UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Alisson Thiago Gonçalves Rodrigues
PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO DA COLETA DO LIXO
DOMICILIAR COM O AUXÍLIO DE SISTEMAS DE
INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS. Estudo de caso na cidade
de Petrolina/PE.
Juazeiro – BA
2010
i
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Alisson Thiago Gonçalves Rodrigues
PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO DA COLETA DO LIXO
DOMICILIAR COM O AUXÍLIO DE SISTEMAS DE
INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS. Estudo de caso na cidade
de Petrolina/PE.
Trabalho apresentado à Universidade Federal do Vale
do São Francisco – UNIVASF, Campus Juazeiro, como
requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro
de Produção.
Orientador: Prof. Dr. Paulo César Rodrigues de Lima
Júnior
Juazeiro – BA
2010
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
FOLHA DE APROVAÇÃO
Para TFC
Alisson Thiago Gonçalves Rodrigues
PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO DA COLETA DO LIXO
DOMICILIAR COM O AUXÍLIO DE SISTEMAS DE
INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS. Estudo de caso na cidade
de Petrolina/PE.
Trabalho de Final de Curso apresentado como requisito parcial para
obtenção do título de Engenheiro de Produção, pela Universidade
Federal do Vale do São Francisco.
Paulo César Rodrigues de Lima Junior - UNIVASF
XXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXX
Aprovado pelo Colegiado de Engenharia de Produção em __ / __ / __
iii
Resumo
Este trabalho demonstra a importância, através de um estudo de caso, do uso de um
Sistema de Informação Geográfica no planejamento e a operação da coleta de lixo
domiciliar. Primeiramente,com o auxílio do GPS e do software GPS TrackMaker, foi
mapeado o setor utilizado para a realização da pesquisa, visando a busca de
informações, como por exemplos itinerário realizado pelo caminhão. Logo após,
utilizou-se o Sistema de Informações Geográficas – SIG como ferramenta para
roteirização de veículos de coleta de resíduos sólidos domiciliares. Os softwares
utilizados foram o ArcGIS e o TransCAD , que é um SIG específico para aplicações
em problemas de transporte e possibilita o desenvolvimento de rotas utilizando-se
algoritmos de roteirização em arco (Solid Waste Collection Routing). Os resultados
obtidos mostraram que a utilização destas ferramentas para avaliar o funcionamento
do sistema mostra-se, cada vez mais, necessária.
Palavras-chave: roteirização de veículos, resíduos sólidos, coleta domiciliar, SIG.
iv
Abstract
Keywords:
v
Lista de Tabelas
Tabela 1: Tipos de contêineres intercambiáveis. ...................................................... 22
Tabela 2: Tamanho e composição da frota. .............................................................. 46
Tabela 3: Quantidade de resíduo e distância percorrida por mês em cada setor. .... 47
Tabela 4: Distâncias percorridas pelo caminhões em cada setor. ............................ 54
Tabela 5: Continuação da Tabela 4. ......................................................................... 54
Tabela 6: Distância percorrida no setor 1. ................................................................. 54
Tabela 7: Distância diária percorrida pelo caminhão no setor 1, proposta pelo
software. .................................................................................................................... 56
vi
Lista de Ilustração
Figura 1: Produção de lixo domiciliar per capita. ....................................................... 11
Figura 2: Tipos de cestos coletores de calçada. ....................................................... 19
Figura 3: Recipiente basculante ................................................................................ 19
Figura 4: Carrinho lutocar. ......................................................................................... 20
Figura 5: Coleta usando contêiner coletor basculável estacionário........................... 21
Figura 6: Container intercambiável. ........................................................................... 21
Figura 7: Veículo com carroceria sem compactação. ................................................ 24
Figura 8: Compactador fechado ................................................................................ 24
Figura 9: Mapa da cidade de Petrolina. ..................................................................... 45
Figura 10: Percurso realizado no setor 1. ................................................................. 48
Figura 11: Mapa da cidade de Petrolina no software ArcGis, contendo as quadras, os
eixos das ruas (setas) e o banco de dados. .............................................................. 49
Figura 12: Mapa de Petrolina no software TransCAD. .............................................. 50
Figura 13: Banco de dados do software TransCAD. ................................................. 50
Figura 14: Rota do setor 1, proposto pelo TransCAD. .............................................. 53
Figura 15: Bairro Cohab Massagano IV – setor 1. .................................................... 57
Figura 16: Bairro Cosme e Damião – setor 1. ........................................................... 57
Figura 17: Mapa com a atual divisão dos setores no distrito Sede. .......................... 58
vii
Sumário
1.
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9
1.1 Objeto de Estudo ............................................................................................... 10
1.2 Justificativa......................................................................................................... 11
1.3 Objetivos ............................................................................................................ 13
1.3.1 Objetivo Principal ........................................................................................ 13
1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 13
1.4 Estrutura do Trabalho......................................................................................... 14
2.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 15
2.1 Resíduos Sólidos Urbanos ................................................................................. 15
2.1.1 Definições e Classificações ........................................................................ 15
2.1.2 Acondicionamento do Lixo .......................................................................... 18
2.1.3 Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Domiciliares .............................. 22
2.1.4 Equipamentos de Coleta e Transporte........................................................ 23
2.1.5 Dimensionamento e Programação da Coleta Domiciliar ............................. 26
2.1.6 Roteirização dos Veículos da Coleta .......................................................... 28
2.2 Sistemas de Informação Geográfica .................................................................. 32
2.2.1 Definições e Características ....................................................................... 32
2.2.2 Aplicações dos Sistemas de Informação Geográfica .................................. 34
2.2.3 Aplicabilidade de SIG na coleta e no transporte de resíduos...................... 38
2.3 Sistema de Posicionamento Global – GPS ........................................................ 39
2.4 Conclusão .......................................................................................................... 43
3.
METODOLOGIA ................................................................................................ 44
3.1 Campo de Atuação ............................................................................................ 44
3.2 Tipo e Natureza da Pesquisa ............................................................................. 45
viii
3.3 Coleta de Dados ................................................................................................ 46
3.4 Tratamento e Análise dos Dados ....................................................................... 53
4.
ANÁLISE DE RESULTADOS ............................................................................ 56
4.1 Aplicação do Software........................................................................................ 56
5.
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................ 59
5.1 Conclusões ........................................................................................................ 59
5.2 Recomendações ................................................................................................ 60
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 62
ANEXO 1................................................................................................................... 65
ANEXO 2................................................................................................................... 70
9
1. INTRODUÇÃO
O comportamento consumista que a sociedade está adotando, faz com que
a questão do lixo urbano torne-se cada vez mais preocupante, tanto sob o
ponto de vista ambiental, quanto social e econômico (PEIXOTO, 2006). De
acordo com a Fundação Nacional de Saúde (2004) a geração de lixo é
crescente, devido também ao aumento populacional. Com isto, os problemas
causados pelos resíduos aumentam significativamente, principalmente nos
centros urbanos, já que, segundo Monteiro et al. (2001), a concentração urbana
da população no país ultrapassa a casa dos 80%. O problema do resíduo
sólido torna-se mais grave com o desenvolvimento econômico local, pois o
poder público municipal estimula-o sem analisar o efeito colateral provocado,
que é o aumento da produção de lixo. Tendo ausente uma política de ocupação
do solo e o município passando por um processo de urbanização, a população
terá dificultado o seu acesso ao serviço de limpeza (BRASILEIRO e LACERDA,
2008).
O planejamento e controle operacional da coleta e do transporte de
resíduos sólidos tornam-se atividades imprescindíveis para a execução dos
mesmos, pois, segundo IPT (1995), esses serviços são os que estão entre os
de maior visibilidade, perante a população. Portanto, um bom gerenciamento
desses serviços dá a sensação de eficiência da gestão pública à população de
um bom nível de serviço. Também, de acordo com Halliday (2003), esses
serviços representam cerca de 50% dos custos totais das empresas de coleta.
De acordo com Tubino (2006) o processo de planejamento descreve o que,
quem, como, onde e quando vai fazer. Sendo assim, o setor de coleta é
constituído por uma sequência de etapas, que incluem a determinação dos
setores (onde vai fazer), a atribuição de frequência e turnos de coleta (quando
vai fazer), o cálculo da frota necessária e a geração de itinerários (como vai
fazer).
Segundo Castro (2006) a determinação dos setores de coleta de lixo e dos
roteiros dos veículos de coleta vem sendo feita de maneira empírica em grande
parte dos municípios Brasileiros. Em uma pesquisa realizada por Deluqui
10
(2003), onde foram considerados alguns aspectos; como volume de tráfego,
distância a ser percorrida, a topografia, o início da coleta nos pontos mais
próximos à garagem, entre outros, mostrou-se que, em 62% dos municípios
brasileiros, o itinerário utilizado na coleta e transporte dos resíduos foi
elaborado manualmente com base em experiência dos próprios trabalhadores.
Este fato é encontrado na empresa de coleta de resíduo domiciliar da cidade
de Petrolina, onde a mesma caracteriza-se por planejar sua operação baseada
na experiência das pessoas, ou seja, não possui ferramentas computacionais
para realizar uma análise sistemática ou uma avaliação de todo sistema.
O surgimento da necessidade de planejar e de tomar decisões para
otimizar o processo da coleta de resíduos fez com que as organizações fossem
buscar as tecnologias disponíveis. Assim, para Deluqui (2003), a utilização do
Sistema de Informações Geográficas (SIG) mostra-se viável devido o seu
potencial de manipulação de dados. Com isso, o SIG auxilia e agiliza os
procedimentos de planejamento e de tomadas de decisão. De acordo com
Gallis (2002) a utilização de hardware e software como meios para capturar,
armazenar, manipular e analisar dados torna-se inevitável. Os Sistemas de
Informações Geográficas possuem diversas finalidades e vem sendo utilizados
em várias áreas de conhecimento, principalmente em problemas de transporte.
Lemes (2004) ainda enfatiza que o SIG utiliza um grande números de
ferramentas analíticas para explorar os dados e que tem agilidade em agregar
grandes quantidades de informação.
1.1
Objeto de Estudo
Com observância no nível de desenvolvimento alcançado pela cidade de
Petrolina, a quantidade de lixo produzido na cidade tende a aumentar, pois esta
é uma das características predominante neste contexto.
Atualmente, segundo o IBGE (2009), a cidade de Petrolina/PE possui uma
população de aproximadamente 282 mil habitantes, ele também estima que
nas cidades com esta população sejam produzidos em média 800 gramas de
11
lixo por habitante/dia, como mostrado na Figura 1 abaixo, resultando assim, em
uma produção com um valor aproximado de 230 toneladas/dia de lixo. Este
fato, acrescentado de uma maior exigência no nível do serviço prestado traz a
necessidade, por parte das empresas, da melhoria contínua em seus sistemas
de planejamento e controle da coleta e transporte dos resíduos.
Figura 1: Produção de lixo domiciliar per capita.
Fonte: Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais,
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000 / IBGE.
Diante do exposto, este estudo pretende responder à seguinte questão:
Como se pode melhorar o planejamento e a operação do serviço de coleta de
lixo domiciliar utilizando sistemas de informações geográficas?
1.2
Justificativa
Nos últimos anos, o aumento populacional e consequentemente a
crescente produção de resíduos sólidos – lixo – nas regiões urbanas veem
sendo considerado um dos grandes desafios a serem enfrentados pelas
cidades (Pereira, 2007). Segundo as Nações Unidas (2001), a produção de
resíduos sólidos poderá quadruplicar ou quintuplicar até o ano de 2025, pois a
sociedade apresenta um comportamento fundamentado no consumo.
12
De acordo com o IPT (1995), as cidades brasileiras produzem lixo em
quantidades e composições diferentes, dependendo do tamanho da população
e do seu desenvolvimento econômico. Segundo Borges (2009), a rapidez na
prestação do serviço, com garantia de abrangência, regularidade, eficiência e
eficácia são características primordiais para uma empresa de coleta, pois o lixo
é perecível. Sendo assim, o planejamento e o controle operacional tornam-se
ferramentas essenciais para a prestação deste serviço, já que, segundo IPT
(1995), a execução deste serviço apresenta-se como o espelho da
administração municipal e, de acordo com o IPT e CEMPRE (2000), os
serviços de limpeza absorvem entre 7 e 15% de um orçamento municipal.
Conforme Halliday (2003), a utilização de tecnologias auxilia os
tomadores de decisões no planejamento das suas atividades, por conseguinte
otimizando todo seu sistema, principalmente o serviço de coleta e transporte, já
que são os que contemplam 50% dos custos da empresa.
Segundo Câmara et al. (1996) o uso de sistemas de informação
geográfica (SIG) pelas administrações municipais, regionais e nacionais como
ferramenta de auxílio é crescente, especialmente como apoio ao planejamento.
E Raia Jr. e Silva (1998) dizem que os SIG veem demonstrando capacidade de
envolver atributos de pessoas, redes, sistemas e serviços geograficamente
referenciados.
Pereira e Silva (2001, p. 105) afirmam que
a maior parte das tomadas de decisões por órgãos de
planejamento e gestão urbana envolve um componente
geográfico diretamente ou por implicação, daí a importância
que as tecnologias de Geoprocessamento adquirem para a
moderna gestão da cidade.
De acordo com Silva e Zaidan (2004, p. 98)
13
a principal característica do geoprocessamento é permitir a
investigação
sistemática
das
propriedades
e
relações
posicionais dos eventos e entidades representados em uma
base de dados georreferenciados, transformando dados em
informação destinada ao apoio à tomada de decisão.
Logo, evidencia-se pelas considerações relativas à coleta de lixo, ao SIG
e ao geoprocessamento, que qualquer sistema de coleta de resíduos, para
atingir seus objetivos, necessita formular planos, seguindo estratégias prédefinidas pela organização, e utilizar tecnologia capaz de auxiliar na tomada de
decisão.
1.3
Objetivos
1.3.1 Objetivo Principal
Demonstrar a melhoria nos processos de planejamento e de operação
do serviço de coleta de lixo domiciliar através do uso dos Sistemas de
Informações Geográficas como ferramenta de apoio à tomada de decisão.
1.3.2 Objetivos Específicos
Para a operacionalização e o atingimento do objetivo geral, torna-se
necessário alcançar objetivos secundários, que buscam direcionar e planejar a
pesquisa. São eles:
14

demonstrar a importância do Sistema de Informação Geográfica para a
tomada de decisão dos gestores do serviço de coleta dos resíduos
sólidos da cidade de Petrolina;

descrever o modelo de planejamento e operação do serviço de coleta
dos resíduos sólidos da cidade de Petrolina.

criar uma base de dados georreferenciada para a cidade de Petrolina.

