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O Mercado de Trabalho em 2012
Grupo de Economia / Fundap
O presente texto investiga os principais traços do mercado de trabalho em 2012. O texto “O Mercado de Trabalho em 2011: o emprego industrial ameaçado”, publicado no número 14 deste Boletim1,
já alertava para a tendência de menor do crescimento das ocupações a partir de meados daquele
ano, especialmente das ocupações no setor industrial. Ver-se-á que, no ano de 2012, essa tendência
se acentuou, sendo a massa total de rendimentos basicamente sustentada pelo setor de Serviços.
O texto estrutura-se da seguinte forma. Na primeira seção, analisam-se as variáveis mais gerais atinentes ao mercado de trabalho brasileiro, que nos permitem avaliar o dinamismo da massa
salarial, e de seus componentes – ocupação e rendimento médio real – no período em análise, bem
como a taxa de desemprego. Na seção seguinte, são examinadas variáveis que revelam a qualidade
dos postos de trabalho gerados – tais como a posição na ocupação e a distribuição setorial. A seção
final reúne nossas conclusões.
1. “O mercado de trabalho em
2011: o emprego industrial
ameaçado”. Boletim de Economia Fundap, n. 14, abril de
2012. Disponível em: http://
novo.fundap.sp.gov.br/arquivos/PDF/Boletim_de_Economia_14_mai2012_Completo.
pdf
O dinamismo do mercado de trabalho brasileiro
O Gráfico 1 exibe a evolução da massa de rendimento real e de seus componentes – a ocupação e o rendimento médio real. A variação acumulada da massa de rendimento em 12 meses
mostra-se estável no patamar de 5% no primeiro semestre de 2012, apesar da redução verificada no
crescimento da ocupação. A estabilidade deve ser creditada ao aumento do rendimento médio real.
A partir de setembro, a taxa de crescimento da variação acumulada da massa real de rendimentos
passou a acelerar-se, com ambos os seus componentes mostrando evolução crescente. A questão a
ser respondida na próxima seção é quais foram os setores responsáveis por essa evolução.
BOLETIM DE ECONOMIA [ 23 ] / fevereiro de 2013
conjuntura econômica em foco
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dez./12
set./12
jun./12
mar./12
set./11
dez./11
jun./11
mar./11
set./10
Ocupação
dez./10
jun./10
dez./09
Rendimento médio real
mar./10
set./09
jun./09
dez./08
mar./09
set./08
jun./08
mar./08
8,5
8,0
7,5
7,0
6,5
6,0
5,5
5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0
-0,5
-1,0
-1,5
dez./07
[Em %]
Gráfico 1. Seis Regiões Metropolitanas do Brasil. Evolução do rendimento médio real,
ocupação e massa de rendimento real – Taxa de variação (%) acumulada em 12 meses
Massa rendimento real
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
O Gráfico 2 mostra que as taxas de desemprego aberto, segundo o IBGE, continuam a exibir
tendência de queda quando comparadas às taxas registradas no mesmo mês do ano anterior – fato
observado desde 2009, embora a redução da taxa média anual de desocupação seja observada
desde 2003. Em 2006 e 2009, houve um leve aumento dessa variável, mas nos anos seguintes o
movimento de queda permaneceu inalterado.
Gráfico 2. Seis Regiões Metropolitanas do Brasil.
Evolução da taxa de desocupação mensal (%) – 2003 a 2012
14
13
12
[Em %]
11
10
9
8
7
6
5
4
jan
fev
mar
2003
abr
2004
mai
2005
jun
2006
jul
2007
ago
2008
2009
set
2010
out
2011
nov
dez
2012
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
Mesmo com o menor crescimento da ocupação, a taxa de desemprego continua seu descenso.
Como se argumentou no Boletim 14, a taxa de desemprego é uma relação entre desocupados que
continuam a procurar emprego e o total daqueles, ocupados ou desocupados, que se incluem na
PEA, População Economicamente Ativa (ocupados mais desocupados). Assim, a queda da taxa de
desemprego pode estar revelando, para além do dinamismo do mercado de trabalho brasileiro, um
fenômeno novo: a queda do ritmo de crescimento da PEA. Além do envelhecimento da população
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GRUPO DE ECONOMIA / FUNDAP brasileira, que começa a ter efeitos sobre o mercado de trabalho, a entrada no mercado de trabalho
vem sendo retardada, o que se evidencia ao observar a queda da taxa de atividade (PEA/PIA) nas
menores faixas etárias.
