrid,y
tCO2/MWh
Fator de emissão de CO2 da margem de operação da rede elétrica durante o ano
y
Dado da AND Brasileira
0,3110
““Ferramenta para calcular o fator de emissão da rede elétrica” Ver. 01.1
O fator de emissão de energia da linha-de-base é determinada ex-post e será
atualizada anualmente a cada verificação.
B.6.3 Cálculo ex-ante da redução de emissões:
As emissões de redução são baseadas nos cálculos apresentados no item B.6.1., para a determinação
do fator de emissão da rede elétrica durante o ano foi utilizado a “Ferramenta para calcular o fator de
emissão da rede elétrica, Ver. 01.1” como descrito abaixo:
Passa 1: Identifica a rede de energia elétrica relevante
Dado / parâmetro:
EF grid,y
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página 25
Unidade do dado:
Descrição:
Fonte do dado a ser
usado:
Valor do dado
aplicado:
Justificativa da escolha
da informação ou
descrição dos métodos
de medição e
procedimentos
atualmente aplicados:
Comentários:
tCO2/MWh
Fator de emissão de CO2 da rede elétrica durante o ano y
Dado da AND Brasileira
0.1842
“Ferramenta para calcular o fator de emissão da rede elétrica” Ver. 01.1
O fator de emissão da energia da linha-de-base é determinada ex-post e será
atualizada anualmente a cada verificação.
Ano
Estimativa da
emissão de
atividade de
projeto (tCO2e)
Estimativa da
emissão de linha
de base (tCO2e)
Estimativa de
fuga
(tCO2e)
Estimativa de
redução de
emissão (tCO2e)
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
51.616
61.644
61.603
62.535
62.256
61.748
59.329
59.329
60.650
62.063
14.594
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
51.616
61.644
61.603
62.535
62.256
61.748
59.329
59.329
60.650
62.063
14.594
Total
(toneladas
de CO2e)
0
617,367
0
617,367
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B.6.4 Síntese da estimativa ex-ante da redução de emissões:
Ano
Estimativa da
emissão de
atividade de
projeto (tCO2e)
Estimativa da
emissão de linha
de base (tCO2e)
Estimativa de
fuga
(tCO2e)
Estimativa de
redução de
emissão (tCO2e)
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
51.616
61.644
61.603
62.535
62.256
61.748
59.329
59.329
60.650
62.063
14.594
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
51.616
61.644
61.603
62.535
62.256
61.748
59.329
59.329
60.650
62.063
14.594
Total
(toneladas
de CO2e)
0
617,367
0
617,367
B.7
Aplicação da metodologia e descrição do plano de monitoramento:
B.7.1 Dados e parâmetros monitorados:
Dado / Parâmetro:
Unidade:
Descrição:
Fonte do dado:
Descrição dos métodos
e procedimentos de
medição a serem
aplicados:
Procedimentos de
GQ/CQ a serem
aplicados:
Comentário:
EGproject activity yy
MWh/year
Quantidade liquida da eletricidade gerada e exportada pelo projeto para a rede
durante o ano y
Medidor de energia da conexão local para a rede energética
Medido e calculado. Medições eletrônicas constantes da quantidade total de
energia elétrica exportada para a rede.
A consistência dos dados da energia gerada medida será verificada através dos
recibos de energia vendida.
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página 27
Dado/Parâmetro:
Unidade do dado:
Descrição:
Fonte do dado a ser
usada:
Descrição dos métodos
e procedimentos de
medição a serem
aplicados:
Procedimentos de
GQ/CQ a serem
aplicados:
Comentário:
BF Bagasse, y
Toneladas métricas
A quantidade de bagaço queimada no projeto durante um ano y
Medições no local
Dado/Parâmetro:
Unidade do dado:
Descrição:
Fonte do dado a ser
usada:
Descrição dos métodos
e procedimentos de
medição a serem
aplicados:
Procedimentos de
GQ/CQ a serem
aplicados:
Comentário:
O conteúdo de umidade dos resíduos da biomassa
% de conteúdo de água
O conteúdo de umidade no resíduo da biomassa
Medições no local
Dado/Parâmetro:
Unidade do dado:
Descrição:
Fonte do dado a ser
usada:
Descrição dos métodos
e procedimentos de
medição a serem
aplicados:
Procedimentos de
GQ/CQ a serem
aplicados:
Comentário:
NCV Bagasse
GJ/toneladas
Poder Calorífico Inferior (PCI) do bagaço
Amostragens coletados na planta e enviados para laboratórios terceirizados
Utilização de medidores de peso baseado no conteúdo de fibras da cana de açúcar
entrando no processo. Ajuste do conteúdo de umidade e conseqüente
determinação da quantidade de biomassa seca. Monitorado em base constante e
diária.