1.4
Estrutura do Trabalho
O trabalho apresenta o estudo proposto em seis capítulos, sendo este o
introdutório. Onde está exposto a definição do problema, o objetivo principal e
os específicos e a justificativa do estudo.
O segundo capítulo está composto com os diversos conceitos vinculados
ao estudo realizado, sendo estes abordados durante todo o trabalho. Contendo
também, abordagens e linhas de pensamentos de diversos autores. Buscando
assim, fundamentar e correlacionar as ideias descritas neste trabalho.
O terceiro capítulo evidencia a metodologia utilizada no estudo.
Descrevendo assim, o campo de atuação, o tipo e a natureza da pesquisa e
como serão coletados e tratados os dados envolvidos no estudo.
O capítulo quatro demonstra os resultados obtidos a partir da análise
dos dados coletados na empresa e no campo, com o auxilio do sistema de
posicionamento global - GPS, com os originados pela ferramenta SIG.
Finalizando, o capítulo cinco traz as conclusões extraídas dos resultados
alcançados, as limitações encontradas durante a pesquisa e demonstra
também, oportunidades de trabalhos futuros.
15
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo será apresentado, de maneira detalhada, todo o contexto
que envolve a pesquisa, desde variados conceito, abordados por diversos
autores até a importância da sua aplicação.
Inicialmente, serão abordados os conceitos e as definições de resíduos
sólidos, e posteriormente analisaremos as suas formas de acondicionamento,
os equipamentos de coleta e transporte, a programação e o dimensionamento
da coleta e, principalmente, a roteirização de veículos coletores de lixo.
Dando continuidade, ponderaremos os conceitos, as características e a
aplicabilidade dos sistemas de informação geográfica (SIG). Por fim, será
exposta a correlação existente entre os SIG e a coleta e transporte dos
resíduos sólidos.
2.1
Resíduos Sólidos Urbanos
2.1.1 Definições e Classificações
Considera-se por definição de resíduos sólidos, de acordo com o
Relatório Preliminar da Política Nacional de Resíduos Sólidos (2002), como
sendo qualquer material, substância ou objeto descartado, resultante de
atividades humanas e animais, ou decorrente de fenômenos naturais, que se
apresentam nos estado sólido e semi-sólido, incluindo-se os particulados.
Segundo Fundação Nacional de Saúde (2004), resíduos sólidos são materiais
heterogêneos, podendo ser inertes, orgânicos e minerais que resultam das
atividades humanas e da natureza.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT ) define resíduos
sólidos como:
16
[...] resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de
atividade de origem industrial, doméstica, comercial, agrícola,
de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os
lodos provenientes dos sistemas de tratamento de água,
aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle
de
poluição,
bem
como
determinados
líquidos
cujas
particularidades tornem inviável o lançamento na rede pública
de esgotos ou corpos de água, ou exijam, para isso, soluções
técnicas e economicamente inviáveis face à melhor tecnologia
disponível (NBR 10004, p. 1).
Segundo IPT (1995), resíduos sólidos são os restos das atividades
humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou
descartáveis. Normalmente, apresentam-se sob o estado sólido, semi-sólido ou
semi-líquido (com conteúdo líquido insuficiente para que este líquido possa fluir
livremente).
Os resíduos sólidos classificam-se de diversas maneiras. De acordo com
a ABNT o lixo pode ser classificado das seguintes formas (NBR 10004):

por natureza física: seco e molhado;

por sua composição química: matéria orgânica e inorgânica;

pelos riscos potenciais ao meio ambiente: perigosos, não-inertes e
inertes.
Segundo Monteiro et al. (2001), a classificação se dá quanto aos riscos
potenciais de contaminação do meio ambiente, são eles:

classe I ou perigosos: São aqueles que, em função de suas
características intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade ou patogenicidade apresentam riscos à saúde pública.

classe II ou não-inertes: São os resíduos que podem apresentar
características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade,
com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente,
17
não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I –
Perigosos – ou Classe III – Inertes.

classe III ou inertes: são aqueles que, por suas características
intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente.
Observando a origem dos resíduos sólidos, a classificação segundo a
ABNT é (NBR 10004):

domiciliar: aquele originado da vida diária das residências, constituído
por restos de Alimentos (tais como cascas de frutas, verduras, etc.),
produtos deteriorados, jornais e revistas, garrafas, embalagens em
geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de
outros itens. Contém, ainda, alguns resíduos que podem ser tóxicos.

comercial: aquele originado dos diversos estabelecimentos comerciais e
de serviços, tais como, supermercados, estabelecimentos bancários,
lojas, bares, restaurantes, entre outros. O lixo destes estabelecimentos
e serviços tem um forte componente de papel, plásticos, embalagens
diversas e resíduas de asseio dos funcionários, tais como, papéistoalha, papel higiênico.

público: é originado dos serviços de limpeza pública urbana, incluindo
todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, de
galerias, de córregos e de terrenos, restos de podas de árvores, de
limpeza de áreas de feiras livres, constituídos por restos vegetais
diversos, embalagens.

serviços de saúde e hospitalar: constituem os resíduos sépticos, ou
seja, que contém ou potencialmente podem conter germes patogênicos.
São produzidos em serviços de saúde, tais como: hospitais, clínicas,
laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde. São
agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos
removidos, meios de culturas e animais usados em testes, sangue
coagulado, luvas descartáveis, remédios com prazo de validade
vencidos, instrumentos de resina sintética, filmes fotográficos de raios
X.

industrial: aquele originado nas atividades dos diversos ramos da
indústria, tais como metalúrgica, química, petroquímica, papelaria,
18
alimentícia etc. O lixo industrial é bastante variado, podendo ser
representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos,
plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros e
cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se a grande maioria do lixo
considerado tóxico.

agrícola: resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária, como
embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita,
dentre outros.
2.1.2 Acondicionamento do Lixo
Para o IPT (1995), a coleta e o transporte dos resíduos se dividem em
duas fases: a interna e a externa. A primeira é de responsabilidade do gerador
e a segunda da administração municipal.
O acondicionamento é de
responsabilidade do gerador, mas apesar disso a administração municipal deve
exercer
as
funções
de
regulamentação,
educação
e
fiscalização,
principalmente no caso dos estabelecimentos de saúde, visando assegurar
condições sanitárias e operacionais adequadas. Ainda segundo IPT (1995), os
fatores que irão determinar a forma de acondicionamento do lixo são:

a quantidade;

a composição;

a movimentação (tipo de coleta, frequência).
De maneira geral, os recipientes para o acondicionamento de pequenos
volumes segundo IPT (1995) são:

cestos coletores de calçada: São recipientes colocados em logradouros
públicos, tais como ruas, praças, parques e praias para receber o lixo
dos transeuntes (Figura 2). Nas ruas de grande movimentação, os
cestos devem ser instalados, no máximo, a cada 50m. Podem ser
metálicos ou de material plástico e devem facilitar a remoção dos
resíduos por parte do varredor.
19
Figura 2: Tipos de cestos coletores de calçada.
Fonte: Monteiro et al. (2001).

recipientes basculantes: São recipientes que possuem um sistema de
basculamento para remoção de lixo, dispendendo-se menor esforço
(Figura 3). No caso de receberem matéria orgânica, os recipientes
deverão ter um sistema de captação de líquidos e saída de gases.
Figura 3: Recipiente basculante
Fonte: Monteiro et al. (2001).

carrinhos (Lutocar): Especialmente destinados à varrição de ruas e
áreas públicas, são recipientes vinculados a carrinhos, geralmente de
duas rodas, podendo dispor de porta-vassoura e compartimento para
conveniência do varredor (Figura 4).
20
Figura 4: Carrinho lutocar.
Fonte: Monteiro et al. (2001).

tambores: Tambores de 200 litros ou menores podem ser utilizados
como recipientes para lixo. Para tanto, devem ser adaptados com alças
de manuseio e tampa, impedindo a dispersão de odor e a entrada de
animais. O tambor deve reter líquidos e ser de material resistente à
corrosão, como aço pintado ou plástico.

sacos plásticos: Para o gerador, a utilização de sacos plásticos tem a
vantagem de evitar o furto do recipiente rígido. Para o serviço de coleta,
comparando-se com a utilização de recipientes rígidos, os sacos
plásticos apresentam as seguintes vantagens:
 requerem menor esforço dos coletores;
 reduzem o tempo de coleta;
 impedem a absorção de água de chuva;
 diminuem a poluição sonora.
Portanto, o acondicionamento do lixo em equipamentos e em condições
adequadas gera uma redução de gastos com varrição e torna mais eficaz as
campanhas de conscientização da população em relação à limpeza pública.
Conforme relatado ainda em IPT (1995), o material deve ser resistente à
perfuração e não pode ser transparente.
De maneira geral, para os resíduos comercial e industrial são utilizados
recipientes especiais, devido ao seu grande volume, denominados contêineres
ou caçambas estacionárias, que podem ser divididos em (IPT, 1995):
21

contêineres Coletores Basculáveis Estacionários: São os recipientes
possíveis de serem basculados, pela lateral ou por trás do veículo para
a descarga dos resíduos, como mostrado na Figura 5. Em geral,
possuem capacidade de 0,7 a 2,0m3.
Figura 5: Coleta usando contêiner coletor basculável estacionário.
Fonte: Monteiro et al. (2001).

contêineres Intercambiáveis: São recipientes que, quando cheios, são
removidos e substituídos por recipientes vazios (Figura 6). Os veículos
que os transportam possuem chassi dotado de equipamento de
levantamento. Têm capacidade de 2,5 a 3,0 m3 e são encontrados nos
padrões indicados na Tabela 1.
Figura 6: Container intercambiável.
Fonte: Monteiro et al. (2001).
22
Tabela 1: Tipos de contêineres intercambiáveis.
Denominação usual
Característica de descarga
Capacidade (m3)
Caixa Brooks
Bascula por trás do veículo
5,0 a 7,0
Caixa Dempster
Descarrega por baixo
3,0 a 4,0
Caçamba Coletora
Com ou sem compactação
2,5 a 30,0
Fonte: IPT 1995.
2.1.3 Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Domiciliares
Os serviços de coleta e transporte dos resíduos sólidos domiciliares são
os que têm mais importância, devido aos seus custos e ao alto nível de
representatividade em relação à visualização da população para com a
administração pública. O trabalho em conjunto da empresa coletora com a
comunidade local torna-se um fator determinante para a prestação de um bom
serviço, já que a empresa determina a frequência, o ponto de coleta, os dias e
horários que os resíduos têm que ser colocados em locais pré-estabelecidos, e
o não cumprimento deste implica em acúmulo de resíduos em locais
impróprios.
Segundo a Fundação Nacional de saúde (2004), a universalidade do
serviço prestado, ou seja, toda a população deva ser coberta pelo serviço de
coleta, e a regularidade na coleta, isto é, os veículos coletores devem cumprir
com os locais, dias e horários pré-definidos, são requisitos primordiais para
garantir a qualidade da prestação dos serviços de coleta e transporte dos
resíduos sólidos.
Existem diversos tipos de coleta. A NBR – 12980 estabelecem-os da
seguinte forma:

coleta domiciliar (ou convencional), que consiste na coleta do lixo de
residências, estabelecimentos comerciais e industriais cujo volume não
ultrapasse o previsto em legislação municipal;

coleta de feiras, praias, calçadas, e demais equipamentos públicos;
23

coleta de resíduos de serviços de saúde, englobando hospitais,
ambulatórios, postos de saúde, laboratórios, farmácias, clínicas
veterinárias e outros.
Segundo IPT (1995), para os estabelecimentos que produzam resíduos
numa quantidade superior à prevista em legislação municipal ou dependendo
do tipo de resíduo, existe a coleta particular, que é a que engloba os resíduos
não recolhidos pela coleta regular.
Indústrias, supermercados, shopping
centers, construtoras e empreiteiras, hospitais, ambulatórios, centros de saúde
e farmácias são exemplos de locais onde obrigatoriamente existe a coleta
particular. Ainda é observado pelo mesmo autor que, para a otimização do
sistema de coleta e transporte, o fluxo permanente de informação é necessário
para um bom planejamento e gerenciamento.
2.1.4 Equipamentos de Coleta e Transporte
Os resíduos sólidos necessitam ser coletados e transportados do lugar
de origem até o destino final. Para a realização deste serviço, existem diversas
maneiras, dentre elas, a utilização de veículos tipo lutocar, carroças de tração
animal, caçambas tipo basculante, caminhão com sistemas de compactação de
diversas capacidades e carretas rebocadas com trator (PARRA et al., 2000).
Segundo IPT (1995) para a coleta e o transporte dos resíduos com
tração veicular existem basicamente dois tipos de carrocerias montadas sobre
chassi de veículos, são eles:

carrocerias sem compactação: Pela norma NBR-12980, veículos com
carrocerias fechadas e metálicas, construídas em forma de caixa
retangular, com tampas escorrediças abauladas. São denominados
Coletores Convencionais Tipo Prefeitura, se sua descarga se dá por
basculamento (Figura 7).
24
Figura 7: Veículo com carroceria sem compactação.
Fonte: (IPT 1995).