O Gráfico 3 mostra que, desde o início da série (2003), caem as taxas de atividade para as
faixas etárias até 17 anos, continuam estáveis para as faixas intermediárias e crescem para as faixas
mais elevadas. A queda das taxa de atividade das menores faixas etárias provavelmente reflete a
opção pela aquisição de maior nível de educação dos jovens, tornada possível graças ao aumento da
renda familiar, observada na última década2.
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2. Os dados da PNAD, disponíveis no já referido texto do Boletim 14, ilustram esse ponto.
Gráfico 3. Seis Regiões Metropolitanas do Brasil. Taxa de atividade (PEA/PIA),
por faixa etária (%) – Índice média de 2003=100
120,0
Média de 2003 = 100
100,0
80,0
60,0
10 a 14 anos de idade
40,0
15 a 17 anos de idade
18 a 24 anos de idade
20,0
25 a 49 anos de idade
0,0
50 anos ou mais de idade
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
Dados da PME sobre a evolução da renda familiar habitual, a preços de janeiro de 2013, corroboram esse argumento. A partir de meados de 2005, inicia-se um claro movimento ascendente,
exibindo um crescimento da ordem de 30% no período (Gráfico 4).
Gráfico 4. Brasil. Rendimento médio real habitual domiciliar, a preços de janeiro de 2013
3.400,00
R$ a preços de janeiro de 2013
3.200,00
3.000,00
2.800,00
2.600,00
2.400,00
2.200,00
2.000,00
2
2
3
02 r./0 r./0 t./03 r./04 t./04 r./05 t./05 r./06 t./06 r./07 t./07 r./08 ./08 r./09 ./09 r./10 ./10 ./11 ./11 ./12 t./1
t
r
t
t
t
r se
t./
se ma
se ma
se ma
se ma
se ma
se ma
se ma
se ma
se ma
se ma ma
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
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O crescimento da renda familiar também pode explicar o crescimento do número de PNEA
(pessoas não economicamente ativas). Pelos dados da PME-IBGE, é possível identificar a participação
das pessoas dessa categoria que estão nessa situação por não desejarem, de fato, trabalhar, diferentemente daquelas que, a despeito de não estarem ocupadas ou procurando por ocupação, gostariam
de estar no mercado de trabalho. O Gráfico 5 mostra o importante crescimento nos últimos anos da
fração de PNEA que não está disposta a trabalhar ou a procurar por empregos: no fim de 2012, essa
parcela atingiu 90% da PNEA – contra 75% do início da série (março de 2002).
Gráfico 5. Seis Regiões Metropolitanas do Brasil. Participação (%) de PNEA que não gostariam de trabalhar
no total da PNEA (%) – Estimativas
95,0
90,0
%
85,0
80,0
75,0
70,0
nov./07
mar./08
jul./08
nov./08
mar./09
jul./09
nov./09
mar./10
jul./10
nov./10
mar./11
jul./11
nov./11
mar./12
jul./12
nov./12
nov./03
mar./04
jul./04
nov./04
mar./05
jul./05
nov./05
mar./06
jul./06
nov./06
mar./07
jul./07
mar./03
jul./03
mar./02
jul./02
nov./02
65,0
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
Antes de passarmos para os dados que permitam aferir a qualidade dos postos de trabalho gerados
e sua distribuição setorial, cabe uma observação acerca dos dados do Seade/Dieese, em sua Pesquisa de
Emprego e Desemprego (PED). Por essa pesquisa, o desemprego aberto médio do ano de 2012 foi ligeiramente superior ao observado no ano de 2011, enquanto as taxas de desemprego oculto mostraram ligeira
queda (de 0,1 ponto percentual cada uma), de forma que a taxa de desemprego total ficou nos mesmos
10,5% – interrompendo a tendência de queda que se observara nos anos anteriores (Gráfico 6).
Gráfico 6. Brasil. Taxa de desemprego (%) – Total, aberto e oculto
16,0
14,0
12,0
14
12,1
10,5 10,5
10,0
%
9,8
8,6
8,0
2009
7,9 8,1
2010
6,0
2011
4,0
2,8
2,0
0
Total
Aberto
2,3
1,7 1,6
2012
1,5 1,2
0,9 0,8
Oculto pelo trabalho precário Oculto pelo desalento
Fonte: Seade/Dieese. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap
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A pesquisa da PED parece estar revelando os reflexos do menor crescimento da ocupação relativamente ao que se observou em anos anteriores.