Verificar as medições com o balanço energético anual que estão baseados na
quantidade comprada e as mudanças no estoque.
O conteúdo de umidade da biomassa será calculado no laboratório na planta.
Análises serão feitas com uma freqüência diária.
As medições serão feitas no laboratório no local, no mínimo a cada seis meses e
consistindo em no mínimo três amostras para cada campanha.
A consistência dos resultados será verificada através dos cálculos utilizando o
valor mínimo de queima e fazendo uma correção da umidade baseado nos
resultados dos testes no laboratório.
B.7.2 Descrição do plano de monitoramento:
A estrutura a seguir, deve ser estabelecida para o monitoramento do projeto:
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
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página 28
Os seguintes parâmetros serão monitorados:
1. Eletricidade gerada pelo Projeto exportada para a rede:
Este dado será medido em dispositivos de medição de eletricidade. Esta medição será realizada em
acordo com as padrões e normas de monitoramento da CCEE (Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica) a entidade governamental ligada à ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica).
Para garantir a consistência de dados, a leitura dos dispositivos será gravada em uma planilha
eletrônica e as faturas de vendas de energia serão arquivadas
2. A quantidade da biomassa produzido e consumido no local da atividade do Projeto.
Esses dados serão registrados em uma base diária no site da equipe técnica e armazenados em
planilhas eletrônicas.
3. Teor de umidade do bagaço (de forma a se determinar a quantidade de biomassa em
massa seca).
Isto será conseguido através de amostragem três vezes por ano e duas vezes por ano para comparar
com os padrões nacionais de medição As medições serão realizadas próprio laboratório qualificado da
empresa que segue as padrões do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).
4. Poder Calorífico Inferior (PCI) (de forma a se determinar o PCI da biomassa)
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
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página 29
Isto será conseguido através de amostragem, pelo menos três vezes por ano e medição em
conformidade com as normas de amostragem definidos pelas autoridades nacionais competentes, pelo
menos duas vezes por ano.
B.8
Data da conclusão da aplicação do estudo da linha de base e da metodologia de
monitoramento e o nome da(s) pessoa(s)/entidade(s) responsável(eis):
Data de finalização: 08/07/2009
Timothy Cowman / Vincius Ambrogi
Geoklock Consultoria e Engenharia Ambiental Ltda., Sao Paulo, Brazil
Avenida das Nações Unidas, 13.797 Bloco II – 21° andar
Cep: 04794-000, São Paulo - SP
Geoklock é a consultoria de MDL para o projeto e um proponente do projeto.
SEÇÃO C.
C.1
Duração da atividade do projeto / período de obtenção de créditos
Duração da atividade do projeto:
C.1.1. Data de início da atividade do projeto: 01/2009
09/2009 – O Projeto ainda está na fase inicial de desenvolvimento e consequentemente nenhum
equipamento já foi comprado. Está planejado que os primeiros pedidos sejam feitos em setembro 2009
e esta data será considerado com a data de início da atividade do projeto.
C.1.2. Vida útil operacional esperada da atividade do projeto: 25 anos
20 anos – 0 meses
C.2
Escolha do período de obtenção de créditos e informações relacionadas:
C.2.1. Período renovável da obtenção de créditos renovável
C.2.1.1.
créditos: 01/2009
Data de início do primeiro período de obtenção de
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
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página 30
n.a.
C.2.1.2.
Duração do primeiro período de obtenção de
créditos: 7 anos
n.a.
C.2.2. Período fixo de obtenção de créditos:
C.2.2.1.
Data de início: N/A
01/01/2011 – a data esperado para exportação da energia excedente para a rede.
C.2.2.2.
Duração: N/A
10 anos – 0 meses
SEÇÃO D.
D.1.