carrocerias com compactador: Veículos com carroceria fechada
contendo dispositivos mecânicos ou hidráulicos que possibilitam a
distribuição e compressão dos resíduos no interior da carroceria são
denominados, pela norma NBR-12980, Coletores Compactadores,
Figura 8.
Figura 8: Compactador fechado
De acordo com EPA citado por Carvalho (2001), esse último modelo de
coleta e transporte veem sendo o mais utilizado, pois são equipados com
prensas hidráulicas para compactação do lixo e consequente aproveitamento
de volume, e para empurrar o lixo compactado no local de disposição. Já os
caminhões não compactadores estão sendo utilizado em comunidades
pequenas ou em áreas onde a densidade populacional é baixa.
Segundo a Fundação Nacional de Saúde (2004) o caminhão com o
sistema de compactação apresenta as seguintes vantagens:
25

capacidade de coletar grandes volumes;

maior velocidade operacional (km/h);

evita derramamentos dos resíduos;

possui condições ergonométricas ideais para o serviço dos coletores;

apresenta maior produtividade;

o descarregamento é rápido;

Dispensa arrumação dos resíduos nas carrocerias;
E apresentam as seguintes desvantagens:

preço elevado;

alto custo de manutenção;

não trafega em trechos de acesso complicado;

relação custo benefício desfavorável em cidades de baixa densidade
populacional.
De acordo com IPT (1995) existem fatores que vão influenciar na
escolha dos coletores e do transporte dos resíduos, são eles:

quantidade de resíduos: para cidades com baixa concentração
populacional, veículos sem compactação podem transportar por viagem
até 15 m3 ou 3,5 toneladas, considerando-se o peso específico médio
do lixo solto de 250 kg/m3;

forma de acondicionamento do resíduo: caso o resíduo esteja
acondicionado em contêiner será necessário que este seja compatível
com o sistema de basculamento do veículo;

condições de acesso ao ponto de coleta: veículos como trator agrícola
ou de tração animal são algumas alternativas para o acesso a áreas
restritas aos veículos usuais.
EPA citado por Carvalho (2001) ressalva quanto os requisitos mais
importantes na escolha dos coletores e transportadores de resíduos citado por
IPT, e afirma que os mais importantes são o método de coleta, a quantidade de
resíduos e a caracterização física das rotas.
26
2.1.5 Dimensionamento e Programação da Coleta Domiciliar
O dimensionamento do serviço de coleta de lixo domiciliar, segundo
Parra et al. (2000) e a Fundação Nacional de Saúde (2004), consiste na
determinação da frota necessária para o serviço de coleta e também na
composição dos elementos envolvidos no itinerário. Completando essa ideia,
IPT e CEMPRE (2000) afirmam que os tipos de veículos, equipamento a serem
utilizados, frota necessária, quantidade de pessoal, frequência, horários,
roteiros, itinerários e pontos de destinação são procedimentos a serem
observados quando planeja-se o dimensionamento e a programação do
sistema de coleta.
O exercício de dimensionar o sistema de coleta pode ser utilizado
quando a empresa desejar ampliar sua área de atuação ou para o
redimensionamento do sistema, quando o mesmo mostra a necessidade de
reformulação (baixa eficiência e produtividade do serviço) (USEPA citado por
HALLIDAY, 2003). O aumento ou diminuição da população, as mudanças de
características de bairros e a existência do recolhimento irregular dos resíduos
são alguns fatores que indicam a necessidade de redimensionamento dos
roteiros de coleta (MONTEIRO et al., 2001).
Os procedimentos para processo de dimensionamento ou reformulação
do sistema de coleta segundo a USEPA citado por Halliday (2003), são:

definição dos objetivos e restrições da comunidade, quanto ao sistema
de coleta e transporte de resíduos;

caracterização da geração e da área envolvida no serviço de coleta e
transporte de resíduos;

avaliação das alternativas e necessidades do sistema de coleta;

determinação das opções de coleta pública e/ou privada;

determinação da estrutura de financiamento do sistema;

identificação do processo de acondicionamento dos resíduos e
procedimentos de coleta;

definição dos equipamentos de coleta e tamanho das equipes de
trabalho;
27

desenvolvimento de rotas e horários de coleta;

implementação do sistema de coleta;

monitoramento da performance do sistema, realizando ajustes quando
necessário.
De acordo com Castro (2006) as etapas para o dimensionamento dos
serviços de coleta são as seguintes:

Levantamento de dados:

mapa geral do município, cadastral ou semicadastral;

veículos disponíveis da frota e respectivas capacidades, quando
não se tratar de dimensionamento de um novo serviço;


sentido de tráfego das avenidas e ruas.
Localização de pontos importantes para coleta:

localização da garagem dos veículos e local de destinação final;

localização de unidades ou locais de grande geração de
resíduos.

Definição de setores de coleta:

subdivisão da cidade em setores de coleta que representem
regiões homogêneas em termos da geração de lixo per capita, do
uso e ocupação do solo;

definição de horários e frequência da coleta, considerando a
produção de lixo nos setores, evitando o acúmulo de resíduos, e
os inconvenientes ao trânsito regular.

Estimativa da quantidade de lixo por setor:

a estimativa da quantidade de lixo produzida. Entretanto, na
impossibilidade da realização de pesquisas no local, adotam-se
valores médios de referência da produção de resíduos
domiciliares, por faixa socioeconômica da população.

Estimativa dos parâmetros operacionais:

distância entre a garagem da empresa e o setor de coleta;

distância entre o setor de coleta e o ponto de descarga;

extensão total das vias do setor de coleta;

velocidade média no percurso durante a coleta depende do
sistema viário, da topografia do local, do tamanho da guarnição,
28
da quantidade de lixo a ser coletada por unidade de distância
(kg/km) e do carregamento do veículo, e varia entre 4 e 6,5 km/h;

velocidade média nos percursos entre a garagem e o setor de
coleta e entre o setor de coleta e o ponto de descarga e viceversa; deve ser medida em campo e pode variar entre 15 e 30
km/h.
2.1.6 Roteirização dos Veículos da Coleta
De acordo com Brasileiro (2004) denomina-se roteirização como sendo a
determinação de uma ou mais rotas a serem percorridas por veículos de uma
frota, passando por locais pré-estabelecidos. Esses locais podem ser
caracterizados por serem pontos específicos, denominados como nós de uma
rede ou por ser segmentos de vias, caracterizados como arcos ou ligações
(BRASILEIRO e LACERDA, 2008).
Segundo Mendes e Paula e Faria (2008) os procedimentos de
otimização, em nível operacional, quer seja num ambiente urbano ou
rodoviário, que consista na programação e/ou alocação de um ou mais veículo
em serviços de transporte (coleta e/ou entrega) ou em itinerários (rotas),
considera-se roteirização.
O Quadro 1 apresenta as características dos problemas de roteirização
e programação de veículos.
29
Quadro 1: Características dos problemas de roteirização e programação de veículos.
CARACTERÍSTICAS
1. Tamanho da frota disponível
POSSIBILIDADES
um veículo
vários veículos
homogênea (somente um tipo de veículo)
2. Tipo da frota disponível
heterogênea (Vários tipos de veículos)
veículos especiais (divididos em compartimentos)
3. Garagem dos veículos
um único depósito
vários depósitos
determinística
4. Natureza da demanda
probabilística
parcialmente satisfeita
nos nós
5. Localização da demanda
nos arcos
misto
não orientada
6. Característica da rede
orientada
mista
euclidiana
impostas (todos os veículos com mesma capacidade)
7. Restrições da capacidade do
veículo
impostas (veículos com diferentes capacidades)
não Impostas (capacidade ilimitada)
impostos (todas as rotas com o mesmo tempo máximo)
8. Tempos máximos de rotas
impostos (rotas com diferentes tempos máximos)
não Impostos
somente coletas
somente entregas
9. Operações envolvidas
mistas
entregas com “quebras” (permitidas ou proibidas)
volta carregada
variáveis ou custos de roteirização
10. Custos
fixos de operação ou custos de aquisição de veículos
custos comuns de transporte
minimizar os custos totais de roteirização
minimizar a soma dos custos Fixos e Variáveis
11. Objetivos
minimizar o número necessário de veículos
maximizar a função utilidade (baseada no serviço ou na
conveniência) ou (baseada nas prioridades do cliente)
Fonte: BODIN et al. (1983) apud AGUIAR (2003).
A roteirização na coleta de lixo tem como objetivo definir o melhor
percurso para o atendimento de uma determinada área, atentando ao menor
30
custo em termos de quilometragem e tempo total, levando em consideração as
restrições movimentação dos veículos nas ruas da cidade, capacidade dos
caminhões e tempo de serviço máximo da frota (BRASILEIRO e LACERDA,
2008).
A disponibilidade de ferramentas provenientes de técnicas heurísticas e
a utilização de programas computacionais, segundo Deluqui (2003) têm
facilitado o desenvolvimento de rotas. Diversos autores apresentam métodos
para o estabelecimento de roteiros, de acordo com Castro (2006) a maioria são
métodos intuitivos, ou seja, baseadas na experiência particular e na aplicação
de alguns recursos técnicos, no entanto, são baseados em parâmetros
topográficos e geográficos dos setores ou área a serem coletadas, porém sem
a utilização de técnicas matemáticas.
A definição das rotas, segundo Brasileiro (2004) pode ser feitas
utilizando técnicas matemáticas, para isso, utiliza-se algoritmos. E a
roteirização pode ser realizada por método manual, computacional ou de
maneira empírica. De acordo com Brasileiro e Lacerda (2008) a rota é definida
através de um algoritmo que é integrado a um software, denominado de
roteirizador. Esse tipo de software estabelece a melhor rota de acordo com as
restrições impostas. Existem ainda outros softwares que, além de definir a rota,
produzem um mapeamento computadorizado e permitem modificar o banco de
dados, gerando diferentes rotas e proporcionando a escolha da melhor rota,
segundo uma análise dos diversos cenários.
Segundo Parra et al. (2000), dependendo do tipo e da natureza do
serviço de coleta de resíduos sólidos urbanos, as tarefas a serem realizadas ao
longo do roteiro enquadram-se no problema do carteiro chinês ou o problema
do caixeiro viajante, conforme descritos a seguir:

serviços de coleta de resíduos sólidos domiciliares: O veículo coletor
deve sair de um nó (garagem) e voltar a ele cobrindo toda a rede de
forma a minimizar a extensão total percorrida. O problema consiste em
achar um caminho de comprimento mínimo que passe ao menos uma
vez por cada trecho de rua que compreende o setor de coleta. Tal
situação enquadra-se no problema do carteiro chinês, que escolhe uma
rota de forma racional, garantindo que o percurso total seja mínimo,
considerando que haverá trechos a serem percorridos mais de uma vez.
31
Não há pontos ou locais específicos a serem atendidos; todos os
quarteirões e trechos de vias necessitam ser percorridos para a coleta
de lixo.