Qualidade e distribuição setorial dos postos de trabalho criados: qual foi
o papel da indústria?
Um primeiro indicador fundamental da qualidade dos postos de trabalho criados no mercado
de trabalho brasileiro é a posição na ocupação. O Gráfico 7 evidencia que a tendência de formalização das relações de trabalho, observada desde 2005, continuou no período recente; a proporção
de empregados com carteira de trabalho assinada atingiu 54,4% do total de ocupados em janeiro
de 20133.
Gráfico 7. Brasil. Posição das pessoas ocupadas na ocupação – Participação (%)
no total de pessoas ocupadas (meses de janeiro)
60,0
50,0
45,0
46,3
45,6
44,2
44,1
53,7
52,1
50,3
49,4
48,2
54,5
40,0
%
Empregadas
com carteira de trabalho
assinada
30,0
22,0
21,6
22,6
22,2
21,0
19,8
20,0
10,0
3. No Boletim 14, argumentouse que as causas para esse
movimento estão relacionadas
à reestruturação da capacidade normativa da Justiça do
Trabalho, à maior fiscalização
do Ministério de Trabalho, aos
incentivos fiscais à maior formalização das empresas e, por
último, mas não menos importante, pelo próprio dinamismo
do mercado de trabalho, que
aumenta o poder de barganha
dos trabalhadores.
19,3
20,8
19,8
18,8
19,6
19,4
18,7
18,6
18,4
19,0
17,3
15,8
18,2
15,2
18,1
Empregadas
sem carteira de trabalho
assinada
17,9
Conta própria
(rótulo de dados abaixo)
0
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
Interessante notar também que, desde 2010, a participação dos ocupados por Conta Própria
passou a ser mais elevada do que a dos empregados sem carteira assinada. Em parte, esse pode
ser o reflexo da queda da participação dos Serviços Domésticos no total das atividades e da abertura
de pequenos negócios por parte de pessoas anteriormente engajadas nessa atividade. Além disso,
o crescimento das atividades de Construção Civil no período de expansão até 2010 permitiu que
ex-empregados nessa atividade pudessem migrar para a abertura de negócios por Conta Própria na
própria atividade de Construção Civil.
Os dados que chamam a atenção dizem respeito às − muito distintas – evoluções do rendimento médio real para cada uma dessas posições na ocupação (Gráfico 8). No acumulado em 12 meses,
enquanto o crescimento do rendimento dos ocupados com carteira exibe uma tendência de aumento
relativamente contínua, o dos sem carteira oscila em cerca de 10 pontos percentuais: a partir de
agosto de 2011, a taxa acumulada de crescimento caiu de 10,44% para atingir crescimento nulo em
agosto de 2012, passando então a se recuperar timidamente, até o fim do ano de 2012.
Isso evidencia a vulnerabilidade daqueles que se encontram nessa situação, e a importância
da continuidade do movimento de formalização. Na primeira seção, mostrou-se que a massa de rendimento real manteve crescimento estável no acumulado de 12 meses no primeiro semestre de 2012,
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Gráfico 8. Seis Regiões Metropolitanas do Brasil. Evolução do rendimento médio real habitualmente recebido
nas – Taxa de variação (%) acumulada em 12 meses
11,0
9,0
[Em %]
7,0
5,0
3,0
1,0
dez./12
nov./12
set./12
out./12
jul./12
ago./12
jun./12
abr./12
mai./12
fev./12
mar./12
jan./12
dez./11
nov./11
set./11
Sem carteira (set. priv)
out./11
jul./11
ago./11
jun./11
abr./11
mai./11
fev./11
Com carteira (set. priv)
mar./11
jan./11
dez./10
nov./10
set./10
out./10
jul./10
ago./10
jun./10
abr./10
mai./10
fev./10
mar./10
jan./10
dez./09
-1,0
Conta própria
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
apesar da queda da taxa de crescimento da ocupação, graças à elevação do rendimento médio real.
Os dados referentes à evolução do rendimento médio habitualmente recebido por posição na ocupação mostram que a sustentação da massa de rendimento deveu-se ao contínuo aumento da taxa de
crescimento do rendimento médio real dos ocupados com carteira assinada.
