TROCAS DE SONDAS ENTERAIS EM DOMICILIO, UMA ANALISE DOS CUSTOS
E ALTERNATIVA PARA REDUÇÃO DE DESPESAS DE UM SERVIÇO DE
ATENÇÃO DOMICILIAR
Introdução: Com o crescente numero de idosos no Brasil, assim como o avanço das
modalidades de atendimento domiciliar e hospitalar, é frequente o contato com pacientes
que necessitam de dieta enteral, sendo esta administradas via sondas nasogastricas,
nasoentéricas ou ainda por estomas. O Conselho Federal de Enfermagem publicou a
Resolução 162 em 1993 que dispõe sobre a administração da nutrição parenteral e enteral
sendo que nesta última cabe ao enfermeiro, dentre outras atribuições, introduzir a sonda(1).
É inegável a contribuição do avanço tecnológico na saúde, bem como as preocupações
com seus custos por partes dos gestores de instituições de saúde, uma vez que o
atendimento domiciliar envolve profissionais de diversas áreas de atuação, envolvendo
custos adicionais como o deslocamento da equipe. Diante deste cenário o estudo tem
como objetivo analisar os custos envolvidos com a troca de sondas enterais e identificar
alternativa para redução das despesas com trocas não programadas. Materiais e Métodos:
Estudo descritivo, quantitativo, nos moldes de estudo de caso, para levantar o custo
envolvido na troca não programada de sonda enteral em um serviço publico de
atendimento domiciliar. Os dados considerados foram o tempo desprendido para a
intervenção x salário dos colaboradores, bem como a média de combustível consumido
para o deslocamento desta equipe. Resultados: Os custos relacionados aos profissionais
diretamente envolvidos na intervenção por 1 hora, (tempo médio gasto para o
deslocamento e recolocação da sonda enteral) foram de R$20,69 para a enfermeira,
R$7,50 para o motorista e R$ 8,67 totalizando um investimento de R$ 36,86 para a
realização de uma recolocação de sonda enteral não programada pelo serviço de atenção
domiciliar. A alternativa identificada para minimizar estes eventos, reduzindo assim os
custos, foi o uso de um fixador especifico para sondas enterais e gástricas, cujo custo
médio é de R$8,00 com permanência média de 5 dias. Discussão: Não existem dados
nacionais indicando o numero de pessoas que fazem uso de sondas entéricas para
alimentação, porém a sondagem é um procedimento amplamente utilizado pelos
profissionais de saúde promovendo alimentação ou drenagem de conteúdo gástrico. A
retirada acidental da sonda entérica é a complicação mais comum relacionada ao uso deste
dispositivo(2) que envolve ainda o trauma causado pela retirada, o risco de aspiração, lesão
de pele e ulcerações da narina. Os custos desprendidos com esta atividade, retira um
automóvel, motorista e enfermeira das atividades previamente programadas, prejudicam
o desenvolvimento do trabalho em domicilio. Desta maneira o enfermeiro se torna peça
fundamental na análise e beneficio das tecnologias existentes na instituição e a
substituição daquelas que se tornarem demasiadamente dispendiosas, praticando um
gerenciamento responsável de custos e qualidade no serviço, gerando maior segurança ao
paciente e equipe envolvida no cuidado.
Bibliografia:
1 – Unamuno MRDL, Marchini JS. Sonda nasogastrica/nasoentérica: cuidado na
instalação, na administração da dieta e prevenção de complicações. Medicina (Ribeirão
Preto)
2 – Graciano RDM; Ferretti REL; Nutrição enteral em idosos na Unidade de Terapia
Intensiva: prevalência de fatores associados. Geriatria & Gerontologia. 2008;2(4):151155
3 –Malta MB, Pereira APA, Geraldo RRC, Nishihara SCR, Soriano EA, Navarro AM
INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM UM PACIENTE GRAVEMENTE QUEIMADO:
ESTUDO DE CASO. Rev. Simbio-Logias, V.1 , n.2 , Nov/2008.
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