serviços de coleta de resíduos de serviços de saúde e coleta de
resíduos industriais: Nestes dois exemplos, há pontos específicos e
bem localizados para coleta ou atendimento. Assim, a otimização está
relacionada à melhor sequência de visita aos pontos, de forma a
minimizar o percurso total, atendendo às restrições de circulação de
veículos e de horário de atendimento. Estas situações enquadram-se
em algoritmos para o problema do caixeiro viajante: as tarefas a serem
realizadas durante os roteiros correspondem a pontos ou locais
específicos que devem ser visitados. Assim, a otimização está
relacionada à melhor sequencia de atendimento aos pontos de coleta
(hospitais, clínicas, indústrias, etc.), de forma a minimizar o percurso
total, atendendo às restrições de circulação de veículos e de horário de
atendimento.
A roteirização de veículos segundo Eiselt citado por Brasileiro e Lacerda
(2008), pode ser classificada em três tipos de problema: problema de cobertura
de nós (quando a coleta é realizada em pontos específicos), problema de
cobertura de arcos (quando a coleta é realizada em segmentos de vias) e
problema geral de roteirização (quando a coleta é realizada em nós e arcos). O
roteamento dos veículos de coleta de lixo domiciliar é um Problema de
Roteirização em Arcos (Arc Routing Problem – ARP).
Já Segundo Bodin et al (1983) citado por Neto e Lima (2006), os
problemas de roteirização podem ser classificados em três grupos principais:

problemas de Roteirização Pura de Veículos: são problemas espaciais
que não consideram as variáveis temporais ou precedências entre as
atividades para elaboração dos roteiros de coleta e/ou entrega. Em
alguns casos tem-se apenas a restrição de comprimento máximo da
rota. Nesse tipo de problema existe um conjunto de nós e/ou arcos para
serem atendidos que formarão uma sequência de locais (rota),
buscando alcançar a minimização do custo total de transporte.

problemas de Programação de Veículos e Tripulações: são problemas
de programação de veículos e de tripulações podem ser considerados
32
como problemas de roteirização com restrições adicionais relacionadas
aos horários em que várias atividades devem ser executadas. Há um
tempo associado a cada tarefa a ser executada. Por exemplo, cada
ponto de parada pode requerer que o atendimento seja feito em um
horário específico. Assim, as condicionantes temporais devem ser
consideradas explicitamente no tratamento do problema.

problemas Combinados de Roteirização e Programação: Este tipo de
problema é usado quando existe algum tipo de restrição de precedência
e/ou janela de tempo. Relações de precedência ocorrem, por exemplo,
quando a entrega de uma mercadoria deve ser precedida pela sua
coleta. Janelas de tempo são restrições horárias normalmente
associadas ao intervalo desejado para que um dado serviço seja
executado num cliente. Podem existir outros tipos de janela de tempo,
como, por exemplo, o intervalo de tempo que um veículo fica disponível,
ou o intervalo de tempo em que o depósito (ou depósitos) fica
disponível aos veículos. Em problemas combinados tanto os aspectos
espaciais quanto temporais são levados em consideração.
2.2
Sistemas de Informação Geográfica
2.2.1 Definições e Características
Os Sistemas de informação Geográfica - SIG, segundo Câmara et al.
(1996), são sistemas automatizados usados para armazenar, analisar e
manipular dados geográficos, sendo assim, os SIG possuem a capacidade de
analisar situações onde a localização geográfica dos objetos e fenômenos
torna-se característica imprescindível. De acordo com Lemes (2004), o SIG
armazena a geometria e os atributos dos dados que estão georreferenciados,
isto é, localizados na superfície terrestre e numa projeção cartográfica
33
adequada. Portanto, de acordo com Nazário (2009), o SIG é uma coleção de
software, hardware, dados geográficos e pessoas e tem como objetivo facilitar
o processo de tomada de decisão que envolve o uso de informações
georreferenciadas na organização.
Neste contexto, Meneses (2003) afirma que os SIG atuais podem ser
considerados como um “tipo de Sistema de Informação, que envolve de forma
sistêmica e interativa banco de dados, tecnologia e pessoal, sendo capaz de
realizar análises espaciais, armazenar, manipular, visualizar e operar dados
georreferenciados para a obtenção de novas informações”.
Assim, de acordo com Lemes (2004), as atividades que podem ser
desenvolvidas pelos os Sistemas de Informações Geográficas são:

organização dos dados: armazenar dados de modo a substituir a
mapoteca analógica por uma mapoteca digital possui vantagens óbvias,
dentre as quais podem ser citadas a redução do espaço físico, o fim da
deterioração dos produtos de papel, a pronta recuperação dos
dados/atualização mais facilitada, a possibilidade de se produzirem
cópias sem perda da qualidade;

visualização de dados: a possibilidade de selecionar apenas os níveis
de informação desejados, montando-se mapas temáticos de acordo
com o contexto, supera qualquer produto em papel. Apesar de
subestimada, a capacidade de análises do olho humano é essencial em
um estudo que envolve informação espacial;

produção de mapas: em geral os SIG possuem ferramentas completas
para a produção de mapas, tornando-se bastante simples a inclusão de
grades de coordenadas, escalas gráfica e numérica, legenda, norte e
textos diversos, sendo muito mais indicado para a cartografia do que os
simples sistemas de CAD;

consulta espacial: possivelmente é a função mais importante dos SIG. A
possibilidade de obter respostas para questões como quais as
propriedades de um determinado objeto, ou em quais lugares tais
propriedades ocorreriam, torna a interação entre o usuário e os dados
extremamente dinâmica e poderosa.
34

análise espacial: consiste no uso de um conjunto de técnicas de
combinação entre os níveis de informação, de modo a evidenciar
padrões dentro dos dados anteriormente ocultos ao analista. É uma
maneira de inferir significado a partir dos dados;

previsão: um dos propósitos do SIG é o de geração de cenários,
modificando-se os parâmetros de maneira a avaliar como os eventos,
naturais ou não, ocorreriam se as condições fossem diferentes, visando
obter um conhecimento mais geral do objeto ou área em estudo.
2.2.2 Aplicações dos Sistemas de Informação Geográfica
Para Deluqui (2003), o SIG é uma tecnologia que oferece ferramenta
operacional no auxílio e agilização dos procedimentos de planejamento,
gerência e de tomadas de decisão, e que por isso vem sendo utilizado de
forma cada vez mais promissora em diferentes áreas.
De acordo com Oliveira (1997), um SIG possui diversas aplicações,
podendo estas ser agrupadas em cinco grupos principais:

ocupação Humana - redes de infraestrutura; planejamento e supervisão
de limpeza urbana; cadastramento territorial urbano; mapeamento
eleitoral; rede hospitalar; rede de ensino; controle epidemiológico;
roteamento de veículos; planejamento urbano; sistema de informações
turísticas; controle de tráfego aéreo; sistemas de cartografia náutica;
serviços de atendimentos emergenciais.

uso da Terra - planejamento agropecuário; estocagem e escoamento da
produção agrícola; classificação de solos; gerenciamento de bacias
hidrográficas; planejamento de barragens; cadastramento de
propriedades rurais; levantamento topográfico e planimétrico;
mapeamento do uso da terra.

uso de Recursos Naturais - controle do extrativismo vegetal e mineral;
classificação de poços petrolíferos; planejamento de gasodutos e
35
oleodutos; distribuição de energia elétrica; identificação de mananciais;
gerenciamento costeiro e marítimo.

meio ambiente - controle de queimadas; estudos de modificações
climáticas;

acompanhamento de emissão e ação de poluentes; gerenciamento
florestal de desmatamento e reflorestamento.

atividades Econômicas - planejamento de marketing; pesquisas
socioeconômicas; distribuição de produtos e serviços; transporte de
matéria-prima.
A utilização do SIG como ferramenta de auxílio à tomada de decisão
pelas administrações municipais, regionais e nacionais vêm aumentando, tanto
para a definição de novas políticas de planejamento quanto para a avaliação de
decisões tomadas. É crescente principalmente o uso de SIG como apoio ao
planejamento ambiental e urbano (CÂMARA et al., 1996).
Ferrari (1997) ressalta que o uso de SIG em administrações municipais
pode proporcionar benefícios, tais como:

a digitalização da base cadastral fornece aos órgãos municipais uma
base única e adequada para abranger os aspectos urbanos físicos,
sociais e econômicos;

proporciona facilidades para a atualização dos dados;

facilita o acesso dos usuários às informações que sejam do seu
interesse;

fácil combinação de dados que possibilita consultas complexas de
forma rápida, que podem subsidiar projetos.
Com base na classificação das atividades de uma organização em três
níveis: operacional, gerencial e estratégico, Ferrari (1997), analisou a utilização
do SIG.

operacional: o benefício imediato do uso dos SIG no suporte a
atividades do nível operacional é a eficiência, ou seja, a execução das
atividades que já vêm sendo realizadas manualmente, só que de
maneira mais eficiente, gastando menos recursos.

gerencial: o benefício imediato é a eficácia administrativa (boas
informações, bons planos, bom gerenciamento, boas decisões) que,
36
como consequência, geram outros tipos de benefícios a longo prazo,
como retorno financeiro, melhoria da imagem, benefícios à população,
entre outros.

estratégico: os benefícios referem-se a uma boa imagem, à
credibilidade, ao bom relacionamento com a comunidade, poder
legislativo, outras esferas de governo, agências de desenvolvimento,
entre outros, e ao aumento da receita com mapeamento e
gerenciamento da arrecadação.
O Quadro 2 apresenta alguns exemplos e possíveis finalidades de um
SIG em cada nível (FERRARI, 1997):
37
Quadro 2: Exemplos de funções típicas de um SIG
Nível
Função
Regularização e projeto de vias públicas
Definição de valores tributários
Controle de equipamentos urbanos
Controle operacional do transporte coletivo municipal
Controle da manutenção da rede de pavimentação
Projeto e controle de galerias e microdrenagens
Controle da sinalização viária
Operacional
Cadastro de vigilância sanitária
Controle da arborização urbana
Acompanhamento de obras públicas
Controle e fiscalização dos lançamentos de efluentes sanitários
Roteirização / roteamento
Determinação de rotas para a coleta de lixo
Projeto de expansão de rede de esgotamento pluvial
Geração de plantas de valores
Acompanhamento de endemias
Avaliação das diretrizes e normas para uso e ocupação do solo urbano e
classificação viária
Delimitação de áreas sujeitas a inundações
Gerenciamento de bacias hidrográficas, preservação de mananciais e fundos
de vale
Registro e controle de poluição
Análises e gerenciamento do transporte coletivo municipal
Análise de acesso da população aos equipamentos urbanos
Preservação do patrimônio histórico
Análise de acidentes de trânsito
Gerencial
Diretrizes viárias
Diretrizes para novos loteamentos
Estudos da distribuição e abrangência de equipamentos sociais urbanos
Gerenciamento de áreas verdes e de preservação ambiental
Controle de doenças transmissíveis
Cobertura vegetal
Administração de áreas de risco diversas: risco geológico, de inundação, da
saúde/sanitário, social
Geração de mapas temáticos: padrão de edificação, pavimentação de ruas
Definição de áreas para depósitos de lixo e aterros sanitários
Identificação dos locais com maior índice de acidentes de trânsito
Reestruturação do trânsito
Análises da evolução da ocupação urbana e política de vazios urbanos
Estudos do uso do solo e eficiência do sistema viário
Análise de aspectos demográficos
Estratégico
Atualização do plano diretor da cidade
Monitoramento do índice de qualidade de vida
Planejamento de expansão de infraestrutura
Acompanhamento do índice de satisfação da população por área
Fonte: Adaptado de Ferrari, 1997.
38
2.2.3 Aplicabilidade de SIG na coleta e no transporte de resíduos
De acordo com Raia Jr. e Silva (1998), a utilização do SIG pelos
profissionais de planejamento e operação de sistemas de transporte, cada vez
mais tem aumentado, devido a sua grande utilidade, principalmente quando se
trata de relacionar atributos de pessoas, edifícios, redes, sistemas e serviços
geograficamente referenciados. Assim, considera-se a denominação de SIG-T
para caracterizar a adaptação da ferramenta SIG para objetivos específicos em
transporte. O Sistema de Informação Geográfica para Transportes, que
incorporam, além das funções básicas de um SIG, rotinas específicas para
soluções de problemas de logística, de pesquisa operacional e transportes em
geral. Essas rotinas resolvem, por exemplo, diversos tipos de problemas de
roteirização e programação de veículos e auxiliam na elaboração das rotas,
tanto na forma de relatórios quanto na forma gráfica.
Existem diversas aplicações do SIG-T. Entre elas, segundo Brasileiro e
Lacerda (2002) pode-se citar o transporte coletivo urbano, rodoviário, de carga,
coleta de lixo e na Engenharia de Tráfego. Brasileiro e Lacerda (2002, p. 5)
também afirmam que:
o uso do SIG em programas de gerenciamento de resíduos
sólidos tem sido o novo foco de estudo dos pesquisadores
operacionais. Devido às variações espaciais e temporais sobre
os fatores sociais, econômicos e regionais, os programas de
gerenciamento de resíduos sólidos têm se reorganizado
frequentemente. O custo de coleta dos resíduos representa
uma grande parte do gasto municipal no gerenciamento de
resíduos sólidos, e assim, a otimização do serviço de coleta
pode gerar grande economia.
A aplicação do SIG vem se difundindo entre os gestores da limpeza
pública, principalmente em sistemas roteadores e de programação de veículo.
Já que o SIG possibilita a geração de informações confiáveis, que auxiliem à
39
tomada de decisão seja por identificação dos dados de campo, planejamento,
dimensionamento ou pelo monitoramento dos serviços prestados (Braga et. al,
2008).
2.3
Sistema de Posicionamento Global – GPS
O GPS, sistema de radionavegação, compreende um conjunto de
satélite artificiais na órbita da Terra, utilizados para determinar a posição
tridimensional(latitude, longitude e altitude), velocidade de deslocamento,
distância percorrida e tempo, além de outras informações, de quaisquer objeto,
usando para isto um sistema de referência conhecido como World Geodesic
System (WGS-84) (CARBAJAL, 2008).
Segundo Tolentino (2003), o GPS é um sistema de posicionamento
global via satélite, desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados
Unidos, inicialmente foi elaborado para à aplicação no mundo militar e o nome
originou-se da sigla do projeto militar norte-americano Navstar GPS (Navigation
satellite timing ranging – global positioning system), criado em 1973. O sistema
foi desenvolvido a partir da Segunda Guerra Mundial, quando desenvolveu-se a
capacidade de medir lapsos de tempo entre a emissão e recepção de ondas de
rádio, o que permitiu a criação do Radar (Radio detection and ranging).
Em 1980, o sistema de posicionamento global foi liberado para o uso
civil, por uma decisão do então presidente dos EUA Ronald Reagan. Nessa
época, para resguardar a segurança do país, o Departamento de Defesa dos
EUA implantou um erro artificial no sistema, chamado “disponibilidade seletiva”
para o uso civil. Os receptores GPS militares ficaram com precisão de um
metro e os de uso civil, de aproximadamente 100 metros. O desenvolvimento
constante do sistema permitiu ao Departamento de Defesa dos EUA “inserir”
erros no sinal do GPS onde e quando os interesses americanos exigissem.
Isso proporcionou o cancelamento do erro de “disponibilidade seletiva” por um
decreto do então presidente Bill Clinton. Assim, o erro na localização dos
40
receptores GPS de uso civil passou para a faixa dos cinco a dez
metros(G.P.S.,2010).
Somente em 1985 foi iniciada a produção de aparelhos GPS e foi
finalizada a rede de satélites. Na configuração atual a rede está composta por
vinte e oito(28) satélites, dos quais (24) estão operando e (4) são de
reserva(CARBAJAL, 2008).
O sistema de posicionamento global possui dentre suas principais
funcionalidades, uma enorme capacidade de integração com outros sistemas,
principalmente, com os Sistemas de Informação Geográfica, produzindo
através desta relação mapas digitais em tempo real com alta precisão.
Contudo, o GPS, por ser responsável pela coleta dos dados, torna-se o ponto
chave para a junção dos dois sistema (BERNARDI e LANDIM, 2002).
De acordo com Carbajal (2008), existem um grande número de
empresas que precisam deste sistema, a maioria delas como Geographic
Information
System
(GIS),
já
que,
são
diversas
suas
aplicações:
posicionamento (latitude, longitude e altitude), sistemas de transportes e
logística, monitoramento estrutural, automatização, aviação geral e comercial,
navegação marítima, etc.
Segundo Tolentino (2003), os receptores GPS podem ser do tipo
simples e portáteis, do tamanho de telefones celulares, ou os mais sofisticados,
que equipam os carros modernos e aqueles mais específicos com
computadores de bordo em aviões e navios.
O GPS, mais do que indicar a localização de um ponto do globo
terrestre, definidas a partir de coordenadas geográficas, de acordo com G.P.S.
(2010) pode também fornecer outras informações ao usuário, como listadas a
seguir:

velocidade de deslocamento;

velocidade média desde o início do deslocamento;

velocidade máxima desde o início do deslocamento;

direção do deslocamento ou proa;

o rumo que se deve manter para chegar ao destino;

a direção angular entre sua localização e o destino

hora de data com precisão de relógio atômico
41

tempo de viagem desde o início do deslocamento;

distância percorrida desde o início do deslocamento, etc.
O sistema direcional do receptor GPS pode ser aplicado em transportes,
utilizando-se as funções Route (rota) e/ou Track log. A seguir, são descritas as
características e aplicações destas funções, segundo G.P.S. (2010):

waypoint (WPT): Um waypoint é um ponto de navegação registrado no
receptor GPS através de sua latitude e longitude, ou seja, é um
endereço geográfico. O receptor GPS, quando em deslocamento,
coleciona automaticamente uma sequencia de waypoints dos locais por
onde passa e reposiciona-se a cada segundo. Assim, essas sequencias
de posições permitem estabelecer a direção de deslocamento.

route (RTE): Chama-se route (rota) ao conjunto de waypoints
predefinidos que formam um trajeto a ser seguido para se chegar a um
ponto-destino, isto é, um curso planejado de viagem definido por uma
sequencia de pontos. A função route do GPS é importante porque
permite que o receptor guie o usuário do primeiro ponto ao próximo e
assim sucessivamente até o destino.

track log: No deslocamento através da rota, o GPS traça (ou plota) o
caminho real percorrido entre os pontos. Esse recurso é conhecido
como track log e significa um traçado do caminho real ou possível que
pode ser executado por sobre uma rota anteriormente definida ou
existente. Os waypoints pertencentes a um traçado são denominados
trackpoints. Sempre que habilitado, o marcador de percurso inicia a
memorização e o traçado do deslocamento efetuado pelo usuário com o
receptor, que pode ser armazenado e transferido para um computador e
até mesmo disponibilizado na Internet, por exemplo. Este recurso é
ideal para o mapeamento de rotas existentes, como rotas de coleta de
resíduos ou de transporte escolar.

track back: o GPS grava em sua memória o deslocamento, permitindo
retraçar o caminho de volta ao ponto de partida, ou seja, refazer o
caminho de retorno em cima do traçado original. Esse recurso,
conhecido como track back, é fundamental para o uso em barcos,
trekkings e expedições off-road.
42
A utilização destas funções depende dos objetivos que se pretende
alcançar. Por exemplo, para o mapeamento de rotas, com a finalidade de se
obter os dados relativos aos percursos, como distâncias percorridas, tempos e
velocidades de deslocamento, utiliza-se a função Track log do receptor GPS.
Esta função armazena pontos em intervalos de tempo definidos pelo usuário e
com isso traça a rota percorrida. A seguir, transferem-se estes dados para o
software específico para o tratamento destas informações, como o GPS
TrackMaker, onde é possível obter os indicadores da rota percorrida, bem
como inserir informações dos percursos e alterar configurações do desenho.
Com isso, pode-se exportar as rotas para programas de manipulação de dados
georreferenciados, como o ArcGis, TransCAD.
43
2.4
Conclusão
Como visto no transcorrer do capítulo, a coleta e transporte dos resíduos
sólidos torna-se mais complexa com o passar dos tempos, originando assim,
um aumento da preocupação com o desenvolvimento tecnológico do setor.
Neste contexto, o sistema de posicionamento global e os sistemas de
informação geográfica são considerados ferramentas que proporcionam
melhorias em sistemas que envolvem elementos geográficos e que necessitam
de um alto nível de manipulação de dados. Assim, por apresentar estas
características, o sistema de coleta e transporte dos resíduos sólidos requer da
sua aplicabilidade para uma melhor operacionalização das atividades,
conseguintemente, redução dos custos da empresa e um aumento no nível do
serviço prestado.
Portanto, neste capítulo, foram expostas as particularidades do setor,
abrangendo, desde a geração dos resíduos até a destinação final – coleta e
transporte. Além disso, foi demonstrada a importância do uso dos sistemas de
informação geográfica nas tomadas de decisões.
44
3. METODOLOGIA
Neste capítulo, será demonstrado detalhadamente o campo de atuação
da pesquisa, o tipo e a sua natureza. Também será descrito como foram
coletados, tratados e analisados todos os dados pertinentes ao estudo.
Para o desenvolvimento da pesquisa e o alcance dos objetivos
almejados, tornou-se necessária a divisão da mesma em três etapas. Na
primeira etapa, ocorreu a visita à empresa e o estudo dos processos que ela
atualmente executa para o serviço de coleta e transporte dos resíduos na
cidade de Petrolina. Na segunda etapa, foi realizado um levantamento
bibliográfico, através de livros, dissertações, teses, monografias artigos
científicos e publicações em revistas especializadas. Finalmente, na terceira
etapa, foram realizadas as análises através da utilização do SIG. Para isso, foi
necessária a criação de uma base de dados georreferenciada para a cidade de
Petrolina, o que será pormenorizado no item 3.3.
3.1
Campo de Atuação
A pesquisa foi realizada em uma empresa que se encontra no setor
terciário da economia, onde estão contemplados os prestadores de serviços,
localizada na cidade de Petrolina/PE, que está situada na região do vale do
São Francisco e é constituída por 16 distritos, são eles: Sede, Curral
Queimado, Rajada, povoados de Cristália, Nova Descoberta, Tapera,
Izacolândia, Pedrinhas, Uruás, Lagoa dos Carneiros, Caatinguinha, Caititú,
Cruz de Salinas, Pau Ferro, Atalho e Aranzel. Totalizando assim, uma área de
aproximadamente 4.750 km2. A Figura 9, mostra o mapa da cidade de
Petrolina, distrito sede, de onde foi retirado o setor para o estudo de caso.
45
Figura 9: Mapa da cidade de Petrolina.
A empresa em estudo, a Construtora Venâncio, atuante no mercado da
construção civil, inovou seus empreendimentos abrangendo diversas áreas,
tendo como destaque, o serviço de limpeza urbana. Com isso, tornou-se
responsável pela coleta de lixo domiciliar da cidade de Petrolina/PE a partir do
ano de 2008.
Para a realização do serviço de coleta e transporte dos resíduos sólidos
domiciliares no distrito Sede, necessitou-se a divisão do mesmo em 20 setores,
como exposto no anexo 1. Para o desenvolvimento da pesquisa, buscou-se a
análise em um destes setores. O estudo de caso foi realizado no setor 1, pois
ele tem representatividade tanto em distância percorrida, em torno de 830
Km/mês, quanto em quantidade de lixo coletada, aproximadamente 260
toneladas/mês, além disso, constitui-se de bairros com infraestrutura adequada
para a prestação do serviço e a realização do estudo.
3.2
Tipo e Natureza da Pesquisa
Segundo Vergara (1997), o presente estudo se classifica, quanto aos
fins, em uma pesquisa aplicada explicativa, já que o objetivo foi solucionar um
46
problema concreto, existente na organização, e explicar como o fenômeno foi
influenciado por determinados fatores e quais as consequências impactantes
no sistema. E quanto aos meios de investigação, em um estudo de caso e de
laboratório, pois a pesquisa foi realizada em uma empresa, Construtora
Venâncio, e tornou-se necessária a utilização de ferramentas computacionais
para a realização de simulações com software especializado.
3.3
Coleta de Dados
Foram realizadas visitas à empresa, onde foram obtidos os seguintes
dados:

serviços prestados (coleta e varrição);

tamanho e composição da frota e da equipe de coleta;

divisão dos setores de coleta;