A despeito de apresentarem participação menor na população ocupada (contribuindo menos, portanto, para a massa de rendimentos), a taxa de crescimento dos rendimentos da categoria Conta Própria permanece crescente, exibindo o dinamismo das atividades de Serviços e
Comércio de baixo valor adicionado, bem como o da Construção Civil.
Vale agora voltarmos nosso olhar à distribuição setorial das vagas formais criadas em
2012, segundo o Caged. A criação líquida de vagas (admissões – demissões) em 2012 foi quase
45% menor que a de 2011, que por sua vez já fora menor do que a de 2010 – ano, é bem verdade, que marcou uma surpreendente recuperação do mercado de trabalho em relação a 2009,
quando a crise financeira global atingiu o país de forma contundente (Tabela 1).
A primeira observação a ser feita é que o resultado de 2012 foi pior do que aquele observado
no ano de 2009. Na comparação entre 2009 e 2012, nota-se que o grande responsável pelo pior
desempenho no último ano foi a Construção Civil, que gerou cerca de 100.000 vagas a menos em
2012 do que em 2009. A segunda observação diz respeito à comparação do resultado de 2012 com
o observado no ano de 2011: chama a atenção a importante queda da criação líquida de vagas,
da ordem de 700.000 vagas, e seu caráter ubíquo. Em todos os grandes setores, observou-se uma
redução da criação líquida de vagas: os Serviços, com destaque para Comércio e Administração de
Imóveis, Valores Mobiliários e Serviços Técnicos apresentaram a maior queda, de cerca de 285.000
vagas; em segundo lugar, a Indústria de Transformação, com queda de cerca de 140.000 vagas; o
Comércio, com redução de perto de 100.000 vagas criadas, e até o setor agrícola (-75.000 vagas).
Na Indústria de Transformação, as maiores quedas ocorreram na indústria de Produtos Alimentícios
e Bebidas (-35.000 vagas criadas), na Indústria Metalúrgica (-26.000) e na Mecânica (-20.903).
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Tabela 1. Brasil. Criação líquida de vagas (admissões e demissões), por subsetor IBGE. 2006-2012
2009
Extrativa mineral
2010
2011
2012
2012-2011
2.036
16.343
17.836
9.682
-8.154
15.849
502.882
182.344
41.539
-140.805
4.484
29.192
20.722
4.315
-16.407
Indústria metalúrgica
-27.162
74.069
21.370
-4.810
-26.180
Indústria mecânica
-13.885
49.500
28.883
7.980
-20.903
Indústria do material elétrico e de comunicações
-11.331
25.717
20.916
2.136
-18.780
Indústria do material de transporte
-17.538
53.620
21.086
1.062
-20.024
Indústria da madeira e do mobiliário
-4.745
27.250
7.317
2.785
-4.532
-513
16.134
4.047
-301
-4.348
9
18.498
-183
4.027
4.210
Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria
15.112
47.869
23.135
13.355
-9.780
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos
11.844
55.224
-18.503
-7.664
10.839
Indústria de calçados
13.387
28.002
-11.188
-11.351
-163
Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico
41.203
59.953
57.072
21.688
-35.384
4.984
17.854
7.670
8.317
647
Construção civil
177.185
254.178
148.960
70.896
-78.064
Comércio
297.157
519.613
368.570
270.393
-98.177
249.439
429.703
292.127
213.541
-78.586
47.718
89.910
76.443
56.852
-19.591
500.177
864.250
786.347
501.533
-284.814
3.483
34.193
32.118
10.172
-21.946
166.957
348.243
276.936
145.607
-131.329
Indústria de transformação
Indústria de produtos minerais nao metálicos
Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica
Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas
Serviços industriais de utilidade pública
Comércio varejista
Comércio atacadista
Serviços
Instituições de crédito, seguros e capitalização
Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. técnico...
Transportes e comunicações
50.943
122.240
126.084
55.518
-70.566
162.053
235.028
220.474
142.768
-77.706
78.858
80.200
84.406
91.229
6.823
Ensino
37.883
44.346
46.329
56.239
9.910
Administração pública direta e autárquica
18.075
5.627
11.498
-1.238
-12.736
Agricultura, silvicultura, criação de animais, extrativismo vegetal...
-15.368
-25.946
50.488
-24.564
-75.052
Total
995.111
2.136.947
1.566.043
868.241
-697.802
Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação, r...