Impactos ambientais
Documentação sobre a análise dos impactos ambientais, inclusive dos impactos
transfronteiriços:
No Brasil, estes tipos de projetos precisam passar por um processo de licenciamento ambiental que
inclui três fases:
•
•
•
LP - Licença Prévia
LI – Licença de Instalação
LO – Licença de Operação
A unidade de produção de álcool e açúcar no mesmo local já recebeu duas das três licenças
necessárias, LP e LO, e já foi avaliada ambientalmente pelo as agências locais relevantes. A licença
de operação (LO) deve sair em setembro 2009. A unidade de cogeração para uso cativo da energia
também vai ser registrada na ANEEL.
A atividade de projeto será incluída nas licenças ambientais destacadas acima e, além disso, CCEAA
solicitará a aprovação da ANEEL para a exportação da energia excedente para a rede.
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
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página 31
D.2.
Se os impactos ambientais forem considerados significativos pelos participantes
do projeto ou pela Parte anfitriã, apresente as conclusões e todas as referências que
corroboram a documentação da avaliação de impacto ambiental realizada de acordo
com os procedimentos exigidos pela Parte anfitriã:
Nenhum impacto negativo significativo decorrente das atividades do projeto está previsto.
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
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página 32
SEÇÃO E.
E.1.
Comentários dos atores
Breve descrição de como foram solicitados e compilados os comentários dos
atores locais:
A legislação requer o anúncio da emissão de licença ambiental no jornal oficial local (Diário Oficial
do Estado) e num jornal local para tornar o processo público e permitir comentários de partes
interessadas.
Em acordo com a Resolução #1 de 02 de Dezembro de 2003 da Comissão Interministerial de
Mudança Global do Clima – CIMGC qualquer projeto deve enviar uma carta com a descrição do
projeto e um convite solicitando comentários das partes interessadas:
Cartas foram encaminhadas para várias partes interessadas, incluindo:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
E.2.
Câmara de Vereadores de Limeira do Oeste
Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Limeira do Oeste
Agencia de Meio Ambiente de Limeira do Oeste
Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Limeira do Oeste
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (SEMAD)
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento Sustentável
(FBOMS)
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
Ministério Público do Estado de Minas Gerais
Ministério Público Federal
IEF (Instituto Estadual de Florestas)
COPAM – ITURAMA
Síntese dos comentários recebidos:
Esperando pelos comentários.
E.3.
Relatório sobre como foram devidamente considerados os comentários recebidos:
Esperando pelos comentários.
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
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página 33
Anexo 1
INFORMAÇÕES PARA CONTATO DOS PARTICIPANTES DA ATIVIDADE DO
PROJETO
Organização:
Rua/ Caixa Postal:
Edifício
Cidade:
Estado/Região:
CEP:
País:
Telefone:
FAX:
E-Mail:
URL:
Representado por:
Cargo:
Forma de tratamento:
Sobrenome:
Nome
Departamento:
Celular:
FAX direto:
Tel. direto:
Email pessoal:
CCEAA Ltda.
Av. Roque Petroni Jr. 999 4th Andar
Organização:
Rua/ Caixa Postal:
Edifício
Cidade:
Estado/Região:
CEP:
País:
Telefone:
FAX:
E-Mail:
URL:
Representado por:
Cargo:
Forma de tratamento:
Sobrenome:
Nome
Departamento:
Celular:
FAX direto:
Tel. direto:
Email pessoal:
Geoklock Consultoria e Engenharia Ambiental Ltda.
Av. Nações Unidas, 13,797 – Bloco II – 14th floor
Sao Paulo
SP
CEP 04707-910
Brazil
+55 11 5185-3537
Sr.
Hudson
Brian
[email protected]
Sao Paulo
SP
CEP 04794-000
Brazil
+55 11 5501-3783
Mr
Ohata
Jaime
[email protected]
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página 34
Anexo 2
INFORMAÇÕES SOBRE FINANCIAMENTO PÚBLICO
Não há financiamento público de países do Anexo 1 envolvido na atividade do projeto.
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
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página 35
Anexo 3
INFORMAÇÕES DA LINHA DE BASE
DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (DCP MDL) - Versão 03.1.
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página 36
Anexo 4
PLANO DE MONITORAMENTO
O plano de monitoramento e os dados são descritos na seção B.7.
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