distâncias percorridas e quantidade de lixo coletado em cada setor de
coleta;
A Tabela 2 demonstra o tamanho e a composição da frota, que
atualmente realiza o serviço de coleta e transporte na cidade de Petrolina.
Tabela 2: Tamanho e composição da frota.
Tamanho e composição da frota
Quantidade
Capacidade
de caminhões por caminhão
6
16
2
12
8
Total
O anexo 1 apresenta a divisão atual dos setores na cidade, e a Tabela 3
mostra os dados referentes a cada setor do distrito Sede.
47
Tabela 3: Quantidade de resíduo e distância percorrida por mês em cada setor.
SETORES
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Total
QUANTIDADE DE
RESÍDUO (Ton./mês)
260
235
212
180
200
240
240
280
275
170
140
140
150
240
120
140
150
140
140
140
3.792
DISTÂNCIA
PERCORRIDA (Km/mês)
830
820
644
764
440
744
628
692
744
872
608
496
728
576
756
572
536
492
704
544
13.190
Contudo, além dos dados operacionais coletados na empresa, o setor 1
foi totalmente percorrido, para que se pudesse visualizar o itinerário(percurso)
seguido pelo caminhão, com auxílio do GPS. A Figura 10 mostra o percurso
realizado no setor 1, obtido com o auxílio do GPS e transposto para o software
TrackMaker.
48
Figura 10: Percurso realizado no setor 1.
Posteriormente, foi coletado o mapa, no formato digital, da cidade na
secretaria de obras. Para que se pudesse utilizar os algoritmos de roteirização
do SIG, foi necessário migrar o mapa digital, da cidade de Petrolina, no formato
CAD, para o formato georreferenciado utilizado pelo sistema. Inicialmente,
somente o desenho das quadras da cidade foi convertido de .dwg para .shp
(shapefile), com o objetivo de servir como base para a digitalização dos eixos
das ruas que iriam compor a rede lógica a ser manipulada no SIG.
Conseguintemente, utilizando o software ArcGIS, foi criada uma base
georreferenciada contendo os eixos das ruas da cidade de Petrolina e o banco
de dados necessário para o estudo. A Figura 11 mostra o mapa da cidade de
Petrolina no software ArcGis, contendo as quadras, os eixos das ruas (setas) e
o banco de dados.
49
Figura 11: Mapa da cidade de Petrolina no software ArcGis, contendo as quadras, os eixos das
ruas (setas) e o banco de dados.
No entanto, o software ArcGIS foi utilizado somente na construção da
base, pois, para a realização de análises específicas da área de transporte, o
TransCAD, que é um Sistema de Informação Geográfica para Transporte (SIGT), possui ferramentas (algoritmos) mais adequadas. Por exemplo, o TransCAD
possui a ferramenta Solid Waste Collection Routing – Roteirização da Coleta
de Resíduos Sólidos, que permite a roteirização de caminhões de coleta de
lixo, levando em consideração a topologia de uma rede de transporte. Foi então
realizada a migração da base de eixos das ruas do formato .shp para o formato
nativo do TransCAD. A Figura 12 mostra o mapa de Petrolina no software
TransCAD.
50
Figura 12: Mapa de Petrolina no software TransCAD.
Para a utilização do algoritmo do software TransCAD, tornou-se
necessária a inserção das informações, relevantes à pesquisa, no seu banco
de dados. A Figura 13 apresenta o banco de dados criado, onde cada linha da
tabela está relacionada a um link no mapa.
Figura 13: Banco de dados do software TransCAD.
51
A seguir são apresentados os campos que compõe o banco de dados e
suas respectivas configurações. Os campos composto por AB ou BA, entendese que o percurso possui dois tipos de dados, um para ida e outro para volta.

ID: número de identificação dos links.

Length: indica o comprimento da via.

Dir: indica a direção do fluxo em cada arco
 = 1, indica que o sentido do fluxo coincide com a direção
topológica do arco (sentido em que o arco foi desenhado);
 = -1, indica que o sentido de fluxo é contrário à direção
topológica do arco;
 = 0, indica que a via é de mão dupla.

StreetName: mostrar o nome das ruas.

AB/BA_Speed: indica a velocidade do caminhão na via.

AB/BA_Stops: indica a quantidade de paradas (stops) realizadas pelo
caminhão ao percorrer a via.

AB/BA_Service_Time:

O Service Time foi configurado como o custo de deslocamento
nos arcos quando está prestando o serviço (nos arcos); este
custo foi configurado como o tempo de deslocamento em função
da velocidade de deslocamento;

Velocidade no arco durante a coleta: 6 km/h (valor médio
praticado pela equipe de coleta de lixo.
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 =
𝑃𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜
Lenght
→ 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑐𝑒_𝑇𝑖𝑚𝑒 =
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
40000
Onde:


Service Time = tempo, em horas;

Velocidade = 6 km/h ou 6.000 m/h;

Percurso = Comprimento do Arco (Length), em metros.
AB/BA_Deadhead_Time:

O Deadhead Time foi configurado como o custo de deslocamento
nos arcos quando não estiver prestando o serviço; este custo foi
configurado com base no tempo e velocidade de deslocamento;
52

Velocidade no arco quando não está realizando a coleta: 40 km/h
(velocidade máxima indicada nos trechos, sem distinção se é via
de mão única, mão dupla ou de duas faixas de rolamento);
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 =
𝑃𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜
Lenght
→ 𝐷𝑒𝑎𝑑ℎ𝑒𝑎𝑑_𝑇𝑖𝑚𝑒 =
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
40000
Onde:

Deadhead Time = tempo, em horas;

Velocidade = 40 km/h ou 40.000 m/h;

Percurso = Comprimento do Arco (Length), em metros.

AB/BA_Workload: indica a quantidade de resíduos coletado na via.

ServiceType:

= 1 indica que ambos os lados da rua (arco) podem ser servidos
em uma única passagem do caminhão;

= 2 indica que a rua ou avenida (arcos) deve ser servida em cada
direção separadamente.

AB/BA_Subzone: indica a divisão dos setores

Total Workload: Somas do AB/BA_Workload.

District: Numerar cada arco para cada distrito (setor) a que pertence;
Por exemplo, se tiver somente um distrito é igual a 1; Se tiver dois
distritos é igual 1 para o distrito 1, igual a 2 para o distrito 2, e assim por
diante.
Após a configuração da malha viária da área do estudo, a conexão de
todos os arcos da rede foi testada com a opção Tools  Map Editing  Check
Line Layer Connectivity. Confirmando assim a funcionalidade da rede quanto
às suas ligações.
Por fim, o software TransCAD forneceu o relatório, apresentado no
anexo 2, obtidos através das diversas simulações, contendo as informações
necessárias para fundamentar a avaliação do sistema, com observância maior
para o setor 1. A Figura 14 mostra a rota(itinerário) proposto pelo software para
a prestação do serviço no setor 1.
53
Figura 14: Rota do setor 1, proposto pelo TransCAD.
Os dados obtidos através das simulações realizadas com software
TransCAD para o setor 1, foram tabulados e analisados no item posterior.
3.4
Tratamento e Análise dos Dados
Considerando a natureza da pesquisa, os dados foram analisados e
tratados quantitativamente, pois a pesquisa tem caráter quantitativo, sendo
assim, foram interpretados de forma que possa auxiliar num planejamento
gerencial. Com isso, os resultados obtidos com a emissão dos relatórios pelo
software, foram expostos em tabelas para serem analisados e comparados
com os da situação atual, como por exemplo, distância percorrida pelos
caminhões de coleta.
Para analisarmos os resultados obtidos, tornou-se necessária a divisão
do estudo em duas etapas. A primeira refere-se ao percurso morto (distância
percorrida da garagem ao setor, do setor ao aterro), ou seja, o caminhão não
realiza coleta durante percurso e a segunda etapa é a do percurso vivo,
compreende a distância percorrida dentro do setor, portanto, realiza a coleta. A
Tabela 4 e a
54
Tabela 5 mostram as distâncias diária percorrida pelo caminhão em cada
setor do distrito Sede.
Tabela 4: Distâncias percorridas pelo caminhões em cada setor.
SETORES
5
6
PERCURSOS
Vivo diário em Km
1
2
3
4
7
8
9
10
34,16
32,16
21,16
30,5
28,66
27,66
30,66
32
38,33
42
Morto diário em Km
38,08
39,5
29,83
34,49
12,66
32,16
11
34,5
23
31,83
Total diário
Viagens diária ao
aterro
72,24
71,66
50,99
64,99
41,32
59,82
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
SETORES
15
16
17
18
19
20
41,66 66,5 61,33
73,83
Tabela 5: Continuação da Tabela 4.
PERCURSOS
Vivo diário em Km
11
12
13
14
27
19,5
28,16
26,33
23,66
22,83
24,16
29,83
29,83
22,83
Morto diário em Km
24,16
32,83
32,83
23,16
42,66
28,5
29,16
25,83
25,83
20,99
Total diário
Viagens diária ao
aterro
51,16
52,33
60,99
49,49
66,32
51,33
53,32
55,66
55,66
43,82
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
Com isso, vale ressaltar que o estudo foi realizado no setor 1. A Tabela
6 destaca as distâncias médias percorrida atualmente no setor em estudo.
Estes dados serviram para fundamentar a análise após a realização da
simulação.
Tabela 6: Distância percorrida no setor 1.
Situação atual
Setor 1
Percurso
Distância
Garagem -Setor
Aterro - Garagem
Setor
Setor - Aterro
Total
10
2
Km/dia
34
27
73
Com observância nos dados coletados e no itinerário realizado pelo
caminhão no setor 1, elementos capturados pelo GPS e observados na
empresa, pode se chegar a avaliação da contribuição fornecida pelo uso do
GPS e do SIG. Todos os resultados obtidos estão expostos no Capítulo 4.
55
56
4. ANÁLISE DE RESULTADOS
Os resultados obtidos através da aplicação do software TransCAD, serão
expressos nesse capítulo.
4.1
Aplicação do Software
Com à aplicação das ferramentas proposta pelo estudo no setor 1,
observou-se a equivalência entre os dados reais, coletados com o auxilio do
GPS e na empresa, com os dados obtidos através da simulação realizada pelo
software. A Tabela 7 mostra as distâncias médias diárias percorridas pelo
caminhão no setor 1, após a realização das simulações no software.
Tabela 7: Distância diária percorrida pelo caminhão no setor 1, proposta pelo software.
Situação Software
Setor 1
Percurso
Distância
Garagem -Setor
Aterro - Garagem
Setor
Setor - Aterro
Total
10
2
Km/dia
36
27
75
Devido a infraestrutura da cidade o percurso morto, ou seja, o qual o
caminhão não realiza coleta, ficou inalterado. Já o percurso vivo, mostrou-se
adequado para a realidade, como demonstrado pela Tabela 7. No entanto, a
distância percorrida encontrada pelo software foi equiparada à percorrida
atualmente. Pode se chegar a conclusão que, a empresa pesquisada,
encontra-se trabalhando de maneira otimizada no setor 1. A Figura 15 e a
Figura 16 mostram o percurso realizado pelo TransCAD nos dois (2) bairros
que constituem o setor estudado.
57
Figura 15: Bairro Cohab Massagano IV – setor 1.
Figura 16: Bairro Cosme e Damião – setor 1.
As informações referentes aos itinerários demonstrado pelas Figura 15 e
Figura 16 estão detalhados no relatório exposto no anexo 2.
Em vista o estudo de caso, a utilização do TransCAD facilita o processo
de divisão dos setores, definição do itinerário, cálculos das distâncias
percorridas. Também, possibilita à avaliação com diversos cenários.
58
Com a finalidade de tornar a visualização dos setores uma ferramenta
para auxiliar os gestores nas tomadas de decisão ou para fundamentar estudos
futuros, foi construído um mapa, no software ArcGIS, contendo a atual divisão.
A Figura 17 mostra o mapa com a atual divisão dos setores no distrito Sede.
Figura 17: Mapa com a atual divisão dos setores no distrito Sede.
Por fim, com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que o uso da
ferramenta SIG na área de coleta e transporte de resíduos é, necessariamente,
obrigatório.
59
5. Conclusões e Recomendações
Para a demonstração da ferramenta SIG e como sua utilização pode auxiliar no
planejamento e controle das atividades realizadas no setor de limpeza pública,
foi realizado uma estudo de caso na empresa responsável pela coleta e
transporte de resíduos sólidos domiciliares da cidade de Petrolina.
Este capítulo mostra os resultados dessa pesquisa, apresenta os fatores que a
limitaram e sugere recomendações para trabalhos futuros.
5.1
Conclusões
O emprego das tecnologias de GPS e Sistema de Informações
Geográficas na área dos transportes pode contribuir para avaliar a situação
atual, como foi o objeto deste estudo, para mapear e otimizar os serviços de
coleta de lixo. Estas ferramentas podem também ser aplicadas na prestação de
diversos outros serviços públicos em uma cidade.
O primeiro objetivo específico deste trabalho foi demonstrar a
importância do Sistema de Informação Geográfica - SIG para a tomada de
decisão dos gestores do serviço de coleta dos resíduos sólidos da cidade de
Petrolina. Portanto, os SIG auxilia na tomada de decisão, por ser uma
ferramenta prática, ou seja, seus algoritmos manipulam dados relacionados
com os das situações reais, realizando simulações e permitindo a visualização
dos itinerários construídos e dos seus respectivos dados, contribuindo assim,
para o planejamento e controle do sistema.
O sistema de posicionamento global colabora com os SIG, pois suas
funcionalidades e sua mobilidade permite a obtenção de dados precisos,
originando excelentes resultados. A utilização de receptores do sistema GPS,
utilizada na pesquisa, mostrou-se uma alternativa bastante eficaz para a
realização de mapeamentos, em especial para a coleta de informações sobre
rotas e itinerários desenvolvidos por veículos em uma cidade. A sua
capacidade de transferência dos dados coletados para os software, tanto para
os que trabalham só com desenho, quanto para os que relacionam desenho
60
com coordenadas geográficas, é outra característica determinante para a sua
utilização.
O segundo objetivo específico foi descrever o modelo de planejamento e
operação do serviço de coleta dos resíduos sólidos da cidade de Petrolina, fato
este concretizado no transcorrer da pesquisa. O terceiro objetivo, foi criar uma
base de dados georreferenciada para a cidade de Petrolina para possibilitar a
realização do estudo caso.
A partir dos resultados obtidos na área em estudo, comprovou-se que o
atual itinerário (percurso) desenvolvido no setor de maneira empírica,
apresenta-se nivelado com o proposto pelo TransCAD, no entanto, a rota
realizada atualmente passou por diversas modificações até chegar a forma
ótima, com o auxílio de um SIG, o processo da sua construção ou alteração
teria ocorrido com uma menor perda, tanto de tempo quanto financeiro. Pode
se chegar a conclusão que os SIG propicia uma melhora no planejamento e
operação do serviço de coleta e transporte de lixo.
Assim, podemos afirmar que o objetivo principal desse trabalho foi atingido ao
constatarmos a importância da utilização de tecnologia, capaz de manipular
dados georreferenciados, em empresas de coleta e transporte de resíduos
sólidos domiciliares, e finalmente concluir, considerando o resultado alcançado
pelo estudo de caso que o uso do GPS e SIG pelas empresas melhora seus
processos de tomada de decisão.
5.2
Recomendações
Como recomendações para trabalhos futuros, sugere-se:

Realização de um processo de análises da divisão dos setores de
coleta, objetivando uma redução da distância percorrida mantendo o
alto nível do serviço prestado.