Serviços médicos, odontológicos e veterinários
Fonte: Caged-MTE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
Ponderando a criação de vagas em 2012 pela participação relativa dos subsetores no estoque
de emprego formal, é possível chegar à contribuição de cada um deles para o crescimento do emprego formal, no ano de 2012 (Tabela 2).
Aqui, o fraco desempenho da Indústria de Transformação para o crescimento do emprego
formal no ano de 2012 salta aos olhos: apenas 4,8%, contra 58,7% dos Serviços (tradicionalmente
considerado como o setor gerador de posições de trabalho informais) e 31,5% do Comércio. Ou seja,
80% do crescimento do emprego formal, em 2012, originou-se do setor terciário da economia.
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Tabela 2. Brasil. Contribuição (%) dos subsetores IBGE para o crescimento do emprego formal.
2012
Extrativa Mineral
1,1
Indústria de transformação
4,8
Prod. mineral não metálico
0,5
Indústria metalúrgica
-0,5
Indústria mecânica
0,9
Elétrico e comunicação
0,2
Material de transporte
0,1
Madeira e mobiliário
0,3
Papel e gráfica
0,0
Borracha, fumo, couros
0,5
Indústria química
1,5
Indústria têxtil
-0,9
Indústria calçados
-1,2
Alimentos e bebidas
2,5
Serviços ind. de utilidade pública
1,0
Construção civil
8,2
Comércio
31,5
Comércio varejista
24,8
Comércio atacadista
6,7
Serviços
58,7
Instituição financeira
1,2
Administração técnica profissional
16,9
Transporte e comunicações
6,4
Aloj comunic
16,7
Médicos odontológicos vet
10,9
Ensino
6,6
Administração pública
-0,1
Agricultura
-2,7
Total
100,0
Fonte: Rais-Caged-MTE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
Os dados da Pimes-IBGE, que incluem as ocupações informais, corroboram a análise sobre
o nível de ocupação na indústria de transformação baseada nos dados do Caged. O Gráfico 9 deixa
evidente que, embora a evolução do pessoal ocupado na Indústria não tenha apresentado, no período recente, taxas de crescimento tão ruins quanto as do ano de 2009, vem se observando uma
estagnação das ocupações nesse setor desde meados de 2011.
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Gráfico 9. Brasil. Evolução do pessoal ocupado assalariado na indústria geral e de transformação – Taxa de
variação do mês em relação ao mesmo mês do ano anterior
5
4
3
2
1
[Em %]
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
Indústria geral
jul./10
out./10
jan./10
abr./10
jul./10
out./10
jan./10
abr./10
jul./10
out./10
abr./10
jan./10
jul./09
out./09
jan./09
abr./09
jul./08
out./08
jan./08
abr./08
jul./07
out./07
jan./07
abr./07
jul./06
out./06
jan./06
abr./06
jul./05
out./05
jan./05
-8
abr./05
-7
Indústria de transformação
Fonte: Pimes/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
Os dados da PME/IBGE vão na mesma direção. O conjunto de gráficos e tabelas abaixo mostra
as taxas de variação e a contribuição do subsetores para o crescimento da população ocupada, do
rendimento médio real e da massa de rendimentos entre 2003 e 2012.
Especificamente no ano de 2012, o Gráfico 10 mostra uma discreta queda da ocupação nas
atividades da Indústria que, combinada com o crescimento do rendimento médio real próximo a 4%,
resultou em elevação da massa salarial no setor. Note-se que, excetuando-se Outras Atividades, o
subsetor Indústria apresentou a menor taxa de crescimento da massa de rendimentos. A Construção Civil exibiu a maior taxa de crescimento na massa de rendimentos, em função da expansão
tanto da população ocupada quanto do rendimento médio (as duas taxas superiores a 4%).
