UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
ÁREA DE MICROBIOLOGIA
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATO VEGETAL
DERIVADO DE Citrus aurantifolia (Christm.) Swingle
SOBRE CRESCIMENTO BACTERIANO
4
Adriano Barbosa da Silva¹, Leandro Monteiro Teixeira¹, Karla Monique Cordeiro da Silva², Jacqueline Azevedo Almeida da Silva³, Gabriela Mendes Campos e Rosa
5
Maria Nunes Galdino
¹Graduando em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela UFRPE, ²Graduanda em Economia Doméstica pela UFRPE, ³Graduanda em Bacharelado em Ciências Biologia
5
4
pela UFRPE, Graduanda em Medicina Veterinária pela UFRPE e Bióloga pela UFRPE
Apresentação
Os mecanismos de resistência a antibióticos por bactérias patogênicas têm
provocado grande corrida na indústria farmacêutica à busca de novos fármacos, a
serem utilizados em terapia antimicrobiana, capazes de promover inibição a esses
micro-organismos.
O uso indiscriminado de drogas tem sido mencionado como agente para uma
evolução biológica ou resistência de bactérias causadoras de sérios problemas à
saúde pública.
Frente a atual situação problemática, buscam-se cada vez mais substâncias
com princípios ativos antimicrobianos eficientes no combate a tais agentes
patógenos, sendo alguns frutos cítricos mencionados na literatura.
Na concentração de 500mL.L-1 do extrato ocorreu maior susceptibilidade,
em relação aos antibióticos, em 7 das 9 espécies em estudo, indicando um
percentual de 77,77% de maior susceptibilidade ao extrato em comparação ao
antibiótico, como visto na figura 1 e 2.
S.S.
C1
C1
C3
C3
OXA
C2
OXA
Material e Métodos
Todas as cepas estudadas (Bacillus sp, Bacillus cereus, Bacillus subtilis,
Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Serratia sp,
Sarcina sp e Klebsiella sp.) foram submetidas inicialmente aos testes de purificação
e coloração de Gram.
C2
S.S.
FIGURA 5 e 6. Pseudomonas aeruginosa e Serratia Marcescens
respectivamente. C1=1000ppm/C2=50ppm/25pppm/OXA=Oxacilina (Antib.)
Tabela 1. Ação antimicrobiana do extrato líquido da polpa de Citrus aurantifolia
(Christm.) Swingle na inibição de bactérias dos grupos Gram (+) e Gram (-).
Diâmetro Médio do Halo de Inibição (mm)
Bactérias
Bacillus sp
Bacillus cereus
Bacillus subtilis
Staphylococcus
aureus
Escherichia coli
Pseudomonas
aeruginosa
Serratia
Sarcina
Klebsiella
Antibiótico1
Oxacilina
0
Oxacilina
0
Oxacilina
5
Oxacilina
12
Penicilina
6
Cefpirom
8
Ampicilina
3
Ampicilina
19
Cefpirom
1
Salina2
100ppm
50ppm
25ppm
0
10
8,66
2,66
0
7,32
6
0,66
0
16,66
10,66
2
0
22,66
8
0
0
26
13
4
0
17,32
8,66
0
0
13,32
3,32
0
0
24
12,66
0
0
22,66
7,32
2
1Inseridos
FIGURA 1, 2, 3 e 4. Assepsia do fruto, extração do suco, saturação dos discos
de papel filtro e disposição dos discos em placa respectivamente da esquerda
para a direita..
As suspensões foram preparadas a partir do tubo 0,5 da escala de Mc
Farland, equivalente a 1-2 x 108 UFC.mL-1.tendo como diluente Solução Salina
composta por NaCl a 0,9 mg.mL-1.
Foram dispostos em placas de Petri contendo meio MH, os inóculos
bacterianos de aproximadamente 0,1mL homogeneizados em toda superfície por
meio de alça de inóculo (Drigalsky) .
Resultados e Discussão
Na avaliação do halo de inibição, notou-se maior susceptibilidade para todas
as cepas na concentração de 1000mL.L-1 do extrato, em comparação com os
antibióticos indicados, o que mostra 100% de maior susceptibilidade em extrato de
Citrus aurantifolia, como mostrado nas figuras 1 e 2.
no Primeiro Tratamento; 2Diluinte utilizado no preparo das suspensões bacterianas e
inserido no Primeiro Tratamento para verificação de sua neutralidade nos resultados.
Conclusão
Os resultados obtidos comprovaram a acentuada atividade antimicrobiana
apresentada pelo extrato líquido de C. aurantifolia frente as bactérias testadas. C.
aurantifolia, portanto, mostra-se como uma eficaz alternativa fitoterapêutica no
combate a micro-organismos patogênicos.
Referências Bibliográficas
MATTHEW, A. W.; FRANKLIN, R. C.; WILLIAM, A. C.; MICHAEL, N. D.;
GEORGE, M. E.; DAVID, W. H.; JANET, F. H.; DONALD, E. L.; DANIEL, J. S.;
FRED, C. T.; JOHN, D. T.; MELVIN, P. W.; BARBARA, L. Z.; MARY, J. F. & JANA,
M. S. 2005. Normas de desempenho para testes de sensibilidade antimicrobiana;
15° Suplemento informativo. Clinical and Laboratory Standards Institute/NCCLS.
CLSI/NCCLS document M100-S15 [ISBN 1-56238-556-9]. p. 25-86.
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