Ampliação desta pesquisa para todos os setores existentes,
possibilitando assim, um maior aprendizado, já que, será visto na
prática, todos os fatores que influenciam o sistema.
61

Acompanhamento do processo de tomada de decisão na empresa, com
o auxílio do Sistema de Informação Geográfica, evidenciando as
melhorias e as dificuldades encontradas durante todo o processo.

Com base nos mesmos princípios que nortearam a realização deste
trabalho, uma enorme diversidade de estudos pode ser realizada a fim
de tornar serviços de leitura de hidrômetros, medidores de energia,
setores de varrição, coleta de resíduos de serviços de saúde e resíduos
especiais, entre outros, mais eficientes e eficazes para a população.

Desenvolver estudos para avaliar o custo do veículo, ou seja, analisar
se compensa adquirir um caminhão com capacidade volumétrica maior.
62
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Engenharia de Produção. Disponível em <http://www.abepro.org.br>. Acesso em: 8 out. 2009.
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63
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<http://www.gpstm.com/port/apostila_port.htm>. Acesso em: 06 abril 2010.
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Lixo Municipal - Manual
de Gerenciamento Integrado. São Paulo, 1995.
IPT e CEMPRE. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado. 2. ed. São Paulo. Ed.
IPT, 370 p. 2000.
LEMES, D. C. S. S. Planejamento do Sistema de Transportes de uma Cidade de Porte
Médio Auxiliado por SIG-T. Uberlândia, 2004. 125 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Urbana), Universidade Federal de Uberlândia.
MENDES, F. B.; PAULA, M. A. A. F.; FARIA, C. A. Estudo de roteirização na coleta de
resíduos utilizando o software transcad. In: 4ª Semana do Servidor e 5ª Semana
Acadêmica. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG. 2008.
MENESES, H. B. Interface Lógica em Ambiente SIG para Bases de Dados de Sistemas
Centralizados de Controle do Tráfego Urbano em Tempo Real. Fortaleza, 2003.
Dissertação (Mestrado), Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Ceará.
MONTEIRO, J. H. P. et al. Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos; Rio de
Janeiro: IBAM, 2001.
NAZÁRIO, P. GIS, Definições e Aplicações na Logística. Disponível em <
http://www.cel.coppead.ufrj.br/fs-busca.htm?fr-gis.htm >. Acesso em: 20 out. 2009.
NETO, A. F. e LIMA, R. S. 2006. Roteirização de veículos de uma rede atacadista com o
auxilio de sistemas de informações geográficas (SIG). In: XXV Encontro Nac. de Eng. de
Produção. Porto Alegre/RS, 2005.
64
OLIVEIRA, M. P. G. Sistema Espacial de Apoio à Decisão: Modelos para análise do
adensamento de atividades econômicas no espaço urbano. 1997. Dissertação (Mestrado),
Escola de Governo de Minas Gerais da Fundação João Pinheiro.
PARRA, R., DANTAS, M. L. S., PICHLER E. F., CUNHA, C. B. Acondicionamento e Coleta
do Lixo. In: Lixo Municipal – Manual de Gerenciamento Integrado. São Paulo, 2001.
PEIXOTO, Karina. Contribuição ao Planejamento e Operação da Coleta Seletiva em Área
Urbana. Rio de Janeiro, 2006. 158 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Transportes),
Instituto Militar de Engenharia Rio de Janeiro.
PEREIRA, Bruno Dieguez. Caracterização do sistema de coleta e disposição de resíduos
sólidos de agudos utilizando técnicas do geoprocessamento. São Paulo, 2007.
Universidade Estadual Paulista – UNESP.
PEREIRA, G. C. e SILVA, B. C. N. Geoprocessamento e urbanismo. In GERARDI, L. H. de
O. e MENDES, I. A. Rio Claro/SP, 2001.
RAIA J. A. A.; SILVA, A. N. R. Um Método Expedito para Verificação da Consistência de
Redes para Uso em um SIG-T. In: XI Congresso de Pesquisa e Ensino em
Transportes,Fortaleza, CE. 1998.v.2 p. 10-17.
Relatório preliminar resíduos sólidos (versão ii 2002). Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, estabelece diretrizes e normas para o gerenciamento dos diferentes tipos de
resíduos sólidos, acrescenta artigo à Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras
providências. Disponível em: http://www.reciclaveis.com.br/. Acesso em: 10 set. 2009.
TOLENTINO, R. J. V. GPS (Global Positiong System) – Sistema de Posicionamento
Global. Pretexto, Belo Horizonte, v. IV, n. 1, p. 77-100, jul. 2003.
TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de planejamento e controle da produção. 2 ed. São Paulo:
Atlas, 2006.
VERGARA, Silvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São
Paulo: Atlas, 1997.
SILVA, J. X. e ZAIDAN, R. T. Geoprocessamento e Análise Ambiental: Aplicações. 1 ed.
Rio de Janeiro. Ed. Bertrand Brasil, 263 p. 2004.
65
Anexo 1
ROTEIRO DE COLETA DE PETROLINA
SETOR 1
SETOR 2
1º TURN0
das 07:00 às 15:00 horas
1º TURN0
das 07:00 às 15:00 horas
SEGUNDA / QUARTA / SEXTA
TERÇA / QUINTA / SÁBADO.
MACRO
MOTEL LOVE STORY
MOTEL SHOPPING
COHAB MASSANGANO – IV
COSME E DAMIÃO
AMACOCO
MACRO
MOTEL LOVE STORY
MOTEL SHOPPING
POSTO ASA BRANCA
ESCOLA TÉCNICA (CEFET)
JOÃO DE DEUS
SETOR 3
SETOR 4
1º TURN0
das 07:00 às 15:00 horas
1º TURN0
das 07:00 às 15:00 horas
SEGUNDA / QUARTA / SEXTA
TERÇA / QUINTA / SABADO
RIVER SHOPPING
COHAB I
BAIRRO DOM MALAM
SECRETARIA DE OBRAS
COHAB III
AV. SÃO FRANCISCO
BODÓDROMO
RUA DA POLÔNIA
VILA VITÓRIA
FACULDADE
RIVER SHOPPING
SUPERMERCADO ECONÔMICO
COHAB II
AV: SÃO FRANCISCO
RUA DA POLÔNIA
BODODROMO
CAMINHO DO SOL
IPSEP I
POSTO DE FISCALIZAÇÃO
VILA MARCELA
POSTO PAIZÃO
Obs.: Todas as Quintas-feiras fazer
coleta na;
ANIRA CAMINHÕES / RANDON
SCANIA/ POSTO PAIZÃO / PRF /
HGV
66
SETOR 5
1º TURN0
das 07:00 às 15:00 horas
SEGUNDA / QUARTA / SEXTA
POSTO RAUL LINS
VILA CARLEIZA
ESCOLA 21 DE SETEMBRO
JOSÉ E MARIA
SETOR 7
1º TURN0
das 07:00 às 15:00 horas
SEGUNDA / QUARTA / SEXTA
SÃO GONÇALO
GONTIJO
MERCADO CIDADE
POSTO SÃO FRANCISCO
PONTO DE APOIO
SETOR 6
1º TURN0
das 07:00 às 15:00 horas
TERÇA / QUINTA / SABADO
QUATI I E II
JARDIM SÃO PAULO
PARQUE SÃO PAULO
ALTO DO COCAR
JARDIM AMAZONAS
SETOR 8
1º TURN0
das 07:00 às 15:00 horas
TERÇA / QUINTA / SABADO
VENÂNCIO
TODA TERÇA-FEIRA
ZOONOZES/SINDISEMP/ILHA DO
JATOBÁ/FUNASA/POV CARNEIRO
BATALHÃO DO EXERCITO 72 BI
FACULDADE
PARQUE JATOBÁ I
PRESÍDIO (APÓS AS 08 H.)
ESCOLA MÃE VITÓRIA
HENRRIQUE LEITE
PARQUE JATOBÁ II
VILA NOVO HORIZONTE
FERNANDO IDALINO BEZERRA
RIO JORDÃO
LOTEAMENTO GEOVANA
LOTEAMENTO RECIFE
67
SETOR 9
SETOR 10
1º TURN0
das 07:00 às 15:00 horas
1º TURN0
das 07:00 às 15:00 horas
SEGUNDA / QUARTA / SEXTA
PONTO DE APOIO
IPSEP II
JARDIM IMPERIAL
ALTO DA BOA VISTA
COHAB V
PARQUE MASSANGANO
SANTA LUZIA
SÃO JORGE
TERÇA / QUINTA / SABADO
SETOR 11
SETOR 12
2º TURN0
Das 15:00 às 23:00 horas
2º TURN0
das 15:00 às 23:00 horas
SEGUNDA / QUARTA / SEXTA
TERÇA / QUINTA / SABADO
CENTRO PARTE ALTA DIREITA
HOSP. TRAUMAS / UNIVASF
RIVER SHOPPING / FORUM
HOSP. MEMORIAL /
NEUROCÁDIO
RODOVIÁRIA / CORPO DE
BOMBEIROS
KM 2 / VIAÇÃO PROGRESSO
DA RUA DA POLÔNIA
AV. SÃO FRANCISCO
IZAIAS COELHO
FEIRA DO RATO
RODOVIÁRIA
VILA MOCÓ
PRAÇA DO GALO
TOBIAS BARRETO
MEMORIAL / NEROCÁRDIO
HOSP. TRAUMAS / UNIVASF
RIVER SHOPPING
REVISÃO DA RUA DA POLÔNIA
E AV. SÃO FRANCISCO
PONTO DE APOIO
PEDRO RAIMUNDO
VALE DO GRANDE RIO
PEDRA LINDA
DOM AVELAR
ANTONIO CASSIMIRO I E II
LOT. PADRE CÍCERO
VILA ROTARY
VILA DÉBORA
68
SETOR 13
SETOR 14
2º TURN0
das 15:00 às 23:00 horas
2º TURN0
das 15:00 às 23:00 horas
SEGUNDA / QUARTA / SEXTA
TERÇA / QUINTA / SABADO
ORLA I E ORLA II / IATE CLUBE
CENTRO PARTE ALTA
ESQUERDA
GODOY VEÍCULOS / HDM
CENTRO PARTE ALTA DIREITA
REVISÃO DA VARRIÇÃO
HOSP. DOM MALAN
CENTRO PARTE BAIXA DIRIETA
DOM MALAN
CENTRO DE CONVENÇÕES
ROTA DO VIADULTO
REVISÃO DA VARRIÇÃO
SETOR 15
2º TURN0
das 15:00 às 23:00 horas
SEGUNDA / QUARTA / SEXTA
ATRÁS DA BANCA
EDIFÍCIO MONTE CARLO
CLÍNICA DO RIN
PARQUE BANDEIRANTE
CONDOMINIO RIO GUARÁ
MAVEL
PALHINHAS
HGU
AFINCO
FUNDARC
DISTRITO INDUSTRIAL
OBS: Quarta-feira
TAPERA
TRAVESSIA ILHA DO COQUEIRAL
CATINGUINHA
ROÇADO
TRAVESSIA DO JUAREZ
TRAVESSIA DO ALMIZÃO
SETOR 16
2º TURN0
das 15:00 às 23:00 horas
TERÇA / QUINTA / SABADO
GERCINO COELHO
PONTO DE APOIO
69
SETOR 17
SETOR 18
2º TURN0
das 15:00 às 23:00 horas
2º TURN0
das 15:00 às 23:00 horas
SEGUNDA / QUARTA / SEXTA
TERÇA / QUINTA / SABADO
VILA DO SARGENTO
BARI
JARDIM MARAVINHA
OURO PRETO
HOTEL ESPACIAL
CEAP
VILA DOS INGÁS
SÃO JOSÉ
MARIA AUXILIADORA
VILA BALÃO
8ª DIRES
ESCOLA ELIETE BEZERRA
SESI
JARDIM COLONIAL
SETOR 19
SETOR 20
2º TURN0
das 15:00 às 23:00 horas
2º TURN0
das 15:00 às 23:00 horas
SEGUNDA / QUARTA / SEXTA
TERÇA / QUINTA / SABADO
RIO CLARO
COHAB VI
JARDIM GUARARAPES
RIO CORRENTE
VILA CARLEIZA
VILA NOVA YORK
VILA ALEXANDRINA
FACULDADES
CIDADE UNIVERSSITÁRIA
5º BPM
VILA DOS OFICIAIS
COLINA IMPERIAL
LOTEAMENTO EDUARDO
VILA EDUARDO
70
Anexo 2
Itinerary Report
ROUTE #1
: district 1
Total Time
: 3.28
Workload
: 13614.00
Deadhead Time
: 0.17
truck 1
# Deadhead Links : 21
# Links Traveled : 254
# U-Turns
: 2
# Left Turns
: 75
# Right Turns
: 72
# Straight Moves : 104
No.
Movement
Street_Name
Service
---------------------------------------------------------1
Start West on
8
Both
2
Straight
7
Both
3
Left on
29
RS
4
Right on
30
Both
5
Left on
48
Both
6