Gráfico 10. Brasil. Taxa de variação anual (%) - Média de 2012: População Ocupada, Rendimento Médio Real e
Massa de Rendimentos
12,0
9,4
10,0
7,6
8,0
6,6
%
6,0
4,6 4,6
3,63,3
4,0
7,6
6,5
6,4
6,3
5,4
4,2
2,3
3,5
2,8
4,1
3,4
4,1
3,8
2,5
2,2
2,0
0
-2,0
-4,0
0,8
-2,0
-0,2
Ind. extr.,
Construção
transf. e
prod. e distr.
de el., gás e
água
Comércio,
rep de veíc
autom e de
objetos pes
e dom
Interm
finan e ativ
imob, al e
serv pres à
empresa
Adm
pública,
defesa, seg Serviços
social, educ, domésticos
saúde e
serv sociais
-1,4
Outros
serviços
PO
RM
Massa
-0,6
Total
Outras
atividades
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
No total, observa-se que o crescimento de 6,3% da massa de rendimentos em 2012 não foi
desprezível, em função da elevação de seus dois componentes – população ocupada (2,2%) e rendimento médio (4,1%).
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conjuntura econômica em foco
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Os Gráficos 11 e 12 exibem, respectivamente, a contribuição dos subsetores IBGE para o crescimento da população ocupada e as taxas médias de crescimento da população ocupada de cada subsetor no período 2003-2012. A contribuição é obtida ponderando, para cada subsetor, o crescimento da
população ocupada em cada período pela participação do subsetor no total da ocupação.
As atividades que compõem o setor Serviços, de uma forma geral, tiveram uma contribuição
inquestionável para o crescimento da população ocupada nas seis regiões metropolitanas do Brasil
no período 2003-2012, excetuando-se a categoria dos Serviços Domésticos. Nesse subsetor, houve
até diminuição no número absoluto de pessoas ocupadas, como atestam os dados referentes aos
anos de 2010 e 2012 (Gráfico 11).
Gráfico 11. Brasil. Contribuição (%) dos subsetores para o crescimento da População Ocupada
100%
80%
60%
40%
8,0
8,5
2,9
12,9
12,4
16,6
Comércio, rep de veíc autom e de objetos
pessoais e domésticos
21,0
2010
Adm pública, defesa, seg social, educ, saúde e
serv sociais
28,0
20,9
-1,7
-6,3
2012
-5,0
2007
Ind extr, transf e prod e distrib de el, gás e água
20,7
19,8
-20%
Construção
30,8
40,0
0%
Serviços domésticos
12,5
18,2
17,6
15,0
32,4
20%
Outras atividades
9,7
20,2
6,8
13,2
2,9
8,8
16,8
Outros serviços
Interm finan e ativ imob, al e serv pres à
empresa
2003-2012
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
As atividades de Serviços e as de Comércio corresponderam a 80% das ocupações geradas no
período. Enquanto a taxa de crescimento médio total da população ocupada foi de 2,4% ao ano, a da
Indústria (extrativa e transformação) foi de 1,4% (Gráfico 12), contribuindo com 10% das ocupações
criadas nesse período. A atividade de Construção Civil, que tem na população ocupada um peso bem
menor que o da Indústria, embora tenha exibido taxa média de crescimento da população ocupada
superior à da Indústria de Transformação (2,9%), apresentou uma contribuição apenas ligeiramente
inferior à da Indústria (8,8%, em média, no período) para o total do crescimento da ocupação. Cabe
destacar que, especificamente no ano de 2012, a contribuição da Indústria para o crescimento da
População Ocupada foi ligeiramente negativa, enquanto a da Construção Civil foi de 16,8%.
Gráfico 12. Brasil. Taxa de crescimento médio anual (%) da População Ocupada entre 2003 e 2012
4,5
Interm finan e ativ imob, al e serv pres à empresa
Outros serviços
2,9
2,9
Construção
2,8
Adm pública, defesa, seg social, educ, saúde e serv sociais
2,4
Total
1,6
Comércio, rep de veíc autom e de objetos pessoais e domésticos
1,4
Ind extr, transf e prod e distrib de el, gás e água
0,9
Serviços domésticos
-2,8
-4,0
Outras atividades
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
%
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
14
conjuntura econômica em foco
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Os Gráficos 13 e 14 exibem os resultados de exercício semelhante ao anterior, em relação ao
rendimento médio real. O Gráfico 13 mostra a contribuição dos subsetores IBGE para o crescimento
do rendimento médio real (ponderando o crescimento da variável renda pela participação na estrutura ocupacional), e o Gráfico 14, as taxas médias de crescimento do rendimento médio real de cada
subsetor no período 2003-2012 (sem ponderação).
Gráfico 13. Brasil. Contribuição (%) dos subsetores ao crescimento do rendimento médio real
100%
90%
80%
16,9
13,7
70%
19,1
50%
3,0
30%
14,7
11,5
12,3
13,6
13,6
15,5
13,7
8,4
10,8
14,0
Outras atividades
Outros serviços
Serviços domésticos
24,8
Adm pública, defesa, seg social, educ, saúde e serv
sociais
17,3
Interm finan e ativ imob, al e serv pres à empresa
19,2
15,8
20%
10%
16,7
12,5
60%
40%
11,3
21,8
8,9
5,9
14,1
2010
2012
Construção
22,3
0%
2007
Comércio, rep de veíc autom e de objetos pessoais
e domésticos
11,2
17,6
Ind extr, transf e prod e distrib de el, gás e água
2003-2012
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
Gráfico 14. Brasil. Taxa de variação média anual (%) do rendimento médio entre 2003 e 2012
Interm finan e ativ imob, al e serv pres à empresa
Outros serviços
Comércio, rep de veíc autom e de objetos pessoais e domésticos
1,5
2,3
2,4
Adm pública, defesa, seg social, educ, saúde e serv sociais
2,6
Total
2,7
Ind extr, transf e prod e distrib de el, gás e água
2,8
Outras atividades
3,1
Construção
4,1
Serviços domésticos
4,9
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
% ao ano
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
A contribuição da Indústria mostra-se muito mais importante no crescimento do rendimento
médio real do que na ocupação, no período em análise. O Gráfico 13 mostra que, no período 20032012, esse setor apresentou uma participação de 17,6%. Sem a ponderação do peso dos subsetores
na população ocupada (Gráfico 12), observa-se que o rendimento médio real das categorias Serviços
Domésticos (4,9% a.a.), Construção (4,1% a.a.), Outras Atividades (3,1% a.a.) e Indústria (2,8% a.a.)
apresentou crescimento maior que a média anual do total das atividades (2,7% a.a.). Em 2012, as
atividades de Comércio (19,2% do total), Outros Serviços (16,7% do total) e Indústria (14,1%) apresentaram as maiores contribuições para o crescimento do rendimento médio real (nesse ano, de 4,1%
no total).
Os Gráficos 15 e 16 trazem, respectivamente, a contribuição dos subsetores para a massa
salarial e o rendimento médio real dos subsetores a preços de janeiro de 2013.
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Gráfico 15. Brasil. Contribuição dos subsetores para o crescimento da massa salarial real Participação (%)
100%
80%
14,3
18,4
4,1
1,3
22,9
21,1
26,5
20,2
16,0
15,5
2,3
3,1
27,1
23,5
20,7
23,9
15,5
12,0
60%
40%
0%
Outros serviços
Serviços domésticos
12,8
10,9
20%
Outras atividades
9,4
14,5
14,5
11,2
8,8
14,4
2007
2010
2012
2003-2012
7,9
9,9
-20%
Adm pública, defesa, seg social, educ, saúde e
serv sociais
Interm finan e ativ imob, al e serv pres à empresa
Comércio, rep de veíc autom e de objetos
pessoais e domésticos
Construção
Ind extr, transf e prod e distrib de el, gás e água
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
Gráfico 16. Brasil. Rendimento médio real (em R$ preços de janeiro de 2013).
Média de 2012
Serviços domésticos
733,66
Comércio, rep de veíc autom e de objetos pessoais e domésticos
1.437,62
Construção
1.529,71
Outras atividades
1.586,89
Outros serviços
1.593,17
1.810,67
Total
1.876,93
Ind extr, transf e prod e distrib de el, gás e água
Interm finan e ativ imob, al e serv pres à empresa
2.306.06
2.504,85
Adm pública, defesa, seg social, educ, saúde e serv sociais
0,00
500,00
1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00
3.000,00
R$ a preços de 2013
Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap.
As atividades de Serviços Domésticos, Construção e Comércio, em função de apresentarem
rendimento médio baixo – visto que a grande maioria da população ocupada nessas categorias recebe rendimento de um salário mínimo (Gráfico 16) –, não apresentam contribuição para o crescimento
da massa salarial tão significativa quanto para o crescimento da população ocupada e do rendimento
médio real (Gráfico 15). No tocante à massa de rendimentos, aparecem com maiores contribuições
dos subsetores de serviços, nas atividades para as quais o número de pessoas ocupadas é importante e o rendimento médio se estabelece próximo ou superior ao da média total das atividades
produtivas: no período 2003-2012 (assim como nos anos selecionados e exibidos no gráfico), as
maiores contribuições para o crescimento da massa vieram de Intermediação Financeira e Atividades
Imobiliárias e Serviços Prestados às Empresas (23,9% do total) e Administração Pública, Defesa,
Seguridade Social, Educação, Saúde e Serviços Sociais (23,5%) – os dois subsetores que exibem os
maiores rendimentos por pessoa ocupada, mais elevados ainda do que os da Indústria (Gráfico 16).