Left on
31
Both
7
Right on
27
RS
8
Right on
32
Both
9
Left on
50
No
10
Straight
51
Both
11
Left on
35
RS
12
Straight
34
RS
13
Left on
25
RS
14
Straight
26
Both
15
Straight
27
RS
16
Straight
28
Both
17
Straight
29
RS
18
Left on
46
Both
19
Left on
47
Both
20
Straight
48
No
21
Straight
49
Both
22
Straight
50
Both
23
Left on
33
Both
24
Right on
25
RS
25
Right on
34
RS
26
Straight
35
RS
27
Straight
52
Both
71
28
Straight
53
Both
29
Straight
54
Both
30
Right on
39
RS
31
Right on
56
Both
32
Right on
44
RS
33
U-turn
44
RS
34
Straight
43
Both
35
Straight
42
Both
36
Left on
58
Both
37
Left on
37
Both
38
Straight
38
Both
39
Straight
39
RS
40
Right on
55
Both
41
Right on
63
RS
42
Left on
65
Both
43
Right on
73
No
44
Straight
77
Both
45
Right on
80
RS
46
Left on
74
RS
47
Right on
81
Both
48
Right on
61
RS
49
Straight
62
Both
50
Straight
63
RS
51
Straight
64
Both
52
Right on
66
Both
53
Straight
3
No
54
Straight
5
No
55
Straight
4
No
56
Straight
69
Both
57
Right on
89
RS
58
Straight
88
Both
59
Straight
119
60
Straight
118
Both
61
Straight
117
RS
62
Left on
133
Both
63
Straight
134
Both
64
Right on
121
Both
65
Straight
120
RS
66
Right on
145
RS
67
Left on
114
RS
68
Left on
144
Both
69
Right on
143
Both
70
Right on
152
RS
71
Left on
111
Both
72
Straight
110
No
73
Left on
157
Both
74
Left on
150
RS
No
72
75
Left on
153
Both
76
Left on
110
Both
77
Straight
156
Both
78
Straight
155
No
79
Left on
148
Both
80
Right on
142
RS
81
Right on
147
Both
82
Straight
146
Both
83
Straight
12
Both
84
Right on
24
Both
85
Right on
87
No
86
Left on
113
87
Straight
114
RS
88
Straight
115
RS
89
Straight
116
Both
90
Straight
117
RS
91
Right on
131
Both
92
Right on
130
Both
93
Straight
129
Both
94
Right on
132
Both
95
Left on
115
RS
96
Left on
145
RS
97
Left on
120
RS
98
Right on
136
Both
Both
99
Right on
183
RS
100
Right on
166
Both
101
Left on
165
Both
102
Left on
167
Both
103
Right on
185
RS
104
Right on
168
Both
105
Right on
164
RS
106
U-turn
164
RS
107
Straight
163
Both
108
Straight
162
Both
109
Left on
170
Both
110
Left on
187
No
111
Left on
169
Both
112
Left on
162
No
113
Straight
161
No
114
Straight
160
Both
115
Straight
159
No
116
Straight
1
No
117
Left on
174
Both
118
Left on
191
Both
119
Left on
173
RS
120
Left on
121
Straight
1
Both
139
Both
73
122
Right on
138
Both
123
Right on
140
Both
124
Straight
142
RS
125
Straight
141
Both
126
Left on
149
Both
127
Left on
155
Both
128
Straight
154
Both
129
Right on
12
No
130
Straight
14
Both
131
Left on
11
Both
132
Right on
325
Both
133
Straight
331
Both
134
Straight
329
Both
135
Straight
335
Both
136
Right on
10
Both
137
Straight
20
Both
138
Straight
16
RS
139
Straight
17
Both
140
Left on
84
Both
141
Left on
6
RS
142
Left on
9
RS
143
Straight
18
Both
144
Right on
16
RS
145
Left on
21
Both
146
Left on
23
RS
147
Right on
86
Both
148
Straight
87
Both
149
Right on
112
Both
150
Left on
152
RS
151
Right on
151
Both
152
Straight
150
RS
153
Left on
158
Both
154
Right on
161
Both
155
Left on
171
Both
156
Right on
189
RS
157
Right on
172
Both
158
Left on
159
Both
159
Left on
173
RS
160
Left on
190
Both
161
Straight
189
RS
162
Straight
188
Both
163
Straight
187
Both
164
Straight
186
Both
165
Straight
185
RS
166
Straight
184
Both
167
Straight
183
RS
168
Straight
182
Both
74
169
Straight
181
Both
170
Straight
180
Both
171
Left on
128
Both
172
Right on
123
RS
173
Right on
127
RS
174
Left on
178
Both
175
Left on
126
RS
176
Straight
102
RS
177
Straight
101
178
Right on
89
RS
179
Right on
90
Both
180
Straight
91
RS
181
Straight
92
RS
182
Straight
93
RS
183
Straight
94
Both
184
Straight
95
Both
185
Right on
105
RS
186
Straight
104
RS
187
Straight
103
Both
188
Left on
126
RS
189
Left on
177
Both
190
Straight
176
RS
191
Left on
108
Both
192
Right on
105
RS
193
Right on
106
Both
194
Straight
107
Both
195
Right on
175
Both
196
Straight
176
RS
197
Right on
109
Both
198
Right on
104
RS
199
Left on
97
Both
200
Straight
93
RS
201
Straight
92
RS
202
Straight
91
RS
203
Left on
99
Both
204
Straight
100
Both
205
Right on
98
Both
206
Left on
102
RS
207
Right on
124
Both
208
Straight
123
RS
209
Straight
122
Both
210
Left on
135
Both
211
Left on
180
No
212
Straight
179
Both
213
Left on
127
RS
214
Straight
125
Both
215
Left on
119
Both
Both
75
216
Right on
70
Both
217
Left on
71
Both
218
Right on
67
Both
219
Right on
3
Both
220
Straight
5
Both
221
Straight
4
Both
222
Right on
68
Both
223
Straight
71
No
224
Straight
72
Both
225
Straight
73
Both
226
Right on
79
Both
227
Left on
75
RS
228
Left on
80
RS
229
Right on
76
Both
230
Right on
82
Both
231
Right on
74
RS
232
Straight
75
RS
233
Left on
78
Both
234
Left on
61
RS
235
Straight
60
Both
236
Left on
85
Both
237
Right on
23
RS
238
Straight
22
Both
239
Right on
13
Both
240
Right on
20
241
Left on
242
Straight
243
Left on
244
Right on
245
Left on
83
Both
246
Right on
40
RS
247
Right on
59
Both
248
Left on
36
Both
249
Straight
37
No
250
Left on
57
Both
251
Left on
42
No
252
Straight
41
Both
253
Straight
40
RS
254
Right on
45
Both
No
2
Both
19
Both
9
RS
6
RS
76
ROUTE #2
: district 2
Total Time
: 2.73
Workload
: 10980.00
Deadhead Time
: 0.17
truck 2
# Deadhead Links : 16
# Links Traveled : 179
# U-Turns
: 1
# Left Turns
: 57
# Right Turns
: 54
# Straight Moves : 66
No.
Movement
Street_Name
Service
---------------------------------------------------------1
Start South on
319
Both
2
Straight
318
RS
3
Straight
323
Both
4
Right on
314
RS
5
Left on
311
Both
6
Right on
310
RS
7
Straight
290
RS
8
Left on
270
Both
9
Left on
289
RS
10
Right on
282
Both
11
Straight
281
No
12
Right on
288
RS
13
Left on
268
Both
14
Straight
267
RS
15
Left on
287
Both
16
Right on
277
No
17
Straight
276
Both
18
Right on
275
Both
19
Right on
266
Both
20
Straight
267
RS
21
Left on
274
Both
22
Right on
249
RS
23
Left on
220
RS
24
Straight
219
RS
25
Right on
227
Both
26
Straight
228
Both
27
Straight
229
Both
28
Left on
230
Both
29
Right on
210
RS
30
Left on
241
Both
31
Right on
209
Both
32
Right on
254
Both
33
Right on
211
RS
34
Straight
210
RS
77
35
Right on
231
Both
36
Straight
232
Both
37
Right on
205
RS
38
Straight
206
Both
39
Left on
260
RS
40
Left on
203
Both
41
Left on
243
RS
42
Right on
205
RS
43
Right on
233
Both
44
Straight
234
Both
45
Straight
235
Both
46
Right on
193
Both
47
Straight
194
Both
48
Straight
195
Both
49
Straight
196
Both
50
Right on
273
Both
51
Straight
272
Both
52
Straight
271
Both
53
Left on
290
RS
54
Left on
285
Both
55
Straight
286
RS
56
Right on
316
Both
57
Straight
317
Both
58
Left on
318
RS
59
Left on
322
Both
60
Straight
321
Both
61
Left on
272
No
62
Left on
286
RS
63
Left on
320
Both
64
Straight
315
Both
65
Straight
314
RS
66
Right on
313
Both
67
Right on
300
RS
68
Straight
299
Both
69
Straight
298
No
70
Right on
284
Both
71
Right on
310
RS
72
Right on
312
Both
73
Left on
300
RS
74
Straight
301
Both
75
Right on
297
Both
76
Straight
296
RS
77
Straight
305
Both
78
Straight
304
RS
79
Left on
280
Both
80
Left on
306
Both
81
Right on
294
RS
78
82
Right on
307
Both
83
Left on
278
Both
84
Straight
277
Both
85
Left on
309
Both
86
Left on
292
RS
87
Straight
293
Both
88
Straight
294
RS
89
Straight
295
Both
90
Straight
296
RS
91
Left on
303
Both
92
Straight
302
Both
93
Left on
281
Both
94
Left on
304
RS
95
Left on
326
Both
96
Straight
327
Both
97
Left on
298
Both
98
Straight
283
Both
99
Straight
289
RS
100
Left on
269
Both
101
Left on
288
RS
102
Right on
280
No
103
Straight
279
Both
104
Straight
278
No
105
Left on
308
Both
106
Right on
292
RS
107
Straight
291
Both
108
Straight
275
No
109
Right on
261
Both
110
Right on
265
Both
111
Left on
263
RS
112
Left on
262
RS
113
U-turn
262
RS
114
Straight
223
RS
115
Straight
224
Both
116
Straight
225
No
117
Right on
236
Both
118
Right on
220
RS
119
Left on
250
RS
120
Left on
218
Both
121
Right on
244
Both
122
Right on
246
Both
123
Left on
252
RS
124
Left on
214
Both
125
Straight
213
Both
126
Left on
239
RS
127
Straight
238
Both
128
Left on
217
Both
79
129
Left on
244
No
130
Straight
245
Both
131
Left on
213
No
132
Right on
240
Both
133
Right on
211
RS
134
Right on
253
Both
135
Straight
252
RS
136
Straight
251
Both
137
Straight
250
RS
138
Straight
249
RS
139
Straight
248
Both
140
Straight
247
RS
141
Right on
222
Both
142
Left on
223
RS
143
Left on
263
RS
144
Left on
264
Both
145
Straight
247
RS
146
Left on
221
Both
147
Right on
225
Both
148
Left on
226
Both
149
Right on
219
RS
150
Left on
237
Both
151
Left on
216
Both
152
Right on
228
No
153
Right on
215
Both
154
Left on
239
RS
155
Left on
212
Both
156
Right on
230
No
157
Straight
231
No
158
Right on
208
Both
159
Left on
242
Both
160
Straight
243
RS
161
Left on
202
Both
162
Right on
234
No
163
Right on
197
Both
164
Straight
198
Both
165
Straight
199
Both
166
Straight
200
Both
167
Straight
201
Both
168
Right on
257
RS
169
Right on
204
Both
170
Left on
260
RS
171
Left on
207
Both
172
Right on
255
Both
173
Right on
259
Both
174
Right on
207
No
175
Left on
256
Both
80
176
Straight
257
RS
177
Straight
258
Both
178
Right on
196
No
179
Straight
324
Both
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PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO DA COLETA DO LIXO