A Indústria, por apresentar rendimentos superiores à média, mostra uma contribuição maior para a
massa salarial (14,4% no período 2003-2012) do que apresenta para o crescimento da população
ocupada (9,7% ao ano).
16
conjuntura econômica em foco
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Considerações Finais
O mercado de trabalho brasileiro mostrou, ao longo de 2012, um certo dinamismo. A massa
de rendimentos manteve uma taxa de crescimento constante no primeiro semestre no acumulado de
12 meses, apesar da expressiva queda da variação das ocupações. Aqui, a expansão do rendimento
real exerceu papel fundamental na manutenção da tendência estável da massa de rendimentos. No
segundo semestre, esse indicador exibiu alta, refletindo a tímida recuperação da expansão das ocupações e a continuidade do aumento do rendimento médio real.
A taxa de desocupação continuou seu movimento descendente, o que pode ser explicado, em
grande parte – e como já argumentado anteriormente –, pela queda do crescimento da PEA. Quando
se analisa a evolução da PEA segundo as faixas etárias, percebe-se que vem ocorrendo um retardamento da entrada dos jovens no mercado de trabalho, provavelmente possibilitada pela melhor distribuição da renda domiciliar e familiar.
Em 2012 e em janeiro de 2013, percebe-se a continuidade da tendência de formalização do
mercado de trabalho, com a ampliação do percentual de ocupados com carteira assinada. Outro fator
a ser destacado é que essa posição na ocupação apresentou forte elevação do rendimento médio dos
ocupados com carteira assinada, enquanto que no caso do contingente de ocupados sem carteira
assinada este crescimento foi bem menor.
O relativo dinamismo do mercado de trabalho em 2012, no que diz respeito à ocupação, centrou-se fortemente no setor de Serviços, enquanto a Indústria de Transformação exibiu discreta contribuição negativa para o crescimento total. De qualquer maneira, foi pequeno o impacto, em 2012,
da queda da produção industrial sobre o nível de ocupação4.. Como se sabe, foram tomadas medidas
de incentivo ao setor pelo governo Dilma, as quais provavelmente tiveram papel importante na manutenção (ou queda mínima) do nível de ocupação da Indústria, assim como no crescimento da massa
de rendimentos, naquele ano. Uma hipótese a considerar é que o setor preservou empregos na expectativa de retomar o nível de atividade, bem como em função do receio de perder trabalhadores
qualificados.
De toda forma, continua a causar preocupação o baixo dinamismo da Indústria de Transformação na geração de empregos, tendo em vista seu peso na composição da massa salarial. Já se argumentou, em boletim anterior, que uma economia fortemente centrada em serviços encontra limites
para sustentar a expansão da massa de rendimentos, enquanto a Indústria, por seus encadeamentos,
pelas remunerações relativamente mais altas geradas no setor e pela qualidade dos empregos gerados, mostra efeito expansionista muito mais amplo.
Uma explicação plausível para a ainda baixa resposta da produção, e assim do emprego industrial, às medidas de incentivo tomadas encontra-se na elevada e crescente penetração das importações na estrutura produtiva da economia brasileira, ensejada pelo extenso período de valorização
cambial e aumento de competitividade dos produtos asiáticos. Nesse sentido, continuam bem-vindas
as medidas tomadas para incentivar o setor industrial, bem como a disposição da presidenta de estimular a redução das taxas de juros e dos custos operacionais, a contenção da valorização cambial e
as medidas de defesa comercial. Espera-se que, ao final do período de ajuste dos estoques na indústria em 2013, as medidas tomadas possam ensejar a recuperação do emprego industrial.
BOLETIM DE ECONOMIA [ 23 ] / fevereiro de 2013
conjuntura econômica em foco
4. Dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física
(PIM-PF/IBGE) mostram que,
no acumulado do ano de 2012,
a produção de Indústria sofreu
queda de 2,6%.
17
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O Mercado de Trabalho em 2012